Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AVALIAÇÃO
DE IMPACTO
AMBIENTAL
AVALIAÇÃO DE IMPACTO
AMBIENTAL
APLICAÇÃO AOS SISTEMAS DE TRANSPORTES
Nos dias atuais, têm-se provas óbvias do aumento da degradação do meio ambiente e da redução da
qualidade de vida em nível mundial.
As emissões de fumaça de usinas, indústrias, refinarias, veículos, assim como de qualquer poluente
gasoso lançado na atmosfera, contribuem para a formação da chuva ácida e acabam formando um
filtro na atmosfera, responsável pelo aumento da temperatura média da Terra intensificando o
fenômeno conhecido como “efeito estufa”.
Algumas das causas mais efetivas de degradação das cidades estão nas correntes migratórias
provenientes do campo e das cidades menores em busca de melhores oportunidades econômicas, que
podem ocasionar uma verdadeira “implosão urbana”. Este rápido crescimento das cidades pode
representar uma sobrecarga para a infraestrutura da mesma, prejudicando a oferta de bens e serviços
locais, degradando o ambiente e diminuindo a qualidade de vida.
Durante séculos predominou a ideia de que a natureza existia somente para satisfazer as vontades
humanas, não se questionando o limite desse uso. No século passado, a partir da década de 60, em
alguns países, e da década de 80, na maior parte do mundo, a sociedade foi se conscientizando de que
a capacidade de suporte do planeta é limitada e de que a utilização indiscriminada dos recursos não
renováveis e a poluição provocada pelo desenvolvimento humano podem causar danos irreversíveis
ao meio ambiente.
Nos países desenvolvidos e em alguns países em desenvolvimento, como no Brasil, cresce cada vez
mais o interesse e a participação do público nas questões relacionadas à preservação do meio
ambiente e nas tomadas de decisão baseadas na avaliação de alternativas de projetos, onde a variável
ecológica assume importância vital.
Qualquer que seja o empreendimento ou serviço a ser instalado ou oferecido à população deve ter
suas diferentes etapas de planejamento, projeto, instalação e operação fiscalizadas em relação aos
possíveis impactos ao meio ambiente em que se insere, para posterior licenciamento.
Deste ponto de vista, a gestão do meio ambiente assume papel fundamental, pois visa manter ou
melhorar as condições de vida dos povos sem causar danos ao meio ambiente, minimizando os efeitos
negativos da implantação e operação de projetos de engenharia ou de outra atividade.
Os objetivos da gestão ambiental consistem em punir quem polui, preservar o meio ambiente com o
monitoramento do mesmo e zelar pelo não esgotamento dos recursos naturais, otimizando o seu uso,
atendendo às necessidades da sociedade da melhor forma possível. Isto pode ser alcançado tendo em
vista que, apesar do homem ser o único a causar impactos ambientais, também é o único ser com a
inteligência e a capacidade necessária para restaurar os danos causados e considerando os custos
necessários para a preservação do meio ambiente como investimentos futuros, já que é mais
econômico preservar do que consertar.
- Política ambiental
- Planejamento
- Implementação e Operação
-Melhoria contínua
Conceitos Básicos
Meio ambiente
- O meio Antrópico (composto pelos seres humanos e seus relacionamentos entre si e com os demais
elementos.
Poluição Ambiental
Poluidor
Entende-se como Poluidor toda pessoa física ou jurídica responsável, direta ou indiretamente, por
atividade causadora de degradação ambiental.
Impacto Ambiental
Impacto Ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e/ou biológicas do meio
ambiente, provocada direta ou indiretamente por atividades humanas podendo afetar a saúde, a
segurança e/ou a qualidade dos recursos naturais.
Como exemplo de impactos ambientais, dentre aqueles provocados por projetos de transporte
podemos mencionar:
- Poluição atmosférica;
- Poluição sonora;
- Poluição visual;
- Alterações climáticas;
- segregação de comunidades.
Quanto ao valor, o impacto pode ser positivo ou negativo. Todo projeto apresenta impactos dos dois
tipos. O impacto se diz positivo quando ele produz um resultado benéfico para um fator ambiental. O
impacto é negativo quando produz um malefício ao Meio Ambiente.
Quanto ao espaço, o impacto pode ser local, regional ou estratégico. Ele é local quando o projeto em
questão afeta apenas a área em que a atividade está sendo desenvolvida. Este impacto se dá
geralmente em obras circunscritas, como por exemplo, a construção de túneis. Ele é regional quando
é sentido fora do entorno do projeto. Ele é estratégico quando se expande para fora da área de
influência.
