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E
OCEANOGRAFIA
Usuário Navegante
Volume I
Elaborado por:
Paulo Roberto Valgas Lobo
4ª edição
Revista, atualizada e ampliada
© 1ª edição 1999 by Diretoria de Portos e Costas- DPC/Fundação de
Estudos do Mar- FEMAR.
2ª edição 2007 by Diretoria de Hidrografia e Navegação- DHN
3ª edição 2015 by Editora Vozes.
4ª edição 2019 by Editora Vozes .
L799
CDD. 623.89
Distribuição Nacional:
Velamar Náutica
www.velamarnautica.com.br
Whats App (11) 97408-4402
ii
APRESENTAÇÃO
O Autor
iii
Currículo do Autor
Capitão-de-Mar-e-Guerra (reformado).
Curso de Aperfeiçoamento em Hidrografia e Navegação na DHN.
Curso de Mestrado em Meteorologia no INPE.
Curso de Política e Estratégia Marítima {CPEM), na EGN.
Curso de Pós-graduação em Metodologia do Ensino Superior na UERJ.
Curso de Especialização em Previsão do Tempo e do Clima {UFRJ).
iv
AGRADECIMENTOS
v
EPíGRAFE
Não é no mar que está o maior risco de quem deixa a terra firme, mas no
próprio navegante.
vi
RESUMO
vi i
METEOROLOGIA E OCEANOGRAFIA
USUÁRIO NAVEGANTE
SUMÁRIO
Apresentação ............................. .... ....... ....... .... . .......... .. .... ..... ......... .... ... iii
Currículo do Autor.......... .. .. ......... .. ......................................... .. .. ... .... ..... iv
Agradecimentos ..... ... .. ........................ .. ................ .. .......... ..... ....... .. ....... v
Epígrafe ...................... .... .... .... .... ... ... .......... ..... .... .. ...... ....... ... . ........ ...... .. vi
Resumo ........................... .... .. .. ... .. ......... .... ...... ....... ..... ..... .. ........ ... ..... ... .. vi i
Introdução .... ... .. ..................... .. ....... ......... ... .... ......... .. ... ..... .. ..... ..... .. ..... . xiii
CAPÍTULO I
Interação e Variação dos principais elementos meteorológicos ... .......... 19
CAPÍTULO 11
Circulação do ar e Ventos .... ........ .. ........ .. ................ ................................ 69
CAPÍTULO 111
Desenvolvimento de atividades convectivas e Cb ...... ...... .... .... .. .......... ... 99
CAPÍTULO IV
Sistemas tropicais ....................... ........................................... ..... .... ....... 113
CAPÍTULO V
Sistemas frontais ....... .. .......... .. .... ........................ ..... .... ......... .. ..... .... ..... 147
CAPÍTULO VI
Interpretação de informações meteorológicas .. .... .. ........................... .. 171
CAPÍTULO VIl
Observações e Mensagens Meteo rológicas .......................................... 241
CAPÍTULO VIII
Ondas, Vagas e Marulhos ..... .. ..... .... .. .. ...... ........ .. .. ................ ............ .. .. 259
vi i i
TERCEIRA PARTE
NAVEGAÇÃO METEOROLÓGICA E OCEANOGRÁFICA
CAPÍTULO XII
Navegação em altas latitudes e no Gelo ........ ... ..... ... .............. ... .. ... ... ...361
CAPÍTULO XIII
Climatologia e Cartas Piloto .. .... ...... ....... ...... ......... .. ................... ........ ... 379
CAPÍTULO XIV
Navegação Meteorológica e Oceanográfica ............ .. .. ... .. .... ... ... .......... .407
CONCLUSÃO .. .. ...... ..... .... .. ... ... .. ... ...... ........ ....... ...... ...... ... .. ....... .. ........... 425
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..... ..... ..... ............ .... ... ....... ........... ........ 429
ANEXOS .. ......... .... .... ....... .............. .. ....... ... .... ... ....... ... .... ............. ..... .. ....435
SUMÁRIO DETALHADO
CAPÍTULO I
Interação e Variação dos principais Elementos Meteorológicos .......... 19
1- Radiação Solar, Temperatura do Ar e Temperatura da
Superfície do Mar (TSM}, Pressão Atmosférica........ .... ... .......... ... 19
2- Um idade Relat iva do Ar, Ponto de Orvalho, Evaporação,
Condensação, Nebulosidade, Nuvens e Precipitação .................. 42
3- Visibilidade no mar.... ........ ...... ...... .... ... ........... ... .. ... .... ................ 59
4- Aspectos relevantes, conceitos e exercícios........ .. ................ ..... . 65
CAPÍTULO 11
Circulação do Ar e Ventos ................................................................... 69
1- Ar estável e Ar instável .. ... ... ... ...... ........ .... .. .... ....... ...... ..... .......... 69
2- Circulações nas Baixas e Altas Pressões ....... ......... ....... ............... 71
3- Brisas e Ventos ........ ....... .... ........... .... ....... .. .... ................ ......... .. . 78
4- Circulação Geral da Atmosfera ..... .. .... ... .. ... ........ .. .... .. ...... ... .... ... 86
5- Campo de ventos na costa do Brasil, nas quatro estações do
ano, efeitos da sazonalidade.......... ...... ................ .. ... ..... ... .. .... .... 91
6- Conceitos e exercícios ........... ........... ....... ................................. ... 95
CAPÍTULO 111
Desenvolvimento de Atividades Convectivas e Cb ...... .. ...... ......... ....... 99
1- Processo Convectivo e Condições Propícias. ... .... ...... .. .... .... ..... ... 99
2- Características da Nuvem Cumulonimbus (Cb} .. .. .... ... .. .............. 104
ix
3- Aspectos relevantes, conceitos e exercícios........ .... ................ ... . 109
CAPÍTULO IV
Sistemas Tropicais ............................................................................ 113
1- Ventos Alísios e Zona de Convergência lntertropical (ZCIT)...... ... 114
2- Características Tropicais e Ciclones Tropicais.... .. .... .... .... .. .... .. .... 115
3- Furacão.... ...... ......... ................... .. ............ ............. ... ........ .. .... .. .. . 118
4- Conceitos e exercícios ............ .............. ............... ........ .. .... .. .... ... 145
CAPÍTULO V
Sistemas Frontais .. ........................................................... ........ ........ 147
1- Considerações Iniciais ...... ....... .................. .. ...... ...................... ..... 148
2- Massas de Ar e Frentes........ .. .. .... .......................... ...................... 151
3- Aspectos relevantes, conceitos e exercícios.............. .. ................ 168
CAPÍTULO VI
Interpretação de Informações Meteorológicas ................................. 171
l-Imagens de Satélites Meteorológicos. ..... ...... .... .... ................... ... 173
2- Boletins Meteorológicos e Meteoromarinha .... .... .. ................... . 180
3- Cartas Sinóticas ................... ................ ... ......... .... ...... .. ...... .... .... .. 190
4- Análise Sinótica ............................................ ...... .. .... ........ ...... .. ... 196
5-lnterpretação de Informações Meteorológicas .. ...... ............ .. ..... 214
6- Conceitos e exercícios .. .... ..................................... .... ... ............. .. 232
CAPÍTULO VIl
Observações e Mensagens Meteorológicas ....................................... 241
1- Características dos Instrumentos........ ....... .. .. .. ...................... .... . 241
2- Procedimentos Recomendados................................... .. ........ ..... 245
3- Observação e Registro de Dados Meteorológicos e do Estado
do Mar................................ ........... ................ ... ..................... .... .. 248
4- Mensagens Meteorológicas- SHIP - CODIFICAÇÃO ........... .. .. .... 254
5- Conceitos e exercícios................... .... .......... .... ........... .. ........... .. .. 257
CAPÍTULO VIII
Ondas, Vagas e Marulhos .................................................................. 259
1- Elementos de uma onda ........................ .... ...... ... ...... .. .......... ...... . 259
2- Características das ondas de águas profundas e de águas rasas. 263
3- Condições propícias à geração de onda I vagas .......................... 268
4- Marulhos I Swell....... .... .. .. .... ............. .. .. ........ ..... .. .. .. .................. 270
5- Arrebentação e Ressaca .......... .............. ............. .. .. ........ ............. 273
6- Cartas de previsão de ondas.................. .... .. .. .. ... .. .. .. .. .. .............. 276
7- Comportamento e manobras do navegante...... .......... .. .......... .... 281
X
8- Marinharia de mau tempo ....................................... .... ......... ...... 283
9- Tsunamis .. .. ........ .. ................. ....... .............. ...... ... .. ............ .......... 288
10- Aspectos relevantes, conceitos e exercícios.. ... ......... .. ....... ... ... 293
CAPÍTULO XI
Estudo dos Oceanos- Amazônia Azul... ............................................. 337
1- Características dos Oceanos...................... ........ ............. ............ 337
2- Mar Territorial, Plataforma Continental e Zona Econômica
Exclusiva........................................................ ... .......................... 339
3- Poluição da Água do mar.................................. ... ............... ........ 344
4- Ecossistema Marinho e Ciclo de Vida no Mar............................. 348
5- Água de lastro e sedimentos de navios.. ................................. ... . 350
6- Amazônia azul.. ... ......... ..... .......................................................... 352
7- Conceitos e exercícios............................. ...... .... .......................... 359
TERCEIRA PARTE
NAVEGAÇÃO METEOROLÓGICA E OCEANOGRÁFICA
CAPÍTULO XII
Navegação em Altas Latitudes e no Gelo ... ....................................... 361
1- Características dos Gelos no Mar............... ..... ... ..... ......... ...... ..... 362
2- Navegação no Gelo............................... .. ............... ....... .. ... .......... 368
3- Variações Regionais do Gelo Marinho...... ..... ......... .............. ....... 375
4- Aspectos relevantes, Conceitos e exercícios..... .. .. .... ................... 377
xi
CAPÍTULO XIII
Climatologia e Cartas Piloto ........ ... ................................................... 379
1- Circulação Geral dos Oceanos. .... .............................. ..... .. ... .. .. .... 379
2- Elementos e Utilização das Cartas Piloto... ......... .. .. .... ... ... ... ..... .. 382
3- Cartas Climáticas.. .. ... ....... ... .. ........... ......... ..... ...... ..... ..... ...... .. .... . 399
4- Conceitos e exercícios.. ...... ................... ........... .. ... .. .. ... ..... ....... .. . 403
CAPÍTULO XIV
Navegação Meteorológica e Oceanográfica .......................... ....... ... . .407
1- Planejamento da navegação meteorológica...... .. .. ........... .. .. .. .... 409
2- Acompanhamento da Navegação Meteorológica ........ .... ........... 416
3- Rotas Recomendadas ................ ... .............. .. .. .... .............. ... .... .... 418
4- Rotas Comentadas... .... ...... ...... ... .... ..... .............................. .... .. ... 419
5- Conceitos e exercícios....... .................... .... ... ... ... .. .... .. ......... .. ..... . 424
ANEXOS:
A-Instruções para Mensagem SHIP e exercícios.. ............. ..... .... .... .. 435
B- Características das estações que transmitem boletins meteoro-
marinha, na costa do Brasil .......... ................................ ...... ........ 460
c- Tabelas meteorológicas.... .. ..... ... .......... ..... .. ...... .. ....... .......... ... ... 461
D- Navegação no gelo .................. ... ... ...... .............. .. ................. .. ... .. 465
E- Questões de prova... ... ...... ... .. ... .. ...... ...... ........... ... ......... ...... .. .. ... 471
F- Conceitos de Física... ............................. .. ....... ... ... ...... ...... ... ..... ... 479
G- Glossário. .... .. ................... .. ......................... ............. ........ ........... 483
xii
INTRODUÇÃO
PLANETA TERRA
BUSCA DO EQUILÍBRIO TÉRMICO
• CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA
• CIRCULAÇÃO GERAL DOS OCEANOS
PLANETA TERRA
- BAIXAS LATITUDES/TROPICAIS
• SISTEMAS BAROTRÓPICOS
• COM SISTEMAS TROPICAIS
xiii
embasamento conceitual e de treinamento objetivo e específico de
meteorologia marinha.
Tratando-se de marítimos, este aspecto é agravado, porque no mar os
fenômenos naturais severos podem atingir estágios de extraordinária
intensidade, como os furacões que são tempestades características dos
oceanos, na região tropical. O oceano com frequência apresenta
situações de mar muito severo, em regiões de alta latitude.
Perante fenômenos da natureza , os navegantes devem estar preparados
e treinados pa ra minimizar seus efeitos, executando os ajustes e as
alterações em seu rumo e velocidade, adequando a sua navegação à
previsão de mau tempo, com a devida antecedência.
Assim sendo, é necessário proporcionar cond ições e materiais didáticos,
para que os navegantes mudem da atitude passiva perante o aviso de
mau tempo no mar, para um comportamento seguro e firme, fruto de
novos conhecimentos práticos e objetivos de meteorologia marinha .
Na convivência quotidiana com os marítimos, constata-se que estão
disponíveis boletins e cartas meteorológicas e imagens de satélites
meteorológicos, porém é necessário contemplar os navegantes com uma
publicação específica sobre o assunto que, de forma prática e objetiva os
auxilie a interpretar o estado do tempo e o estado do mar, e os oriente a
acompanhar a evolução da previsão do tempo e do estado do mar.
Esta situação evidencia algumas questões como :
1) O que é necessário para que os usuários de produtos meteorológicos
saibam interpretar as informações receb idas a bordo?
2) Como capacitar os navegantes a minimizar os efeitos do mau tempo e
do mar severo?
3) Como qualificar os navegantes a planejarem suas rotas e
acompanharem suas navegações, segundo os procedimentos de
navegação meteorológica e oceanográfica?
Visando atender estes questionamentos, os objetivos gerais deste
trabalho são:
1) Apresentar os fundamentos dos conceitos físicos do comportamento
da radiação solar, da pressão atmosférica, das temperaturas do ar e da
superfície da água do mar, da umidade do ar, da nebulosidade e da
visibilidade no mar.
xiv
2) Discutir os processos físicos dos fenômenos atmosféricos, da
circulação do ar, dos ventos, das atividades convectivas, das frentes
frias e quentes, das tormentas tropicais e dos furacões .
3) Descrever os procedimentos e as manobras evasivas, para o
navegante evitar as tempestades e as tormentas muito severas.
