Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
naval
estabilidade, cálculos, avaria e bordo livre
NOTA DO AUTOR
SIMBOLOGIA
1. O NAVIO i
1 .1 . Geometria do Navio 1
1 .2. Dimensões Principais 5
1 .3. Coeficientes de Forma 7
2. INTRODUÇÃO MATEMÁTICA 11
2. 1 . Forças 11
2.2. Momentos 12
2.3. Centro de gravidade 13
2.3. 1 . Retirar e adicionar pesos a um sistema 15
2.3.2. Mudança de pesos 17
2.4. Primeiro e segundos Momentos de Á rea.
Centro de Á rea 18
2.5. Regras N u m éricas de Integração 24
2.6. Regras de Simpson
para Cálculo dos Momentos de Á rea 30
3.
35
HIDROSTÁTICA
3. 1 . Deslocamento, Volume de Querena
e Centro d e Querena 35
3. 1 . 1 . Curvas de l?onjean 36
3. 1 .2. Curva das Areas das Linhas de Á gua 38
3.2. Deslocamento U nitário, TPCm.
Centro de Flutuação 39
3.3. Efeito das variações
de densidade no calado 40
3.4. G ráfico de Querenas Direitas 42
4. ESTAB!IJDADiE T�ANSVERSAl
45 6.6. 1 . Mudança de pesos a bordo 1 04
4. i.
6.6.2. Embarque e desembarque
M etacentro 45
de pesos pequenos 1 06
4.2. Esta bilida de posi tiva, nega tiva e nula . 6.6.3. Embarque de um peso sem alterar o calado
 ngulo Crítico 47
a ré. Pontos de I ndiferença 112
50
Cálc ulo da Altura Meta cênt rica
4.3. i.
4.3. 6.6.4. Determinação dos calados a vante e a ré,
50
· 4.3.2 .
Cálculo de KM conhecido o deslocamento
Cálc ulo da orde nada 52
e a abcissa do centro de gravidade 115
do Cen tro de Gra vida de � ca
.
53
6.6.5. Determinação do deslocamento e centro
Factores que afectam a Altu ra M etacentn
4.4. ·1.
4.4. de gravidade a partir dos calados
54 a vante e a ré 1 18
Peso suspenso
55 6.6.6. Embarque e desembarque de pesos 1 20
4.4.2. Espelho líquido
o 58
Mov imen tação tran sversal de peso s a bord
7.
4.5.
4.6. Prova de Estabilidade 60 ESTABILIDADE EM AVARIA 1 27
5. iE:STAIBiliDAD�IE T�ANS\IE�SAl
7. 1 . Docagem e Encalhe 1 28
A GRANDIES ANGUlO!li
69 7.2. Alagamento 1 37
7.3. Cálculos de Flutuabilidade 1 41
69
5.1. Braco de Esta bilid ade. Fórm ula de Attwood 71
7.3. 1 . Método da Massa Adicionada 147
5.2 . Dia g rama de Esta bilid ade 72
7.3.2. Método da Perda d e I mpulsão 1 56
5.3. G ráfico de Que rena s Incli nada s 7.4. Estabilidade do navio alagado 1 62
5.4. Fórmula aproximada 7.5. Subdivisão 1 63
76
para o braç o de esta bilida de 81
7.5. 1 . Definições 1 63
5.5. Â ngul o Críti co de Estabilid ade .. 7.5.2. Comprimento Alagável 1 64
ade 81
5.6. Efeit o da Boc a e Bord o Livre na Esta bilid 7.5.3. Factor de Su bdivisão 1 67
M ovim enta ção tran sversal de um peso . 7.5.4. Estabilidade 1 68
5.7. 84
Carga a granel 7.5.5. Outros requisitos 1 70
86
8.
5.8. Estabilidade Dinâmica
5.9. Influência do Vento na Estabilidade 89 CÁLCULOS DE QUERENAS 1 71
S. ESTABil!DAIJJIE lONGITUDINAl
97 8. 1 . Cálculo de Q uerenas Direitas 171
8. 1 .1 . Á reas das l i n has de Á g ua:
97 LCF, TPCm, MTCm , BM e BML 1 72
6.1. Caimento
Coo rden adas long itudi nais 8.1 .2. Á rea das secções. Curvas de Bonjean 1 76
6.2.
do Cent ro de G ravid ade, Cent ro de Que rena 8. 1 .3. Volume de querena e centro de querena
e Centro de Flutuação. por integração vertical 1 78
98 8.1 .4. Volume de querena e centro de querena
M o men tos de Caim ento
99 por integração longitudinal 1 80
6.3. M etacentro Lon gitu dina l
Dist ribuicão do caim ento pelo s cala dos 8.1 .5. Coeficientes de Forma 1 82
6.4.
a vant e e a ré. Cala do méd io verd adei ro
1 00 8. 1 .6. Superfície Molhada.
193
Un itário 1 02 Deslocamento na ossada e no forro 1 82
6.5. M ome nto de Caim ento
6.6. APLICAÇÕES 1 04 8.2. Cálculo de Q uerenas Inclinadas
1 93
8.2. 1 . Métodos de cálculo
1 96
8.2.2. Método do Integrador
8.2.3 . Método do integrador com secções
1 99
Tchebycheff
203
8.2.4. Método !soclínico
207
8.2.5. Apêndices
8.3. Cálc ulos de qu erenas com calc ulad oras 210
prog ramá veis
ISOI'!!lJO UVIf!IE
21 5
9.
216
9.1 . Nota Histórica NOTA DO AUTOR
217
9.2. Marcas de Bord o Livre e Defin içõe s 221
9.3. Req uisit os para a atri buiç ão do Bord o Livre
224 Este livro destin a-se a oficiais da Marinha Mercante
9.4. Cálc ulo do Bordo Livre
Correcção para navi os e de G uerra, engenheiros navais e outros técnicos rela
9.4. 1 . 225
de com prim ento até 1 00 metros cionados com cálculos de Arquitectura N aval. Resultou
l 225 in icialmente d e uns apontamentos feitos para a cadeira
9.4.2. Correcção para o coef icien te de fi nura tota 225
com pri m ento /pon tal de Estabilidade na Escola N áutica I nfante D. H en ri q u e
9.4.3. Correcção para a razão 226
Correcção para as supe rstruturas o n d e teve uma "rodagem" de quatro a n o s e f o i objecto d e
9.4.4 . 229
Correcção para o tosa do sucessivos aperfeiçoamentos, resultado da experiência
9.4.5. 233 e sugestões dos alunos e colegas. Posteriormente resol
9.4.6 . Altu ra míni ma da proa
Outras Linhas de Carga 234 veu-se incluir material que o completasse como ferra
9.5.
menta útil ao projectista e ao desenhador de Constru
241 ção N aval, cobrindo os aspectos práticos dos cálculos
Problemas de querenas e bordo livre. Assim, o livro é dividido em
mulante encerra.
quanto mais não fosse pelo que de in ovador e esti GZ Braço de estabilidade (m)
GCD G ráfico d e querenas direitas
.�['•I
-�::l �-'i Gráfico de q u erenas i nc l i n adas ML Metacentro longitudinal
n Eq uidistância entre ordenadas de Simpson (m) MA Massa adici onada (t)
ME M o mento d e estab ilidade (t.m.)
IL
Segu ndo m o mento de área (m4)
M o m ento de i n érci a longitudinal (m 4) MS M u ltiplicador d e Si mpson
lT
, ,
M o mento de i nércia transversal (m4) MTCm M omento d e caimento u n itário (t.m./cm)
Me
}(
!"MCO l n ter Maritime Consu ltative O rgan isation M om ento de caimento (t.m.)
Eixo da q u i l h a S S u perfície molhada (m2)
KB O rdenada d o centro de querena (m) TCG Coord enada transv ersal do centro de gravid ade
KfVl
"�
f\.l._;) Ordenada d o centro d e gravidade (m) do navio (m)
O rden ada d o metacentro transversal (m) TPCm Deslo camento u n itário (tlcm)
f<ML Ordenada d o metacentro longitudinal (m) t Caimento (cm)
Bracos de estabil idade à q u i l h a (m) tcg Coord enada transv ersal do centro de gravid ade
i'"-.g
KN
!_
•/
Orde nada do centro de gravidade de u m peso (m) de um peso (m)
Comprimento (m) xu Aun; ento u n iforme de calad o (cm)
LFF Comprimento de fora a fora (m) XAR Acr� sc1mo de calado a ré devid o a caime nto (cm)
Lpp Comprimento entre perpendiculares (m) XAV Acres c1mo de calad o a vante devid o a caime n-
l\1\fL Comprimento na flutuação (m) to (cm)
LA Linha de água y O rden adas da l i n h a de água
LB Linha base (meias-bocaduras) (m)
v
LC Linha de construção ll Deslocam ento (t)
ót
LCB Abcissa do centro de q uerena (m) Vol u m e d e querena (m3 )
LCF Abcissa do centro de flutuação (m) Variaç ão d e caime nto (cm)
ÓXAR Variaç ão de calad o a ré devid a a variac ão d e
I
LCG Abcissa do centro de gravidade d o navio (m) ·
<l
Permeabilidade
fv1
relacão
' a o centro de flutuacão ' (m)
3 4 Linha d e Centro
(generic ame nte) M o mento (t.m.) ou (m ) ou (m )
M Metacentro transversal J![ M eio-navio
1. O NAVIO
�� ��l �
lt
__.�
- i n d icadas, tanto n o plano horizontal como n o das sec
ções. Por convenção, as secções de v ante represen
iJ
\\\ [;}" tam-se do lado d i reito e as de ré, do lado esquerdo.
�
!)
;;
:I"'
Além destas l i n h as teóricas de definição do casco,
g
;P.
são ta m bé m representadas no Plano G eométrico as
I
'Li
'
'!!J
�'\c- projecções d a l i n h a do convés (à borda e a meio) e a
o
© ' borda falsa. E m certos casos, no meadamente em barcos
w [' ' [ [ <
8
cL
[') à vela, é a i n d a frequente utilizar outros planos auxilia
\
m G '
.
�
"
g
�
>o
"
� "
:::
G
"' "' �
-llllir/-ftl • res, "mais o u menos" perpend i c u lares às secções na
G c " " " sua parte mais c u rva, com o objectivo d e melhor definir
1
--:� "
(!) .,J
U:::Q,
E "
" &
.,
'
3
' a forma do casco. Chamam-se a estes planos "diago
iS _J _J "' "' u
nais".
" !1#!1 I III' As l i n has d e refe rência d o Plano Geométrico são:
i
I
LINHA D E CONSTRUÇÃ O (LC), também chamada
-�
L I N HA DA QUILHA, é definida pela intersecção d o plano
da media n ia c o m a face superior d a quilha. E m n avios
_g o
de madeira a l i n h a d e construção é defin i d a pela pro
"
jecção da aresta inferior do alefriz no p lano de mediania,
� como se i l ustra n a fig. 1 .2 . .
I " -'e\ !1-H-+1-1 ...
•
· co
lodo
I,
!11.
......,..
�
1\1 I I
o
d
o
o
I I
I " 1\-\-\H-+1-1 o
�I
1
'" '" '"' "'- ' l
•
calado
"
c
-�> imersão
c
'•
"
i
�
o
J
' o
���
" ·
'
� ) fun'!_o
'S
-
_)
.
�'"J-'"''"'
o
o
Fig. 1.2.
c::':::.l
jl
i:
" " ""'"
o AÇO lfundo <h otol
E
H o
� '
LINI-IA DE CONSTRUCÃO
tt �
<:>' Q ""<O_ "'<:;>
�"" •o -cr- '•-
CJ NAVIO
O NAVIO 5
::::·:�s
não vios de madeira, por a espessura d o forro ser relati
oelo elxo da madre elo !eme; v amente gran de, representa a su perfície no forro, isto é,
l!I ) , é a perpendi cu lar
A MEIO (
éjc'S as:?, a Igual d i stâ n ci a
PERPE!,iO!CUU\R a superfície exterior do casco.
das perpen d i c u l ares de vante
� .2.
E: G!3 :)U seja, que divide a meio o chamado compri
·
proa e a popa.
":.. .,.;:•:.;t.d:::r 2: t'-�;. Esta tipo de representação é frequente interior das ch apas do costado ou, o que é o mesmo, à
�:<��c::
·
BOCA NA OSSADA, B m l d , é a boca medida à face
-c.. :-:�::,':,_,:! f:.\ r:;o \f/-\U nu ma. secção transversa! é a e outro bordo, à proa e à popa.
dois últimos que se enco ntram marcados no navio a u m
irnersáo a v a. nt e, a ré e
O NAVIO 7
a me io-nav io. � usual repres entar
a i mersã o apena s pela letra "d", pelo que a distinç ão
entre calado e i m ersão terá de ser feita m u itas vezes
roda de proa, e o ponto de intersecção da mesma super
ern funçào da ·fórmu la ou conte xto em q u e está
inseri da. fície com a face posterior do cadaste, ou n o caso deste
TOS,&,OO é a distân cia de qualq uer da l i n h a da não existir, o eixo da madre do l e me.
1-
� do vau.
� 3 Cl\lleficielltes de IFI\llr ma
:i Lich:;:�:
lI·
, ,
. )'. '/T
I . flecha.
do vau
Acabámos de ver que a forma do navio é rigorosa
I
· --,-
II
·�
útil em Arqu itectura N aval caracterizar analiticam ente,
I
-
Fig. 1.3.
particul arm ente úteis para a previsão cada vez mais
correcta das características hid rod i n â m i cas d os navios.
As razões das dimensões vu lgarmente util izadas são
Acabámos de ver as d i m e n sões q u e carac
teriza m a as segu intes:
·forn:a geométrica do LIB ; B/d ; L/d, em que: L = C o m primento,
casco e q u e são util izadas no
ot·ojecto e construcão do uti B = Boca n a ossada,
i!zam-se as cllam <Í.das D I M EN S ES DE S I NAL
navio . Para efeito s legais
Õ ou D E d = I mersão.
amen te a bordo
sen1
"\EGISTO, as quais são medid as direct
neces sidade do plano geom étrico . São estas di
mens ões q u e define m e identi ficam o navio nos regist os
c: e propr;edade, das capita nias, etc., e que para
o mesm o COEFICIENTE DE F I N U RA TOTAL, C b
s de
b-:):'ÔiO.
e·feh:o ·figura m nos certif icados e outros docu mento
É a razão entre o volume de deslocamento, isto é , o
da rnedianla, e n t re o ponto de inters ecção da
COMPRJMENTO DE SINAL é a distân cia, medid a no volume da parte i m e rsa, e o vol u m e do para l e l i p ípedo
circunscrito, fig. 1.4.
supadfcte exterior do convés com a. "face anter ior da íj
L.B.d
Cb
8 O N/WIO O NAVIO 9
B . d
Am
�
���
�
-
Cm =
�·· 8
A
.·
� /./
-- � [8 1
'j
/1
I'
�/ / ' · l!T
��-�
� il
;'? ��
I �===--� /_.r
. i�
� �
'··
�
1'. '
!.---�
I
Fig. 1.6.
'> .,
fjg. ".1.4.
'"·:()EFICJ Pl::JSM/\T\CO, Cp
COEFICIENTE DE FINURA DA FLUTUAÇÃ O,Cw
:� s. razão entre o volume de des!ocamento e o volume
-:::!·::: cilindro circ�mscri·to cuja directriz é a secção mestra; É a razão entre a área da linha de água, (Aw), e a área
\(
do rectângulo circunscrito:
·fig. 1.5 ..
L.B
em que Am=área da secção mestra, Aw
f\ "'""
r'. 1 �, •
!
'- Cw= -
"""
.
'I ,
- ��A��iS
1-
� .
fi .?"'
: �
� i :Gl
"""' /
.
I
/
·-c:: ·
,J�<
��
í -------
�
,,.
./ ��
. ,, i(� '
/
�==---�/ !
I
'/,: ' <..--�
'-�-
',
J\GJ� .
,r/
Fig. 1.7.
�-' I
��=
·.
����-
Fig. ·t.5.
- �
Das definições acima dadas é fácil verificar que:
�·a:-:·,;:-.
.
::: :·s ::: E'.c en ::-·,;::. �
c: te:. n:::::crrtc:
érea cls: secção mestra e a área do coeficiente de forma bastante utilizado em hidrodinâ.
mica.
11
2. INTRODUCÃO
MATEMÁTICA
2.1. f()rças
v i!
,, ''
,
...........
- ..........
.. ...
R ',
l
exemplo, na fig. 2.4., o momento é negativo.
�I
��--����
A' . /
··I· -
Centro de G ravidade de um corpo é o ponto no qual
1
� //.
:-v I
se pode assum i r toda a sua massa concentrada, ou
.,..1 .
i
t�d 6 seja, o ponto de aplicação da resultante das forças
,, da gravidade que sobre ele actuam. O Centro de G ravi·
- ___ __
r; C!
�-·-J. "
o F:' .
L.
'•\
�
'[O) .o
\
r:\
...
'\ "
_J
Fig. 2.5
/,./
\Dtrn) //f{fj) ...,_)/
2<:· .
\ /// Para se calcular as coordenadas do centro de gravidade
\� .....
�·
de um determinado sistema de pesos, recorre·se à defi·
...
nição de centro de gravidade: por exemplo, para cal·
INTRODUÇÃ O MATEMA TICA 15
1\ [ G
+
I
j
I
I I I I
p
11 I G
., 11 L "ii
'\ LU
''--4:•.1-f.
'\
'; !i'll'l
',\ J
f--d ·I -r
I <o ·,
), ' J
oG
'r-� JTi7
- ---
cide com o
"'[
Daqui se
seu centro geométrico. No caso prático de
tema, a expres§ao 2.2. diz-nos que a distância do centro
termos um número finito de pesos constituindo um sis
I I
c!e gravidade desse sistema em relação a um eixo de
p_p
;-e·ierência é dada por:
2: Pi çU Fig_ 2.7.
(c)
E Pi
.-! \
mom. do peso P i em q u e P i di
(2.3)
= =
em reiaçã.o ao O centro de gravidade da barra, por sua vez, já não
eixo. está em G mas sim em G 1 , fig_ 21c., isto é, o novo corpo,
s·[o 9, o soínErtório dos momentos de todos os pesos
de peso P - p; tem um momento em relação a G dado por:
que constituern o sistema, dividido pelo peso totaL
O cálcu�o da altura do centro de gravidade do navio
M G = (P - p) - G G 1
servirá cfe exernpío a esta r egra.
16 INTRODUÇÃ O MATEMÁTICA INTRODUÇÃ O MATEMÁTICA 17
E.s-te momento de "deseq\Jilíbrio" em relação ao G gravidade em G ; seja p um peso que se retira (-) ou
an'tigc não é rnais que o momento de "deseqUilfbr�o" adiciona (+); d a distância ao centro de gravidade do
introduzido, p.d, navio; G G 1 a movimentação do centro de gravidade.
= (P - p) . G G 1
A figura ilustra que quando se retira um peso do fundo,
Lé MG =p.d o centro de gravidade do navio sobe. Por raciocínio
.. UU! - (P -
�'"' - � idêntico concluiríamos que quando se embarca um peso
p)
(2.4.) alto, o centro de gravidade sobe, quando se embarca
um peso em baixo, o centro de gravidade desce, etc.
enu11ciamos:
Este e)(emplo ilustra uma regra muito importante que
2.3.2. !\lh.ndaniifa de �esos
"Quando um peso é RETIRADO a um sistema de pesos,
centro de gravidade do novo sistema desloca-se
a direcçã. o
e
Consideremos agora uma barra de peso P - p, com
c�e gravidade dÓ sisterna ao centro de gravidade do
definida pela linha que u ne o centro um peso móvel p, como se indica na fig. 2.9. O peso total
paso ra t i rado no SENTIDO OPOSTO àquele de onde
é portanto P. Desloquemos o peso móvel uma distân
,
.
p
r
--·--! I �
l,
!1 � I?
I
�
Fig. 2. 9.
G, �
I
G· •
!I
G 6! Por sua vez o centro de gravidade do conjunto des
,
1'
I loca-se para G 1 , e o novo sistema fica com um momento
I i em relação ao antigo ponto de equilíbrio, G , dado por:
i i·
MG = P . G G 1
1
''\ ;
.
\
logo
;Cir1
•;::�.
'? n
&..0. p. 991 = P. G G 1
ou
!\PUCAÇAO: Retirar e adicionar pesos no navio. p. 9g 1
p
':;ons:del'ernos o navio da f!g. 2.8. com o centro de G G1 = (2.6.)
-;s INTRODUÇÃ O MATEMÁTICA
aplicação em problemas relacionados com a movimen Identicamente ao que se fez em 2.3. para o centro
taçáo ele pesos a bordo: de gravidade de um corpo, define-se centro de área,
"Quando se desloca um peso inerente a um sistema ao ponto tal que:
')ma certa distância, o centro de gravidade do sistema A.h = A h dA
ciesloca-se paralelamente e no mesmo sentido uma dis
iií.ncia dada por 2.6.".
/\PUCAÇAO: M udança de pesos a bordo. Ao deslocar __flt!x_ A /x .dA
...h= (2.8.)
rnos um peso p, sucessivamente para as posições 1,2 e 3, A A
nlêtrte, como se indica na fig. 2. 1 O.
o centro de gravidade do navio desloca-se paralela
h
"
i ''-
rl;=-- �
X )(" .9
p
dA L
r -Ef1-,
1 1 '
:I lt:
If"!>í' G1
Ali
:_j1 i
I I
A
I
,,
I
·. G
q
(] _iC
I j_
,
I I
:j G3•"t""'oz l
:
!i 1 \ i
_lP
I. " v
G--
I
�
I
-t ----o---8:)1
p
Fig. 2.1 O.
lg
Fig. 2. 11.
-�-
)(
Fig. 2.12.
b
J ;-. = nz.A + lg g
:�, (2. í 0.)
y
em que lgg , é o momento de inércia da área em relação Por caminho semelhante poderíamos demonstrar:
O teorema pode então enunciar-se:
30 eixo que pass3 pelo seu centro. Triângulo:
__1_
"O mom é nto de inércia de uma área em relação a um
lg x - .a.c3 (2. 1 3.)
eixo é ig u a l ao m omento de i nércia dessa área em rela
36
- 1
ção ao eixo paralelo passando pelo seu centro, mais lg y - _ .a 3 .c (2. 1 4 .)
o produto da área pelo quadrado da distância entre
y
36
os eixos".
11'-.i;3;-1/..3ia �
APLICAÇÕES:
I IVIOMENTO DE INÉRCI A D E ALGUMAS F IGURAS
GEOMÉTRICAS X
Ilgy
a
Rectângulo, íig. 2. 1 2: L
Consideremos a área elementar dA = b . dy.
Momento de inércia de dA em relação a X: Fig. 2.13.
dlx = b.dy.y2 Fig. 2. 14.
!I MOMENTO D E INÉRCIA D E UMA ÁREA L IMITADA POR o momento de inércia de uma área composta por várias
UMA CURVA figuras geométricas simples.
Considere a curva y = f (x), fig. 2. 1 5. Seja dA u m ele
mento de área infin itésima!, dA = y dx. Pela definição
EXEMP L O 2. 1 .
dada, temos que o momento de inércia da área abaixo Calcular a área, a posição do centro de área em relação
c1a curva em re!ação ao eixo OY é dado por: aos eixos OX e OY, o momento de inércia transversal,
J
(em relação ao eixo paralelo a OX passando pelo centro
loy =
de área) e o momento de inércia longitudinal (em rela
jx2.y.dx (2.1 6) ção ao eixo paralelo a OY passando pelo centro de
o área), da fig. 2. 1 6.
v
O momento de inércia da área elementar dA em relação
a OX é:
,. 'I 2.Q
c>�ox = ----;-- .y3 .ax
.
ú
= -;- /- y 3
.,
(2.1 7)
I
chr
o
·,;,
v Fig. 2.16.
4.0
�,; ,A ""f.:�Atl
-,
1-v-dA
Área totai,A = 1 6.0 m 2
A r-
Y,T lo Distãncia do C.A. a OX,h
M_x 8 . 68
= 0.543 m
A 1 6.00
Fig. 2.15.
Ql i l'í dx
Momento de inércia transversa l,
I r = lxx - A h 2
= 28.73 - 1 6.0 x 0.543 2 = 24.01 m 4
}{
X
I
L ongitudinal:
Iii (�g) JoYg(��)+Ah2
MOMENTO D E INÉRCIA D E UMA FIGURA G EOMÉ Af��,A SRAÇO,b
___j::i_
My D Ab "'
TRiCA COMPOSTA � �
(1) 4.0 1.33 5.32 7.08 ( ds> x2x43"' 3.56 10.64
yl � Vo
v,
Vz
Fig. 2. 1 8.
Yo Y; y2 X
Y3 h h
Fig. 2. 17.
A área abaixo da curva é dada por:
)( 2 h
A = /Y dx
h[( YO ; Y1) ( Yi : Y2) ]
h h h
A= + o
2h
h = /( ao + a 1 x + a 2 x 2) dx
=-;:::
L
(Yo. + 2 Y1 + Y2)
o
26 INTRODUÇÃ O MATEMÃ TICA INTRODUÇÃ O MATEMÃ TICA 27
= [ ao
a x2
+ 1
2
x
+
a2 x3 2h
3 o J h h
A = 3 ( Yo + 4 Y1 + Y2) + '3 ( Y2 +
= 2 ao h + a1 2h2 + a 2 8h
3 h
3 + 4 Y3 + Y4) + 3 ( Y4 + 4 Y5 + Y6)
= h ( 2 a0 + 2 a í h +
8 a 2 h2 h
< 4 + 2y 2 + 4 Y3 + 2y a + 4y 5 + Y6)
3 ) 3 Yo + Y1
=-
�
( Yo =
Yí =
ao
ao + a1 h + a 2 h2
L Y2 = ao + 2 a1 h + 4 a2 h2
que, resolvendo para ao , a1 e a2 , daria:
Fig. 2. 1 9. I· 1, J
h;--1
� ,. � :)(
"'"' -
_
YO - 2 Y1 + Y2
2 h2
função definida por ordenadas equidistantes, desde
que o desenvolvimento da curva entre cada três orde
nadas seja aproximadamente representável por uma
Substituindo na expressão da área, temos: parábola do 2.Q grau. Uma selecção adequada da equi
distãncia das ordenadas permite assim obter resultados
A= h [ 2 YO + 2 h.
(-3 YO + 4 Y1 - Y2) com grande rigor.
2h + Com este objectivo, nomeadamente quando se cal
]
culam as áreas das linhas de água, que na vizinhança
-'-8 h2 ( YO -2 y 1 + y 2) dos extremos variam mais bruscamente de curvatura,
, . é necessário incluir ordenadas intermédias a fim de não
3 2 h2
ou
comprometer o rigor do cálculo. No caso de dividir
a meio o intervalo, fig. 2.20, teríamos:
/A
/hy dx = h3 ( h/2 h
=
Y2
monstrar que o integral é dado por:
v
Fig. 2.20.
){
I h/2 h/2 h h
EXEMPLO 2.2. Yo
Achar a área abaixo da curva indicada na fig. 2.2 1 . jYs
Fig. 2.22.
Ordenadas e m metros; i ntervalo constante, h = 1 .45m.
__j
VI
I h l---h
X
I3h
"
3
i A = y dx = s h ( Yo + 3y 1 + 3y 2 + Y 3l (2. 2 1 .)
I
fig. 2.21'
kf;�ss 12.21 Poderíamos generalizar para 7, 1 O, 1 3, 1 6, ... , ordenadas
por caminho idêntico ao que utilizámos na primeira
H
0/2 X
regra. O bteríamos o seguinte resultado:
é parabólica do
A regra assume q u e a curva passando pelos três pontos P o r analogia, teremos:
2..9. g ra u ; a expresssão d a área é:
,h
h
Momento da área em relação a OY
�2 (
/ x. y dx = 3 (x 1 Y 1
/\ = I y d x = 5 Yo 8 Y 1 - Y2l X3
o
+ (2.23.) h
•.
I Mo y = + 4x 2Y 2 + x 3y 3) (2.24.)
i\! otar que o c oe f ici en t e -1 afecta a ordenada não
X1
adjacente à área que se pr et end e dete rmi nar. Mo mento e m relação a OX:
y
3
(2.27.)
-�
-
�
v
r- EXEMPLO 2.3.
Y121
v, -r"' Yz
Calcule a área, os momentos e m relação a OY e OX
Y3 e as coordenadas d o centro d a área d a fig. 2.25. O rde
h = 1 .50 m .
nadas em metros; espaçamento de ordenadas,
o I " j
-
I X
;n " ld"
[ )(2 v
I "'
h h
2.08 12,09 j2.09 12.08
Fig.
