Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RODOVIAS BRASILEIRAS
1. PANORAMA HISTÓRICO
O Brasil começou a investir nas rodovias ao longo do século XX, no Governo de JK, pois com o
aumento das indústrias necessitava uma maior integração territorial, o que incluia o transporte
rodoviário por todo território brasileiro.
Durante o Regime Militar, manteve-se o Programa de Integração Nacional (PIN), que visava uma
maior ocupação do Centro-Oeste do país e também da Amazônia. Foram construídas estradas como
a Perimetral Norte, Cuiabá/Santarém e Transamazônica, que liga a região Nordeste à região Norte
no sentido Leste-Oeste.
O transporte rodoviário é o que mais predomina no Brasil. Estima-se que mais de 60% das cargas
sejam transportadas pelas vias rodoviárias. O Brasil é a quarta maior rede de estradas e rodovias do
mundo, com 1,8 milhões de km de extensão. No entanto, as rodovias não tem muita qualidade das
estradas, com péssimas condições, gerando acidentes e aumentando os custos para a distribuição
dos produtos. O grande problema é que esse modal é bastante oneroso no sentido da manutenção, o
que exige mais gastos públicos e mais direcionamento de verba, algo que nem sempre ocorre.
Com a predominância do transporte rodoviariário o Brasil tem as principais rodovias, são elas, BR-
116 com 4660 Km passa por 10 estados com estrada totalmente pavimentada, BR-101 com 4482
Km, ela atravessa o Norte e Sul do Brasil e a principal característica dela é seu traçado, que
acompanha boa parte do litoral brasileiro, BR-364 com 4309 km, atravessando seis estados e corta o
país em sentido Leste-Oeste ela é bastante utilizada para o escoamento da produção agricola, BR-
230 – Transamazônica, tem no total 4309 km e passa por sete estados foi inaugurada em 1972, mas
até hoje possui menos da metade de sua extensão pavimentada, BR-163 é uma das principais
rodovias por atravessar importantes estados produtores de grãos do país, servindo como via de
escoamento, atravessando seis estados no sentido Sul-Norte e tem 4057 km, BR-153 -
Transbrasiliana, tem a totalidade de 3542 km, passando por oito estados no sentido Norte-Sul e BR-
158 com 3470 km, ela passa por sete estados no sentido Norte-Sul.
As obras de estradas necessita de varios estudos e projetos. Os estudos para projetos rodoviários
são: Estudo de viabilidade técnica – econômica – financeira; Estudos topográficos; Estudos de
tráfego; Estudos geológicos e geotécnicos; Estudos hidrológicos; Estudos ambientais. Os projetos
necessários para a construção de uma rodovia são: Projeto geométrico; Projeto de terraplanagem;
Projeto drenagem; Projeto de obras de arte correntes e especiais; Projeto de pavimentação; Projeto
de integração ao meio ambiente e paisagismo; Projeto de intersecções, (trevos, rotatórias...) Projeto
de desapropriação.
Figura 02: Classes de projeto para novos traçados de rodovias em áreas rurais.
Fonte: Manual de projeto geométrico de rodovias rurais. (DNER,1999)
Cada região brasileira necessita de um estudo técnico adequado, tais como: projeto em planta que é
quando dimensiona os elementos geométricos da rodovia projetados em um plano horizontal,
projeto em perfil que é o dimensionamento dos elementos geométricos da rodovia segundo um
plano vertical e elementos de seção transversal é a caracterização da geometria dos componentes da
rodovia segundo planos verticais perpendiculares ao eixo da rodovia. Como mostra na figura 03 a
baixo.
Os fatores que influem na escolha do traçado é a topografia da região que podem acarretar grandes
movimentos de terra e consequentemente altos custos para a execução da infraestrutura da estrada.
