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Tecnologia e Gestão na Construção -UNIZAMBEZE

Tema V. Escavação em rocha. Voadora

Na construção de obras lineares é frequente a necessidade de realizar britagem a céu aberto em terra
e rocha, tanto para a execução de lances a meia ladeira, lances em corte, para a execução da
drenagem, assim como para a extracção e abrandamento do solo nos empréstimos laterais.
As britagens se empregam também para a construção de esplanadas ou terraços que possuam zonas
em corte ou escavação, onde exista a necessidade de realizar britagem de nivelamento para facilitar
sua construção; o abrandamento do solo (fragmentação) antes de ser escavado, para diminuir assim
as resistências que oferece ante as máquinas ao corte (em solos duros e muito duros, classificação IV
e V)
O Engenheiro Civil deve ser capaz de enfrentar-se satisfatoriamente à realização destes trabalhos de
voadora de terra e rocha a céu aberto, para o qual devem conhecer as técnicas, cálculos, expressões e
conceitos fundamentais.

5.1. Planeamento

A planeassem geral é a primeira etapa do processo. O plano geral de escavação se formula tomando
em conta os factores externos, entre os que destacam o tempo total de escavação assim como os
recursos existentes.
Passos a seguir em uma escavação em rocha:
A. Planeamento geral.
B. Barrenação. (Perfuração dos furos)
C. Carga de explosivos.
D. Voadora ou travejada.
E. Carga, transporte e descarga do material produto da escavação.

E. Carrega para transporte.

A planeassem da carga que se transportará no processo de escavação, estriba basicamente em


selecionar um carregador que seja econômico e que cumpra com os requisitos de capacidade. Nas
atuais circunstâncias o critério mais importante é o da capacidade, que depende dos seguintes fatores:
 Espaço disponível para manobras da própria máquina
 Redução da capacidade devida a restrições no espaço de trabalho
 Superfície e qualidade da área de trabalho
 Altura do montão de escombros.
 Tamanho e densidade dos fragmentos de rocha.
 Superfície sob o montão de escombros.
 Tempos perdidos durante a espera da equipe de transporte.
O plano de transporte depende da seleção do método e máquinas de transportação. O sistema mais
econômico do transporte se obtém quando a carga e o transporte estão sincronizados com o tempo de
escavação econômico. Os pontos que afeitam a seleção do método de transporte são:
 Tipo de equipa selecionada (ferrovia, carros de volteio, volquetes, etc.)
 Número de unidades de transporte.
 Estado dos caminhos de transportação
 Seguinte processa a que se submeterão os fragmentos de rocha (trituração, armazenamento,
bancos de cheio).
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Em escavações a céu aberto, os caminhões são os que permitem um ciclo mais econômico devido a
que as variações do volume por mover se podem controlar ao variar o número de unidades usadas.

A. Planeassem geral do trabalho de escavação.


O trabalho de escavação de rocha é um processo que requer uma planeasse detalhada para obter
resultados econômicos. A situação se volta crítica à medida que o custo, mal estimado geralmente,
não pode ser corrigido durante o trabalho, no momento mesmo que a escavação se volta um processo
repetitivo sem alternativas de mudança e no que, o melhor método possível, assim como a
maquinaria terão sido já escolhidos durante a etapa de planeassem devido a isso, é imperativo
planejar em forma correta desde o começo.
O tempo do processo de escavação se deve entender como a distribuição no tempo das diferentes
etapas tais como perfuração, carga de explosivos, trovejado, carga, transporte e descarga, dando a
cada atividade um tempo real considerando possíveis cubra, ordem e capacidade.

B. Barrenaҫão (perfuração).
A determinação do plano de perfuração é uma tarefa essencial no processo total de escavação.
Depois de ter escolhido o método final de extracção, os seguintes fatores devem ser considerados:
 Alturas de bancos econômicas
 Metros de perfuração por m3 de sólidos (m/verruma/ton) em diferentes seções transversais.
 Espaçamento ótimo das verrumas no banco e no perfil.
 Diâmetro econômico das verrumas.
Os parâmetros anteriores dependem muitíssimo entre si e cada um deles é dependente a sua vez dos
fatores externos.

Tipos de verrumas (Segundo patrão de voadora)


1.- Verruma de Cunha: o patrão se desenvolve ao redor do corte escolhido com o fim de assegurar
uma fragmentação adequada às equipes que levantam os refugos e os eliminam.
2.- Verrumas Perimetrais: estas verrumas delimitam o perfil requerido da escavação.
3.- Verrumas Repartidores ao corte: ocupam um lugar intermédio entre as verrumas de cunha e os
perímetros.
4.- Verrumas de Piso: estes ocupam uma ou duas fileiras imediatamente sobre o nível do piso,
geralmente com um pequeno ângulo para baixo.
5.-Verrumas sem carga: são verrumas adicionais para influir na ruptura entre as verrumas
carregados e se utilizam para limitar a sobrescavacão

Planeassem e modelos de perfuração (Palmilhas).


