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TERRAPLENAGEM 7

Projeto

Prof. Vinicius Costa Furtado da Rosa


Projeto
Topografia.
Qualquer trabalho de engenharia civil, arquitetura ou urbanismo se
desenvolve em função do terreno sobre o qual se assenta como, por
exemplo, obras viárias, núcleos habitacionais, edifícios, aeroportos,
usinas hidrelétricas, barragens, sistemas de água e esgoto,
planejamento, urbanismo , paisagismo, etc. Aí reside a importância da
topografia: ela é a base inicial de qualquer projeto e de qualquer obra
realizada por engenheiros civis ou arquitetos.

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Projeto
Topografia.
Existem vários métodos para a representação do relevo de um terreno,
sendo de uso corrente o método das curvas de nível, que consiste em
seccionar o terreno por um conjunto de planos horizontais
equidistantes, que interceptam a superfície do local, determinando
linhas fechadas sinuosas que recebem o nome de “curvas de nível”.
Cada uma destas linhas, pertencendo a um mesmo plano horizontal,
tem, evidentemente, todos os seus pontos situados na mesma cota
altimétrica, isto é, estão no mesmo nível, desta maneira, as curvas de
nível possibilitam representar o relevo de uma área em sua planta
planimétrica.
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Projeto
Topografia.
Estes planos horizontais são paralelos e equidistantes, e a distancia
entre dois planos paralelos e chamada de equidistância vertical.

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Projeto
Topografia.
Quando se estuda o terreno, deve-se abordar a configuração do solo e
seu conjunto, orientação geral das serras, forma , altitudes e declive
das elevações, trechos não montanhosos ou planos.
Denominações e definições topológicas de algumas formas de terreno.
Cordilheira - cadeia de montanhas de grandes altitudes.
Contraforte – montanha alongada que se destaca da cordilheira,
formando uma cadeia de Segunda ordem.

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Projeto
Topografia.

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Projeto
Topografia.
Serra – cadeia de montanhas de forma alongada, cuja parte elevada
aparenta dentes de serra.
Montanha – grande elevação de terra, de altura superior a 400 m.
Vértice ou cimo – ponto culminante da montanha pode ser
arredondado (pico) ou pontiagudo (agulha).
Maciço - conjunto de montanhas agrupadas em torno de um ponto
culminante.
Morro – pequena elevação.
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Projeto
Topografia.
Colina – pequena elevação, de 200 m a 400 m de altura, com declives
pouco pronunciados quando isolada numa planície ou planalto, recebe
o nome de outeiro.
Planaltos – superfícies regulares, mais ou menos extensas, situadas a
grandes altitudes.
Planícies - superfícies regulares, mais ou menos extensas, situadas a
pequena altitude.
Vertentes - superfícies inclinadas que vem do cimo ate a base das
montanhas.
Dorso ou divisor de águas – superfície convexa formada pelo encontro
de duas vertentes. 8
Projeto
Topografia.

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Projeto
Topografia.
Vale – superfície côncava
formada pelo conjunto de
duas vertentes opostas,
os vales podem ter fundo
côncavo, fundo de ravina
ou fundo chato.

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Projeto
Topografia.
Talvegue – Caminho do
vale, e a linha de encontro
de duas vertentes opostas,
e a linha que recolhe as
águas que descem pelas
duas encostas opostas do
vale.

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Projeto
Topografia.
Gargantas ou selado - lugar do
terreno onde a superfície sobe
para dois lados opostos e desce
para outros dois lados opostos.
A garganta e o ponto mais
baixo de um divisor de águas e
o ponto mais alto dos dois
talvegues que ai nascem. Se a
garganta e estreita e profunda
recebe o nome de brecha, se a
profundidade e muito grande,
trata-se de um cânion
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Projeto
Reconhecimento.
Para projetos de estradas,
devem ser verificados os
elementos necessários para o
traçado que são: localização
dos pontos inicial e final da
estrada, indicação dos pontos
“obrigados” de passagem e as
retas que ligam estes pontos.

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Projeto
Reconhecimento.
Como exemplos de “pontos obrigados” podemos citar: áreas que
contornam elevações íngremes, áreas a montante de grotas
acentuadas, seções mais estreitas de rios, travessias adequadas de
ferrovias, eventual aproveitamento de obras existentes, etc., de forma
geral, toda solução que acarreta melhoria das condições técnicas ou
redução de custo.

