Você está na página 1de 29

Escola Superior de Ciências Náuticas

Departamento de Navegação

Navegação Marítima

Carga e Estiva II

3N20

Docente:

Dr. Maulide Nuro

Equipamentos de Carga e Descarga

Maputo, Abril de 2023


Escola Superior de Ciências Náuticas

Departamento de Navegação

Navegação Marítima

Carga e Estiva II

3N20

Discente:

Amilton Pedro Sicola

Joelma Gesebel Govene

Marcelino Pevo Inácio Caravela

Natividade Alberto Cumbe

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de


Carga e Estiva II. No curso de Navegação
Marítima da turma 3N20, orientado pelo Dr.
Maulide Nuro

Equipamentos de Carga e Descarga

Maputo, Abril de 2023


Índice
I. INTRODUÇÃO.................................................................................................................1

2.1. Guindastes de Terra e Cabres Flutuantes....................................................................2

2.2. Equipamento Usado Nas Operações de Carga e Descarga.........................................3

2.2.1. Aparelhos de Carga e Descarga...........................................................................3

2.2.2. Aparelhos usados pelos operários estivadores para movimentarem a carra


dentro do porão..................................................................................................................5

2.2.2.1. Alavanca.......................................................................................................5

2.2.2.2. Aparelhos de força........................................................................................5

2.2.2.3. Cabos de fibras naturais e fibras sintéticas...................................................6

2.2.2.4. Empilhadeira.....................................................................................................7

2.2.2.5. Gancho de estivador......................................................................................8

2.2.3. Aparelhos usados para transferir cargas do porão para o cais e vice-versa.........8

2.2.3.1. Caçamba........................................................................................................8

2.2.3.2. Caçamba de garras........................................................................................8

2.2.3.5. Linga...........................................................................................................10

2.2.3.6. Estropo........................................................................................................10

2.2.3.7. Estropo com mãos.......................................................................................12

2.2.3.8. Linga de corrente........................................................................................12

2.2.3.9. Patola..........................................................................................................13

2.2.3.10. Funda..........................................................................................................16

2.2.3.11. Rede............................................................................................................16

2.2.3.12. Disco com Rede..........................................................................................17

2.2.3.13. Grampo de vácuo para bobinas de papel....................................................18

2.2.3.14. Grampo de sonda........................................................................................18

2.2.3.15. Grampo para madeira.................................................................................19

2.2.3.16. Grampo para Barris de fundo lisos.............................................................19

2.2.3.17. Unhas para fardos de algodão.....................................................................19


2.2.4. Aparelhos usados na construção de sistemas de peação e protecção de carga : e
para retirar essa peação e protecção.................................................................................19

2.2.4.1. Macaco............................................................................................................21

2.2.4.2. Grampo............................................................................................................22

2.2.4.3. Sapatilho..........................................................................................................22

2.2.5. Outros aparelhos usados nas operações de carga e descarga.........................23


I. INTRODUÇÃO
Os processos de carga e descarga são a base da logística, por isso não podem ser
negligenciados dentro da rotina de transportadoras. Afinal, há sempre como melhorá-los.
Optimizar essa etapa pode trazer muitas vantagens logísticas, principalmente
relacionadas à velocidade das entregas e assertividade do projecto. Para isso, além de
revisar toda a parte operacional, ainda é necessário conhecer a legislação específica sobre
essa actividade para seu funcionamento de forma completa.

1
II. EQUIPAMENTO DE CARGA E DESCARGA
II.1. Guindastes de Terra e Cabres Flutuantes
O guindaste  (também chamado de grua e, nos navios, pau de carga) é um
equipamento utilizado para a elevação e a movimentação de cargas e materiais pesados,
assim como, a ponte rolante usando o princípio da física no qual uma ou mais máquinas
simples criam vantagem mecânica para mover cargas além da capacidade humana.

Fig.: 1 Guindaste
Nas operações de carga e descarga podem ser utilizados guindastes de terra, e quando
necessário, cabre flutuante:
A Cabre flutuante é um equipamento instalado sobre uma estrutura flutuante,
utilizado em portos com o objectivo de manobrar, transportar, embarcar ou desembarcar
cargas pesadas sem a necessidade de atracar o navio no cais. É composto de 3 esteios unidos
no topo com roldana ou cadernal e cabos.

Fig.: 2 Cabre flutuante


O Guindaste deve apanhar a carga no navio e coloca-la no cais, ao lado da
embarcação, na operação de descarga, é ao contrário na operação de carregamento. O
contrato costuma estabelecer que a carga deve ser apanhada ou colocada no convés do navio,
em virtude do guindaste não ter perfeita visibilidade do que ocorre dentro do porão.
As avarias, ao navio ou á carga, feitas pelo guindaste quando movimentando a carga
no percurso contratado são de responsabilidade da companhia do porto. No caso de avarias á
carga o armador é responsável perante o dono da mercadoria, mas as indeminizações que for
obrigado a pagar, se por acaso houver, são recobráveis da administração do porto.