1. Nas escavações para construção, a abertura de espaços é o objetivo principal e os modelos de
perfuração escolhidos dependem muito de fatores determinados pelas condições externas tais
como:
 Localização do sítio de escavação
 Presença de estruturas residenciais ou de outro tipo nas cercanias.
 Tolerâncias dadas ao contorno do espaço.
O diâmetro da perfuração varia entre 25 e 75 mm

2. Em frentes a céu aberto e pedreiras o principal objetivo é extrair rocha o mais barato possível e
do tamanho necessário para poder submetê-lo às fases de carga, transporte e trituração segundo
os requerimentos da equipe.
O diâmetro de perfuração será normalmente sobre 64 mm em pedreiras largas, assim como em
minas, as perfurações de 125 mm ou maior som bastante comuns.
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C. Carga de explosivos.
O plano de carga de explosivos sempre está apoiado no plano de perfuração, o qual determina por
exemplo a quantidade de explosivos por usar.
Os seguintes fatores devem ser considerados quando se prepara o plano de carga de explosivos.
 Eleição econômica de explosivos.
 Determinação da capacidade de explosivos necessitados.
 Eleição do sistema de iniciação e tipo de detonador.
 Amparo e segurança: exemplos: risco de danos, probabilidade de acidentes, dispersão dos
fragmentos de rocha, vibrações do chão, etc.

5.2. Os explosivos na construção


Os explosivos são substâncias que têm pouca estabilidade química e que são capazes de transformar-
se violentamente em gases. Esta transformação pode realizar-se por causa de uma combustão como
no caso da pólvora ou por causa de um golpe, impacto, fricção, etc. Em cujo caso recebe o nome de
explosivos detonantes, como é o caso das dinamites e os nitratos de amónio.
Quando esta violenta transformação em gases ocorre em um lugar fechado, como pode ser um
verruma em um manto de rocha, produzem-se pressões muito elevadas que fraturam a rocha.

Propriedades dos explosivos.


Cada explosivo tem características específicas definidas por suas propriedades, o conhecimento
destas propriedades é um fator importante para o bom desenho de britagem, além disso permitem
escolher o mais adequado deles para algum caso específico. A seguir mencionaremos as mais
importantes propriedades dos explosivos.

a. Força.
A força está acostumada considerar-se como a capacidade de trabalho útil de um explosivo. Também
está acostumado a chamar-se potencializa e se originou dos primeiros métodos para classificar os
graus das dinamites

b. Densidade de empacotamento.
A densidade de empacotamento dos explosivos se expressa como o número de cartuchos por caixa
de 25 quilogramas

c. Densidade (Peso volumétrico)


Este dado nos serve, ao desenhar uma verruma, para estar seguro que o espaço destinado aos
explosivos é suficiente para alojar os quilogramas calculados. mede-se em gr/cm3 ou Kg/m3

d. Velocidade de detonação.
É a velocidade expressa em metros por segundo, com a qual a onda de detonação percorre uma
coluna de explosivo. A velocidade pode ser afeitada pelo tipo de produto, seu diâmetro, o
confinamento, a temperatura e o cevado.
As velocidades de detonação dos explosivos comerciais flutuam de perto de 1,525 m/s (5,000 pie/s)
até mais de 6,705 m/s (22,000 pie/s). Mas a maior parte dos explosivos usados têm velocidades que
variam de 3,050 a 5,040 m/s (de 10,000 a 18,000 pie/s).
Enquanto major seja a rapidez da explosão, major está acostumada ser o efeito de fragmentação.

e. Sensibilidade.

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É a medida da facilidade de iniciação dos explosivos, quer dizer, o mínimo de energia, pressão ou
potência que é necessária para que ocorra a iniciação.
O ideal de um explosivo é que seja sensível à iniciação mediante cevas para assegurar a detonação de
toda a coluna de explosivos, e insensível à iniciação acidental durante seu transporte, manejo e uso.

f. Resistência à água
Em forma general se define como a capacidade do explosivo para suportar a penetração da água.
Mais precisamente, a resistência à água é o número de horas que o explosivo pode achar-se
carregado em água e ainda ser detonada.

g. Emanações.
Neste meio lhe denominam emanações aos gases tóxicos. Os gases que se originam da detonação de
explosivos principalmente bióxido de carbono, nitrogénio e vapor de água, os quais não são tóxicos
no sentido clássico da palavra, mas também se formam em qualquer detonação gases venenosos
como o monóxido de carbono e óxidos de nitrogénio

h. Inflamavilidade.
Define-se como a facilidade com a qual um explosivo ou agente de voadora pode iniciar-se por meio
de chama ou calor.
No caso das dinamites, a maioria se incendeiam com facilidade e se consomem violentamente. Mas
há vários explosivos que requerem que lhes aplique uma flama exterior em forma direita e contínua
para que consigam incendiar-se.

