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CONFERENCIA No 2.
1. ESTUDO DE TRÁFEGO
2. ESTUDIOS GEOLÓGICOS E GEOTÉCNICOS
3. ESTUDOS HIDROLÓGICOS
1. ESTUDO DE TRÁFEGO
No que diz respeito a uma rodovia, um dos principais elementos que vai determinar as suas
características futuras é o tráfego que a mesma deverá suportar. O projecto geométrico de uma
estrada de rodagem é condicionado, principalmente, pelo tráfego previsto para nela circular.
a) Volume Anual
É a quantidade total de veículos que passa numa estrada durante o período de um ano. Ele é utilizado
quando se deseja estimar a receita para a implantação de pelágicos, quando se quer determinar índice
de acidentes ou quando se quer estudar as tendências de crescimento do volume para fins de
determinação do volume de tráfego da estrada no ano-horizonte de projecto.
a) Variações Horárias
Reflectem a variação do tráfego durante as vinte e quatro horas do dia. A flutuação padrão apresenta
“picos” pela manhã e ao fim da tarde, coincidindo com os horários do início e fim de expediente
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administrativo, nas áreas urbanas. O intervalo das 12 às 14 horas também apresenta um volume
relativamente alto, embora inferior aos de pico.
c) Variações Mensais
Ocorrem durante os diversos meses do ano, sendo a flutuação verificada através dos volumes
observados mensalmente. As variações são mais sensíveis nas vias rurais do que nas urbanas,
sofrendo influências ditas sazonais. A expressão sazonal deriva da palavra inglesa “Season”, que
significa estação, período, temporada. As influências sazonais são decorrentes, por exemplo, dos
períodos de colheita, das férias escolares, etc.
d) Variações Anuais
São variações que ocorrem de ano para ano, como uma decorrência, basicamente, do
desenvolvimento económico da região, resultando no crescimento da demanda de tráfego. São as
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informações relativas aos volumes anuais, que poderão ser utilizadas nos estudos de projecções de
tráfego para obtenção da demanda no ano-horizonte de projecto.
1.2.3.Tráfego Gerado
É o tráfego potencial que não existia e que passa a existir pelo efeito do melhoramento ou da
construção, com o consequente desenvolvimento da região. Sua determinação é bastante difícil e
imprecisa. Ela é normalmente efectuada através de estudos económicos.
Desta forma, poder-se-á fazer projecções de tráfego para o ano-horizonte, definidor da Classe de
Projecto da Estrada (Classificação Técnica), projecções estas também úteis na programação de
melhorias na malha rodoviária.
1.5. VELOCIDADE
Este é um factor muito importante em todo projecto de estradas e definitivo para qualificar a
qualidade do fluxo do trânsito. É um elemento básico por ser um parâmetro no cálculo da maioria de
outros elementos de projecto.
Existe uma diferença significativa entre as velocidades a que viajam os diferentes veículos dentro da
corrente do trânsito, como resultado de diferentes factores entre os quais se podem mencionar:
Limitações do condutor.
Características de operação do veículo.
Presença de outros veículos.
Ambientais.
Limitações de velocidade estabelecidas pelos dispositivos de controlo.
Tendo em conta o exposto anteriormente em engenharia de trânsito se dão as seguintes definições de
velocidade:
Velocidade foto instantânea: É a velocidade do veículo em um instante determinado; quer dizer em
um espaço de tempo imensamente pequeno.
Velocidade em um ponto: É a velocidade foto instantânea de um veículo em um ponto determinado
da estrada.
Velocidade média de percurso: É o quociente que resulta de dividir o espaço percorrido pelo
veículo entre o tempo que demora em percorrê-lo.
Velocidade média de marcha: É a relação entre a distância percorrida por um veículo e seu tempo
de marcha enquanto percorreu essa distância.
Velocidade de operação: É a maior velocidade a qual pode viajar um veículo, sob as condições
favoráveis do tempo e prevalecente do trânsito, sem que se exceda a velocidade segura da via,
determinada por sua velocidade de desenho.
