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Estudo dos fatores relacionados aos processos de projeto para construção de rodovias.
PROPÓSITO
Compreender os requisitos necessários para o desenvolvimento dos processos de projeto para
a construção de rodovias.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 3
MÓDULO 4
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por
questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um
espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais
materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos
números e das unidades.
MÓDULO 1
INTRODUÇÃO
Neste conteúdo, vamos aprender o que é necessário para desenvolver um bom projeto de
rodovia. De fato, sem esses requisitos, não há como uma estrada ser funcional. Assim, alguns
princípios devem ser obedecidos pelo projetista, de modo a atender à necessidade e à
demanda da sociedade.
Neste módulo, você vai descobrir que os projetos de rodovia têm por base uma série de
estudos que devem ser desenvolvidos, para que o projetista saiba exatamente das
condicionantes de construção e, assim, a melhor solução de projeto a ser desenvolvida. Você
vai aprender como as fases de projeto se desenvolvem de acordo com o aumento de sua
maturidade.
A busca de uma forma de classificar rodovias depende do critério que é utilizado para tal.
Assim, serão apresentadas as classificações das rodovias. Confira quais são elas a seguir:
As estradas federais no Brasil recebem o prefixo BR, acrescido de três algarismos, sendo que
o primeiro algarismo tem o seguinte significado:
0
rodovias radiais
1
rodovias longitudinais
rodovias transversais
3
rodovias diagonais
4
rodovias de ligação
ATENÇÃO
O segundo e o terceiro algarismos indicam a posição da rodovia com relação à capital federal.
Para isso, são seguidos os critérios descritos a seguir.
RODOVIAS RADIAIS
Partem de Brasília, com o quilômetro zero partindo mais precisamente do Anel Viário de
Brasília, ligando as capitais e principais cidades em direção às extremidades do país. A
quilometragem da rodovia zera quando se troca de um estado para outro. Elas apresentam
numeração de 010 a 080, no sentido horário, sempre em múltiplos de 5, apesar de estar
planejada a BR-090. Ex.: BR-040 (Brasília-Rio de Janeiro).
Imagem: gov.br
Rodovias radiais
RODOVIAS
LONGITUDINAIS
Têm direção geral norte-sul, sendo que a numeração (de 100 a 199) varia da direita para a
esquerda. Com exceção das BR-163 e BR-174, o sentido de quilometragem vem do Norte para
o Sul. A quilometragem da rodovia zera quando se troca de um estado para outro. Estradas à
oeste de Brasília possuem variação entre 100 e 150; estradas à leste variam entre 151 e 199.
Em Brasília, o número é 150. Ex.: BR-116 (Fortaleza-Jaguarão); BR-153 (Belém-Brasília).
Imagem: gov.br
Rodovias longitudinais
RODOVIAS
TRANSVERSAIS
Têm direção geral Leste-Oeste, com o sentido de quilometragem iniciando-se no Leste e
partindo para o Oeste. A quilometragem da rodovia zera quando se troca de um estado para
outro. A numeração varia de 200 no extremo Norte do país a 250 em Brasília, e vai de 251 a
299 no extremo Sul do país. Ex.: BR-230 (Transamazônica); BR-262.
Imagem: gov.br
Rodovias transversais
Rodovias diagonais
RODOVIAS DE LIGAÇÃO
Em geral, essas rodovias ligam pontos importantes das outras categorias. A contagem da
quilometragem segue do ponto mais ao norte da rodovia para o ponto mais ao sul. Entretanto,
no caso de ligação entre duas rodovias federais, a numeração começa na rodovia mais
importante. A quilometragem da rodovia zera quando se troca de um estado para outro. A
numeração varia de 400 a 450, se a ligação estiver para o norte de Brasília, e de 451 a 499, se
para o sul de Brasília.
VOCÊ SABIA
Existem ainda duas rodovias de ligação que não começam por 4: são as chamadas BR-600 e
BR-610. Elas compartilham as mesmas características de outras rodovias de ligação.
Arteriais
Coletoras
Locais
ARTERIAIS
Proporcionam alto nível de mobilidade para grandes volumes de tráfego. Sua principal função é
atender ao tráfego de longa distância, seja internacional ou interestadual.
Foto: Shutterstock.com
COLETORAS
Atende a núcleos populacionais ou centros geradores de tráfego de menor vulto, não servidos
pelo Sistema Arterial. A função desse sistema é proporcionar mobilidade e acesso dentro de
uma área específica. Enquanto o sistema coletor primário atende ao tráfego intermunicipal, o
coletor secundário deve prover mobilidade e acesso às áreas dentro do Estado.