Selecção do explosivo.
Para selecionar o explosivo a usar-se em uma situação determinada, é indispensável ter em conta seu
custo e suas propriedades. Deverá escolher-se aquele que proporcione a maior economia e os
resultados desejados.
Como uma orientação se apresenta a seguir a tabela 6 com as propriedades dos explosivos, e o uso
sugerido.
Tabela 6
AGENTE RESISTÊNCIA
TIPO FORÇA VELOCIDAD EMANAÇÕES USO
EXPLOSIVO À ÁGUA
Dinamita Trabalhos a
Nitroglicerina ----- Alta Boa Excesso de gases
Nitroglicerina céu aberto
Nitroglicerina
Trabalhos a
Extra e 20 a 60% Alta Regular Excesso de gases
céu aberto.
Amoníaco
Trabalhos a
Granulada Amoníaco 25 a 65% Baixa Muito mal Excesso de gases céu aberto
(Pedreiras)
Sismologia,
De boa a De muito poucos trabalhos
Gelatina Amoníaco 30 a 75% Muito alta
excelente gases até nulos submarinos e
subterrâneos
Trabalhos a
Muito poucos
ANPO Amoníaco ---- Alta nenhuma céu aberto e
gases
subterrâneo.
Hidrogenes Amoníaco 40 a 75% Muito alta Excelente Muito poucos Trabalhos a

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gases céu aberto e


subterrâneo

5.3 Acessórios para britagem


São os dispositivos ou produtos empregados para:
 cevar cargas explosivas,
 subministrar ou transmitir uma chama que inicie a explosão (iniciadores)
 levar uma onda detonadora de um ponto a outro ou de uma carga explosiva a outra (máquinas
explodiram
 os necessários para provar as conexões
 disparar os explosivos para que possa levar-se a cabo uma voadora (detonadores)
Para obter os melhores resultados nas britagem, deve-se selecionar os acessórios tão cuidadosamente
como os explosivos.

A. Iniciadores.
Os iniciadores são produtos que dão princípio ou iniciam uma explosão. Os iniciadores são: a mecha
de segurança, o ignitacord e o cordão detonante.

1. Mecha de segurança.
A mecha de segurança é o meio através do qual é transmitida a flama a uma velocidade contínua e
uniforme, para fazer estalar ao fulminante ou a uma carga explosiva.

Fig. 1: Mecha de segurança mostrando o flamazo inicial que é um jorro de fogo que lança a mecha
ao acender o núcleo de pólvora.

2. Ignitacord.
O ignitacord é um cordão incendiário que arde a uma velocidade uniforme com uma vigorosa flama
exterior. Tem um diâmetro muito pequeno, 1.5 milímetros, e consiste de um núcleo de térmite em pó
(mescla que produz elevadas temperaturas) recoberto de galões têxteis.
Este produto permite acender uma série de mechas de segurança em uma ordem determinada,
proporcionando à pessoa que inicie o aceso o mesmo tempo para colocar-se em um lugar seguro que
teria se estivesse acendendo uma só mecha.

Fig. 3. União da mecha com o ignitacord por meio do conector

3. Cordão detonante.

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O cordão detonante se pode descrever como uma corda flexível, formada por várias capas protetoras
e um núcleo do explosivo conhecido como pentrita, que é muito difícil de acender mas tem a
sensibilidade suficiente para iniciar a explosão com detonadores (fulminantes ou estopinhas), ou por
meio da energia detonadora de algum explosivo de alta potencializa.

Fig. 4: Cordão detonante colocado no verruma, sua função é iniciar a coluna de explosivos

O cordão detonante se usa para disparar múltiplas verrumas grandes na superfície já sejam verticais
ou horizontais, sendo ilimitado o número de verrumas que podem disparar-se desta forma.

B. Detonadores.
Os detonadores são dispositivos que servem para disparar uma carga explosiva. Podem ser elétricos e
não elétricos (estopinhas e fulminantes respectivamente)

Classificação de detonadores

1.Fulminantes.
Os fulminantes ou cápsulas detonadoras são casquilhos metálicos fechados em um extremo no qual
contêm uma carga explosiva de grande sensibilidade, por exemplo fulminato de mercúrio. Estão

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feitos para detonar com as faíscas do trem de fogo da mecha de segurança. Na figura 7 se mostra
uma mecha ensamblada a um fulminante.

Fig. 7: Estrutura de um fulminante


2. Estopinhas elétricos.
As estopinhas eléctricas são fulminantes elaborados de tal maneira que podem fazer-se detonar com
corrente elétrica. Com eles podem iniciar-se ao mesmo tempo várias cargas de explosivos de grande
potencializa, e se pode controlar com precisão o momento da explosão, o que não acontece com os
fulminantes pela variação da velocidade de combustão da mecha.