Fig. 2.25. 1.87'
2.24. X
32 INTRODUÇÃ O MATEMÃTICA INTRODUÇÃ O MATEMÃ T/CA 33
4
2 4. 1 8 - 5.235 1 7.3 1 5 �
o
-1 - 4. 1 8 8.74 = - 0.306 m 1. 01 1 m
4. 1 6
2.0'8 8.36 -26. 1 0 1 7.47 1 7. 1 3 1 7. 1 3
'! .3 7' 4
2.08 2 1 4. 1 6 8.65
O.OD •[ 0.00
7.48 2 1 4.96 1 3.99 EXEMPLO 2.4.
3 0.00 0.00
34.26 S u ponhamos que as coordenadas y, abaixo indi
1 9. 1 2 69.26 cadas, representam as meias bocadu ras de uma l i n h a
- 6.98 d e á g u a de u m navio para as diversas secções. Calcule
Notas aos cálculos: a área, a abcissa do centro de área e os momentos
de i nércia transversal e longitudinal. Espaçamento entre
ordenadas, h = 6.90 m .
= (:2) X !["� )
= braços x ·1 , x 2 . etc./ h (por conveniência de cálculo)
= { � ) X (2) X (4) = (3) X (4)
131) x '\\. � )
___!!_IQyL � � ___!!!rL
= \�t•1" j'1 2 x' \l'-�tl
o
'"' ' "" =
,,, "' ,,, ,,, '" {6) f7) {8) {9)
� � � f{ârea) breço �
0.000 0.5 0.00 -5 0.00 0.00 0.00 0.5 0.00
� 0.200 2 0.40 -4.5 1 .80 8.10 0.01 2 0.02
r\ - � ;;{ ' ,. )
'
1 0.603 1.5 0.90 -4 3.62 14.47 0.22 1.5 0.33
'? 1 ,a1ea
,; .,c,...,
c�J v o,,r 2 1.491 4 5.96 -3 1 7.89 53.67 3.31 4 13.26
·l hO
0 3 2.332 2 4.66 -2 9.33 18.66 1 2.68 2 25.36
4 2.662 4 1 1 .45 -1 1 1 .45 1 1 .45 23.44 4 93.77
�
5 3.010 2 6.02 o -44.09 0.00 27.27 2 54.54
= x 34.26 = 1 7. 1 3 m2 6 3.016 4 1 2.06 1 12.06 1 2.06 27.43 4 109.73
a
v 7 2.935 2 5.87 2 1 1 .74 23.46 25.28 2 50.57
8 2.569 4 10.28 3 30.83 92.48 16.95 4 67.82
momento em re l a ção OY: 9 1 .535 1.5 2.30 4 9.20 36.82 3.61 1.5 5.41
h
9)1, 0.597 2 1.19 4.5 5.36 24.10 0.21 2 0.43
Mo v
10 0.000 0.5 0.00 5 ___Q,QQ_ ----º'º--º 0.00 0.5 0.00
1 . 50
6
6.9
= 2 x3 x 61 .10 = 281 .06 m 2
M orn e n t o e m relação a OY (meio navio):
HIDROSTÁTICA
h2
= 2 ;(� · f\Moy) 3.
6 c:2
0
-� :5.9
·�
cípios acima da seguinte forma:
= ? '' (a) b. = p V, em que p (ti m 3) = densi dade da água
'- 3 3
" -- ·.r -- - ,, L'2 ' 2� = 645 9 m4
. ;. . ' . t •
A
dens idade média da água salgada, PAS 1 .025 = cuja base é o c omprime nto do navio, e as ordenadas
11m3, é o valor que se convencio nou utilizar e m todos representam as áreas seccionais como se i n dica na
as cálculos. Assim, a expressão anterior toma a forma: fig. 3.3. Obtemos a c u rva de áreas seccionais do navio
fj,
para a linha d e água LA.
= 1 .025 v (3. 1 .) Seja Ax a fun ção que representa esta c u rva. Para
um determinado valor de x,A x dx, é o volume de u m
Jl.U íC!D�W<il1> ((ii ®
elemento d e comprimento dx, d o navio, n a abcissa x.
O integral entre x = O e x = L representará portanto o
iEl©õ'ijõ!<lil
fig.
Considere a secção de u m navio representada na volume total i m e rso quando o navio flutua a LA, isto é :
'V
3. 1 . A área desta secção até à linha de água L 1 A 1 L
Dode ser achada, seja com o auxílio do planímetro, = 1
A x d x = área abaixo da curva d e áreas
seja por i ntermédio das reg ras n u m é ricas de integração. 0 secionais entre O e L (3. 1 .)
Calado
(m)
���--+---___,
L2_;L
--r�
.
'i
'-1 "--
i
����-;-�����
--- -+- -
f---A2
--o/'
�<>.,
·� f v vvv�rrNT
0 1 2 3 4 �
Fig. 3.2.
ô 7 fl 9 (6
�
I Aj
.
"�-�+-----:Fig.
Vln l' l l
-:-·
: 3.1. Area (m�)
1------ x- ---------f+zx
O f 2 3 .f S 6' 7 e' S 10 :JC
em abcissas. Se repetirmos a operação para diversos
calados, obtemos u m a c u rva que nos dá o valor da Fig. 3.3.
área secc i onal em funcão do calado. Se tracarmos as
curvas das áreas sec c ionais para todas as secções Q u e r isto dizer q u e a curva de áreas seccionais para
d o navio, obtemos um conjunto a q u e se dá o nome uma determinada linha de flutuação, representa o volu
de C U RVAS DE BONJEAN que é habitual represent ar me imerso por unidade de comprime nto, e a área abaixo
como se i ndica na fig. 3.2. As curvas de Bonjean servem dessa curva é igual ao volume total imerso. Se aten
ção, a área da parte i m ersa de cada secção do navio.
portanto para obter, para determinad a linha de flutua tarmos n a relacão que existe entre volume i merso e
·
i mp u lsão, cons tatamos q u e a c u rva representa, m u lti
S u po n h amos agora que, para u m a linha de água LA, p licando a escala das áreas pela densidade da água
secções do navio e as represent amos n u m diagrama
3.2., retiramos os valores das áreas das diversas salgada, o valor da impu lsão por u n idade d e compri
mento. Sendo o centro d e q uerena coincidente com
38 H!DROSTÁTíCA HIDROSTÀ TICA 39
centro
' menta e coordenadas do centro de qu erena, para uma
centro de área da curva de áreas seccionais é igual
o geométrico do volume i merso, a abc issa do
determinada condição.
é: abcissa cio centro d e querena do navio (LCB) para
assa i!roha de água, ou seja (ver expressão 2.8.) :
3.2. Deslocamento U111 i tário, TPCm. Centro de
LCS =
M omento da área e m relação a OY (3 . 2.) flutuação.
Area total
Consideremos um navio a flutuar à l i n h a de água
LA, fig. 3.5. Define-se DESLOCAMENTO U N I TÁ R I O o u ,
{Li] .2. iCI\WWitl <ôl (l]$ âW<!'Jill $ dilll $ iüll1h!il$ d!e ôÍI!JjlliJ(l] mais vulgarmente, TON ELADAS P O R CENT Í M ETRO,
TPCm, o peso necessário para aumentar u n iformemente
integração, a c h a r o valor das áreas das lin has de água.
Podemos, com o auxílio das regras n u méricas de de 1 cm, o calado do navio; isto é , o peso necessário para
afundar o navio para a linha de água L 1 A 1 paralela e a
·iarmos graficamente o valor dessas áreas em função
como fizemos para as áreas seccionais, represen 1 cm de distância de LA.
d0 caJado, obternos u m a "curva de áreas das l i n has
da água"� ng. 3A·.
6�o
Calado (m)
4.0 /-------7
1 �· ci*
Fig. 3 . 5 .
�''"
.i'.Of------1
201-----..J Q uando o navio passa de LA para L 1 A 1 , desloca u m
1-----,/
volume adicional dado por:
•.o
de s ta área é igual
( 3 .4.)
deslocamento para esse calado, e a ordenada do centro Aw
TPCm = 1 .025 (tlcm)
l'\B , o u seja:
à ordenada do centro de querena, 1 00
O estipularmos que o calado au menta u niforme
•,'(�j
mente, isto é, q u e L 1 A 1 é paralela a LA, obriga
,
·
�
=
M o m . da área em rei . a 0)( (quil ha)
' (3 . 3.) a adicionar o peso num ponto tal que não introduza
Area total qualquer momento de inclinação longitudinal. Esse
Estamos neste momento habil itados a
:-ná�odos de integração numéri ca,o valor
calcular por ponto terá portanto que estar na vertical do centro
do desloca- de imp ulsão do volume A D I C I O NAL que, para a ordem
40 i-1/o,qosrÀ TI CA HIDROSTÁ TICA 41
de grandeza dos i n cre m entos de calado considerados, Façamos a demonstração desta fórmu l a :
pode ass u m i r-se coincidente com o centro de área Q uando a densidade da água varia, o deslocamento,
da l i n h a de água, o qual se designa CENTRO DE FLU que é o peso do navio, mantém-se, variando apenas
TUAÇ Ã O . Poderíamos ainda verificar que o centro de o volume imerso, isto é, designando por AS e AD á g u a
flutuação é o ponto da área da linha de água por onde salgada e água doce respectivamente:
passam os eixos de rotacão do navio, tanto transversal 11 � 1 .025 V AS
como longitudinal. A s u a abcissa em relação a meio 11 � 1 . 000 V AD
navio é representada por LCF.
Podemos dar agora uma definição mais correcta 1 .025 V AS � 1 .000 V AD
de Deslocamento U n itário:
"É o peso e m tonel adas que, adicionado ao navio
Seja v o acréscimo de volume, isto é:
v � VAD - VAS· ou VAD � VAS + v
na vertical q u e passa pelo centro de flutuação da linha
de água consi derada, a u menta o calado 1 cm".
1 . ooo v v As<1 .025 - 1 . ooo)
1 . 025 'liAS � 1 . 000 ( VAS + v)
Uma das aplicações imed iatas do conceito de Deslo �
40
A/'<D � cm (3 6.) . · . AAD cm
TPCm 40 TPCm
'!2 HIDROSTÁ TICA HIDROSTÁ TICA 43
í'i o caso mais geral em q u e o navio passa de água fin u ra, deslocamento, volume de q uerena, coordenadas
de densidade P 1 para P 2 · pode achar-se a variação d o centro de querena, deslocamento u n itário e centro
de ca!ado, x, por s i m p l e s proporção: de flutuação. Verificamos que todos eles dependem
1 .025 - 1 . 000
da forma d a parte imersa do casco, a qual, por sua vez,
-
AAD depende d i rectamente do calado a que o navio flutua.
P 1 - P2 X Assim, por exemplo, o TPCm é função da área da l i n h a
d e á g u a (expressão 3.4.) , a q u a l varia consoante o
= AAD x P 1
- P2
J( calado. Q uer isto dizer que, para cada calado, existe
0.025 um conj unto destas grandezas q u e designaremos
" -
" 8.
PAR Â METROS H I D R OSTÁTICOS, que dependem exclu
. To cm
x < ,o "! - P 2 l (3. 7.) sivamente da forma d o volume i merso.
Nota: deve ter-se em atencâo o sentido da variacão
� �
O valor de todos os parâmetros h idrostáticos d e que
calado, se a u menta, se d i m i n u i .
' do até agora falámos e outros que adiante introduziremos,
são representados graficamente no chamad o G R Á FICO
tudinal,
Veremos, q u an d o estudarmos a Estabilidade Longi D E Q U ER ENAS D I REITAS ou CURVAS H I D R OSTÁTICAS
que o caimento d o navio é também ligeira do navio, fig. 3.6.
mente afectado pelas variações de densidade. O método de trabalhar com o g ráfico é imediato:
se sou bermos o calado a que o navio flutua, traçamos
EXEMPLO 3. 1 . uma h o rizontal por esse ponto na escala do calado,
S u p o n h a q u e u m navio flutua em água salgada, e lemos, com a escala adequada, os valores dos parâ
P tl S= 1 .025 ti m 3 , com um calado d = 4.20 m a que metros que nos i nteressam. I nversamente, se souber
co'rresponde TPCm = 4. 1 5 t/cm e /':, = 1 ,300 t.
.A que calado flutu aria n u m rio em que a densidade
mos o deslocamento, entramos com esse valor n o ponto
aum ento
zontal, achamos o calado e demais parâmetros.
de calado, x = (AAD) P1 - P2 _ cm
/':,
AAD = cm EXEMPLO 3.2.
4 o TPCm
Para o navio a que se referem as c u rvas hid rostáticas
1 ,300 dadas, estando ele a flutuar a um calado de 4.00 m,
= 7.8 cm teriamos:
40 X 4. 1 5
1 .025 - 1 .0 1 0
· .
x = 7.8 x = 4.7 cm (aumento) TPCm = (3.75 x 1) = 3 . 75 tlcm
0.025
íf = ( 1 5.8
4.20 + 0.05 = 4.25 m
KB = ( 1 1 .0 x 20) 220 cm 2.20 m
novo calado, d 1 = = =
= 1 , 1 85 m 3
!Giwáfico <dle Ouerenas D i reitas /':, = ( 1 6.2
X 75)
( 5. i
X 75) 1 , 21 5 t
Até LCF
2 cm = 0.02 m AV de 1m:
agora introduzimos certo n ú mero de conceitos = x 20) 1 02 c m = 1 .02 m AR de Jm:
··9!acionados com o navio, tais como coeficientes de LCB = ( O. 1 x 20) =
45
I=1
����c=:t+
I �
+-+
i 7 ,
' CAPÍTUlO IV
1/
I' �
I
� ./ � 4. ESTABIUDADE
I -
,c�
TRANSVERSAl
'· •
I
I
<"�'h\
l
. .::,1\
""'' y 7
•
::;, ,.1'7
' 7
I '
,./
r-
/
•
,,
:- -- '\':: -.'<'
u
t>«
�
Pode definir-se ESTABILI DADE como sendo a pro
I / �
f' va"'" � {el; m" priedade que o navio tem de se manter direito o u
1 rr
1 - � 7 j�
_/
a tendência e m regressar a essa posição quando, por
.l�
estudaremos os factores que afectam esta propriedade.
� /
4.1. Metacentro
�
-'/ �
l
/ �
L _�
·F;<,_ 1 �
A / Consideremos u m navio a flutuar à l i n h a de água LA,
>< /"\, g
com o centro de querena em B e o centro de gravidade
�
e m G, fig. 4. 1 .a. S u po n h amos que qual q u er causa exte
!( �<v<� """" rior obriga o navio a inclinar-se um ângulo 0, como
s
I 'ifY se indica na fig. 4. 1 . b. Q uando o navio se i n c l i na, não h á
"'
""'
"
! � •'
o�
- "' "
variação d e volume imerso, h á s i m u m a variação n a sua
I
I
ii
�
� distribuição, o que leva o centro d e q uerena B a des
. '- � lU;;
l ocar-se para uma nova posição B 1 , centro geométrico
�
- �---
="·
�:::.-
.- �
w
de pesos a bordo. Se observarmos nesta condição as
forças presentes, constatamos que existe um m omento,
�
�
ª
formado pelo peso d o navio actuando pelo centro de
-�
� �
w
gravidade, e a impulsão actuando pelo centro de que
l
' . m;r ©
o
rena, à d istância GZ, que tende a rodar o navio para
"' a posição i n icial. Este m omento, a que se �hama
i
'
ii:
.q M O M ENTO E N D I REITANTE o u M O M ENTO ESTATICO
;!)
� D E ESTABI LIDADE, é dado por:
oa \11 \!'J!
::J
! - �"w ���
� "]
o �
por B 1
Supo ndo que o ângu lo de inclin ação é infinit
amen te acréscimo infinitesimal do ângulo de incl inação . Ao
CJeque no, ao ponto M onde a vertic al que passa lugar geométrico dos metacentros assim definidos
irrt arsec ta a i i n h a de centr o cham a-se M ETAC ENTR O. para os diversos ângulos se chama EVOLUTA M ETA
:': assim o pon!o d a linha de centr o onde se pode con CÊNTRICA.
sidera r aplica da a impu lsão. Sendo o braço GZ a característica determinante da
estabilidade do navio para um certo deslocamento,
'"i como resulta da expressão 4. 1 ., concluímos que, para
pequenas inclinações, a característica determina!lte
é a distância GM a que se chama ALTURA M ETACEN
�
Í- yu
·�
--,\c.;-·--
A
TRICA TRANSVERSAL. Para ângulos superiores a 1 5' ,
a expressão 4.2. deixa de ser válida e o estudo da esta
bilidade tem de se fazer valer de outros recursos, como
L veremos na próximo capítulo.
I �3 B,
dt
Ângulo Critico.
se manté m na mesm a posiçã o fixa. Este ângulo 0 2 , em que um navio com estabilidade negativa
"facto c o n duz-n os a que, para ângulo s até 1 5', o braço atinge o equilíbrio, chama-se ÂNGULO CRÍTICO DE
do m o m ento endire itante é dado p o r. ESTABILIDADE. N ote que NA REALIDADE o centro de
GZ G M se n e
querena não está verticalmente abaixo do metacentro
= (4 .2.) i nicial.
Deve s a l i e n tar-se que o metacentro se refere ao Para além do ângulo 0 2, o momento de estabilidade
navio direito e
é definido para u m ângulo infinitesimal, formado pelo deslocamento e a impulsão tende já
embora para efeitos práticos de cálculo se possa consi a rodar o navio no sentido de o levar à sua posição
c:erar um ponto fixo até ângulos da ordem dos 1 5'. Na de equilíbrio (0 2) , como se pode ver na fig. 4.2.c.
quar ângulo, co mo ponto de intersecção da vertical
rea l i d ade, p oder-se-la definir o metacentro, para qua Pelo que acabámos de dizer, e tendo em conta que
2 c3sse â n g u i o passando pelo centro de querena, com
para um dado deslocamento o metacentro é um ponto
fixo, só se pode cair numa situação de estabilidade
s. 'c&i"t i c 2 i passando p e l o centro de querena após um negativa, logo de ângulo crítico, se ao carregar o navio
48 ESTABILIDADE TRANSVERSAL ESTABILIDADE TRANSVERSAL 49
se deixar subir o centro de g ravidade acima do meta ângulo 0, o navio não gera qualquer momento endirei
centro. N esta situação o navio não consegue estar tante, devido à ausência de braco . GZ, estando n u ma
direito, estando sim inclinado a um ou outro bordo, situação de equilíbrio neutro, ou ESTABILIDADE N ULA.
indiferentemente, um ângulo igual ao ângulo crítico.
I
Z�G .,
M)l,; I
r
L1
L
A1 L2 1 --.___,
, k 1
1 Az
=A
"' "f)
"'
I
Fig. 4.3.
K
Ter
I
� Podemos sintetizar as consideracões acima da se-
·
K
K guinte forma:
{a) {b) (a) G M > O (G abaixo de M) - estabilidade positiva
(b) G M O (G M)
I
= - estabilidade nula
(c) GM < O (G acima de M) - estabilidade negativa.
=
4.3. Cálculo da Altura Metacêntrica, GM. a linha g1 g 2 , logo, também BB 1 , perpendicular à linha
de centro do navio; daí vem:
BB 1 v. g 1 g 2
Mj BM �
I
tane V . tane
G)
I -
1
Bl
"
I
" .../
Fig. 4.4.
413Y yrane
Temos, fig. 4.4.:
G M � KB + B M - KG ou Fig. 4.5.
Fig. 4.6.
GM � KM - KG (4.3.)
Se y for a "meia-bocadura" da linha de água em questão
4.3. 1 .
num ponto do comprimento do navio à distância x de u m
Cálculo de KM. dos extremos, e tendo em atenção que a área seccional
As ordenadas do centro de querena KB e a posição de cada uma das cunhas é dada por (Y,).y.y.tane e os
do metacentro, BM, são calculadas simultâneamente seus centros estão à distância 2.(%).y, temos (ver
com os outros parâmetros hidrostáticos, e o seu valor fig. 4.6.):
vem dado, em função do calado, no g ráfico de querenas
direitas. Analisemos no entanto a relação entre BM e a v . g1 g2
/L 1 2
y.y.tane . ( 2. 3 y ) dx
carena do navio. o 2
Quando o navio é inclinado um pequeno ângulo e,
fig. 4.5., a nova linha de água L 1 A 1 intersecta a antiga LA ou:
na linha de centro; há a transferência do volume v, com
V . g 1 g2 �
L
centro de gravidade em g 1 , da cunha emergente, para 2
J y3 dx
a cunha i mergente, com centro de gravidade em g 2 · tan e 3 o
Esta transferência de volume provoca a movimentação
do centro de quere na de B para B 1 , numa trajectória mas:
paralela a g 1 g 2, uma distância dada por (ver § 2.3.2.): L
2
j y3 dx � Ir
v. g 1 g 2 3 o
v
BB 1
em que Ir é o momento de i nércia da área da linha de
Sendo o ângulo E> muito pequeno, pode considerar-se água em relação ao eixo OX, designado por momento
52 ESTABILIDADE TRANSVERSAL
ESTABILIDADE TRANSVERSAL 53
de i nércia transversal; (ver expressão 2. 1 7 . do número EXEMPLO 4. 1 .: Calcular o KGfinal de u m navio com
2.4.; note que o número 2 resulta de a linha de água !:. leve = 1 0,000 t e KG leve = 7.00 m no qual se efectua
ser constituída por duas metades iguais) . o seguinte embarque:
Daqui se conclui que: PESO (t) ORDENADA DO C.G.(m)
mente importantes em que a altura metacêntrica do metacêntrica real do navio, isto é, houve uma subida
navio diminui. São eles suspender pesos e os espelhos do centro de gravidade uma distância:
líquidos ou superfícies livres. p.h
GG 1 = (4. 6.)
---;;:
Gj
I
I
Fig. 4.8.
Podemos observar que o peso de líquido no tanque Por esta expressão se conclui que a subida virtual
actua através deste ponto m, isto é, tudo se passa como do centro de gravidade do navio devido à presença
se esse peso estivesse aplicado em m e não em b. de um espelho líquido não depende do peso de líquido
Este facto provoca necessariamente uma subida virtual no tanque, mas sim da geometria da superfície livre.
li
do centro de g ravidade do navio dada por (ver 2.3.2) : Por exemplo, um tanque com mais largura que compri
GG 1 - /:;-
_p.bm mento tem um momento de inércia transversal mais
-
elevado do que se for sobre o comprido. Com o objectivo
de reduzir o efeito do espelho líquido, certos tanques
excessivamente largos têm anteparas interiores lon
r 1i.:--L 1·
LJ I ---...__ / A1 gitudinais.
EXEMPLO 4.2.
Um navio com 11 = 8,000 t,KG = 6.20 m e KM = 7.1 O m
embarca num tanque do duplo fundo a uma altura
Fig. 4.9. kg = 0.80 m,300 t de combustível de densidade p = 0.80
t/m 3 , enchendo parcialmente o tanque. A superfície
Por caminho idêntico ao que utilizámos para demons livre do tanque tem um momento de inércia transversal,
trar que a distância do centro de querena do navio ao ir = 200 m4 . Calcule a altura metacêntrica corrigida,
metacentro era dada por BM = lrhJ, poderíamos igual assumindo que KM se mantém constante.
mente provar que:
bm = .!L RESOLUÇÃO:
KG (m) M K (t.m.)
v
LI (I)
em que ir é o momento de inércia transversal da área
da superfície livre do tanque (em relação ao eixo longi 8,000 6.20 49,600
tudinal passando pelo centro de área) e v é o volume 300 0.80 240
de liquido no tanque. Assim a expressão para a subida 8,300 49,840
virtual do centro de g ravidade toma a forma:
p.ir 49,840
GG1 = KG = = 6 · 00 m
v.n 8,300
mas p/v é igual à densidade do líquido (p) correcção para o espelho líquido:
. . GG 1 = /:;
p .ir GG 1 = L.!J:
/:;
. (4.7.)
-
4.5. Movimentação transversal de pesos a bordo 1 5° , e m que M está também nessa vertical, teremos
Vimos em 2.3.2. que qualquer movimentação de que o ângulo de adorno é dado por:
pesos a bordo provoca uma movimentação correspon TCG
El � are tan (4.8.)
dente do centro de gravidade, movimentação essa que GM
altera as condições de equilíbrio do navio. Considere Vemos assim que para se calcular o ângulo de adorno,
mos um navio a flutuar direito com um peso p a bordo, seja por movimentação transversal seja por embarque
como se indica na fig. 4. 1 O.a. Desloque-se o peso no de um peso assimetricamente no navio, temos de cal
sentido transversal uma distância d. Esta movimentação cular a coordenada transversal do novo centro de gra
imprime ao navio um momento inclinante dado por p.d, vidade, e a altura metacêntrica G M .
o qual corresponde a deslocar o centro de gravidade
do navio de G para G 1 uma distância TCG, tal que:
l!. . TCG � p.d
EXEMPLO 4.3.
Um navio com l!. � 6,000 t,KG � 6.70 m e KM � 7.30 m
flutua d i reito. Movimenta-se transversalmente um peso
I
d
__, .- d
I
p de 60 t uma distância de 1 2.0 m. Calcular o ângulo
.---.,
de adorno.
:T9G
·t�
G
RESOLUÇÃO:
T��
G
El
0. 1 2
tan � � El 1 1 .3°
0.60
EXEMPLO 4.4.
Um navio com l!. � 9,000 t,KG � 6.oo m e KM � 7.00 m
Fig. 4. 1 0. ·
(c) flutua d ireito. Embarca-se um peso de 750 t a uma
altura da quilha, kg � 8.50 m e à distância de 2.00 m da
Este momento (fig . 4. 1 O.b) inclina o navio até que linha de centro para bombordo. Calcule a altura meta
o centro de querena retome a posição de equilíbrio, cêntrica e o ângulo de adorno, assumindo que KM se
verticalmente abaixo de G, fig. 4. 1 0. c. Para ângulos até mantém praticamente constate.
60 ESTABILIDADE TRANSVERSAL ESTABILIDADE TRANSVERSAL 61
I
-+
G M = 7.00 - 6.20 = 0.80 m
�"
\ p
. M'
• p
(b) cálculo da coordenada transversal do C.G.:
li (t) TCG (m) Moz (t.m)
I
9,000
75 0
0.00
2.00 88
0.0
1 , 500.0
Gl ·
a
9,750 1 ,500.0
•
�- �ala ��o· ·.::o
1 ,500
TCG = 0.1 54 m 88
Fig. 4. 1 1 .