4) Apresentar as características dos boletins e cartas meteorológicas e
imagens de satélites meteorológicos.
5) Descrever as condições propícias à geração de ondas em águas
profundas, a propagação de marulhos, o comportamento das ondas
em águas rasas e a ocorrência de ressacas.
6) Comentar os procedimentos e recomendações para navegação
Meteorológica e oceanográfica .
Este trabalho, ao longo de seus capítulos, trata de fundamentos de
Meteorologia, Oceanografia e Navegação Meteorológica .
Na parte de meteorologia apresenta os principais fatores que
influenciam o estado do tempo, como:
a) o comportamento e a variabilidade diária e sazonal da radiação
solar;
b) as temperaturas do ar e da superfície do mar; e
c) a pressão atmosférica à superfície, que resultam gradientes
horizontais de pressão e circulação do ar e ventos .
São discutidas as condições necessárias para ocorrência da saturação da
umidade relativa do ar, a condensação e a formação de nebulosidade e
nevoeiros que afetam a visibilidade no mar.
São apresentados os fatores que desencadeiam e intensificam as
circulações do ar e as características das circulações de grande escala,
sistemas frontais sinóticos e de pequena escala, sistemas locais e brisas;
bem como as diferenças entre os hemisférios norte e sul, observadas no
sentido da circulação dos ventos, em ciclones e anticiclones e em sistemas
extratropicais, cavados, cristas e frentes frias e quentes.
É descrito o processo de desenvolvimento de atividades convectivas, a
formação de nuvens Cumulonimbus, temporais e trovoadas, ventanias e
rajadas, que ocasionam mau tempo .
XV
As características dos sistemas tropicais, as tormentas tropicais e
furacões . Os procedimentos e as manobras para evitar a trajetória do
furacão .
São estudados os sistemas extratropicais, sistemas frontais, frentes frias
e quentes e as características do seu deslocamento e trajetórias, que
permitem ao navegante identificar a sua chegada e passagem, pela brusca
variação da direção do vento, das tendências da temperatura do ar e da
pressão do ar.
Os elementos e características das imagens de satélites meteorológicos,
dos boletins e cartas sinóticas de pressão à superfície do mar, os quais são
analisados em conjunto, do mesmo dia, visando qualificar os navegantes
a interpretar e acompanhar as condições do tempo presente.
Os procedimentos e recomendações para a elaboração da mensagem
SHIP e a transmissão das observações meteorológicas efetuadas a bordo
e também os procedimentos e facilidades para o recebimento de boletins,
cartas meteorológicas e imagens de satélite, pela internet.
São apresentadas as características das ondas de águas profundas e de
águas rasas . Como esse importante aspecto do estado do mar, afeta
significativamente a embarcação, a carga e a tripulação, são descritas as
condições propícias à geração de ondas, a propagação de marulhos e o
comportamento e manobras do navegante em mar severo.
Na parte de oceanografia são apresentadas algumas recomendações da
Convenção Internacional sobre Direitos do Mar em questões de interesse
dos países costeiros e dos navegantes como: mar territorial, plataforma
continental, zona econômica exclusiva (ZEE), ecossistema marinho e ciclo
de vida no mar, além de poluição do meio ambiente marinho .
São apresentados os elementos das marés, suas características e suas
variações ao longo do ciclo lunar e a utilização das tábuas das marés.
É evidenciada a importância da contribuição das marés, quando as
embarcações navegam em águas rasas, ou demandam canais de acesso a
portos de regiões com grande amplitude de maré, e, portanto, necessitam de
precisão na determinação do período de tempo em que a maré
proporciona uma razoávellazeira de água abaixo da quilha.
São descritas as principais correntes marítimas nos oceanos Atlântico,
Pacífico e Índico e o comportamento da circulação geral das correntes
oceânicas de densidade, em ambos os hemisférios, no processo de
xvi
equilíbrio térmico do planeta . É evidenciado, nessa circulação, o mesmo
efeito da força de Coriolis, que é observado na circulação atmosférica. São
discutidas as correntes cost eiras.
Na parte de navegação meteorológica são ressaltadas as características
dos gelos marinhos, os indícios de presença de gelo, as precauções, os
procedimentos e as recomendações para a navegação em áreas sujeitas
a "icebergs", "growlers" , "bergy bits" , " pack ice" e outros tipos de gelo no
mar.
São tecidas considerações sobre circulação geral dos oceanos, e
comentadas as informações climatológicas mensais das cartas piloto dos
oceanos Atlântico, Pacífico e Índico em ambos os hem isférios.
São ressaltadas nas cartas piloto, variabilidades mensais e sazonais do
estado do mar, com ondas acima de quatro metros, ventos superior a
força oito na escala Beaufort, ocorrências de tormentas tropicais e
furacões e áreas com presença de "icebergs" .
É evidenciada a utilização das rotas recomendadas, traçadas nas cartas
piloto internacionais.
Concluindo-se com considerações gerais sobre a recomendável prática da
navegação meteorológica, para que os navegantes evitem regiões com
condições adversas de ventos, correntes, estado do mar e gelo marinho.
As ilustrações apresentam legendas amplas e abrangentes, ressaltando
o aspecto conceitual do processo físico envolvido .
Esta metodologia adotada visa auxiliar o entendimento e facilitar o
rac iocínio conceitual do navegante, na interpretação dos fenômenos
meteorológicos e oceanográficos mostrados nas figuras.
Este procedimento é evidenciado onde as ferramentas que o navegante
dispõe são basicamente representações gráficas, como : cartas piloto,
cartas climáticas, cartas sinóticas de pressão ao nível do mar, imagens de
satélites meteorológicos, cartas de ondas, cartas de correntes de marés.
Elementos extremamente ricos em detalhes gráficos, que para sua plena
interpretação requerem que o navegante tenha olho marinheiro apurado
pelo hábito de observar o comportamento e a variabilidade temporal e
espacial dos parâmetros meteorológicos.
Complementarmente, consta na forma de anexos, detalhamentos
específicos de elementos para elaboração de mensagens SHIP, além de
xvii
tabelas meteorológicas, aspectos e situações de navegação no gelo e de
navegação meteorológica e oceanográfica, tem também anexos de
questões de prova e anexo de embasamento de Física Básica, visando
propiciar ao navegante um bom entendimento e familiarização da
terminologia usual em boletins meteorológicos, avisos de mau tempo e
cartas piloto, é apresentado um glossário temático ao final deste
trabalho, com anexo G.
Em cada capítulo é apresentado o item, conceitos e exercícios (questões
e soluções).
A intenção destes exercícios é pontuar em cada afirmativa a veracidade
dos conceitos físicos de meteorologia e oceanografia .
Com esse objetivo e visando elevar o grau de treinamento, as palavras-
chave, que o validam, estão em negrito.
Nas avaliações, observa-se que as simples manipulações de palavras-
chaves, invalidam o conceito físico em questionamento, nas elaborações
de provas objetivas, com o intuito de testar a capacitação do
candidato/aluno.
Ressalta-se que na natureza os elementos estão em permanente
interação, resultando contínua evolução do estado do tempo e do estado
do mar.
O entendimento do tempo presente, sua evolução e previsão para as
horas seguintes, requer apurada interpretação da tendência da natureza.
Principalmente as duas alternativas, que normalmente, a natureza pode
apresentar: resfriamento/aquecimento.
Resultando situações totalmente diferentes dos parâmetros : campo de
pressão à superfície, campo de vento, sentidos da circulação horária/anti-
horária, ventos ascendente/descendente,
UR aumentando/UR diminuindo, desvio da trajetória para E ou para W,
direção das ondas e dos ventos, vindo do mar aberto ou vindo da costa,
circulação convergente/divergente, etc.
xviii
PRIMEIRA PARTE- METEOROLOGIA
CAPÍTULO I
19
evidenciar a extraordinária importância da fonte de energia responsável
pela ocorrência dos fenômenos meteorológicos e oceanográficos .
Desta forma inicia -se este trabalho pelo estudo da radiação solar, seguida
da variação das temperaturas do ar e da superfície do mar e da variação
da pressão atmosférica .
20
1.1 - RADIAÇÃO SOLAR
FIGURA 1-1
ÂNGULO DE INCIDÊNCIA DOS RAIOS SOLARES
A intensid ade da radiação so lar que chega a superfície t errestre é função do ângul o de in cidê nci a dos
raios so lares. A radiação rece bid a e absorvid a por un id ade de área va ria co m a posiçã o (sazonal) e a
altu ra (di ári a) do sol. Essa intensi dade é máxim a quando os ra ios incidem verticalment e (90°) e
decresce co nform e o ângulo de incid ência dos raios solares for diminuindo, porqu e a radiaçã o se
espalha por um a área mai or (y é maior do que x). (Fonte: MORAN , 1994, mod ificada).
21
AQUECIMENTO DO PLANETA TERRA E A INFLUÊNCIA DIÁRIA DO SOL
1- LATITUDE.
2- Hora (ROTAÇÃO da Terra)
3- Data (TRANSLAÇÃO da Terra I Sazonalidade).
Este aspecto é mais acentuado nas altas latitudes, razão pela qual estas
regiões apresentam invernos rigorosos.
22
3- A nebulosidade indica transporte vertical de calor latente de
evaporação que nas nuvens é transformada em calor latente de
condensação .
Sohitk:io
ll de j11nho
.__..-.. _.;;,~
Equador
v'='
Eq uinócio \ "ernal
21 de março
FIGURA 1-2
VARIAÇÃO ANUAL DA INSOLAÇÃO
I
Solstício de Inverno (HN) "' ~ I( +--~
22/Dezembro ~rão (HS) ~1 ' ~ Arélio
} 'É_::__ ______ _J. Julho
FIGURA 1-3
VARIAÇÃO SAZONAL DA INSOLAÇÃO ENTRE O HN E HS
A razão da alte rn ância das est ações dos Hemi sfé rios Norte e Sul deve-se à va ri ação de inclin ação
entre o pl ano do Equ ador t errestre e o plano da órbita da Terra em torn o do Sol (movimento de
t rans lação). Por essa razão observa-se a sazo nal ida de diferenci ada entre o HN e o HS. (Fonte: MORAN,
1994, mod if icada ).
23
I'' W: atlhu;in ~uhar ,.,
t:qu~td l lr
I'S ,.,
FIGURA 1-4
EFEITO DA CURVATURA DA TERRA FIGURA 1-S
SOBRE A INSOLAÇÃO VARIAÇÃO DO PERÍODO DE INSOLAÇÃO
Nos equinócios de 21 de março e 23 de Após atingir o eq uilíbrio da duração do dia e
setembro a insolação é máxima no Equador, da noite nos equinócios a duração do
porém devido à curvatura da Terra a período de in so lação aumenta diariamente
intensidade e a quantidade total de rad iação para o hemisfério que entrou na primavera e
recebida e absorvid a pela superfície decresce diariamente para o hemisfério que
decresce a medida que a latitude aumenta entrou no outono. (Fonte : MORAN, 1994) .
em ambos os hemisférios. Os dias e as noites
têm a mesma duração (12h). em todas as
latitudes. (Fonte: MORAN, 1994).
• ••
~
FIGURA 1-6
•....• VARIAÇÃO DO PERÍODO
DE INSOLAÇÃO NO HN
••
Após atingir a máxima in solação no so lstício de
verão no HN a duração do período de insolação
decresce no HN e aumenta no HS. (Fonte :
MORAN, 1994).
FIGURA 1-7
••
VARIAÇÃO DO PERÍODO
DE INSOLAÇÃO NO HS
••
Após atingir a máx im a insolação no solstício
de verão no HS a duração do período de
insolação decresce no HS e aumenta no HN.
(Font e: MORAN, 1994).
1•, .
h
• ..t
24
Da mesma forma observa -se ao longo do dia pequeno aquecimento da
superfície no nascer e pôr-do-sol, devido ao pequeno ângulo de
incidência dos raios solares.
FIGURA 1-8
RADIAÇÃO SOLAR
25
1- Saldo positivo ou negativo entre as energias emitidas (ondas longas)
pelo planeta Terra e recebidas (ondas curtas) da radiação solar.
2- Quando o saldo é negativo na superfície no planeta Terra ocorre
resfriamento do ar em baixos níveis.
3- Quando o saldo é positivo ocorre aquecimento do ar em contato com
a superfície e o nível do mar.
l!'!.l•J.) 1Jl.6~ .,
A B c
FIGURA 1-9
PROCESSO DE RESFRIAMENTO DA TERRA
A sup erfíc ie da Ter ra é resf ria da vi a evaporação de água (fi gura a), em issão de radi ação infraverm elh o
(onda s longas) (fig ura b) e condu çã o mais co nvecção por meio de circul ação diret a (figura c).
Unidad es represent am médi as glob ais. O dese nvolvim ento de nebul os id ade ind ica transpo rte de
excesso de calor da superfíci e da Terra para a troposfera, vi a co ndu ção, convecçã o e transferência de
calor lat ent e (Font e: M ORAN , 1994, modif ica da).
FIGURA 1-10
BALANÇO TÉRMICO
Nos di st intos as pect os do balanço t érm ico do
planet a a radi açã o de aquecim ento e de
resfri a ment a dese ncadeia o processo de
redi stribui ção de ca lor dentro do sist ema
Terra-Atm osfera. A evapo ração de água da
superfíc ie da Terra e sua su bsequente
co nd ensaçã o com o nebu losid ade fo rm a um
importante process o de t ransferência de
ca lor, via ca lor lat ent e (F ont e: W M O - n. 769 ).
26
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""' t FIGURA 1-11
TRANSFORMAÇÃO DA
RADIAÇÃO SOLAR
27
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•; ~ PAC. O •. ntnd 11 tk- und Mnrtll und• htn!l• (IR)
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FIGURA 1-12
BALANÇO GLOBAL DE RADIAÇÃO
A distri bui ção de 100 unid ades de radiaçã o so lar (ond as curtas ) qu e entra e a radi ação de ond as
longas (IR ) que sa i, indi ca num a esca la global um excesso de aqu ecim ento da sup erf ície da Terra e
um resfri amento da atmo sfera. Est e excesso de ca lor é t ransferido para a atm osfera, via ca lor se nsível
e calor latent e, o btendo-se ass im o equ il íb ri o t érmi co do pl anet a, co nform e desc rito a seg uir (Fo nte:
MORAN, 1994, modifi ca da).
