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A inaceitável poluição do Polo Petroquímico de Capuava

A poluição gerada pelas indústrias petroquímicas em


Capuava, São Paulo, tem impactos diretos na saúde da
população do entorno

A falta de um efetivo controle da poluição atmosférica que


possa proteger as comunidades representa um estágio de
imaturidade social e ética. Decorre de um modelo
econômico defasado, de um modelo industrial obsoleto, da
falta de uma política ambiental e de efetivo controle social.

A poluição existente hoje na região do Polo Petroquímico


de Capuava, em Mauá (SP), decorre de vários
determinantes. A Refinaria de Capuava foi instalada em
1954, dentro da matriz fóssil que antecedeu a lógica global
da sustentabilidade e que deu origem à ameaça do
aquecimento global.

A atração local das indústrias petroquímicas teve início em


1972, no mesmo ano em que se instalava a Conferência de
Estocolmo, na Suécia, que marcou o primeiro avanço
supragovernamental das Nações Unidas em direção aos
limites do crescimento.

Ao longo do tempo a cadeia produtiva do polo cresceu,


enquanto a população se aglomerava no entorno. Mais de
30 anos de estudos sobre a saúde da população local,
promovidos pela médica endocrinologista Maria Ângela
Zaccarelli, demonstram que a poluição vem afetando a
saúde e a qualidade de vida da população.

Há um elevado índice de Tireoidite de Hashimoto e um


número anormal de casos de bronquite, asma, sinusite,
faringite e rinite alérgica, entre outros.

A situação exige solução imediata. É preciso analisar as


causas do problema de forma conjuntural, incluindo a
ineficácia estatal. A Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo (Cetesb) possui a atribuição de conter as
emissões de poluentes decorrentes das atividades
industriais dentro de padrões seguros à saúde pública.

Parece haver um cenário de minimização e neutralização


do órgão fiscalizador. Influências político-econômicas não
podem se sobrepor aos direitos fundamentais
constitucionais que priorizam a proteção da saúde e do
meio ambiente sobre os demais interesses.

A permanência das atividades poluidoras é mantida sob


argumentos econômicos como a geração de empregos, a
arrecadação de impostos e a contribuição para com o PIB
paulista. É preciso desnudar a lógica da produção à custa
da vida das pessoas. O Produto Interno Bruto (PIB) sempre
foi o indicador de gestão bem-sucedida aos olhos dos
governantes brasileiros. Os empreendimentos visam ao
lucro e o governo busca uma arrecadação que demonstre
gestão econômica bem-sucedida.

A poluição e a saúde da população tendem a ser jogadas


debaixo do tapete. Essa lógica fóssil não resiste à
modernidade, que não admite indicadores dissociados da
sustentabilidade e da qualidade de vida, como preconiza o
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

O PIB não é um indicador de qualidade de vida. Se houver


uma guerra com mísseis e bombas, sua fabricação, assim
como os custos para reconstrução do território,
movimentariam a economia e entrariam na conta do PIB.
Produção agrícola à custa de contaminantes e agrotóxicos
também integram o PIB brasileiro, apesar dos efeitos
adversos da poluição que não são contabilizados. Assim, o
PIB não é um indicador de governo bem-sucedido para a
proteção da saúde e do desenvolvimento humano: é
apenas o indicador da movimentação econômica, para o
bem ou para o mal.
Em São Paulo, os setores econômicos sempre estiveram
próximos dos centros do poder, com capacidade de
influenciar sucessivos governos estaduais. O velho modelo
do business as usual ainda resiste dentro do pensamento
empresarial para postergar investimentos em processos
corretivos.

A história paulista é rica em exemplos sobre a necessidade


de eliminar desconformidades ambientais, como foi o caso
de Cubatão, que já foi conhecido como Vale da Morte.
Processos de poluição continuada, não solucionada,
demonstram uma inaceitável acomodação de conflitos, cuja
explicitação se faz necessária para mover forças em defesa
da vida e do ambiente.

A capacidade de resolução das desconformidades


ambientais depende da capacidade de controle social, da
luta das comunidades locais em defesa de sua saúde. No
caso de Capuava, depende dos esforços e estudos da dra.
Zaccarelli e das contínuas denúncias da população e de
entidades não governamentais.

Também é este o papel da Comissão Parlamentar de


Inquérito (CPI) instalada no âmbito da Câmara Municipal de
São Paulo e do relevante acompanhamento e ajuizamento
de ações, que tramitam há anos, de autoria do Ministério
Público Estadual e da Procuradoria Regional da
República.