9,750
ângulo do adorno, 0 :
A prova de estabilidade consiste basicamente em
0
0. 1 54
tan = TCG 0. 1 92
transportar u m peso conhecido de um bordo a outro
do navio uma distância determinada, medir os ângulos
GM 0.80
de inclinação provocados e, a partir daí, determ inar
0 = 1 0.9° 88 o valor da altura metacêntrica. O método é como
se segue:
1 . O navio é equilibrado direito com pesos (p) conhe
4.6. Prova de Estabilidade cidos a cada bordo, a uma distância medida, d , fig. 4. 1 1 .
Na fase de projecto de um navio, além do cálculo dos 2. Transporta-se um peso p a distância d , o que
vidade uma distância GG 1 = p.d/ LI., em que LI. é o deslo
parâmetros hidrostáticos inerentes à querena, faz-se provoca a movimentação paralela d<!, centro de gra
também uma estimativa da posição do centro de gra
vidade do "navio leve". O método utilizado consiste camento do navio na "condição da prova", determinado
basicamente em considerar o navio como um sistema a partir dos calados, com o auxílio do G ráfico de
de pesos constituído por chaparia, tanques, máquinas, Querenas D i reitas.
deflecção 8, devida à inclinação provocada.
aprestos, revestimentos, mobiliário, etc., e determinar 3. N u m pêndulo longo de comprimento I, lê-se a
pelo método já nosso conhecido (§ 2.3.), calculando
62 ESTABILIDADE TRANSVERSAL
ESTABILIDADE TRANSVERSAL 63
GM I
� = -
O que se descreveu ilustra os princípios que regem
GG 1 a a determinação experimental da ordenada do centro
I de gravidade do "navio leve". Na prática, com o objectivo
a
GM = GG 1� de tornar os resultados o mais rigorosos possível,
p.d .- 1
tomam-se certas precauções importantes: faz-se um
GM a inventário rigoroso de todos os pesos a bordo, com
=
mas -= tan 0
o objectivo de saber quais os pesos que se devem em
11 a I
barcar e desembarcar para obter o navio leve; reduz-se
p.d ao mínimo necessário o pessoal a bordo na altura
GM (4.9 )
11 . tan 0 da prova, e procura-se que ocupe a região da mediania
do navio quando das leituras no pêndulo; utilizam-se
4. A partir deste valor de G M , determinado experi dois ou três pêndulos em pontos diferentes que se
mentalmente, com o valor de KM correspondente ao lêem simultâneamente; os pêndulos estão mergulhados
calado da prova, calcula-se o valor de KG KM - G M . =
em óleo para lhes amortecer as oscilações; repete-se
Este é o valor de KG na "condição da prova", que ideal a prova duas ou três vezes a cada bordo; efectua-se
mente deveria ser a "condição leve". No entanto, esta a prova em condições calmas de tempo (em doca, num
condição é uma condição teórica, sendo para efei dia sem vento) ; medem-se rigorosamente os calados
tos práticos inatingível, pelo que se torna necessário a vante e a ré e determina-se a densidade da água;
fazer um cálculo em que se "desembarcam" os pesos evitam-se os espelhos líquidos esvaziando ou enchendo
que não fazem parte do deslocamento leve, como sejam, completamente os tanques. Estes alguns dos aspectos
o pessoal dentro do navio durante a prova, equipa importantes a ter em conta para realizar uma prova
mentos de medida, os pesos da prova e outros, e, de estabilidade.
inversamente, se "embarcam" os pesos que, fazendo Um método experimental de calcular aproximada
parte do deslocamento leve, não estavam a bordo na mente a altura metacêntrica do navio, em qualquer
altura da prova. Esquematizando o cálculo, teríamos: condicão, utiliza a relacão entre o Período N atural
ll (!)
de BaÍanço do navio e o G M :
KG (m) � (t.m) K
Condição da prova Período =
( 4. 1 0)
11 p KG p M Kp .; G M
Pesos a desembarcar p1 kg 1 m k1
kg z
Na altura da Prova de Estabilidade, mede-se o período
Pz m k2 natural de balanço do navio e resolve-se a equação
(4.1 0.) para K. Uma vez determinado o valor de K,
Pesos a embarcar o valor de GM em qualquer condição pode ser calculado
P1Q kg 1 0 m k1 0 medindo o período de um ciclo completo de balanço
p1 1 kg 1 1 m k1 1 e aplicando a fórmula 4.1 O. Existem' várias maneiras
de induzir balanço ao navio na condição da prova;
-
a mais insólita é, sem dúvida, ter um grupo de homens
M Kieve l1 1 eve M K ieve a correr de u m bordo ao outro em sincronismo com
KG I eve =
o período natural de balanço, até que o navio "balance"
11 leve mesmo!
64 ESTABILIDADE TRANSVERSAL ESTABILIDADE TRANSVERSAL 65
Uma relação aproximada para a expressão 4.1 O. correccão para o espelho líquido:
é a seguinte: P ir
{j
GG 1 =
0.243 B
Período segundos em que B = boca (m)
.fGM =
0.82 x 220
= 0. 1 45 m
1 ,24 1
EXEMPLO 4.5.
KG corr. = 3.069 + 0. 1 45 = 3.2 1 4 m
{
Considere o navio a que se refere o gráfico de
querenas direitas a flutuar a um calado médio de 2.50 m Do gráfico de querenas direitas para
com KG = 3.20 m. Efectuam-se as seguintes operações
de carga: ó = 1 ,241 t � d = 4.1 O m
Peso (!) kg (m)
KB = 2.24 m
EMBARQUE: BM 1 .66 m =
{
Resolução:
Do gráfico de querenas direitas para 12.011>
.r-·- �
d 2.50 m
=
KB = 1 .37 m
�
B M = 2.45 m
{j = 67 1 t
i rtT
'
- '!�
� KG (m) MK (t.m) l i 1- , __ l ll
!
67 1 3.20 2,1 47.2 I """
8.5 1• 1-,--+---,--,
600 2.80 1 ,680.0
Fig. 4. 1 2.
70 0.80 56 .0
- 1 00
��
0.75 - 75.0
1 ,241 3,808.2
3,808.2 (a) Calcule o ângulo máximo de adorno do navio d u rante
KG = 1 , 24 1
3.069 m a manobra.
66 ESTABILIDADE TRANSVERSAL ESTABILIDADE TRANSVERSAL 67
(b) Considere os dois pesos já a bordo na pos1çao (b) para ter o navio direito, isto é, para 0 = O, é neces
kg = 9.00 m e tcg = 6.00 m. Calcule o peso de água que sario que o braço TCG se anule:
Moz (l.m)
teria de ser embarcado no tanque lateral do duplo fundo 11 (I) TCG (m)
11 (I) KG (m)
= 1 O, 1 09 64, 3 1 4.5
cálculo de TCG:
11 (I) TCG (m) Mozu ml KG =
64' 3 1 4 · 5
= 6.362 m
1 O, 1 09
9,900 o
0.00 G M = KM - KG
50 6.00 300
= 7.30 - 6.362 = 0.938 m
---=5-=0 1 2.00 600
1 0,000 900
900
TCG = 0.09 m
=
1 0,000
ângulo de adorno 0 :
TCG 0.09
tan 0 = (3M 0. 1 07 � 0 = 6. 1 '
0_844
69
5. ESTABILIDADE
TRANSVERSAL
A GRANDES ÂNGULOS
as� -....
I.DO
:_;;;.;;-- 1
Fig. 5.2.
Fig. 5. 1.
/ 0.60'
o-io1
lv 1 60
0.2•
<o 21J 3a ;o 5a
-
Esta transfe rência provoca a movime ntação d o centro
de querena de B para B 1 , n u m a trajectória paralela 1 rad 57,3°
a g e g i (ver 2.3.2.) . Seja h e h i a compon ente segundo 1 . GAMA D E ESTABI LIDADE, o domínio d e ângulos
a horizontal desta transferência de volume. A com em q u e a estabilidade é positiva, na (fig. 5.2., de
ponente horizontal B R da movime ntação correspon O a 87.5°) ;
pondente do cen tro de querena vem: 2. Â N G U L O D E PERDA D E ESTABI LIDADE, o â n g u l o
a partir d o q u a l o navio deixa de ter estabilidade e se vira
'V
heh i
B R = '!._· irremediavelmente, (na fig. 5.2. 87.5°) ;
3. BRACO D E ESTAB I LI DA D E M ÁX I M O , correspon
O braço de estabilidade é dado por: dente ao m áximo da curva de estabilidade, (fig. 5.2.,
GZ = BR - BG.senE> GZ max = 0.80 m correspondente a aprox. 52°) ;
4. ALTURA M ETAC ÊNTRICA. O diagrama de estabi
donde: lidade na origem ( e = O) é tangente á l i n h a que se
v . h e h·1 obtém u n i n d o a origem com o extremo da vertical
GZ (m)
I
�
o
li I�
o,
u:
&7..':1.
40 ,. 110 eo
GM
Fig. 5.3.
o
I
o
�
5.3. Gráfico de Querenas Inclinadas. ..
<(
I
c
Também chamado C URVAS CRUZADAS D E ESTAB I <(
LIDADE, o G R Á FICO D E Q U ERENAS I N CL I NADAS é ·Z
_,
constituído por u m a série de curvas que representam, I (J
z
para cada â n g u l o de incl inação, o valor do braço de
estabilidade G AZA (ou KN) em função do Desloca
I
..
<(
mento, fig. 5.4. O braço de estabili dade G AZA é u m
I o z
I� \t I - +=t
"'
1
braço fictício q u e assu m e q u e o centro de gravidade d o o
"' a:
III
navio está n u m ponto fixo G A , o que, evidentemente, :I
I
é um pressuposto errado, visto que, como sabemos, d
a posição do centro de gravidade do navio varia con "'
em que G G A = KG - KG A , sendo G A a posição arbi Estamos assim habi litados a achar, para u m a deter
trariamente ass u m ida do centro de gravidade para o minada condição de carga d o navio, o valor dos braços
gráfico de q uerenas inclinadas, e G a verdadeira posição de estabili dade para cada ãngulo de inclinação, o u
do centro de g ravidade do navio na cond ição de carga seja, a determinar o s pontos da curva do diagrama
r--_
/
consid erada. de estabil i d ade d o navio para essa cond ição.
EXEMPLO 5. 1 .
O navio a que se refere o gráfico de q uerenas i n c l i
/1
nadas d a d o está n u m a condição de carga tal que:
A1
= 1 ,500 t e KG = 3.80 m ; traçar o diagrama d e estabi
lidade para esta condição.
RESOLUÇÃO: Para este deslocamento retiramos do
G ráfico de Querenas I n clinadas o valor dos braços KN
e aplicamos a correcção d a expressão 5.4.:
GZ KN -
=
�{
a somar:
retiramos do gráfico de querenas direitas deste navio,
GZ = G AZ A + G G A -sen0 (5.3.) o valor de K M para este deslocamento:
Daqui se conclui que sendo G A um ponto arbitraria 11 = 1 ,500 t KB = 2.64 m
mente assumido, nada impede que, para representar B M = 1 .47 m
as curvas cruzadas de estabilidade, se consi dere o KM = 4. 1 1 m
centro d e gravidade assu m i d o na q u ilha, isto é em K, ·''
v
O.
= v. g g 1
90 8' A1
Fig. 5. 6.
G Z
5.4.
Fig. 5. 7.
Fórmula aproximada para o Braco
de Estabilidade. ./
�·
Foi dito em 5. 1 . que quando se inclina u m navio u m
certo ângulo de L A para L 1 A 1 , fig. 5.7., h á u m a transfe
rência d e volume i merso v, de L 1 O L para A 1 OA, estando
o ponto O l i g eiramente desviado da l i n h a de centro,
devido à forma d o navio. No caso de uma forma parale l ,Yt«rG
l i p ipédica, o ponto O estaria, de facto, na l i n h a de centro. 3
Fig. 5.8.
A fórm u l a aproximada para o braço de estab il i dade que Fig. 5.9.
introduziremos neste n ú mero considera que o navio
se comporta como um paraleli pípedo, isto é, que as d uas
l i n has de água LA e L 1 A 1 se intersectam na l i n h a de Se considerarmos estes deslocamentos segundo as
centro. Esta aproximação é aceitável, n a prática, para suas componentes horizontal e vertical temos:
â n g u los que não excedam o ângulo de imersão da l i n h a Compo nente de 8 8 1 segundo a horizô ntal, (fig. 5.8.):
d o convés na água. m omento d o volume transfe rido segund o a horizon zal
A o inclinar o navio de LA para L 1 A 1 , fig. 5. 7., o centro a= volum e total
de qu erena desloca-se de 8 para 8 1 n u ma trajectória
paralela à transferência do volume v da cunha LOL 1 = -
v hvh 1
-
.
- v.(gh + h 1 g 1 )
'i/
v.2gh
'i/ 1�
_
mas = BM (§ 4.3 . 1 . ) , l o g o :
o 3 o 2
o Ir
M vert. = tan 2 0 . 2
área d a l i n h a d e á g u a em relação ao eixo longitudinal,
(§ 2.4.).
A componente vertical, b, d a movimentação d o centro
. · .
M hor iz. = tan 0 . I r de queren� de B para B 1 , virá:
80 ESTAB ILIDA DE A GRANDES Â NGUL OS
ESTABILIDADE A GRANDES Â NGULOS 81
M vert. tan 2e . Ir
b = 5.5. Ângulo Crítico de Estabilidade.
v 2 . V
Uma das aplicações i!:Jlediatas d a. expressão 5.5.
mas Ir i v = B M (§ 4.3. 1 .} , lo g o :
é determ i n a r o valor do A N G U LO CRI TI CO DE ESTA
B I LID A D E d e u m navio n u m a condição de estab i l idade
negativa. Por definição, â n g u l o crítico é o â n g u l o de
e q u i l íbrio de um navio com estabilidade negativa, ou
tan 2 e . BM (li) seja, o â n g u l o a q ue corresponde u m braço de estabi
b = ='---'--
-= �
2 lidade n u l o ; na fig. 5.3., o ponto onde a c u rva intersecta
o eixo horizontal. Para GZ = O , temos:
Tendo as componentes a e b da movim entação d o
1
centro de querena, podemos, com o a ux í lio da trigono G Z = ( G M + 2 B M tan 2e ) sene = O
metria, achar o valor do braço de estabilidade, GZ,
(fig. 5.8.): Esta equação tem d u as s ol uções:
BR = a cose + b sene, sen e = O � e = O , que corresponde ao navio
ou tendo em atenção o s resultados I e 1 1 : d i reito, solução que não nos i nteressa, visto que um
navio com estabilidade negativa não pode, na prática,
2 estar d i reito. A outra s ol ução corresponde a:
S R = S M tane cose + tan e B M . sene
2
( G M + - B M tan 2 e ) = O
1
2
1
= B M sene + - B M tan 2e sene
2
tane = /;C2GM
BM-- (5.6.)
GZ = S R - S G sene N ote-se q u e o sinal negativo dentro do radical desa
parece visto que GM < o .
= S M sene + -
1
2
SM tan 2e sene - SG sene
5.6. Efeito da Boca e Bordo Livre na Estabilidade.
[ (BM - S G ) + + S M tan 2 e ] . sene Critérios de Estabilidade.
Para i l ustrar o efeito da boca e bordo livre na estabi
( GM + +s M tan 2 e )
lidade, consideremos o navio A (a cheio na fig. 5 . 1 O.a.)
GZ = . sene (5.5.) n u m a condição d e carga a que corresponde o di agrama
d e estabi l idade representado (a cheio n a f i g . 5.1 O.b.).
C h egámos a u m a expressão que nos dá o valor e iA é o â n g u l o de imersão da l i n h a do convés na á g u a.
aproximado do braço de estabilid a d e em função d o I m ag i nemos agora u m navio S ( a tracejado), semelhante
ân gu l o de i n c l i n ação. P o d e m o s observar q u e para ao anterior mas com maior boca. Ao inclinar este navio,
â n g ul o s pequenos o termo em tan 2 e torna-se m uito as "transferências" de volume da cunha emergente
pequeno, e a expressão 5.5. toma a forma já nossa para a c u n h a i m e rgente são m a i o res, o q u e tem
conhecida: GZ = G M sene . como resultado provocar u m a movimentação maior
82 ESTABILIDADE A GRANnFS ÂNGULOS
ESTABILIDADE A GRANDES ÂNGULOS 83
do centro de q uerena e, consequ entemente, um au ESTABI LIDADE que, de uma forma o u de outra, esti
mento do braço de estabili dade GZ. Este facto vem pulam os valores mínimos admissíveis para o s braços
ilustrado no respectivo diagrama de estabilidade por de estabili dade aos diversos â n g u l os de inclinacão,
uma curva de maior decl ive inicial, um braco '
" máximo assi m como valores m ínimos para a altura metacênt rica
O â n g u l o de i m ersão da l i n h a do convés na água e iB
su perior e u m a gama de estabilidade mai s extensa. e a gama de estabilidade. Deve notar-se, no entanto,
que o que efectivamente quantifica a estabilidade
ocorre mais cedo. I maginemos agora um navio seme estática d o navio é o momento d e estabilidade (LI.GZ)
l h ante ao i n icial, com bordo livre su perior (C). Consta e não apenas o braço GZ. É frequente, por exemplo,
tamos q u e até ao â n g u l o de imersão da linha do convés u m navio na "cond ição leve" ter u m diagrama de estabi
d o navio A na água, as curvas de estabilidade dos dois lidade apresentando valores de GZ mais elevados
navios são coincidentes, continuando no entanto a do que na condição carregado, não corres pondendo
curva d o navio C , a partir desse ângulo, a crescer, devido necessariamente esse facto a que o navio tenha mais
ao facto d e as transferências de volume e m questão estabilidade leve d o que carregado. Presentemente,
passsarem a ser maiores, tendo como consequência e apesar das suas l i m itações, o critério mínimo de
um braço máximo su perior, ass i m como uma maior estabilidade utilizado pela I M C O (l nter-Maritime Consul
gama de estabilidade. tative O rgan ization) é o seg u i nte:
i
' - -.J<: .
(a) A altura metacêntrica GM não pode ser inferior
r---------�----
a 0. 1 5 m (0.35 m para barcos de pesca);
· _//�
'' ' '
I (b) O braço GZ máximo entre 25' e 35' d e inclinação,
não pode ser inferior a 0.20 m . ;
-=
: / � iI --
o.
� � _ ,. .. o,, :I
� I GZ (c) A área abaixo d o diagrama de estabilidade até
I
I
'
' I
A IB
::: ....- _ _ _ _
ao ângulo de 30' é no mínimo igual a 0.055 m . rad.;
a---
'
_
I
;
(d) A área abaixo d o diagrama de estabilidade até ao
,;;�
'i
,
/
\ ângulo de 40' é no mínimo igual a 0.09 m.rad. (*) ;
'
I
'
'"' 0'
Para se determinarem as áreas referidas e m (c) e (d)
'"'
podem utilizar-se as regras d e S i m pson (§ 2.5.) .
Fig. 5.10.
EXEMPLO 5.2.
Os casos que acabámos de ver são, evidentemente, C o nsidere um navio no qual se efectuou um carre
fictícios, pois na prática qualquer alteração nas dimen gamento após o qual o navio ficou na segui nte cond ição:
sões do navio altera também a ordenada do centro de LI = 1 0,000 t; KG = 6. 1 9 m . Para este deslocamento,
gravidade o que, por sua vez, influencia o braço de o gráfico d e querenas direitas d á os seguintes valores:
estabilidade. No entanto, estes exemplos i l ustram bem KB = 3.40 m ; BM = 2.68 m . Calcule o â n g u l o crítico de
estabilidade se o houver. .,
a influência d a boca e bordo l ivre na estabilidade,
e permitem compreender a i m portância destes factores RESOLUÇ Ã O :
na seg u rança do navio.
Aquilo a que se chamaria "estabilidade adequada" Altura m etacêntrica:
para um determ inado navio é extremamente difícil GM = KM - KG = 3.40 + 2.68 - 6. 1 9 = - 0. 1 1 m
de estabelecer. Existem os chamados CRIT É RIOS D E
da IMCO, nomeadamente para carga a granel e para navios
(') Nota: Este é o critério básico. Existem outras recomendações
a q u e é fundamental obedecer.
84 ESTABILIDADE A GRANDES Â NGULOS
ESTABILIDADE A GRANDES Â NGULOS 85
Z (m)
 n g u l o crítico
tan 0 /- 2 GM
Y- B M
= =
/ 2 x 0.1 1
2.68
= 0.287 m
.·. e = 1 60
Fig. 5. 1 2. eo
5.7. Movimentação transversal de um peso.
Carga a granel. O braço de estabi lidade é pois reduzido· para u m dos
bordos do navio, sendo obviamente aumentado para
Já vimos em 4.5. que quando se desloca transversal o bordo o posto. Se representarmos no diagrama de
mente u m peso p uma distância d a bordo de um navio, estabilidade, fig. 5. 1 2., o valor da componente G G 1 cose
o seu centro d e gravidade desloca-se paralelamente d o braço do m omento i n c l i nante impri m i d o pela movi
uma distância dada por: mentação do peso, obtemos os pontos B e C de inter
secção das duas curvas. O J)onto B corresponde ao
/:;
p . d
GG 1 -
- - ângulo de equilíbrio d o navio, e m que o braço do
momento i n c l inante é igual ao braço d o m o mento
de estabil i dade. O p o nto C corresponde ao ângulo a
partir do qual os braços do momento incli nante são supe
riores aos d o end ireitante, isto é, ao ângulo d e perda
de estab i l idade. A gama de estabi l idade, assim como
o braço máximo, são drasticamente reduzidos. D aqui
se conclui d a importância de evitar a movimentação
transversal de pesos a bord o , assim como a presença
jG1 1z
·J-D.,
d e carga assimetricamente colocada.
Uma apli cação m uito i mportante deste estu d o rela
/ Ki��fJhde
ciona-se com o transporte d e carga a granel. Os porões
do ••�<
d o navio são vulgarmente cheios até acima, no entanto,
arr1� após certo tempo d e viagem, devido ao acamar da carga,
Fig. 5. 1 1 . ''"'
acaba por se formar u m a s uperfície livre. Todas as
cargas de grão, m i n ério, etc., têm um certo â n g u l o
máximo de repouso, t a l que, s e o n a v i o se i n c l i n a mais
Este facto, por sua vez, provoca u m a redução n o braço d o que esse ângulo, a carga pode correr a �m bordo e lá
de estabilidade GZ, dada por G G 1 cose , como se pode permanecer. É um caso típico de movimentação de u m
ver pela fig. 5 . 1 1 . Q u e r dizer, o verdadeiro braço de peso a bordo, q u e t e m como consequência o navio
estabilidade após o peso se ter deslocado vem: tomar um â n g u l o constante d e adorno e , ao mesmo
tempo, reduzir su bstancialmente a gama d e estabil idade
p.d
G Z corr. = GZ -
T
. cose (5. 7.) e o braço máximo. M u itos navios se perderam devido
a este fenómeno, e é por esta razão que hoje em dia
86 ESTABILIDADE A GRANDES Â NGULOS
ESTABILIDADE A GRANDES Â NGULOS 87
se tomam todas as precauções para evitar que se o trabalho necessário para incl i n ar o navio até esse ân
formem su perfícies livres de carga a granel. gulo. Consideremos o gráfico da fig. 5. 1 4., represen
Estudemos um pouco mais detalhadamente este tando, para uma dada cond ição de carga, o M O M ENTO
caso. S u ponhamos q u e a carga correu a um bordo D E ESTAB I LIDADE (11 . GZ) em função d o ângulo de incli
e tomou a posição indicada na fig. 5. 1 3. ; o peso p nação. Ao inclinar o navio do ângulo El para o ângulo
da cunha N O N 1 deslocou-se para COC 1 . A movimen El + dEl , o trabalho realizado é igual ao produto do mo
de G para G 1 · segundo as compon entes transversal
tação correspondente d o centro de gravidade d o navio mento pelo deslocamento angular produzido, ou seja,
11 . GZ . dEl , que por sua vez é n u mericamente igual à área
e vertical, vem: sombreada de El a El + dEl. O trabalho necessário para
p . b p . h inclinar o navio de El = O para um determinado ângulo El 1 .
Y -
_ z _
11 •
-- - --
isto é, a estabilidade dinâmica do navio para esse ângulo
11 vem:
. El j
ED = j 11 . GZ . dEl
o
� t 14 1 �
El j
= 11 / GZ . dEl (5.9.)
�z
o
= 11 . (área abaixo d o diagrama d e estabilidade
·
até El j )
11 GZ (t.m)
I
Fig. 5. 1 3.
O braco
' de estabilidade corrigido para este desloca
mento de carga virá então:
eo
G 1 Z 1 = G Z - Y . cose - Z . senEl (5.8.) �de
Fig. 5. 1 4.
5.8. Estabilidade Dinâmica.
Daqui resulta que, para acharmos a estabilidade
Até agora temos consi derado a estabilidade d o navio dinâmica do navio até u m certo ângulo; temos apenas
um problema estático d e equi líbrio de forças e momen d e calcular a área abaixo do diagrama de estab i l idade
tos, embora, na realidade, seja u m problema d i nâmico. até esse â n g u l o (em m.rad}, e m u ltiplicar esse valor
Q u ando se i n cl i n a u m navio da sua posição d i reito pelo deslocamento.
para um determ inado ãngulo, realiza-se TRABALHO A estabi l idade dinâmica d o navio a um determ inado
contra os m o mentos endireitantes gerados. Define-se ângulo representa assim, a energ i a potencial que o
ESTABILIDADE D I NÂMICA d o navio a um certo ânguloEl 1 ,
navio possuí a esse ângulo, se considerarmos o navio
88 ESTABILIDADE A GRANDES Â NGULOS ESTABILIDADE A GRANDES Â NGULOS 89
o
d a gama de estabilidade, representará a e nerg ia poten
cial máxima que o navio possui; quer isto dizer que, 0.00 1 0.00
se apl icarmos uma força que i m prima ao navio mais 10 0.07 4 0.28
energ i a do que esta en ergia potencial máxima, o navio 20 0. 1 5 2 0.30
vira-se. 4 0.80
30 0.20
EXEMPLO 5.3. 40 0. 1 8 1 0. 1 8
Consid ere o navio a que se referem os gráficos 1 . 56
o
(GM m i n = 0. 1 5 m)
0.00 1 0.00 (b) GZ max = 0.20 m e ocorre a 0 33° (fig. 5.6.);
=
0.86
11
sobre a estabilidade do navio, p roblema que se p õ e
ED a 30° = . (área abaixo de GZ) m uito particularmente para os barcos à vela e , hoje
em dia, para os navios de contentores e outros com
= 1 ,500 x 0.056 = 84.4 t.m.rad
grande área lateral exposta.
(b) Á rea abaixo do diagrama de estabilidade até 40 ° Q uando o vento sopra sobre um navio, como se i n d ica
( 1 .' regra de Simpson): na fig. 5. 1 5. , a força gerada sobre a área exposta
90 ESTABILIDADE A GRANDES Â NGUL OS
ESTABILIDADE A GRANDES Â NGULOS 91
é equilib rada pela força h idrodinâmica produzida devido Representemos o valor deste m o mento inclinante
ao moviment o lateral i m primido ao navio. Pode consi devido ao vento, no gráfico do m o mento de estabilidade,
derar-se que a resultante das forcas do vento actua fig. 5 . 1 6.:
no cen tro da área lateral expost a, acima da linha 'E
de á g u a, enq uanto q u e a resistência hidrodinâmica "
se pode consid erar, e m primeira aproximação, como
actuando a meio calado. Se estas duas forças estiverem
à distân cia h , e a área exposta for A, quando o navio
i n c l i n a u m â n g u l o e , a área projectada sobre o plano
perppendicular ao vento (vertical), varia aproximada
mente para A.cose , en qu anto o braço h , para h . cose ;
(isto só seria rigorosamente verdadeiro se a área ex eo
posta fosse plana). A força do vento é também propor
cional ao quadrado d a velocidade, e assim pode expri
m i r-se esta força da segu inte forma:
Fig. 5. 1 6.
P = k . A . v2 cose .
e m que k é u m a constante e m pírica, A a área exposta Por este g ráfico concl uímos que e m A o navio estaria
acima da l i n h a de água e V a velocidade do vento. em equilíbrio estático, u m a vez que os m omentos
i n c l i nante (vento) e endireitante (estabilidade) são
I I
iguais. Em B seria o ângulo de perda de estabilidade
e a gama d e estabilidade estaria red uzida a o domínio
I
de ângulos de A a B.
Forca do
I
J Supon hamos agora que o momento devido ao vento
era aplicado instantaneamente, até ao ângulo corres
I I
vento
pondente a o ponto A; a energia assim apl icada ao navio
I seria representada pela área DACO, en quanto que
a energia absorvida pelo navio até esse â n g u l o seria
I h
apenas a representada pela área OAC, inferior portanto
I à energia aplicada. Este excesso d e energia, represen
tado pela área DAO, vai inclinar o navio até um ponto H ,
d I Resistência tal q u e a s áreas D F H O e O E H sejam i g uais, ou seja,
hidrodinâmica
I Lateral até ao ponto em que as energias aplicada e absorvida
( \,_
d/2
I
Fig. 5. 1 5. sejam iguais. Se o ponto H ocorresse porventura a u m
_/ ângulo superior a B , o navio virar-se-ia. Após o i m pulso
ini cial, se o vento mantivesse a velo c idaêie constante,
O m o mento criado pelo binári o F orça d o Vento - o navio regressaria log icamente à posição A, de equi
- Resistência H idrodinâmica Lateral virá então: líbrio estático.
M = k A v2 . cose . (h . cose) EXEMPLO 5.4.
= k
. .
eo
de q uerenas dados n u m a condição de carga tal que KN (m) KG.sene (m) GZ (m)
!J. = 657 t e KG 3.26 m . Efectua-se o seguinte
=
(b) Trace o d iagrama d e estabilidade e calcule a estabi 3.70 3.40 X 1 . 000 = 3.40 0.30
90
lidade dinâmi ca a 30' e 40'. Verifique se a estabilidade
d o navio cu mpre com os requisitos do critério I M C O .
(m)
(c) S u p o n h a que se transferem h o rizontalmente de u m GZ
tanque central para u m tanque lateral, à distância
de 2.50 m d o plano de mediania, 40 t de combustível. Q;>O
Calcule o â n g u l o de adorno provocado. Trace, no dia
grama de estabilidade, o braço do m o mento incl i nante 0,60
�{
3 , 1 1 7. 8 Esta bilid ade D i n âm i ca:
KG 3.40 m Reg ra d e
917 Á rea aba ixo d a curv a de GZ até 30' ( 1 ."
para !J.