Quanto ao tempo de ocorrência, o impacto pode ser imediato, de médio ou longo prazo, permanente
ou cíclico. Ele é imediato quando surge no instante de implantação do projeto. Ele é de médio ou
longo prazo quando o efeito se manifesta depois de passado um período de tempo de implantação do
projeto. Ele é permanente quando depois de iniciada a atividade que produz o efeito, este continua.
Ele é cíclico quando o efeito se manifesta a intervalos de tempo determinados.
O impacto é reversível se alguma ação desenvolvida cessa o seu efeito. Ele é irreversível quando seu
efeito permanece ao longo do tempo.
Quanto à incidência o impacto pode ser direto ou indireto. Ele é direto quando fica limitado à zona
de influência direta e indireta do projeto. Ele é indireto quando, através de agentes externos, é
estendido para fora da zona de influência do empreendimento.
MEDIDAS MITIGADORAS
Entende-se por medidas mitigadoras qualquer ação prevista para diminuir os efeitos dos impactos
negativos.
Como pode ser deduzido dos exemplos citados, estas medidas mitigadoras envolvem investimentos
diferenciados e podem amenizar os problemas a curto, médio ou longo prazo. De acordo com a
disponibilidade de investimentos várias medidas podem ser adotadas simultaneamente.
Programas para acompanhamento e para monitoramento das medidas propostas devem ser
implementados para verificar a real eficácia das mesmas.
A EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO
AMBIENTAL
Para que se possa conhecer o atual estágio de conscientização ambiental da sociedade moderna, é
interessante se conhecer a evolução dos movimentos em favor da preservação do meio ambiente ao
longo da história e sua relação com o desenvolvimento das nações.
Assim, sob a ameaça de danos irreparáveis aos recursos físicos e humanos do planeta, surge no final
da década de 60, a ideia de se impor limites ao padrão de crescimento industrial até então vigente.
Neste período foi elaborado um documento denominado “Relatório do Clube de Roma”, com a
participação de representantes dos países industrializados, que se fundamentava na proposta de
crescimento zero como a única saída para salvar o mundo de uma catástrofe Ambiental decorrente do
esgotamento dos recursos naturais. Tal proposta foi altamente contestada pelos países em
desenvolvimento, pois viria de encontro às perspectivas de crescerem e descer que pararem aos países
do chamado primeiro mundo.
Em 1972, na cidade de Estocolmo (Suécia), foi realizada a Conferência sobre o Meio Ambiente
Humano, pela assembleia geral das Nações Unidas. As questões que foram tratadas nesta conferência
discutiam sobre as divergências entre os países desenvolvidos e aqueles em desenvolvimento.
Surge então nesta época o conceito de ecodesenvolvimento, que propõe o estabelecimento de uma
relação positiva entre desenvolvimento e meio ambiente baseada na justiça social, na eficiência
econômica e na prudência ecológica.
Devido as repercussões internacionais dos impactos ambientais causados pelos projetos implantados
na década de 70, a partir do ano de 1975 a obrigatoriedade de desenvolvimento de estudos de
impactos ambientais se intensificou, principalmente, devido a exigência Por parte dos órgãos
financiadores para liberação de empréstimos. Na América Latina essa consciência só chega no final
da década de 70, em países como Argentina, Colômbia, México, Venezuela e Brasil.
Dez anos após a conferência de Estocolmo, em 1982, a preocupação ambiental passa a ser mais
ampla, e não somente concentrada no esgotamento das fontes de recursos naturais, mas também com
a capacidade de absorção dos ecossistemas devido à poluição derivada das atividades humanas.
Em 1987, um relatório conhecido por Relatório Brundtland lança o termo amplamente empregado até
os dias atuais: “desenvolvimento sustentável”. Este relatório entende este termo como sendo o
desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das
Gerações futuras de atenderem as suas próprias necessidades.
Em 1991, foi realizada na Cidade do México, a Reunião Preparatória para Conferência Mundial das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, que procurou destacar as posições dos
países da América Latina e Caribe quanto aos temas que seriam discutidos na conferência.
Durante a realização da “Eco-92” vários documentos foram aprovados, todos visando à realização e à
efetivação do desenvolvimento sustentável por parte das Nações.