Conclui -se que as regiões tropicais tem saldo positivo de energia e as altas
latitudes tem saldo negativo de energia .
28
No processo de redistribuição de energia sob a forma de calor sensível
observa-se que a superfície terrestre aquecida, por meio de condução,
aquece o ar em contato com a superfície.
29
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.~110 . 76U •nkrüuM."tru~
FIGURA 1·13
ESPECTRO ELETROMAGN ÉTICO
O es pectro elet rom ag néti co con siste de vários ti pos de rad ia ção, qu e são di st inguid as bas ica ment e
pelo comp rim ento de ond a, fr equ ência e nível de energia. (Fonte: MORAN, 1994) .
FIGURA 1-14
PORÇÃO VISÍVEL DO ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
A porção visíve l do es pectro eletromagnéti co é limitada pe la po rção ultravi olet a de o nd as mais curtas
qu e o violet a e pela po rção infrave rm elho de ond as mais longas qu e o ve rm elh o . (Fo nte: MORAN ,
1994).
30
A temperatura do ar varia vert icalmente na atmosfera , diminuindo com
a altitude, ao longo de toda a troposfera .
A TEMPERATURA DO AR À SUPERFÍCIE
A temperatura do ar varia também horizontalmente com a latitude,
conforme se desloca das baixas latitudes, próximo ao equador, para as
latitudes médias e para as altas latitudes, próximas aos polos, a
temperatura à superfície irá diminuindo.
31
~uoo
L
------v-
~ 20"C ------ FIGURA 1-15
VARIAÇÃO DA TEMPERATURA DO AR
COM A ALTITUDE
i!
umid ade relativa e da formação de
nebu losidade, como veremos mais
""'~
1000
------- ~ ------- adia nte.
(Fo nte: MORAN, 1994, modifica da).
~
~
M l)t: HFIC'It:
32
O navegante pode deparar com acentuadas variações na TSM, devido a
oscilações nos limites de grandes correntes marítimas de temperaturas
distintas. O navegante pode também observar significativa alteração da
TSM ao longo de sua derrota, em virtude da embarcação passar por uma
zona influenciada por uma corrente marítima de temperatura diferente
ou em zona de corrente oceânica ascendente .
33
Portanto, a indicação da temperatura do termômetro de bulbo úmido
será sempre menor que a indicação da temperatura do termômetro seco
(TU <T) .
34
Ao examinar a carta meteorológica de superfície, podemos observar os
gradientes horizontais de temperatura e ter uma boa indicação,
consequentemente, dos gradientes horizontais de pressão do ar à
superfície conforme será visto no item 1.3.
G
FIGURA 1-16
GRADIENTE HORIZONTAL DE TEMPERATURA
A análise da configura çã o das isoterm as é
essenci al para id entificar os gradient es
horizontais de te mpera tura G =l'lt I lln, que tê m
direção perpendicular à isoterma .
Estreito espaçamento entre isoterma s (fortes
gradientes) t em significativa influênci a no
comportamento da pressã o, na ci rcula çã o do ar
e no estado do tempo, como veremos mai s
adiante (Fonte : SANNINO, 1989, modificada).
35
emper•t~~r• ü s•perf"Kie do mu • TSM
FIGURA 1-17
ESTAÇÃO DE VERÃO NO HS- JANEIRO- FEVEREIRO- MARÇO (Fonte: IBGE, 2011).
FIGURA 1-18
ESTAÇÃO DE INVERNO NO HS- JULHO- AGOSTO- SETEMBRO (Font e: IBGE, 2011).
1 - Ob se rva -se no inverno, no HS, TSM mai s eleva da so m ente na reg ião NORDESTE e NORTE do
Brasi l.
2 - Tamb ém no inverno no HS, além da região eq uatorial o Caribe é co ntemp lado com ALTA TSM
devido o Caribe estar no verão do HN .
3 - A importânc ia desta TSM alta no Caribe refl ete na época de furac ões nessa reg ião.
4 - Já no verão HS, nota-se elevada nas reg iões LESTE, SUDESTE do Brasi l e costeira da reg ião SUL.
5- No verão HS na reg ião eq uatorial a TSM é elevada contemp lando as regiões OESTE da ÁFR ICA.
6- A regiões da Argentina tem constânc ia da TSM ao longo de todo ano.
36
u
o
~· . ,.
FIGURA 1-19
ESTAÇÃO DE PRIMAVERA NO HS - OUTUBRO- NOVEMBRO- DEZEMBRO (Fonte: IBGE, 20 11).
FIGURA 1-20
ESTAÇÃO DE INVERNO NO HS- JULHO - AGOSTO- SETEMBRO (Fonte: IBGE, 2011).
37
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(.)
c< ~
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P. ;- ·: r
FIGURA 1-21
- -- --
""'•l- .... <
f. O ~ ~ - C4 O ~ ~ ~ ~~ O ~
M M ·• ~ N ~ N
;' ~ 11 ,. . •
FIGURA 1-22
ESTAÇÃO DE OUTONO NO HS- ABRil- MAIO - JUNHO (Fo nt e: IBG E, 2011) .
38
1.3- PRESSÃO ATMOSFÉRICA
3-'
30
FIGURA 1-23
26 VARIAÇÃO VERTICAL DA PRESSÃO
ATMOSFÉRICA
22
A pressão atmosférica diminui com a altitude,
então uma corre nte de ar ascendente terá
i
18 Estratosfera contínua expansão com a altitude e de forma
mais acentuada na troposfera , visto que, a
1-'
pressão varia de valor normal de 1013 hPa, ao
c nível do mar para cerca de 200 hPa no nível da
-
~
-.;
Q
lO tropopau sa. Esta contínua expansão do ar
ascendente é a ca usa essencial de seu
-
1-
6
Troposfera
resfriamento até a temperatura do ponto de
~ 2 orvalho e a subsequente forma ção de
-r. nebulosidade, como veremos mai s adiante.
(Fonte : MORAN, 1994, modificada) .
o 200 400 600 800 1000
PRESSÃO (hl'11) ...
Um aspecto importante que deve ser entendido é que o peso da coluna
de ar depende da densidade do ar no momento considerado. Se o ar
estiver mais denso, no caso de ar frio, estará mais pesado e a pressão será
maior. Se o ar estiver menos denso, no caso de ar quente estará menos
pesado e a pressão será menor. Isto explica a variação diurna da pressão.
Isto significa dizer que se o ar da coluna se expandir, ele fica menos denso,
e a pressão diminui. É o caso de aquecimento do ar.
39
ttt ~n~~
~p<O ~p>O FIGURA 1-24 (a e b)
Jlt, M!~'- Os
INFLUÊNCIA DO MOVIMENTO
VERTICAL DO AR
Pode-se dizer que nessa região passa-se a observar uma alta pressão. No
caso de haver a substituição gradual do ar de uma área específica por
outro mais quente, a pressão dessa região apresenta rá uma variação
negativa, ou seja, a pressão diminuirá .
Neste caso pode-se dizer que nessa região passa -se a observar uma baixa
pressão .
40
denominadas isóbaras e que sejam identificadas as regiões de alta
pressão e de baixa pressão.
O navegante deve saber que para o vento afetar o estado do mar, outros
fatores precisam também ser atendidos.
FIGURA 1-25
GRADIENTE HORIZONTAL DE PRESSÃO
A análi se da configura çã o da s isóbara s é
fund amental para id entifica r os gradi entes
hori zo ntais de pressão, G = ~. qu e t êm direção
l lll
perpendicular à isó ba ra (Fonte : SANNINO,
1980) .
intensos
1'. = 1008
G nuliente = diferença de pressão = ..2!!....
[~ paçamcnto ou distii nci11 n
FIGURA 1-26
GRADIENTE HORIZONTAL DE PRESSÃO
Estreitos espaça mentos entre isóbaras (forte s gradientes ) proporcion am ventos de maior
intensidad e, influ enciand o o comportamento do estado do tempo e do estado do mar, como veremos
mais adi ante. (Fonte: SANNINO, 1980) .
41
COMPORTAMENTO DA PRESSÃO
Na atmosfera observa -se água, no seu estado gasoso, como vapor d' água,
no seu estado líquido, como gotículas de nuvens e gotas de chuva e no
seu estado sólido, como cristais de gelo.
42
processos sob a forma de calor latente são fatores responsáveis pelo
estado do tempo, sua nebulosidade e precipitação.
43
E se a temperatura do ar diminuir, o seu limite de conter um idade até se
saturar diminui, logo a sua umidade relativa aumenta.
90
tJ MIIMtH: Mr i.ATI VA
.
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G ~
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..,c"'"'
i2 ~
oI I I I I I I I I I I I I I I I 1 1 I I I I I 11 .lO~
FIGURA 1-27
UMIDADE RELATIVA
Vari ação de umid ade re lativa em um dia de calma ria, sem advecção de massa de ar. A umidade
re lat iva va ri a inve rsame nte com a te mpe rat ura do ar (F onte : M ORAN, 1994).
44
Ressalta -se que essa expressão matemática varia inversamente
proporcional ao seu denominador, o qual é função da temperatura do ar
(ver item 2.1}.
Então, a UR é inversamente proporcional à variação da temperatura do
ar.
Cálculo para obtenção da Temperatura do Ponto de Orvalho (TPO) e
Umidade Relativa (UR}
Do psicrômetro de funda obtém -se a indicação das duas temperaturas,
seca (T) e úmida (TU) e calcula-se a diferença entre as mesmas (T-TU).
Essa diferença denomina-se Depressão do Termômetro Úmido (T-TU) . Da
Tabela Temperatura do Ponto de Orvalho (TPO) em função da
temperatura do termômetro de bulbo úmido e temperatura do ar,
constante do Anexo C, obtém-se a TPO e calcula-se a diferença entre a
temperatura do ar (T) e a temperatura do ponto de orvalho (TPO) .
Essa diferença denomina-se depressão do ponto de orvalho (T-TPO) .
Da Tabela Umidade Relativa (UR), em função da temperatura do ar (T) e
temperatura do ponto de orvalho (TPO) Anexo C, obtém-se a UR.
A temperatura do ponto de orvalho (TPO) pode também ser obtida, com
bastante rapidez, no ábaco, temperatura do ponto de orvalho, utilizando
a Depressão do Termômetro Úmido (T-Tu) e a temperatura do
Termômetro Seco .
Exemplos:
A) Ponto de Orvalho e UR
Temperatura do termômetro seco (T) .... .... ................ ..... ... ... ........ 26,0°C
Temperatura do termômetro úmido (TU) ...................................... . 20,0°C
Depressão do termômetro úmido (T- TU)..................................... 6,0°C
Temperatura do ponto de orvalho TPO (Td) ..... .................. ... ... ....... 17,1 °C
Depressão da temperatura do ponto de orvalho (T - Td)................ 8,9°C
Umidade Relativa (UR) ............ .... ......... ...... ... ............ .. .. ... .. .. 57,6% ou 58%
B) Ponto de Orvalho e UR
Temperatura do termômetro seco (T) ............ ... .. .. .. .. .... ............ .. . 23,4°C
Temperatura do termômetro úmido (TU) ..... .. ............................... 20,9°C
Depressão do termômetro úmido (T- TU). .... .... .... .......... ............. . 2,5°C
Temperatura do ponto de orvalho (Td) ... ........ ...... ................ ... ... .... 19,JCC
Depressão da temperatura do ponto de orvalho (T- Td) ...... .. ....... 3,JCC
Umidade Relativa (UR) .............. ........ ..... .... ................ .... .... .. 79,8% ou 80%
45
OBSERVAÇÃO: Quando os valores indicados nos termômetros e as
diferenças não constarem nas tabelas, deve-se fazer interpolação a
fim de se obter valores os mais precisos possíveis.
2.2- EVAPORAÇÃO
FIGURA 1-28
MUDANÇAS DO ESTADO DA ÁGUA- CALOR LATENTE
Calor pode ser adicionado à água de duas formas distintas: calor sensível e calor la tente . Calor é
adicionado ao gelo (0,5 caloria por grama por grau Celsius) e à ág ua (1 ca loria por grama por grau
Celsius) para elevação das suas temperaturas (calor sensíve l) .
Calor é adicionado por mudanças de estado da água (calor latente): pa ra derreter o gelo (80 calorias
por grama). e para evaporar a água (600 calorias por grama). Nota-se, entretanto, que a temperatura
da água durante a mudança de estado é constante, significand o que todo esse calor adicionado é
absorvido como calor latente e não como calor se nsível. (Fonte: SANNINO, 1989, modificada) .
46
FIGURA 1-29
FASES DO CICLO DA ÁGUA
2.3 - CONDENSAÇÃO
47
Esse resfriamento afetará continuamente a umidade relativa da massa de
ar que está subindo. A umidade relativa irá aumentando gradativamente
até a massa de ar atingir o nível em que ela chegará a 100%.
Esse nível é denominado nível de condensação e a temperatura do ar
nesse nível será a própria temperatura do ponto de orvalho (TPO). Nesse
nível se iniciará a condensação, à qual continuará a se processar com a
subida da massa de ar .
•ooo
Adiabj liu
JOOO
Nín•l d ~
2000 '-<-- - - - f Ond t n!l•çi o
t!
~
1000
tua dt n rhu;Ao
(l O' ( '/k no l
~
:( SuptrfÍ<'if' L _ _ _...J_ _ _ _ .L------::----~;----~
· 10 o 10 20 ... •o
l ·t:MPt:RAT I1RA (•C) ~
FIGURA 1-30
ADIABÁTICAS SECA E ÚMIDA (ATIVIDADE CONVECTIVA)
Como no processo adiabát ico não exist e troca de calor entre a massa de ar e o ambiente, a ascensão
do ar não saturado tem duas et apas di stintas: abai xo e acim a do nível de co ndensaçã o.
A parcela de ar fresco não saturado, em movimento ascendente co m taxa de vari açã o (Lapse rat e)
adiabática seca de (10°( por km), se resfri a e sua umid ade relativa aumenta. Ao al ca nçar a
t emperatu ra do ponto de orvalh o no nível de cond ensaçã o, a parce la de ar atinge a saturação
(umid ade relat iva 100%). Continu ando a ascender é desenca dea da a cond ensação e, porta nto, a
libera çã o de calor lat ente. A influência do ca lor latente liberado faz co m que a parce la de ar saturado
ascend a com t axa de vari açã o adiabáti ca úmid a (6°( por km) que é menor. Co nsequentemente a
parce la de ar sa turada não se resfria t ão rapidamente quanto a parce la de ar não saturado (F onte:
MORAN, 1994, modifica da).
