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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS NÁUTICAS

Departamento De Navegação Marítima

Curso De Navegação Marítima

Cadeira de Segurança Marítima II

Turma: 3N20

O NAUFRÁGIO DO "EQUINÓCIO"

Docente: MSc. Carlitos B. Mapossa

Maputo, Janeiro de 2023


ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS NÁUTICAS

Departamento De Navegação Marítima

Curso De Navegação Marítima

Cadeira de Segurança Marítima II

Turma: 3N20

O NAUFRÁGIO DO "EQUINÓCIO"

Discente:

Clayton Naftal Mulhui

Trabalho de carácter avaliativo


referente a cadeira de Segurança
Marítima II orientado pelo
docente MSc. Carlitos B.
Mapossa.

Maputo, Janeiro de 2023


Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 2

2. Objectivos ................................................................................................................................ 3

2.1. Específicos: ...................................................................................................................... 3

3. Metodologia ............................................................................................................................. 4

4. O NAUFRÁGIO DO "EQUINÓCIO" ........................................................................................ 5

5. Conclusão.................................................................................................................................... 7

6. Referência bibliográfica .............................................................................................................. 9

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1. Introdução
Neste trabalho será abordado o assunto relativo ao naufrágio do "equinócio", as suas causas e
seus principais aspectos procedimentos de sobrevivência no mar que deviam ter recorrido.

Numerosos são os casos de náufragos que permaneceram vários dias no mar, em balsas ou botes
salva. Há muitas razões para pensar que poderá vir a defrontar-se com o problema da
sobrevivência no mar, pois este trabalho tem como objectivo, dar conhecimento sobre meios de
salvação nos procedimentos de sobrevivência no mar, assim como fazer entender que os
acidentes acontecem sempre, mas, tambem fazer entender que a sobrevivência depende
grandemente dos equipamentos disponíveis, do uso que fizer deles, dos seus conhecimentos e da
sua imaginação.

É importante que o comandante e sua tripulação sejam responsáveis. Principalmente o


comandante, visto que é considerado como o chefe geral do navio, pois lhe é conferido o dever
de responsabilizar-se tanto pela embarcação, quanto pelas mercadorias transportadas pelo mesmo.
Além disso, deve zelar pelo bem-estar da tripulação

A transmissão do conhecimento e experiência adquiridos também é de suma importância para


que sucessos se repitam e erros sejam evitados.

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2. Objectivos
Relatar o naufrágio do "Equinócio", as suas causas e seus principais aspectos procedimentos de
sobrevivência no mar que deviam ter recorrido.

2.1. Específicos:
Relatar detalhadamente acerca do naufrágio do "Equinócio";

Dar uma conclusão do Acidente (Naufrágio / Abandono do navio).

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3. Metodologia
Através de pesquisas por mim feitas, trago de forma simples, directa e sintetizada o assunto
supracitado, concernente ao naufrágio do "Equinócio", as suas causas e seus principais
procedimentos de sobrevivência no mar que deviam ter recorrido.O presente trabalho foi feito
com base nas pesquisas de internet e em leitura de livros de segurança marítima e com matérias
relacionadas.

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4. O NAUFRÁGIO DO "EQUINÓCIO"
“Naufrágio ao largo de Moçambique - Versões contraditórias de acidente que vitimou quatro
pescadores por Agência LUSA” (RTP Notícias, 2006)

Os sobreviventes do naufrágio do "Equinócio", no dia 02 de abril de 2006, que vitimou dois


pescadores portugueses e dois moçambicanos, foram ouvidos pelas autoridades da província de
Sofala, centro de Moçambique, subsistindo contradições nas versões sobre as causas do acidente.

Alguns sobreviventes indicaram que "houve uma curva exagerada" na altura em que se efectuava
o arrasto, mas os responsáveis pelo barco consideraram que o acidente "é típico de pesca de
arrasto" e que aquela situação "acontece muitas vezes".

Inicialmente, fontes ligadas à empresa proprietária do navio associaram o naufrágio a uma


tempestade que na altura assolava o banco de Sofala, a principal zona de pesca de camarão em
Moçambique. O que implica começar a se preocupar em observar procedimentos para um
possível abandono da embarcação por naufrágio como por exemplo, os coletes salva-vidas que é
o mais importante, e embarcação de sobrevivência(balsas, boates salva-vidas) que é uma
embarcação capaz de preservar as vidas das pessoas em perigo, a partir do momento em que
abandonam o navio segundo convenciona SOLAS.

Notei que nessa situação acima citada, também foi a negligência do comandante da embarcação
ao ver que há uma tempestade intensa por vir e continuar a navegar, sendo que uma embarcação
de pesca, sendo ela miúda não teria capacidade de bater de frente com ela caso piorasse.

Este acidente ocorreu às 13:30 de domingo, dia 02 de abril de 2006, quando o "Equinócio", que
carregava 40 toneladas de camarão, se afundou ao largo de Pebane, na província da Zambézia.

Na Beira, capital de Sofala, onde estiveram desde terça-feira da mesma semana, os 14 tripulantes
moçambicanos e cinco portugueses mantiveram versões contraditórias com as veiculadas pelo
armador.

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Citados pelo Notícias, de Maputo, tripulantes não identificados acusaram o comandante do barco
de ter sido o primeiro a abandoná-lo quando surgiu o perigo de afundamento, estabelecendo-se,
então, "um ambiente de salve-se quem puder".