Fig. 8: Estopinhas elétricos


a. Estopinhas elétricos instantâneas.
As estopinhas elétricos instantâneas têm uma carga de ignição, uma carga primária e uma carga
detonante.

Estrutura de um estopim instantâneo


b. Estopinhas elétricos de retardo.

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Os estopinhas elétricos de retardo, também chamados de tempo são similares aos instantâneos, com a
diferença que têm colocados entre o filamento e a carga de detonação um elemento de retardo o qual
contêm pólvora lenta.

Fig. 10: Estrutura de um estopim de tempo

C. Máquinas explodiram
As máquinas explodiram ministra a corrente necessária para disparar os estopins elétricos. Estas são
de dois tipos básicos: de "gerador" e de "descarga de condensador". Ambos os tipos são de uma
construção robusta e suportam serviço duro por períodos prolongados.

Fig. 14: No caso "a" se mostra a máquina explodira de cremalheira e no "b" a de giro ou volta. As
flechas assinalam o movimento da manivela.
5.4 Equipe de perfuração. Já estudados em Tema III
5.5. Tipos de voadoras ou travejadas.

5.5.1.Mecanismo da ruptura.
Depois de algumas milésimas de segundo de haver-se iniciado a explosão de uma verruma se libera a
energia química do explosivo, transformando-se este sólido em um gás quente a enorme pressão, que
ao estar encerrado na verruma, pode alcançar e ainda ultrapassar os 100,000 Bares (1000,000
kg/cm2). Como a rocha é menos resistente à tensão que à compressão as primeiras gretas se formam
principalmente sob a influência dos esforços de tensão, dando como resultado gretas radiais.

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Fig. 33: A rocha ao redor de um verruma com gases a pressão (do explosivo) está submetida a
tensão. Se a pressão for suficientemente grande também o será a tensão e haverá gretas.

Durante este primeiro período de rachadura não há virtualmente ruptura. O verruma foi ligeiramente
alargado a pouco menos que o dobro de seu diâmetro, por quebrantando e deformação plástica.
Em uma voadora, geralmente se tem no fronte uma cara livre de rocha paralela aos verrumas.

Fig. 34. Cara livre em uma voadora de rocha (Elevação).


Quando as ondas de compressão se reflectem contra ela, originam-se forças de tensão que podem
produzir um descontraimento de parte da rocha próxima à superfície.
O processo é o mesmo que quando se golpeia em um extremo uma fila de bolas de bilhar: o golpe se
transmite de bola a bola até que a última sai disparada com toda a força, isto também ocorreria se as
bolas estivessem cimentadas. O descontraimento tem uma importância secundária nas britagens.

Estas duas primeiras etapas do processo de desprendimento da rocha, rachadura radial e


descontraimento são originadas pela onda de choque, entretanto, a onda de choque não é a que
provoca o desprendimento da rocha, pois a energia que proporciona é mínima em comparação com a
necessária para que isto ocorra.

Na terceira e última etapa, sob a influência da pressão dos gases do explosivo se estendem as
primeiras gretas radiais e a superfície livre da rocha cede e é lançada para frente.
Quando a superfície frontal se mova para frente se descarrega a pressão e aumenta a tensão nas
gretas primárias que se inclinam oblíquas para fora. Se a pata ou berma não é muito grande, muitas
destas gretas se estendem até a superfície livre e tem lugar o desprendimento completo da rocha.
Para obter o máximo efeito por verruma e quantidade de carga, o ângulo de fratura do material
deverá ser igual ou maior a 135° e assim, consegue-se uma saída natural, mas se o ângulo é menor, o
material fica confinado e se produzem problemas em sua saída.

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Fig. 35: Ângulo de fratura ideal para a saída do material (Planta).