Simp son):
= 917 t d = 3.1 7 m
e GZ M.S. !(área)
KB =1 . 74 m --
0. 1 09
,1 o
0.00 1 0.00 = 0.208 0 = 1 5.6°
= �
0.09 4 0.36 0.39
20 0.2 1 2 0.42 O facto de o centro de gravidade do navio se ter
30 0.37 4 1 .48 deslocado para G 1 , uma distân cia TCG , exige uma
40 0.52 1 correcção ao braço d e estabili dade dada por, (5. 7.):
0.52
--
incli
.
Area =
h . n Pode ríamo s agora achar, para cada ângu lo de
3 . f(area) . h = 10 x
1 80
= 0.1 75 rad. naçã o, o valor deste braço de estab ilidad e corrig ido
diagr ama de estab ilidad e d e ma
e const ruir u m novo
0. 1 75 neira seme lhant e à utiliza da n a alíne a (b) ; altern ativa
-- x 2.78 = 0.1 62 m.rad ente dia
3 ment e, pode mos apen as sobre pôr no já exist
.cos0 ,
gram a da fig. 5. 1 7. o valor desta corre cção TCG
ED = 11 x (área abaixo d e GZ até 40')
Estabilidade dinâm ica, base do diagr ama,
e cons idera r esta l i n h a como a nova
em vez do eixo dos 0.
= 9 1 7 x 0. 1 62 1 48.3 t.m.rad
=
eo TCG.cose
o
Os valores achados para a altura metacêntrica,
o braço máximo e as áreas abaixo do diagrama de
0. 1 09 X 1 .000 = 0. 1 09
estabil idade até 30' e 40' c u mprem com os mínimos 15 0. 1 09 X 0.966 0. 1 05
=
6. ESTABIL IDAD E
LON GITU DINA L
6.1 . Caimento.
Os princípios que regem o estudo da estabilidade
longitudinal do navio são os mesmos que foram utili
zados para a estab i lidade transversal, sendo n o entanto
o estudo desta facilitado, visto os ângulos de incli n ação
longitud i n al serem relativamente pequenos. Também
por esta razão, e m estabilidade longitudinal, para quan
tificar as inclinações, considera-se, não o ãngulo d e
incli nação, m a s sim a diferença d e calados a vante e a ré,
diferença essa a que se dá o nome de C A I M E NTO, t,
e se exprime habitualmente em c m :
�du
foc=:;
_ ( ��
I
;I
*
'A
Fig. 6. 1 .
Quando t < O diz-se que o navio tem caimento por ré pendente ao navio com caimento nulo, B o centro de
ou está derrabado; querena e G o centro de gravidade. O navio nesta
Q uando t > O diz-se que o navio tem caimento por vante situação não pode obviamente estar em equilíbrio, uma
ou está abicado. vez que existe um momento de caimento associado,
6.2. Coo rde nad as lon gitu din ais do
resultante do binário formado pelo peso e a impulsão
cen tro de gra à distância b. A posição de equilíbrio é atingida na
vida de, centro de que ren a e cen altura em que o centro de querena ficar verticalmente
tro de. flu
tua ção . Mom ent os de caim ent o. abaixo do centro de g ravidade, o que é conseguido
Par a uma det erm inad a con dição através da inclinacão longitudinal do navio, ou seja,
long itud inal (abc issa ) do cen tro de de carg a, a pos ição uma variação de cáimento t, fig. 6.2.b. Veremos adiante
grav idad e do nav io como se determinam os calados AV e AR a partir do
des ig na-se por L CG e é a d istâ ncia do cen
dad e à per pen dicu lar a mei o-na vio, tro de g ravi valor deste momento de caimento associado e de outros
fig.
tam bém ser dad a em rela ção à per pen 6.2. , (po de parâmetros que iremos introduzir.
As abc issa s do cen tro de que rena , L CB,dicu lar a ré).
de flut uaç ão, L C F , def inem -se de form a e do cen tro
idên tica e são ,
com o já vim os, cara cter ístic as hidr ostá tica 6.3. Metacentro longitudinal, (M L) ·
isto é, exc lusi vam ente dep end ente s da s do nav io,
form a da que Consideremos u m navio com u m peso p a bordo
rena , que se repr ese ntam no g ráfic o a flutuar à linha de água L A, fig. 6.3. Se deslocarmos
dire itas em funç ão do cala do, pre ssu de que rena s
pon do sem pre o peso uma distância d, imprimimos ao navio um mo
o nav io sem caim ent o. mento de caimento dado por p.d que inclina o navio
.s
até o centro de querena ficar verticalmente abaixo do
·:::�
� novo centro de gravidade , G 1 · Da mesma forma que
r
para estabilidade transversal, define-se metacentro
longitudinal, M L , o ponto de intersecção da vertical
que passa pelo centro de querena do navio inclinado
com a vertical original. A ordenada do metacentro
I a I fnstantânao
longitudinal representa-se por KML, assim como as
outras características de estabilidade longitudinal se
representam por B M L e GML·
l ,;l �<.
Tal como para a estabilidade transversal, em que
·! 'le:;; .
• 1 demonstrámos que B M = ITi v. em que IT = momento
1
F G
v
( b ) EqLIIfíbri<> final
IL
BML =- (m) (6.1 .)
Fig. 6.2.
em que: IL = momento de inércia longitudinal da
Consideremos agora um navio na condicão indicada área da linha de água (em relação ao
na fig. 6.2.a., em que LoAo é a linha de água corres- eixo transversal passando por F) (m 4)
100 ESTABIL IDADE LONGITUDINAL
ESTABILIDADE LONGITUDINAL 101
M.
�\,· \jG �
Por semelhança de triângulos, temos:
�
_,- ;
� � -+ e XAV
,-l�
I
G 7 � X R =
. · . XAR = t = t - XAR
s.�--\s
p -
A,
7
/i
iA,
" -- --· - -::: =-
----�--- - - -x..v A
Fig. 6. 3. dA!
-·
•
N ote-se que quando o navio se inclina longitudi
Fig. 6.4
nalmente, roda em torno de um eixo tal, que o volume
da cunha imergente, L F Lo. seja igual ao volume da Podemos também verificar que o calado médio verda
cunha emergente Ao FA. Esse eixo terá pois que passar deiro, isto é, o calado correspondente a um determi
pelo centro de g ravidade do volume onde ocorrem nado deslocamento assumindo o navio sem caimento
essas transferências, que é, para todos os efeitos (linha de água LoAol . é igual ao calado medido em F
práticos, coincidente com o centro de flutuação F da e não a meio navio, como é vulgar assumir:
linha de água, fig. 6.4.
d AR + dAy
calado a meio navio, d o KX
6.4. Distribuição do caimento pelos· calados a 2
vante e a ré. Calado médio verdadeiro. calado médio verdadeiro, d = KX + XY
Tendo em atenção que o navio quando se inclina Por semelhança de triângulos:
longitudinalmente roda em torno do eixb transversal
que passa pelo centro de flutuação, podemos veri -- =
XY -
t , (o fac_tor 1 00 aparece para reduzir
ficar que o caimento se distribui pelos caladós a vante FY 1 00 L
e a ré da seguinte forma, fig. 6.4.: o caimento a metros)
I t . LC F
XAR = t .- (cm) XY=
L 1 00 . L
(6.2.)
t . LC F
XAV =
t - XAR (cm) . . . d = do + o o . L (6.3.)
1
1 02 ESTABILIDADE LONGITUDINAL ESTABILIDADE LONGITUDINAL 103
N otar que esta fórmula pressupõe a seguinte convenção Consideremos o navio representando na fig. 6.5.a.
de sinais: se o caimento fõr por ré, o sinal de t é negativo; a flutuar à linha de água L A com um peso p a ré. Se des
se fôr por vante, o sinal de t é positivo. O sinal de L CF locarmos o peso uma distância d, o centro de g ravidade
é positivo ou negativo consoante F estiver a vante do navio deslocar-se-à de G para G 1 uma distância
ou a ré de meio-navio. tal que:
A expressão 6.3. leva-nos a concluir que o erro que
se comete ao assumir que o calado médio é igual à média ó. . G G 1 = p . d
dos calados AV e AR é tanto maior quanto maior fôr o Este momento de caimento inclina o navio u m ângulo 0
caimento e a abcissa do centro de flutuação. N a prática, em torno de F, até que o centro de querena retome
esta correcção só se utiliza quando o L CF e o caimento a sua posição de equilíbrio, verticalmente abaixo de G 1 ,
são elevados. fig. 6.5.b. Pela figura temos:
G G 1 = G M L . tan0
mas G G 1 = -1'>.- logo:
6.5. Momento de Caimento Unitário.
p.d
Define-se M O MENTO DE CAIM ENTO U NITÁRIO,
MTCm, o momento de caimento necessário para fazer
variar de 1 cm o caimento do navio.
d
tan 0 = ó. .pG. Md L
Gt··1Gt mas tan 0 = � em que t é igual à variação de caimento
L
B imprimida. Se a variação de caimento fôr 1 cm, temos:
-- =
0.01 p.d
(a) Instantâneo M..
L ó. . GM L
o
Este momento de caimento p.d é portanto o momento
de caimento unitário tal como defin imos:
ó. . GM L
MTCm = (t.m/cm)
1 00 . L
Se atendermos a que BG é muito pequeno comparado
com G M L , podemos considerar, sem introduzir grande
Fig. 6. 5. erro, que G M L = BM L e a fórmula anterior toma a forma:
ó. . BM L
I P
MTCm = (t.m/cm) (6.4.) •
F t G, ou:
1 .025 . IL
MTCm = (t.m/cm)
1 00 . L
104 ESTABILIDADE LONGITUDINAL ESTABILIDADE LONGITUDINAL 1 05
G.C.D. � r = 636 t
b. N a fase 1 ., não h á introdução de qualquer momento
MT Cm = 8.7 0 tm/ cm
l LC F = 0.08 m AR
de caimento, apenas um aumento de deslocamento
a que irá corresponder um aumento uniforme de calado
dado por:
p
Caim ento inici al, t 1 3.20 - 1 .54 1 .66 m
=
= 1 66 cm AR
=
anterior se considerarmos o embarque (ou desembar Supondo que se embarcam 500 t num ponto 20.0 m AV
que) em duas fases distintas, fig. 6.6.: de meio-navio (lcg = 20.0 m AV), calcule os calaçlos
1 . O peso é embarcado n a vertical do centro de flu finais.
tuação;
2. O peso é deslocado de F para o ponto desejado. Resolução:
1 .' fase: peso na vertical de F .
'�F d . .. u
� 4''N
7zt_ D istância, lcg F = 20.0 + 4.1 O = 24.1 m AV
Momento de caimento,
Fig. 6. 6.
:ltt
2 l! Fase
Me = p.lcg F = 500 x 24. 1 = 1 2,050.0 t.m AV
1 08 ESTABILIDADE LON GITUDINAL
ESTABILIDADE LONGITUDINAL 1 09
Va riaç ão de cai me nto ,
Resolução:
ót = Me 1 2,0 50
Quando o problema envolve um g rande n úmero de
MT Cm = 2 1 2.8 = 56 .6 cm AV
pesos, o método mais prático consiste em calcular
var iaç ão de cal ado AR , o peso do conjunto e o respectivo centro de g ravidade.
Para calcular a abcissa do centro de gravidade do con
ót . -
L
I 65.9 junto de pesos, seguimos método idêntico ao que
ÓX AR = =56.6 x --=26.7 cm (-) utilizámos para calcular a ordenada KG (§ 4.3.2.): acha
1 40 mos momentos em relação ao eixo de meio-navio (OY) ;
Va riaç ão de cal ado AV , o somatório dos momentos a dividir pelo somatório
dos pesos dá a abcissa do centro de g ravidade do
ÓX AV ót - ÓXAR = 56. 6 - 26.7 conjunto. Convencionamos que os braços para vante
=
= 29.9 cm (+} de meio-navio são positivos e para ré são negativos.
Resumo de calados: A disposição deste cálculo é como se segue:
AR (m) AV (m)
Calado inicial 9.30 9.00 --- Moy (t.m)
Variação uniforme +0. 21 +0. 21 Peso (t) lcg (m) AR (-) AV (+)
Var. devida a t -0.267 +0.2 99
Calado final 600 -30.0 1 8,000
9.2 43 9.5 09
N ota : O nav io que tin ha um cai me 1 ,000 - 7.0 7,000
pas sou a ter um cai me nto de 26. 6 ntocm
inic ial de 30 cm AR 800 + 1 4.5 1 1 ,600
AV
isto é, hou ve um a var iaç ão de 56. (9.5 09 - 9.2 43) ,
6 cm para van te. - 700 -27.7 1 9,390
EXE MPL O 6.4. - --
840 +20.0 1 6,800
{
__lc_g (m)
L p
"JL lcgcarga =
EMBARQUE 600 30.0 AR 1 0•81 0
1 ,000 7.0 AR = 1 2.57 m AR
860
800 1 4. 5 AV
{
DESEMBARQUE 700 Transformámos assim o nosso conjunto de pesos
27. 7 AR num único peso de 860 t com centro de gravidade
840 20.0 AV 1 2.57 m AR de meio-navio.
Calcule os calados finais.
1 .• fase: Peso na vertical de F :
110 ESTA BILI DAD E LON GITUDINAL
ESTABILIDADE LONGITUDINAL 111
·1'
1 12 ESTABI LIDADE L ONGITUDINAL ESTABILIDADE L ONGITUDINAL 1 13 ,
,'\1;
n,
,i'i
6.6.3. Embarque de u m peso sem alterar o calado Note-se que a abcissa do ponto de indiferença não
depende do peso que se embarca ou desembarca.
a ré. Pontos de I ndiferença.
De forma absolutamente idêntica se chegaria a uma
Este é um problema particular de embarque de um expressão para a abcissa do ponto de indiferença
t
i; I
peso pequeno que surge quando, por motivo de restri de vante; sugere-se que o leitor faça essa dedução. \
ções de calado num porto ou canal, se pretende embar Do que fica dito sobre pontos de indiferença, facil f
car um peso num ponto tal do navio que não altere mente conclu ímos que se embarcarmos um peso entre ;,11
o calado a ré. A este ponto chama-se PONTO DE INDI os dois pontos de indiferença, tanto o calado a vante
FERENÇA D E RÉ. Analogamente se define PONTO DE como a ré aumentam; se embarcarmos um peso a vante
INDI F ERENÇA D E VANTE: o ponto do navio onde um do ponto de indiferença de ré, o calado a vante aumenta
peso embarcado não altera o calado a vante. e o de ré diminui; se embarcarmos o peso a ré do ponto
Suponhamos que temos um peso P a embarcar e pre de i ndiferença de vante, o calado a ré aumenta e a vante
tendemos saber a que distância para vante do centro diminui.
de flutuação, lcg F , o devemos colocar para que o calado
a ré se mantenha. Embarque do peso:
�
•'
P . lcg F I cm Resolução:
= __ (-) (a) O que se pede não é mais que a abcissa do ponto
MTCm L de indiferença de ré, pelo que podemos aplicar directa
Para que o calado a ré se mantenha, é necessário mente a fórmula 6.6.:
que a soma algébrica da variação u niforme e da variação
de calado a ré devida a caimento se anule, ou seja: MTCm L
P_ P . lcgF
_ lcg F = TPCm . --
�
=
TPCm MTCm . L
donde: = 300 x 1-
--
20
= 40. 1 m AV de F
15 59.9
Abcissa do ponto de indiferença, Alternativamente, e esse é o caminho que se aconselha,
MTCm L poderíamos efectuar o cálculo seguindo o raciocínio
I
lcg F = . - AV de F (6.6.)
TPC m que nos levou à fórmula 6. 6.:
1 14 ESTABILIDADE LONG ITUDINAL ESTABILIDADE LONGITUDINAL 115
UTPCm
M e = P . lcg F
1 00
= -- = 6.7 cm (+) = P x 55. 1 t.m AV
15
2." fase: variação de caimento,
Me
variação de caimento, ót =
MTCm
p x 55 · 1
P . lcg F
ót =
MTCm = = O . 1 84 P AV
300
1 00 x lcgF
= = 0.33 lcg F AV variação de calado a ré,
300
I
variação de calado a ré, óxAR = ót ·T
I
ÓXAR = ót l 59.9
= 0. 1 84 P x 120 = 0.092 P cm (-)
59.9
= 0.33 lcg F x 120 = 0.1 66 lcg F cm (-) Para obtermos uma variação TOTA L de calado a ré
de - 1 O cm, teremos:
Para o calado a ré se manter constante, temos: X u + ÓXAR = - 1 0
X u + ó X AR = 0 0.0667 p - 0.092 p = - 1 0
6.7 - 0. 1 66 1 cg F = O donde:
p =
. · . lcg F = 6.7/0. 1 66 = 40.4 m AV de F, o que confere 10
com o resultado acima obtido. = 395 t
0.0253
6.6.4.
(b) Este problema segue raciocínio semelhante ao
utilizado na alínea anterior, com a diferença de que, Determinação dos calados AV e AR, conhe
em vez de pretendermos uma variação nula de calado cido o deslocamento e a abcissa do centro
a ré, pretendemos uma variação determinada, neste de gravidade.
caso de 6.60 m para 6.50 m ou seja - 1 O cm.
A determi nação dos calados a vante e a ré, conhecido
1 ." fase: o deslocamento e a abcissa do centro de gravidade
variação u niforme de calado, do navio, faz-se com o auxílio do g ráfico de querenas
p p
direitas e o método é o seguinte:
x u = -- = - = 0.0667 P cm (+) 1 . A partir do deslocamento lê-se no gráfico de quere
TPCm 1 5 nas direitas o valor correspondente do calado médio
116 ESTABILIDADE LONGITUDINAL ESTABILIDADE LONGITUDINAL 117
e das abcissas do centro de querena, LCB, e do centro de 6,375 t e tem a abcissa do centro d e gravidade,
de flutuação, LCF. Estes parâmetros referem-se, como LCG = 0.80 m AR. Para este deslocamento, o gráfico
sabemos, ao navio horizontal. de querenas direitas dá os seguintes valores: calado
2. Se o centro de g ravidade do navio estivesse na ver médio, d = 5.05 m; LCB = 1 .20 m AV; LCF = 1 .42 m
tical do centro de q uerena, isto é, se LCB = LCG, o navio AV; MTCm = 88.5 t.micm. Calcule os calados a vante
estaria em equilíbrio, horizontal, ou seja, sem caimento, e a ré para esta condição.
e os calados a vante e a ré seriam iguais ao valor
do calado médio. Se, como é habitualmente o caso, Resolução:
o centro de q uerena do navio horizontal estiver a uma
l 1 1B
certa distância n a horizontal, b, do centro de g ravidade, braço de caimento, b 0.80 + 1 .20 = 2.00 m
existirá um momento de caimento associado dado por:
M e = 11 . b . Ver fig. 6.2.a.
Gl
0.80 m 20 m
3. Este momento de caimento, por sua vez, imprime
um caimento ao navio dado por:
Me b = 2.00 m
t= cm
MTCm
momento de caimento,
Caimento este que se distribui pelos calados de vante
e de ré como se indicou em 6.4.: Me = 11 X b
I
.= 6,375 X 2.0 = 1 2,750 t.m AR
XAR = t L . Me
ca1mento, t =
MTCm
em que: I = abcissa de F em relação à PPAR;
1 2,750
L = comprimento entre perpendiculares. = = 1 44 cm AR
88.5
XAV = t - XAR
acréscimo a ré,
O único aspecto em que há que tomar m uita atenção
na aplicação deste método é a posição relativa entre I
o centro de querena do navio horizontal e o centro XAR = t ·T
de gravidade, uma vez que isso determina se o caimento
57.42
é por vante ou por ré: t será por ré se G estiver a ré de B; = 1 44 X 1j2 74 cm (+)
por vante se G estiver a vante de B. Por sua vez, o acrés
cimo XAR será positivo e XAV negativo se o caimento acréscimo a vante, XAV = t - XAR
for por ré; XAR será negativo e XAV positivo se o
caimento for por vante. U m esquema com a posição = 1 44 - 74 = 70 cm (-)
relativa de B e G em relação a meio-navio é de grande calado a ré, dAR = d + XAR
utilidade. = 5.05 + 0.74 = 5.79 m
EXEMPLO 6.6. calado a vante, dAV = d - XAV
= 5.05 - 0.70 = 4.35 m
Um navio d e 1 1 2.0 m flutua com um deslocamento
118 ESTABILIDADE LONGITUDINAL
ESTABILIDADE LONGITUDINAL 119
�
G :
�
calado médio verdadeiro,
7·" r
A
��
d� d
d � AR
+ dAV t . LC F
J__
+
2 1 00 . L
�
(-40) X (-1 .02)
Fig. 6.7. � 5 OO +
11 .
·
1 00 x 51 .0
mas M e � b
� 5.00 + 0.008 � 5.008 m
:. braço de caimento, t . MTCm A diferença entre o calado médio verdadeiro e a média
b � _:_:_-"'--c..:"-
:..:_
I
!J. ; 1 ,605 t e a ré a abcissa do centro de gravidade, LCG, como
GCD se descreveu em 6.6.5.
d ; 5.00 m � LCB ; 0.53 m AR 2. Calcular o NOVO deslocamento e abcissa do centro
MTCm ; 1 4.5 t.m/cm de gravidade APÓ S se ter efectuado o carregamento.
I
Momento de caimento correspondente ao caimento 3. A partir do novo deslocamento, ler no g ráfico de
de 40 cm por ré: querenas direitas o calado médio, a abcissa do centro
de querena, LCB, a abcissa do centro de flutuação, LC F,
M e ; t . MTCm e o momento de caimento u nitário, MTCm.
dição final (horizontal): M e ; !J. . b e, a partir daí, o novo
; 40 x 1 4.5 ; 580.0 t.m AR 4. Calcular o momento de caimento associado à con
Este é o momento de caimento associado, ou seja, caimento: t ; Mc/MTCm.
o momento de caimento que o navio teria na horizontal: 5. D istribuir o caimento pelos calados a ré e a vante:
M e ; !J. . b
I
580.0 XAR ; t . ; XAV ; t - XAR
.'. b 0.36 m L
1 ,605
Como o caimento é por ré, o centro de g ravidade está EXEMPLO 6.8.
à distância b para ré do centro de querena: Suponha um navio de 1 40.0 m numa condição de
carga em que dAv = 3.37 m, dAR ; 4.90 m e KG ; 7.28 m.
0.36 m
O navio efectua o seguinte carregamento:
Gl �
B Lcg (m)
KG (m) li
Me = !:J. . b
m
Cálculo do novo deslocamento e coordenadas do centro
de gravidade: = 1 1 ,557.8 x 1 . 1 22 = 1 2,967.9 t.m AR
Moy (t.m)
Me
� KG (m) MK (t.m) LCG(m) AR (-) � caimento, t MTCm
932.5 5.345 4,984.2 +33.38 3 1 , 1 26.9
1 2,967.9
1 ,304.6 5. 1 58 6 ,72 9 .1 + 1 1 . 70 1 5,263.8
= = 86.4 cm AR
1 ,045.6 5. 1 50 5,384.8 - 9.71 1 0 , 1 52.8 1 50. 1 5
4 67. 3 6.943 3,244.5 -48.56 22,692.1
CARGA 91.2 3.791 345.7 -20.67 1 , 885.1
D istribuição do caimento pelos calados AR e AV :
1 28.2 4.904 628.7 -20.99 2,690.9 I
1 28.2 4.904 628.7 -20.99 2,690.9 XAR = t . L
1 5. 0 7.76 3 1 1 6.4 -29.84 447.6
-- ---
69. 1 2
= 42.7 c m (+)
4 , 1 1 2. 6 22,062.1 40,559.4
CON. JN. 7.445.2 7.280 54,20 1 . 1 -2.804 20,876.3
46,390.7
= 86.4 x
1 40.0
1 1 , 5 57. 8 76,263.2 - 6 1 ,435.7 + 46,390.7
+ 46,390.7 XAV = t - XAR
- 1 5,045.0 = 86.4 - 42.7 = 43.7 cm (-)
ESTABILIDADE LONGITUDINAL 125
124 ESTABILIDADE LONGITUDINAL
MOY (t.m)
Calados finais:
p (!) Mk(t.m) lcg(m) AR (-) AV (+)
AR (m) AV (m) KG(m )
3 1 , 1 26.9
+33.38
calado médio 6.06 6.06 932.5 5.345 4,984.2
1 5,263.8
6,729.1 + 1 1 . 70
variação devida a t + 0.427 - 0.437 1 , 304.6 5 . 1 58
1 0, 1 52.8
5,384.8 - 9.71
6.487 5.623 1 ,045.6 5.150
22,692.1
6.943 3,244.5 -48.56
467.3
Altura metacêntrica, 3.791 345.7 -20.67 1 , 885. 1
91.2
�
� �
4.904 628.7 -20.99
1 28.2
-29.84 447.6
1 5. 0 7.763
RESOLUÇÃO DO PROBLEMA PELO M ÉTODO ALTER U,062.1 - 40,559.4 +46,390.7
d 4. 1 35 m LCF 0. 1 2 m AR
VARIAÇÃO de caimento, ót P. lcg I MTCm, em que MTCm
�
LCF 0.88 m AR �
Variação de caimento:
Ft G
momento de caimento,
t-418
I
Q'ªª-rn
m
__ ____
2.298 m Jll
carga
• LcgF
M e = P lcg F
ESTABILIDADE
_
aspectos complementares do mesmo problema fun à distância KG do centro de gravidade do navio, provoca
damental. uma subida deste, tal que: (Cf. § 2.3. 1 .)
KG . P (7. 1 .)
GG 1 .ll - P
7. 1 . Docagem e encalhe
Este problema de estabilidade surge fundamental A ordenada do novo centro de gravidade virá então:
mente quando o navio entra em doca seca ou em KG 1 ; KG + GG 1
situacão
· semelhante resultante de encalhe. O navio
entra normalmente em doca com caimento pela popa, KG . P
formando a sua quilha um certo ângulo com o plano ; KG + .ll
-P
KG . A
dos picadeiros. À medida que o nível da água desce,
a quilha vai assentando, começando pela parte de ré, ;
até o navio ficar completamente assente. A força exer .ll - P
cida pelos picadeiros será em cada momento a dife A altura metacêntrica será:
rença entre o deslocamento do navio a flutuar livre
mente e o deslocamento que corresponderia á linha KG . P (7.2.)
de água real quando assente. Esta força exercida na G 1 M ; G M - li - P
quilha é equivalente a retirar um peso igual da quilha t.-P
com a consequente subida do centro de g ravidade,
logo, redução da altura metacêntrica. Se esta perda
de G M for suficiente para criar uma situação de estabi M
p
L A t . MTCm (7. 5.)
L AJ lcg F
/{:
em que: t = caimento inicial do navio (cm)
MTCm = momento de caimento unitàrio (t.m/cm)
lcg F = abcissa do ponto de assentamento da quilha
P T. mais a ré, em relação ao centro de flu
tuação (m)
J,.
Fig. 7.2.
pelos dois métodos. pode esqu ema tizar-se da segu inte form a:
A FASE CRÍTICA DE DOCAGEM . isto é, o momento (a) Cal cula r o des loca men to e LCG do nav io, na con di
em que a força P é máxima, ocorre quando a quilha cão de ent rada na doc a a flut uar livre men te.
assenta totalmente nos picadeiros. Se o navio tiver ent o pela pop a, um pon to
à entrada na doca um caimento por ré, t, em relação ao (b) Se o nav io tive r caim ar os pica deiros.
ao plano dos picadeiros (que pode não ser horizontal), de ré da quil ha serà o prim eiro adotoc nav io em rela ção
Cal cula r o mom ent o do pes o
esse momento ocorre precisamente depois de o navio do des loca men to pel a
a est e pon to, igua l ao pro dut o do
ter rodado longitudinalmente para vante um ângulo dist ânc ia seg und o a hor izon tal cen tro de g rav idad e
correspondente a esse caimento. Esta variação de
do nav io a ess e pon to.