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Projeto
Reconhecimento.

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Projeto
Reconhecimento.

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Projeto
Reconhecimento.

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Projeto
Reconhecimento.

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Projeto
Traçados.
Os tipos de traçados clássicos que se apresentam na prática são quatro:
traçado de vale, traçado de planície, traçado de encosta e traçado de
montanha.
A - Traçado de Vale
É aquele que se faz ao longo de um vale, por uma de suas margens. É
um traçado praticamente definido, pois a diretriz é o próprio curso de
água. O traçado de vale atravessa região de topografia muito favorável.
Geralmente é preferido nos projetos de estradas de ferro, que usam
valores baixos para as rampas.
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Projeto
Traçados.
Como nesses percursos a estrada, muitas vezes, acompanha rios ou
córregos, os problemas de drenagem são agravados pelas águas que
descem pelas encostas na direção do rio ou do córrego, aumentando o
número e o custo das obras de drenagem.

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Projeto
Traçados.
As estradas nos vales são, normalmente, de bom tráfego, porém
dispendiosas. Em todos os casos, são preferíveis às construções em
zonas montanhosas, onde, pelas encostas ou dorsos acidentados, pode
tornar-se impraticável ou dificílimo o traçado.
Nas estrada de vale, a construção é bem cara e as desapropriações
quase sempre de importância.

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Projeto
Traçados.
B - Traçado de Planície
Aparentemente é o traçado mais simples de ser estudado, mas devido
a existência frequente de acidentes como zonas pantanosas e grandes
cursos d’ água, eles obrigam muitas vezes a mudança de direção com o
objetivo de procurar terreno mais alto ou atravessar os cursos de água
em locais mais convenientes.

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Projeto
Traçados.
C - Traçado de encosta
É aquele que acompanha o dorso ou divisor de água ou dele se
aproxima.
Ocorrem rampas e contrarrampas com mais frequência do que nos dois
tipos anteriores.
Este tipo de traçado atravessa diversas bacias, inclusive planícies,
grandes cursos de água, gargantas de contrafortes e de outros divisores
de águas, mais ou menos altos, que estão na diretriz geral da estrada.
Torna-se necessário um estudo cuidadoso neste tipo de traçado.
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Projeto
Traçados.
D - Traçado de montanha
Para o traçado de uma estrada através de uma montanha, deve-se
escolher a garganta mais conveniente por onde ele deverá passar,
geralmente numa garganta que seja mais baixa e situada na diretriz
escolhida.
O acesso natural de uma estrada para se atingir uma garganta é feito,
em geral, ao longo de vales que nascem nessa garganta e só na
impossibilidade é que se passa para um vale vizinho.

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Projeto
Traçados.
D - Traçado de montanha
Este tipo de traçado terá sempre rampas fortes e é relativamente caro,
devido a necessidade de se construírem muitos muros de contenção. É
de conservação onerosa, principalmente quanto às enxurradas, pois
devem ser cortadas o mais possível, a fim de se evitar a erosão do leito
da estrada.
No entanto, tem como vantagem a secagem mais rápida da superfície
da estrada.

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Projeto
Traçados.
Apesar dessas definições serem utilizadas nos projetos de estradas,
podemos em função das situações encontradas, aproveitá-las nos
demais tipos de projeto de terraplenagem, adaptando a cada realidade,
baseado sempre nos levantamentos topográficos e análises geológicas
e geotécnicas.

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Projeto
Representação Gráfica do Projeto.
A representação gráfica de cada trecho da estrada e dos demais
projetos de terraplenagem é feita por um conjunto de desenhos:
planta, perfil longitudinal e seções transversais.
A planta é a representação, em escala conveniente, da projeção da
estrada sobre um plano horizontal.
O perfil longitudinal é a representação, em escala conveniente, da
projeção da estrada sobre uma superfície cilíndrica vertical, que
contém o eixo da estrada em planta.

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Projeto
Representação Gráfica do Projeto.

As seções transversais são representações, em escala conveniente, de


projeções da estrada sobre planos verticais, perpendiculares ao eixo da
estrada, localizados em pontos escolhidos.
O projeto geométrico total da estrada é representado pelo conjunto de
desenhos de seus diversos trechos.