A justiça é lenta e a proteção da saúde é urgente. Assim,


quando as práticas ESG (compromissos ambientais,
sociais e de governança) são apenas greenwashing, o
velho modelo predatório apenas discursa enquanto descura
dos bens públicos, dos elementos vitais para a sustentação
da vida – e da qualidade do ar que respiramos.

As plantas industriais necessitam de melhorias, de controle


com uso da melhor tecnologia disponível. A renovação da
Licença de Operação possibilita à Cetesb novas exigências
e, nas orientações contidas em seu site, encontramos no
item 13: “Apresentar os documentos solicitados nas
exigências técnicas contidas na licença anterior (estudos,
relatórios, manifestações de outros órgãos etc.)”. Dessa
forma, a Cetesb detém em suas mãos instrumentos para
exigir melhorias e adequações necessárias. Então, por que
não faz?

A falta de regularidade ambiental do Polo Petroquímico de


Capuava exige uma abordagem multissetorial e deve
considerar, em primeiro lugar, a realidade local, a
existência de um mix insustentável entre atividades
industriais poluidoras e a presença de uma grande
população que habita seu entorno.

Se o licenciamento ambiental do polo fosse realizado hoje,


seria baseado em dados sobre a qualidade ambiental local
e a projeção dos impactos do empreendimento.
Certamente concluiria pela inviabilidade ambiental, em
função da intensidade dos processos produtivos e da
inadequação da alternativa locacional.

Não basta licenciar, é preciso atuar no pós-licenciamento


mantendo controle sobre as fontes de poluição.

Capuava é uma área já saturada por alguns poluentes


atmosféricos, inserida em um contínuo urbano com
capacidade de suporte ambiental comprometida. Apresenta
sucessivos episódios em nível crítico, especialmente em
alguns padrões de qualidade do ar como ozônio
troposférico e material particulado.

O polo representa uma somatória insustentável de


poluentes em alguns parâmetros, além de agregar novos
elementos como os COVs, os Compostos Orgânicos
Voláteis, apontados nos estudos da dra. Zaccarelli como
responsáveis pela Tireoidite de Hashimoto. Fatos similares
são também citados em artigos existentes na literatura
científica internacional.
A pluma de poluição, em um raio de dois quilômetros do
polo, vem impactando a saúde da população, segundo
apontam os estudos conduzidos pela endocrinologista,
apoiados por estudos complementares da Faculdade de
Saúde Pública da Universidade de São Paulo, com
contribuição expressiva do IAG, Instituto de Astronomia,
Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São
Paulo, todos sob acompanhamento atento do Ministério
Público do Estado de São Paulo e da Procuradoria
Regional da República.

Não nos falta legislação. A Lei de Crimes Ambientais (Lei


9.605/1998), a Lei da Política Nacional (Lei 6.938/81) e
Estadual do Meio Ambiente (Lei Nº 9.509/1997) são
perfeitamente aplicáveis à essa situação, inclusive nos
aspectos de responsabilização. Ademais, a Lei n°
13.542/2009 estabelece as atribuições da Cetesb para
fiscalizar e controlar atividades poluidoras.

Em casos como este, apenas a aplicação de multas não é


uma solução aceitável. As multas são passíveis de longos
protelamentos administrativos e judiciais – e muitas vezes
acabam sendo engavetadas. É preciso buscar soluções
estruturais, verificando se há necessidade de
aprimoramento do próprio sistema de controle ambiental
estatal.

A história é reveladora. Criada para proteger a saúde


pública em 1968, a Cetesb sofreu uma guinada ao longo do
tempo, reduzindo seu foco para o controle da poluição,
como especialização, distanciando-se mais e mais da área
de saúde – e se aproximando da Escola Politécnica da
USP, da engenharia de controle.

Ao divorciar-se de sua própria origem, a lacuna de


percepção dificulta bons resultados, situação que guarda
muita proximidade com a teoria da complexidade do
filósofo francês Edgar Morin, que aponta os malefícios da
especialização e da fragmentação do conhecimento.
Na lógica da complexidade defendida por Morin, a ação da
médica representou um processo de controle social que
acabou por suprir, com geração de conhecimento, a forma
fragmentada e ineficaz que vem caracterizando as ações
da Cetesb.

Importante lembrar que no local existem pessoas


residentes, mais vulneráveis e expostas à poluição, como
as crianças pequenas e idosos, que normalmente
permanecem 24 horas por dia no local.