1 32 ESTABILIDADE EM A VARIA ESTABILIDADE EM AVARIA 133
(c) Considerar várias linhas de água com uma incli relevantes para o problema do encalhe, podendo existir
nação em relação à quilha igual à inclinação do plano neste último caso fenómenos mais complexos, sobre
dos picadeiros em relação à horizontal, cobrindo uma tudo derivados da multiplicidade de aspectos de que se
gama de deslocamentos superiores e inferiores ao pode revestir uma situação destas: encalhe assimé
deslocamento do navio l ivre. Calcular para cada linha trico, alagamento simultâneo, natureza do fundo, estado
de água o deslocamento e o respectivo momento da do tempo, recursos disponíveis, etc. Deve no entanto
impulsão em relação ao ponto de ré de assentamento ter-se sempre presente este facto: a estabilidade do
da quilha. (Caso o plano dos picadeiros seja horizontal, navio diminui e esse facto associado a factores exte
estas linhas de água serão paralelas à quilha). riores, como por exemplo o sentido da corrente e o
(d) Construir em papel milimétrico u m gráfico, com estado do mar, pode ter consequências graves. Num
deslocamentos em abcissas e momentos em ordenadas. encalhe típico em areia, por exemplo, é vulgar encher
Representar a curva dos momentos da impulsão em os tanques de lastro dos duplos fundos durante a baixa
relação ao ponto de ré da quilha e uma linha recta -mar e esgotá-los perto da preia-mar: por um lado, para
horizontal correspondendo ao momento do desloca aumentar a altura metacêntrica, por outro, para que
mento em relação ao mesmo ponto. O ponto de inter o navio se "enterre" ligeiramente, ficando mais apoiado,
secção das duas l inhas corresponde ao deslocamento menos susceptível portanto às acções exteriores do
no momento em que a quilha assenta totalmente nos mar, e simultaneamente mais baixo, oferecendo um
picadeiros. A diferença entre este deslocamento e o mai.or volume de quere na aquando da preia-mar.
deslocamento a flutuar l ivremente é o peso suportado E também devido a considerações de estabilidade
pelos picadeiros, isto é, a força P a que se referem que um cabo de reboque para safar um navio em estado
critico de estabilidade (por exemplo encalhado lateral
as fórmulas. mente) deve ter o ponto de aplicação no navio o mais
Este método de cálculo torna-se mais explicito se baixo possível de modo a evitar a introdução de momen
pensarmos no problema em sentido inverso: o navio tos inclinantes significativos, num navio com fraca
está totalmente assente nos picadeiros e o nível da capacidade de gerar momentos endireitantes.
água vai subindo; na altura em que o momento do peso
em relação ao ponto de ré da quilha, que é constante,
for igual ao momento da impulsão em relação ao mesmo
ponto, que vai aumentando à medida que aumenta
o volume de querena imerso, atinge-se o ponto em que EXEMPLO 7 . 1 .
a água "pega" o navio, ou seja o ponto critico de assenta
= 8.58 m
U m navi o d e 1 40 m d e com prim ento entr a e m doc a
mento. m, d = 2.78 m, KG
Raciocínio semelhante é utilizado nos cálculos do seca com d AR = 4.57 AV
diçã o o gráf ico
lançamento do navio à água: o navio que inicialmente e LCG = 3.65 m AR. Para esta con elem ento s:
de que rena s dire itas dá os seg uint=es1 31 .3 tm/c m,
11 = 6,50 1 .3 t, KM = 1 0.75 m,
está totalmente apoiado na carreira, vai progressiva MTC m
mente estando cada vez mais apoiado pelas forças LCB = 0.04 m AR. Calc ule a altu ra
de impulsão na parte de ré, até estas serem suficientes LC = 0.02
F m AR,
de asse ntam ento
met acê ntric a efec tiva no mom ento
para o elevar, passando o navio a ficar apoiado pelas pica deir os, sab end o que
forças de i mpulsão e um ponto de vante na carreira. da tota lidad e da quil ha nos quil ha tem uma
o pon to de ré de asse ntam ento da
Esta é também a fase critica do lançamento do navio o no plan o
à água. abc issa lcg = 63.0 m AR e os pica deiros estã
Os aspectos até agora focados para a docagem são hori zont al.
1 34 ESTABILIDADE EM A VARIA
ESTABILIDADE EM AVARIA 135
I I J
P.KM
!J.
D escida d e M , M M 1
�· 1 l_! ��- I
.
· ·
!_i :
420000
373, 2 X 1 0.75 .
+ :I J-l i --t--1 �om'"".�r''' ", '
;
Q 61 7 m
1 I : )�·· �--·+t
·
6, 501 .3
Altura metacêntrica efectiva,
400000
,�
Í ___L_
� Iomen1o do p,,eso
:
. ' I
GM 1 = G M - M M 1 = 2.1 7-0.61 7 = 1 .553 m · .
I
1 �.
____J___ ' ;
r----- r----,·- ,I
/ I I ' '
t.. G M 1 = 650 1 .3 X 1 .553 = 1 0,096.5 t.m 350000 V1 ��r-�-ur1 I I i '"'�"m;n.� .
3. Utilizemos o método gráfico descrito para o cálculo
Fig. 7.4.
5600 6000 6400 6800
m; 7 . 2. Alagamento
AR, MTC m ;, LCF = 0.25 m Como se sabe, o navio é d ividido long itudinalmente
1 8.4 t.m/ cm. A abc issa do pon to de ré
de ass enta men to é lcg = 30.0 m AR. por anteparas estanques que, além da sua função
ser o KG inic ial com o o bjec tivo de aCal cule qua l dev eria
altu estrutural, têm a função de limitar a extensão de u m
efec tiva (pe lo mét odo de sub ida virtu alra met acê ntric a possível alagamento. O alagamento tem sempre asso
crít ica de ass enta men to não ser infe de G) na fase ciado um embarque de água ou, se preferirmos, uma
A par tir des te resu ltad o, calc ule o pes rior a 0.30 m. perda de impulsão, que pode ter as seguintes conse
teri a de emb arc ar nos tan que s do o de lastro que quências:
Kg = 0.40 m, com este obje ctiv o, ass umi dup lo fund o, (i) Aumento de calado;
emb arq ue não faz var iar o caim ent o. ndo que ess e (ii) Variação de caimento, se o compartimento alagado
estiver a vante ou a ré do centro de flutuação;
RESOLUÇÃO: (iii) I nclinação transversal, se o compartimento alagado
for assimétrico em relação ao plano de mediania ou se
caim ento i n icial , t = 2.67 - 2.05 = 0.62 m = a perda de estabilidade for tal que o faça cair numa
62 cm AR
t.MT Cm 62 x 1 8.4 situação de estabilidade negativa;
P
lcg F = 29.75
_
= 38 3 t
· (iv) Variação na estabilidade, devido tanto à variação
possível na ordenada do centro de gravidade, KG ,
Para G 1 M = 0.30 m, KG 1 = 4.90 m como às variações nos parâmetros h idrostáticos KB
KG 1 = KG . 11
e BM, ambos dependentes do calado, e este ú ltimo
também função da área intacta da l inha de água.
(11 - P) O efeito combinado destes factores é levar o navio
(11 - P).KG 1 a nova posição de equilíbrio, que pode eventualmente
11
.·.
KG = ( 1 ,302 - 38.3) x 4.9 não ser estável se corresponder a uma condição em
=
1 ,30 2 4 756 m ·
ame nto de um
DE SEGURANÇA, que é uma linha imaginária traçada num a válv ula de fund o prov oca o alag açã o pod e ser
no costado 76 mm abaixo do pavimento estanque que com par time nto que em prim eira apr oxim prim ent o, larg ura
forma o topo superior das anteparas estanques, e que com
con side rad o um paralel ipíp edo de x 2.5 m, form and o
e altu ra, resp ect ivam ent e 1 0.0 x 8.0
o navio permanece com uma estabilidade mínima na
esp elho líqu ido, situ ado nas coo rde nad as: lcg = 7.5 m
condição de alagado: GM igual ou superior a 0.050 m rela ção ao pla no de
e o ângulo de adorno por alagamento assimétrico não AV, Kg = 1 .80 m e dist ânc ia em Cal cule os cal ado s,
su perior a 7.' me dian ia, tcg 0.6 0 m a EB.
ulo de ado rno apó s
=
O volume alagável de um compartimento raramente a altu ra met acê ntri ca e o âng bilid ade do com -
é i gual ao seu volume geométrico: por exemplo num o ala gam ent o, sab end o que a per mea
porão com carga, só a parte não ocupada pela carga partimento é � = 85%.
pode ser ocupada pela água; idênticamente, numa casa
da máquina existe um certo volume que não pode ser RESOLUÇ ÃO :
4. 1 0 3.50
alagado. Define-se PERMEABILIDADE de um compar
Calado me' d '10, d = = 3.8 0 m
+
timento como a percentagem do volume desse com 2
partimento que pode ser ocupado pela água; identica 11= 1 , 1 40 t
mente se define PERMEABILIDADE DE UMA SUPER F ÍCIE
como a percentagem d essa su perfície que pode ser TPCm = 3.75 t/cm
ocupada. GCD MTCm = 1 2. 3 tm/cm
A extensão de um alagamento em altura pode ser LC F = 0.94 m AR
até ao nível exterior da água, se o pavimento estanque Peso embarcado,
estiver a uma altura superior ou, abaixo desse nível,
se existir um pavimento estanque inferior que limite P ( 1 0 X 8 X 2.5) X 0.85 X 1 .025
= = 1 74.3 t
a extensão vertical desse alagamento. No primeiro caso 1 . Cálculo dos calados:
o problema é de certa forma complicado, por se não
conhecer á partida o volume de água embarcado, Novo deslocamento, 11 = 1 , 1 40 + 1 74.3 = 1 ,3 1 4.3 t
.
2
MTCm
O navio de 5 1 .0 a que se refere o g ráfico de querenas 1 74.4 X 8.44 1 1 4.5 c m AV
= 4 . 1 o m e dA v = 3.50 m com KG = 3.60 m. Um acidente
direitas flutua direito numa condição em que dAR = 1 2.85
140 ESTABILIDADE EM A VARIA
ESTABILIDADE EM AVARIA 141
à I 24.45
xAR - ot.L � 1 1 4.5 x 54.9 cm (-) Ângulo de inclinação,
51
tane -
_ TCG _0.0796 � 0.260 m EB, e � 1 4. 6
Ü XAV � ot - oxAR � 1 1 4. 5 - 54.9 � 59.6 cm (+) - o
GM 0.306
A R !!&_ A V {m)
de calado necessitamos do TPCm útil (ou área da linha acréscimos sucessivos ao nível interior da água no
de água Aw), isto é, excluindo a parte da linha de água compartimento, calculando o nível exterior resultante,
correspondente a DE. e identificando graficamente o ponto em que o nível
exterior da água for igual ao nível interior.
1 . Embarque de MA 1
'qz
J;�;0;/ ffffil"t t �cWfl;/'0@��
D
::; �
//7/ 77/ E
Consideremos como ponto de partida da massa
adicionada a massa de água até ao nível correspondente
à linha de água original:
Nível de água no compartimento calado inicial =
�
F "G � 4.50 m
PERDA DE I M PULSÃO W: MA 1 � ( 1 2 X 1 5 X 4.5) X 1 .025 = 8SO.S t
p
�
Fig. 7.6.
Xu 1 TPCm
Podemos também usar qualquer dos métodos para Aw. 1 .025 . 1 00 x 1 5 x 1 025 1 5.S8 t/cm
calcular a altura metacêntrica após alagamento: no TPCm - _ �
A a
--
Aw
N!VEL / v v
flR
I
520
� I/ 4 · 50 + -----"--- =
1 00 x 1 5 12 x 15
- - v donde v = 920.5 m 3, que corresponde a uma massa
i .. '
-b fI
de água de 943.5 t, o que está de acordo com o resultado
!
lin�a a 45
5.00 '
obtido graficamente.
i
i
I i /i
5. Cálculo de GM do pontão alagado:
- I Condição inicial:
71
'
I/
i
!
'
4.80
-1-
'"
Fig. 7. 7.
4.50 //
t .; n 4.60 4.80 s.orr
CAL
5.20
D01mj IT =
12
X 1 00 X 1 53 = 28' 1 25 m 4
4 . Embarque de MA 28, 1 25
BM = 6 ' 750
= 4 . 1 67 m
D o gráfico obtemos: nível de água = 5 . 1 1 5 m
MA = ( 1 2 X 1 5 X 5. 1 1 5) X 1 .025 = 943.7 t d = 4.50
p
KB = 2 -- = 2.25 m
TPCm = 1 5.38
943 .7 2
xu = 6 1 .4 cm
Condição final:
Calado final, d = 4.5 + 0. 6 1 4 = 5 . 1 1 4 m MK (t.m)
� KG (m)
N OTA: Resolveu-se o problema g raficamente para il us 6.00 41 , 5 1 2.5
tração. N a realidade, poder-se-ia resolvê-lo mais sim 6,91 8.8
plesmente utilizando as relações: 943.7 2.557 2,4 1 3.5
Ca lad o = d o + v 7,862.5 43,926.0
Aw
.'!_
43,926.0
e nível de água interior =
KG = = 5.587 m
Aa 7,862.5
146 ESTAB ILID AD E EM AVARIA
ESTABILIDADE EM AVARIA 147
C o rrec ção par a o esp elh o líqu
ido :
KB 1 = 2.25 + 0.307 = 2.557 m
b.
G G 1 =� · 1
i r = - x 1 2 x 1 5 3 = 3 375 m 4 O raio metacêntrico transversal vem alterado pelo
' 12 ' facto de ter variado a área da linha de água, logo I r :
1 . 025 x 3,375 I r ini cial = 28 , 1 2 5 m 4
= _
0 _ 440 m
7,8 62. 5
i r comp. = 3,37 5 m 4
KG corr = 5.5 87 + 0.4 40 = 6.0 27
m Ir área intacta = 28, 1 25 - 3, 375 = 24,750 m 4
d 5. 1 1 4
KB = � = = 2.5 57 m 24,750
2 2 B M intacto = 3.667 m
6, 750
_JL
V
_ 28, 1 25 x 1 . 025
BM - -
= 3_66 7 m G M = 2.557 + 3.667 - 6.00 = 0.224 m
7,8 62. 5
GM = 2.5 57 + 3.66 7 - 6.02 7 = 0. N ota-se desde j á uma diferença entre a altura meta
1 97 m cêntrica calculada pelos dois métodos. Sendo ambos
B . M éto do d a p e rda d e i m correctos, os resultados para a estabilidade devem estar
p u lsã o:
V o l u m e tot al d a q u e ren a, V de acordo. Sabemos que o que quantifica efectivamente
= 6, 750 m 3 a estabilidade do navio é o m omento de estabilidade
P e rda d e v o l u m e de q u ere n.GZ, pro p orcional a n. G M . Ora se o método da massa
na (at é LA i n icia l),
= 1 2x 1 5x4 .5 = 8 1 0 m 3 adicionada utiliza o deslocamento (n + P) e o da perda
Á rea alag ada , Aa = de impulsão o deslocamento n, para haver ig ualdade
1 2 x 1 5 = 1 80 m 2 dos m om e ntos de estabilidade teremos: (n+ P).GM 1 =
Á rea úti l da l i n h a = n.GM 2 , e m que G M 1 e G M 2 são as altu ras metacên
d e ág u a,
Aw u = Aw - A a = 1 00 x 1 tricas calcu ladas pelo primeiro e seg u nd o métodos
5 - 1 80 = 1 ,32 0 m 2 respectivamente; ou G M 2 = [(n+P)/n] . G M 1 . Daqui se
Au me nto d e ca lad o, X = v 810 conclui que a altura metacêntrica calculada pelo mé
u -- = = 0. 6 1 4 m todo d a perda de imp ulsão é sempre superior ao da
Aw u 1 ,32 0
calculada pelo método da massa adicionada, na razão
1 4 = 5. 1 1 4 m, ó que est á
Ca lad o fin al, d = 4.5 0 + 0.6 dos dois deslocamentos.
de aco rdo com o res ult ad Esta conclusão está de acordo com os resultados
o ob tid o pel o mé tod o da ma
adi cio nad a. ssa obtidos no exemplo 7.4. e é apl icável ao caso de u m
Alt ura me tac ênt ric a: navio c o m u m compartimento alagado D ES D E Q U E
A ord ena da do ce ntr o SIM ÉTRICO E M RELAÇ ÃO AO PLAN O D E M ED I AN IA.
isto é, KG = 6.0 0 m . A sub de gra vid ad e ma nté m- se, Por esta razão se deve sempre mencionar qual o método
ida de B res ult a d'e tra nsf utilizado para o cálculo d o GM d e um navio alagado.
o vo lum e v de Kg = d/2 eri r
= 2.2 5 m par a a fai xa e"ntr
as linh as de ág ua ori gin al e
e fin al, isto é, par a Kg = 4.5
+ X u / 2 = 4.5 + 0 . 6 1 4/ 2 = + 7.3. 1 . Método da massa adicionada
4.8 07 m :
88 _ 8 1 0 X (4.8
07 - 2.2 5) _
Acabámos de ver os fun damentos deste método
1
L==== rscc=n.·J,
Coordenada transversal de G :
1 47 . 1 x 9.00
LI I
P .tcg
L TCG = 0. 1 55 m EB
I PP.iR
lcg
ll
c
F 8,547 . 1
i
L
PPAI
 n g u l o d e adorno,
Fi g. 7.8.
O. o 6 1 1 , e 1 -
0.1 55
tan e 1 - 3. 5'
2.538
Ó Xt 1 O aum ento do calado exterior no ponto médio do
-- ___2tj_ compartimento, devido a incli nação transversal, óx i ,
lcg F L vem:(fi g . 7 .9.)
Ó Xt 1 42.9 X 40. 2 6
= i5t 1 �L 1 40. 0 1 2.3 cm (+)
(c) Va ria çã o no â n g u l o
de i n c li n aç ão tra nsv ers al:
tan e =
TC G
, (C f. § 4.5 .)
GM
em qu e: TC G = co ord en
ad a tra nsv ers al de G .
N ovo G M : � __ISCl_(_ m) 1
I
Fig. 7.9. IC9::9.00rn
M (t.m) K
8,400 . 0 7. 1 2 59,808 ÓX i 1 = tcg , tan e = 9.00 X 0.06 1 1 = 0.550 m
11Ll
�
2.4 0
8,547 . 1 Calado exterior n o ponto correspondente ao centro
60, 1 6 1 geométrico d o compartimento após o embarque de
60, 1 6 1
KG = = 7.03 9 m MA1 :
8,5 47 .1
Aumento total = x u 1 + 1iXt 1 + 1iX i 1 =
Es pe lho l íq u i do :
= 0.070 + 0 . 1 23 + 0.550 = 0.743 m
G G 1 =� 1
i r = - X 1 5 X 3 8 X 0. 70 d c 1 = 4.600 + 0.743 = 5.343 m .
ll 12 = 23 . 6 m 4
1 .02 5 X 23. 6 Representar n o gráfico fig. 7 . 1 O. este calado corres
8,5 47 . 1 = 0.003 m pondente ao nível de água no interior do compartimento,
h 1 = 4.60 m
1 53
ESTABILIDADE EM AVARIA
1 52 ESTABILIDADE EM A VARIA
,
3. Embarque de MA 2 : igu al ao ant eri or, 0.0 03 m
KG corr � 7.0 33 + 0.0 03 � 7.0
36 m
h. � 8,5 72 .9 t.G CD
Aqui teremos que fazer u m acréscimo tentativo à
massa adicio nada. Uma vez que o e m barque de MA 1 , K M � 9.5 64 m
correspon dente ao volume d o com partimento até à G M � 9.5 64 - 7.0 36 2.5 28 m
�
71 9 0.6 47 m
tcg . tan 8 � 9.0 0 x 0.0
�
�
M A2 M A 1 + (acréscimo de 0.800) àX i 2 �
+ Ó Xi 2 =
1 47 . 1 + ( 1 5 X 3 X 0.800) X 0.70 X 1 .025
�
Aum ento total � X u 2 + óXt 2
0.8 74 m
�
1 72.9 t � 0.0 82 + 0 . 1 4 5 + 0.6 47
�
1 47 . 1 + 25.8 �
d c 2 = 4.6 00 + 0.8 74 �
5.4 74 m
(a) x u 2 � _P_ �
1 72.9 _
o de 0.4 0)
25.8 t a uma altura d e 0.800/2 m acima d a l i n h a d e água MA 3 � MA 2 + (ac rés cim
o riginal, isto é, a Kg � 4.60 + 0.400 5.00 m . �
X 0.7 0 X 1 .02 5
,1 72 .9 + (1 5 X 3 X 0.4)
�
--""'.K_ (t. m)
=
1 72 .9 + 1 2.9 = 1 85 .8 t
�
p
KG (m)
X u3 � TP C m
1 85 . 8 �
8.9 cm (+)
8,547 . 1 7.039 60, 1 6 1 (a) � ""21.0
25.8 5.000 1 29
�
8,572.9 60,290 P.lcg F 1 8 5.8 X 40.2 6 54.2 c m AV
60,290 (b) ót 3 �
MTC m 1 38. 1
KG 7.033 m 40.2 6
8,572.9 I CgF X 1 5.6 cm (+)
�
àt 3 .
�
54.2 1 40
Ó X t3 L
Podemos ass u m i r G G 1 devido ao espelho líqu ido
r
1 54 ESTABILIDADE EM A VARIA
ESTABILIDADE EM A VARIA 1 55
[',
P.tcg 1 85.9 X 9.00 I 69.74
TCG � � 0. 1 95 m Ó XAR � ót T � 5 1 . 1 x 25.5 cm (-)
8,585.8 1 40
TCG 0. 1 9 5 Ó XAV � ót - ÓXAR � 5 1 . 1 - 25.5 � 25.6 c m (+)
tan 0 3 �
0.0772, 0 3 � 4.4°
GM 2.527
AR f!!'l AV (m)
6x i 3� tcg.tan0 � 9.00 x 0.0772 � 0.695 m
Au mento total X u 3 + 6X t3 + 6x i3
� �
d i n icial 4.600 4.600
� 0.089 + 0 . 1 56 + 0.695 � 0.940 m xu 0.083 0.083
d c3 � 4.600 + 0.940 � 5.540 m variação de t -0.255 0.256
R e p resentar n o gráfico fig. 7. 1 O
d final 4.428 4.939
de � 5.540 para h � 5.80 m Altura metacêntrica:
� (I) KG (m) MK (t.m)
580 '""
8,547. 1 7.039 60, 1 6 1 .0
28.1 5.035 141.5
8,575.2 60,302.5
60,302.5
KG � � 7.032 m
8,575.2
KG corr � 7.032 + 0.003 7.035 m
11
�
I n cl i nação transversal:
TCG =
P.tcg
!;,
=
1 7 5.2 X 9.00
8,575.2
0.1 84 m
s=Nd0�dZ//2?//MZc � I·�·//h?it-7 ,/
/'i:-/
/.///
I
�
�
*
tan e o . o 727, e = 4. 1 6°
TCG 0. 1 84
4--. - � ) --
GM 2.529
- · -- --·---
·•
'
732
. . . Método da perda de impulsão
Os fun damentos deste méto do, também conhecido
por M ÉT O D O DO D ESLOCAM ENTO CO NSTANTE, foram Fig. 7. 1 1 .
apresentados através do exemplo simples de um para
lelipípedo alagado a meio. Para um navio com u m 2. Á rea intacta, coordenadas de F, BM e B M L
com partimento q u a l q u e r alagado o esquema de cálculo Á rea da linha d e água original, Aw = 2,045 m 2
é o seguinte: Á rea alagada, Aa = 1 5 x 3 x 0.70 = 3 1 . 5 m 2
1 . Cálculo d o volume permeável do compartimento Á rea intacta, Ai = 2,045 - 3 1 . 5 = 2,01 3.5 m 2
até à l i n h a de água original;
2. Cálculo d a área intacta, novas coordenadas do Para o cálculo das coordenadas transversal e l o n g i
centro de flutuação e novos raios metacêntricos trans tudinal d o centro de flutuação da área intacta e respec
versal e longitudinal, D ESCONTAN D O a área alagada. tivos m omentos de in ércia, util izaremos a forma tabular
Aparece aqu i o conceito de permeabilidade su perficial; já nossa conhecida § 2.4.
3. Cálculo do aume nto u n iforme de calad o resultante Transversal:
da transferência do volume alagado para a faixa com
preendida entre as l i n has de água original e final. Ima Momento de i nércia original,
gin a-se que o navio é temporariamente impedido de Ir = B M X íJ = 7.20 x 8, 1 9 5 = 59,004 m 4
variar o caimento e a incli nacão " transversal;
4. Cálculo do deslocamento vertical, transversal e lon M o mento de inércia d o compartimento,
� x 1 5 x 33 ) x 0.70 = 23.6 m4
gitudinal d o centro de q uerena resultante da transfe
rê ncia de volume; ire = (
5. Cálculo da nova altura metacêntrica; 1
, y (m 3)
6. Cálculo dos ângulos de adorn o e de caimento e a A (m 2) Y (m) A A . y2 ( m4) IGX (m4) lXX (m4)
partir daí dos novos calados a vante e a ré.
2,045.0 0.00 0.0 0.0 59,004.0 59,004.0
-31 . 5 9.00 -283.5 -2.551.5 - 23.6 - 2.575.1
2.013.5 -283.5 56,428.9
EXEM PLO 7 . 5.
RESO LUÇ Ã O PELO M ÉTODO DA PERDA D E I M PULS Ã O , D istância de F ao plano de mediania,
F ig. 7 . 1 1 . 283.5
TCF = = 0. 1 4 1 m B B
1 . Vo l u m e permeável, v 205 x 0.70 = 1 43.5 m 3
=
2.0 1 3 _ 5
1 58 ESTABILIDADE EM A VARIA ESTABILIDADE EM AVARIA 1 59
6 . 881 m
Vertical, resulta d e transferir o volume do com parti
_!n
1/
56,388 . 9
8 M ·I = = = mento com centro de gravidade a u m a altura Kg =
= 2.40 m, para a faixa com preendida entre as l i n has
de água original e final, isto é, com centro a u m a altura
Longitudinal:
/',.
de 4.60 + 0.07 1 /2 = 4.635 m.
_ 8ML 1 .025.1 L
MTCm - = v .g g 1
1 00.L 1 00.L 8 8 1 VERT =
v
MTC m . 1 00.L
O riginal I L 1 43.5 X ( 4.635 - 2.40)
1 .025
_
= 0.039 m
8, 1 95
1 38. 1 X 1 00 X 1 40
= 1 , 886,244 m 4 K8 1 = 2.44 + 0.039 = 2.479 m
1 .025
. 1 Longitudinal, resulta de transferir o volume d o comparti
1 Lcomp = 12 x 3 x 1 5 3 x O. 70 = 590.6 m 4 mento com lcg = 40.0 m AV, para a faixa entre as duas
� �
lin has de água com centro em F intacto, isto é, para
A.x (m 3J A.x 2 (m4) IGY (m4) lyy (m4J
lcg = 0.89 m AR.