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Projeto
Representação Gráfica do Projeto.
Planta
A planta como vimos, é a projeção da estrada ou de outro projeto
sobre um plano horizontal, onde cada desenho representa um trecho
da estrada ou a área de implantação de um empreendimento, de
extensão compatível com o tamanho da folha de desenho e a escala
desejada. Normalmente são usadas as escalas 1:10.000 e 1:5.000 para
a planta de anteprojetos, 1:2.000 para projetos executivos, 1:1.000 no
projeto de interseções, cruzamentos ou outros locais onde seja
necessário um maior nível de detalhamento. Em projetos com áreas
menores, as escalas deverão ser compatíveis com os seus
detalhamentos.
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Projeto
Representação Gráfica do Projeto.
Planta
Nos projetos de estradas, é constituída por:
a) Eixo da estrada estaqueado com suas características geométricas e
elementos necessários à perfeita localização do traçado escolhido;
b) Linhas indicando os bordos da plataforma da estrada e da faixa de
domínio;
c) Representação da topografia local, através de curvas de nível e
indicações de acidentes topográficos importantes.
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Projeto
Representação Gráfica do Projeto.
Planta
Nos projetos de estradas, é constituída por:
d) Representação da hidrologia, através da localização de rios, córregos,
lagos.
e) Indicação e localização de elementos diversos que possam de
alguma forma influir no custo da estrada, como: tipo de vegetação,
áreas cultivadas, acidentes geológicos ou geotécnicos notáveis, obras
de arte previstas, etc.
f) Indicação e localização de benfeitorias, divisas de propriedades e
outros elementos que possam auxiliar na determinação dos custos de
desapropriação da faixa. 31
Projeto
Representação Gráfica do Projeto.
Planta
Nos demais projetos, são constituídas pelos itens c, d, e, f.
Perfil Longitudinal
Para uma melhor visualização do projeto o perfil longitudinal é um
desenho deformado, onde a escala vertical é menor que a escala
horizontal adotada. É aconselhável o uso de uma escala horizontal igual
a adotada para a planta do trecho e uma escala vertical dez vezes maior
que a escala horizontal, assim, os acidentes verticais são destacados,
resultando uma melhor visão do projeto.
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Projeto
Representação Gráfica do Projeto.
Perfil Longitudinal
O perfil longitudinal consiste no desenho de:
- Perfil do terreno original sobre o eixo da estrada;
- Perfil da estrada (greide) com suas características geométricas e
localização em relação a planta;
- Perfil geológico e características dos materiais que possam influir no
estudo da estabilidade da estrada e no projeto de cortes e aterros;

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Projeto
Representação Gráfica do Projeto.
Perfil Longitudinal
O perfil longitudinal consiste no desenho de:
- Indicação do estaqueamento e desenho esquemático da planta, para
a localização dos acidentes do perfil em relação aos da planta;
- Indicação de obras de arte previstas para o trecho;
- Cotas de obras existentes que interferem no projeto.

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Projeto
Representação Gráfica do Projeto.
Perfil Longitudinal
Nos demais projetos, o perfil longitudinal consiste no desenho de:
- Perfil do terreno original;
- Perfil do terreno com suas características geométricas e localização
em relação a planta;
- Perfil geológico e características dos materiais que possam influir no
estudo da estabilidade de cortes e aterros;

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Projeto
Representação Gráfica do Projeto.
Perfil Longitudinal
Nos demais projetos, o perfil longitudinal consiste no desenho de:
- Indicação do estaqueamento e desenho esquemático da planta, para
a localização dos acidentes do perfil em relação aos da planta;
- Indicação de obras de arte previstas para o trecho;
- Cotas de obras existentes que interferem no projeto.

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Projeto
Representação Gráfica do Projeto.
Seções Transversais
Devem ser desenhadas vária seções tipo, em pontos escolhidos, que
permitam a perfeita definição de todas as características transversais
do projeto.
As seções transversais devem conter:
- Dimensões e indicações transversais das faixas de tráfego, pistas,
acostamentos, separadores centrais e demais elementos que compõem
a plataforma da estrada;
- Taludes de cortes e/ou aterros;
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Projeto
Representação Gráfica do Projeto.
Seções Transversais
- Áreas de cortes e/ou aterros;
- Indicação de eventuais obras de arte, obras de proteção de taludes e
dispositivos de segurança;
- Indicação e localização de dispositivos de drenagem;
- Posição de início de taludes e faixas de domínio;
- Outras informações necessárias à definição do projeto.

