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Aula 5 – Desenho Topográfico

Disciplina: Geometria Descritiva 2CC


Prof: Gabriel Liberalquino Soares Lima

UFPE – DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICA


ESTRADAS

ESTRADA: Obra que se destina à circulação de veículos.


▫ automóveis = estrada de rodagem
▫ trens = linhas férreas
▫ pedestres e animais = caminhos

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ESTRADAS

Aparentemente, a melhor solução para a ligação de dois pontos por


meio de uma estrada consiste em seguir a diretriz geral. Isto seria possível
caso não houvesse entre estes dois pontos nenhum obstáculo ou ponto de
interesse que forçasse a desviar a estrada de seu traçado ideal.

Quando a declividade de uma região for íngreme, de modo que não


seja possível lançar o eixo da estrada com declividade inferior a valores
admissíveis, deve-se desenvolver traçado.

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FATORES QUE INFLUENCIAM O TRAÇADO DE
ESTRADAS
São vários os fatores que interferem na definição do traçado de uma
estrada. Dentre eles, destacam-se:

• a topografia da região;
• as condições geológicas e geotécnicas do terreno;
• a hidrologia e a hidrografia da região;
• a presença de benfeitorias ao longo da faixa de domínio da estrada.

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FATORES QUE INFLUENCIAM O TRAÇADO DE
ESTRADAS
Regiões topograficamente desfavoráveis geralmente acarretam
grandes movimentos de terra, elevando substancialmente os custos de
construção.
As condições geológicas e geotécnicas podem inviabilizar determinada
diretriz de uma estrada. Na maioria dos casos são grandes os custos
necessários para estabilização de cortes e aterros a serem executados em
terrenos desfavoráveis (cortes em rocha, aterros sobre solos moles, etc.)

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FATORES QUE INFLUENCIAM O TRAÇADO DE
ESTRADAS
A hidrologia da região pode também interferir na escolha do traçado
de uma estrada, pois os custos das obras de arte e de drenagem geralmente
são elevados. O mesmo acontece com os custos de desapropriação.
Dependendo do número de benfeitorias ao longo da faixa de implantação da
estrada, os custos de desapropriação podem inviabilizar o traçado.

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ELEMENTOS DE UMA RODOVIA

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ELEMENTOS DE UMA RODOVIA

A Uma estrada é composta por vários elementos, entre eles estão:

• CORPO ESTRADAL OU FAIXA TERRAPLENADA: É a faixa de terreno limitada


pelas “linhas de crista dos cortes” e pelas “linhas de pé dos aterros”. (As linhas
de “fora”)

• PLATAFORMA OU LEITO ESTRADAL: É a faixa de terreno limitada pelas


“linhas de pé do corte” e pelas “linhas de crista dos aterros”. (As linhas de
“dentro”)

O termo PLATAFORMA dá a ideia de que essa faixa de terreno recebeu


apenas o serviço de terraplenagem, enquanto que o termo LEITO ESTRADAL dá a
ideia de que todos os serviços necessários para o fim desejado já tenham sido
realizados no terreno.

• PISTA DE ROLAMENTO: É a parte da plataforma preparada para a circulação


de veículos. Toda pista de rolamento deve ter extremidades com caimento de até
5% para o escoamento da água das chuvas.

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ELEMENTOS DE UMA RODOVIA
• EIXO: É a linha da pista de rolamento em relação à qual essa pista é simétrica.

• DIRETRIZ: É a projeção ortogonal em um plano horizontal do eixo dessa


estrada.

• GREIDE: É o perfil do eixo da estrada, complementado com a inscrição de todos


os elementos que o definem.

• CURVA DE TRANSIÇÃO: Para suavizar o impacto da força centrífuga que atua


no veículo quando ele faz uma curva, procura-se interpor entre o trecho reto e o
circular uma outra curva que tenha raios diferentes para cada um de seus
pontos.