2,045 -0.26 - 53 1 . 7 1 38.2 1 ,886,244 1 , 886,382
v .gg 1
- 31.5 40.00 - 1 ,260.0 -50,400.0 - 591 -
50,991 88 1 LO N G
1 ,835,391
v
2,013.5 -1 ,791.7
1 43.5 X ( 40.0 + 0.89)
= 8, 1 95
= 0.7 1 7 m para ré
Distância d e F a meio navio,
1 ,791 . 7 LC8 1 = 0.06 + 0. 7 1 7 = 0.777 m AR
LCF = 0.890 m AR
2,0 1 3. 5
Transvers al, resulta de transferir o volume d o compar
M o m ento d e i nércia da área intacta, timento com tcg = 9.00 m E8 para F, tcg = 0. 1 4 1 m 8 8 .
l l i = l yy - A i .(LCF) 2
V
v.gg 1
= 1 ,835,39 1 - 2,0 1 3.5 X 0.89 2 88 1 TRANSV =
= 1 ,833,796 m 4 1 43 . 5 x (9.00 + 0. 1 4 1 )
= = 0. 1 60 m para 8 8
l l i _ 1 , 833,796
_ 8, 1 95
8ML - v - 223.8 m
8 1 95 •
TCB = 0. 1 60 m BB
1 60 ESTABILIDADE EM A VARIA ESTABILIDADE EM A VARIA 161
=
xu 0.0 7 1 0.071
= 2.479 + 6.881 - 7. 1 20 2.240 m
variação de t 0.232
- 0.226
d final 4.445 4.903
6. Â ngulos d e adorno e caimento:
damente no relativo aos parâmetros h idrostáticos utili dos. Este facto reduz o aumento uniforme de calado
zados que se referem à linha de água original e são e eventualmente a variação de caimento após alaga
tomados constantes ao longo das variações de calado, mento, mas reduz também a subida do centro de
caimento e inclinação transversal. Certo apuramento querena o que implica em última análise uma redução
neste domínio permite obter resultados mais correctos. no GM. Assim poderemos concluir que se o navio se
Sugere-se a ref. 1 4 para um tratamento mais profundo. encontra em situação de flutuabilidade crítica, que pode
O método da perda de impulsão descrito é no entanto resultar por exemplo de alagamento dos extremos,
satisfatório para o cálculo das variações dos calados o volume intacto submerso será útil ; se o navio se
e inclinação transversal desde que estas não excedam encontrar em situação crítica no relativo a estabilidade,
os valores que correspondem à intersecção das linhas por exemplo, com tanques laterais a meio navio não
da quilha ou convés com o plano de flutuação, e os afectados, o volume intacto submerso será inconve
ângulos de adorno não excedam 1 O'. niente.
l i n ha traçada n o costado, 7 6 m m abaixo da face superior PARATIVO . O primeiro fundamenta-se nos conceitos
do pavimento das anteparas à borda. D efine o l i mite até sobre alagamento atrás expostos: uma vez estabelecida
onde o navio pode inclinar transversal ou lon gitudinal a linha de seg u rança, calcula-se para cada ponto ao
mente depois d e alagado. longo do compri m ento do navio, o volume da água que
PERMEAB I L I DADE, é a percentagem de u m espaço que seria necessário embarcar, para submerg i r essa linha
pode ser ocu pado pela água. PERMEABILIDADE SUPER e a partir daí, o respectivo comprimento do comparti
F I C IAL, é a percentagem de área da linha de água que mento. O método de efectuar o cálculo em si, é relativa
pode ser ocupada pela água. mente elaborad o, sugerind o-se a ref. 1 4 para um estudo
C O M P R I M ENTO ALAG ÁVEL num determ inado ponto mais aprofu ndado.
do navio, é a máxima extensão do compri m ento d o Em qualquer dos métodos que se use, é essencial
navio, c o m centro nesse ponto, q u e pode ser simetri dispor dos valores adequados da permeabi lidade, u m a
camente alagado sem �ubmerg i r a linha de segurança. vez q u e esta determina efectivamente o vol u m e de água
FACTOR DE SUBD IVISAO, é um factor empírico esti de alagamento. A permeabi lidade real dos diversos
p u lado nas regras que funciona como factor de segu espaços não pode ser rigorosamente estabelecida;
ranca da su bdivisão. no caso d e compartimentos d e carga, por exemplo,
CO M P R I M ENTO ADM ISS ÍVEL, é o comprimento alegável varia de espaço para espaço e de tipo d e carga para tipo
estipulado. O btém-se m u ltiplicando o comprimento ale de carga. Assim, n o cálculo do com primento alegável ,
gável pelo factor de subdivisão. Assim, se o factor ter-se-à q u e utilizar valores convencionais, o q u e irá
de s u bdivisão for 1 por exemplo, o compri m ento admissi certamente reflectir-se no ri g o r dos resultados.
vel é igual ao comprimento alegável; se for 0.5, o com A Con venção de 1 974 determ ina que a permeabi
primento adm issível é igual a metade do comprimento lidade deve ser consi derada u n iforme ao longo d o com
alegável. primento de cada u m dos segu intes espaços: (a) casa
C R ITÉRIO DE SERVIÇO (Cs) , é um valor utilizado nos das máqu inas; (b) parte a vante da casa das máqu inas
cálculos que quantifica em que medida u m navio é de e (c) parte a ré desta.
passageiros. Um critério Cs = 23, corresponde a um (a) CASA DAS M Á Q U I N AS: a permeabilidade média
navio f u n d amentalmente de carga, com fraca capa uniforme ao longo da casa das máqu inas deve ser cal
cidade de alojamento de passageiros, enqu anto um culada através da fórmula:
C s = 1 23, co rres ponde a um navio fundam entalmente
� =
de passageiros, sem capacidade extra para carga. a-c
85 + 1 0 ( )
O objectivo essencial das regras de compartimentagem v
em q u e : a = volume dos espaços para passageiros,
vel. Para isso é necessário calcular primeiramente
é estabelecer ao longo do navio o comprimento admissí
situados abaixo da l i n h a de segurança den
o comprimento alegável , com base e m valores estipu
c = volume das cobertas, abaixo da linha
tro dos l i m ites da casa das máquinas;
lados da permeabi lidad e dos diversos espaços e pos
teriormente calcular o factor de su bdivisão adequado
de seg u rança, compreendido nos l i m ites
ao navio em questão. do espaço das máquinas e que são desti
�7,5.2.
nadas a carga, carvão ou provisões de
Compri mento alagé1N!I
bordo;
p o r dois
O cálculo do com primento alegável pode fazer-se v = volume total do espaço das máquinas
métodos: M ÉTODO D I RECTO e MÉTODO C O M - abaixo da linha de seg u rança.
ESTABILIDADE EM AVARIA 167
1 66 ESTABILIDADE EM A VARIA
.\ I /
de água; coeficie n te d e finura da seccão
' mestra.
,'m••o\
'
c! o
obter o comprimento admissível dos compartimentos As permeabilidades (incluindo a su perficial) a usar
navio. É portanto o parâmetro fundamental para o seu em cálculos de estabilidade devem ser as segu intes:
(%)
cálculo. Um factor de su bdivisão d e 0.50 por exemplo, PERMEABILIDADES
sign ifica que se podem alagar dois compartimentos ESPAÇOS
contíguos sem se subme rg i r a l i n h a d e segurança. Destinados a carga, carvão
O com primento adm issível é , e m princípio, o com pri ou provisões 60
mento máximo de u m compartimento, podendo n o
o ou 95
O c u pados por locais habitados 95
entanto o com primento máximo d e u m compartimento
ser superior ao com prime nto admissível, desde que, Destinados a líquidos
a soma dos comprimentos desse e qualquer dos adja escolhendo destes dois últimos o que dê como resultado
centes, seja inferior ao com primento alegável. exigências mais severas.
O factor de subdivisão depende fundamentalmente A extensão da avaria deve ser considerada a seguinte:
do compri mento do navio e do critério de serviço e o seu (i) Extensão longitudinal: o menor dos dois valores:
cálculo baseia-se na apl icação d e fórmulas empíricas, 3.05 + 0.03L m ou 1 0.67 m . Se o factor d e su bdivisão
não oferecendo dificuldade d e maior. for igual ou inferior a 0.33, a extensão lon gitudinal deve
A c u rva de com primento admissível pode também supor-se au mentada conforme for necessário, para
o com primento alegável, fig. 7. 1 2 .
representar-se graficamente, como se indi cou para abranger d uas anteparas estanques.
(ii) Extensão transversal: 115 B a partir d o costado.
(iii) Extensão vertical: a partir da l i n h a base sem
1 .!ii i �. iEfiltlilbi!idade
limite superior
As condiç ões finais do navio após a avaria e no caso
de alagamento assimétrico, depois de terem sido toma
Os requisitos da Convençã o de 1 974 no relativo das as medidas necessárias para o seu equi líbrio, devem
a compartimentagem de navios de passageiros, e n globa ser as segu intes:
também a estabil idade. A estabilidade d o navio intacto (i) Em caso de alagamento s imétrico, a altura metacên
deve, em qualquer condição de serviço ser tal, que este trica residual, calculada pelo método d e deslocamento
possa suportar a fase final de alagamento de qualquer constante (perda de i m pulsão), deve ser positiva, e não
compartime nto principal que esteja 'dentro dos l i m ites inferior a 0.05 m.
do compri m e nto alegável. Q uando o factor de sub (ii) N o caso d e alagamento assimétrico, o ângulo de
a estabili dade deve ser tal que este possa suportar
divisão for igual ou inferior a 0.50, mas superi o r a 0.33, inclinação total não deve exceder 7', salvo e m casos
especiais, em que a administração pode aceitar u m
o alagamento de dois compartimentos principais adja ângulo d e inclinação adicional devido à assimetria d o
centes; quando o factor de subd ivisão for igual a 0.33, alagamento, desde que a inclinação final não seja e m
a estab i l idade deve ser tal que ele possa suportar caso algum superior a 1 5°.
o alagamento de quaisquer três compartimentos prin (iii) E m caso algum a l i n h a d e segurança deve ficar
cipais adjacentes. imersa na c o ndição final de alagamento. Se se consi
O capitão do navio deve dispor sem pre dos elemen derar provável que : durante uma fase i ntermédia do
tos necessários para manter uma estabili dade intacta alagamento, a l i n h a de seg u rança venha a ficar sub
asse g u re que o navio suportará uma cond ição crítica
adequada, em quaisquer condições de serviço, que mersa, a administração pode exigir todos os estudos
e disposições que entenda necessários para a segu
de avaria. rança do navio.
1 70
7.5.5.
ESTABILIDADE EM A VARIA
O utros requisitos
r 1 71
e apresentado seja na forma de u m caderno de cálculos, transversal e lon gitudinal passando pelo centro de
seja na forma de u m o u mais desenhos de formato flutuação. Designando por y as coordenadas da l i n h a
gran de. D eve em qualquer caso ser perfeitamente inte d e água (meias bocaduras) e por x a variável do com
ligível e dispensar, na medida do possível, a execução primento, a formulação matemática é a seguinte:
de secções adicionais às do plano geométrico. Certos
cálculos ad icionais como sejam apêndices, etc., devem Á rea d a l i n h a de água, Aw = 2.
o
/ L
y.dx
ser o m itidos, apresentando-se apenas os resultados
devidame nte identificados. M om e nto em relação a OY (meio navio),
N os parágrafos segui ntes apresentaremos um cál
culo típico relativo a u m a e m barcação de pesca de 1 6 Mo y = 2.
0
/ L
y.x.dx
metros, tentando il ustrar devidamente os princípios M oy
envolvidos e toda uma série de problemas que podem Abcissa do centro de flutuação, LCF
surgir ao longo deste cál culo. Aw
O s cálculos estão dispostos n u m desen h o esque Segundo momento e m relação a OY,
maticamente representado na fig. 8.4.: no quadro O
apresentam-se as d i m ensões principais da embarcação
e no quadro 1 a tabela das ordenadas das l i n h as de água;
l oy = 2
0
/ L
y.x 2.dx
nos quadros 2 a 1 O, de que se dão exemplos nas
Segundo m o mento em relação ao eixo transversal
figs. 8.6., 8.7. e 8.8., dispõem-se os cálculos relativos
passando por F, m o mento de i n ércia longitudinal,
às áreas das l i n has de água; nos quadros 1 1 , 1 2 , 1 3
e 1 4, fig. 8.9., apresentam-se os cálculos d o volume I L = l oy - Aw.(LCF) 2
de qu erena, ordenada e abcissa d o centro de querena
e área da casa mestra, para as diversas l i nhas de água; Segundo momento em relação a OX,
n o quad ro 1 5, fig. 8. 1 0., apresenta-se o resumo de cál
culos e resultados. lox = -
2
J
L 3
y dx
A o l o n g o d os càl cu/os o sinal de menos designa 3 0
convencional mente "por ré" e o sinal de mais, "por Estando F no eixo OX, o m o mento d e i n ércia trans
vante". versal vem:
' T = Jox
8.1 .1. Áreas das linhas de água: LCF, TPCm, Na fig. 8.6. exemplifica-se o cálculo destes elem entos
MTCm, BM e B M L · utilizando a primeira regra de Simpson.
1 74 CÁLCULOS DE QUERENAS
CÁLCULOS DE OUERENAS 1 75
como apên dices, calcu land o-se a área, primeiro e
segundos m o m entos separadamente, adicionando de Simpson, d e forma a poder utilizar no cálcu l o final
pois o seu valor aos valores obtidos para a parte prin a equid istância h. Exemplifiquemos para o cálculo da
cipal. A fig. 8. 7. exempl ifica um cálculo onde se utiliza área da fig. 8. 1 .( b) .:
este recurso: a l i n h a de água estende-se para além h'
da perpe n d icular a ré, com u m a confi g u ração aproxi A =3 · ( Y aO + 4 Ya 1 + Y 2l +
madam ente triangu lar; uma vez determinada a área
e a abcissa do seu centro, calculam-se os momentos h
de área e estes resultados combinam-se com os resul +3 · ( Y2 + 4Y3 + 2y4 + 4 Y5 + ...)
tados obtidos para a parte principal, como se i ndica
n a parte inferior da fig. 8.7. ou, colocando h/3 em evidência:
h
=- · [ h' h' h'
�
A ( - l Ya o + ( - 4 ) Ya1 + (h + 1 ) .
h h
]
3
· Y2 + 4Y3 + 2Y4 + 4 Y5 + ...
dC I· }
em relação ao eixo transversal a meio navio, haver
o cuidad o de i n dicar correctamente as abcissas d o
apêndice. C o m raciocínio semelhante poderíamos cal
cular os elementos relativos ao apêndice por meio
�· •. b
de outra das regras d e Simpson, modificand o os coefi
(b) cientes de forma a manter h/3 a multiplicar f (área).
APtNOICt AMAPR'NO,PAC
Na fig. 8.8. exempl ifica-se este tipo de cálculo.
O s elementos hidrostáticos referentes às l i n has de
Fig. 8. 1 .
água são calculados e incluídos n o quadro 1 5, fig. 8 . 1 0 :
A área dos apênd ices pode também ser calculada DESLOCAM ENTO U N IT Á RIO (Cf. 3.4.):
por uma das regras de S i m pson e i n cl u íd a no cálculo
da parte principal. Na fig. 8 . 1 .(b), por exem pl o , a área Aw
principal poderia ser calculada pela primeira regra d e
TPCm = 1 .025 . 1CJO
Simpson c o m u m a equidistância h , e o apêndice seria
MOM ENTO D E CAIM ENTO U N I TÁ RIO (Cf. 6.4.):
também calculado pela primeira regra, mas com uma
equid istância h'. Para incluir o cálculo deste apêndice 1 .025 IL
no cálculo da restante parte da linha de água, o que tem MTCm =
1 00 L
vantagens práticas, em vez de se considerar que a
equidistância foi reduzida de h para h ' , transfere-se esta RAIO M ETAC ÊNTRICO TRANSVERSAL (Cf. 4.4.) :
redução da equidistância para os coeficientes d e
íJ
B M = ___!]:___
7 76 CÁLCULOS DE OUERENAS
CÁLCULOS DE OUERENAS 7 77
f=�=-=l:.;,
·
"::::.:--.j
Simpson seria:
Fig. 8.2.
L.(r& �
'h
y LA. f (área)
A form ulaç ão mat emá tica é a segu inte o 1 0.00
: 0.00
Á rea secc iona l até uma y, 3.02 4 1 2.08
altur a d,
As = 2 .
j"d
y.dz
1 3.67 1 3.67
0 1 5. 7 5
. h .
M omento e m relação a OY, Area = 2 ·3 . f (area)
Moy = 2 . .
0
/d y.z.dz = 2x
0. 6 1 0
x 1 5.75 = 6.41 m 2
3
O rdenada d o centro d e área = � Suponhamos que a área calculada c o m planímetro, por
As exemplo, é na realidade igual a 7.06 m 2 Daqui se depre-
r
CÁLCULOS DE QUERENAS 1 79
1 78 CÁLCULOS DE OUERENAS
ende que o cálculo com a regra de Si mpson está no § 3 . 1 .2., por integração vertical das áreas das lin has
incorrecto. Assumamos então que a ordenada na quilha de água; m atematicamente temos:
é , não y = O mas Y e tal q u e a área pela regra de Simpson Volume de q u erena até uma imersão d,
fosse correcta, o u seja: (Y e + 1 2.08 + 3.67) x 2 x
x 0.61 0/3 = 7.06 m 2 . Calcula-se Ye = 1 . 6 1 m , que é
portanto a ordenada que deve ser utilizada a fim de a
íJ = / d Aw dz
regra de Simpson pro d uzir o valor correcto. O interesse M o mento do volume e m relação ao plano XOY, igual
desta ordenada equivalente é não tanto para achar a área ao integral dos produtos da área pela sua distãncia
mas sobretudo para calcular o m o mento em relação a XOY:
à l i n h a base transversal, mantendo uma disposição
de cálculo simpl ificada. /d
Para se calcular a área das seccões até às diversas M xy =
o Aw.z.dz
lin has de água, é necessário a p licar as regras de
Simpson repetidas vezes seg u n d o um esquema de cál O rdenada do centro de q u erena,
culo que, para l in h as de água equid istantes poderia ser jd
o seguin te:
íJ
O Aw.z.dz
1 . Efectuar os cálculos de LA O a LA 2 pela 1 .' regra K B = J':1.XY.. =
de Simpson;
2. Calcular d e LA 2 a LA 4 pela 1 .' regra e adicionar aos of
Aw.dz
M o mento d o volume em relação ao plano YOZ,
resultados obtidos até LA 2, obtendo os valores de
igual ao integral seg u n d o a vertical dos mo mentos
LA O a LA 4;
de área das l i n has de água em relação a OY:
3. Repetir a operação anterior de LA 4 a LA 6, de LA 6
a LA 8, etc., obtendo os valores até LA 6, LA 8, etc.,
até à l i n h a de água mais el evada; M yz = J
o
d
M oy . dz
4. Calcu lar pela 3.' regra de S i m pson (ou trapézios)
a área compreendida entre as duas ú ltimas l i n has de Abcis sa do centr o de quer ena,
água, digamos por exemplo entre LA 8 e LA 7 e su btrair d
ao valor calculado até LA 8, obtendo o valor até LA 7;
5. Calcular de LA 7 a LA 5 pela primeira regra e subtrair J'l1yz_ of
M oy .dz
LC B = d
of
aos resultados obtidos até LA 7, obtendo os valores v
Aw.dz
até LA 5;
= área das lin has de água;
M o v = mom ento de área da LA
6. Repetir a operação anterior de LA 5 a LA 3 e de em que: Aw
LA 3 a LA 1 , obtendo os valores até LA 3 e LA 1 .
N o q uadro 1 4 d a fig. 8.9. exempl ifica-se este esquema em relação a OY;
de cálculo para a área da secção mestra. M xy = m omento do volume em relação
ao plano XOY;
8 . 1 .3. Volume de querena e centro de querena M yz = momento do volume e m relação
ao plano YOZ.
por integração vertical
g ramáveis, o n d e se red u z significativamente a possibi Para cargueiros e outros navios d e velocidade mode
lidade de erros, util iza-se somente a integração vertical rada, com coeficientes de finura relativamente elevados:
das áreas das l i n has de água; é este o método que v
utilizamos no exemplo que apresentamos. S � 1 .7 L d + d Denny-Munford
d i rectamente dos elem entos de área e volume cal Para n a vias mais rápidos d e forma usual e coefi
culados, e m conj u n ção com as d i m ensões d o navio. cientes de fin ura relativamente baixos, tais como navios
Deve notar-se q u e as d i mensões a utilizar no cálculo de guerra:
dos coeficientes de forma devem respeitar à flutuação
e m q uestão: o com primento e a boca devem ser os da S � C v'LfL Taylor
linha de água e não as dimensões principais d o navio. em que: S superfície mol hada da carena na ossa
�
8. "l ©
L comprimento médio da parte i mersa
�
I
centagem é da ordem dos 0.5%, isto é : !J. forro =
= 1 .005 !J. m l d ·
N o quadro 1 5 da fig. 8. 1 0., apresenta-se o resu m o
d o s cálculos efectuados q u e podem agora representar
-se graficamente com escalas adequadas. As curvas I' I�
)�
I'.
devem ser desempo l adas e esta característica permite
detectar um ou outro erro eventualmente feito d u rante
o cálculo. Torna-se portanto aconsel hável representar
os parâmetros h i d rostáticos à medida que se forem
I �
-
M
" �
-
aparecer u m ponto que saia d o desenvolvimento desem "
polado d a curva, que nâo possa ser explicado por uma o
'
-
irregu laridade d a forma d a própria qu erena, os cálculos
relativos a essa l i n h a d e água devem ser revistos antes � �
-
de prossegu i r para o cálculo do volume e restantes "
" �
w
"<i
parâmetros. .
- a:i
,
�
�
�
- o,
>
' u:
r: ' t i-=-
o
1: .!!
.
.
.
�
. .
•
>
'1
>
-'1
o
'
� w
.
� � �
-
J J _;
"
- � �
�
M
.!!
.
"
.!!
. .
>
� . o
'1 -'1
� w
o
w
�
.
J J " _;
�
[I] [I]
"
N
w
Q
.!!
o
4
5 =� -�...
0
o .
I ;
" e
u w w �
J
.( :1 !: J
u d Q
CÁLCULOS OE OUERENAS 187
186 CÁ LCULOS DE OUERENAS
! l/2
COMPRIMENTO ENTRE PERPEND I CULARES PP - 12.76 m 0.000 o . s o . ooo 5 - 0.000 - 5 0.00 0 . 000 0.5
o
COMPRIMENTO NA flUTUAÇÃO LWL . 13.92 0.040 4 . 5 - 0.180 4. 5 0.81 0 . 000 2 0.00
ln
0.020 2
m
BOCA NA OSSADA mld . 4 . 1B 0.452 4 - 1. BDB 4 7.23 0,092 1 0.09
111
1 0.452 1
PONTAL DE CONSTRUÇÃO Dm1d . 2.05 m 2,330 3 . 5 - 8.155 3 . 5 28,54 1.581 2 3,16
1.165 2
lMERSAD DE PROJECTO dm1d . 1.40 m 3 - 7.269 3 21.81 4,212 1.5 6.31
7.760 - 2 -15.520 l=- 2
2 1.615 1 . 5 2.423
DESLOCAMENTO NA OSSADA d - 39.0 t 31.04 7.301 4 29.20
3 1 . 940 4
CAWENTO DE TRAÇADO 60 4.016 1 - 4,016 - 1 4.02 8.096 2 16.19
ta . • 4 2,008 2
7 . 760 o.oo 7.301 4 29.20
5 1.940 4 o o . ooo o
3,460 1 3.460 1 3.46 5.178 2 10.35
6 1. 730 2
5.580 2 11.160 2 22.32 2. 715 4 10.85
7 1.395 4
1.410 3 4,230 3 12.69 0.831 1.5 1.24
0, 940 1 . 5
!ME!AS-BOCADURAS
6
0 , 67
I I 0.695 2 1.390 3.5 4,865 3.5 17.03 0.336 2
6Y2
1 9 0.440 1 0,440 4 1,760 4 7.04 0.085 1 0.08
2 0, 370 4 . 5 1.665 4 . 5 7.49 0 , 006 2 0.01
9Y2 0,185
0 . 00
i�
1 2 3 4 5 o . ooo 0 . 5 0.000 5 0,000 5 0.00 O DOO 0.5
o 6 7 6 10
37.431 - 9.808 63.48 107.35
d 0,000 0,204 0.408 0. 612 0 . 816 1.020 1.224 1.428 1.632
o - -
0.000 o . ooo� 0.000 - 1.0SO 1.644 1.820
1/2 0 , 010 0 .000 0 .030 0.030 0.020 0.000 1.500 1 . 788 1. 914 h .. 1.276 31.84 m2
Aw • 2 Jf(Awl "" 2 x --- x 37.431 •
2 3 f(r1Qy
1 1/2 0.125 0.230 0.560 1. 165 1.690 1,885 1,960 2.030 1.276 2
o,o8o
2 0,130 0.280 0.580 1. 115 1.165 1.888 1.985 h2 (-9.808) -10,65 1!13
2.015 2.060 Moy"' l "' 2 X -- X '"
Fig. 8. 5. Fig. 8. 6.
188 CÁ LCULOS DE QUERENAS CÁ LCULOS DE QUERENAS 189
Al.160 Efo"1�72l:�2
·��
02 o o
h-:'o.575 11'\
I I I
ir
0-60
y3 M.S. f ( I 0x l
SEC M.s. f(Aw) ' f ( Mo y l ' r0 0 y l
ÁREA PRINCIPAL y
5 . 9 0 - 4 . 248 5 . 90 25,06 4,096 0.45 1.84
02 1. 600 0,45 0.720
SEC M.5 f( Aw ) f ( MO y) f ( I oy l 3 . 4 5 -16.873 -5 .45 91.96 5 . 08 8 1.80 9.16
y ' ' y M.5 f ( Ioxl 01 1.720 1.8 3.096
o 1.050 0.5 5 - 8 . 645 - 5 4 3 . 23 6 . 02 9 0.95 5 . 73
0 . 525 - 2.625 5 13.13 1.158 0.5 o 1.820 0.95 l . 729
-5
0.56
77.52 7 . 012 2 14.02
1/2 1.500 2 3.000 4 . 5 -13.500 '4 . 5 60.75 3 . 375 2 1/2 1 . 914 2 3 , 828 - 4 . 5 -17.226 4 . 5
6 " 7.76
1 1. 740 1 1.740 - 4 1 1,980 4 - 7. 920 4 31.68 7.762 1
- 6. 960 -4 27,84 5.268 1 .1 1.980
5 27 16.73
1 2 1. 8 8 5 2 3 , 770 2 4 . 060 J . 5 -14 .210 3 . 5 49.74 8 . 365 2
3 . 5 -13,195 -3 . 5 46,18 6 . 698 1)2 2 , 030
2 1.1.4n
2 1.985 - 9 . 270 - J 27.81 8. 742 1.5 13.11
1.5 2 . 938 - 3 - 8 . 933 - 3 26 , 8 0 7.821 2 2.060 1.5 3.090 -J
1.5 11 "' 3 6 . 53
J 2.060 360 -2 -16.720 - 2 33.44 9.129 4
4 8.240 2 -16.480 -2 32.96 J 2,090 4 a.
8 , 742 4 34.,7 18.66
4 2 . 080 2 4 , 180 -1 - 4,180 - 1 4.18 9.129 2
4 . 160 - 1 - 4 . 160 1 4 . 16 8 . 999 4 2.090 2
2 lB nn 36.00
5 2.045 4 8 . 320 o 0 . 000 o o.oo B. 99'9 4
8 . 180 o o.ooo o 0.00 8. 552 5 2,080 4
4 34.21 16.24
6 1 . 925 2 4,020 1 4 , 020 1 4 . 02 8 , 121 2
3 . 850 1 3 , 850 1 3.85 7.133 2 6 2 , 010 2
14.?7
7 1 . 675 4 6 . 700 7.360 2 14.720 2 29.44 6.230 4 29.92
2 13.400 2 2 6 . 80 4 . 699 4 '' en 7 1.640 4
B 1.240 3 6 . 65 1 J 19.95 3.229 1.5 4 . 84
1.5 1 . 860 3 5 . 580 3 16 . 74 B 1.478 1.5 2.217
1. 907 1.5 2 86
B 2 0 . 96 0 J. 5 8 . 435 3. 5 29.52 1 .750 2 3 , 50
2 1. 920 3.5 6 . 720 3.5 23.52 BY2 1.205 2 2.410
o 88'i L77
9
,
4 3.480 4 13.92 0 , 659 1 0 . 66
0 . 640 1 o . 640 4 2 . 560 4 10.24 9 0 , 870 1 0,870
0.262 1 n " 0,25
1.000 4.5 4 . 500 4.5 20.25 0 , 125 2
9Y2 0 . 320 2 0.640 4.5 2 . 880 4 .5 12.96 0,033 2 0 . 07 9Y2 0,500 2
5 0 , 350 5 1 .75 0,003 0.5 0 , 00
10 0.000 o.s o . ooo 5 o . ooo 5 o.oo 0.000 0.5 0.00 10 0.140 0.5 0 . 070
�
48.223 30.863 305.93 162.92
1 276 x
Aw ., 2 f{Aw) : 2 X ' 4 8 . 2 2 3 "' 4 1 . 0 2 m 2 214.95
:
h 2 1.276 2
3 h 1.276 2
h 3 1. 276 3 Aw .. 2 3 f(Aw) 2 X -- X 5 7 . 310 = 4 8 , 7 5 m
3
I o y = 2 3 f ( I 0 y l = 2 x --- x 3 0 5 . 9 3 .. 4 23 . 7 m4
x 1 6 2 . 9 2 "' 4 6 . 2 0 m4
�
3
1 h 2 1 .276 2 2 3
h !.276
I r = 2 1 1 f ( I ox l = X
2 f ( M0y) "' 2 X - ,- X (-57 .136) = - 62,02 m
J "o v J
LCf .. ..!:lJ.r
-62.02
CÁLCULOS = � = 1.272 m f!.',
Aw
ELD�ENrO
ÁREA PRINCIP
���}
41.02
r�1 r�if
- 3 3 . 50
�-�;
--- ---
;:;r I r'.n
423.
r .1! 1
4 6 . 20 I 0y •
h3 1.2763
2 3 f ( l0y) "' 2 x --3
- x 500,47 = 6 9 3 . 2 m
4
Fig. 8.8.