2
Por isso em caso de avaria o imediato deve preparar o relatório pertinente, que deve
ser assinado pelo guindaste. No diário do náutico é suficiente uma menção do fato, sem
escrituração do termo. Só no caso de avaria de grande monta é que deve ser feito o Protesto
Marítimo.
Um termo de ocorrências ou uma simples menção no Diário Náutico tem a mesma
forca de prova, isto é, nenhuma. São apenas registros. O instrumento que tem forca provante
é o Protesto Marítimo, depois de ratificado em juízo. A ratificação é feita perante juiz federal,
devendo o pedido ser encaminhado através de advogado inscrito na ordem dos advogados do
brasil, a quem o capitão dá procuração para tal. O juiz ouve as testemunhas e só depois exige
despesas, e as vezes até mesmo paralisam o navio no porto para que as testemunhas sejam
ouvidas em juízo para então seguir viagem, este ato nem sempre é financeiramente
compensável. O capitão do navio deve se instruir no sector faltas e avarias da empresa
armadora, de modo de agir quando ocorrem casos dessa natureza.
Quando o peso é muito grande, e o navio não possui o aparelhamento necessário para
movimenta-lo, o agente contrata uma cabre flutuante. Neste caso o imediato deve ter a carga
preparada para movimentar na hora determinada, pois o aluguel da cabre é cobrado por hora
de serviço, e as horas paradas que a mesma passar junto ao navio, aguardando, são contadas
como tempo de serviço. Tudo deve estar pronto para que o embarque ou desembarque seja
efectuado sem demoras desnecessárias.
II.2. Equipamento Usado Nas Operações de Carga e Descarga
O equipamento de carga e descarga é constituído por aparelhos de propriedade do
navio, da entidade estivadora e do porto.

II.2.1. Aparelhos de Carga e Descarga


São conjuntos de paus de carga ordinários, paus de carga param grandes pesos e
guindastes da embarcação, usado nas operações de transferência de carga de bordo para terra
e vice-versa. Em inglês o aparelho é denominado SHIPS'S CARGO GÉR.
Em quase todas operações usa-se material de três procedências:
 Do Navio;
 Do Porto; e
 Da Entidade Estivadora.

3
Por exemplo: o navio fornecendo os paus de carga para grandes pesos, o porto os
guindastes e a entidade estivadora o restante do material.
Quando no porto existe entidade estivadora autónoma, o armador, ou directamente ou
através do seu agente, a contrata para descarregue ou carregue o navio. E nesse contrato
constara quem fornecera o equipamento para movimentação da carga, de pécao e protecção,
etc.
Assim sendo, o imediato deve consultar a cópia do contrato que fica em seu poder,
para se inteirar quais os materiais e partes do equipamento do navio serão utilizados na
operação. Todo o demais material é de responsabilidade do contratante da estiva. E o que ele
necessitar e o navio fornecer deve ser alugado. Repetimos, a não ser o material citado no
contracto.
Em portos brasileiros o armador ê, quase sempre, a entidade estivadora. E assim parte
do material vem de terra, do almoxarifado da companhia armador, ou e alugado do agente ou
pelo agente, sendo que o restante é do próprio navio.
Existem casos em que o agente e a entidade estivadora. O armador assina com o
agente, além do contrato de representação, um contrato no qual o último se obriga a carregar
e descarregar as embarcações do primeiro. Para esses casos especiais considera-se o agente
com a entidade estivadora autónoma.
O material que relacionamos não representa a totalidade do que pode ser empregado,
ou encontrado, em operações de carga e descarga de navios cargueiros convencionais.
Também há muita dificuldade em classifica-lo em função do uso particular. Mas, dentro
dessas limitações, classificamos o aparelhamento usado da seguinte maneira:
a) Aparelhos usados pelos operários estivadores para movimentarem a carga
dentro dos porões;
b) Aparelhos usados para transferir a carga do porão param o cais e vice-versa
c) Aparelhos usados na construção de sistemas de preção e protecção da carga e
para retirar essa preção e protecção; Outros
Essa classificação não é rígida. Existem aparelhos que podem ser usados em mais de
uma dos serviços relacionados. Por exemplo, uma talha patente tanto pode ser usada para
arrastar uma carga dentro do porão, como pode ser usada para auxiliar o testamento de cabos
de preção da carga.

4
Do item b, aparelhos usados para transferir a carga do porão para o cais e vice-versa.

II.2.2. Aparelhos usados pelos operários estivadores para movimentarem a carra


dentro do porão

II.2.2.1. Alavanca
Barra de ferro ou de madeira, com uma extremidade chanfrada e outra em ponta, e
que é utilizada na movimentação de pessoas, para mudar-lhes a direcção, etc.