Para uma boa voadora não basta selecionar corretamente o explosivo, já que é necessário conhecer
também o método de aplicação mais indicado para cada classe de trabalho, obtendo-se com isso uma
máxima eficiência, a qual se traduz em menor custo do Obra. Geralmente os resultados ótimos em
britagem se adquirem através da experiência.
Os objetivos de uma voadora se devem ter em conta desde seu desenho. Os principais objetivos são:
 A rocha deve ter a granulometría desejada. Isto se refere aos tamanhos dos fragmentos de
rocha, muitas vezes estão limitados por certos fatores tais como a classe e tamanho da equipe
de escavação e transporte, a abertura ou boca do triturador primário ou simplesmente pelo
uso ao que vai se destinar o material.
 Consumo mínimo de explosivos para fraturar a rocha. O tipo de explosivo a usar deverá ser
aquele que tenha um menor custo por m3 de rocha voada. Já eleito o explosivo, procurara-se
usar o mínimo de explosivos na carga das verrumas que produza os resultados requeridos,
isto redundará no aspecto econômico da voadora.
 Mínima perfuração possível deve-se perseguir fazer uma distribuição adequada dos verrumas
procurando ter uma longitude de perfuração mínima, o que conduzirá a economizar tempo e
recursos influindo também na economia da voadora.
 Mínimas projeções da rocha, entende-se como projecção ao lançamento de fragmentos de
rocha ao ar, procedentes da voadora. É conveniente que as projecções de rocha sejam
mínimas, pois são produto de um uso inútil da energia do explosivo e além disso podem
ocasionar danos.
 Fracturassem mínima da rocha não voada. Deve evitá-lo mais possíveis as facturações de
rocha atrás da linha de corte ou projeto.
Quando um explosivo se usa apropriadamente, consome major parte de sua energia em forma útil, já
seja fracturando a rocha ou movendo a de lugar para evitar cravações entre seus fragmentos.
Entretanto, o resto da energia se consome inutilmente, projetando rochas, o qual é muito perigoso. O
controlo da energia se pode levar a cabo mediante o tamanho dos buracos de perfuração, as
separações entre os mesmos e pelo tipo de explosivo.
É importante fazer notar que todas as cifras cotadas em britagem são aproximadas, tenta-se só como
uma guia geral e como uma base para começar a fazer provas em cada caso particular.
Para abrir um banco se fazem pequena britagem até formar a fronte do banco (vertical ou inclinado).

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Fig. 39: Mostra esquemática de uma frente de banco vertical e a gente inclinado.

Logo se perfuram as verrumas (D) paralelos à frente, estes se enchem com explosivos deixando uma
parte vazia para formar um pluge (taco) que confine os gases da explosão.
O taco não deve ser de papel, cartão ou qualquer substância combustível, geralmente se forma com
solos argila arenosos ou limo arenosos compactados. Finalmente se faz a conexão e o disparo elétrico
da voadora.

Fig. 40: A figura a esquerda mostra o início da voadora, a direita momentos depois desta, assim
como seu resultado.
Já tínhamos visto que se denominam “explosivos” ou “substâncias explosivas” às combinações ou
mesclas de substâncias químicas que sob o efeito ou acção de determinados fatores externos são
capazes de experimentar uma rápida transformação química que dão origem a gases com altas
temperaturas e pressões, que ao dilatar-se ou expandir-se são capazes de realizar um trabalho
mecânico com muito ruído.

À transformação química que experimenta o explosivo se denomina “decomposição explosiva” e


esta acontece três etapas sucessivas como se mostra no esquema 9:

I. A combustão
II. A deflagração
III. A detonação

Combustão Detonação
Deflagração
ou Explosão

Esquema 9: Etapas sucessivas da decomposição explosiva


A combustão: é a reacção química exotérmica onde a substância desprende calor. Pode ser
percebida ou não por nossos sentidos.

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A deflagração: é um processo exotérmico no qual se produz ou gera a decomposição química da


substância, em dependência principalmente de sua condutibilidade térmica; é um fenómeno
superficial no que o fronte de deflagração se propaga no explosivo em capas paralelas a velocidades
que não superam geralmente os 1000 m/s (1 km/s.), quer dizer, a baixas velocidades geralmente).
A detonação: é um processo físico-químico caracterizado por sua grande velocidade de reacção e
formação de gases a elevadas temperaturas que adquirem uma grande força expansiva e onde se gera
altos níveis de ruído (“onda expansiva”).

5.5.2. Procedimento de cálculo das britagens mais utilizadas na construção

Definições básicas:

1. Cargas explosivas e forma de colocação.


Denomina-se cargas explosivas ao determinado peso dos explosivos necessários para realizar uma
voadora. Estas podem considerar-se de duas maneiras:
a. Concentradas (possuem forma cúbica, com a condição que: L 5 Lt.)
Onde: L = longitude ou menor dimensão transversal da carga, metros.
b. Alargadas (em forma de paralelepípedos alargados) onde L ≥30 dt
Onde L= longitude da carga, m.
dt = espessura ou larga transversal da carga, m

2. Linha de Mínima resistência (l.m.r.): denomina-se assim à distância medida do centro da carga
explosiva até a superfície livre mais próxima que limita o maciço de terra ou rocha.

A importância de definir esta distância está dada porque as cargas explosivas colocadas em terra ou
rocha exercem o maior esforço destrutivo segundo a direcção da l.m.r.

3. Índice de fogareiro (n): não é mais que a relação entre r/h, dá ideia do efeito destrutivo de uma
voadora em terra e rocha, quer dizer, n = r/h
Enquanto major seja a relação r/h, quer dizer, enquanto major seja o índice de fogareiro (n) majores
serão as dimensões da cratera e portanto major o efeito da voadora.