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Projeto
Representação Gráfica do Projeto.
Representações Complementares
Em locais especiais é aconselhável o uso de representações
complementares que criem uma visão global de estrada ou
empreendimento.
Em locais de topografia acidentada, quando curvas verticais e
horizontais misturam-se numa sucessão complexa de curvas
tridimensionais, a falta de uma visão global pode criar projetos
deficientes.
Definição no terreno de áreas para empréstimos e bota-foras.
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Projeto
Representação Gráfica do Projeto.
Projeto Final
É a fase de detalhamento e eventual alteração do anteprojeto
escolhido, com base nas informações obtidas nas análises das soluções
possíveis para os diversos problemas encontrados. O anteprojeto
escolhido sofrerá as alterações que forem necessárias até atingir uma
forma final.
Nesse ponto é feito o detalhamento do anteprojeto através da escolha
e o cálculo de todos os elementos necessários a perfeita definição do
projeto em planta, perfil longitudinal e seções transversais. O conjuntos
desses desenhos finais, acompanhados das tabelas necessárias à
locação do projeto no campo formam o projeto geométrico final.
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Projeto
Estudos Geotécnicos.
• Sondagem
• Caracterização dos materiais do subleito
• Caracterização dos materiais de empréstimos
• Definição dos parâmetros de controle geotécnico na execução
• Definição de parâmetros para soluções especiais
• Definição dos fatores de empolamento.

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Projeto
Projeto Ambiental
O que deve ser considerado:
• Legislação específica
• Resoluções do CONAMA
• Recomendações/condicionantes dos órgão ambientais
• Política ambiental e documentos do DNIT
• Fragilidade da área de influencia da rodovia
• Normas, Manuais e instruções do DNIT
• Recuperação das áreas de exploração ou bota-foras;
• Recuperação de passivos ambientais.
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Projeto
Projeto Ambiental
Soluções e medidas de proteção ambiental para prevenção, mitigação
ou compensação de passivos ambientais.
Medidas para evitar impactos ambientais na Terraplenagem
Escolha de traçado;
Escolha do local de empréstimos jazidas e pedreiras;
Descompactar solos compactados;
Medidas da engenharia como proteção contra erosão, deslizamentos,
assoreamentos, etc.
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Projeto
Medidas para evitar impactos ambientais na Terraplenagem
Hidro-semeadura em zonas suscetíveis à erosão;
Captação de água superficial da rodovia no topo de taludes como
proteção contra erosão;
Melhoria das camadas de solo superficiais como proteção da água
subterrânea;
Construção de pontes em vez de aterros.

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Método das seções transversais
Esta fórmula é largamente empregada em estradas e ferrovias, nos
cálculos de corte e aterro.

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Método das seções transversais

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Método das seções transversais

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Método das seções transversais

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Método das seções transversais

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Método das seções transversais
Estimativa das áreas da seção transversal com auxílio de software

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Método das seções transversais
Estimativa das áreas da seção transversal com auxílio de software
Vcorte = d x [(A649 + A650)/2]
Vcorte = 20 x (1,4573 + 0,8947)/2 = 23,52 m³
Vaterro = -d x [(A649 + A650)/2]
Vaterro = -20 x (0,014 + 0,5527)/2 = -5,667 m³

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Método das seções transversais
Estimativa das áreas da seção transversal analiticamente

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Método das seções transversais
Estimativa das áreas da seção transversal analiticamente

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Método das seções transversais
Estimativa das áreas da seção transversal analiticamente

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Método das seções transversais
Estimativa das áreas da seção transversal analiticamente

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Empolamento do solo

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Empolamento do solo

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Empolamento do solo

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Compensação de volumes
Compensação longitudinal
Corte pleno
Empréstimo
Corte em seção mista em que o volume de corte é superior ao de
aterro
Compensação lateral
Seção mista
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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Compensação de volumes

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Compensação de volumes

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Compensação de volumes

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Compensação de volumes

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Compensação de volumes

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Compensação de volumes

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Compensação de volumes

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Distância Média de Transporte (DMT)
• As distancias expressam a extensão horizontal ao longo da qual o
volume será transportado entre a origem e o destino;
• Em geral as distancias são medidas entre os centros geométricos dos
segmentos de corte e aterro;
• Também podem ser considerados as distancias entre os centros de
massa dos segmentos de corte e aterros;

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Distância Média de Transporte (DMT)
• Não são consideradas os deslocamentos transversais nas mesmas
seções (seções mistas);
• As distancias são calculadas em metro ou km;
• Quando o material é de empréstimo, a distancia é calculada para o
centro geométrico do aterro pelo trajeto mais curto e viável;