48
passo que na ocasião da condensação do vapor d'água ocorre liberação
de energia na forma de calor latente de condensação.
2.4- NEBULOSIDADE
49
tipo Stratus ou Estratiformes, ao passo que nuvens tipo Cumulus ou
Cumuliformes de desenvolvimento vertical se associam ao ar instável.
50
Além disso, é indicada a porção do céu, encoberta por nuvens baixas,
médias e altas, considerando os níveis de altitude de suas bases.
FIGURA 1-31
CUMULONIMBUS
Conglomerados de nuvens Cumulonimbu s são
um a boa ind icação de região com inten sa
atividad e convectiva, como veremos mais
adiante. Nota-se que sua parte superior, devido
a divergên cia em altos níveis, se estend e
bast ante na direção do escoamento, assumindo
um form ato conhecido como bi gorna {Fonte:
DIGEST, 1980) .
51
FIGURA 1-32
CIRRUS COM GARRAS (RABO DE GALO)
Nuve ns Cirru s co m ga rras (Rabo de ga lo ou pré-
front ais) co m ace ntu ado des loca mento na
direção da embarcação são para o navegant e
uma boa indi cação de mau t empo se
aprox im and o. (Fonte: MORAN, 1994) .
Cb sem Cirrus
2.5- NUVENS
Q Cumulonimbus (Cb)
Q Cumulus (Cu)
Q Stratus (St)
Q Cirrus (Ci)
52
nuvens se agrupam como nuvens baixas, médias e altas, podendo ficar
dispostos como se segue :
(Fonte: DHN)
53
c. • I CIRR US an filwncntns. C>fl'INIS rlll<r uumentando c. • 2 CIRR IIS dcn_,..,., em bnnoos que: nr1o awncnwn
54
C,. = 8 ClRROSTRATUS ni1o cobrindo IOdo o céu
FIGURA 1-34
QUADRO DE NUVENS (Fonte: DHN)
55
<·• • 41 tv2500m)ALTOC'U M ULUS tmn:;ltll:idoscm bancos C" • J( h>2500m) AL TOC'UM ULUS tronslúcidos. que cor-
oU l enticul~ rem em urn ou nuus mvcas
- ' ~rii@lll--
--=...-.
-
C" 5 ih>2000-2500m )AL I'OC UM ULUS em fai xa.< ou f.tJ~~~~-~BUU~ULU S derivados de CU M UI.lJS ou de
camadas. aumentando ou espessando
C = M ih % ~ 000 - 2500ml 1\J.'I OCl ' M ULUS em tufos (' Q ALI Ol'U M L'LU S em l:éu cuótil:o. g~o:ruhnen t l' crn
d'I Mt JJ JJ·ORMrSdi<pcN>< \'ários nhcis
FIGURA 1-35
QUADRO DE NUVENS (Fonte: DHN)
56
l'1 - I
~IR~ J~ (h-600- IOOm) CU MULONIMBUS sem coroas de
C,- 2 C UMUL US (h9>00-IU00m) oongcslus (com torres) C, - 2 CIJMlJI.l JS (h-600-I OOOrn) congcstus (com IOITCS )
C1 - 5 STRA TOCUMULUS. nilo Jcrivtkk>s <k cumulu.< C, - 5 (h ~ I 000- 1 5000m) STRA TOCU MUL US. niloderiva·
dOs de cumulus
FIGURA 1-36
QUADRO DE NUVENS (Fonte : DHN)
57
CL =6 STRA TUS NEBULOSOS ou STRA TUS FRAtTUS C1 z 6 (ll'"'S().I OOm) STRA rus
CL- 9 CUMULONIMOUS com coroa de: CIRRUS CL = Q CUMI JI.ONIMRUS CAPJLI.A TlJS. frcqiK:ntemente
com wnu bll9>fllt1
FIGURA 1-37
QUADRO DE NUVENS (Fonte: DHN)
58
2.6- PRECIPITAÇÃO
~ 3- VISIBILIDADE NO MAR
3.1- NÉVOA ÚMIDA I NEVOEIRO
Os nevoeiros se formam e se intensificam por saturação do ar e imediata
condensação do excesso de umidade, ou seja, condensação do vapor
d'água que ultrapassa a capacidade do ar saturado na nova temperatura
atingida, denominada Temperatura do Ponto de Orvalho (TPO).
59
O que caracteriza o nevoeiro e o diferencia da nuvem, é que a formação
do nevoeiro sempre ocorre na camada da atmosfera junto à superfície .
Superfície essa que afeta a temperatura do ar e propicia a formação de
nevoeiro, como nos casos dos nevoeiros de radiação e advecção.
Como a massa de ar deverá ser úmida, então será possível com esse
resfriamento que a temperatura do ponto de orvalho seja atingida e a
condensação se inicie.
60
Para que haja dissipação do nevoeiro, é necessário que o processo
caminhe ao contrário, ou seja, haja aquecimento da superfície e
consequentemente elevação da temperatura do ar.
Fato esse comum de ocorrer no final da tarde em dias em que a TSM está
acentuadamente baixa em relação à temperatura da superfície do
continente e consequentemente à temperatura do ar. Se as condições de
circulação do vento, da umidade do ar, TPO e da TSM , forem prop ícias, o
navegante poderá encontrar nevoeiro de advecção.
61
quando essa diferença (T- TPO) é bem próxima em mar aberto e à costa
e a umidade relativa do ar for bem alta, algo como 95%. Então se constata
possibilidade e facilidade de ocorrência de nevoeiro.
62
A névoa úmida se ficar muito forte é denominada de nevoeiro. Ela
apresenta pequena quantidade de matérias sólidas em suspensão
associadas às gotículas d'água que são pequeníssimas e mais dispersas. A
névoa úmida é caracterizada pela sua cor acinzentada.
3.3 -VISIBILIDADE
63
a) precipitação;
b) névoa ;
c) nevoeiro;
d) espuma do mar arrastada pelo vento;
e) poeira; e
f) sal.
A chuva normalmente não reduz a visibilidade à superfície para menos de
lSOOm. Entretanto a chuva em pancadas fortes passageiras pode afetar
consideravelmente a visibilidade.
64
d) elevada umidade relativa ; e
e) grande estabilidade do ar.
ESCALA DE VISIBILIDADE
Português - Portuguese Inglês - English Milhas Náuticas - Nautical Miles Km
65
7- Como o aquecimento da superfície é diferenciado, observa-se
campo de pressão à superfície, com centros de baixa e alta pressão .
8- Campo de pressão à superfície gera circulação horizontal e vertical,
e formação de células.
9- O tipo de superfície exerce um papel significativo no processo de
interação dos elementos meteorológicos e na evolução do campo de
pressão, da circulação horizontal do ar, do movimento vertical do ar,
dos ventos, da nebulosidade, como no caso das células das brisas
marítimas e terrestres.
10- O movimento vertical do ar afeta, de forma adiabática, a sua
temperatura, e então, significativamente, a sua UR.
11- A variação da UR é inversamente proporcional à variação da
temperatura do ar.
12- No movimento ascendente a UR aumenta, podendo atingir a
saturação na temperatura do ponto de orvalho {TPO), com
ocorrência de nuvens.
13- No movimento descendente do ar ocorre o contrário: a UR diminui,
afastando-se da TPO, com ocorrência de céu limpo.
14- Na circulação do ar à superfície (advecção), a interação do ar com o
oceano - quando a TSM for MAIS FRIA que a TPO - pode afetar a
visibilidade no mar com possibilidade de formação de névoa úmida
de advecção, na área marítima.
15- Na região costeira continental pode ocorrer névoa úmida de
radiação, pela madrugada, devido ao resfriamento da superfície da
terra, possibilitando o ar atingir valor menor que a TPO.
16- Para ocorrer nuvens é necessário movimento ascendente do ar, que
pode ser por rampa de massa fria (frente fria), rampa de montanha,
convergência, aquecimento da superfície, etc.
17- No campo de pressão da configuração das isóbaras, o espaçamento
das isóbaras, indica os gradientes horizontais de pressão, que
afetam a intensidade dos ventos e sinalizam uma das condições
propícias à geração de ondas, que pode ser observada nas cartas
sinóticas, quando o espaçamento das isóbaras é bem estreito.
18- No movimento ascendente do ar, que ocorre de forma adiabática,
observa-se a interação dos elementos meteorológicos de acordo
com a lei dos gases da física clássica, ao longo da atividade
convectiva resultante.
.66
EXERCÍCIOS
67
15- Comente sobre o processo adiabático . Interprete o comportamento
do ar ascendente na adiabática seca e adiabática úmida .
16- Comente sobre o comportamento do ar na absorção de calor latente
de evaporação e na liberação de calor latente de condensação.
17- Descreva as condições propícias à formação de nebulosidade .
18- Descreva as principais características físicas do ar, que propiciam a
formação de diferentes tipos de nuvens .
19- Cite os principais aspectos de uma nuvem Cumulonimbus (Cb).
20- Comente as principais características do ar que permitem o
observador associar a ocorrência de nuvens Cirrus (Ci), paradas com
bom tempo.
68
CAPÍTULO 11
CIRCULAÇÃO DO AR E VENTOS
-t 1- AR ESTAVEL E AR INSTAVEL
69
Nessa situação, as camadas de ar dos baixos níveis da atmosfera não
tendem a trocar de posição com as camadas de ar de níveis acima,
simplesmente por não ocorrerem fatores que afetem a densidade do ar
em altos ou baixos níveis.
Na atmosfera, a tendência natural é o ar mais denso, ou seja, mais frio
se posicionar abaixo do ar menos denso, ou seja, mais quente.
y-~
FIGURA 11-1
/ ~~ '\ rrio
CIRCULAÇÃO DIRETA
~\~_.?f/'/'
desce, produzi nd o o movim ento do
ar conh ecid o com o ci rculação direta
tJU COIC
~_....?f (Fonte: MORAN, 1994).
Q INSTABILIDADE ATMOSFÉRICA
70
Se houver uma tendência de aquecimento da superfície com consequente
elevação da temperatura do ar em baixos níveis, a evolução natural do
tempo será o desencadeamento de circulação direta . Sempre que a
camada de ar inferior fica mais quente que a camada de ar superior, o ar
menos denso sobe e o ar mais denso desce. A situação na qual não ocorre
a circulação direta espontânea é denominada inversão térmica, fato esse
que pode resultar em maior poluição atmosférica.
71
FIGURA 11-2 (a e b)
CIRCULAÇÃO CICLÔNICA
a)HS
Iffi I83 A circu lação cic lônica do ar, que tem um
co mponente para dentro, num ce ntro de baixa
pressão, é no se ntido anti -horário no HN (figura a) e
b)HN
no se ntido horário no HS (figura b) . (Fonte : DHN)
I
uu
>>]83<< I
pressão
FIGURA 11-5
CARACTERÍSTICAS NUM
CENTRO DE BAIXA PRESSÃO
A circu lação do ar num centro de baixa
apresent a
horizontal. (Fonte: DHN)
movim ento
72
O centro de alta pressão pode ser denominado de anticiclone.
FIGURA 11-9 (a e b)
CARACTERÍSTICAS NM
CENTRO DE ALTA PRESSÃO
A circul ação do ar num ce ntro de Alta
Pressão ap rese nta movimento hori zontal
divergente e movimento vertical desce n-
dente (subsidência) . (Fonte: DHN)
73
Por esta razão, é muito importante o navegante, ao consultar a carta
sinótica de pressão à superfície, observar o posicionamento dos centros
de alta e de baixa e acompanhar pelos boletins meteorológicos os seus
deslocamentos.
·;~·~· ~ ) ~ ~~ ""oom"~"' «
\~ry~ I
~) ~f
-.... ~ PRBAIXA
ESSÃ O
FIGURA 11-10 (a e b)
~ ---
IDENTIFICAÇÃO DA CIRCULAÇÃO DO AR
O navegant e pod e utilizar com o reg ra prát ica para id entificar a circulação do ar e sua posição em
relação aos ce ntros de Alta e Baixa pressão, a adoção do seg ui nte proce di mento : co locando-se de
costa para o VENTO t erá o ce ntro de Al ta pressão a sua esque rd a no HS (figura a) e a sua direita no
HN (figura b), enq ua nto que, terá o ce ntro de Baixa pressão a sua direita no HS e a sua esq uerda no
HN (Fonte: BARROS, 199 1, mod ifi ca da).
74
Cavado caracteriza -se pelo alongamento das isóbaras de um centro de
baixa pressão, em uma determinada direção, ou seja, ao longo do eixo do
cavado . Essa protuberância é mais pronunciada conforme as isóbaras se
afastam do centro de baixa para a periferia, ao longo do eixo do cavado .
Para facilitar essa observação, ressalta-se que o eixo das cristas está
sempre apontando para a direção das altas latitudes ao passo que o eixo
dos cavados está sempre voltado para o equador.
D l'o l o n o •· t c D
75
C UU I I \ ~ \0 "'jl) lO \11,. ( KIO 'UK f 1-
O eixo do ca vado, em ambos os hemi sfério s, se O eixo do cavado, no HS, aponta t ambém
orienta na direção das baixas latitudes. No HN, para o equador (Fonte: BRASI L, DHN, 1991).
o eixo do cavado aponta para o Eq uador (fonte :
BRASIL. DHN, 1991).
i~1~
MOVIMENTO MOVIMENTO
DESCENDENTE ASCENDENTE FIGURA 11-15 (a e b)
CONVERGÊNCIA E DIVERGÊNCIA
\ I/ I DO AR À SUPERFICIE
\
/ .. ...'""" ! . \·~· superfície (figura a). Se o ar converge à
superfície, então ascende (figura b) . Esses
tipos de escoa mento do ar pode m ca usar
va riaçã o na densi dade e na pressão do ar
(Fonte: MORAN , 1994, modificada) .
76
que a convergência à superfície está associada ao movimento ascendente
do ar e à divergência em altos níveis, ao passo que, divergência à
superfície está associada ao movimento descendente do ar e à
convergência em altos níveis.