A maioria destes documentos não possui força legal funcionando como Condutores das ações dos
países para alcançar o desenvolvimento sustentável através dos princípios neles estabelecidos. O mais
amplo deles é a Agenda 21, que contém um roteiro detalhado de ações concretas a serem adotadas
pelos governos, instituições das Nações Unidas e setores independentes, para mudar o rumo do
planeta na direção de um melhor padrão de vida para todos através da preservação dos seus
ecossistemas.
No ano de 1997 em Kyoto (Japão), foi assinado o Protocolo de Kyoto que apresentou um acordo
comprometendo uma série de nações industrializadas a reduzir suas emissões em 5,2% em relação
aos níveis de 1990, para o período de 2008 a 2012.
Em 2002, dez anos após a “Eco-92”, na cidade de Joanesburgo (África do Sul), ocorreu uma nova
conferência Mundial, conhecida como o “Rio+10”, cujos países participantes formaram a chamada
“Cúpula Mundial de Desenvolvimento Sustentável”. Esta conferência teve como intuito principal
avaliar o andamento das metas fixadas em 1992, principalmente no que se refere à implementação da
Agenda 21, bem como verificar os resultados obtidos Pelas Nações participantes de moda propor
alterações para que os objetivos ambientais fossem atingidos.
Em 2009, na cidade de Copenhagen (Dinamarca), foi realizada a Cop-15 “Conferência das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas”. Seus principais objetivos foram a criação de uma taxa sobre
transações financeiras para financiar projetos ambientais, definir as metas de redução de emissões de
gases poluentes e a substituição do protocolo de Kyoto.
Em 2012, na cidade do Rio de Janeiro, foi realizada a “Rio+20”, com o intuito de assegurar um
comprometimento político para o desenvolvimento sustentável, avaliar o progresso feito até o
momento e as lacunas que ainda existem nos principais encontros sobre desenvolvimento sustentável,
além de abordar os novos desafios emergentes.
POLÍTICA BRASILEIRA DO
MEIO AMBIENTE
Foi durante o período colonial que surgiram as primeiras preocupações com as questões ambientais
no Brasil com a busca da melhor maneira para explorar os recursos naturais.
Porém, foi somente com a entrada em vigor da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que estabeleceu
a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) e criou o Sistema Nacional do Meio Ambiente
(SISNAMA), é que a Avaliação de Impactos Ambientais adquiriu importância em nível federal, como
um dos instrumentos da PNMA.
O Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) é constituído pelos órgãos e entidades da União,
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e pelas Fundações instituídas pelo Poder Público,
responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental.
Órgão Executor: Formado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA), com a finalidade de executar a política e diretrizes
governamentais fixadas para o meio ambiente.
Órgãos Setoriais: Formado por entidades integrantes da administração federal, bem como as
fundações instituídas pelo Poder Público, cujas atividades estejam associadas a proteção
ambiental ou disciplinamento do uso dos recursos naturais.
Órgãos Seccionais: Formado por órgãos estaduais, responsáveis pela execução de programas,
projetos e pelo controle e fiscalização das atividades capazes de provocar degradação
ambiental.
Órgãos Locais: formado por órgãos municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização das
atividades similares às dos Órgãos Seccionais, porém nas suas respectivas jurisdições.
A promulgação da Constituição Federal de 1988 tornou possível a construção de todo a forma legal
atualmente disponível para a proteção e preservação do meio ambiente.
A Lei de Crimes Ambientais chegou para suprir parte desta deficiência, pois esta não é totalmente
resolvida somente com a criação de dispositivos legais, mas também com o engajamento de toda a
sociedade nas ações de fiscalização das atividades poluidoras e de preservação do meio ambiente.
A identificação, análise e avaliação dos impactos ambientais a serem gerados por atividades
potencialmente poluidoras, são os objetivos dos Estudos de Impactos Ambientais (EIA), assim com a
proposta das medidas mitigadoras daqueles que não poderão ser evitados e dos planos de
monitoramento que devem ser instalados com a finalidade de se verificar a real eficácia das medidas
propostas.
Licença Ambiental: Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece
as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo
empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar
empreendimentos ou atividades que utilizam recursos ambientais, considerados efetiva ou
potencialmente poluidores ou daqueles que possam causar degradação ambiental.
Estudos Ambientais: São todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais
relacionados com a localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou
empreendimento, necessários para obtenção da licença ambiental requerida, tais como:
relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, plano de manejo, plano de
recuperação de áreas degradadas e analise preliminar de risco.