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Distância Média de Transporte (DMT)
Momento de transporte
É dado pelo produto do volume individual de terraplenagem pela
distancia individual de transporte sendo expresso em m³/km.
O momento total de transporte é a soma dos momentos individuais:

M = Σ Vi . di

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Distância Média de Transporte (DMT)
O volume total de escavação é dado pelo somatório dos volumes
individuais de escavação:
V = Σ Vi
A DMT para um trecho(D) será dada por:
D=M/V
Esta distancia representa a média ponderada entre as distancias
individuais de transporte, tomando-se os volumes individuais como
fatores de ponderação. 70
Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Distância Média de Transporte (DMT)
Distribuição de material
As premissas básicas são:
- A menor distancia de transporte possível (DMT);
- Aproveitamento integral dos materiais oriundos de corte para a
execução dos aterros respeitando as limitações geotécnicas;
- O expurgo de materiais(bota-foras) em áreas mais próximas possíveis
dos locais de origem;
- A utilização de volumes de empréstimo em aterros mais próximo.
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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Diagrama de Bruckner
Representação gráfica dos volumes acumulados de cortes(positivo) e
aterros(negativo) utilizado para o planejamento do movimento de
terra.
Cálculo dos volumes acumulados:

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Diagrama de Bruckner

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Diagrama de Bruckner

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Diagrama de Bruckner
Propriedades do diagrama:
1 O diagrama não é um perfil;
2 Inclinações muito elevadas indicam grandes movimentos de terra;
3 Trecho ascendente=corte, trecho descendente=aterro;
4 A diferença de ordenada entre 02 pontos mede o volume de terra
entre esses pontos;
5 Os pontos extremos do diagrama correspondem aso pontos de
passagem (PP);
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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Diagrama de Bruckner
Propriedades do diagrama:
6 Pontos de máximo: corte para aterro; Ponto de mínimo: aterro para
corte;
7 Qualquer horizontal traçada sobre o diagrama determina trechos de
volumes compensados(corte=aterro corrigido). Essa linha é chamada
linha de compensação;
8 O volume é dado pela diferença de ordenadas entre o ponto de
máximo ou mínimo do trecho compensado e a linha de compensação;
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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Diagrama de Bruckner
Propriedades do diagrama:
9 A posição da onda do diagrama em relação a linha de compensação indica
a direção do movimento de terra: onda positiva transporte no sentido do
estaqueamento; onda negativa transporte no senti contrário;
10 A área compreendida entre a curva de Bruckner e alinha de compensação
mede o momento de transporte da distribuição considerada;
11 A distancia média de transporte de cada distribuição pode ser
considerada como a base de um retângulo de área equivalente à do
segmento compensado; 77
Projeto
Movimento de terra –
Cálculo de volumes
Diagrama de Bruckner

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Projeto
Movimento de terra –
Cálculo de volumes
Diagrama de Bruckner

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Projeto
Movimento de terra –
Cálculo de volumes
Diagrama de Bruckner

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Projeto
Movimento de terra –
Cálculo de volumes
Diagrama de Bruckner

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Diagrama de Bruckner
Distancia econômica de transporte
É a distancia crítica para a qual o custo da compensação longitudinal é
igual ao custo do bota-fora mais o custo do empréstimo.
Para as distancias menores que a distancia econômica, é mais
econômico transpor a terra dos cortes para os aterros; para distancias
maiores é mais barato fazer bota-fora do material do corte e
empréstimo do material para construção do aterro.

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Diagrama de Bruckner
Distancia econômica de transporte

d=dbf + demp + Ce/Ct


Onde:
d= distancia econômica, em km
dbf = distancia média de bota-fora, em km
demp= distancia média de empréstimo, em km
Ce = custo de escavação, em R$/m³
Ct = custo de transporte, em R$/m³.km
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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Diagrama de Bruckner
Escolha da linha econômica:
A linha mais econômica é aquela para a qual a soma dos segmentos
que ficam abaixo da linha de Bruckner é igual à soma dos segmentos
que ficam acima
A linha precisa cortar todos os trechos ascendentes e descendentes da
linha de Bruckner e as distancias de transporte não forem maiores que
a distancia econômica.