Fig: 3 Alavanca

II.2.2.2. Aparelhos de força


São aparelhos que multiplicam a força aplicada. São os aparelhos de laborar e as
talhas de correntes.
Os aparelhos de força são usados dentro dos porões para posicionar cargas pesadas
fora da boca da escotilha, ou para retira-las de la. No convés também auxiliam o
posicionamento dessas cargas. Também são usados para, auxiliar a preção, tesando cabos de
arame que podem Ser tesados manualmente.
Entre os aparelhos de laborar mais usados temos:
 Teque: constituído por dois moitões, um fixo e um móvel;
 Talha singela: formado por um moitão e um e um cadernal de dois gornes;
 Talha dobrada: formada por dois cadernais de dois gornes;
 Estralheira singela: formada por dois cadernais de três gornes;
 Estralheira dobrada: formada por dois cadernais de dois gornes.
 Braçalote: seção de cabo de arame ou manilha, tendo numa das extremidades um anel
e na outra um gato. Serve para facilitar as manobras de engate e desengate das
lingadas. Os comprimentos e as capacidades dos bracelotes variam. Muito.

5
 Cabos de arrame: nas operações de carga e descarga são usados vários cabos, Cabo
de aparelhos de carga, cabos dos guardins, cabos para a carga, cabos dos amantilhos
dos estais dos mastros etc.
E o estudo deles e feito na parte de marinharia e é encontrado nos livros de arte naval
já citados.
Os cabos de arame usados na marinha mercante usam madre de cânhamo alcatroado
quando devam ser usados em aparelho de laborar, ou de cordão de arame quando for para ser
usado em aparelho fixo.
O cabo mais utilizado na marinha mercante, para todas as finalidades, é o 6 x 19, isto
é, com seis cordões com dezanove; arames cada.
Os cabos de arame aconselhados são:
Para aparelhos fixos (como estais, brandais e cabos de segurança em geral: 7 x 7 para
cabos ate 28mm de diâmetro:
7 X 19 para cabos de 32 a 48 mm de diâmetro.
7 X 37 para cabos acima de 52 mm de diâmetro.
Para preção da carga cabos de 6 x 12 para diâmetros de 8 a 16mm;
Cabos de 6 x 24 param diâmetros superiores a 28 tom;
Para manuseio da carga - cabos 6 x 24: o cabo 6 x 19 e apropriado até diâmetro de 24
mm;

II.2.2.3. Cabos de fibras naturais e fibras sintéticas


São bastante usados nas operações de carga e descarga. As principais fibras naturais
usadas são a manilha e o sisal. As fibras sintéticas são a poliamida (Náilon), o poliéster
(terylene), polipropileno e Politeno.
Os cabos de fibra são usados nos aparelhos dos guardins, na feitura dos estropos, de
redes, de fundas, etc.
Moitões e Cadernais – Moitão e a uma caixa, de madeira ou metal, onde trabalha uma
roldana montada no eixo denominado perno. Quando na caixa trabalha duas ou mais
roldanas, dá-se o nome de cardinal.
Os cardinais são classificados de acordo com o número de gornas, ou seja, do número
de aberturas da caixa e tem-se cardinais de dois gornes, cadernais de três gornes, etc.
Catarina e a um moitão, geralmente de caixa de ferro, com roldana de grande
diâmetro, para cabos que trabalham em alta velocidade, como e a o caso dos cabos de
aparelho de carga.

6
Os moitões catarinas e cadernais devem ser inspeccionados regularmente. Sua
manutenção, que e a de maior importância deve ser feita periodicamente. Para os cadernais de
caixa de ferro relacionamos os seguintes pontos:
 Verificar a rotação das roldanas: elas devem virar a toque da mão;
 Verificar a existência de desgasto ou rachamento do revestimento da bucha;
 Verificar se o perno esta seguro (ele não deve trabalhar solto);
 Verificar se os goivados (sulcos das roldanas) estão em boas condições; um goivado
em mau estado estraga rapidamente u cabo novo;
 Verificar a caixa quanto a existência de torção ou empeno; uma caixa empenada pode
fazer com que o cabo de arrame fique esmagado entre ela e a roldana, conduzindo
muitas vezes a acidentes de resultado fatais.
 A lubrificam o engraxamento devem ser feitos periodicamente com material indicado
pelo fabricante;
 As caixas não devem ser pintadas e sim cobertas com uma camada de óleo; a tinta
pode entupir os furos de lubrificação, apagar as marcas e esconder defeitos;
 As graxeiras do tornel e do perno devem estar com graxas em condições.
 Para os cardinais de caixa de madeira:
 Verificar regularmente se os mesmos não estão enfraquecidos ou se desintegrados
 Verificar o estado das roldanas elas devem ser giradas a mão.
Os cardinais e moitões sejam de caixa de madeira ou de caixa de ferro, nunca devem
ser jogados no convés, e o costumo de muitos marinheiros quando os trazendo só paiol.