Aw. I LCf l 2 3 4 . 8j Ir " J ) f ( lox l " J X
- 3
IL "' · '!
Fig. 8.7.
CÁLCULOS DE QUERENAS 191
190 CÁLCULOS DE QUERENAS
13 A. DA C. MEST. 12[
A'J,'12
liNHA VOLUME
Jl ORDENADA DO C.B.
12 A.BCISSA DO C.B.
M5 f ( Am )
DE
ÁGUA
Aw MS f( . ) v
( :n3)
z da L� Aw.z MS f(Mxy) Mxy KB
(m)
MQY MS f(Myz) Myz LCB
�m)
y
(ml
APtNOiCES
0,03
0 . 4 9 1,000
ATÉ O 0�49 -0�05 - 0 . 102 o.oo
3.6 o.ooo 1
o 1.32 1 1.32 0 . 000 o.oo 1 o.oo 3 . 62 1
-o.aT 4 J ,50
1 10.17 4 40 . 6 8 0.204 4 . 58 4 !8.32
2 .07 4 8 . 28 1.42
1.66 1.420 1
2 19.77 1 19.77 0.408 8 . 07 1 8 . 07 1 . 66 1
4 . 92 0,33
- 23 .6( - 1 . 6 [
O a 2 0 .204 X 61.77 4 .20 16.35 1.11 0.36
-,
- - 2 . 0 S -0.4 4
ATÉ 2 4 .69 1.06 0.226 1.42
1.66 1,420 1
2 19.77 1 19.77 0.408 8 . 07 1 8 . 07 1 . 66 1
1 . 7 5 0 <1 7 . 00
3 26.61 4 106.44 0.612 16.29 4 6 5 . 14 5.46 4 21.84
1.940 1 1 . 94
4 31.79 1 31.79 0 , 816 2 5 . 94 1 2 5 . 94 10 .62 1 10.62
2 a 4 j
O. D4 X 158.00 10.74 9 9 . 15 6 . 74
-34 . 12 - 2 . 3 2
1 . 06
- 4 , ll -0.286
ATÉ 4 15.43 7 . 80 0. 50(,
1 . 940 1 1.94
4 31.79 1 3 1 . 79 0.816 25.94 1 25.94 10.62 1 1 0 . fi2
2 . 020 4 a . oa
I
5 36.22 4 144 .a a 1 . 020 3 6 . 94 18.97 4 7 5 . Gt
4 147.77
X
2 . 045 1 2 . 05
6 41.72 41.72 1 . 224 51.07 1 3 8 . 08 1 J Q , OEl
1 51.07 0,62
12.07
4 6 0.204 2 18 . 3 9 14.85 224.78 -124 . 5 8 - B ,ll
a 15.29 1.86
j -12.8 -0.425
ATÉ 6 30.28 23.09 0 , 762
2 , 045 1 2 . 05
6 41.72 1 41.72 1.224 51.07 3 8 . 08 1 JB.oe
1 51.07 8 . 24
4 232.36 2 . 060 4
7 46.47 4 185.88 1.428 66.36 4 265.44 5 8 . 09
2,080 1 2.08
8 4 8 . 75 1 4 8 . 75 1.632 79.56 1 79.56 6 2 . 02 1 62.0
12 . 3 7 0 . 84
YlM
6 a 8 276 . 35 18 . 7 9 -332.4 -22 . 6
X 396.07 26.93 2 , 72
-35,4 -0.723
ATÉ B 49.07 50.02 1 . 019
2,080 5 10.40
8 48 .75 5 243.75 1.632 79.56 5 397.80 6 2 . 02 5 310.1
2 . 060 8 16.48
7 46.47 8 1 371.76 1.428 66.36 8 530.87 58.09 B 464.7
l 2 , 045 -1 -2.05
6 4 1 .72 -1 -41.72 1,224 38.08 -38 . 0
1204
-
51.07 1 -51.07 1
-0,42
2 4 . !3 3
8 a 7 0 5 7 J . 7 9 - 9 . 75 -736 . 7 +12.5
X 877.60 -14.92 2 . 30
ATÉ 7 -22.9 -0.584
39,32 3 5 .10 0 . 893
2 , 060 1 2 . 06
7 46.47 1 46.47 1.428 66 .36 1 6 6 . 36 5 8 . 09 1 58.0
2 . 045 4 B.Hl
6 41.72 4 166 . 8 8 1 . 224 51.07 4 204.26 3 8 . 08 4 152.3
ll...jlli- X
2 , 020 1 2 . 02
5 3 6 . 22 1 36.22 18 . 9 7 1 18 . 9
- 7 · " - 0 . 3 27
1.020 3 6 . 94 1 3 6 . 94
7 a 5 249.57 -16.98 3 0 7 . 5 6 -20 . 91 -230. 3 +15.6
12.26
�
L47
ATÉ 5 22.34 14 . 1 9 0.635
Q 2 . 020 1 2 , 02
'
J · " . 2 ?. 1.02S J :O . 'Jtl 36 . ':!11 lR ,
) f, . 2 2 I 1 �-�'� . cn l
7 . 76
4 4 2 . <1 L 940 4
4 31.79 4 127.16 0 , 816 2 5 . 94 4 103.76 10.62
� X
L 750 1 1.75
3 2 6 . 61 1 26,61 0 . 612 16 . 2 9 1 16.29 5,46 1 5 .4
5 a 3 189.99 -12.92 156 . 99 -10.68 -69.91 + 4.5
11.53
�
0.69
ATÉ 3 3 9.43 3 . 51 0 . 372 - 2 . 75 - 0 . 292
1 . 750 1 1 . 75
3 26.61 1 26.61 0 . 612 16.29 1 16 , 2 9 5 . 46 1 5.4
l . l12 Q 4 5.68
2 1 9 . 77 4 7�1. Q[l 0.408 8.07 4 32,26 lo 66 4 6.6
0 . 875 1 0.88
�
1 1 0 . 17 1 10,17 0 . 2 04 2.07 1 2.G7 4 . 58 1 4.5
8 . :n
3 a 1 0 . 204 X 115 . 8 6 - 7 . 8 8 5 [ • •:,?. - 3 . 44 -16.6 + 1-1
- 3
- o.1
Fig. 8.9 .
ATÉ 0.07 - 1.6 -1.045
1 1 . 55 0,045
(co nt.)
Fig. 8.9.
[
R E SUMO DOS CÁLCULOS
ll5l
�
�
()
LINHA DE ÁGUA No, o 1 2 3 4 5 6 7 8 }>.
()
,...
0 . 204 0.408 0 . 612 0 . 816 1.020 1 . 224
:;
HiE RSÃO, d (m) o . ooo 1.428 l . 632
�
V mld ( m3 ) 1.5 4.69 9.43 15,43 22.35 30.28 39 .
-
VOLUME OE QUERENA 49.07 o
DESLOCAMENTO, A mld 1 . 02 5 ( t) 4 .81 9 . 67 15,82 2 2 . 91 4 0 . 30
-
= 1 . 59 3 1 , 04 5 0 , 3::-
-
Cb V /L.B,d 0.353 0 . 377 0.452 0.482 0 . 511
C . 5 85 0 . 6 16
0 , 455
Cp ,. Cb/Cm - 0 , 568 0 . 6 34 0 . 606 0 . 616 0 . 6 38
,{A L 63
-
SUP. MOLHADA (TAYLOR ) , S • 2.6 (m) - 10 . 19.78 28.31 36 . 4 1 4 4 . 19 54 . 1 3 63.01 71 . 07
DE SLOCAI-lENTO FORA D O FORRO • 11 (t) 2 . 25 6 , 04 11 . 4 3 10 . 08 2 5 . 6S 34.40 44.21 54 o 71
Fig. 8. 1 0.
'"
�-,·; ··r--��-:-"'··�'7?''"'"7"""��� ---�,-,.---,-,- ··-�� ... -
'""� O õ
� 01
- :::J CD � <D "C
� o ·O CD :::J o -, CC ·
-, Q) <
d11r-
g "' m 3· x :;· 5
"' CD �3 w - '' ·O o. @. O Q)
-, ,_., I
o cn
"' w
- o. o. o "0 o 3 cu . c.
- O"
c. m �� < o
0 C õ' o O> ..C c: 00 � CD Q) O
-o CO ID
O :::J o c.
-, UJ - m X " o
::J o ..c
ro � 00.., = C/J UI � c: g-� @ o :::J _
-, CD D>> � cc
�--n -, ro m � cc D> � o c
oo � .., -, .o o. m :::s .o
'O
o
CD O• D> :::J C
�
D> �
cc o. :::J ID cr m 0. 3 o m� o< c- � c: :" 3 -
m CU - (') Q)· ID ....
.., - m -
-·
::3 cn n>· g. :::+ ?2 I» n
D>. -, CD cn w G) - -
..c 1""\ ro c: o o o. <= (J)
......
ID
__,... - · - :::J - :::1
�
a. c: c: o • c: cn � o "C CD o
c;
m m :;· o e: 3 - .... .
o ->
O (D o CD N CD ::t>N
),JJ .., (I}
0 I»
!l'
� ::r � :::J c. CD c. ;L ()
(I)
� ..,
� o o m c: c: � - -· oo cn !lJ
-�, a, -, � g -, . CD �
"' :::s
m · C: n>
..... . o I» � o- CD CÕ· c: Q.
�
..,
co cn .., � " c: -
o "' .., ro 5·
s:u o 3
c:
"T"
Q)
{) 0 m m .., o. - oo
::r ...... � :r.
)> 5'1. - CD - 1J �
•
cn o "C � C: õ' O Q)
r- < o 00 "0 � 3 � �> -, - CD
cc cn .oD>l O :::ICi · (D:::J - Dl�. -
3 Cf>
Ã
- O
cn 3 CD :::J ro o·. =. -�, CD � :::s �
z o�
�
- . c: o n n - - = � Q) o. (I)
< C:
:J <O
oo 3 cc �. :::J -I.
'-
::I
ro 0>::J :::r o 0 Q) � �· D> 0 0 CD·
I
(o)
cn m -.· o � o m
194 CÁ LCULOS DE QUERENAS CÁLCULOS DE QUERENAS 195
i ntegrarmos longitudi nal mente os mom entos das áreas sendo a linha de água O tangente á querena. Calculem
seccionais, obtemos o m o mento do volume de querena -se as áreas das flutuações e os respectivos momentos
e m relação ao plano XX; dividindo o m o mento pelo em relação às l i nhas contidas no plano XX, para as
vol u m e achamos o braço KN. linhas de água 1 , 2, 3, etc. I ntegrando verticalmente
as áreas das flutuacões até à linha de água LA, obtemos
o volume de que re n a até essa l i n h a de água; integrando
verticalmente o s momentos obtemos o momento desse
volume em relação ao plano XX; dividindo o m o mento
pe.l o volume o btém-se o braço KN. Esta a base do
METODO ISOCLINICO q u e desenvolveremos adiante.
A
Fig. 8. 1 2.
Fig. 8. 1 4 .
X
I
acha também o segundo m o mento de área em relação
lN
ao mesmo eixo. Ass u m i re m os que o leitor conhece
[w lo
o funcio name nto deste aparelho.
O método do integrad or é uma aplicação d i recta �
o
(leitura) MS
o 0.5
f(Mv xl
o
(leitura)
o
Poderíamos também ter utilizado o integrador para
0.5 o
-- --
JS 27 2 54
a obtenção das curvas de B o njean que, como sabemos,
31 2 62
1 1 58 1 .5 237
mais não são que as áreas seccionais d o navio direito.
151 1 .5 227
2 218 4 872 1 93 4 772
3 297 2 594 289 2
8.2.3. Método do integrador com secções
578
4 375 4 1 500 355 4 1 420
Tchebycheff
5 383 2 766 367 2 734
6 369
A integração longitudinal das áreas seccionais e res
4 1 476 348 4 1 392
7 281
pectivos mome ntos pode também ser feita com auxílio
2 562 250 2 500
8 207
de uma das regras d e Tchebycheff, representando certa
4 828 1 79 4 716
9 1 27
economia de cálculo.
1 .5 191 1 09 1 .5 1 64
9� 58 2 1 16 23 2 46
REG RAS D E T C H EBYC H EF F
10 o 0.5 o o 0.5 o
7, 1 96
A s regras . d e integração d e Tchebycheff u s a m u m
6,61 1
__
1 . 20 2 -" .n
v 3 X 7 , 1 96 25
X 0. 1 664 X 1Q4 = 29.9 m 3
Fig. 8. 1 7.
M vx =
1 . 20 2 53
3 x 6,61 1 x 1 .082 x 1 06 = 44.7 m 4 y = ao + a 1 x + a 2 x 2
= J:v1Jzx_
]
44.7
KN
v = 1 .495 m +p
a 1 x2 a2 x3 +p
29.9 Á rea = I y dx = [ ao X+
2
+
3
-p -p
Fig. 8. 1 6. = 2 a0 p + 2 a 2 73 (1)
200 CÁ LCULOS DE QUERENAS CÁLCULOS DE QUERENAS 201
2 2 3 4 -p
P a ra x = -x i , y = Y i = ao - a 1 x 1 + a 2 x 1
2
I 3
Para x = x 1 , y = Y2 = a o + a 1 x 1 + a 2 x 1
. 2
I = 2 ao p + 2 a 2 P
3
(3)
: . Area = C (2 ao + 2 a 2 x 1 ) (2)
Seja a área entre -p e + p da forma:
{ { {
Equacionando os coeficientes de a o e a 2 das expres Área = C (y 1 + Y 2 + YY
sões ( 1 ) e (2):
p = c p = c p = c Para x = -x 1 , y = Y1 = ao - a 1 . x 1 + a 2 x 1 2 - a3 x 1 3
p2 Para x = O , y = Y 2 = ao
x 1 2 = 3�C = T
p3 2 p3 p
3 = C x1 x 1 = ± -.f3 = ± 0.5773p 2
Para x = + x 1 , y = Y3 = ao + a 1 x 1 + a 2 x 1 + a 3 x 1 3
:. Área = C ( 3 ao + 2 a 2 x 1 2 ) (4)
Calculámos assim o espaçamento entre ordenadas e q u i
Equacionando os coeficientes d e ao e a 2 das expres
distantes da origem t a l , q u e :
{
sões (3) e (4):
Área = p (Y1 + Y2l
2 p
{
P o d e m os fazer raciocmJo idêntico para três orde 2 p = 3 C C = -
3
nadas, ass u m i n d o que a função é representável por uma
parábola d e 3.' ordem, fig. 8. 1 8. 2 3 3 p2
P = 2 C x1 2 Xj 2 = =
y
3 :C 2
l
2 p
{ �:0
'
v, I'
o ± 0. 707 1 p
y2
±
-�
;,-
y3
.,.x,
(nota: para 8, 1 O e 1 2 ordenadas a p l icaram�se duas vezes as regras secção p o r um lado, e por outro, reduzir o seu processa
de 4,5 e 6 ordenadas, respectivamente) mento para calcular o volume e o momento. A desvan
tagem associada a esta s i mpl ificação é q u e é mais fácil
APLICAÇÃO AO CÁLCULO DE Q U E R E NAS I N CL I NADAS
fazer u m erro e posteriormente mais trabalhoso corri g i
É frequente a utilização das regras de 7, 9 ou 1 O -lo, s e se correr o integrador ao l o n g o de dez secções,
ordenadas Tchebycheff para a integração l o n g itudinal do que se se dividir o cálculo em pequenos passos.
das áreas seccionais e momentos, obtidos com o inte
grador. O plano d e secções é feito com u m espaçamento
entre secções correspondente à regra que se pretende 8.2.4. Método lsoclínico
utilizar e, em vez de se l e r no integrador a área e mo Já estudamos os fundamentos deste método que
mento de cada seccão até u m a dada l i n ha de água, basicamente d ifere do método do integrador n a ordem
pode co rrer-se i n i nterru ptamente o integrador até à de integração: o volume e momento obtêm-se por
l i n h a d e á g u a em q u estão ao l o n g o de todas as secções integração vertical das áreas e momentos das flutua
e tomar apenas a leitura da SOMA das secções, q u e ções, em vez d e por integração l o n g i t u d i n a l das áreas
para o caso, representa a soma das ordenadas e momentos seccionais. Tentaremos i l ustrar devida
Tchebycheff da curva que se pretende integrar. O mente os f u n d amentos práticos do cálculo e posterior
vol u m e de q uerena e o momento desse vo l u m e virão: mente, concen trar-nos-emos na sua execucão com
auxílio de calculadoras programáveis ou computador.
(L a s ) . KA
L E2
V =n. 1Q4 Como se poderá observar, a sua extensão é tal, q u e
204 CÁ LCULOS DE OUERENAS CÁLCULOS DE QUERENAS 205
realizar este cálculo por u m processo manual d i recto À distância do plano XX ao ponto de tan g ência na
é praticamente i n c o m p reensível hoje em dia. linha de água O, chama-se braco KN ao deslocamento
Prepara-se n u m a escala conven iente u m plano de zero. Para as outras l i nhas d e água medem-se as orde
secções representando a m bos os lados do navio e a nadas da flutu ação a um e outro bordo; por exempl o,
partir d e u m ponto da lin h a de centro, (util izaremos K na l i n h a de á g u a 4, a s ordenadas Y i do bordo I M E R G ENTE
como polo), dese n h a m -se várias l i n has i n c l i n adas de e as ordenadas Y e do bordo EMERG ENTE para as várias
O a 90' espaçadas 1 5' . N u m a folha de papel vegetal secções do navio. O bserve-se q u e o sinal da ordenada
separada, desenha-se uma l i n h a representando o plano emergente é N EGATIVO se esta for medi da para o lado
d e referência XX e 7 o u 8 l i nhas de água com espaça imergente do plano XX; é o que aconteceria por exem
mento tal, q u e estas c u bram uma g a m a de desloca plo, com o Ye da secção 4, fig. 8. 1 9.
mentos de O a um deslocamento algo superior ao des A área e m o m ento da flutuação, em relação a u m a
locamento máximo do navio. Para o â n g u l o e m estudo, l i n h a no sentido proa-popa no plano X X vêm:
sobrepõem-se as l i n has d e água n o plano de secções L
de forma a q u e a l i n h a de á g u a O seja tangente à querena Af = o/ (Ye + Y il dx
e o ponto escolhido para polo (K) fique na l i n h a repre
sentando o plano XX, f ig . 8. 1 9. Para maior clareza
1 .L
representam-se apenas 5 secções, as de ré a tracejado. M AX = 2 o/ (Y i 2 - Ye 2l dx
o /L y.(y/ 2) .dx -
_
112 o/ Ly2.dx, § 2.6.)
I Ii 0' II
5
e momentos das flutuações às diversas l i n has de água,
// I
i iI '
7
/
/ / I LA
"'�/ 'i/ = At dz'
2
K - - I o/
0 --------�--�-
em q ue Z' é o eixo perpendicular às LAs.
LA
Mvx = o/ MA x dz'
f
206 CÁ LCULOS DE QUERENAS
i CÁ LCULOS OE OUERENAS 207
o
Yi
2.6S
Ye
-D . S 2
Yi+ Ye
2 . 13
MS
o.s
f(A
1.07
F) Yi- Y e
3 . 17
(
f M AX
3.38
)
l
fi
as l i nhas de água, o mesmo â n g u l o para um e outro
bordo MANTEN D O FIXA a posição do polo K, podem
-0 . 3 3 obter-se os Y i e os Y e das secções de vante e d e ré.
t
Y2 2 .S9 2 . 26 2 4 . 52 2 . 92 13.20 l
l
1 2 . S4 0 .03 2.S7 l 2 . 57 2 . 51 6 . 45 t:'
1Y2 2 . 50 0 . 35 2 . 85 2 5 . 70 2 . 15 12 . 2 6
!:t 8.2.5. Apêndices
2 .4 6 0 . 57 3 .03 1.5 4 . 55
s dire itas , pod e-se
l . 89 8.59
Tal com o no cálc ulo de que rena
2.
2 . 44 o . 92 3 . 36 4
os a isso se é obr i·
1 3 . 44 1 . 52 20.43
o de cas
3
utiliz ar, e em gran de n ú mer
equ ivale ntes e apê n
4 2 .42 l . DO 3 .42 2 6 . 84 1 . 42 9 - 71
gado, o recu rso d e orde nad as
sua utili zaç ão g e n éric a
5 2 . 39 l . DD 3.39 4 13.56 l. 39 1 8 . 85
dices de área o u volu mét rico s. A
end o aqu i estu dar o
6 0.88 3 . 60 2 7 . 20 l . 84 13.25
já foi dev idam ente trat ada cab
2.72
7 2.86 [; . 6 7 3 . 53 4 14 . 12 2 .19 3 0 . 92
q u e a part ir de cert os
caso part icula r d e su pers trut uras
8 2.51 0 . 38 2.89 1.5 4 . 34 2.13 9 . 23
ntam u m a i m p ulsã o adi
ângu los de incl i naç ão repr ese
8Y2 2 . 15 0.19 2 . 34 2 4.68 1.96 9 . 17
u rva dos braç os d e esta bilid ade .
cion al q u e inte rfer e na c
9 1 . 62 - 0 . 03 1.59 l 1.59
cas o de u m cas telo de
Con side rem os por exe mpl o o
1.65 2 . 62
./:'
l%/Jf
1/
85.68 160 . 0 9
3.
�
. 1.276
3 - X 8 5 . 6 8 = 36 . 4 4 m2
h
Area = f( AF) = --
=z • 3 . = 2)(3
l h 1 . 276 -
MAX f(M 16 0 . 0 9 m3
8 9 10
AX )
-
o 2 3 4 5 6
x
2 4 2 4 2 4
MS: 1 4 2 4
APlND I C E S : ( Calculados n a f íg . B . 2 3 . )
Fig. 8.2 1 .
A = l . 89 m 2
I II
mento do castelo e o M S 1 . Esta operação é equ iva
f
�
rI
�
'
Fig. 8.22.
"s e " e "ss" designam "ao convés" e "à s u perstrutura"
I
respectivamente. Este raciocínio seria facilmente g e ne No exe m p l o q u e se apresenta existe u m castelo d e
ralizável se o m u ltipl icador d e S impson fosse 1 . 5 ou proa terminando 0.88 m a vante d a secção 6 . Para
qualquer outro proveniente d e dois 1 '; entrar-se-ia o ãngulo de 30° há discontinu ídade das flutuações
i g u almente com a média ponderada dos dois valores, a partir da LA 4. As áreas e m o mentos são calculados
como valor equ ivalente.
I como se a disco ntin uídade ocorresse na seccão 6,
t
I
No caso mais provável da discon t i n u i dade ocorrer isto é, entra-se com a média das ordenadas ao éonvés
noutro ponto q u a lq u er, por exemlo entre as secções e à superstrutura, e posteriormente adicio nam-s e as
6 e 7, far-se-ia o cálculo ass u m i n do o castelo prolongado áreas e momentos do apêndice que falta i n c l u i r. U m
até à secção 6 e depois descontavam-se o volume exemplo típico d e cálculo d e apêndices, i n c l u i ndo este
e m o m ento adicionais i n cl u ídos, fig. 8.22. Se o castelo
se estendesse até um ponto entre as secções 6 e 5,
o cálculo seria idêntico e a parte para ré da secção L ...
6 tratada como apêndice positivo. 1--" 2,48
J ...
8.3. Cálculos de querenas com calculadoras pro
gramáveis. mf I
,
d o m ín i o, no entanto, para o projectista q u e apenas ELEMENTO ��r.\ 1�\ ,�;� �..�; 1��) f�l\ ,;�,
dispõe da sua pequena calculadora programável, estes PROGRAMA: ADIT 12MIII 12Ma AoiT
Ret 5 1, 6, 9 e 1 5.
isoclínico, pode util izar-se para cada â n g u l o d e i n c l i
nação o esquema condensado d a fig. 8.25., efectuando
-se separadamente os cálculos dos apêndices neces
sários.
1 o= 3o" 1 CÁLCULO 8AS /\R [ ;,<:; [ I·IOI•,u·. roc; Qf,S rLUTc: <Çfit S , VOLU1·íES DE jU[Il[;,A, .-.�Ui·;UJ T C S E BH!1ÇOS KN
"'
I�
o 1 2 J 4 5 6 7
Y· ,, ,, Y, ,, ,, ,, Y, ,, Y, ,, Y, ,, Yo ,, o
c '• )>,
POPA 2 . 32 -1.64 2 . 6 5 -0.93 2 . 29 -0. 3<1 1 . 75 0 . 1[) r
o
o o o 2 . 05 -2.05 2 . 56 -1.22 -0.52
2 . 65 2 . 18 0 . 00 1.61 0,43 ;;
o
Y2 o ..
o 2 . 20 - 1 . 9 1 2 . 65 -0.99 2. 59-0.3 3 2.09 o.14 1 . 51 0.58
tJ
1 o o 2.41 -1.17 2 . 71 -0 15
. 2 . 54 0.03 2 .03 o.4<1 1.44 0.76 rn
1' 2 o o 2 . 51 o . o o 2 . 76 0 . 07 2 . 50 0 .35 1 . 98 0.66 1.40 0 . 94 o
_D/z . Hl 0/1 , 2
�
2 2 . 54 0 . 13 2 . 77 0 . 30 2.46 0.57 1 . 92 0.87 1 . 36 1 .09
3 2 . 36 0 . 05 2 . 58 o . 30 2 . 79 o. 62 2.44 0 . 92 1 . 91 1.15 1 . 33 1. 27
�
4 1 .67 -1.67 2 . 48 G.UO 2 . 61 o . 36 2 . 81 0.70 2 . <1 2 1 . 00 1. 90 1 . 2C 1 . 31 1.29
5 2 . 33 -0. 1 5 2 . 58 0 . 32 2 . 80 0,70 2 .39 1 . 00 1. 82 1 . 1 9 1. 30 1.26
"'
6 2 . 13 -0.30 2.49 0.25 2 . 74 0.61 6 0.88 Y3 8 1. 04 ., 1 . 10
7 1 . 39 -0,50 2.18 0 . 17 2 . 57 0.49 2. 86 0 . 67 3 . 13 0.78 3.02 0,83
8 . 84./tJ o . 84--6 1.40 0.08 2.06 0.29 2 . 51 0.38 2 . {) 9 0.43 3 . 2 ll 0 .4 6
Fig. 8.25.