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Diagrama de Bruckner
Escolha da linha econômica:

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Diagrama de Bruckner
Escolha da linha econômica:

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Diagrama de Bruckner
Escolha da linha econômica:

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Diagrama de Bruckner
Escolha da linha econômica:

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Diagrama de Bruckner
Escolha da linha econômica:

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Projeto
Movimento de terra
Diagrama de Bruckner
Escolha da linha econômica:

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Projeto
Movimento de terra
Diagrama de Bruckner
Exemplo:
Fh=1,111

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Projeto
Movimento de terra
Diagrama de Bruckner
Exemplo:

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Elaboração dos quadros de orientação da terraplenagem
Os quadros de orientação da terraplenagem encerram todas as indicações
obtidas na distribuição do material escavado, com auxílio do diagrama de
Brückner.
Esses quadros, como pode ser visualizado no slide 96, são divididos,
inicialmente em duas partes: uma para origem do material e outra para o
seu destino. Na parte referente à origem são relacionados, através de
colunas, a localização (pelos limites das estacas), a finalidade (corte,
empréstimo lateral, empréstimo concentrado, denteamento em
fundações de aterros, banqueteamento de taludes, remoção de solos
moles ou rebaixamento de plataforma de corte), o volume escavado e a
classificação segundo a dificuldade de extração, ou seja, todas as
informações acerca do material, na sua procedência.
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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Elaboração dos quadros de orientação da terraplenagem
Na parte referente ao destino do material escavado entram as colunas
relativas à finalidade do transporte e depósito do material, ou seja:
aterro (camada superior, camada inferior ou simplesmente aterro
quando não houver distinção na utilização do material), bota-fora
(neste caso indicando o seu posicionamento em relação à rodovia -
lado esquerdo, lado direito, fora da faixa de domínio, etc.), reposição
de camada de solos moles removida, preenchimento de rebaixos de
plataforma em corte ou compensação lateral, com a indicação das
estacas limites de cada finalidade e da distância média de transporte da
movimentação.
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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Elaboração dos quadros de orientação da terraplenagem
No preenchimento dos quadros de orientação, é recomendável que se
relacione em linhas cada movimentação e na sequência prevista para a
construção, objetivando que o conjunto de quadros ofereça, ao
executor dos serviços, a ordem cronológica de ataque (em muitos casos
há necessidade de se fazer compensações intermediárias, para depois,
aproveitando a plataforma já aberta, se completar a compensação
entre corte e aterro mais distante). O quadro de localização e
distribuição dos materiais de terraplenagem anexo, que é uma das
formas para apresentação da orientação da terraplenagem, exemplifica
o que foi exposto.
95
Projeto

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Cortes e Empréstimos
Para o caso de cortes e empréstimos, além da escavação (e carga), tem-
se ainda que considerar a parcela referente ao transporte (e descarga)
do material. Assim sendo, é preconizado que se faça a quantificação
por volumes escavados, separados conforme a dificuldade extrativa (1ª,
2ª ou 3ª categoria), transportados a “faixas” de distâncias médias de
transporte. Em geral utilizam-se faixas para:

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Cortes e Empréstimos

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Cortes e Empréstimos
Acima de 3000 m, de 1000 em 1000 m.
Desta maneira teremos especificado um certo total de volume de
escavação transportado a uma distância até 50 m, um outro total de
volume escavado e transportado a uma distância compreendida entre
50 e 100 m e assim por diante.

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Exemplo
Elaborar o Diagrama de Bruckner correspondente a um segmento
rodoviário de 1100 m de extensão, com base nos dados apresentados
nas planilhas anexa. Considerar as seguintes informações e instruções
gerais:
1. Todos os materiais a serem escavados são de 1a. categoria;
2. As áreas totais e de camada vegetal encontram-se calculadas e
registradas nas planilhas, para todas as estacas;

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Projeto
Movimento de terra – Cálculo de volumes
Exemplo
3. A ordenada inicial do diagrama de Brückner foi pré-estabelecida em
200.000 m³;
4. As estacas a considerar são de 20 m (semi-distância de 10 m);
5. O fator de homogeneização foi definido em 1,40;
6. Utilizando o processo do “retângulo de áreas equivalente”
apresentado na teoria, definir todas as distâncias médias de transporte;

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Projeto

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Projeto

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Projeto

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Projeto

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Projeto

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Projeto

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Projeto

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Projeto
Apresentação do Projeto de Terraplenagem
A apresentação de um “Projeto Final de Engenharia Rodoviária” se faz
através de quatro volumes e alguns anexos de estudos e projetos
específicos, sendo que o Projeto de Terraplenagem, como parte
integrante deste, aparece constituindo alguns capítulos desses
volumes.
A relação dos volumes e o que se apresenta sobre terraplenagem nos
mesmos está a seguir transcrita.