FIGURA 11-16
• ~~~~RfG~~CIA~ CIRCULAÇÃO DO AR EM UM ANTICICLONE
AR SCENOEHTE
Nesta vi sualização de uma seção vertical de
um anticiclone, o ar converge em altos
níveis, ocorre subsidência e o ar diverge à
·---OIVERG~HCIA - - - ·
HORIZONTAL
superfície (Fonte : MORAN, 1994,
SUPERFiciE modificad a).
/ I / / / / / / / / / / I / / / / I / I / / / DA TERRA
DIVERGêNCIA
~ORIZONTA~~l----·~
FIGURA 11-17
I// I I////
+-·"
---··~CONVERGÊNCIA·--
HORIZONTAL
// ///
SUPERFfCIE
/ / / 1 / / I 1JA TERRA
CIRCULAÇÃO DO AR EM UM CICLONE
/
, - ... ' (figura a), enquanto uma redução da
velocidade do vento a jusante do
b)
: ---- ' ---+---+---+ I
escoamento causa convergência (figura b)
(Fonte : MORAN, 1994).
CON~ER<i'~!NCIA
77
HN -ALTOS NIVEIS: HS - ALTOS NIVEIS
/-+--:.~
/'_
•:
•:
,,
?'7'/) R
' .,
"
-~ "
CONVERGE:NCIA HORLZONTAL
CAVADO CRISTA
FIGURA 11-19 (a e b)
CONVERGÊNCIA E DIVERGÊNCIA NO ESCOAMENTO DO AR, EM ALTOS NiVEIS
Os ventos gradiente em al tos níveis aumenta a velocid ade nas crista s e reduzem a velocid ade nos
cavados. Isto indu z convergência horizontal, em altos níveis, avante das cri st as e divergência
horizontal, em altos níveis, avante dos cavados. As linha s P1 e P2 são isó baras e P1 é maior do que
P2 . Escoam ento no HN (figura a) e escoame nto no HS (figura b) (Fonte: MORAN, 1994).
HN - BAIXOS NIVEIS:
HS -BAIXOS NIVEIS:
,., ,,
,, ,.,· / n
I
''
., /~
CONVERG~NCt A HORIZONTAL
I
CAVADO CRISTA
FIGURA 11-20 (a e b)
CONVERGÊNCIA E DIVERGÊNCIA NO ESCOAMENTO DO AR, EM BAIXOS NiVEIS
Os ventos gradiente em baixos nívei s aumenta a velocidade nos cavados e reduzem a velocid ade nas
cri sta s. Isto induz divergência horizontal, em bai xos níveis, ava nte das cristas e convergência
q
horizontal, em baixos níveis, avante dos cavados. As linh as P1 e P2 são isó baras e P1 é maior do que
P2. Escoa mento no HN (figura a) e escoa mento no HS (figura b) (Fonte: MORAN , 1994).
3- BRISAS E VENTOS
3.1- BRISAS
78
Como a TSM não se altera, resulta em gradiente horizontal de
temperatura e consequentemente em gradiente horizontal de pressão
entre a região litorânea e o mar. Ocorre baixa pressão sobre o continente,
permanecendo alta pressão sobre o mar. O vento horizontal resultante é
no sentido do mar para o continente em baixos níveis. Fato esse que deve
ter especial atenção do navegante sempre que demandar o canal de
acesso de um porto, no período da tarde. Já pela manhã, o navegante irá
observar a brisa terrestre no sentido da costa para o mar. Isto se explica,
em razão da temperatura da superfície do solo estar mais fria, devido ao
resfriamento noturno do continente. É interessante lembrar que a TSM
não se altera durante o dia e a noite.
ã:-t'r!~c~
------ -
------------
-~-,.;:..-,..., '190
\!..._,r:. -- . 1000 hpa
hr• 980 hl"ll
990 hP111
t
----- - --
# _ - - - - - - - - - - - lO lU h11a 1000 hl)õt
79
3.2- VENTOS
VENT O S
F~
E<li.Jili!!lKl
ttiJROSTA11CO
GEOSlR<Flco GRADIENTE SIJIERFiciE
GRADIEN\):
!EPRESSAO ' ' ' '
CORIQJS .
Cl'NTRiPET" . .' '
'
'
'
ATRITO . . '
GRA111Do\!E
'
. .
(Fonte: DHN)
Observação: x = considerada • = desprezada
80
Vento gradiente é também um vento de larga escala horizontal, sem
atrito e que sopra paralelo as isóbaras. Diferentemente do geostrófico,
sopra ao longo de um caminho curvo, devido à força centrípeta . Não é
consequência de balanço, pois é alterada a direção e não a velocidade . O
vento gradiente é a interação de 3 forças : força gradiente horizontal de
pressão, força do efeito de Coriolis e força centrípeta.
81
vento, que é indicada de modo diferente do rumo . O rumo é para onde
vai a embarcação.
82
Assim, para obter-se o vento verdadeiro, partindo do vento relativo,
adota-se o seguinte procedimento :
83
TRIÂNGULO DO VENTO VERDADEIRO
Direçl!o e velocidade do
vento verdadeiro
Solução:
Q Direção do vento verdadeiro= 340°.
Q Velocidade do vento verdadeiro= 38 nós.
HN HN
(a) (b)
FIGURA 11-25 (a e b)
DIREÇÃO DE ONDE VEM O VENTO- HN
84
HS- Centro de Baixa e Centro de Alta -(no HS)
DIREÇÃO CARDINAL DOS VENTOS
HS HS
(a) (b)
FIGURA 11-26 (a e b)
DIREÇÃO DE ONDE VEM O VENTO- HS
FIGURA 11-27
GRADIENTE HORIZONTAL DE PRESSÃO
Estreitos espaçament os entre isóbara s (fortes gradientes) propo rcionam ventos de maior
intensi dade, influ encia ndo o comporta mento do esta do do tem po e do est ado do mar, co mo vere mos
ma is adiante . (Fonte : SAN NINO, 1980).
85
ESCALA BEAUFORT DE VENTOS
(Fonte : DHN)
86
FIGURA 11-28
CIRCULAÇÃO GERAL
~"""'
TropoJUIU §::t d a
........_,_ hui tude médi:•
a 60° e 60° a 90°). em ambos os
90. hemisférios, res ultando ascensão do ar e
611"
baixa pressão à superfície no equador,
subsidência e alta pressã o à superfície em
30° de latitude e ascensão de ar e baixa
pressão à sup erfície em 60° de latitude .
Na região trop ica l ocorre a ci rcu lação da
célula de Had ley com os ventos alísios, na
região de lat itudes média s ocorre os
O"
ventos de oeste e as frentes e na regi ão
de altas latitudes ocorre os ventos polares
de leste. Nota-se que a tropopau sa ocorre
em trê s seg mentos e que nesta figura a
escala verti ca l está ba stante exagerada
(Fonte: MORAN, 1994).
87
------------------------------- ·.~,~~~:~~· u~•
al hf'os dr s •:
A= Anticiclones subtropicais
FIGURA 11-30
CIRCULAÇÃO DAS CÉLULAS DE HADLEY
Na região tropical , ao longo do equador t érmi co, encontra-se a Zona de Convergência lntertropica l
(ZCIT), com significativo movimento ascendente de ar, devido a circu lação das cé lul as de Hadley, de
ambos os hemisférios, que desencadeiam à superfície os ventos alísios de NE (HN) e os ventos alísios
de SE (HS) e subsid ência de ar nos anticiclones subtropicais, (Fonte: MORAN, 1994).
I' N
FIGURA 11-31
DISTRIBUIÇÃO GERAL DA PRESSÃO À SUPERFÍCIE
PS
88
I'N FIGURA 11-32
EFEITO DA FORÇA DE CORIOLIS
A circu lação meridional sofre influência da rotação da
TERRA, porque os círculos de latitude variam gradua lm ente
de tamanho (raio) e, portanto, também variam de
velocidade tangencial. Conforme se afastam do círculo do
O' equador, num sentido para latitudes norte e, noutro se ntido,
para latitud es su l, a circulação sofre, então, devido ao efeito
da força de corioli s, um desvio para a direita no HN e para a
esquerda no HS. Isto ocorre sempre que a circulação for
meridional no sent ido do norte-su l ou no se ntido su l-norte,
em ambos os hemisférios (Fonte: MORAN, 1994).
PS
PS
I,N
J
FIGURA 11-34
CIRCULAÇÃO DA
ATMOSFERA À SUPERFÍCIE
Representação em esca la planetária da
circulação da atmosfera à superfície e
anticic lones subtrop ica is (A) (Fonte: MORAN,
1994).
89
HN
FIGURA 11-35
( ) CORIOLIS
HS
FIGURA 11-36
CIRCULAÇÃO DO AR À SUPERFÍCIE
90
- \ S -CAMPO_ DE VENTOS NA COSTA DO BRASIL, NAS QUATRO
-1 ESTAÇOES DO ANO. EFEITOS DA SAZONALIDADE
FIGURA 11-37
HS- OUTONO- ABRIL- MAIO- JUNHO (Font e: IBGE, 2011).
91
3- Destaca -se a constancia sazonal na regi ão Norte, Nordeste, Leste do
Brasil devido a ocorrência da Célula de Hardey ser permanente no
oceano Atlântico Sul.
' ·.
e.;,. ~~.A
-./
/-
..... ,.-·,
1
)-~
FIGURA 11 -38
HS -INVERNO - JULHO- AGOSTO - SETEMBRO (Fo nte: IBGE, 2011) .
92
5- Este comportamento da direção dos ventos e das ondas e muito mais
signinficativo na s estações Inverno e Primavera .
I
I
e/" A
~-~
';=--~---'_;,.... .... ~-
FIGURA 11-39
HS- PRIMAVERA- OUTUBRO- NOVEMBRO- DEZEMBRO (Fonte: IBGE, 2011 ).
93
9- É importante perceber que o parâmetro mais significativo é a direção
de onde vem o vento e as ondas .
"" ·- t - '
l __ ......,
\
,() \_,
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i;> ~... ,n1
. \ ...
I ,.;:.,t-J - ~
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I
Ir /
I
.r, \~
( ~,
:
>
\
FIGURA 11-40
HS- VERÃO- JANEIRO- FEVEREIRO- MARÇO (Fonte: IBGE, 2011).
94
12- Observa-se também que a região Norte do Brasil é afetada pelos
ventos alísios do HN, na estação de Verão.
~ 6- CONCEITOS E EXERCÍCIOS
95
convergência de ar na (B), com movimento ascendente do ar e de
divergência de ar na (A), com movimento descendente do ar.
8- Na circulação de mesoescala de uma brisa marítima, observa-se
circulação do ar, do mar para a costa, à tarde.
9- A brisa marítima é mais forte em latitudes mais baixas e na
sazonalidade de verão .
10- Na circulação de mesoescala de uma brisa terrestre, observa-se
circulação do ar, da costa para o mar, pela madrugada.
11- A brisa terrestre é mais forte em latitudes médias e altas, e na
sazonalidade de inverno.
12- Observam-se sentidos contrários nas circulações horizontais, em
áreas de baixa (B) e de alta (A) pressão à superfície.
13- Nas circulações ciclônicas (B) do HS é sentido horário.
14- Nas circulações anticiclônicas (A) do HS é sentido anti-horário.
15- Os sentidos de circulação do ar são distintos nas (B) do HS e do HN,
e também diferentes nas (A) do HS e do HN.
16- As circulações meridionais são afetadas pela força de Coriolis .
17- Os ventos meridionais frios desviam as trajetórias para W e os ventos
meridionais quentes desviam as trajetórias para E, em ambos os
hemisférios.
18 - Os ventos zonais não são afetados pela força de Coriolis.
19- As células de Hadley com os (B) e (A) e a circulação dos ventos alísios
à superfície e dos ventos contra-alísios em altos níveis, ocorrem nas
regiões tropicais de ambos os hemisférios durante todo o ano .
20- O centro de baixa pressão à superfície na (ZCIT) e o centro de alta
pressão à superfície (A), das células de Hadley podem ser
identificados nas cartas sinóticas e nas imagens de satélite,
divulgadas diariamente.
21- Na imagem, a ZCIT é observada pela faixa de intensa atividade
convectiva com nebulosidade característica de conglomerados de
Cb, na região do equador térmico, com coloração bem branca.
Na imagem, o centro de alta pressão à superfície (A), da célula de
Hadley é observado em área bem escura, na latitude da Bahia, na
Metárea V.
96
EXERCÍCIOS
97
86
CAPÍTULO 111
DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES
CONVECTIVAS E Cb
~ ATIVIDADES CONVECTIVAS
99
desenvolvimento de at ivid ades convectivas que re sultem na f ormaçã o de
Cumulu s e estes em Cumulon imbus e consequentemente tu rbulência do ar
nos níveis mais el evados, trovoad as, relâmpagos e inte nsa precipitaçã o.
E se as condições prop íc ias ocorrerem o processo convect ivo se
desenvolve espontaneamente até atingir a intensid ade de te mpestad e ou
torm enta .
PROCESSO CONVECTIVO
- ...
.... . ,..,..,..
Adiabildal
- .,. (:A•)
-
1._
'<----- Ninl d..
l"'HHHn~lUI(:iQ
""'
§
... .
<~~~· L----L---~---~---~L----J
100
~------------------~ · Jil
Trmpo local
0900
fig. I
11100
r.g. b
-- .. _ /;/j
11 00
r.g. '
~ ..
--r --- -- --
.................
t
t
t
t
1200
r.g. d
\ f ~ ~ ~
, ,,, ) I I
''-- ,_,_,_, - - -/,/ _..Y
1500
20 15 10 s r.g. '
-J
Diniin<las a P'• r11r da linha rMtrlra. rm Km
FIGURA 111-2
DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES CONVECTIVAS NA COSTA
A atividade convectiva na costa inicia-se pela manhã (0900 hora s, fi gura a) e va i dese nvolve ndo-se ao
longo do dia (figura Q, f , f! e g ), devido ao co ntínuo aquecim ento do co ntin ente, qu e resul ta em
movimento ascendente do ar, co nvergê ncia em baixos níve is do ar marinho ma is frio, deslocamento
da nebulosid ade para o interior, ampli ação da circulação direta , com divergência em altos nívei s e
movimento descen dente do ar so bre o mar coste iro . A ci rculação do ar marin ho úmido, so bre o
continente aqu ecido intensifi ca a atividade co nvect iva co m grande libera ção de ca lor late nte, o qu e
favorece a form ação de nuvens de desenvo lvime nto vertical, tipo Cumulonimbus (Cb) (Fonte: DONN,
1978).