II.2.2.4. Empalhadeira
E a um veículo pequeno, equipado com um dispositivo hidráulico, que consiste em
dois garfos que podem ser levantados e elevados, permitindo sua colocação embaixo de
matérias ou objectos pesados, para iça-los e movimenta-los.
Em navios antigos com bocas de estilhas pequenas, em datas não muito recente, a
carga era movimenta da boca para o local de estivagem vice-versa, em carinhos de mão; mas
tornava-se difícil elevar os volumes a certa altura para sobreestivar quando eles eram
relativamente pesados.
A empalhadeira (FOEK LIFT TRUCK) resolve esse problema satisfatoriamente. O
imediato, entre tanto, deve cuidar para que não haja concertação excessiva de pesos, pois o
peso da empalhadeira É somado ao da carga que ela transporta. Os planos de capacidade

7
geralmente indicam se É possível ou não usar empalhadeira nas cobertas e encima das
escotilhas.

II.2.2.5. Gancho de estivador


São pequenos ganchos usados pelos estivadores para movimentar fardos e caixas. Não
devem ser usadas em toda espécies de carga pois podem causar avarias. Geralmente cargas
que não podem usar ganchos, vem com um aviso na embalagem: (NÃO USAR GANCHOS)
ou em inglês (USE NO HOOKS).
II.2.2.6. Bacia
Conjunto de lâmpadas com um reflector em forma de calota esférica. Usado para
iluminar determinados lugares. Possui um cabo eléctrico muito comprido, o que permite que
essa seja usada longe da tomada. Essas são usadas para na iluminação dos porões e coberta
durante a noite, e ate mesmo no convés, para auxiliar na iluminação normal do navio.
II.2.2.7. Patesca
Patesca de laborar semelhante ao moitão, tendo uma abertura lateral para gruir os
cabos pelo seio, fechado ou não com dobradiça e chaveta.
E usada como retorno de cabos, e principalmente de tiradores de aparelhos de forca.
Calha rotativa. E um aparelho composto por duas réguas de aço paralelas, sobre as
quais trabalham rodeantes transversais. Sobre os rodetes deslizam certas cargas, facilitando
assim sua movimentação a bordo.

II.2.3. Aparelhos usados para transferir cargas do porão para o cais e vice-versa
Nesta parte falaremos dos equipamentos auxiliares para o embarque e desembarque
de mercadorias:

II.2.3.1. Caçamba
E um reservatório de chapa de ferro ou aço, de formato cilíndrico usado para carga e
descarga de certos graneis sólidos, tais como, carvão, sal, etc. As caçambas são enchidas a pá
e esvaziadas quando, estrando a certa altura, solta-se ao grampo de segurança fazendo-a
tombar.

II.2.3.2. Caçamba de garras


É uma caçamba constituída essencialmente de duas conchas articuladas, e que são
manejadas pelos cabos de guindastes. Essas conchas possuem garras ou dentes para
penetrarem facilmente no granel solido. Em inglês denomina-se grab bucket.

8
II.2.3.3. Dala
É uma calha de madeira que colocada em plano inclinado, permite o deslizamento de
carga, facilitando a movimentação. É usada principalmente na descarga de sacaria e caixas de
papelão, movimentadas através das portas existentes nos costados de certos navios, embora
que possa ser empregue cm outro tipo de carga.
II.2.3.4. Gato
É o nome marinheiro empregue para ganchos usados a bordo dos navios. E nas
operações de movimentação de mercadorias eles são usados principalmente no aparelho de
carga nas lingas.
Existem diversos tipos de gatos usados nas operações de carga:
 Gato de carga – Com olhal grande e redondo, permitindo uma fácil ligação com cabos
de fibra.
 Gato com olhal plano – As faces do olhal são planas para permitir o uso de manilha.
 Gato para lingas – Dispõe de olhal redondo para fácil conexão em lingas de cabo de
arame ou de correntes.
 Gatos com rolamentos esféricos – esses são usados com paus de carga patentes ou
guindastes. Os rolamentos facilitam na movimentação de cargas pesadas.
 Gato tipo cabeça de carneiro – Compõe-se de dois gatos diamentricamente composto,
numa mesma haste. Esse tipo de gato É usado para cabrites flutuantes e em certos paus
de carga do tipo patente. Também É conhecido como gato patente.
 Gato tipo Liverpool – Gato para aparelho de carga em que da haste parte um espigão
que se projecta sobre bico. Isso impede que que o bico agarre em qualquer parte da
estrutura do navio ou do armazém, quando a lingada esta sendo elevada. E como o bico
É recovado dentro, também se impede um desengate acidental da lingada.
 Gato com Punho – O punho no dorso evita que os dedos do estivador possam ser
esmagados pelo deslocamento acidental da lingada, quando aquele operário manusear o
gato.
 Gato de Tornel com Barbela metálica – A barbela metálica É uma haste que fecha a
abertura do gato, e mantém-se em posição fechada por acção de uma mola. Além de
evitar que a linga salte acidentalmente do colo, a Barbela evita que o bico engate em
qualquer porte da estrutura do navio ou do armazém, quando içado a lingada.