1- Segundo o texto assinale alternativa incorreta:

A- Os achados da médica endocrinologista Maria


Ângela Zaccarelli podem caracterizar dano social e
ambiental cabendo a responsabilização das
empresas envolvidas.
B- Ministério Público Estadual ajuizou ação civil
pública contra a refinaria e este processo corre a
anos no judiciário.
C- A alta concentração de Compostos Orgânicos
Voláteis na atmosfera, parecem prescindir culpa
pela alta incidência de Tireoidite de Hashimoto na
área diretamente afetada pelo empreendimento.
D- O ozônio quando em baixas altitudes é um nocivo
poluente.
E- Entre os achados da médica endocrinologista Maria
Ângela Zaccarelli, está o aumento de casos de
bronquite, asma, sinusite, faringite e rinite alérgica
na área diretamente afetada pelo empreendimento.

3 curiosidades fascinantes sobre o coração

BBC News Mundo- 7 fevereiro 2022

Quando submetidos a certos tipos de exercícios,


nossos músculos dos braços e das pernas - de forma
geral, os chamados músculos esqueléticos - podem
ficar doloridos.
Os minúsculos fios de proteína que formam os músculos,
quando estimulados, deslizam uns sobre os outros,
provocando movimentos de contração e alongamento -
que, por sua vez, nos permitem correr, pular e levantar, por
exemplo.
Quando o esforço é maior que o habitual, os músculos
sofrem pequenos danos. E aquela dor que sentimos no dia
seguinte é resultado do processo de reparação
empreendido pelas nossas células - que contribui, aliás,
para tornar os músculos mais fortes.
Mas você já chegou a se perguntar por que, ainda que seja
um músculo, o coração não chega a doer como os demais?
O que o coração tem de especial?
1. Sempre batendo
O coração é a primeira estrutura a se formar no útero.
"No começo, é basicamente um tubo", explica o
cardiologista Rohin Francis à BBC. "Aquele tubo, por meio
de um processo de dobradura de origami realmente
incrível, eventualmente se torna o coração maduro."
Desde muito cedo no desenvolvimento embrionário bate
um coração primitivo.
Gradualmente, à medida que nos desenvolvemos no útero,
ele se torna mais complexo, eventualmente formando a
estrutura de quatro câmaras com a qual estamos
familiarizados.
Assim, quase desde o momento inicial até a morte está
sempre batendo. É por isso que tão cedo na gravidez se
pode ouvir o batimento cardíaco do feto - aquele som que
costuma emocionar os pais durante as consultas de pré-
natal.
E esse não é o único aspecto fascinante, diz o
cardiologista.
"Se você colocar uma cultura de células cardíacas em uma
placa de Petri, mesmo algumas, elas não apenas
começarão a bater espontaneamente, mas também
sincronizarão umas com as outras."
"Elas têm uma tendência intrínseca de pulsar."
Para isso, as células precisam de muita energia. 2. Cheio
de energia
"Em comparação com os músculos esqueléticos, as células
cardíacas são muito mais eficientes", explica Francis.
"Elas têm um suprimento mais robusto de mitocôndrias,
então são células extremamente energéticas."
As mitocôndrias são uma espécie de fábrica de energia da
célula.
"Elas criam o ATP que usamos para alimentar todo o nosso
metabolismo celular."
O trifosfato de adenosina (ATP) é um composto orgânico
encontrado em todas as formas de vida conhecidas. Ele
fornece energia para a realização de muitos processos nas
células.
E energia é o que é preciso para movimentar qualquer
músculo, principalmente o coração, que, mesmo em
repouso, está sempre trabalhando muito.
Suas células precisam ser capazes de continuar batendo
de forma ininterrupta e, para isso, precisam de níveis muito
mais altos de ATP do que os músculos esqueléticos.
Há algo, contudo, que elas têm menos.
3. Poucos nervos
"Quando você está falando sobre a sensação de dor na
pele ou nos músculos, é muito importante ser capaz de
localizar exatamente de onde vem a dor. Assim, o corpo
conta com uma alta densidade de nervos sensoriais que
irrigam essas partes do corpo para que você possa
identificar exatamente de onde vem o problema", detalha o
cardiologista.
No caso dos órgãos internos, ele acrescenta, embora seja
importante que os órgãos sejam capazes de dizer ao
cérebro que algo está errado, a informação não é tão
precisa.
"A densidade do nervo sensorial é muito menor."
Parece preocupante, mas seria provavelmente pior se
fosse diferente. Isso porque, se não fosse pelo fato de
termos muito menos terminações nervosas em nosso
coração, o "sentiríamos" constantemente e estaríamos
cientes de cada batida... dá pra imaginar?
Por mais maravilhoso que seja o coração, entretanto, ele
tem uma grande desvantagem.
Não se regenera quando danificado
"O coração é péssimo em se consertar", pontua Sanjay
Sinha, membro sênior da British Heart Foundation e
professor de medicina regenerativa cardiovascular da
Universidade de Cambridge.
"Quando uma pessoa comum tem um ataque cardíaco ou
uma lesão cardíaca, o que geralmente acontece é que
parte do músculo cardíaco morre e nunca se recupera."
"Ele se repara formando uma cicatriz - mas a parte do
músculo perdida não vai voltar, o que acaba atrapalhando o
movimento de contração. É basicamente por isso que é tão
sério."
O que há no tecido do músculo cardíaco que não permite
que ele se repare da mesma forma que o músculo
esquelético?
A razão está na "tendência intrínseca de bater" destacada
anteriormente. Para que um tecido se repare, suas células
precisam se multiplicar e, para que se multipliquem, elas
precisam se dividir.
"As células cardíacas são especializadas em se contrair,
por isso estão repletas de proteínas de miofilamentos
contráteis", diz o especialista.
Se uma dessas células se dividisse para formar outra,
"você teria que desmontar tudo e depois remontar todo o
maquinário contrátil".
Enquanto isso ocorresse, contudo, as células não seriam
capazes de se contrair - algo que o coração não poderia se
dar ao luxo de fazer, já que está em contínuo uso.
Ou seja, o fato de não poder parar inibe a capacidade do
coração de se reparar.
"Se você olhar bem de perto, poderá ver talvez 1% das
células do músculo cardíaco se dividindo ao longo de um
ano. Isso é muito, muito baixo e não é suficiente para
regenerar o coração", afirma Sinha.
Então, o melhor, claro, é cuidar dele. Como?
"O que costumamos aconselhar no momento - e isso é
apenas uma orientação - é fazer alguma atividade que o
deixe um pouco sem fôlego por pelo menos meia hora três
vezes por semana", destaca o cardiologista Rohin Francis.