101
FIGURA 111-3
- .....
·- s.,..n.lr
A signi ficat iva diferença da va ri abi lid ade diu rna das tempe ratu ras do ar à superfície entre regiões
cost eiras e maríti mas favo rece a ocorrê ncia de ativi dades convect iva s no litoral e em ilhas oceânicas
(Fonte : DONN , 1978 ).
102
Denomina-se nível de divergência nula ao nível de trans ição de
divergência para convergência ou vice -versa.
FIGURA 111-4
CONVERGÊNCIA E DIVERGÊNCIA DO AR
Num ce ntro de bai xa pressã o em baixos níveis
a circulaçã o cicl ôni ca anti-horária (HN ),
aprese nta con vergê ncia do ar em baixos
níveis e movim ent o asce nd ente qu e favorece
a at ividad e convectiva e divergência do ar em
altos níveis. Num ce ntro de alt a pressão em
baixos níveis a circulação anti ciclônica horári a
(HN ), apresenta divergênci a do ar em baixos
níveis e movim ento desce ndente qu e inibe a
form ação de nebul os id ade e pro pi cia
co nvergência do ar em alto s níve is. (Fonte :
SANNINO , 1989, modif ica da).
FIGURA 111-5
INTERAÇÃO DA CIRCULAÇÃO VERTICAL COM A HORIZONTAL
Qu and o um a ativid ade co nvectiva é dese nca dea da num a det ermin ada região forma -se um a
circu lação ve rtica l e hori zo ntal qu e interage m com as reg iões vi zinh as, form and o um a cé lula . A
extremid ade asce nd ente na área de baixa pressão à superfície (B) e a extrem idade desce nd ente na
área de alta pressão (A), (Fonte: SANN INO, 1989, modifica da ).
103
convectivas causada por outros fatores como: o frontal, o orográfico, o de
linhas de instabilidade e o de forte convergência em baixos níveis. Esses
fatores propiciam a elevação da massa de ar.
Logicamente para que haja desenvolvimento da atividade convectiva,
estas correntes de ar ascendentes precisam satisfazer as condições
favoráveis à intensificação do processo convectivo, tais como: o ar
ascendente ser quente e bastante úmido, e a inclinação da superfície
frontal ser bem acentuada, como na situação de ocorrência de frente fria .
Da mesma forma, no caso orográfico, altas cadeias de montanhas podem
forçar o escoamento de ar a subir até elevados níveis de altitude . Nas
linhas de instabilidade, as condições meteorológicas são favoráveis à
ocorrência de correntes de ar ascendentes e a formação de uma série de
trovoadas isoladas.
É comum se observar em linhas de instabilidade, condições de tempo
bastante severas, com ventos muito fortes e intensa precipitação de
chuva e granizo. A ocorrência de forte convergência do escoamento do ar
em baixos níveis resulta também em correntes de ar ascendentes e
desenvolvimento do processo convectivo .
É interessante, então, o navegante estar atento a ocorrência desses
fatores, na área marítima de seu interesse.
Q
2- CARACTERÍSTICAS DA NUVEM CUMULONIMBUS (Cb)
Cumulonimbus ( Cb)
104
Essas grandes nuvens apresentam grande quantidade de vapor d'água,
água e gelo em constante movimento, em correntes de ar ascendentes e
descendentes, o que provoca grande turbulência na atmosfera, afetando
a superfície com fortes rajadas de vento.
FIGURA 111-6
CARACTERÍSTICAS DE UM Cb
O Cb atinge elevadas altitudes e ao longo de seu desenvolvimento vertical apresenta grande
variabilidade de temperatura nos diversos níveis de altitude, com presença de gota s de chuva s e
cri stai s de gelo nos níveis superiores. Os movimentos ascendentes e descendentes no interior do Cb
desen cadeiam intensa turbul ência e diferença de potencial el étrico, que resultam em relâmpago e
trovões, ou seja, trovoada s (Fonte: PETIERSEN, 5., 1968).
105
FIGURA 111 -7
CARACTERÍSTICA DE UM TORNADO
Um torn ado ou tro mba d'ág ua res ult a de
intensa ativi dade co nvect iva e libe ração de
ca lor lat ente no int eri or de um a imen sa
nuvem Cumu lonimbu s qu e desenc ade ia em
sua base um a sucção de ar de extrema
vio lência, (efeito se melhante a um
giga ntesco as pirador de pó). Esta sucção
aprese nta circul açã o em redemoinh o, com
elevad íssima velocidade (Fonte: SA NNI NO,
1989, modifi cad a).
FIGURA 111 -8
TORNADO
Um torn ado est á se mpre associa do a
um a nuvem Cu m ulonimbu s. Qu ando se
dese ncadeia sobre a superfície do mar é
co nh ecido co mo t romb a d'água. (Fonte:
MORAN, 1994) .
106
Uiuipando
ll
IJ
12
11
lO
FIGURA 111-9
CICLO DE VIDA DE UM Cb
Na form ação de Cumu lus, é inte nso o movim ento ascend ente do ar. Na fase de maturidad e é int ensa
a liberação de ca lor lat ente e o co nsequ ente dese nvolvimento vertica l e a prese nça de chuva fort e e
movim ento desce ndente de ar na parte de vante da nuvem. Na fase de diss ipaçã o o movim ento do
ar é descend ente, co m prese nça de chuva leve (F onte: MORAN, 1994).
107
FIGURA 111-10
TROVOADA
Para o navegante a trovoada é um sign ificat ivo indício de região de mau tempo com presença de Cb,
ta nto à noi t e como durante o dia. (Fonte: MORAN , 1994, modificada).
-
DESLOCAMDIT
"'
::: ... ...
E
E
<(
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 JO
Distância horizontal (mil pés )
FIGURA 111-11
DESLOCAMENTO DE UM Cb
O Cb, na fase de maturidade, apresenta movimento desce nd ente do ar, com rajadas de grand e
intensi dade, na direção de seu deslocamento, atingindo extensa reg ião (Fonte: PETIERSE N, S. 1968).
108
2 . 1-INDÍCIOS DE MAU TEMPO
109
Q São características de uma tempestade a ocorrência de forte
circulação do ar, precipitação forte, trovoadas e granizos,
provenientes de nuvens tipo Cumulonimbus (Cb) .
Q Observa-se em cartas sinótica a simbologia linha com grandes traços,
que indicam a ocorrência de eixo de cavado e instabilidade
convectiva.
110
consequentemente, menor liberação de calor latente de
condensação e menor possibilidade de ocorrência de mau tempo
severo .
7- A denominação ar seco ou ar úmido depende da sua UR.
8- Portanto, pode-se ter ar frio seco ou ar frio úmido, e ar quente seco
ou ar quente úmido. Entretanto, a energia máxima de calor latente
armazenada em cada situação é função da sua umidade absoluta
máxima, que é diretamente proporcional à temperatura.
9- Um ar muito rico em energia de calor latente deverá ser muito
quente e muito úmido.
10- Uma das condições propícias para ocorrência de furacão é ar muito
quente e ar muito úmido. Situação observada no mar do Caribe em
agosto, setembro e outubro.
11- A ocorrência de nuvem Cirrus (Ci) parada é característica de ar seco
e situação de bom tempo.
12- Uma atividade convectiva intensa é percebida pela ocorrência de
trovoadas e presença de Cb.
13- A inclinação da rampa de subida do ar ascendente determina a
intensidade da atividade convectiva e, portanto, os tipos de nuvens
resultantes .
14- A rampa de uma frente fria propicia intensa convecção, com nuvem
Cb, enquanto a rampa de uma frente quente desencadeia moderada
atividade convectiva, com nuvens Stratus (St) e Cumulus (Cu).
15- Em uma rampa bem íngreme as nuvens se concentram em estreita
faixa, enquanto em rampa suave as nuvens se espalham em grandes
áreas. Essas características possibilitam a interpretação de frentes
frias e quentes em uma imagem de satélite IR.
EXERCÍCIOS
111
6- Defina trovoada, relâmpago e trovão e cite as razões fís icas de um
navegante observar bom tempo nas regiões vizinhas à área de
ocorrência de trovoadas, rajadas de vento e pancadas de chuva .
7- Descreva a evolução do estado do tempo à superfície, na área de
ocorrência de nuvem Cumulonimbus (Cb), devido à sucção
desencadeada pela liberação de calor latente de condensação,
dentro da nuvem.
8- Comente a evolução da enorme energia observada à superfície na
área de ocorrência de Cb .
9- Comente a razão de nuvem Cumulon imbus apresentar a forma de
uma bigorna e descreva as características do topo dessas nuvens.
10- Ressalte como o navegante pode observar indícios de mau tempo
além do horizonte.
11- Cite as razões de formação de nuvens Cumulonimbus na costa,
principalmente na estação de verão.
12- Comente as etapas do processo adiabático de desenvolvimento de
uma nuvem Cumulonimbus, com ocorrência de rajadas de vento.
13- Interprete a formação de nuvem Cumulonimbus (Cb), denominada
chuva de verão, resultante da circulação da brisa marítima .
14- Interprete a integração das áreas de bom e mau tempo associadas às
atividades convectivas resultantes da configuração das isóbaras.
15- Analise as condições propícias à formação de nuvens Cb ou Stratus
ou Cirrus, considerando a umidade relativa e a temperatura do ar,
nas seguintes situações: ar frio e seco, ar frio e úmido, ar quente e
seco, ar quente e úmido e ar muito quente e muito úmido.
16- Ana lise a integração de áreas de convergência e divergência à
superfície e em altos níveis.
112
CAPÍTULO IV
SISTEMAS TROPICAIS
4 METEOROLOGIA TROPICAL
4 SISTEMA BAROTRÓPICO
113
1 - VENTOS ALÍSIOS E ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL
(ZCIT)
114
VARIAÇÃO ANUAL DA ZCIT (VERÃO E INVERNO) (HS e HN)
FIGURA IV-1
ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL (ZCIT)
A ZC IT apresen t a des locamento da estação de verão para a estação de invern o, se ndo este bem
acentua do na região do ocea no Índ ico, e prat icame nte se posicio na aci ma do Equ ador nos oceanos
At lântico e Pacífi co ao lo ngo de tod o o ano (Fo nt e: M ORAN, 1994 ).
115
sistemas tropicais são sistem as barotrópicos, ou seja, apresentam
apenas variações de pressão atmosférica.
116
FIGURA IV-2
FORMAÇÃO DE UMA TORMENTA
TROPICAL
q __
.... ..... Ci
\ c0 . . . Co
FIGURA IV-3
ESQU EM A DE UM CICLONE TROP ICAL
Logica men t e este processo deve ser desen cadea do por pertu rbação
atmosfé ri ca proveniente de depressão associa da à intensificação da
circulação conve rgente e ciclônica de ar bastante quente e úmido nos
baixos níveis. As características geográficas da superfície do continente
africano tem acentuada influ ência na temperatura e umidade do ar, na
circulação do ar, na área marítima tropical do Atlântico Norte.
117
Influência essa não observada no Atlântico Sul, sendo então, mais um
aspecto a ser considerado na avaliação das ocorrência s de ciclones
tropicais .
) 3-FURACÃO
118
A extraordinária intensificação de uma tormenta, tran sformando-a em
furac ão, deve-s e à intensa libe ração de calor latente na corrente de ar
ascendente, poss ibilitada pel a convergência em baixos níveis e favorecida
pela forte interação oceano-atmosfera, que resulta em ar muito úmido.
FIGURA IV-4
ESTRUTURA DE UM FURACÃO
A estrutura de um furacão apre se nta circulação fechada com anéis de conglome rados de
Cumulon im bus (Cb ) e se m nebul os idade no olh o devi do ao mov im ento descendente do ar. (Fonte:
ENCICLO PÉDIA BR ITÂ NI CA, 1968)
119
nós
milhas milhas
IOU HO 1>11 40 211 211 40 1>11 Hll 11111
FIGURA IV-5
COMPORTAMENTO DA INTENSIDADE DO VENTO
FIGURA IV-6
COMPORTAMENTO DA
INTENSIDADE DO VENTO
120
Essas ondas se propagam em todas as direções e continuam a se
propagar sob a forma de marulhos à medida que se afastam da área
geradora, afetando o estado do mar a grandes distâncias do furacão .
FIGURA IV-7
IMAGEM PANORÂMICA DE UM FURACÃO
FIGURA IV-8 (a e b)
ESTADO DO MAR GERADO POR UM FURACÃO
As flec has ind ica m a direçã o de propagação das ond as e a sua largura é proporc ional a altura das
ond as. Observa-se qu e o est ado do mar é ma is seve ro na direção da trajet óri a porqu e as ond as se
inte nsi fi ca m qu ando a área ge radora se desloca na mes ma direção da propagação da ond a. Portanto
a ré da trajet ó ri a as o nd as são menos intensas.
Por est a razã o no HN (figura a), o mar é mais seve ro no se micírculo da di re ita da trajetó ri a (perigoso)
e no HS (figura b), o mar é mais seve ro no se mi cí rcul o da esquerd a (perigoso ) (Fonte: SAN NINO,
1989 )
121
intensificando-a, e nessa situação a embarcação pode sofrer sérias
avarias .
FIGURA IV-9
VIOLÊNCIA DE UM FURACÃO
Trajetóri•
tt Polo ~o ri< tt Srmidn-u lo da
d i rt Í h l ~ Alt \ 'C')!;I\ \ C' I )
"l nt jC'IÓriM
St' midn-u lo da
nq uerda (navrgíl\ rl)
FIGURA IV-10 (a e b)
SEMICÍRCULOS NAVEGÁVEL E PERIGOSO
No HN (figura a) o sem icírcu lo per igoso est á à direita da trajet ória e o semicírcu lo navegável à
esq uerda, enquanto que no HS (fig ura b). o se micírcul o perigoso está à esquerda da trajetória e o
navegáve l à dire ita.