9
A carga de segurança de trabalho do gato vem estampada na face do mesmo. Mas, se
o interessado desejar, pode calcula-la pela forma a seguir:
8∙B∙H
S .W . L .=
5.000
Onde: S.W.L. = Carga de segurança de trabalho em toneladas métricas;
B e H = Dimensões, em milímetros, conforme a figura abaixo:

Fig: 4 Gato de Tornel com Barbela metálica

II.2.3.5. Linga
Num sentido geral, É todo aquele apetrecho do equipamento de carga e descarga que
junta, abraça e/ou prende os volumes, e depois, no gato de aparelho de carga, É levado de
bordo para terra ou de terra para bordo, na descarga e no carregamento respectivamente:
 Linga de estropo, denominada Comumente de Estropo;
 Linga de corrente;
 Linga de rede, chamada resumidamente de rede;
 Linga de lona especial para movimentação de certas sacarias, denominada
fundo;
 Estrados, Bandejas, ganchos, tenazes, Braçalote, etc…
O acto de prender e/ou prender o (s) volume (s) denomina-se Lingar. E o (s) volume
(s) que forme (m) o conjunto de mercadorias é a lingadas.
Na prática das operações de carga e descarga todas as lingas são chamadas pelo seu
próprio nome particularmente. Chama-se linga só as de corrente.

II.2.3.6. Estropo
Pedaço de cabo com chicotes ligadas por um nó ou por uma costura, formando um
anel, e usado nas operações de carga e descarga. Ele pode ser feito de cabo arame ou de cabo
de fibra (natural ou sintético). É o dispositivo mais simples que se tem para fazer uma lingada
com um estropo opera-se da seguinte maneira:

10
1. Coloca-se sobre um local plano, como mostrado na figura a seguir, sobre ele
coloca-se volume os volumes das mercadorias (sacos, caixas, etc…);

Fig: 5 O Estropo pronto para receber os volumes


2. Uma extremidade do estropo é introduzida na outra e colocada no gato do
aparelho de carga;

Fig: 6, O modo para se passar o estropo


3. Quando o gato é içado, o cabo do estropo tesa abraçando a mercadoria, que
fica bem apertada. A lingada é então levada ao local desejado.

Fig: 7, Uma lingada de sacaria

11
II.2.3.7. Estropo com mãos
Pedaço de cabo com comprimento de dois a quatro metros, e com uma mão em cada
chicote, usada para a mesma finalidade do estropo, e conveniente para lingar sacaria,
caixaria, etc.

Fig: 8,Par de estropo com mãos

II.2.3.8. Linga de corrente


Existem vários tipos de lingas de corrente, dentre essas mencionar algumas:
1. Linga de corrente Singela – É uma seção de corrente tendo um anel num
chicote e um gato no outro.

Fig: 9, Linga de corrente singela


2. Linga de corrente dupla – São duas correntes, com gatos num dos chicotes e
o outro preso a um mesmo anel. Existem também correntes triplas (três correntes) e
quadruplas (quatro correntes).

Fig: 10, Linga de corrente dupla

12
2.2.3.9. Patola
É um dispositivo do equipamento de movimentação de carga utilizado com barris, tambores,
outros artigos semelhantes.

Existem dois tipos de Patolas dentre elas:

1. Umas delas tem duas pernas de corrente partem de um mesmo anel e tem seus
chicotes gatos de patola.

Fig: 11, Duas pernas de correntes

2. Noutro os dois gatos de patola trabalham livres no seio da corrente, que tem seus
chicotes ligados a um único anel.

Fig: 12, Duas pernas de corrente

13
Em vez da corrente também podem ser usadas cabos de fibra ou um arame nas Patolas. As
figuras ilustradas mostram Patolas de correntes, mas existem Patolas com capacidade para
manusear quatro, cinco, e até 6 ou mais tambores ou barris ao mesmo tempo.

Fig: 13 Corrente só na qual os gatos de patelas correm livre

Existem outros tipos de Patolas especiais para movimentação de chapas de aço, de fardos de
algodão, de rolos de chumbo, etc., e que assim denominados por sua semelhança com o
dispositivo que descrevemos acima, embora não usem gato de patola.