O projeto deve ter parâmetros mínimos que devem ser respeitados. São classificadas em 3 grupos:
terreno plano, relevo ondulado, relevo montanhoso. Para o terreno plano as distâncias de
visibilidade permitidas longas. Sem dificuldades construtivas ou custos mais elevados; exceção
áreas alagadas. Para relevo ondulado: cortes e aterros para a conformação do perfil da rodovia –
ocasionais inclinações mais acentuadas - restrição ao desenvolvimento dos alinhamentos horizontais
e verticais. Para relevo montanhoso houve mudanças abruptas de elevações entre o terreno natural e
a plataforma da rodovia, tanto longitudinal quanto transversalmente, demandando frequentes aterros
e cortes nas encostas para se conformar a geometria horizontal e vertical da rodovia.
2. METODOLOGIAS DE CONTROLE E/OU REPARAÇÃO DOS PROBLEMAS
Como forma de controlar e reparar alguns problemas de projeto e execução, deve-se controlar
erosões, vegetação que ao crescer invade talude e estradas, manutenção da via e das obras de
drenagem. A importância da duplicação para algumas regiões é necessária quando o assunto é
acidentes e melhoria do fluxo de caminhões e veículos leves e a privatização se faz necessária em
garantir a manutenção de vias.
Para reabilitação do pavimento de rodovias deve-se ter estudos e projetos desenvolvidos com o
objetivo de reforçar o pavimento existente, por adição de novas camadas estruturais, por
substituição de uma ou mais camadas do pavimento, de tal forma que a estrutura resultante possa
economicamente suportar a repetição das cargas por eixo incidentes, em condições de segurança e
conforto para o usuário.
Nos trechos de travessia urbana deverá ser realizado o conjunto de estudos e anteprojetos visando
compatibilizar as condições de via preferencial ou via expressa de uma rodovia, com as condições
locais das áreas atravessadas pela mesma, de tal forma a possibilitar interação segura e sem
conflitos entre os fluxos de tráfego de curta, média e longa distância entre a rodovia e o sistema
viário urbano local.
De acordo com o manual do DNIT, o processo executivo das rodovias é dividido em 9 etapas sendo:
Atividades preliminares, Limpeza, Desmatamento e Destocamento, Execução dos Cortes, Execução
dos aterros, Taludes, Acabamento Final, Execução de Aterro sobre solos moles, Serviço de
Drenagem e Obras-de-arte correntes, Serviços Complementares.
3. CONCLUSÃO
No quesito obras e melhorias executadas nas concessões há 829 km de vias duplicadas, 205 km de
faixas adicionais, 248 km em marginais, 274 km de melhorias em acessos e interseções, 267
passarelas, 32 km variantes e contornos, 134 interseções e trevos. Quanto aos recursos operacionais
tem-se 602 veículos, 344 guinchos, 258 ambulâncias, 4.511 câmeras, 87 radares, 325 radares
controladores. Referente ao atendimento médico 1,36 milhões de atendimento médico em 13 anos;
ou seja, 335 por dia em 2019 e 14 por hora em 2019, já no socorro mecânico 8,84 milhões de
socorro em 13 anos, ou seja, 2.390 por dia em 2019 e 100 por hora em 2019.Observando as
informações entre 2015 a 2019, houve uma redução em 25% do número de mortos, redução em
20% do número dos acidentes graves, redução em 13% do número de acidentes. Dados da FGV
Transportes, entre 2008 e 2018, os investimentos públicos em infraestrutura de transportes foram de
0,31% do PIB, em média anual, e ainda segundo o boletim da CNT, em 2019, os investimentos do
Governo Federal em infraestrutura de transportes corresponderam a apenas 0,14% do PIB nacional,
menor percentual dos últimos 12 anos. Portanto, neste cenário, a concessão de rodovias à iniciativa
privada se torna a melhor solução para as necessidades do País. A ANTT administra atualmente 22
concessões de rodovias, totalizando aproximadamente 10.336 km e desde 1995 o setor privado
investiu até 2019, mais de R$ 78 bilhões em melhorias e operação das concessões sob a sua gestão.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DNER. Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais. Instruções para o projeto geométrico
de rodovias rurais. Rio de Janeiro, 1979.