4. Propósito da voadora: é necessário conhecer que as cargas usadas em britagem de terra e rocha
podem calcular-se para fazer:
a. Projecção exterior (caso anterior): n >1
b. Para o fofo, trituração ou fraccionamento das rochas (abrandamento) sem projecção exterior:
n<1
c. Para abrir uma esfera sem projecção exterior, no interior de solos e rochas (cargas de
“camouflet” ou fumazos) n = 0 ou n  0,01 (quer dizer, muito próximo a zero). Ver figura 36

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Figura 36: Esfera oca formada por uma voadora em camouflet

Para economizar explosivos em caso de realizar cargas com projecção exterior (muito frequente em
obras lineares):
a. Em caso de cargas concentradas deve usar-se: n = 2 (1,5  n  3)
b. Em caso de cargas alargadas deve usar-se: n = 2,7 (2,0  n  3,5)

Cálculo de cargas explosivas

a. Cálculo de cargas concentradas


Para determinar o peso que deve ter a carga concentrada (no kg) empregara-se a expressão seguinte:

C = (A. M.) · h3, no kg


Onde:
C: peso carga concentrada, no kg.
M: coeficiente que depende do índice de fogareiro, ver na Tabela 5 os valores de coeficiente M
A: coeficiente que expressa o consumo específico de explosivos, o qual depende da natureza ou
dureza do solo e do tipo de explosivo que se emprega (kg/m3), ver Tabela 4
h3: volume que ocupa a carga explosiva, m3

b. Para Cargas Alargadas:

CA = C CA = (A. MA) h2
LO
Onde:
CA: peso do metro linear de carga alargada, Kg/m linear
A: Igual ao caso anterior Tabela 4.
MA: na Tabela 5
h: Linha mínima resistência (m)
LO: Longitude total da carga alargada (m)

Os valores M e MA se podem calcular também analiticamente segundo:

M = 0,31 (n2 + 1,3) 2, se n oscila entre 0,5 e 3.5


MA = (n + 0,2) 2, se n oscila entre 1,1 e 4,5

Nota: Os valores do coeficiente. A (consumo específico) são aproximados, recomenda-se comprovar


sua magnitude para o tipo de chão específico; estão dadas para explosivos de potência normal,
aumentando-se em 20% se se usarem explosivos de baixa potência.
A forma de colocar as cargas depende do tipo de voadora que se deseja ou precise realizar. Na
construção de aplainamentos as britagens são realizadas geralmente com cargas que realizam
projecção exterior do material ou atirado do material

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1. Cálculo das cargas concentradas em lances ou zonas em: Corte e a Meia Ladeira
Em ambos os casos geralmente as profundidades (l.m.r.) São h <25 m e n = 2, então

A distância entre cartuchos será: a = 0,5 h (n+ 1), em metros

A distância entre filas de cartucho será: b = 0,85 a = 0,43 h (n + 1), em metros

Na seguinte Figura 37 se mostram o primeiro caso o perfil de um lance, a profundidade dos verrumas
deve ser do 90 % de h (0,90 h) ou 1,25 vezes superior ao nível de rasante da escavação e no segundo
caso a seção em corte, podem-se apreciar as três ninhadas I, II e III com profundidades h1, h2 e h3
respectivamente, correspondentes às três etapas em que se vão fazendo as britagem de projecção
exterior para ir assim escavando o lance em corte, com os verrumas ou cartuchos colocados
convenientemente, tal como se especifica anteriormente em fileiras devidamente espaçadas.

Neste caso deve destacar-se que a profundidade dos verrumas vai depender das dimensões das
equipes usadas na barrenación (perfuração) e portanto a quantidade de ninhadas ou zonas de voadora
nos cortes dependerá da profundidade de corte e da profundidade dos verrumas, podendo ser é obvio
maior ou menor que 3 que é a magnitude que se mostra no esquema de voadora antes mostrado.

Importante a destacar que o tipo de voadora que se recomenda é a de projecção exterior, pois a
mesma ajuda ao trabalho de escavação, empregando-as maquinarias como técnica auxiliar.

Figura 37: Esquema de voadora onde se mostra o perfil e seção transversal de um lance de via

Em determinados casos, por exemplo quando o lance em corte tem que ser executado em zonas
suburbanas em cercanias das edificações, terá que usar britagem de trituração ou removida (sem
projecção exterior), situação em que as máquinas de movimento de terras devem desempenhar um
rol fundamental e portanto se encarecem os trabalhos, por isso este caso deve empregar-se quando
não ficar outra opção.
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Então como o peso de uma carga explosiva se calcula mediante: C = (A. M) · h3, no kg,
multiplicando esse valor ou magnitude pela quantidade total de cartuchos de igual peso, determina-se
o peso total de explosivos a empregar, mediante a somatória:

CTOTAL =  Ci = C1 + C2 + C3 + …. Cn

2. Cálculo de cargas para fazer britagem de sarjetas de seção triangular (sarjetas) em rochas

Apresentam-se dois possíveis casos para determinar o peso das cargas explosivas em uma sarjeta:

 Com cargas concentradas: C = 35 ·A· r3 em: kg (de cada carga)

