Você está na página 1de 22

Universidade Zambeze

Faculdade de Ciências e Tecnologias


Curso: Engenharia Civil 4° nível 1° Semestre

Obras Marítimas - 2023


Tema:

 Transporte marítimo
 Tipos de navios e suas finalidades
 Calado e outros constituintes de navio
 Manobras de acostagem
 Goiás de navegação
 Ancoragem de navios

Docente: Msc. Eng. Mogento Domingos

Discentes:

 Norvaldo Pedro Mathe


 Rui Vasco
 José Maria Simbe

Beira, Março de 2023


Índice
1. Introdução ..................................................................................................................... 4

2.OBJECTIVOS .................................................................................................................... 5

2.1 Geral ................................................................................................................................ 5

2.2 Específicos ...................................................................................................................... 5

3.METODOLOGIA .............................................................................................................. 6

4.TRANSPORTE MARÍTIMO ............................................................................................ 7

4.1 Classificação do dos transportes marítimos .................................................................... 7

4.2 Tipos de Transporte Marítimos ....................................................................................... 7

Transporte de Contêineres ..................................................................................................... 7

Transportes de Granéis .......................................................................................................... 8

4.3 Vantagens e Desvantagens do transporte marítimo......................................................... 8

4.4 Tipos de Navios e suas finalidades.................................................................................. 8

1) Navio Graneleiro............................................................................................................... 9

2) Navio Tanque .................................................................................................................... 9

3) Navio Petroleiro .............................................................................................................. 10

4) Navio Gaseiro ................................................................................................................. 11

5) Navio Ro-Ro ................................................................................................................... 11

6) Navio de Carga Geral...................................................................................................... 12

7) Navio Porta-Contêineres ................................................................................................. 12

4.5 Calado do navio............................................................................................................. 13

4.5.1 Tipos de calados de navios ......................................................................................... 14

4.6 Manobras de Acostagem ............................................................................................... 15

Manobrabilidade.................................................................................................................. 15

Acostagem ........................................................................................................................... 15

Estruturas de Acostagem ..................................................................................................... 16

Tipos de Estruturas de Acostagem ...................................................................................... 16

4.7 Bóias de Navegação ...................................................................................................... 17

2
Balizagem ............................................................................................................................ 17

Boias Luminosas Para Navegação Costeira ........................................................................ 18

Bóias Cegas ......................................................................................................................... 18

4.8 Ancoragem de Navios ................................................................................................... 19

Amarração ........................................................................................................................... 19

5. Conclusão ........................................................................................................................ 21

6. Referência Bibliografia ................................................................................................... 22

3
1. Introdução
O presente trabalho da cadeira de obras marítimas, cujos temas são transporte marítimo,
tipos de navios e suas finalidades, calados e outros constituintes do navio, ancoragens
dos navios, manobras de acostagem e bóias de navegação, tem como objectivo
aprimorar conhecimentos significativos técnicos e da cadeira em geral e do tema em
particular.

A finalidade do trabalho científico não é apenas um relatório ou descrição de fatos


levantados, mas o desenvolvimento de um carácter interpretativo, no que se refere a
consulta feita. Para tal, é imprescindível correlacionar a pesquisa com o universo
teórico, optando-se por um modelo teórico que serve de base à interpretação do
significado da consulta e fatos colhidos durante a pesquisa.

A actividade portuária se insere, actualmente, dentro de uma economia de escala em


termos de manuseio e tratamento das cargas, o que pode ser identificado ao se perceber
que o porto é um ponto economicamente estratégico, tendo em vista que grande parte da
produção massiva se escoa por ele.

Segundo Comin (2015, p. 13) “as estruturas portuárias são a ligação do transporte
terrestre, rodoviário ou ferroviário, com o aquaviário, e nelas é necessário carregar e
descarregar os navios com rapidez e eficiência”. Assim os portos se tornaram obrigados
a se adequar às exigências do meio económico, passando para tanto a serem concebidos,
planejados, executados e controlados dentro de rigorosos padrões técnicos, económicos,
financeiros e de gestão ambiental (SILVA, COCCO, 1999).