Foto: Shutterstock.com
LOCAIS
Quanto à forma de administração e de gerência da rodovia, elas podem ser classificadas em:
FEDERAIS
ESTADUAIS
MUNICIPAIS
VICINAIS
FEDERAIS
É, em geral, uma via arterial e, por sua natureza, interessa diretamente à Nação, quase sempre
percorrendo mais de um estado. São construídas e mantidas pelo governo federal, sob
concessão proporcionada por ele.
ESTADUAIS
São as que ligam entre si cidades e a capital de um estado. Atende às necessidades de um
estado, ficando contida em seu território. Têm usualmente a função de arterial ou coletora. São
construídas e mantidas pelos governos estaduais, sob concessão proporcionada por eles.
MUNICIPAIS
São as construídas e mantidas pelo governo municipal. São do interesse de um município ou
de municípios vizinhos, atendendo ao município que a administra, principalmente.
VICINAIS
São em geral estradas municipais, pavimentadas ou não, de uma só pista, locais, e de padrão
técnico modesto. Podem também ser privadas, no caso de pertencerem a particulares.
Foto: shutterstock.com
Via expressa
0 Decisão administrativa
Controle total de
acesso
Pista dupla
Os volumes de tráfego previstos ocasionarem
A níveis de serviço em rodovia de pista simples
Controle parcial de
inferiores aos níveis C ou D
acesso
B
Controle parcial de
Volume médio diário (VDM) > 1400
acesso
IV
ATENÇÃO
A decisão administrativa relacionada com a classe 0 de uma rodovia tem a ver com seu
elevado padrão técnico, com controle total de acesso, devendo possuir, no mínimo, pista dupla.
De acordo com o Manual de Implantação Básica de Rodovias do DNIT (Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes), essa classe é adotada:
Os níveis de serviço dessa classe de rodovias são iguais aos da classe I-A, mas esta última
não precisa atender a todos os requisitos requeridos de uma via classe 0. Por último, pode-se
tentar associar as classificações funcionais e quanto à classe de projeto, como sugerido pelo
quadro a seguir:
Desse modo, o conceito de nível de serviço indica o conjunto de condições operacionais que
ocorrem em uma via, faixa ou interseção, considerando-se velocidade, tempo de percurso,
restrições ou interrupções de trânsito, grau de liberdade de manobra, segurança, conforto,
economia e outros. Foram adotados seis níveis de serviços, designados de A a F, do mais alto
ao mais baixo, que cobrem de modo geral a escala completa de operação do tráfego que pode
ocorrer.
Foto: Shutterstock.com
Antes de falarmos sobre cada um dos níveis de serviço, vamos conhecer as condições ideais
de fluxo contínuo de tráfego:
Terreno plano.
Agora, vamos à descrição dos níveis de serviço, de acordo com o Manual de Projeto
Geométrico de Rodovias Rurais do DNER (1999):
foto: Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais, 1999, p. 40
NÍVEL DE SERVIÇO A
Caracteriza-se por ter fluxo livre, pequena ou nenhuma restrição de manobra devido à
presença de outros veículos, velocidades médias de 90 a 93km/h; fluxo máximo de 420
veículos por hora.
NÍVEL DE SERVIÇO B
Fluxo estável, alguma restrição pela ação dos demais veículos, veículos mais lentos provocam
restrições que podem atingir 45% do tempo de viagem, velocidade média de 87 a 89km/h e
fluxo máximo de 750 veículos por hora.
foto: Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais, 1999, p. 40
NÍVEL DE SERVIÇO C
Ainda fluxo estável, velocidades e manobras mais condicionadas pelos volumes mais elevados,
pelotões de veículos em até 60% do tempo de viagem, exigindo maior atenção na
ultrapassagem, velocidade média entre 79 e 84km/h, fluxo máximo de 1.200 veículos por hora.
NÍVEL DE SERVIÇO D
NÍVEL DE SERVIÇO E
NÍVEL DE SERVIÇO F
Colapso do fluxo. Filas de veículos em baixa velocidade por períodos mais ou menos longos,
reduzindo os fluxos a valores inferiores à capacidade.
RODOVIAS PLANAS
RODOVIAS ONDULADAS
Com grande variação no perfil da rodovia, apresentando aclives e declives com inclinações
maiores.
RODOVIAS MONTANHOSAS
Com variações maiores no perfil da rodovia causando redução substancial da velocidade dos
veículos pesados.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) radial.