A competência federal para realizar o licenciamento ambiental cabe ao IBAMA, sempre que os
empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental se enquadrarem nas seguintes
situações:
Estiverem localizados ou forem desenvolvidos conjuntamente com países que tenham limites
em comum, no mar territorial, na plataforma continental, em terras indígenas ou em unidades
de conservação de domínio da União;
Nos casos em que os impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou
de um ou mais Estados;
O IBAMA executa o licenciamento considerando o exame técnico realizado por órgãos ambientais
dos estados e municípios em que se localizar o empreendimento.
O IBAMA poderá delegar aos Estados o licenciamento de atividades com significativo impacto
ambiental regional, quando atender algumas exigências.
A competência do órgão ambiental estadual está restrita aos empreendimentos e atividades que se
enquadrarem nas seguintes situações:
Nos casos cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais
municípios de um mesmo Estado.
Quando forem delegados pela União ou Estados, por instrumento legal ou convênio.
São emitidos três tipos de licença pelos órgãos ambientais, de acordo com a fase em que se encontra o
empreendimento ou atividade:
Uma das contribuições trazidas pela Resolução 237/97, do CONAMA, foi a fixação de prazos
máximos para a análise dos estudos ambientais e para a consequente emissão ou não da licença
ambiental.
O prazo para análise dos estudos ambientais é de seis meses, a contar do ato de protocolar o
requerimento até seu deferimento ou indeferimento, com exceção dos casos em que forem exigidos
EIA/RIMA e/ou audiência pública, cujo prazo passa a ser de 12 meses. Tais prazos podem ser
Uma das etpas mais importantes do processo de licenciamento ambiental é a audiência pública.
Diferentemente de outros países, como nos Estados Unidos, onde a participação publica no processo
de avaliação de impacto ambiental e de tomada de decisão para implantação de um empreendimento
ocorre em varias fases do processo, no Brasil, a audiência publica se constitui no único mecanismo de
participação publica efetiva no processo, previsto na legislação ambiental e possui caráter não
obrigatório, sendo realizada em uma fase é posterior ao recebimento do EIA\RIMA.
A audiência publica regulamentada pela Resolução nº 009/87 do CONAMA e tem por finalidade
expor aos interessados o conteúdo do projeto em analise, tirando as dúvidas e recolhendo dos
presentes as críticas e as sugestões a respeito. Ela é realizada quando o órgão ambiental julgar
pertinente, ou quando requerida por entidade civil, pelo Ministério Publico ou por 50 ou mais
cidadãos.
O órgão ambiental competente define e exige em função das características do empreendimento e das
atividades modificadoras do meio ambiente a serem implantadas, o tipo de estudo ambiental ou o
documento técnico que deve ser apresentado pelo empreendedor, para obtenção da licença ambiental.
Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) – exigido para
concessão das Licenças das atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de
significativa degradação do meio ambiente, conforme resolução nº 237/97 do CONAMA, tais como
projeto e construção de rodovias, ferrovias, hidrovias e aeroportos.
Plano de Controle Ambiental (PCA) – exigido pela resolução nº 009/90 do CONAMA, para
concessão de Licença de Instalação das atividades de extração mineral. O PCA é uma exigência
adicional ao EIA/RIMA e deve conter os projetos executivos de minimização dos impactos
ambientais avaliados através do EIA/RIMA.
Um EIA deve ser constituído por quatro tipos de trabalhos diferentes: diagnóstico ambiental da área
de influência do projeto, avaliação dos possíveis impactos a serem gerados, estabelecimento de
medidas mitigadoras e elaboração de programas ambientais. Dentre estes trabalhos, aqueles
relacionados com a avaliação dos impactos ambientais destacam-se como o mais complexo por se
tratar da caracterização de uma vasta gama de aspectos de natureza variada que agem
simultaneamente.
Para que um EIA seja eficiente, o mesmo deve propiciar a comparação entre diferentes alternativas do
mesmo projeto.
Existem na literatura técnica diversos métodos que podem ser utilizados para avaliação, cada qual
com suas vantagens e desvantagens que aprimorados com o decorrer do tempo, tem evoluído no
sentido de solucionar as fragilidades mais comuns presentes em vários deles.
O método espontâneo, também conhecido como Ad-Hoc, ou reunião de especialistas, como o próprio
nome indica, consiste em reunir profissionais com o objetivo de levantar os possíveis impactos
ambientais de um empreendimento e suas medidas mitigadoras.