4
2.OBJECTIVOS

2.1 Geral
Apresentar de forma clara e especificada o transporte marítimo.

2.2 Específicos
 Indicar os tipos de transporte maritimo;
 Identificar os tipos de navios e suas finalidades;
 Abordar conceito de calado;
 Dar conceito de manobras de acostagem;
 Identificar os diferentes tipos de goiás de navegação;
 Abordar conceitos relacionados à ancoragem de navios.

5
3.METODOLOGIA
A metodologia usada na elaboração do trabalho em causa foi a pesquisa por via internet
e a leitura de manuais melhor especificadas nas referências bibliográficas e que nos
deram um fundamento primordial de toda informação base que diz respeito ao
transporte marítimo.

6
4.TRANSPORTE MARÍTIMO
Segundo GOES FILHO (2008), o Transporte Marítimo é uma das modalidades dos
transportes aquáticos (ou a aviários) que ocorrem nos mares e oceanos por meio de
embarcações (barcos, navios, calaveiras, transatlânticos),sendo muito utilizado para o
transporte de pessoas e cargas a curtas e longas distâncias.

É o principal tipo de transporte internacional para a comercialização de diversos


produtos, onde cerca de 90% das mercadorias são transportadas por vias marítimas.

Vale lembrar que o transporte marítimo é umas modalidades mais antigas, de forma que
foi muito importante desde a Antiguidade para o transporte de pessoas, bem como para
o desenvolvimento do comércio.

4.1 Classificação do dos transportes marítimos


De acordo com itinerário realizado, o transporte marítimo pode ser:

Cabotagem: Também chamado de “ Transporte cesteiro”, esse tipo de transporte é


doméstico, visto que é realizado somente entre os portes do território nacional.

Internacional: Também chamado de “ Transporte de longo percurso”, nome já indica


que a distância é maior, sendo esse transporte realizado entre os portos nacionais e
internacionais. Se a embarcação tiver a sua rota passando por áreas fluviais, ela continua
sendo considerada como uma navegação de longo curso, pois é caracterizada por ter
como destino outro país.

4.2 Tipos de Transporte Marítimos

Transporte de Contêineres
A criação do contêiner foi uma revolução no transporte de cargas, visto que ele é um
meio de unitização da carga. O contêiner garante menor estadia no porto, rápida
estivagem e menor risco de avarias às cargas. Com o passar dos anos eles foram sendo
adequados a certos tipos de cargas, e seus tamanhos foram padronizados para melhor
estivagem a bordo e à necessidade de adequá-lo ao transporte rodoviário. Com eles
muitas empresas se especializaram e se adequaram ao transporte desse tipo de
recipiente, aumentando a sua frota e se tornando Megatransportadoras. As empresas
Maersk Line (Dinamarquesa), MSC (Mediterranean Shipping Company, da Suíça) e

7
CMA (Francesa) ocupam, respectivamente, primeiro, segundo e terceiro lugar no
ranking de navios em serviço e Teus movimentados.

Transportes de Granéis
O transporte de graneis líquidos e sólidos continua sendo feito por navios graneleiros,
tanques, gaseiros e químicos. Porém quando carregados em quantidades menores,
optase pelo uso de contêineres.

4.3 Vantagens e Desvantagens do transporte marítimo


Embora seja um transporte lento, o transporte marítimo é muito utilizado para
transportar cargas, uma vez que suporta grandes quantidades e variedades de produtos.
Isso por um custo relativamente baixo, em relação a outros meios de transporte, por
exemplo, o aéreo.

No tocante as desvantagens do transporte marítimo, podemos citar o tempo elevado de


entrega de mercadorias, uma vez que passa pelos portos e alfândegas, distantes dos
centros de produção e muitas vezes portos e alfândegas, distantes dos centros de
produção e muitas vezes congestionados, além das chances de danos nas cargas
transportadas.

4.4 Tipos de Navios e suas finalidades


Desde a construção das primeiras embarcações há mais de 10.000 anos, o transporte
marítimo tem sido fundamental para a indústria e o comércio do mundo inteiro.
Relacionamos abaixo os principais tipos de navios de carga:

 Graneleiro
 Tanque
 Petroleiro
 Gaseiro
 Ro-Ro
 Carga Geral
 Porta-Contêiner

8
1) Navio Graneleiro
Os navios graneleiros, como indica o próprio nome, foram feitos para transportar
mercadorias a granel tais como:

 Grãos em geral tais como soja e milho, por exemplo;


 Açúcar;
 Minérios;
 Carvão;
 Fertilizantes e etc.