 Com carga alargadas: CA = 12 ·A· r2 em: kg/ m linear

O Esquema para a Voadora de uma sarjeta se mostra nas figuras 38 e 39, seguintes:

Figura 38: Seção triangular de uma sarjeta


Em ambos os casos:
r = metade do largo da sarjeta, em metros
A: este coeficiente se determina na Tabela 4

A separação das cargas concentradas para britagem em rocha se acha para n entre 1,5 e 2 segundo:
 
a n  0.7h  n 2  1 , em metros

Figura 39: esquema em planta da sarjeta

A separação an se pode determinar em função de h (l.m.r.) Devendo cumprir-se sempre que:

an > d, onde: d  3 c em metros

Para que não explorem cargas contíguas ‘’por simpatia” e a voadora sejam então indesejadas.

O número ou quantidade de cargas para voar uma longitude L de sarjeta ou sarjeta será:

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L
n 1
an

Então o peso total de explosivo a usar será: C total = n · C =  Ci

3. Cálculo de cargas de trituração de rochas (sem projecção exterior) denominada também “de
removido de terra e rocha” nos Empréstimos ou Pedreiras

As britagem efetuadas em Pedreiras ou Empréstimos se empregam para a extracção de materiais,


para isso se constroem degraus ou frentes de pedreira de geralmente entre os 3 e os 5 metros, altura
máxima igual a 5 metros, (esta altura depende da equipe disponível); também para o removido de
rochas para construir sarjetas, para quebrar grandes rochas ou quando existirem edificações próximas
que não permitam o emprego de grandes carrega com britagem de projecção exterior. Na figura 40 se
mostra o Esquema da Voadora de uma Pedreira.

Figura 40: Esquema da Voadora de uma Pedreira


O trabalho se realiza escalonadamente (fazendo “frentes de pedreira”, degraus ou talhos) com
longitudes de verruma (L) aproximadamente igual à altura “H” da frente de pedreira, sendo:

L = (0,90-0,95) h, em rochas brandas.


L = (1,10 -1,15) h, em rochas duras

Dessa longitude L se deve deixar 1/3 L livre de explosivos para realizar corretamente o “atraque” da
verruma, assegurando a correta voadora.

Em frentes de pedreira ou talhos de H <3 m: D = e (1era) = (1.125 – 1.225) H, em metros.

Em frentes de pedreira ou talhos de H = (3 - 5) m: D = e = 0.45 H, em metros.

A distância entre verrumas em cada fila será: an = (1,4 - 2) e, em metros

A quantidade de explosivos se calculará segundo a expressão já conhecida:

C = (A x M) h3, no kg. (para cada carga ou cartucho)

Logo finalmente a quantidade total de cartuchos: C TOTAL = Ci = C1 + C2 + C3 + …… Cn

Sempre se devem confeccionar Esquemas da Voadora (em planta, seção e se for necessário alguns
detalhes) que permitam precisar a posição dos verrumas, sua profundidade, peso das cargas
explosivas, assim como outros aspectos que permitam realizar as mesmas com a maior qualidade,
segurança e economia possível.
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Procedimento para execução das britagens:


1. Transportação dos materiais, dos meios de amparo para o pessoal, equipe, aditamentos e
explosivos, a obra.
2. Preparação da área de perfuração (limpeza e nivelamento)
3. Implantações topográficas da malha de perfuração, segundo o esquema de voadora
confeccionada.
4. Realização dos verrumas com o equipamento disponível, usualmente mediante Carrinhos de
mão Barrenadores (perfuradores).
5. Colocação das cargas com os aditamentos adequados (cargas explosivas, detonador, conectores,
cordão detonante, cabos, etc.)
6. Preencho ou retacado do verruma (geralmente com areia seca)
7. Efectuar a primeira voadora, tomando medidas de segurança prévias
8. Análise dos resultados da voadora efectuada
9. Calibrada dos parâmetros da voadora (espaçamentos, peso de explosivos, etc.)
10. Realização das restantes britagem até terminar o trabalho
11. Trabalhos de terminação na área.

5.6. Segurança dos Trabalhos de Britagem.

Pela alta periculosidade destes trabalhos devem cumprir-se a cabalidade as Regras de Segurança
vigentes, devendo realizar-se por pessoal especializado e devidamente autorizado de empresas
dedicadas aos trabalhos de voadora.
A maneira de resumo se propõem distintas técnicas de escavação com equipas de movimento de terra
e/ou britagem que se apresentam na Tabela 3.