Os profissionais envolvidos devem pertencer a diferentes áreas, de modo que os impactos possam ser
analisados sob diferentes pontos de vista e devem possuir conhecimento específico e experiência bem
acurados, garantindo a eficiência do método.
Apresenta como vantagens a rápida estimativa dos impactos, em função da utilização de especialistas
com alto grau de conhecimento no assunto. Como desvantagem, pode-se citar a dificuldade de
examinar o impacto global de todas as variáveis ambientais envolvidas, pois permite apenas a
avaliação individual dos impactos. O método também apresenta bastante subjetividade no resultado
em função dos distintos pontos de vista de cada profissional.
São listas elaboradas nas fases de diagnóstico ambiental e estudo de alternativas de projeto onde se
enumeram os fatores ambientais de um projeto especifico e seus impactos. Servem de guia para a
obtenção de informações mais detalhadas da caracterização dos indicadores ambientais. Tem como
objetivo principal, levantar os impactos mais relevantes nos meios físico, biótico e antrópico e a
caracterização das variáveis sociais e ambientais das áreas impactadas.
1) Listas Simples – Nestas listas os impactos ambientais são enumerados de modo simples e
avaliados qualitativamente. Apresentam limitações, pois não possibilitam associação dos
impactos com as atividades que as geram e nem identificação de impactos secundários.
Alguns casos destas listagens relacionam o impacto com a fase do projeto em que ele ocorre,
conforme exemplo abaixo.
2) Listas descritivas – São mais detalhadas que as listas simples, pois possibilitam reconhecer as
fontes geradoras de impacto. Entretanto, não fornecem informações sobre a importância dos
impactos e não estabelecem diretrizes objetivas para tomada de decisão. Possibilitam a
designação de valores numéricos para cada fator ambiental, oque permite o desenvolvimento
de comparações entre alternativas.
3) Listas comparativas – Nestas listagens são estimadas magnitudes para os impactos ambientais
pela adoção de valores representativos para a área analisada que são comparados com os
valores limites de interesse. Tem sido usado para comparação entre alternativas de projetos,
conforme exemplo a seguir:
4) Lista de controle escalar – Estas listas possibilitam a designação de valores numéricos para
cada fator ambiental, permitindo assim, o desenvolvimento de comparações e classificações
entre impactos. Como exemplo, são apresentadas a seguir, 4 alternativas para construção de
uma rodovia onde foram alocados os valores de 0 a 3, sendo respectivamente nenhum,
pequeno, médio e grande impacto sobre os fatores custo, impacto na construção, segurança e
desapropriação.
5) Lista de controle ponderável – São aquelas em que depois de enumerados os impactos, são
atribuídos pesos a estes, originando índices de qualidade ambiental. Possibilitam a
correspondência entre dois ou mais fatores ambientais afetados, porém existe subjetividade na
determinação dos pesos.
Este método consiste na confecção de uma série de cartas temáticas, uma para cada fator ambiental.
Quando superpostas, as cartas reproduzem a síntese da situação ambiental de uma área geográfica. A
carta base apresenta a localização do projeto e sua área de influência, as demais cartas representam
cada uma das atividades a serem avaliadas. As áreas impactadas podem ser sombreadas com
intensidade diferente, de acordo com o impacto causado.
Esta técnica é útil para estudos que envolvem alternativas de localização, avaliação de rotas para
projetos de desenvolvimento linear, como estradas de rodagem, linhas de transmissão, dutos, pelo
fato de favorecer a representação visual e a identificação da extensão dos efeitos.
Entretanto, apresenta algumas restrições básicas, como limitações na quantificação dos impactos,
fatores ambientais que não podem ser representados em mapas e a difícil integração dos impactos
sócio-econômicos.
A visualização espacial dos fatores ambientais e a extensão dos impactos, o poder de síntese,
facilidade de comparação de alternativas, possibilidade de utilização em grandes projetos, são
algumas das vantagens deste método.
Situação original
Alternativa de projeto
Matrizes
Tem como principal função a identificação dos impactos por meio impactado. Há a necessidade do
emprego de outros métodos ou técnicas complementares para o desenvolvimento de uma avaliação
global da alternativa.
Este método não é recomendado para grandes projetos, ou quando estes apresentam muitas
alternativas, pois sua disposição torna-se muito extensa perdendo seu valor prático.