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CURSO DE
AVALIAÇÃO DE IMPACTO
AMBIENTAL
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
CURSO DE
AVALIAÇÃO DE IMPACTO
AMBIENTAL
MÓDULO IV
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO IV
16 APLICABILIDADE DA AIA
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interferência antrópica por meio de estudos direcionados e coordenados que
objetivem a conservação e monitoramento dos recursos naturais, associados a um
crescimento socioeconômico.
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Desse modo, a aplicação da AIA pode acontecer em dois momentos:
avaliação “ex-ante” – é desenvolvida anteriormente a ação potencialmente
impactante ou “ex–post” depois dela. Um exemplo de uma avaliação “ex-ante” é o
registro de um herbicida novo, já a avaliação “ex-post” para o mesmo produto –
herbicida seria após o seu uso (SPADOTTO, 2002).
Portanto, todo processo de desenvolvimento socioeconômico gera impactos
diretos sobre o meio ambiente e suas consequências refletem de forma negativa, e
de maneira mais pronunciada em determinados grupos sociais ou elementos.
SANEAMENTO BÁSICO
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A aplicação da AIA para estes projetos de saneamento consiste numa etapa
importante, pois atua como direcionador para as demais fases, pois influencia desde
a concepção do sistema até o detalhamento do projeto, bem como na formulação,
elaboração e seleção de alternativas para a viabilidade do projeto proposto.
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• qualidade ambiental da área de influência do empreendimento – é
analisada a área considerando sua fragilidade ambiental, grau de saturação em
relação a um ou mais poluentes em seu estágio de degradação.
Abastecimento de água
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Tabela 1: Componentes de sistema de abastecimento de água.
Captação Captação da água do manancial, podendo ser feita por
meio de tomada direta ou utilizando sistema de
bombeamento.
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Tabela 2: Relação dos impactos ambientais potenciais e medidas
atenuantes referentes ao abastecimento de água.
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adequado para minimizar riscos de
acidentes
• Geração de poluição atmosférica • Selecionar locais adequados para
(emissão de poeira) e ruídos durante a implantação dos sistemas de captação e
execução das obras civis e geração de tratamento, evitando a proximidade de
ruídos na operação do sistema de captação áreas populosas.
e tratamento. • Planejar corretamente a execução das
obras, evitando horários inadequados dos
trabalhos.
• Planejar a implantação dos
equipamentos geradores de ruídos para
áreas que não afetem a comunidade ou
implantar isolamento acústico nas fontes
geradoras de ruídos dos sistemas de
tratamento e captação.
• Envolvimento da comunidade para
conhecimento das obras e seus impactos
ambientais potenciais.
• Riscos de acidentes ambientais e de • Implantação de medidas de segurança
trabalho provocados por vazamentos de na unidade de armazenamento, no
produtos químicos, em especial o cloro. laboratório e na unidade de tratamento.
• Implantação da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes.
• Riscos de acidentes por falhas no sistema • Implantação de sistema de alerta e
de bombeamento, adução ou reservação. comunicação entre as unidades.
FONTE: Banco do Nordeste (1999)
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O retorno do esgoto ao meio ambiente deverá passar pelo tratamento de
águas residuais, se necessário. Para posteriormente ser lançado em um corpo
receptor como: rio, lago ou mar.
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vida da população durante a execução das envolvam a comunidade no conhecimento
obras. dos impactos e medidas atenuantes
durante a execução das obras.
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• Implantar conjunto de geradores de
energia (automáticos)
• Desmatamento de áreas para • Reflorestamento de áreas equivalentes.
implantação das estações.
FONTE: Banco do Nordeste (1999)
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Contudo, trata-se de um tipo de energia barata em relação a outras, como a
energia nuclear, além de ser menos prejudicial ao meio ambiente se comparada, por
exemplo, com a energia produzida a partir do petróleo ou a do carvão. Porém a
energia elétrica é fundamental para o desenvolvimento econômico e social,
auxiliando também na qualidade de vida humana.
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inúmeras vezes estas são construídas em áreas remanescentes de florestas, devido
às condições de relevo. Para a formação dos lagos ocorre o desmatamento e a
sapecagem, em alguns casos, para aumentar a limpeza da área, antes do
alagamento, o que irá influenciar numa menor ocorrência de eutrofização.
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As barragens influenciam no nível do rio, para que haja um abastecimento
constante de água nas turbinas, para tanto é realizado controle no volume de água
presente no reservatório e também da que é liberada rio abaixo. Nos períodos de
estiagens o nível do rio abaixa ficando praticamente seco, sendo verificado muitas
vezes o descumprimento da norma legal de deixar no rio a sua vazão mínima. Este
tipo de procedimento influência diretamente na biodiversidade, no abastecimento
público de água a população, além de afetar outras atividades econômicas.