 Patola para chapa de aço - o dispositivo é o mesmo de uma patola comum,


diferenciado apenas nos gatos. Esses possuem encaixes onde penetram as quinas da
chapa de aço, e que a prendem quando a linga é tesada. Este tipo de patola só possui
dois gatos e, por tanto, só permite a movimentação de uma chapa, ou de um amarrado
de chapas de cada vez.

Fig: 14, Patola para chapa de aço

14
Patola para fardos de algodão - Os gatos possuem unhas que penetram no fardo.

Fig: 15, Patola para fardos de algodão

Patola para Rolos de Chumbo - Os gatos possuem a parte recta bastante alongada Ale
roliça. Está parte penetra no orifício central do rolo pelas extremidades, e mantém-se em
posição quando as correntes são tesadas.

Fig: 16, Patola para roles de chumbo

Patola para Caixas de Madeira - Os gatos possuem espigão que penetram na madeira e
mantém-se apetados quando a linga é cessada.

Fig: 17, Patola para caixas madeixa

15
2.2.3.10. Funda
Pedaço de lona de formato rectangular, entralhando com cabo de fibra e com mais nas
extremidades.

Fig: 18, Funda

As fundas são usadas na movimentação de sacaria, como café, farinha de trigo, feijão, etc., e
de caixaria muito leve e de tamanho relativamente pequeno.

Elas são feitas com lona N° 1, e cabo de 3 polegadas (76,2m) de circunferência.

2.2.3.11. Rede
Rede, se cano de fibra de arame, de formato rectangular ou quadrangular. A malha delas é
espaçada de 140mm a 180mm. Geralmente tem dimensões de 2,5m × 2,7m quando
rectangular, é de 3m × 3m quando quadradas.

Fig: 19, Rede de carga

As redes de cabo de aço são usadas nós embarques e desembarques de tambores, rolos de
arame, sacos com ferragens, etc. As fibra, natural ou sintética, são usadas na movimentação
de volumes pequenos, de caixas de papelão, tambores de fibra, e material similar.

16
2.2.3.12. Disco com Rede
É um estralo de madeira de formato circular, tendo em volta uma rede de protecção para
evitar que os volumes caiam. Da rede par tem as mãos dos cabos que são engatadas no gato
do aparelho de carga. Usados geralmente para a movimentação de caixas de gatos
refrigerados ou congelados, como caixas de papelão com carne, camarão, peixe, etc.

Fig: 20, Disco de rede

Tabuleiro

É um tabuleiro de madeira, de formato quadrangular ou rectangular, para manuseio de cargas


frágeis que ficaram esmagadas se fossem transportadas em estropo.

Os tabuleiros são, geralmente, içados por estropos passados em suas extremidades.

São usadas na movimentação de cargas embaladas em caixas de papelão, sabia de papel, etc.,
como por exemplo, caixas de frutas frigoríficas, de frutas secas, de leite, sacos de cimento, e
etc.

A maioria dos tabuleiros que hoje se utilizam é projectada especialmente para içar esses
tabuleiros são usados os "balancins para tabuleiros e bandejas".

Fig: 21, Tabuleiro de madeira especial e Carga de cimento em sacos de papel

17
Não confundir tabuleiro com bandeja. Bandeja (pallet) é um dispositivo de utilização de
carga, e viaja com a mesma a bordo do navio. O tabuleiro vai e vem, de bordo para terra e
vice-versa, nas fainas de carga e descarga.

2.2.3.13. Grampo de vácuo para bobinas de papel


Nos últimos anos apareceram vários implementos de carga e descarga especiais para
movimentação de bobinas de papéis e outros produtos florestais, com a finalidade de diminuir
o número de avarias na carga.

O grupo de vácuo para bobinas de papel, fabricante pela "Hagglunds", da Suécia. Ópera da
seguinte maneira:

 A bobina é colocada em baixo de uma espécie de campânula com seu eixo na vertical.
Por meios eléctricos é feito vácuo entre a campânula e a bobina, ficando está presa
firmemente.

Fig: 22, Grampo de vácuo para bobina de papel

O aparelho completo, que pode dispor de 6 a 12 campânulas é então elevado pelo guindaste e
levado ao local desejado l. O Guindaste usado tanto pode ser de pórtico como Guindaste
comum (com um movimento vertical da lança).

Toda área junto ao local de operação deve ser deixada livre, como medida de segurança, pois
um vazamento no sistema de vácuo poderá fazer com que as bobinas caiam e venham atingir
pessoas que estejam em baixo.

2.2.3.14. Grampo de sonda


Também um sistema para manuseio de bobinas de papel de fabricação de Hagglunds. É um
sistema semi-automático.

18
A sonda é inserida no orifício central da bobina e uma manivela a ajusta ao diâmetro do rolo,
prendendo-o. A bobina é, então, içada e quando chegado no local desejado, brandeando o
cano do aparelho a sonda se solta automaticamente.