B) transversal.
C) longitudinal.
D) ligação.
E) diagonal.
A) Classe IB.
B) Classe II.
C) Classe III.
D) Classe IV.
E) Classe 0.
GABARITO
MÓDULO 2
O PROJETO DE ENGENHARIA DE
ESTRADAS
Ao desenvolver o projeto, seja ele de estradas ou de qualquer outra obra de engenharia, o que
se deve ter em mente é que não existem respostas ou soluções perfeitas. O projeto de
estradas não deve também ficar circunscrito a obedecer a regras rígidas ou soluções rotineiras
e convencionais.
Em seguida ao projeto executivo, ocorre a execução dos serviços (Lei 8666/93, art. 7º).
ESTUDOS TOPOGRÁFICOS
Os estudos topográficos objetivam a obtenção de modelos topográficos digitais do terreno,
necessários ao estudo dos corredores e à seleção da melhor alternativa de traçado. O modelo
topográfico digital do terreno, preferencialmente, deverá ser obtido por processo
aerofotogramétrico e por levantamento planialtimétrico cadastral do terreno e do traçado
selecionado, o que servirá de base para o levantamento cadastral de alguns pontos notáveis e
de importância para a construção da rodovia, como locais das jazidas, interseções e de
dispositivos de drenagem, para citar apenas alguns exemplos.
Imagem: shutterstock.com
ESTUDOS DE TRÁFEGO
Esses estudos objetivam, por meio da contagem do tráfego e do estudo do sistema de
transportes existente, servir de subsídio para definição do traçado e das características técnico-
operacionais da rodovia, que devem atender às demandas durante a vida útil estabelecida
como horizonte do projeto.
ESTUDOS DE TRAÇADO
Os estudos de traçado definem por onde a rodovia vai passar, tendo como referência as três
dimensões (Norte/Sul, Leste/Oeste e cota altimétrica). A fase preliminar corresponde à coleta,
compilação e análise de dados e elementos disponíveis, bem como a identificação e o estudo
das alternativas de traçado, e de esquemas operacionais e uma estimativa preliminar sucinta
dos custos de implantação. Em seguida, abrange também a análise e avaliação das
alternativas e a definição de suas concepções geométricas tendo como condicionantes a
viabilidade física tecnicamente possível, a estimativa dos custos de construção e de
desapropriação e a definição das soluções técnicas que devem ser mais bem estudadas em
outras fases do projeto.
ESTUDOS GEOLÓGICOS
Esses estudos objetivam, por meio da pesquisa e do mapeamento das formações geológicas,
da interpretação de fotografias aéreas e de investigações de campo, auxiliar os estudos
geotécnicos na escolha das jazidas e ocorrências de solos.
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Esses estudos objetivam, nas fases de anteprojeto e de projeto, estudar o subleito e os solos
de fundações da rodovia, bem como estudar os empréstimos e as ocorrências de materiais
para a construção da rodovia. Também servem de subsídio para estudos dos locais das
fundações das obras de arte especiais, bem como os estudos de estabilidade dos taludes das
áreas adjacentes à via e às ocorrências de solos.
Imagem: shutterstock.com
ESTUDOS HIDROLÓGICOS
Esses estudos têm como objetivo a melhor compreensão dos regimes de chuva da região de
construção da rodovia. Para isso, os estudos hidrológicos devem dispor sobre: a coleta de
dados hidrológicos, a definição das bacias de contribuição e das descargas das bacias; o
processamento dos dados fluviométricos e pluviométricos, bem como a análise dos dados
processados.
PROJETO GEOMÉTRICO
A partir dos estudos realizados, o projeto de terraplenagem deve apontar a determinação dos
volumes de terraplenagem a serem transportados, dos locais de empréstimos e de bota-fora,
dos quadros de distribuição e orientação do movimento de terra, indicando obrigatoriamente a
origem e o destino dos volumes de terraplenagem.
PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO
A partir dos estudos e junto aos projetos de terraplenagem, o projeto de pavimentação deve
apresentar a concepção do projeto de pavimentação, seleção das ocorrências de materiais a
serem indicadas no projeto, o dimensionamento e a concepção do projeto e das soluções
estruturais do pavimento, divididos sempre em trechos homogêneos. O projeto de pavimento
fornecerá, também, os quantitativos aproximados para orçar os diferentes serviços que o
compõem.
PROJETO DE DRENAGEM
Em adição ao projeto geométrico, esses projetos têm por finalidade desenvolver os perfis
horizontais e verticais das interseções, retornos e acessos necessários para completar o
projeto da rodovia.