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Projeto
Apresentação do Projeto de Terraplenagem
Volume 1 - Relatório do Projeto e Documentos para Concorrência:
Este Volume tem a finalidade de dar uma visão geral do projeto,
constituindo-se, basicamente, no seu extrato. Ele destina-se ao uso de
técnicos que queiram ter um conhecimento geral do projeto e às
Firmas Construtoras interessadas na licitação da obra, razão pela qual
deve reunir todos os elementos que sejam de interesse à concorrência
de construção. Pela sua finalidade, neste volume não são justificados
os métodos usados, mas simplesmente apresentadas soluções e os
resultados encontrados.
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Projeto
Apresentação do Projeto de Terraplenagem
Seguindo a itemização preconizada pelo DNIT, informações acerca da
terraplenagem são inseridas nos seguintes capítulos:
• Informativo do Projeto, onde em algumas poucas linhas deve-se
enfatizar as condições principais da terraplenagem (dificuldades ou
facilidades);
• Ficha-Resumo do Projeto, que conterá o volume total a ser escavado
e as percentagens de 1ª, 2ª e 3ª categorias;
• Resumo do Projeto, onde serão fornecidas, sucintamente, as
informações mais importantes sobre a terraplenagem, os resultados
obtidos e as metodologias utilizadas para obtê-los; 111
Projeto
Apresentação do Projeto de Terraplenagem
• Plano de Execução da Obra, que conterá comentários sobre as
dificuldades ou facilidades e recomendações para execução da
terraplenagem;
• Documentos da Proposta, nos quais se encerrarão as quantidades de
todos os serviços de terraplenagem, para apreciação e efetivação do
orçamento pelas Firmas interessadas na licitação para construção, e
• Especificações Complementares e Particulares, onde serão descritos
os métodos para a execução, controle, medição e pagamento, além
da relação dos equipamentos e materiais a serem utilizados em cada
serviço, quando esses itens não estiverem contidos ou estiverem
incompletos nas “Especificações Gerais” do DNIT.
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Projeto
Apresentação do Projeto de Terraplenagem
Volume 2 - Projeto de Execução:
Este volume tem por objetivo fornecer as plantas, gráficos e demais
desenhos necessários à execução da obra.
O Projeto de Terraplenagem, além de ser apresentado em um capítulo
específico, tem suas quantidades relacionadas em outro, denominado
Quadro-Resumo de Quantidades. No Capítulo específico são
apresentadas pranchas de desenhos que contenham, no mínimo, o
seguinte:

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Projeto
Apresentação do Projeto de Terraplenagem
Volume 2 - Projeto de Execução:
• Seções transversais-tipo de terraplenagem;
• Quadros-resumo da distribuição de terras;
• Gráficos com indicação do posicionamento de empréstimos e bota-
foras;
• Plantas, seções transversais, perfis longitudinais e demais elementos
de interesse de caixas de empréstimos localizadas;
• Detalhes e soluções particulares referentes à fundação de aterros,
estabilidade, banqueteamento ou escalonamento de taludes, etc.;
• Quadros de orientação da terraplenagem. 114
Projeto
Apresentação do Projeto de Terraplenagem
Volume 3 - Memória Justificativa:
Tem por objetivo justificar as soluções apresentadas, expondo
claramente as metodologias adotadas e resultados obtidos. Destina-se
essencialmente ao exame do Órgão Contratante, servindo
posteriormente como elemento de consulta na fase de execução da
obra.
O Projeto de Terraplenagem encerra um capítulo específico, onde se
segue, usualmente, a seguinte orientação na exposição da matéria:

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Projeto
Apresentação do Projeto de Terraplenagem
Volume 3 - Memória Justificativa:
• Elementos básicos, onde são referidos os elementos usados e
resultantes da elaboração do projeto;
• Estudos de alternativas e de soluções específicas;
• Análise técnica e econômica para definição das melhores alternativas;
• Descrição detalhada das soluções adotadas, fazendo-se ainda
referência aos métodos, normas e especificações consideradas;
• Discriminação dos métodos adotados e cálculos realizados para
obtenção das quantidades apresentadas. 116
Projeto
Apresentação do Projeto de Terraplenagem
Volume 4 - Orçamento e Plano de Execução
Fornece o custo de todas as obras necessárias à execução da rodovia,
indicando e justificando os métodos adotados na sua obtenção.
Apresenta ainda o Plano de Execução aplicável às obras.
Neste volume, baseando-se em pesquisas de mercado, são definidos os
custos unitários e totais de cada item de serviço quantificado e o custo
total da terraplenagem e dos demais serviços previstos. Os resultados
são apresentados no Resumo do Orçamento, que indica o custo total, o
custo por quilômetro e a percentagem do custo total.
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Projeto
Apresentação do Projeto de Terraplenagem
Volume 3.A - Projeto de Desapropriação (Anexo)
O Projeto de Desapropriação tem por objetivo definir e especificar os
serviços de avaliação de imóveis nos Projetos de Engenharia
Rodoviária, com a finalidade de fornecer elementos necessários à
execução do processo administrativo de indenização por
desapropriação.
Para o caso específico da terraplenagem, sempre que qualquer
atividade de retirada ou depósito de material se der fora dos limites da
faixa de domínio, ter-se-á de proceder a levantamentos completos da
área e coleta de todas as informações necessárias acerca dos
proprietários e situação da posse.
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Projeto
Apresentação do Projeto de Terraplenagem
Volume 3.B - Estudos Geotécnicos (Anexo)
Este volume apresenta todos os boletins de sondagens e quadros de
resultados de ensaios efetuados. É através desses boletins e quadros
que se fará a análise das categorias e da qualidade dos materiais
envolvidos na terraplenagem, com o que se julgará a necessidade ou
não de seleção qualitativa.

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Apresentação do Projeto de Terraplenagem
Volume 3.C - Memória de Cálculo de Estruturas (Anexo)
É o volume destinado à apresentação da memória de cálculo estrutural
das obras de arte especiais (pontes, viadutos, cortinas atirantadas,
muros de arrimo, etc.).
Volume 3.D - Notas de Serviço e Cálculos de Volumes
Encerra este volume os elementos que forneceram subsídios para a
elaboração dos quadros de orientação da terraplenagem (cálculo de
volumes) e os dados necessários para execução da terraplenagem
propriamente dita, segundo a geometria definida no projeto (notas de
serviço). 120
Bibliografia
• Departamento Nacional De Estradas De Rodagem - Solos e agregados miúdos –
determinação da umidade com emprego do “Speedy” Norma Rodoviária DNER-
ME 052/94.
• DNIT -Departamento Nacional De Infra-estrutura De Transportes: limitações, peso
bruto, peso por eixo.
• DNIT -Departamento Nacional De Infra-estrutura De Transportes: Manual De
Custos Rodoviários Volume 4, Tomo 1 Terraplenagem e Pavimentação – 2003.
• DNIT -Departamento Nacional De Infra-estrutura De Transportes: Norma DNIT
108/2009 ES – Terraplenagem – Aterros – Especificação de Serviços.
• Equipamentos Para Escavação – Compactação e Transporte: Tadeo Jaworski

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Bibliografia
• Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Engenharia: Prof. Dr. Anderson
Manzoli.
• Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, Faculdade de Ciências Exatas
e Tecnológicas – FACET: Prof. Me. Arnaldo Taveira Chioveto.
• Universidade Federal da Bahia - Escola Politécnica - Departamento de Transportes
Disciplina ENG305 – Construção De Estradas – Profa. Denise Ribeiro.
• Universidade Federal do Paraná - Setor de tecnologia - Departamento de
transportes: Disciplina: tt-401 - infraestrutura viária.
• Universidade Regional do Cariri – URCA: Elementos de terraplenagem - Renato de
Oliveira Fernandes.

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Bibliografia
DNIT -Departamento Nacional De Infra-estrutura De Transportes: Manual De Custos
Rodoviários Volume 4, Tomo 1 Terraplenagem e Pavimentação – 2003.
DNIT -Departamento Nacional De Infra-estrutura De Transportes: Norma DNIT
108/2009 ES – Terraplenagem – Aterros – Especificação de Serviços.
Universidade Regional do Cariri – URCA: Elementos de terraplenagem - Renato de
Oliveira Fernandes.
Universidade Federal da Bahia - Escola Politécnica - Departamento de Transportes
Disciplina ENG305 – Construção De Estradas – Profa. Denise Ribeiro.

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