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animais;
- interferência na demanda por escolas,
professores e por serviços médico-
hospitalares;
- mudança nos hábitos e costumes dos
nativos;
- conflitos entre população residente e os
forasteiros;
- alteração nos custos de serviços (preço
de mão de obra);
- absorção parcial da mão de obra local
para serviços de serventes e auxiliares;
- atração de mão de obra agrícola para a
construção;
- adensamento no tráfego com veículos de
serviços e transporte urbano;
- deficiências infraestruturais (escolas,
hospitais, água tratada, esgotos, energia
elétrica, habitações populares);
- elevação de preços de mercadorias e
serviços
FONTE: Autor desconhecido. OLIVEIRA, W. Os impactos socioambientais motivados pela UHE de
Porto Primavera no Município de Anaurilândia – MS. Tese de doutoramento. Depto. de Geografia
FCT – UNESP, Presidente Prudente, 2003.
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fases de implantação do empreendimento, por exemplo, na fase de enchimento do
reservatório, como na fase de término da construção (Tabelas 5).
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entrada em operação;
- surgimento de extensas áreas de
penínsulas e ilhas que dificultam a
comunicação terrestre;
- erosão e deslizamento nas margens do
reservatório;
- assoreamento nos remansos.
Autor desconhecido. OLIVEIRA, W. Os impactos socioambientais motivados pela UHE de
Porto Primavera no Município de Anaurilândia – MS. Tese de doutoramento. Depto. de Geografia
FCT – UNESP, Presidente Prudente, 2003.
16.3 DESMATAMENTOS
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Além disso, a retirada da cobertura vegetal ocasiona: a degradação do solo,
erosões, perdas de biodiversidade, aumento de áreas em processo de
desertificação, modificações climáticas e na hidrografia.
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do desmatamento, podendo afetar ecossistemas e espécies de diversas maneiras,
por este motivo, são avaliadas como sendo uma ameaça adicional à biodiversidade.
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influenciando no ciclo das águas;
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Com a construção de estradas são gerados impactos irreversíveis ao meio,
porém a sua não execução pode causar transtornos maiores quando considerado a
probabilidade de acidentes e baixos índices na economia.
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construção às margens das estradas, valas e caixas de retenção para evitar o
carreamento de partículas sólidas para os corpos hídricos e promover a revegetação
de áreas próximas das bacias.
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3) Impactos sobre o meio antrópico – estão relacionados com o
desenvolvimento regional, emprego e paisagismo. Os impactos decorrentes da
construção e manutenção destas estradas, assim como de qualquer outra atividade
impactante, podem ser minimizados mediante a um estudo de impacto ambiental.
a) Paisagismo
b) Desenvolvimento regional
c) Empregos
ESTUDO DE CASO
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do método de matriz de interação e superposição de cartas, identificando assim os
impactos ambientais que foram decorrentes dessas obras e serviços para a
ampliação do sítio aeroportuário.
Nas conclusões obtidas com esta pesquisa, foi detectado que apesar de
muitas organizações se encontrarem em operação sem licenciamento ambiental ou
sem terem promovido o estudo prévio dos impactos ambientais das atividades que
exercem, a elaboração destes estudos mesmo que tardia, é importante para que se
tenha uma real dimensão da inter-relação do mesmo com o meio que o cerca.
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Dessa forma, foi possível evidenciar que as agressões ambientais não são
percebidas ou mesmo ignoradas pela organização. Com este conhecimento da
situação tudo pode ser melhorado, procurando amenizar os impactos com medidas
simples, de baixo custo, fácil manejo e alto benefício ambiental.
Também foi detectado que a poluição atmosférica não foi classificada como
importante. Com 29.987 operações no ano de 2000 não é considerado preocupante,
levando-se em consideração 180.000 operações/ano (nível de alerta).
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Para entender este estudo em sua complexidade, leia-o na íntegra
acessando o site: http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/abes22/dcliv.pdf.
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tecnologias e procedimentos reduz o avanço dos impactos existentes e retarda o
surgimento de novos impactos.
A saber:
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g) Desertificação – processo irreversível devido ao uso inadequado,
também está associado à produção de gado e outros animais;
h) Destruição de mananciais – associado à agricultura pela destruição de
nascentes, por soterramento, impermeabilização, entre outros fatores;
i) Geração de resíduos – a produção de animais gera muitos resíduos,
principalmente fezes e urina de porcos (chorume de porco), frango (cama de frango),
entre outras, que em contato com o solo e corpos d’ água causam contaminação
destes recursos.
