Eliminação da poluição: promoção da segurança química
A aula apresentada pela professora de Direito na USP, Patrícia Iglecias, que
que também é presidente da CETESB abordou a situação da poluição por viés legal e que forma toma os diversos conceitos por trás da definição de poluição, além dos recursos que obtemos hoje no brasil para avaliar e diminuir os impactos, especialmente no estado de São Paulo.
Precisamos então averiguar qual a definição legal de poluição, e segundo a lei
ordinária que trata sobre Poluição e Direto Ambiental Lei número 6.938, de 1981, poluição é “a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.
Além disso, apresentam o termo poluidor, que se caracteriza como “pessoa
física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental” e está responsabilidade é bem ampla e pode acatar desde uma empresa industrial até um pequeno agricultor. Entretanto, a falta de leis específicas contra os diversos tipos de poluição dificulta a aplicação das penas.
O processo de mitigação dos impactos ambientais foi bem abordado durante a
apresentação pois, é fundamental para uma indústria média ou grande porte de como sua produção pode atingir o meio ambiente e como isso ocorre, já que se considera os meios físico, biótico e antrópico, e também, quais as medidas que propõe avaliar as consequências futuras do processo, evitar e prevenir é mais importante do que tratar. As medidas mitigadoras são estabelecidas antes da instalação do empreendimento, a fim de reduzir efeitos provenientes dos impactos ambientais negativos gerados por tal ação.
Além disso, temos as medidas compensatórias que são aplicadas para
compensar, os prejuízos e danos ambientais efetivos advindos da atividade modificadora do ambiente. De acordo com o IBAMA, estas medidas ainda podem ser subdividias em: Medidas Mitigadoras Preventivas: estas têm como principal objetivo erradicar ou minimizar ocorrências que se revelem com capacidade de causar danos aos elementos ambientais do meio natural – biótico, físico e antrópico.
Medidas Mitigadoras Corretivas: têm por finalidade reconstruir o cenário precedente
à ocorrência de um evento danoso sobre o recurso ambiental destacado nos meios físico, biótico e antrópico, por meio de atividades de controle ou de erradicação do agente provocador do impacto
Medidas Mitigadoras Compensatórias: são as medidas que visam à reposição dos
patrimônios socioambientais lesados, em virtude das atividades indiretas ou diretas do empreendimento. Como o plantio compensatório de mudas pela necessidade de supressão vegetal.
Um exemplo muito bom de medida mitigadora corretiva é o controle da
qualidade do ar. Em Londres, segundo os jornais da década de 1960 e especialmente de 1970 de episódios agudos de poluição do ar que levaram a população ao pânico devido aos fortes odores, decorrentes do excesso de poluentes lançados pelas indústrias na atmosfera, causando mal-estar e lotando os serviços médicos de emergência. Esse crescimento rápido e desordenado levou, no início dos anos 1960, à criação da Comissão Intermunicipal de Controle da Poluição das Águas e do Ar.
O monitoramento da qualidade do ar, com a avaliação das concentrações de
poluentes no Estado de São Paulo, foi iniciado em 1972, com a instalação de 14 estações para medição diária dos níveis de dióxido de enxofre (SO2) e fumaça preta. Parte das estações, denominadas manuais, continuam sendo utilizadas pela CETESB no monitoramento da qualidade do ar. O papel da CETESB foi essencial na época, já que intensificava a vigilância e dependendo das concentrações de poluentes, era solicitado o melhor desempenho dos equipamentos em determinado região, e até que diminuíssem a produção. Houve casos, como o ocorrido na atmosfera de Vila Parisi, em Cubatão, em que foram atingidos níveis altíssimos de concentração de material particulado no ar, que levaram à redução e mesmo à paralisação de atividades de várias indústrias.
Direito Ambiental: aplicação dos princípios ambientais como fundamento das políticas públicas e entendimentos jurisprudenciais para efetivação da proteção ambiental