PROJETO DE OBRAS DE ARTE CORRENTES
Devem definir a estrutura e o tipo das construções dos dispositivos de drenagem. O nome
“correntes” é devido ao fato de um projeto poder ser utilizado várias vezes ao longo da
construção da rodovia. O exemplo mais claro de obras de arte correntes são os dispositivos de
drenagem, que dispõem até mesmo de um álbum de projetos de obras de arte de referência
para projetos de drenagem.
São as pontes, os túneis e os viadutos construídos por artífices, quando estão inseridos dentro
de um projeto de rodovia e possuem certas características como tamanho, materiais usados ou
pioneirismos. São chamadas de “especiais” por se opor às construções e obras de arte
correntes.
PROJETO DE DESAPROPRIAÇÃO
PROJETO DE SINALIZAÇÃO
ORÇAMENTO DA OBRA
O orçamento das alternativas fornecerá elementos para análise econômica e constará de
determinações dos custos dos principais itens de serviço. Os custos serão levantados de
acordo com metodologias definidas por diplomas legais, como, por exemplo, a Lei de Licitações
e as Leis de Diretrizes Orçamentárias, principalmente se foram obras públicas. O orçamento
deve apontar as composições de custos e planilhas orçamentárias, tudo com base nos
quantitativos de serviços fornecidos pelos outros projetos.
PLANEJAMENTO DA OBRA
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) geológicos.
B) geotécnicos.
C) hidrológicos.
D) hidrotécnicos.
E) de traçado.
A) dados do tráfego.
GABARITO
1. O levantamento dos regimes hidrológicos e fluviográficos de uma região faz parte dos
estudos
O levantamento dos regimes de chuvas e de sua relação com os rios e com o solo faz parte
dos estudos hidrológicos.
Todos os dados citados nas alternativas são necessários para o projetista definir o projeto
geométrico, exceto o dimensionamento dos projetos de obras de arte especiais como os
viadutos, que são dimensionados pelo projetista estrutural.
MÓDULO 3
Reconhecimento ou anteprojeto
Exploração
Projeto definitivo
RECONHECIMENTO OU ANTEPROJETO
A partir desse momento, é realizada a identificação e o estudo das alternativas de traçado para
sua definição precisa, tendo em vista as condicionantes levantadas na fase de coleta de
informações, que devem incluir, mas não são limitadas a:
EXPLORAÇÃO OU PROJETO
Foto: Shutterstock.com
Essa segunda etapa de estudos, com mais detalhes, tem como objetivo possibilitar a obtenção
de todos os demais elementos para a elaboração de um projeto inicial da estrada. Durante
essa fase, são desenvolvidos outros estudos, além dos topográficos, como: o de tráfego,
hidrologia, geologia, geotécnica etc., em um detalhamento maior de modo a possibilitar os
outros projetos da rodovia. Os trabalhos de escritório referentes às informações colhidas nos
estudos topográficos têm por fim organizar a planta da faixa levantada, com a representação do
relevo do terreno. Essa planta vai permitir projetar a diretriz da futura estrada e avaliar seu
provável custo.
PROJETO DEFINITIVO
Foto: Shutterstock.com
Projeto em perfil, composição das curvas verticais, rampas, pontes, bueiros e viadutos.
VELOCIDADE DIRETRIZ
Traduz a intensidade do deslocamento dos veículos. É importante na determinação da maioria
das características da rodovia, como curvatura, superelevação e distância de visibilidade,
relacionadas diretamente à operação segura dos veículos que passarão por ela. Relacionando
a classe de projeto e o tipo de relevo, temos as seguintes velocidades diretrizes para novos
traçados:
Velocidades diretrizes para projeto em km/h
Classe I 100 80 60
Classe II 100 70 50
Classe III 80 60 40
VEÍCULOS DE PROJETO
As características físicas dos veículos e as proporções entre os vários tipos constituem-se em
parâmetros que condicionam aspectos do dimensionamento geométrico e estrutural de uma
via, por exemplo, raios admissíveis, largura da pista, a capacidade da rodovia, entre outras.
DISTÂNCIAS
DE VISIBILIDADE
Traduzem os padrões de visibilidade a serem proporcionados ao motorista, dependendo
sempre das características geométricas e do traçado da rodovia.
PLANTA
É a representação, em escala adequada à fase do projeto, da projeção da estrada sobre um
plano horizontal. Envolve a fixação de tangentes (trechos retos) e de curvas (arcos de
circunferências e de espirais de transição) para formar o traçado por onde a rodovia vai passar.