2- Segundo o texto assinale alternativa incorreta:

a- Segundo Sanjay Sinha, a maior dificuldade da


regeneração do músculo cardíaco é alto grau de
especialização da célula.
b- Segundo Sanjay Sinha, caso o coração tivesse grande
quantidade de nervos teríamos consciência de cada
batida do coração.
c- A lesão muscular provoca dor um ataque cardíaco
normalmente regenera facilmete a célula cardíaca.
d- Células cardíacas possuem grande quantidade de
proteínas de miofilamentos contráteis.

3- Faça uma resenha de 10 linhas comentando a sua


dieta com as informações contidas no texto a seguir:

Carboidratos são um fonte crucial de fibra e


energia ou um alimento que aumenta de forma
prejudicial o nível de açúcar no nosso sangue?
Estas biomoléculas formadas por átomos de carbono,
hidrogênio e oxigênio são um dos três principais grupos de
nutrientes que são encontrados em alimentos, junto com
gorduras e proteínas.
Os carboidratos também têm três subtipos: amido, açúcar e
fibra. No Ocidente, comemos muito batatas, trigo e
carboidratos à base de milho, e também grandes
quantidades de carboidratos refinados, como massa, pão
branco e biscoito.
OS ARGUMENTOS A FAVOR
"Um terço do que comemos deve vir de carboidratos ricos
em amido", diz o professor de Ciência da Nutrição Louis
Levy. Isso porque, apesar de sua má reputação, os
carboidratos têm papel chave no funcionamento do nosso
corpo.
1. Carboidratos nos dão energia e nos ajudam a fazer
exercícios
Os carboidratos são nosso principal combustível. O corpo
transforma o amido em açúcares e os absorve na corrente
sanguínea, criando a glicose.
Isso se converte em energia de que precisamos para
manter nossos corpos e cérebros ativos para fazer tudo,
desde respirar até fazer exercícios.
Gorduras e proteínas também geram energia, mas, durante
um treinamento cardiovascular, o corpo queima açúcares
mais rápido. Então, o consumo de carboidratos, que
processados mais rapidamente pelo organismo, é
recomendável.
Uma dieta baixa em carboidratos pode te deixar com pouca
energia e fazer com que você se sinta mais cansado
quando estiver fazendo exercício.
2. Os carboidratos são uma fonte importante de fibra
Há evidências de que a fibra pode ajudar a reduzir o risco
de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e câncer de
intestino.
Grande parte da fibra que obtemos vem de carboidratos
com amido, por isso, ao reduzir o consumo desses
carboidratos, corremos o risco de ingerir pouca fibra.
"Se incentivarmos as pessoas a deixarem de comer
carboidratos, é difícil que elas obtenham fibra o bastante",
alerta Anthony Warner, também conhecido como "The
Angry Chef" (o chef bravo, em inglês).
Podemos obter fibra também de frutas e verduras, mas,
como diz Megan Rossi, do Kings College, de Londres, "há
cerca de cem tipos diferentes de fibra", e todas
desempenham um papel importante para a nossa saúde.
Um estudo mostra que pessoas que comem fibras de
cereais têm menos risco de desenvolver câncer colorretal.
Ao cortar totalmente os grãos, estamos nos privando de
"um tipo único de fibra", diz Rossi.
3. Carboidratos podem curar a prisão de ventre
A fibra dos alimentos de origem vegetal é um material que
o corpo não consegue digerir e é crucial para que os
alimentos se movam dentro do nosso intestino.
4. Os carboidratos são uma fonte de nutrientes
As fontes saudáveis de carboidratos (verduras, frutas e
legumes) também são uma fonte importante de vitaminas e