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Mas vale mencionar que as explorações modernas adotaram procedimentos
que reduziram ou buscam atenuar a ocorrência de problemas neste âmbito.
SERES HUMANOS
Pesquisa mineral
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Beneficiamento e Poeira, ruído. Não ferrosos: Contribui para a rotatividade da
estocagem gases nocivos, problema com mão de obra. Possíveis doenças
manuseio de alguns reagentes respiratórias e cancerígenas,
tóxicos. Amianto: poeira, fibra. especialmente para asbesto e
outros minerais beneficiados a
seco.
SOLO/SUBSOLO
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Transporte Estradas largas para veículos Abre áreas virgens a uma
pesados (áreas de material de possível degradação. Tráfego
empréstimo associadas). Poeira. pesado pode destruir rodovias.
Desmatamento desnecessário.
Transbordamento em
descarrilamentos e acidentes
rodoviários.
ÁGUA
Pesquisa mineral Sólidos em suspensão (erosão). Contaminação de cursos de
Salmoura de sondagem água subterrânea.
passando para aquíferos
(pesquisa de evaporitos).
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Lavra Poeira levada pelo vento. Gases Pouco importante.
de motores de combustão.
Poeira de detonação e
perfuração. Poeira e fibras de
asbesto.
Beneficiamento e Poeira, partículas aéreas (fibras Possíveis efeitos respiratórios.
estocagem de asbesto), gases, odores, Chuva atuando sobre partículas
evaporação de bacias de finos. afetam vegetação e solo.
SO2 do processo de secagem Elevação de custos, devido à
(pelotização de minério de ferro). corrosão.
Secagem de concentrado (SO2, Próximo às áreas urbanas,
metais pesados). Geração de efeitos sobre a saúde
energia térmica decorrentes da inalação de
(hidrocarbonetos, SO2, NO3). fibras de asbesto.
17 CONCLUSÃO
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Os estudos em torno da preservação ambiental, mesmo intensivos e
constantes, ainda têm suas barreiras na ignorância de um povo que não aprendeu
valorizar suas riquezas naturais.
Porém, pode-se contemplar o outro lado da moeda, em que ações de
sustentabilidade promovem o desenvolvimento focado na preocupação de adquirir
do meio, suas potencialidades, mas promovendo em conjunto a preservação de
espécies locais.
Sabe-se que os impactos provocam não somente a perda de riquezas
naturais, mas cria novas variedades geneticamente modificadas, detectadas em
avaliações ambientais mais rigorosas. O problema de qualquer avaliação de impacto
é: Quando fazer? Como e por quê?
Os objetivos da avaliação é que determinam essas variações de quando,
como e por quê. O tempo de fazer nem sempre é no momento exato da real
necessidade, pois se estima, na maioria das vezes, períodos longos e distantes do
ponto exato da avaliação.
A implantação de quaisquer empreendimentos interceptará sempre um
ecossistema terrestre, ocasionando uma quebra na sua continuidade e gerando ao
meio ambiente algum impacto negativo.
O processo de desenvolvimento de uma avaliação percorre os papéis e
burocracia dos Governos, que avaliam com criteriedade demasiada, ou com vistas
grossas para determinados interesses. Porém, como fazer as avaliações e as
implementações de empreendimentos depende da necessidade de cada projeto.
Os porquês das avaliações em nada devem barrar o desenvolvimento do
Brasil, mas deve propor mudanças na forma de criar e gerir os empreendimentos
que comprometem e esgotam os recursos naturais, que faltarão no futuro para estes
mesmos empreendimentos irresponsáveis.
Sendo assim, o desenvolvimento da AIA nos setores produtivos são
ferramentas importantes, pois contribuem para o desenvolvimento local e
sustentável. Deve ser avaliada a aplicabilidade para as atividades, bem como as
características de cada região, pois são indicadores dos aspectos ecológicos,
socioeconômico e cultural.
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Em nada consta que a avaliação de impacto ambiental tenha como objetivo
criar obstáculos e paradoxos, que são intransponíveis ao desenvolvimento
sustentável do Brasil.
FIM DO MÓDULO IV
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CUNHA, S.B. & GUERRA, A.J.T. Avaliação e Perícia Ambiental. Bertrand Brasil. 2.
ed. 2000.
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EGLER, P. C. G. Perspectivas de uso no Brasil do processo de Avaliação
Ambiental Estratégica. Revista Educação e Meio Ambiente. (sem data)
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QUEIROZ, S. M. P. Procedimentos referentes à apresentação, análise e parecer
formal de EIAS/RIMAS. In: Seminário sobre Avaliação e Relatório de Impacto
Ambiental, 1. Anais... Curitiba, FUPEF/UFPr, 1990.
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FIM DO CURSO
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