122
A figura IV-10 também nos evidencia que um navio situado no semicírculo
da esquerda (HS) ou na direita (HN) pode ter abatimento girando ao redor
da trajetória da tormenta, em virtude da própria circulação do vento . Isto
tem especial importância quando o navio tem limitada sua capacidade de
manobra e velocidade.
/
EQUA DOR HEMISFt: Rt O Sl 'L
FIGURA IV-11 (a e b)
TRAJETÓRIA DO FURACÃO
123
I
w E
Vtnlos aliseo: w E
na,• l"j!il,~l
FIGURA IV- 12 (a e b)
TRAJETÓRIA DO FURACÃO
124
esquerda no HS e da direita no HN , como o que apresenta os maiores
riscos ao navegante.
125
3- Sobre a trajetória da tormenta por adiante do centro (HN I HS)
126
Mais uma vez a segurança do navio, da carga e da sua tripulação
dependerá do olho marinheiro de quem comanda em alto mar.
(Fonte: WMO)
127
Q 11 -Características relativas ao vento
128
H EM ISFÉ RIO NORTE
PERI C~
OSO ~~ (:~ on::-.ro
NOMJA 'iO
St:._, .IIJO
II ORÁRIO
FIGURA IV-13
LOCALIZAÇÃO DA TORMENTA NO HEMISFÉRIO NORTE
No deslocamento do furacão, segundo sua trajetória, sua influência sobre embarcação vai depender
do sentido da circu lação cicl ônica (HN ou HS) e tam bém do setor (perigoso ou navegável) em que se
encontra o navegante. As situações 1, 2, 3 e 4 ind icam as posições sequencia das da embarcação
devido ao movim ento relat ivo navio/furacão. No HN, a circ ulação ciclônica ant i-horária res ulta uma
variação do ve nto (ronda). no sentido horári o, no setor perigoso, e no sentid o anti -horário, no seto r
navegáve l, ou seja , o se nt id o de variação do vento é do mesmo sent ido da ci rculação ciclôn ica, no
seto r navegável, e de sen t idos contrários no setor perigoso. (Fonte: aut or ).
H EM ISFÉRIO SUL
un: ·m
RO'"O,\ /\' 0
St::"'T IOO
II ORÁRIO
I
2
~ 0 \ 'El'\'TO
NOSOA NO
( J SE:\'1100
4 ,\ ;\'TI-II OIL\RIO
FIGURA IV-14
LOCALIZAÇÃO DA TORMENTA NO HEMISFÉRIO SUL
No HS a circu laçã o ci clônica horária resulta um a rond a do vento no senti do anti-horário no set or
perigoso e no sentido horário no setor navegável, ou seja, no HS o sentido da variação do vent o
(ronda) t em o mesmo se ntido da circu lação no setor navegável e se ntidos contrários no setor
pe rigoso. (Fonte: autor) .
129
n n Polo Norte
Va riação direção
do vento
Semicírculo Direito Perigoso
~~
Circulação ciclônica sentido anti-horário
[auador
HS
Variação direção
do vento
Semicírculo [sqrrerdo/Perigoso
~:~
Sentido anti-horário-- perigoso
Circulação ciclônica sentido horário
FIGURA IV-1S
LOCALIZAÇÃO DA EMBARCAÇÃO NO SETOR PERIGOSO
No setor perigoso, semicírculo à direita da trajetória, no HN , a circulação ciclônica anti -horária resulta
uma ronda do vento no senti do horário, enquanto que no setor perigoso, semicírculo à esq uerda da
trajetória , no HS, a circulação ciclônica horária resulta uma rond a do vento no se ntido anti -horário,
ou seja, no setor perigoso o sentido da variação do vento é de se ntido contrário ao da circulação
ciclôni ca, em ambos os hemi sf érios. (Fonte: autor).
FIGURA IV-16
TRAJETÓRIAS REGULARES PREVISTAS DOS FURACÕES. (Fonte: MORAN, 1994)
130
t Polo Norte tt ~ntido anti-horário- oangánl
V~ria~ão ~
Dlrt"ÇliO
do vroto
4
33
2
I
UN
~micirculo Esqurrdo Na•·rg8vrl
Circulação ddôoica srntido anti-horário
E uador
us
Circulação ciclônica smtido honrio
~ mi circu lo Dirrito Na.-rgá•·rl
V~ria~ão ~~
Dort"Çao
2J
do vrnto J
4
~ntido honrio- navrg8nl
Posiç.ào 4 Posição 3 Posição 2 Posição I
Polo Sul
FIGURA JV-17
LOCALIZAÇÃO DA EMBARCAÇÃO NO SETOR NAVEGÁVEL
No setor navegável , se mi círcul o à esquerdo da trajetória, no HN, a circulação ciclônica anti -horária
resulta um a rond a do vento no se ntido anti-horário, enqu anto que no setor navegável, semicírculo à
direita da trajetória, no HS, a circulação ciclô nica horária resulta uma ronda do vento no senti do
horário, ou seja, no setor navegável o senti do de variação do vento é de mesmo sentido da circulação
ciclônica, em ambos os hemi sfério s. (Fonte : autor) .
131
É interessante lembrar que uma boa forma de confirmar a direção do
vento real é pela observação das nuvens baixas . Para tal, nos situamos de
proa para o deslocamento das nuvens mais baixas, já que as nuvens e,
portanto, os ventos em altura sopram mais livremente e em consequência
é mais paralelo às isóbaras.
Em todas as outras posições que possa estar o navio, fora da trajetória do
centro da tormenta, o navegante observará uma mudança de direção do
vento.
[ qu a~ d o r
FIGURA IV-18
MUDANÇA DE RUMO DA TRAJETÓRIA DA TORMENTA
O co mport amento regu lar da direção da trajet óri a da to rm enta pode, eventu alm ente, apresen t ar
ace ntu adas irregul arid ades. Nest as situ ações um a em barcação (id entif ica da pelo ponto pret o )
poderá est ar enqu adra da no set or perigoso, à direita (D) da trajet ó ri a no HN e à esqu erd a (E) no HS,
ou no setor navegável, à esqu erd a no HN, e à direita no HS, devido simpl esmente a significa t ivas
alterações na direção da trajetó ri a (set a verm elh a). (Fonte: autor)
132
os Cirrus esparsos tomam forma de extensas bandas que parecem
emanar da posição em que se encontra o centro.
TROPICAL CYCLONES
HURRICANE WARNING ARE DISPLAYED FROM KEY LARGO TO CAPE KENNEDY. GALE WARNINGSARE
DISPLAYED FROM KEY WEST TO JACKSONVILLE ANO FROM FLORIDA V BAY TO CEDA R KEY.
HURRICANE CENTER LOCATED NEAR LATITUDE 25.5 NORTH LONGITUDE 78.5 WEST AT 21/0400Z.
POSITION EXCELLENT ACCURATE WITHIN 10 MILIES BASED ON AIR FORCE RECONNAISSANCE ANO
SYNOPTIC REPORTS.
133
RAD OF 50 KT WINDS 120 NE 70 SE 90 SW 120 NW QUAD.
RAD OF 30 KT WINDS 210 NE 210 SE 210 SW 210 NW QUAD.
REPEAT CENTER LOCATED 25.5N 78,3W at 21/04002.
~ v.ntoiNós ~ DAMAGE
(Fonte: WMO)
FIGURA IV-19
TRAJETÓRIAS IRREGULARES/NÃO PREVISTAS DE FURACÕES. (Fonte: MORAN, 1994 )
134
3.5.2 - MANOBRAS NO FURACÃO
TABELA IV -1
RESUMO DAS SITUAÇÕES E MANOBRAS NUM FURACÃO
o o vento permanece
Governar em rumo que permita receber o
ã: vento duas quartas para a direita da al heta de
'W Na rota da tormenta, na constante com o navio
LI.. BE (157° relativos) e navegar na maior distância
va nguard a do centro. parado e aumenta de
!!! velocidade; o barômetro
possível. Quando estiver razoavelmente dentro
:E
w
desce.
do Semicírculo de Manobra, usar a regra desse
semicírculo.
:I:
o vento permanece
constante com o navio Evitar o centro, governan do no melhor rumo
Na rota da torm enta, na
parado e diminui de possível. Não se esquecer da tendência de a
retaguarda do centro.
intensidade; o barômetro tormenta encurva -se para o N e para o E.
so be.
o vento permanece
con stante com o navio Evitar o ce ntro, governando no melh or rumo
Na rota da tormenta, na
parado e diminui de possíve l. Não se esquecer da tendência da
retaguarda do centro.
velocidade; o barômetro tormenta, encurvar-se para oS e para o E.
sobe.
135
A convergência, em baixos níveis, de ar muito quente e muito úmido
favorecido pela alta taxa de evaporação devido a TSM superior a 26,5°
Ce lsius.
- FURACÃO ISABEL
Pressão no olho - 920 hPa, categoria 5, com ventos de até 183 nós
(339 km/h).
- FURACÃO FRAN
Ocorrido em OS de setembro de 1996 - categoria 3. Tamanho gigante
com diâmetro de 1600 km e vagalhão na costa de 2,7 a 3,5 metros .
Um dos mais sérios danos causados pelos furacões aos portos e cidades
costeiras é a elevação do nível do mar, por represamento dos marulhos
(água x ventos fortes), provocando graves alagamentos. As mortes por
afogamento podem atingir valores impressionantes.
FIGURA IV-20
FORMAÇÃO DE UM FURACÃO (1 E 2)- (Fonte: Jornal do Brasil)
136
rico em energia de calor latente de evaporação que será liberada
como energia de calor latente de condensação .
Oo vapor se
ccndenw , oerando
á~ o . Nesse ""ocesso1
~~~:,o,. ~c:ar;sente
late rt:e) 6 hberodo p.-a
o atmosfera
reaquecerdo o 1r, que
votto a sub1r. Qwnto
maor a dlferenQII de
temperatura entre a
superfície e as 011madas
svpenor-es da atmosfe ra,
ma~or a ch.anoe de se
fonnar um furac:lo
FIGURA IV-21
FORMAÇÃO DE UM FURACÃO (3 E 4)- (Fonte: Jornal do Brasil)
FIGURA IV-22
FURACÃO IVAN FOTOGRAFADO DO ESPAÇO (13 DE SET DE 2004) (fonte : internet)
137
FIGURA IV-23
TRAJETÓRIA DO FURACÃO (PREVISTA PARA 3 E 5 DIAS)
( www.nhc.noaa.gov )
138
Setembro de 2017
FIGURA IV-24
TRAJETÓRIA DO FURACÃO (PREVISTA PARA 3 E 5 DIAS)
Current Ots turbances and Two -Oay Cyctone Form att on Chance t3 < 40% t340 -60% • > 60%
Troptca l or Sub- Tropt ca l Cyclone O Depresston O Storm • Humca ne
0 Pos t -Tropt ca l Cyctone x Remnant s
FIGURA IV-25
POSIÇÃO DOS FURACÕES
139
•\"•...,
(~~ Two-Day Graphical Tropical Weather Outlook
~ National Hurricane Center Miami . Florida ~-~
.. .
~.~
-
E. PACIFJC
OUTLOOK
Current Disturbances and Two -Day Cyctone Formation Chance · !:3 < 40% !:3 40-60% • > 60%
Troptcal or Sub- Troprcal Cyclone O Depresston O Storm f Hurncane
0 Post - Tropical Cyclone X Remnants
FIGURA IV-26
POSIÇÃO DOS FURACÕES
Setembro de 2018
...
-
• ..
ííj'ittl1fj'!j
.....,.,.,
'"'J""=
~
• .... ~
- - Current Dtsturbances and Two-Day Cyclone Formatton Chance 1:3 < 40% 1:3 40-60%
Troprcal or Sub- Troprcal Cyclone O DepresstOn O Storm f Hurrtcane
0 Post - Troprcal Cyclone or Remnants
FIGURA IV-27
- X > 60%
140
Tropicai·Storm-Force Wind Speed Probabilities
30 50 60 80
FIGURA IV-28
TRAJETÓRIA DO FURACÃO (PREVISTA PARA 3 E S DIAS)
Forecast posltions:
e rropicat Cyclo ne 0 Post/Potential TC
Sustained wmds : O < 39 mph
S 39-73 mph H 74-110 mph M > 110
FIGURA IV-29
TRAJETÓRIA DO FURACÃO (PREVISTA PARA 3 E 5 DIAS)
141
FIGURA IV-30
FURACÃO FLORENCE COM 2 DIAS
FIGURA IV-31
FURACÃO FLORENCE COM 1 DIA
142
Tropicai-Storm-Force Wind Speed Probabilities
FIGURA IV-32
TRAJETÓRIA DO FURACÃO (PREVISTA PARA 3 E 5 DIAS)
Forecast positions:
Cente r loca tion 20.3 N 36.5 W e Trop.cal Cyclone O Posl/Poten tial TC
Maximum sustained wmd 90 mph Sustatned wtnds: O < 39 mph
Movement NNW at 14 mph S39-73mph H 74· 110mph M > 110mph
FIGURA IV-33
TRAJETÓRIA DO FURACÃO (PREVISTA PARA 3 E 5 DIAS)
143
~
~
Tropicai-Storm-Force Wind Speed Probabilities
For lhe 120 hours (5.00 days) lrom 8 AM AST WED SEP 12 to 8 AM AST MON SEP 17
10 20 30 40 50 60 70 80 90 %
FIGURA IV-34
TRAJETÓRIA DO FURACÃO (PREVISTA PARA 3 E S DIAS)
FIGURA IV-35
TRAJETÓRIA DO FURACÃO (PREVISTA PARA 3 E 5 DIAS)
144
Tufão em setembro 2018 nas Filipinas e na China .
Tufão MANGKHUT categoria 5.
É normal cerca de 20 tufões por ano nesta área da Ásia .
4- CONCEITOS E EXERCÍCIOS
145
11 - Observa-se nos meses de agosto, setembro e outubro, época de pico
de ocorrência de furacão no HN .
12- No HS observa-se época de ocorrência de furacão, nos meses de
dezembro, janeiro, fevereiro e março.