TABELA 3: Técnicas de escavação sugeridas para alguns dos principais tipos de rochas
No. Denominação da Rocha Técnica de escavação Fragmentação da Susceptibilidade à
rocha ao ser intempérie
escavadas
I IGNEAS:
1 Granito Voadora Irregular Muito resistentes
2 Diorita Voadora Irregular “
3 Basalto Voadora Irregular “
4 Tuba Equipas escavadores Irregular, pero se Alguns tipos som
e/ou Voadora origina abundante susceptíveis
material fino
II SEDIMENTARÍAS:
1 Caliça de origem química Voadora Irregular pero en Geralmente resistentes
ocasiones se originan ou pouco susceptíveis.
lajas
2 Calcita Voadora Irregular com Geralmente resistentes
fragmentos o pouco susceptíveis
angulosos
3 Areniscas Equipas escavadores Geralmente na forma Mas ou menos
e/ou Voadora de laias susceptíveis, em
dependência do
cimentaste.

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4 Conglomerados Equipas escavadores Se desmenuzan y Alguns tipos são


e/ou Voadora originan gran susceptíveis e chegam a
cantidad de material converter-se em areias
Fino. limosa.

Tabela 4: Valores do Coeficiente “A” para Explosivos de Potência Normal.

Classificação das terras e rochas Graus de dureza Valores de


A
Terra amaciada I 0.26– 0.33
Terra vegetal. II 0.33– 0.57
Terra com areia e cascalho. II 0.51– 0.83
Arena compacta ou húmida. I 0.83– 0.89
Arena movediça. I 1.06– 1.18
Terra arenosa. II 0.56– 0.77
Terra argilosa. III 0.68– 0.83
Argila. III 0.82– 0.90
Argila dura, os, giz (creta), gesso, tubas rachadas, pedra-pomes IV – VI 0.90– 1.05
densa e pesada, conglomerado com cimentado calcário.
Pedra arenisca com cimentado argiloso, xistos argilosos, rochas VII – VIII 0.90– 1.15
calcárias, margas, argila compacta carbonatada.
Pedra arenisca, com cimento calcário, dolomites, rochas VIII – X 0.90– 1.25
calcárias, magnésicas, margas duras
Areniscas e calcárias duras VIII – XII 0.95– 1.40
Granito, diorita IX –XVI 1.25– 1.60
Calcita XIV 1.25– 1.40
Basalto, andesite XII – XVI 1.25– 1.60
Pórfido XIV-- XV 1.40– 1.50

Tabela 5: Valores dos Coeficientes “M” e “MA” em função do Índice de Fogareiro.


n M Ma n M Ma n M Ma
0.00 0.70 0.70 1.55 4.36 2.83 3.05 33.2 10.0
0.05 0.70 0.70 1.60 4.73 2.99 3.10 35.0 10.4
0.10 0.70 0.71 1.65 5.14 3.14 3.15 36.9 10.8
0.15 0.70 0.72 1.70 5.57 3.31 3.20 38.9 11.1
0.20 0.70 0.73 1.75 6.02 3.47 3.25 41.0 11.2
0.25 0.70 0.75
0.30 0.70 0.77 1.80 6.51 3.65 3.30 43.2 11.8
0.35 0.70 0.80 1.85 7.04 3.83 3.35 45.4 12.2
0.40 0.71 0.83 1.90 7.59 4.01 3.40 47.7 12.6
0.45 0.74 0.86 1.95 8.18 4.21 3.45 50.1 13.0
0.50 0.78 0.90 2.00 8.81 4.40 3.50 52.6 13.4
0.55 0.83 0.95 2.05 9.48 4.61 3.55 55.2 13.8
0.60 0.88 0.99 2.10 10.2 4.82 3.60 27.9 14.2
0.65 0.95 1.05 2.15 10.9 5.04 3.65 60.7 14.7
0.70 1.02 1.10 2.20 11.7 5.26 3.70 63.6 15.1
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0.75 1.10 1.17 2.25 12.5 5.49 3.75 66.5 15.5


0.80 1.20 1.23 2.30 13.4 5.70 3.80 69.6 16.0
0.85 1.30 1.30 2.35 14.3 5.97 3.85 72.8 16.4
0.90 1.41 1.38 2.40 15.3 6.22 3.90 76.1 16.9
0.95 1.54 1.46 2.45 16.3 6.47 3.95 79.5 17.4
1.00 1.68 1.55 2.50 17.4 6.73 4.00 83.0 17.8
1.05 1.84 1.64 2.55 17.5 7.00 4.05 86.6 18.3
1.10 2.00 1.73 2.60 19.7 7.28 4.10 90.4 18.8
1.15 2.19 1.83 2.65 21.0 7.58 4.15 94.2 19.3
1.20 2.39 1.94 2.70 22.3 7.85 4.20 98.2 19.8
1.25 2.61 2.05 2.75 23.6 8.14 4.25 102.3 20.3
1.30 2.85 2.17 2.80 25.1 8.45 4.30 106 20.9
1.35 3.11 2.29 2.85 26.6 8.76 4.35 111 21.4
1.40 3.38 2.42 2.90 28.1 9.07 4.40 115 21.9
1.45 3.69 2.55 2.95 29.7 9.40 4.45 120 22.5
1.50 4.01 2.69 3.00 31.4 9.73 4.50 125 23.0

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