• FAIXA DE DOMÍNIO: É a faixa de terreno prefixada e pertencente ao domínio


da estrada, dentro da qual está o corpo estradal; ela serve para a proteção da
estrada ou para seu futuro alargamento.

• DECLIVE, RAMPA OU INCLINAÇÃO DE UMA ESTRADA: É o declive de uma


estrada em um determinado trecho.

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DESENVOLVIMENTO DE TRAÇADOS

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ELEMENTOS DE UMA RODOVIA
Técnicas gerais de determinação de traçado rodoviário:

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ELEMENTOS DE UMA RODOVIA

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ELEMENTOS DE UMA RODOVIA

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ELEMENTOS DE UMA RODOVIA
Concordância entre alinhamentos verticais (π2) e horizontais (π1):

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ELEMENTOS DE UMA RODOVIA
Concordância entre alinhamentos verticais (π2) e horizontais (π1):

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ELEMENTOS DE UMA RODOVIA
Concordância entre alinhamentos verticais (π2) e horizontais (π1):

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ELEMENTOS DE UMA RODOVIA

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ELEMENTOS DE UMA RODOVIA

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SEÇÕES EM ESTRADAS
Seção transversal é a representação geométrica, no plano vertical, de alguns
elementos dispostos transversalmente, em determinado ponto do eixo longitudinal da
estrada. Poderemos ter seção em corte, seção em aterro ou seção mista.

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SEÇÕES EM CORTE
Corresponde à situação em que a rodovia resulta abaixo da superfície do
terreno natural, conforme indica a figura.

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SEÇÕES EM ATERRO
Corresponde à situação contrária, isto é, com a rodovia resultando acima do
terreno natural, conforme indica a figura:

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SEÇÕES MISTA
Ocorre quando, na mesma seção, a rodovia resulta de um lado, abaixo do
terreno natural, e do outro, acima do terreno natural, conforme representado na figura

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TRAÇADO DE UMA ESTRADA RETA PLANA
COM PONTE
A faixa AB é a plataforma de uma estrada que atravessa a planta com um nível
constante de 15m. Apesar de ser raro um longo trecho horizontal em uma estrada,
pequenos trechos são comuns, principalmente quando contém pontes, viadutos, túneis
e etc.

O terreno foi CORTADO onde tinha MAIS de 15m e ATERRADO onde tinha
MENOS. O aterro foi interrompido nas margens do rio e uma ponte se apóia
diretamente nas extremidades do aterro.

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TRAÇADO DE UMA ESTRADA RETA PLANA
COM PONTE

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DETERMINAÇÃO DAS LINHAS DO OFF-
SET DOS CORTES E ATERROS DA
ESTRADA
Fase 1: determinar a eqüidistância dos taludes.

Relembrando traçado de taludes: A superfície que limita um corte ou aterro é denominada


de talude e sua interseção com a superfície do terreno é denominada de linha de off-set. A distância
na planta entre as linhas horizontais, ou “linhas de nível” é dada pela fórmula: dec = e/dist, onde
dec é a declividade do corte ou aterro, e é a equidistância entre as curvas de nível e dist é a distância
na planta entre as “linhas de nível”.

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DETERMINAÇÃO DAS LINHAS DO OFF-
SET DOS CORTES E ATERROS DA
ESTRADA
Fase 2: interseção das linhas de nível com as curvas de nível de mesma cota.

Ligar os pontos. Lembre-se: todas as linhas que estão por baixo da ponte
devem ser tracejadas.

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DETERMINAÇÃO DAS LINHAS DO OFF-
SET DOS CORTES E ATERROS DA
ESTRADA
Outras soluções:
1. O comprimento da ponte pode ser reduzido, prolongando-se os aterros nas
cabeceiras. Muros de arrimo evitam que o aterro se estenda rio adentro.
2. Uma redução ainda maior pode ser conseguida se o muro de arrimo subir
até o nível da estrada, servindo também de apoio para a ponte.

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Referências Bibliográficas
• Costa, J. D., Superfícies Topográficas. UFPE –
Departamento de Expressão Gráfica. 2005

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