minerais, como cálcio, zinco, ferro e vitamina B.
Eliminar os carboidratos significa reduzir também estes
nutrientes essenciais.
5. A redução do consumo de carboidratos pode levar a
uma dieta mais rica em gordura
Os carboidratos como massa e batata agregam volume aos
pratos e nos fazem sentir satisfeitos depois de comer.
Reduzir a quantidade de carboidratos e substituí-los por
mais proteínas gordurosas, como carne vermelha e queijo,
nos faz ingerir mais gordura saturada, o que pode
aumentar a quantidade de colesterol no sangue.
OS ARGUMENTOS CONTRA
Algumas pessoas, incluindo médicos e pacientes, estão
optando por reduzir significativamente a quantidade de
carboidratos que consomem. Em alguns casos, fazem isso
para controlar obesidade ou diabetes, mas outros, apenas
porque acham que se sentem melhor assim.
1. Os carboidratos causam picos e baixas de açúcar no
sangue
Comer carboidratos refinados faz com que o nível de
açúcar no sangue varie drasticamente. Ao ser quebrado
rapidamente, os carboidratos causam um aumento do
açúcar no sangue, seguido por uma baixa.
Uma dieta com poucos carboidratos torna mais estáveis os
níveis de sangue no açúcar.
Muitos de nós sentiremos esse sobe e desce de ânimo se
comermos massa no almoço. Essa variação pode ter
implicações mais sérias do que simplesmente sentir-se
sonolento. Um aumento de glicose faz seu corpo responder
aumentando a produção de insulina.
O doutor Aseem Malhotra, um dos cardiologistas mais
influentes do Reino Unido, explicou como o consumo de
carboidratos refinados está "claramente ligado" à
obesidade e à diabetes tipo 2.
Uma espectadora do debate, Margery, concordou com
esse ponto de vista. Ela tratou sua diabetes reduzindo
carboidratos. "Pude reverter minha condição com a ajuda
de uma dieta baixa em carboidratos. Agora, nem tomo mais
remédios."
Estes carboidratos incluem açúcares e grãos refinados, que
não têm fibras e nutrientes.
2. Proteínas e as gorduras nos mantêm satisfeitos por
mais tempo
Os carboidratos fazem seu corpo reter água. Quanto mais
massa e arroz você come, mais inchado poderá se sentir.
Os carboidratos podem te deixar satisfeito no curto prazo,
mas essa sensação logo desaparecerá.
Em contraste, os alimentos com baixo índice glicêmico,
como proteínas e gorduras, ajudam a fazer os níveis de
açúcar no sangue aumentarem ou diminuírem lentamente,
o que pode fazer a sensação de saciedade durar mais.
3. Nem todos os carboidratos têm fibra
Já falamos que carboidratos são boa fonte de fibra. Mas
vale a pena ressaltar que os carboidratos que comemos
contêm pouca fibra. Quando são refinados, o farelo de trigo
e a fibra são eliminados.
Podemos encontrar mais fibras em frutas, verduras e
legumes do que em massas ou bolos.
Afinal, os carboidratos são nossos amigos ou inimigos?
Há argumentos bons a favor e contra o consumo de
carboidratos, então, qual é a resposta? Na verdade, é
preciso achar um equilíbrio.
Fiona Godlee, do periódico British Medical Journal, destaca
que um estudo do Instituto Nacional de Saúde do Reino
Unido publicado no início de 2018 demonstrou que tanto as
dietas com muito pouco ou com muito carboidrato são
prejudiciais.
E está claro que a ideia de que um só modelo funciona
para todos "simplesmente não é adequada". diz. "Para
algumas pessoas, é melhor comer pouco (carboidrato),
mas, para outras, é bom comer mais."

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