Figura 1: Navio graneleiro

2) Navio Tanque
O navio tanque é o utilizado para o transporte de substâncias líquidas. É um tipo de
navio projectado e construído para transportar a granel qualquer produto líquido. Assim
como produtos químicos industriais, esses navios também costumam transportar outros
tipos de carga sensível que exigem um alto padrão de limpeza de tanques, como óleos
comestíveis, óleos vegetais e metanol.

Os navios tanque geralmente têm uma capacidade de carga de 5.000 a 40.000 toneladas
e, frequentemente, possuem sistemas de carga especializados adequados ao tipo de
carga transportada. Esses sistemas podem incluir aparelhos de aquecimento ou
resfriamento e sistemas avançados de limpeza, a fim de garantir se a pureza de uma
carga é mantida quando carregada em um tanque que pode ter transportado algo
diferente.

Os graneleiros possuem grandes escotilhas hidráulicas que cobrem os porões, onde os


produtos são armazenados sem a contagem de unidades, embalagens específicas e

9
identificação de alguma marca comercial. Eles vão carregar e descarregar em terminais
portuários especiais para este tipo de cargas.

Figura 2: Navio de Tanque

3) Navio Petroleiro
É um tipo de navio tanque, só que construído especificamente e exclusivo para o
transporte de petróleo e seus derivados, não podendo ser utilizado para acondicionar
outros tipos de líquidos.

Os navios petroleiros, são usados para transportar não só o petróleo bruto, mas também
seus derivados, podendo carregar mais de 400 mil toneladas de combustíveis e
derivados. Esses navios apresentam um pavimento repleto de canos interligados, os
quais distribuem o óleo de modo igualitário para garantir o equilíbrio da embarcação.

Quando comparados aos outros tipos de navios, os petroleiros se mostram mais largos e
menos fundos. Essas características torna os petroleiros capazes de navegar em águas
rasas. Contudo, há poucos portos em que os superpetroleiros podem entrar e, portanto,
são quase totalmente carregados e descarregados das estações de bombeamento em
terra. Ademais, tendo em vista o risco ambiental envolvido, os navios petroleiros têm
um casco duplo para dar segurança contra vazamentos.

Figura 3: Navio Petroleiro

10
4) Navio Gaseiro
Navios gaseiros são destinados ao transporte de gases liquefeitos (GPL, GNL, etileno,
amônia, propileno, entre outros). São conhecidos pelo formato de seus tanques
arredondados que estão posicionados acima do convés. Essas embarcações podem
contar com quatro tipos de tanques:

 Tanques independentes: suportam o peso da carga de maneira integral


 Tanques de membrana: têm paredes com espessura pequena, suportadas pela
estrutura da embarcação, as quais podem contrair e expandir livremente
 Tanques integrais: fazem parte da própria estrutura do navio tanques de
semimembrana: têm cantos arredondados para evitar o contacto do tanque com a
estrutura do navio

Figura 4: Navio Gaseiro

5) Navio Ro-Ro
Ro-Ro é a sigla utilizada para definir os navios cargueiros Roll on-Roll off. É um
segmento específico dentro do universo da navegação. Numa tradução livre, Roll on-
Roll off significa Rolar para dentro-Rolar para fora. Uma definição mais acurada seria
navio de “carga rolante”, ou seja, aquela que embarca e desembarca do navio rolando,
seja em cima de suas próprias rodas (ou lagartas), seja em cima de um equipamento
específico para isso.

Diferentemente do navio transportador de contêiner, o navio Ro-Ro é todo fechado. É


como se fosse um grande estacionamento vertical com várias rampas internas onde, na
maioria das vezes, é possível ajustar a altura dos andares de acordo com o tipo de carga.

11
Figura 5: Navio Ro-Ro

6) Navio de Carga Geral


Os navios de carga geral são os navios que transportam vários tipos de cargas,
geralmente em pequenos lotes – sacarias, caixas, veículos encaixotados ou sobre rodas,
bobinas de papel de imprensa, barricas, etc. Esses navios têm geralmente quatro ou
cinco porões. São conhecidos por serem polivalentes.