�
38,33 -1 -38.33 36,79 -1 36.79
0,30 X 446. 34 0,30 X 289.46 7.24
AT� O t--:- - 1,670 Ws ""12 �
40.01 12 42.24 1.056
o o.oo 1 0,00 0,00 1 o . o o 5 36,04 1 I 36.04 2 6 . 54 1 28.54
1 14.16 ]4{ 56.64 16.61 4 66.44 438,33 4 1153,32 36.r9Ti]i47.16
2 25.22 l l 25,22 30,81 1 30.81 334.09 1 34,0 9 �.as 1 39.85
0,30 X 225,45 215.55 21.56
o ' 2 0,30 X 81.86
�
97.25 9.73
� �
z s . 2 2 I 1 l 25,22
- 3· 17.46 20.68 1.185
ATÉ 2 --,-
8 , 19 9.7 3 1,187 ATÉ 3
2 30.81 1 30,61 3 34,09 1 34.09 39.85 1 39.65
o
3 34.90 4 1139.60 39,85 4 h.59 ,40 2 25.22 4 100.88 30,81 4 123.24 )>,
16.61 1 16.61 r
4 36.33 1 36.33 36,79 1 36.79 1 14.16 1 14,16 o
:;:
0,30 X 149.13 179.70 17.97
I 28,51
22.70
2 ' 4
ATt 4
0.30 x 203.15 20.32
- ,
-
227.00
32.4 3 1.137 �
AT{ 1 3 2,55 � 2 . 71 1.063 o
' 38,33 1 38.33 36.79 1 1 36 , 79 I tJ
5 38.04 4 152.16 28.54 4 ua.l6 I m
6 36.07 1 36.07 19,59 1 19.59 I o
4 ' 6
lAró 6
0,30 X 226.56
3 � 51.17
170.54 17.05
49.48 0.967
1--- 1- �
�
"'
w
215
9. BORDO LIVRE
de construção mista. o pontal é medido desde o canto superior da faixa horizontal q u e representa a l i n ha de
inferior do alefriz da q u i l ha. Q uando o navio tem secção carga adequada.
mestra reentrante na parte inferior, ou q u ando as tábuas
PAVI M ENTO D O BORDO LIVRE: - O pavimento do bordo
de resbordo são m u ito espessas. o pontal é medido
livre é normalmente o pavimento completo mais ele
desde a intersecção d e uma das faces laterais da q u i l ha
vado, exposto à intempérie e ao mar. que poss u i r dis
com o prolo n g amento da parte chata do fundo;
positivos permanentes para fechar todas as aberturas
(b) N u m navio com tri ncaniz arredondado, o pontal na situadas na parte descoberta e abaixo do qual as aber
ossada deve ser medido até ao ponto de intersecção turas praticadas no costado possuírem dispositivos
do prolongamento das l i n has na ossada, do vau e da permanentes de obturação estanque. N u m navio com
baliza. sendo esse prolo n g amento feito como se o pavimento de bordo livre descontínuo, toma-se como
. trincaniz fosse de q u i n a viva; pavimento do bordo livre a parte mais baixa do pavi
(c) Q ua n do o pavimento de bordo livre tiver salto e a mento exposto e o seu prolongamento paralelamente
parte levantada desse pavimento se encontrar acima à parte alta do mesmo pavimento. Se o armador o dese
do ponto em que o pontal na ossada deve ser deter jar e sob reserva de aprovação pela a d m i nistração. um
m i nado, este deve ser medido até uma l i n h a de refe pavimento inferior pode ser designado como pavimento
rência q u e é o pro l o n gamento da l i n ha da parte baixa de bordo livre desde que seja completo. permanente.
do pavimento paralelamente á parte levantada do contínuo no sentido transversal e contínuo no sentido
mesmo. longitudinal e n tre a zona das máqui nas e as anteparas
PONTAL DE B O R D O LIVRE: dos piques. Q uando este pavimento inferior apresentar
saltos. consid era-se como pavimento de bordo livre
(a) O pontal de bordo livre (D) é o pontal na ossada a parte mais baixa e o seu prolongamento paralela
medido a meio navio a u m e ntado da espessura das mente à parte mais elevada do mesmo pavimento.
chapas dos trincanizes. se os houver, e aumentado ainda Quando u m pavimento inferior é designado como pavi
do val or T(L-S) / L se o pavimento d e bordo livre exposto mento do bordo livre. a parte do casco acima desse
tiver revestimento. Nesta fórmula: pavimento considera-se como uma superstrutura. no
T é a espessura média da parte exposta do revesti que diz respeito às condições d e atribuição do bordo
mento fora das aberturas do pavimento; e livre e respectivos cálculos. E a partir desse pavimento
S é o comprimento total das superstruturas como que o bordo livre é calculado.
está definido no parág rafo 1 O) . d) . da presente
ESTANQ U E À INTEMPÉRIE: - Um dispositivo diz-se
regra.
estanque à intempérie quando em quaisquer condições
(b) O pontal de bordo livre (D) d e u m navio q u e tenha encontradas n o mar não deixa penetrar a água."
trincaniz arredondado com u m raio superior a 4 por cento MARCAS: - Na fig. 9. 1 . apresentam-se as marcas de
da boca (B) ou q u e tenha obras mortas de forma não BORDO LIVRE e da L I N H A DO CONVÉS, com as res
habitual, é o pontal de bordo livre de um navio que tenha pectivas d i mensões e posição relativa no navio.
a m u radas verticais e a flecha e área transversal d a parte Além da marca de bordo-livre que defi ne a L I N H A
alta i g u a l á da secção mestra do navio real. D E VERÃO(S) . são definidas a s s e g u i ntes marcas rela
B O R D O LIVRE: - O bordo livre fixado é a distância tivas às outras condições de navegação:
medida verticalmente a meio navio desde o bordo supe LINHA DE I NVERNO (W)
rior da linha do pavimento d e bordo livre até ao bordo L I N HA D E I NVERNO N O ATLÂNTICO N ORTE, (WNA)
220 BORDO LIVRE
BORDO LIVRE 221
tr
Em certas áreas, e por razões práticas, este critério
�
L I N H A T R O P I CAL DE ÁGUA D O C E (TF) é de certa forma abrandado.
�� Linh!�nvés Uoh• d Além d o bordo livre até agora tratado, pode atri b u i r-se
��--- o a um navio u m bordo livre especial quando o navio
�
r f=
devidamente tratado nas Regras.
o
�i�h� "'é'i 3
9.3. Requisitos para atribuição do Bordo livre
A atri buição do bordo livre está condicionada ao c u m
-
BORDO
cidade. Navios· construídos de acordo com as regras
LTF LIVRE
para transporte de
LT LF
mente com os requisitos estruturais exigidos. No as
L>
pecto da integridade d o navio ao embarque d e água,
LW _ T:�:- ·-
é fundamental tudo quanto diga respeito à protecção
das aberturas no casco e superstruturas e os meios
L WN A - -�WNA
de escoamento de águas em pavimentos expostos
(tosado e rebo rdos) .
Além destes requisitos, está subjacente ( R e g . 1 O)
I 540mm I 540mm I o pressuposto que o comandante dispõe dos e l ementos
"' I I>J suficientes que lhe permitam efectuar o carregamento
(espessura das marcas
ou lastragem de forma a evitar a criação de tensões
exageradas na estrutura d o navio, bem como assegurar
25 mm )
ESC OTILHAS ( R E G . 1 3, 1 4, '1 5, e i 6) retenção sem a exi gência referida anteriormente para
9.4. Cálculo do Bordo Livre<•) escotil has e s u bdivisão que assegure o equilíbrio em
certas condições de alagamento (Reg. 27-7) ; inversa
As regras para o cálculo do bordo livre não se funda mente pode ser a u mentado, se as tampas das escotilhas
mentam e m pr incípios científicos exactos. São resultado não satisfizerem certos requisitos de resistência estru
de u m a evolução onde a a n á lise da experiência em tural (Reg. 1 5-7) . O a u mento neste úl ti mo caso é dado,
grande n ú mero d e navios desempenhou papel prepon em função do comprimento, n u m a tabela (Reg. 27-1 0) .
derante. São assim constituídas por uma série de fór U m a vez defi nido o bordo l i vre básico, torna-se
m ulas e tabelas e m píricas. necessário efectuar as correcções que tomem em l i n h a
O método de cálculo é de natureza comparativa: para d e conta as d iferenças entre o navio real e o navio tipo,
um dado comprimento é apresentado o valor do bordo
livre q u e seria adequado para um navio tipo, com valo
res determinados d o coeficiente d e f i n u ra total C b , 9.4. 1 . Correccão para Navios de Comprimento
razão comprimento/ pontal, extensão de s u perstruturas, até 1 00 m {Reg. 29}
tosado e altura da proa. Este valor básico é depois
O bordo livre tabular de um navio do tipo " B " de
C O R R I G I D O e m função dos desvios d o navio real em
comprimento (L) compreendi do entre 24 m (79') e 1 00 m
relação ao n a vio t ip o .
(3 28') , cujo c o mprimento efectivo (E) das s u perstruturas
D isti n g u em-se d o is t ip o s d e navios: não exceda 35 p o r cento do c o m p rimento do navio,
TIPO A: - Um navio d e tipo "A" é um navio que foi deve ser a u m entado da s eg u i nte q u a ntidade:
projectado p a ra transportar somente cargas líqu idas
a g ranel, e n o qual os tanques de carga têm u n icamente
aberturas de acesso d e pequenas d imensões e essas
7.5 ( 1 00 - L) (0.35 - �) em m i l ímetros
deve ser a u m e ntado d e ( D - U 1 5) R m m em que: comprimento será modificado pela relação b/Bs, onde b
R = U 0.48 para comprim entos inferiores a 1 20 m é a largura da s u perstrutura a mei o do seu comprimento
e R = 250 para comprimentos s u periores. e Bs a boca d o navio nesse ponto, fig. 9.2.
Q u a n d o D for inferi o r a U 1 5, não se fará qualquer
redução a não ser q u e o navio tenha u m a superstrutura
fechada q u e c u b ra pelo menos 0.6 L a me io navio,
caso em que se a p l ica a mesma correcção, em sentido
i n verso.
\j f """.;"_"' 1
I I
9.4.4. n o.s 1 2
Correcção para as Superstruturas
/ .
�-
.
Por definição u m a s u p e rstrutura é u m a construção
li,
::=,:...:;.- -- -
por um pavimento s u perior e se estende de um a outro ----1- ·--- · -- -- ·- ___ ____ b1 I 1Bs 8
A altura n o rm a l de u m a superstrutura é a q u e f i g u ra
na tabela s e g u i nte: Fig. 9.2.
1 22 1 070
a) O s lados da superstrutura estiveram recolhidos os valores obtêm-se por interpo
mais
e m relação ao costado do navio, caso em que esse
ou lação.
228 BORDO LIVRE
BORDO LIVRE 229
2) Quando o compri m e nto efectivo total das su pers e m q u e f é o comprimento efectivo do castelo
truturas (e troncos) for inferior a L, a reducão corres de proa.
poncle à percentagem i n d icada n uma das d Ú as tabelas
segu intes:
Percentagem de redução para os na vios do tip o "A " 9.4.5. Correcção para o Tosado (Reg. 38)
Comprimento total efectivo das superstruturas O tosado é def i n i d o pela distância do pavimento
e dos troncos
à borda a uma l i n h a horizontal, passando pelo ponto
Percentagem de
redução para to- j j j
O o . 1 L 0.2L o.3L oAL 0.5L 0.6L 0.7L 0.8L 0.9L 1 L mais baixo desse pavimento. O navio tipo tem um tosado
o 1 2 1 1 31
formado por d o i s ramos parabólicos, um a v ante e outro
! 14
dos os tipos de
superstruturas . 7 41 52 63 75.3 87.7 1 00
a ré, os quais são definidos pelas ordenadas de sete
Percentagem de redução para os navios do tipo "B " secções e q u i d istantes ao l o n g o do comprimento do
navio: três ordenadas a ré e três ordenadas a vante.
Se o tosado do navio real for I N FERI O R ao do navio
Com primento total efectivo das superstruturas
e dos troncos
Linha
tipo, o bordo l ivre básico é AUM ENTADO; se for SUPE
O 0 . 1 L 0.2L 0.3L 0.4L 0.5L 0.6L10.7L O.SL 0.9L 1L
RIOR e H O UVER SUPERSTRUTURA FECHADA a mei o
Navios c/ castelo navio, o b o rd o livre é REDUZI DO .
de proa e sem
o
castelo centra!
destacado ... i 5 10 1 5 23.5 32 46 63. 75.3 87.7 1 00 TOSADO DO NAVIO TIPO
f\-J avias c/ castelo
O tosado d o navio tipo é definido pelas ordenadas
da tabela se g u inte:
d e proa e c! cas-
lo
tela central des-
tacada .......... " 6.3 1 2.7 1 9 27.5 3 6 46 6 3 75.3 87.7 1 0 0
'--- Ordenadas
- Coefi-
Para c o m p ri mentos i ntermédio s de superstruturas,
Posição
cientes
Em milímetros
os valores obtêm-se p o r i nterpolação l i n ear.
3) P a ra os navios do t ip o "B" Perpendicular a ré ...... 25 ( � + 1 0) 1
C O M PARAÇÃO DO TOSADO DO NAVIO TIPO situadas à distância de L/ 6 e L/3 de cada uma das per
::: DO NAVlO REAL pendiculares serão aumentadas, respectivamente, de
0.444Z e de O. 1 1 1 Z .
A c o m paração entre o tosado do navio tipo e o navio b) S e o pavimento superior de uma superstrutura
c!os d o i s t os a d o s, calculados com auxílio da 2.' Regra
real é ·r eita com base nas áreas abaixo das l i n has
fechada tiver pelo menos o mesmo tosado que a parte
'e xposta do pavimento do bordo livre, o tosado da parte
d e S imps o n ( i 3 3 'I) :
coberta do pavimento do bordo livre não será tomado
a) S e a l i n h a d o tosado diferir da normal, as quatro em consideração.
ordenadas de cada l i n h a na metade de vante ou de ré c) Se u m castelo de popa ou u m castelo d e proa
devem ser multipl icadas pelos factores i n dicados na
fechados tiverem uma altura normal e u m tosado maior
t a b e l a das ordenadas. A diferença entre a soma dos
que o pavimento do bordo livre o u se a sua altura for
às ordenadas normais, dividida por oito, mede a defi
respectivos produtos e a dos produtos correspondentes superior à normal, far-se-á u m aum ento n o tosado
do pavimento do bordo livre obtido pela fórmula:
o u na ele ré. A média aritmética do excesso ou defi
c i ê ncia ou excesso d o tosado na metade d e vante
1 L'
s y -
L
� -
ciênda nas metades d e vante e de ré mede o excesso 3
ou de"f!c i ê n c í a do tosado.
:< u m "bene'ficio"
de superstruturas pode co nverter-se ciência ou excesso de tosado obtidos na com paração
ao tosado nas con dições seg u i ntes: referida multiplicada por O. 75 - S/2L em que S é o com
2) Nos navios com u m a superstrutura de altura
n o rm a ! , a q u a l se estenda por todo o comprimeRto
primento total das superstruturas fechadas:
b) D E D U ÇÃO P O R EXCESSO D E TOSADO Excesso admi ssível de tosado AI = 27.5 x 0.8676 = 23.9
(REG 38- 1 5) 4 . D eficiência de tosado i g u a l à médi a aritmética
Nos navios com uma s u p e rstrutura fechada que do excesso ou deficiência nas metades de v ante e de ré.
c u bra O. "i L para vante e O . i L para r é de meio navio, NAVIO TIPO NAVIO REAL
a correcç ã o por excesso de tosado calculada deve ser (1) ( 2) (3)
d-eduzida do bordo livr-e; nos navios em q u e não há
s u p e rstn..rt ura f-achada que cubra a secção a meio navio,
Tosado Coef. Prod. Tosado Coef. Prod. Dlf./8 Dlf./8Adm.
rr ento.
U3 318 3 954 325 3 975
U6 1 258 3 3774 1 295 3 3885
C o rre cç ã o para o tosado de u m navio 2832 1 2832 2920 1 2920
a ré.
EXEl\•l PLO 9 . 1 . PPAV
com d e "f i c ! ência de tosado 7560 7780 + 27.5 .+23.9
S
C o m p d rn e n t o tota! das superstruturas fechadas,
:. Deficiência d e tosado = 55 -
O rd e n a d a s cio
= 7f:. rn
Correcção para a variação d e tosado (Reg. 38- 1 3) .
s
tosado:
75
PP A .H. L/ .a Li 3 M e io (
55 x (0. 7 5 - 55 x 0.75 -
L/3
) = 2 x 1 40 )
jF
2L
o
L/6 PPAV
(m m) -! 0 -1 5 c{ 50 .o 325 1 29 5 2920 = 26.5 m m (+)
Para navios d e compri m e nto igual ou superior a 250 m: Ordenadas do tosado, a intervalos d e U 6 a partir da
8 ( m 1 11metros)
1 . 36 perpendicular a ré: 1 220 mm, 545 m m , 1 35 m m , O,
..
7
305 mm, 1 240 m m , 2745 m m . Espessura da chapa
C b + 0. 6
, 000
s e passa a i n d icar.
prindo com (Reg. 1 5- 1 7) ] .
RESOLUÇÃ O
LINHA DE Á GUA DOCE, ( F) : - marcada ACIMA da
linha d e Verão a uma distância AAD = [j} 4 TPCm m m
e m q u e 1:!. = deslocamento d o navio à l i n h a de Verão;
BO RDO LIVRE B ÁSICO
Para L = 1 20 , Tabela B (Reg. 28-2) 1 690 m m
TPCm = deslocamento u n itário correspondente.
aumento para escotilhas (Reg. 27- 1 0) + 84 m m
Lii\I HA TROPICAL, (D: - marcada ACIMA da linha
1 774 m m
p o n d e nt e à linha de Verão.
de Verão a uma distância igual a 1 / 48 da imersão corres
CORRECÇ ÃO PARA O COEFICI ENTE D E FIN URA
LINHA DE I NVERNO , (\III) : - marcada ABAIXO da l i n h a
d e Verão a u m a distância igual a 1/48 da i m ersão corres
(REG. 30)
p o n d e nte à l i n h a de Verão.
1 2 500
cb = = 0.7246
1 20 X 1 6. 5 X 8.5 X 1 .025
L I N H A D E I NVERNO NO ATL Â NTICO N O RTE, (WNA):
- marcada 50 mm ABAIXO da l i n h a de I nverno. c b + o .68
•
L 50
- + 1o + 1o =
3
=
3
-
n o rm a l .
( reg .
L/3 1 40 3 420 1 35 3 405
Melo 1
34):
o ___ o o 1 o
s o m p r i rnento electivo, E - 9.4
3335 3260 - 9.4
::
, = ·: o.5 + ·1 2.0 + 6.0 + 1 2. 7 5 = 41 .25 m Meio o 1 o o 1 o
L/3 280 3 840 305 3 915
1°/-\RA
L/6 1 1 io 3 3330 1 240 3 3720
�
DED UÇi\0 S U PERSTRUTURAS (REG. 37)
2745 1 2745
PPAV 2500 1
. -- 4 1 .25 6670 7380
L
+ 88.8 + 88.8
0.34 3 7
= 79.4 / 2 39.7
- 12o =
18
( 1 ) Tosado a re em percentagem d o tosado a re d o navio tipo "" (3260/3335) x 1 0 0 ""
Ecasteio da proa
0 . 1 5 < 0.20
97.8% > 75% logo deve atender·se ã totalidade do excesso a vante (Reg. 38·1 1 } .
=
�----
'
,_ í 20 Excesso de tosado = 39. 7.
! nterpolaçáo entre as l i n has I e l i da tabela (Reg. 37-2) Au mento devido a altura das superstruturas em
excesso d o no rmal (Reg. 38-7 e 1 2) .
E/ L o.�� % 1 23.5 % 11 27.5
0.3 { 1 5.0 { 1 9.0
Castelo de popa:
di�
. .� .
1 1 0. 5
8.5 8.5 S 3x (2360 - 2250) x
3.21
1 20
= =
)( 0.0437 3. 7 1 3.71
0. 1
Castelo d e proa:
s =
0.34 37 'i 8 . 7 '1 22. 7 1 1 1 2. 7 5
(2285 - 2250) X = 1 . 24
3 1 20
-
Percentagem de reduçã.o =
Excesso d e tosado = 39.7 + 3.21 + 1 .24 = 44. 1 5
1 059 x 0.2i 7 1 = [ ( 1 0. 5 + 1 8 + 1 2. 7 5)
�-=-2_:JQ_i_n n:l__
=
X . 75 25.52
2 X 1 20
238 BORDO LIVRE BORDO LIVRE 239
o
cumprindo com Reg. i 5-7.
'1 5
25.52 · x -= 1 9. 1 4 m m
0 .20 RESOLUÇÃO:
correcção 1 9 mm
= -
{
i m ersão de Verão, 7.928 m Ã
/l
CORRECÇ O PARA O COEFICI ENTE DE F I N URA
GCD
Para d = 7. 928 m =
1 1 ,460t; i i ,400
0.6725 < 0.68
�
TPCm = 1 6. 6tlcm Cb = - =
i .025 1 28 19
:. não há correcção.
X X X
-
4 x 1 6_ 6
= 1 72 mm ( - )
4TPCm Pontal na ossada 8.00 m
T:
48
d 7.928 Chapa do trincaniz 0.01 m
0. 1 65 = i 65 m m ( - )
48 Pontal de bordo livre 8.01 m
W:
=
1 65 mm ( + )
21 5 mm ( + )
Correcção = R (D - �5 ) R = 250 (L > 1 20 m)
TF:
WNA: i 65 + 50
- 1 65 - 1 72 = 337 m m ( - )
=
1 28
250 (8.01 - 15 ) = 1 3 1 mm (-)
EXEMPLO 9.3. 1\I AVIO C O M A SUPERSTRUTURA
COM PLETA CORRECÇ Ã O PARA SUPERSTRUTU RAS
Calcule o bordo livre do navio com as características Altura normal, 2.30 m (Reg. 33)
Meio o 1 o o o o 1 o
1 .2. Considere o paralelipípe do d e madeira homo g éneo,
l..f3 295 3 885 275 67 342 3 1026 de densidade O. 78 tlm 3 , indicado na figura. A que calado
L/6 1 1 59 3 3507 1 1 25 266 1391 3 4 1 73 flutuaria em água de densidade 1 .026 tl m 3 . Calcule
PPIIV 2634 1 2634 2555 600 3155 1 ·3155 também o deslocamen to 11 ordenada d o centro de
•
RESUMO D E C Á LCULOS
Bord o livre = 1 859 - 1 3 1 - 1 070 - 47 = 6 1 1 mm
Pontal d e bordo livre 8.01 O
Bordo livre 0. 6 1 1
I m ersão d e verão, d = 7.399 m 1 .3. O navio a que se referem as curvas hidrostáticas
dadas navega em água salgada de densidade 1 .025
O UTRAS L I N HAS D E CARGA tf m 3 , a um calado médio de 4.00 m. Qual será o novo
Para d = 7.399 m, t. = 1 2,550!; TPCm = 1 9. 7tl cm calado médio ao entrar numa doca em que a densidade
t.
da água é 1 .0 1 O ti m 3 .
F:
1 2, 5 50
AAD = =
= 1 59 mm ( - ) (4.051 m)
4 TPC 4 X 1 9.7
d
T:
7.399 1 .4. O navio a que se referem as curvas hidrostáticas
- =
0. 1 54 m = 1 54 m m (-) dadas navega em água de densidade 1 .000 tl m 3 a u m
48 48
calado d e 4.00 m . Calcule, para este navio e m água
salgada (p = 1 .025 ti m 3J , o valor dos seguintes parâme
tros hidrostáticos: TPCm; KB; LCB; LCF; í! e t:..
W: = 1 54 m m (+)
= 204 m m (-)
TF:
\IV NA: 1 54 + 50
- 1 54 - 1 59 = 3 1 3 m m ( -) (3.8tlcm; 2. 1 6 m ; 0.05 m AV; 0.99 m AR; 1 1 63 m 3; 1 1 93 t)
Ref.S 2, 3, 1 2, 1 3, 1 6 , 1 9 .
242 PROBLEMAS I
243
1 . 5. O navio a q u e PROBLEMAS li :
d i reitas dado, flutua
se refere o gráfico de querenas
a um calado d e 4.50 m ern água
tf m 3. A que calado flutuaria em
de densidade 1 . 0 1 2
ESTABILIDADE TRANSVERSAl
égua de densidade i .032 tfm 3 ? 2. 1 . Considere o paraleli pípedo homogéneo de madeira
(4.43 m) de densidade O. 78 tf m 3 i ndicado na figura ju nto, a flutuar
menta.
de flutuação. Calcule o novo calado e o novo desloca-
(3. 78 rro ; í ,1 i 8 1)
·1 .8. O navio a q u e se refere o gráfico de querenas
2.2. U m navio com KG = 5.75 m a flutuar ao calado
dado "fl u tu a a um calado de 3.60 m. Qual o peso que cos: 1'1 = 6,450 t; KM = 6 . 1 O m. Efectua-se o segu inte
d = 5.00 m, tem os segu intes parâmetros hidrostáti
se deve e m barcar e a que distância de meio-navio,
Peso f!L (m)
EMBARQUE:
com o iim de a u m entar u n iformemente o calado para 1\:g
3.80 m .
5. 60
( 7 5 t; 0.92 m ."- R)
Porão no. 2 300
Peso (!) �
700 5.00 de carga:
C o m b u stive! 100 0.90 EMBARQUE:
/.à, gua doca 70 3.80 250 0.7 1 0
DESEM BARQUE: 300 0.760
Lastro do D. F. 500 0.70 1 00 0.500
Sabendo que o tanque de com bustível ficou parcial
mente cheio ( p c o m b = 0.82 ti m ; i r = 150 m ) . çalcule
D ESEMBARQUE:
3 4
a altura metacênt rica corri gida para esta cond ição.
Lastro 200 0.600
O tanque de lastro estava parcialmente cheio de água
Assum a KM consta nte. salgada (p = 1 .025 tfm 3 ; ir = 700 m 4) e ficou completa
(O. 1 ·t í m) mente vazio. Calcule a condicão final d o navio (d, ll
2.5. O na v i o
e GM) . incluindo o BENEF Í C I O obtido ao elimi nar o
a q u e se referem as curvas hidrostáticas espelho liquido d o tanque de lastro. Assuma que as
dadas flutua a um calado médio d = 2.38 m com características hidrostáticas se mantêm constantes.
elo ianque piq u e a ré ( Kg = 2.50 m) para o tanque do D.F.
C:G = 3.259 rn . Trasfegam-se 1 2. 6 t de combustível
(9.29 m; 1 8,950 t; 1 .025 m)
n o . 2 (Kg = 0.42 m) . Qual a nova altura metacêntrica
do na.v�o.
em que: d = 7.93 m, /!,.
2.8. Considere um navio n u m a condição de carga
( 0 . 6(32 23.6 tl cm. Embarcam-se 1 00 t
1 5,925 t, KG = 7.60 rn ,
=
KM = 8.75 m, r P C m =
247
'Jtf.B Pi'I08LEfviA.S li
PROBlEMAS m :
combustível ( p = 0.878 tim 3J n u m tanque lateral
do d u p l o f u n d o (Kg = 0.80 m; tcg = 8.00 ·m 8 8 ;
c':"
ESTAB!UDADIE A GRAII!DIES ÂNGUlOS
: ., = 1 ,000 m4) . Supondo q u e o tanque n ã o fica total 3. 1 . O navio a que se referem os gráficos de querenas
�ilente cheio, calcule o ângulo de adorno provocado. dados está n u m a condição em que d = 4.00 m e
(2.5"1 °) KG = 3.95 m .
�. -�_]�.l/1
ximo. ( N ota: O valor d o ângulo crítico calculado não
- I
I coincide com o obtido graficamente; esta diferença
i
deve-se certamente a u m a incorrecção no traçado
"' I
de um dos gráficos de q uere nas) .
-
1!
( -0.07 m ; aprox. 1 6° a 72°, 0. 1 27 m)
"! 8
fundo provoca alagamento n a casa da m á q u i n a o qual,
n ·�;:·\
. � em primeira a p roximação, se pode consid erar u m parale
= ::<J\0 m . Devido a carga assimetricamen te distribuída, (a) Calcu l e a altura metacêntrica d o navio nesta
o navio tem u m àngulo de adorno d e 3°. Que quantidade
condição e trace o diagrama de estabilidade indicando
c!e Jasüo deveria TRAS F EGAR dum tanque central do
o braç:o máximo e a gama.
fundo (Kg = 0.50 m) para o tanque lateral adja (b) Calcule a estabilidade d i nàmica ao longo de toda
csn'le (Kg = 0.50 m; tcg = 3.40 m) com o objectivo de
a gama de estabil idade.
o navlo. (- 0. 1 99 m; 0. 1 5 m; aprox. 13 ° a 69°; aprox. 86 t.m.rad)
{ · ; D. 7' ·o
.2L,18 PROBLEMAS Iii
249
. � . (b) A estabilidade
central do d u p l o fundo n.0 3 (lcg = 7.0 m AV) para
o tanque central do D. F. n.0 6 (lcg = 6 1 .0 m AR) . Calcule
cmga 2 g ra n e cisve, ao l o n g o
intacta de um navio com
de toda a viagem, cumprir os novos calados
.§, n g u !os: ii n g u i o de i n cli nação a que corresponde a má 4.3. O navio EMBARCA 550 t de combustível no tanque
/im21 di·f er.s n ç a. entre ordenadas das duas curvas; 40°; central d o D.F. n.0 1 (lcg = 69.0 m AV) e 600 t no tanque
lo de al aga m e n to (Elf) ; deve, em todas as cond ições do D.F. n.0 6 (lcg = 6 1 .0 m AR) . Estima-se consumir
::l o n . 0 :2 ( l c g
·�i :�v:s:·ia e rn i}arcar em cada coberta com o objectivo
40.0 m AV) . Calcule que peso
=
PROBlEMAS V :
{
___E_ill_ lcg (m) acréscimo para água doce fresh water af/owance
afundamento sinkage
alagamento f/ooding
Lastro 8.7 2.00 22.65 AV
altura metacêntrica metacentric height
{
DESEMBARQUE: Lastro 50.3 0.42 1 3.30 AV ângulo d e adorno heel, /ist
Lastro 58.5 0.36 1 . 1 0 AV ângulo critico angle of lo//
ângulo de perda d e estabilidade ang/e of vanishing stability
Porão n.0 i 1 58.2 4.00 1 3.90 AV
ângulo d e repouso ( d e uma carga) repose ang/e
EMBARQUE: Porão n.0 2 6 9 1 .2 3.40 0.90 AR antepara bulkhead
A. doce 1 6.0 3.50 23.90 AR antepara d e colisão collision bulkhead