Relaciona-se com o cálculo de curvas horizontais, de estações, dos tipos de curvas a serem
empregadas, da superelevação e da superlargura.
PERFIL LONGITUDINAL
É a representação, em escala conveniente, da interseção da estrada com a superfície cilíndrica
vertical que contém o eixo da rodovia. Envolve a fixação de tangentes (trechos retos) e de
curvas (arcos de circunferências ou de parábolas) para formar o traçado por onde a rodovia vai
passar. Relaciona-se com o cálculo de curvas verticais, de estações, dos tipos de curvas a
serem empregadas, dos greides e das inclinações dos trechos da rodovia.
Imagem: DER – SP. Manual básico de estradas e rodovias vicinais. Volume I, 2012, p. 32
SEÇÃO TRANSVERSAL
É a representação geométrica, no plano vertical, de alguns elementos dispostos de forma
transversal ao eixo longitudinal da rodovia. Os elementos da seção transversal têm influência
sobre suas características operacionais, estéticas e de segurança. Devem ser adequados aos
padrões estabelecidos de velocidade, capacidade de tráfego, nível de serviço, aparência e
segurança, sendo condicionados à largura e ao número de faixas de rolamento, aos
acostamentos, ao canteiro central e aos taludes. Podem ser de três tipos: seção em corte,
seção em aterro e seção mista. Vamos ver cada um deles a seguir.
Imagem: PIMENTA, 2017, p. 175.
SEÇÃO EM CORTE
Quando o projeto da rodovia resulta em uma estrada abaixo da superfície determinada pelo
terreno natural.
SEÇÃO EM ATERRO
Quando o projeto da rodovia resulta em uma estrada acima da superfície determinada pelo
terreno natural.
Imagem: PIMENTA, 2017, p. 175
SEÇÃO MISTA
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) a topografia da região.
B) a hidrologia da região.
C) a geologia da região.
D) a presença de benfeitorias.
B) Perfil longitudinal.
C) Seção transversal.
D) Projeto em planta.
E) Velocidade diretriz.
GABARITO
Todos os fatores fazem parte do estudo de traçado, com exceção do perfil geotécnico. O perfil
geotécnico é utilizado para determinar a camada geológica do solo, para assim identificar quais
são os preparos que o solo deve receber antes de a estrada ser construída. Todavia, esses
fatores não intervêm em nada na escolha do traçado da estrada.
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
Pelo que acabamos de ver, o estudo de traçado de uma rodovia depende de uma série de
dados para ser desenvolvido, seja para conhecer melhor a região da rodovia, como pelas
variadas fontes de dados existentes. Entretanto, antes mesmo de conhecer as novas
tecnologias, é bom conhecermos como esses recursos evoluíram até chegar ao
desenvolvimento que estão hoje.
PEQUENO HISTÓRICO
SAIBA MAIS
CAD vem de Computer Aided Design, ou Desenho Assistido por Computador, e refere-se a
softwares que auxiliam engenheiros e projetistas na criação e no desenvolvimento de um
projeto que substitui o desenho convencional manual por um processo automatizado, seja ele
em duas dimensões (2D) ou em modelos geométricos tridimensionais (3D).
Foto: Shutterstock.com
Teodolito geodésico
FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS
ATENÇÃO
VOCÊ SABIA
VERIFICANDO O APRENDIZADO
B) o Civil 3D.
C) o Posição.
D) o Excel.
E) o InRoads.
A) régua paralela.
B) teodolito.
C) normógrafo.
D) computador pessoal.
E) estação total.
GABARITO
1. É um software que trabalha bem com projeto geométrico automatizado de vias, exceto
O teodolito permite tais medições, mas de forma analógica, nada automatizada e sem registrar
automaticamente os dados. Já a estação total permite que a medição seja feita de modo
automatizado e de uma forma mais fina; além disso, registra em tempo real e de forma
automática as medições realizadas.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste conteúdo, conhecemos os processos de desenvolvimento de projeto de rodovias.
No módulo 1, identificamos as formas pelas quais podemos classificar uma rodovia no Brasil.
SUCCAR, B.; SHER, W.; WILLIAMS, A. (2013) An integrated approach to BIM competency,
assessment and application. Automation in Construction, v. 35, p. 174-189, 2013.
Pesquise e procure entender um pouco mais sobre o BIM, a mais recente inovação para o
desenvolvimento de projetos de engenharia no mundo!
CONTEUDISTA
Giuseppe Miceli Junior