Fig: 23, Grampo de sonda para bobinas de papel

2.2.3.15. Grampo para madeira


É um dos dispositivos da Hagglunds, este que agora descrevemos. É um aparelhamento para
manuseio de unidades de carga de madeira, formadas por quatro amarrados de madeira
aparelhada, de cerca de um standard de Gotemburgo, unidos por conta metálica oi cano de
arame.

A Hagglunds também fábrica o grampo para madeira aparelhada. Este tipo de grampo
trabalha em duplas, cada dupla içada uma unidade de carga constituída de dois amarrados de
madeira.

Os grampos são posicionados sobre as fitas metálicas ou cabo de arrame da unidade de carga
e agarram fortemente.

2.2.3.16. Grampo para Barris de fundo lisos


Os barris, tambores, tonéis, etc., que tem fundo lisos, isto é, não possuem javre, não permitem
o uso de patolas.

2.2.3.17. Unhas param fardos de algodão


Do tipo tesoura, possuindo espigões que se enterram no fardo e se mantém, seguramente
enquanto a carga é elevado pelo cano de aparelho.

2.2.4. Aparelhos usados na construção de sistemas de peação e protecção de carga:


e para retirar essa peação e protecção
O serviço de peação de carga é considerado serviço de bloco. E os operários que executem
usam variadas ferramentas e materiais. Os sistemas de peação, de ventilação, de protecção,

19
são feitos usando madeira, cabos de fibra e/ou arame, macacos, patola, etc., e as vezes
empregado até solda eléctrica.

Vejamos ferramentas as mais usadas são aquelas conhecidas por todos: Chave de fenda,
Chave de boca, Chave Inglesa, Chave para Tubos, martelo de unha, Martelo de bola, serrotes,
plainas, máquinas de furar, etc.

Também são usadas também, ferramentas de marinheiro de descrevermos a seguir:

 Espicha – Instrumento de forma cónica terminada em bico, que serve para abrir as
cochas dos cabos, abrir ilhoses, etc. Pode ser metal, de madeira ou outro material
qualquer.

Fig: 24, As duas primeiras ferramentas da esquerda para a direita, são espichas, o outro é um
passador

 Passador – É uma ferramenta semelhante a Espicha, mas seu eixo é ligeiramente


curto, e seu cunho faz angulo recto com eixo. Também é usada na feitura de costuras
de cabos.
 Agulha de coser – Agulha de coser semelhante as usadas pelas costureiras. A
diferença é que a maior e mais forte, pois destina-se costurar lona.
 Repucho – Meia luva de couro para ser vestida na mão direita, com orifício para dedo
penetrar, possuindo um dedal para auxiliar o trabalho de costura.

Fig: 25, Repucho


Com material usado propriamente na feitura de peação ou da protecção de carga, além
das madeiras, das lonas, das sarapilheiras, etc., temos:

20
 Manilha – Peça de ferro forjado ou de aço, em forma de D ou U, com Orelhas nas
extremidades por onde passa um pino denominado cavirão.

Os tipos de manilhas usadas nos trabalhos de carga e descarga e de estivagem são


mostradas na figura 3.50. Os melhores tipos são os que possuem colar no travessão, o que
aumenta a rigidez da manilha Elas são feitas de ferro forjado ou de aço.

As manilhas usadas na movimentação de cargas devem trazer e estampada suas


S.W.L. E esta carga de segurança é metade da carga com que foi testada. Nesses trabalhos
manilhas geralmente são da ordem de 5 a 10 toneladas de S.W.L. Para movimentação de
cargas muito pesadas as S.W.L. são correspondentemente maiores. As manilhas de menos de
3/8 (diâmetro do vergalhão de que e feita) nunca são cestadas.

Quando não se dispor da S.W.L., essa pode ser calculada pela fórmula aproximada:

D2
S .W . L=
220

Onde:

D é diâmetro, em milímetro, do vergalhão da manilha parte próxima à orelha

S.W.L. é dada me toneladas métricas.

As manilhas são usadas nas ligações entre dois cabos, ou correntes, ou na fixação de
cabos ou correntes em olhais, arganéus etc. Ao escolher a manilha para esse uso, a S.W. L.
deve ser a mesma do cabo ou corrente.

2.2.4.1. Macaco
Também denominado macaco esticador é um pequeno aparelho mecânico destinado a
ajustagem do comprimento e manter a tensão do cabo.

Eles são usados no que interessa ao nosso estudo na peação da carga.

O macaco é formado por uma caixa metálica, com rosca interna em uma ou em ambas
as extremidades, onde trabalham parafusos especiais cujas cabeças, terminam me gato, olhal
ou manilha.

As cargas de ruptura dos macacos são dadas pelos fabricantes QU em tabelas


especiais. A S.W.L. deve ser de um quinto da carga de ruptura. A carga de trabalho deve estar
em conformidade com o cabo que está sendo esticado.