Usados no transporte de mercadoria diferentes, carga de projeto, contêineres e alguns


navios também podem ter espaços refrigerados para carga perecível. Normalmente é
equipado com guindastes usados para carregar e descarregar o navio.

Figura 6: Navio de carga geral

7) Navio Porta-Contêineres
Os navios porta-contêineres se tornaram a principal forma de transporte de produtos
manufaturados em todo o mundo. Ou seja, um contêiner tem um tamanho padrão para
simplificar o transporte e pode ser transferido entre caminhão, trem e navio com relativa
facilidade. Em particular, os contêineres podem acomodar qualquer coisa, desde
alimentos a equipamentos elétricos e automóveis. Os contêineres também são utilizados
para o transporte de mercadorias ensacadas e paletizadas, líquidos e cargas refrigeradas.

12
Os navios porta-contêineres são compostos por vários porões, cada um equipado com
"guias de células" que permitem que os contêineres se encaixem no lugar. Cada
contêiner é então preso ao vaso e um ao outro para fornecer estabilidade. Depois que as
primeiras camadas de contêineres são carregadas e as escotilhas fechadas, camadas
extras são carregadas no topo.

Os contêineres são geralmente carregados por guindastes especializados ou de uso geral


com acessórios de levantamento de contêineres, mas alguns navios de contêineres
pequenos são equipados para permitir o auto-carregamento e descarregamento.

Figura 7: Navio Porta- contêineres

4.5 Calado do navio


Calado é a distância vertical entre a parte inferior da quilha e a linha de flutuação de
uma embarcação. É a medida da parte submersa do navio. Tecnicamente, é a distância
da lâmina d’água até a quilha do navio.

O conhecimento do calado do navio em cada condição de carga e de densidade da água


(em função da salinidade e temperatura) é fundamental para determinar a sua
navegabilidade sobre zonas pouco profundas, em especial nos portos e em canais. Toda
embarcação pode flutuar entre um calado máximo quando ela está a plena carga e um
calado mínimo quando ela está descarregada inteiramente.

Como calcular o calado de uma embarcação?

O calado de uma embarcação mede-se verticalmente a partir de um ponto na superfície


da parte inferior da quilha e a superfície da água. É importante notar que o calado terá
variações, num mesmo navio, conforme a carga do navio ou a densidade da água.

13
4.5.1 Tipos de calados de navios
Em função do ponto da embarcação e da forma de medição existem diversas formas de
expressar o calado. Relacionamos abaixo as mais comuns.

Calado a meia-nau: distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa do
navio medida na seção a meia-nau, isto é, a meio comprimento entre as perpendiculares
dos pontos extremos da proa (parte dianteira) e popa (parte traseira).

Calado máximo: distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa da
quilha do navio medida quando este estiver na condição de deslocamento em plena
carga (ou deslocamento máximo).

Calado médio: média aritmética dos calados medidos nas partes dianteira e traseira do
navio.

Calado mínimo: distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa da
quilha do navio medida quando este estiver na condição de deslocamento mínimo.

Calado moldado: distância vertical entre a superfície da água e a linha da base moldada
do casco. É utilizado no cálculo dos deslocamentos e para a determinação das curvas
hidrostáticas da embarcação.

Calado normal: distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa da
quilha de uma embarcação, quando esta está com o seu deslocamento normal.

Figura 8: Calado de um navio

14
4.6 Manobras de Acostagem

Manobrabilidade
A manobrabilidade é a capacidade de um corpo flutuante, em meio aquático, modificar
a direção de sua navegação. Em termos mais simples, é a capacidade de um navio fazer
uma curva. Quanto maior for a manobrabilidade, maior será a capacidade de modificar a
direcção de seu trajecto e menor será o raio de um imaginário círculo para a
concretização de uma manobra. A manobrabilidade é influenciada pela capacidade de
cada embarcação modificar a direcção de seu trajecto e com a interacção turbinas /pás
leito. Quanto maior a coluna de água entre a quilha do navio e o leito marinho, melhor
será a manobrabilidade.

Acostagem
Acostagem ou Atracação é a manobra necessária para se aproximar de um cais ou de
uma embarcação. Imediatamente a seguir faz-se a amarração que consiste em prender a
nave ao cais ou à outra embarcação e mesmo se estão intimamente ligadas, a atracação e
a amarração não são sinónimos.