Velocidade de desenho: É a seleccionada para projectar e relacionar entre si, as características
físicas de uma via que influem no movimento dos veículos. É a máxima velocidade segura a qual os
veículos podem circular por um troço de via, quando as características físicas desta governam a
segurança.
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2. ESTUDIOS GEOLÓGICOS E GEOTÉCNICOS
Classificação geotécnica
O solo como material componente, a exemplo, de uma camada de pavimento exige estudos
prévios de qualidade e controle rigorosos durante sua aplicação.
Estudos de localização de jazidas e complementares de estabilização com aglutinantes ou
pela simples distribuição de diâmetros que poderão auxiliarem com vantagens econômicas
O objectivo seria não só facilitar os estudos de caracterização como também antever o
comportamento diante das solicitações, a que serão submetidos.
A Mecânica dos Solos tem interesse num sistema de classificação que prioresa o
comportamento dos solos à sua constituição, à sua origem, à sua formação, etc
PROJECTO GEOTÉCNICO
FASES
1. Estudo qualitativo e quantitativo das jazidas;
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2. Estudo do sub-leito. (para estrada)
1. ESTUDO DO JAZIDAS
Prospecção preliminar
Reconhecimento dos depósitos
Informações e avaliação local, aero fotogrametria, imagens de satélites. (normalmente
amarrada ao eixo da rodovia)
Prospecção definitiva
Investigação detalhada das jazidas definidas na prospecção preliminar
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Resultados
Prospecção e classificação expedita no campo;
Camadas de solos;
Perfil de solos: é o desenho em escala conveniente, de um corte do subleito ou da secção d uma
jazida até a profundidade sondada
Classificação do estudo
A. Estudo do Subleito
• Reconhecimento dos solos (caracterização das diversas camadas)
• Posterior traçado dos Perfis dos Solos
B. Estudo de Ocorrências de Materiais para Pavimentação
• Reconhecimento;
• Caracterização dos materiais de Jazidas para sua utilização na construção das diversas
camadas
• Projecto de Pavimento
Estudo do subleito
O reconhecimento dos solos do subleito é feito em duas etapas:
1. Sondagem no eixo e nos bordos da plataforma da RODOVIA;
2. Realização dos ensaios nas amostras das camadas (Perfil).
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Estudo das ocorrências de materiais para pavimentação
Uma prospecção preliminar é feita para se identificar as ocorrências que apresentam
possibilidade de seu aproveitamento.
Sondagens
Inspecção expedita no campo
Ensaios de laboratório
Resultados: Delimita-se a área onde existe a ocorrência do material.
Resultados: Os resultados das sondagens e dos ensaios dos materiais de ocorrências de solos e
materiais granulares são apresentados em:
Boletim de Sondagem
Quadro - resumo dos resultados ensaiados
Análise estatística dos resultados
Planta de situação de ocorrências
Perfis de Sondagem Típicos
3. ESTUDOS HIDROLOGICOS
Um dos elementos que causa maiores problemas aos caminhos é a água, pois em geral diminui a
resistência dos solos, apresentando-se assim falha em aterros, corte e superfícies de rolamento. O
anterior obriga a construir a drenagem de tal forma que a água se afaste a maior brevidade possível
da obra. Em consequência, poderia dizer-se que uma boa drenagem é a alma dos caminhos.
Ao cair sobre a superfície terrestre, a água de chuva tem vários destinos: escorre levianamente,
infiltra-se ao subsolo ou se evapora ou transpira.
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Ciclo Hidrológico: Circulação natural, regular e sucessiva da água entre o mar, a atmosfera e a terra,
fundamento essencial da vida e a transformação do planeta.
“A Hidrologia é a ciência que tráfico dos processos que governam o esgotamento e reposição dos
recursos hídricos das áreas terrestres. Ocupa-se da circulação da água através da atmosfera, a
superfície da terra e os estratos do subsolo. É a ciência que estuda as diversas fases do ciclo
hidrológico…”.