21
2.2.4.2. Grampo
É um dispositivo mecânico que serve para feitura de costura temporária me cado de
aço.

O "u' do grampo deve ficar sempre sobre o chicote do cabo, como mostra a figura. O
espaço entre os grampos deve ser de seis vezes o diâmetro do cabo.

Fig: 26, Grampo

O diâmetro do cado a ser usado com um grampo vem estampado no berço (parte da
base que fica entre os dois orifícios, onde se acama o cabo).

O uso de grampos diminui em 15% a resistência do cabo, devido o mesmo ficar


amassado e poder recorrer. Este fato deve ser considerado nos cálculos de resistência.

Feita a costura temporária, depois do cabo estar tesado, supor- tando esforço, o s
grampos devem ser reapertados. Em cabos que estão sofrendo tensão variável (caso de cargas
peadas e o navio sofrendo violentos balanços ou caturros) os grampos devem ser
inspeccionados regularmente a pequenos intervalos de tempo. Os m a c a c o s se forem
usados, deverão ser reajustados e os grampos reapertados O local do cabo que sofre mais é
onde fica localizado o grampo mais afastado da não; vibração e o chicoteamento que ocorrem
com o cabo são aí amortecidos, e provocam quebra de armes, e possivelmente do cabo todo.

Os grampos são especialmente apropriados para feitura de mãos nos cabos de aço,
usando sapatilho.

2.2.4.3. Sapatilho
Aro goivado na periferia, servindo de berço e protecção às mãos de cabo (ABNT).
Para cabos de fibra são usados, geralmente, sapatilhos redondos; nos cabos de aço usam-se
sapatilhos de bico.

22
Os usados em trabalhos com cabos empregados nas operações de c arga e descarga,
na peação, são feitos de aço galvanizo

(existem também sapatilhos feitos de latão e de bronze duro).

Há divergência quanto ao modo de medir um sapatilho. O método que parece mais


certo é medi-lo pela abertura, pois o valor dela é o mesmo da circunferência do cabo que o
sapatilho usará. Por exemplo; um cabo de manilha de 2polegada de circunferência usará um
sapatilho de 2" de abertura. E a abertura do sapatilho é aproximadamente 3 vezes o diâmetro
do cabo (aproximando o valor de π para 3): Por isso para fazer uma rápida num cabo de aço
de 30mm de diâmetro se usará sapatinho de 90mm de abertura.

Fig: 27, Sapatilho

Estes são os principais materiais, dispositivos, ou aparelhos usados na construção de


sistemas de protecção da carga, E claro que existem outros não citados aqui, ou por serem de
menor importância ou por falha de memória.

2.2.5. Outros aparelhos usados nas operações de carga e descarga


Esses outros aparelhos não têm propriamente ligação com as mercadorias
movimentadas. E' que as vezes o carregamento (ou descarga) é feito através de embarcações
no costado. Neste caso a entidade estivadora também deve providenciar o material necessário
para o posicionamento e manutenção dessa embarcação no local Indicado pelo imediato do
navio. E deste material constata, por exemplo, os balões de defensa, os cabos de amarração, a
escada de quebra-peito, etc.

23
III. CONCLUSÃO

Com o tema abordado pelo terceiro grupo podemos concluir que os equipamentos de
carga e descarga A movimentação de carga é um assunto extenso e envolve principalmente a
interface entre o navio e o porto. O grau de eficiência alcançado para maximizar o
rendimento da carga em um cais, acelerar o tempo de giro do navio no porto e minimizar o
custo geral de manuseio de carga afecta o desenvolvimento do comércio internacional e o
custo da distribuição internacional de mercadorias. As administrações portuárias em todo o
mundo estão a tornar-se mais conscientes da necessidade de fornecer aos cais equipados
modernos as suas técnicas de movimentação de carga intensivas em capital, que envolvem
um baixo teor de mão-de-obra, como meio de aumentar a sua competitividade geral e
incentivar o comércio através do seu porto. Berços modernos com modernos sistemas de
movimentação de carga atraem tonelagem moderna, oferecendo assim serviços competitivos
de distribuição de transporte internacional. O fracasso de um porto em modernizar seus
berços de atracação e os sistemas de manuseio de carga correspondentes incentivará os
armadores e embarcadores a usar outros portos sempre que possível/possível. Factores que
determinam o tipo de equipamento de movimentação de carga Em nosso exame dos sistemas
de movimentação de carga, consideraremos os aspectos que levaram à actual era de rápida
mudança tecnológica e organizacional na distribuição do comércio internacional e os factores
que influenciam a determinação dos tipos mais adequados de sistema de movimentação de
carga.

24
IV. Referência bibliográfica

25

Você também pode gostar