Figura 9: acostagem de navio

A atracação das embarcações gera nas estruturas marítimas, no acto do impacto, energia
cinética, que é transformada em energia potencial das estruturas e defensas, sendo
portanto uma acção a considerar no projecto de cais. A análise à estabilidade do cais
perante a colisão de uma embarcação pode ser ponderada tendo em conta diversos
parâmetros, desde logo a direcção e a intensidade do impacto entre a embarcação e a
estrutura, tendo em conta o ângulo de impacto e a velocidade e massa da embarcação,

15
bem como a quantidade de energia cinética transmitida pela embarcação e absorvida
pela estrutura ou pelos diferentes elementos de defensa.

Estruturas de Acostagem
Uma estrutura de acostagem é o termo genérico utilizado para designar uma obra, em
meio marítimo, que possibilita a amarração e acostagem de navios, por forma a garantir
uma transferência adequada, de acordo com princípios técnicos, de segurança e de
eficiência, de pessoas e bens entre os meios marítimo e terrestre. Estas estruturas podem
assumir diversas configurações e serem classificadas de formas distintas consoante o
ponto de vista sob o qual são analisadas.

Os postos de acostagem podem assumir diversas configurações e características para


fazer face aos requisitos operacionais específicos de um determinado tipo, ou leque, de
navios ou para resistir de forma adequada às solicitações existentes num determinado
local. As estruturas de acostagem podem ser classificadas de diversas formas
dependendo do prisma pelo qual são analisados. Este tipo de estruturas pode ser
categorizado em função: da sua localização, das condições de abrigo no local de
implantação, da sua especialização (ou carga 73 transportada), da configuração em
planta, do modo de transmissão das acções às fundações, do seu perfil transversal, do
tipo de material de que é composto, entre outros (Santos, 2010).

Tipos de Estruturas de Acostagem


O tipo de acostagem de um navio, para além de depender das características do navio e
da sua condição de carga, depende de outros factores, como sejam, por exemplo:

O tipo de cais de acostagem, quanto à sua estrutura;

 As condições de acostagem (profundidade da água, efeitos da maré e do vento);


 A acostagem é efectuada com outro navio.

As obras de acostagem devem ser localizadas, sempre que possível, em zonas com
condições ambientais geomorfológicas, geotécnicas, topohidrográficas e de acesso,
adequadas ou que possam ser compatibilizadas, técnica e economicamente, mediante
obras adicionais, com as exigências decorrentes da função e finalidade a que se
destinam.

16
4.7 Bóias de Navegação
São corpos flutuantes, de dimensões, formas e cores definidas, fundeados por amarras e
ferros (âncoras) ou poitas, em locais previamente determinados, a fim de:

 Indicar ao navegante o caminho a ser seguido;


 Indicar os limites de um canal navegável, seu início e fim, ou a bifurcação de
canais;
 Alertar o navegante quanto à existência de um perigo à navegação;
 Indicar a existência de águas seguras;
 Indicar a existência e a rota de cabos ou tubulações submarinas, delimitar áreas
especiais (tais como áreas de despejo de dragagem ou áreas.

Figura 10: Goiás de Navegação

Balizagem
É o conjunto de sinais fixos e flutuantes, cegos e luminosos, que demarcam os canais de
acesso, áreas de manobra, bacias de evolução e água seguras e indicam os perigos à
navegação, nos portos e seus acessos, baías, rios, lagos e lagoas.

A balizagem, portanto, é constituída por faroletes, sinais de alinhamento, balizas, bóias


luminosas e bóias cegas. Eventualmente, pode incluir faróis (denominados, então, de
faróis de balizagem), barcos–faróis e superbóias, mas, em geral, a balizagem refere– se
à sinalização náutica de menor porte, instalada para garantir segurança da navegação no
canal de acesso e bacia de evolução de portos e terminais, ou ao longo de rios, lagos e
lagoas.

17
Boias Luminosas Para Navegação Costeira
O Sistema de Balizamento Marítimo da IALA 30 prevê vários tipos de sinais fixos e
flutuantes que podem ser empregados como sinalização complementar para a navegação
costeira.