Segundo RTP Notías, em declarações à Agência Lusa, o armador considerou esta acusação "pura
especulação".

Se for apurada com verdadeira a especulação dos tripulantes, esta atitude do comandante é foi
errada, pois o comandante deve ser o último a abandonar o navio em caso de naufrágio eminente.

António Schwalbach, presidente da Sociedade Industrial de Pesca (SIP), empresa moçambicana


proprietária da embarcação, a que está associada a portuguesa Miradouro, de Aveiro, referiu que
na altura do naufrágio quem comandava o barco era o mestre auxiliar, entretanto desaparecido.

Schwalbach, acrescentou que os 19 sobreviventes deixaram a cidade da Beira, capital provincial


de Sofala com destino às suas regiões de origem. Os cinco portugueses chegaram sábado da
mesma semana a Portugal.

Relativamente aos corpos dos pescadores portugueses e moçambicanos que pereceram no


naufrágio mortos, Schwalbach assegurou que os mesmos "serão transladados condignamente".

A empresa moçambicana proprietária da embarcação e outras que se encontram no banco de


Sofala, "continuaram a efectuar as buscas", concentradas na zona de Moebase, a norte de Pebane,
onde surgiram destroços oriundos do "Equinócio", arrastados pelas correntes que se fazem sentir
na região. A SIP indicou que sobreviventes do naufrágio afirmaram ter visto três corpos, de um
português e de dois moçambicanos, "a boiar", enquanto o quarto corpo estaria dentro do navio.
Os corpos foram vistos no distrito de Pebane, na província da Zambézia, centro de Moçambique,
referiu o presidente da SIP.

"Os sobreviventes do barco confirmaram a morte dos seus colegas" às autoridades marítimas da
província de Sofala” afirmou Schwalbach.

Os sobreviventes ao naufrágio "estão a reagir bem aos exames médicos, embora ainda lhes seja
difícil falar sobre o assunto, pelo facto de ser um tema melindroso e complicado", considerou.

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5. Conclusão
Feito o trabalho, foi possível perceber que o marinheiro abordo deve ser dotado de capacidades
necessários e suficientes para lhe dar com situações inesperadas. Os objectivos deste trabalho
foram atingidos, todavia não por completo, faltando ainda uma resolução da parte das
autoridades marítimas responsáveis, visto que há muita contradição. Mas, como todo acidente é
resultado da falta de observação e cumprimento das normas de segurança marítima ou da
navegação, pode concluir-se e observar-se procedimentos que deveriam ter tomado em conta.

O mar e o céu devem ser continuamente vigiados. A duração da vigia depende do estado do
tempo e de outras condições, sendo escolhidas as pessoas mais fortes e atentas (com boa vista e
bom ouvido). Os instrumentos a seguir mencionados devem ser colocados à disposição dos
vigias. Entretanto, se ocorrer uma situação imprevista em que o náufrago não tenha tempo ou
oportunidade de vestir seu colete antes de abandonar a embarcação ou se ficar impossibilitado de
utilizar uma embarcação de sobrevivência será necessário improvisar algum tipo de ajuda para se
manter flutuando.

No mar, a nossa embarcação é o local mais seguro. O comandante foi primeiro a abandonar a
embarcação, infragindo as regras, sendo que ele é proibído abandonar a embarcação, por maior
perigo que se ofereça, a não ser em virtude de naufrágio e após certificar-se de que é o último a
fazê-lo. Pois, em caso de naufrágio (afundamento do navio), situação em que o abandono do
navio se torna imperioso, o procedimento imediato a adoptar é:

 Ao soar o Alarme Geral de Emergência;

 Vestir roupa quente adicional e o colete de salvação e colocar um chapéu, gorro, boné ou
capacete na cabeça;

 Avisar os companheiros que estão de quarto em baixo ou a descansar;

 Dirigir-se de imediato para o local de reunião que lhe está atribuído no Rol de Chamada;

 Aguardar instruções do seu chefe ou do comandante;

 Executar as tarefas que lhe estão atribuídas no Rol de Chamada, ou outras que lhe sejam
designadas pelo seu chefe ou pelo comandante.

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Segundo SOLAS, CAPÍTULO V (regra 5)

2. Em especial, os Governos Contratantes se comprometem a tomar, em cooperação uns


com os outros, as seguintes medidas meteorológicas:

1. avisar aos navios a ocorrência de ventos de alta intensidade, tempestades e ciclones


tropicais, através da divulgação da informação em texto e, na medida do possível, numa
forma gráfica, utilizando as instalações adequadas em terra para os serviços de
radiocomunicações terrestres e espaciais;

Provavelmente tenha sido ignorada a recomendação do SOLAS, em certificar se o navio foi


dotado de luzes, modelos, meios para sinais sonoros e sinais de perigo, de acordo com os
requisitos da Convenção e do Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar em
vigor;

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6. Referência bibliográfica
RTP Notícias NOTÍCIAS PAÍS 6 Abril 2006, 14:31

REZENDE, Celso. Manual de sobrevivência no mar. Rio de Janeiro: Ed. Catau, 2ª Ed 1992.

SOBREVIVÊNCIA DO NÁUFRAGO

ALMEIDA J. T Manuel, 2013, Manual de Segurança no Trabalho a Bordo dos Navios


SINCOMAR, 1ª Edição, 40-71pp

SOLAS

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