A Morfologia compreende o estudo das formas superficiais, e nesse sentido, a Geo morfologia estuda
e pretende quantificar determinados rasgos próprios da superfície terrestre
A água que escorre de maneira superficial se vai unindo e forma pequenos escorridos que se
convertem em Arroios e depois em rios, os quais chegam ao mar ou a uma depressão continental
como os lagos e as lacunas.
Água superficial: Água que flui ou se armazena na superfície do terreno. Estas se originam a partir
da água de precipitação atmosférica e de aflorações da água subterrânea.
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f) Condições de saturação dos solos.
g) Quantidade e tipo de vegetação.
Concha hidrográfica: Unidade territorial delimitada pela linha divisória de suas águas, as quais
drenam superficial ou subterraneamente para uma saída comum. Quando os limites das águas
subterrâneas não coincidam com a linha divisória das águas superficiais, dita delimitação incluirá a
projecção das áreas de recarga das águas subterrâneas, as quais fluem para a concha delimitada
levianamente.
A concha hidrográfica funciona como um grande colector que recebe as precipitações e a transforma
em escoamento. Esta transformação se realiza com perdas, sendo uma função bastante complexa de
numerosos factores, entre os que preponderam o clima e a configuração do terreno
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Reconhecimento de campo.
É indispensável para o desenhista realizar o percurso do traçado do caminho pondo atenção em todos
os elementos que identificam os cruze dos cursos de água pela via proposta. O mais adequado é fazê-
los durante o período de chuva aonde as evidências são maiores, entretanto no período seco também
se podem observar sinais dos cruze de água como são socarão, erosão, deposição de sedimentos e
materiais de arrasto etc.
Drenagem superficial
O desenho das redes de drenagem superficial abrange muitas disciplinas, dentro das quais estão a
Hidrologia e a Hidráulica. A determinação da quantidade e frequência do escoamento superficial é
um problema hidrológico. A determinação dos parâmetros que demarcam a secção dum elemento da
rede de drenagem, que adequada e economicamente acomode o fluxo estimado através da vida de
desenho, sem riscos não razoáveis às edificações e as vias, é um problema hidráulico.
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A drenagem superficial tem como objectivo afastar as águas da estrada, para evitar o impacto
negativo das mesmas sobre sua estabilidade, durabilidade e transitabilidad.
Sob drenagem
Existem dois possíveis movimentos da água no solo de sustentação duma obra viária:
Água de infiltração superficial que desce pela acção da gravidade (drenagem para baixo). Isto é
possível quando as capas do pavimento têm uma permeabilidade menor que as correspondentes
ao alicerce da obra e o manto freático se localizam a uma profundidade tal, que nunca chega a
afectar a estrutura do pavimento por ascensão capilar da água.
Água que se move por uma diferença de energia ou carga total seguindo os princípios da
hidráulica.
A água não pode eliminar-se totalmente dos pavimentos e é muito difícil evitar a filtração superficial
portanto é importante dispor de um bom sistema de drenagem para garantir a estabilidade estrutural
da estrada.
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4. Controlar o fluxo de água que trata de brotar no talude do corte.
5. Fazer descender o nível freático.
Aos efeitos do desenho destas obras, o sobdrenagem foi classificado por alguns autores em drenagem
do pavimento e drenagem profunda
Drenagem profunda
A drenagem profunda tem por objectivo principal interceptar um fluxo de água subterrânea,
impedindo de alcançar a sobrasante. São instalados em lances em corte, em terrenos planos que
pressentem o nível freático próximo a sobrasante, debaixo os aterros, quando ocorrer a possibilidade
da aparição duma água livre, entre outras situações. Os dispositivos utilizados com tais objectivos se
podem agrupar como segue:
o Drene profundos.
o Drene espinho de peixe.
o Capas ou colchão lhe drenem.
o Drene horizontais profundos.
o Canais laterais.
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