 Sinais Laterais, usados junto a canais bem definidos, para indicar o bombordo e
o boreste das rotas a serem seguidas;
 Sinais de Perigo Isolado;
 Sinais de Águas Seguras, que também podem ser usados param aterragem;
 Sinais Especiais, não usados em princípio, para auxílio à navegação;
 Sinais Cardinais, que indicam regiões seguras à navegação, referenciadas aos
pontos cardeais.
 Na navegação costeira, os navios podem aproximar-se de perigos vindos de
várias direcções. Um sinal flutuante para advertir navios da presença de um
perigo à navegação não pode ter, via de regra, uma característica lateral, ou seja,
mostrar ao navegante por qual lado - bombordo ou boreste - ele deve ultrapassar
o sinal, como é feito em canais.
 Ao invés disso, pode ser dada uma característica que indica se sua localização é
norte, leste, sul ou oeste do perigo, usando o sistema cardinal. Como de
costume, bóias cardinais são colocadas entre o perigo e a área onde o tráfego
provavelmente passará ou por onde possivelmente os navios aproximar-se-ão.

Bóias Cegas
 O uso de bóias cegas para a navegação costeira é limitado porque, na maioria
das aplicações, as bóias luminosas executam melhor a função requerida, tanto de
dia como à noite.
 As bóias cegas são principalmente empregadas em áreas costeiras onde a
densidade do tráfego não justifica o estabelecimento de um sistema de

18
sinalização completo e onde a navegação só é praticada de dia. Em tais áreas, a
navegação é feita através do auxílio de marcos naturais, complementados onde
necessário por sinais fixos em terra e por bóias cegas para sinalizar os perigos
submersos.
 As bóias cegas para a navegação costeira devem ser visíveis a distâncias
relativamente grandes e, portanto, devem ter dimensões comparáveis às das
bóias luminosas (diâmetros maiores que 2 metros).
 As bóias podem, também, ser usadas como marcas especiais para uma variedade
de propósitos, como sinalizar zonas de fundo acidentado, áreas de exercícios
militares, indicação de cabos ou oleodutos e sinais de zonas exclusivas para
navegação de recreio. Esses sinais especiais são mencionados no Sistema de
Balizamento da IALA. Tais bóias podem ser cegas se não forem um perigo para
o tráfego noturno.

4.8 Ancoragem de Navios

Amarração
As embarcações, quando atracadas, transmitem forças à estrutura, denominadas forças
de amarração, que são provocadas pelo vento nas partes emersas e pelas ondas e
correntes nas partes imersas, sendo transmitidas aos elementos de fixação pelos cabos
de amarração.

Figura 11: Elementos da amarração

19
Os cabos de amarração têm funções distintas (Figura 4), sendo os “lançantes” (1)
capazes de evitar o cabeceio e resistir aos deslocamentos provocados por correntes
marítimas e por ventos soprandona mesma Direcção, servindo os “transversais” (2) para
contrariar os esforços também provenientes de correntes e ventos, porém transversais, e
as “linhas” (3) como complemento dos cabos anteriores.

Figura 12. Sistema de amarração

20
5. Conclusão
Este trabalho apresentou conceitos importantes inerentes ao que concerne a navegação
marítima no geral, partindo do próprio conceito de transportes marítimos ate ao que diz
respeito aos sinais náuticos. Procurou-se com este trabalho, não simplesmente descrever
os elementos acima citado.

Mas também transmitir a sua importância no nosso dia-a-dia como estudantes e como
futuros engenheiros civis.

Conclui-se a que todas as etapas deste trabalho que só nos acrescentarão conhecimentos,
Espera-se que o mesmo tenha atendido às expectativas, e que tenha sido bem abordado,
de uma forma bem sucinta.

Desta forma, engrandecido e satisfeito, chega ao seu final. Sendo assim, agradeço.

21
6. Referência Bibliografia
“Navegação: A Ciência e a Arte” – Volume I, Miguens, A. P., DHN – Brasil, 1996.

https://repositorio.ipl.pt/bitstream/10400.21/5944/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o.pdf.
Consultado em 19/03/2023

https://oque-e.com/o-que-e-ancoragem/ Consultado em 18/03/2023

https://qualidadeonline.wordpress.com/2017/09/14/o-planejamento-portuario-
segundoas-normas-tecnicas/ Consultado em 19/03/2023

https://portodeaveiro.pt/uploads/2020-04-30-00-03-10-Normas.Consultado em
19/03/2023.

22

Você também pode gostar