146
CAPÍTULO V
SISTEMAS FR01NTAIS
147
VENTOS FRIOS DE SW / S /SE
ONDAS DO MAR PARA COSTA {SW /S/SE)
Q PASSAGEM DE FRENTE FRIA NO HS
SIGNIFICATIVA RONDA DOS VENTOS NW / SW
OCORRÊNCIA DE CUMULONIMBUS (Cb)
ANTES- VENTOS QUENTES DO QUADRANTE NORTE
APÓS -VENTOS FRIOS DO QUADRANTE SUL
Q PASSAGEM DE FRENTE FRIA {HS)- METAREA V
ANTES- ONDAS DA COSTA PARA O MAR ABERTO
NAVEGAÇÃO COSTEIRA COM MAR TRANQUILO
APÓS -ONDAS DO MAR ABERTO PARA A COSTA
NAVEGAÇÃO COSTEIRA COM MAR SEVERO
\NW
s~
s l
-- E
FIGURAV-1
E
1 - CONSIDERAÇÕES !INICIAIS
148
determinadas ocasiões, variações tão acentuadas, provocando sensíveis
alterações nas condições do tempo e do estado do mar.
f.quadm
PS
FIGURA V-2 (a e b)
ESCOAMENTO ZONAL
Nas latitudes médias, em alt os níveis, os ventos de oest e aprese ntam um escoam ento zona/ padrão,
praticame nte de oest e pa ra lest e, devido a fraca com ponente meridi onal (norte-su l) (Fonte: MORAN,
1994) .
149
Periodicamente este escoamento horizontal ondula no sentido
meridional, desencadeando a formação de cristas e cavados de onda.
EQIJAIXIR PS
FIGURA V-3 (a e b)
ESCOAMENTO ZONAL
Nas latitudes médias, o escoamento zona/, em altos níveis, na média e alta troposfera, quando sofre
perturbação meteorológica suficientemente moderada para incrementar sua componente
meridional, apresenta ventos de oeste que fluem num padrão de cristas e cavados de ondas.
Os cavados associados a centros de baixa (B). e as cristas a centros de alta (A) (Fonte: MORAN, 1994
modificada).
PN
Equodor
I'S
FIGURA V-4 (a e b)
ESCOAMENTO ZONAL
Nas latitudes médias os ventos de oeste apresentam um fluxo meridional padrão, em altos níveis,
quando os ventos de oeste para leste têm uma forte componente meridional. Nesta situação
observam-se ventos de noroeste (NW). no HN, (figura a). e ventos de sudoeste (SW). no HS (figuro
b), associados ao cavado, trazendo ar frio das latitudes maiores para as latitudes menores. Na
continuidade do escoame nto observam-se ventos de sudoeste (SW). no HN (figura a). e ventos de
noroeste (NW). no HS, (figura b). associados à crista, transportando ar quente das latitudes menores
para as latitudes maiores. Este transporte de massas de ar frias e quentes é que desencadeia o
processo de formação de frentes frias e quentes respectivamente, em ambos os hem isférios (Fonte:
MORAN, 1994, modificada).
150
1- O escoamento zonal desencadeia a formação dos sistemas frontais
no interior dos cavados formados na evolução desse mesmo
escoamento.
PN
(a)
I'S
(b)
FIGURA V-5 (a e b)
ESCOAMENTO ZONAL
Nos altos níveis, os ventos de oeste, de latitudes médias, algumas vezes apresentam
um padrão de fluxo meridional extremo no qual a circulação principal oeste -leste é
rompida por um avanço acentuado em redemoinho . A evolução desses transportes de
massas de ar frias e quentes atinge estágio de dissipação das frentes, enquanto que
os ventos de oe ste retornam ao seu padrão de escoamento zonal (Fonte: MORAN,
modificada) .
~ 2 - MASSAS DE AR E FRENTES
Q MASSAS DE AR FRIA E QUENTE
Q SISTEMAS FRONTAIS
Q CAVADO
Q FRENTE FRIA
Q FRENTE QUENTE
Q FRENTE OCLUSA
Q FRENTE FRIA ESTACIONÁRIA
Q DIREÇÃO DE VENTOS E ONDAS
C: MASSAS DE AR
Q FRIA
Q QUENTE
151
Denomina-se massa de ar, uma grande quantidade de ar, cobrindo uma
extensa região, que normalmente se caracteriza por sua temperatura
horizontal, além de outros parâmetros como umidade.
FKJ::'I;Tf:
FIGURAV-6
MASSAS DE AR
AR FRIO AR QUENTE ~
AR FRIO
~
FIGURA V-7 (a e b)
ESCOAMENTO ZONAL
Nas latitudes médias no HN (figura a). e no HS (figura b). o escoa mento zonal padrão, sem
perturbação meteorológica, apresenta ar frio nas latitudes maiores e ar quente nas latitudes
menores. Estes ventos à superfície sopram em direção paralela, como numa frente estacion ária
(Fonte: ENGLAND, 1973).
152
Quando esse equilíbrio é rompido, ocorre a formação de frentes fria e
quente.
--B-~ ~~
FIGURA V-8 (a e b)
ESCOAMENTO ZONAL
Nas latitudes médias no HN (fig ura a). e no HS (f igura b), o escoamento zo na! co m fraca perturbação
meteorológ ica, apresenta ventos de oest e co m co mpon ente meri diona l suficiente para desencadear
a formação de cavado e circ ulação de massa de ar quente co m frente quente (l inh as verm elh as ) e de
massa de ar fria com frente fria (l inhas az uis) (F onte: ENGLAND, 1973).
((
FIGURA V-9 (a e b)
CIRCULAÇÃO NOS CAVADOS
Nas latitu des médias no HN (figur a a). e no HS {Figura b ). o escoa mento zona ! co m fo rte compo nente
meridional no cavado apresenta na circulação da massa de ar fria ventas de NW, no HN, e de ventos
de SW no HS, enquanto que na massa de ar quente aprese nta ventos de SW no HN e de ventos de
NW no HS. Obse rva-se a form ação de um cen t ro de baixa pressão no ponto de inflexão da circu lação
ciclônica do cavado {Fonte: ENGLAND, 1973).
O ar frio se desloca junto à superfície e aos baixos níveis, por ser mais
frio e, portanto, mais denso.
153
ou seja, vai depender da inclinação da superfície frontal. Uma vez que é
por esta rampa inclinada que o ar quente é forçado a subir.
NUVEM
~
MASSA DE
AR FRIO
MASSA DE
AR QUENTE
FIGURA V-10
MASSAS DE AR
Sepa radas pela supe rfície frontal (linha vermelha) observa-se ma ssas de ar de den sidades diferentes.
A ma ssa de ar menos densa (ar quente) tem movimento ascendente ao lon go da rampa formada pela
inclinação da superfície frontal, enquanto a massa de ar mai s den sa (ar frio) perm anece junto à
superfície. O deslocamento da s massas é devido aos gradientes hori zo ntais de temperatu ra e de
pressão (Fonte : BRASIL. DHN , 1991, modificada).
Ar Frio .....
A H
FIGURA V-11 (a e b)
FRENTES QUENTES E FRIAS
Na frente quente (figura a) a massa de ar quente avança, ao pa sso que a massa de ar frio recua. Como
a massa de ar quente é menos densa, além de avançar, ela ascende ao longo da superfície frontal de
suave inclinação.
Na frente fria (figura b} a massa de ar fria avança, ao pa sso que a massa de ar quente ascende ao
longo da superfície frontal de acentuada inclinação (Fonte : BRASIL. DHN , 1991, modificada) .
154
AR FRIO (FRESCO)
YRE~Tt:
superfície I"RLI
~------~KM--------·
FIGURAV-12
INCLINAÇÃO DA SUPERFiCIE FRONTAL
O navega nte pod e obse rvar oco rrências de nebul osidades distintas na s frentes fri as e quentes, devido
a diferença de inclin açã o da superfíci e frontal. Na frente fria a acentua da inclinação f avorece o
movim ento convectivo, e nebulosid ade num a estreita faixa, ao pa sso que na frente quente est a
inclin açã o é suave com nebulosi dade ao longo de uma ext ensa fai xa (Fonte: ENGLAND, 1978).
C: FRENTES
Q FRIA
Q QUENTE
Q 0CLUSA
Q FRIA ESTACIONÁRIA
155
2.1- FRENTE FRIA
FIGURAV-13
CIRCULAÇÃO DO AR NA FRENTE FRIA (HN)
O navega nte obse rva qu e os ventos na superfície t êm direções di stintas antes e depoi s da frente. Na
frente f ri a o ar f ri o sop ra na direção da f rente, enqu anto qu e o ar qu ente sopra na direção pa ralela a
f rent e, ao mesmo t empo que t em movimento ascendente, res ult ando em nuvens e precip itações
li mita das a uma est re ita faixa adiante da frente, para fac ili t ar a cl areza da figura, a seção verti ca l
aprese nta med id as consideravelmente exageradas. (Fonte: M ORAN , 1994).
156
Uma frente fria apre senta acentuada inclinação da rampa da superfície
frontal , resultando em intensa atividade convectiva, em estreita faixa de
nebulosidade ao longo da frente.
FIGURA V-14
NEBULOSIDADE NA FRENTE FRIA
A fr ente fri a t em com o ca ract erísti ca acent uad a in clinaçã o da superfície frontal, propi ciando intenso
movimento convect ivo do ar qu ente e úmi do q ue, ao at in gir o nível de co ndensaçã o e a t em peratu ra
do pont o de orvalho, inici a a form ação de nuvens de dese nvo lvimento ve rti ca l (Cb), res ult ando, ao
lon go de toda a ext ensã o da f rente f ria, uma estreit a f aixa replet a de co nglom erados de
Cum ul on imbus. (Fonte: DHN) .
a) a pressão do ar cai ;
b) a tempe ratura do ar aumenta ;
c) o vento predominante sopra no HS do quadrante norte,
normalmente NW ou N, e no HN de SW ou S;
d) a nebulosidade aumenta com surgimento no horizonte de topo de
Cumulonimbus, ou seja , nuvens Cirrus, tipo em garras ou rabo de galo .
157
- R
nu~
.-\'
'"
FIGURA V-15 (a e b)
CIRCULAÇÃO DO AR NAS FRENTES QUENTES E FRIAS
Os ventos à superfície nas frentes fria s e qu entes e no centro de baixa apresentam circu la ção ciclônica
no se ntido anti-horário no HN (figura a) e no sentido horário no HS (figura b). Então, o navegante
observa que por ocasião da passagem da frente fria o vento ronda de SW para NW, no HN (figura a),
e ronda de NW para SW, no HS (figura b), enquanto que na passagem da frente quente o vento rond a
de SE para SW (no HN (figura a); e ronda de NE para NW, no HS (figura b) (Fonte: ENGLAND, 1973).
158
Na aproximação da frente quente:
10km , -- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ,
FIGURAV-16
CIRCULAÇÃO DO AR NA FRENTE QUENTE (HN)
Na fre nte qu ente o ar qu ente sopra na direção da frente, ao mes mo t empo que asce nd e suaveme nte,
enq uanto que o ar frio recua, resu lta ndo em nuvens estra tif icadas e precipitação do lado do ar f ri o
(fo nte: MORAN, 1994).
159
FIGURA V-17
NEBULOSIDADE NA FRENTE QUENTE
A frente quente tem como caracte ríst ica suave inclinação da superfície fro nt al, propiciando gra dua l
ascensão do ar quente e formação de nuvens estratificada s co mo Stratus, Nimbostrat us, Altost ratu s,
Cirrostratu s e Cirru s, ao longo da superfície fro ntal , no lado do ar frio, em uma ext ensa região. (Fonte:
DHN)
Uma frente oclusa ocorre quando uma frente quente deixa de ter contato
com a superfície do solo ou do oceano, sendo forçada a eleva r-se, por
causa do avanço da massa de ar fria mais veloz. A massa de ar mais fria
que está chegando passa então a ter contato com a massa de ar menos
fria (ar fresco) presente na região, avante da massa quente.
Uma frente fria em sua trajetória normal pode se deslocar cerca de duas
vezes mais rápido do que uma frente quente e eventualmente alcançá-la,
se juntar e empurrá-la para cima, e formar uma frente oclusa, que pode
ser simplesmente chamada de oclusão. A oclusão pode ser do tipo fria ou
quente. A ocorrência do tipo fria é predominante .
160
4- A oclusão tem acentuada concavidade parecendo uma vírgula .
5- Com a evolução do sistema frontal o tamanho da frente oclusa vai
aumentando.
6- O navegante deve ter atenção ao formato dos desenhos dos sistemas
frontais no HN e no HS que são invertidos.
FIGURA V-18
FRENTES OCLUSAS
As frentes frias norm almente desloca m-se na trajet ória pa ra E/SE no HN e na t rajetória pa ra E/NE no
HS. Co mo a fre nte fria pode ca minh ar bem mais rá pid a que a frente quente é possível desencadear a
oc lusão, suspendendo a f rente qu ente .
A oclu são ma is co mu m é a do t ipo fri a que oco rre quand o o ar que chega é mais frio que o ar fresco,
que já está na região (Fonte: ENGLAND, 1973).
161
Este tipo de oclusão é o mais comum, ou seja, é muito mais frequente
ocorrer oclusão do tipo fria .
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MMrn. )r
FIGURAV-19 FIGURAV-20
FRENTE OCLUSA TIPO FRIA FRENTE OCLUSA TIPO QUENTE
Esquem a da seção verti ca l de frente oclu sa Esqu ema da seção verti ca l de frente oc lu sa tipo
tipo fri a, ond e a superfície frontal entre a qu ente, onde a superfície frontal entre a massa
massa de ar menos fria (ar fresco ) e a massa de ar menos fri a (ar fresco) e a massa de ar
de ar qu ente se af ast a da supe rfície do sol o, qu ente (linh a verm elh a) se af asta da superfície,
fi cando oclu sa, devido a maior densid ade da fi ca ndo oclu sa, devido a maior densid ade da
massa de ar mais fria qu e est á chega ndo na massa de ar mais fria que já estava na região.
reg ião. Na fi gura a esca la verti ca l est á (Fonte: MORAN , 1994).
bast ante exagerada. (F onte: MORAN , 1994).
162
2.4- FRENTE FRIA ESTACIONÁRIA NA METAREA V
FIGURAV-21
SIMBOLOGIA
163
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-
,, J ,,"'' J ,."'/ J
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FIGURA V-22
CIRCULAÇÃO E NEBULOSIDADE NA FRENTE ESTACIONÁRIA (HN)
A frente est ac ionária em am bos os lados apresenta ventos à superfície essencia lmente paralelos a
frente e frequentemente um a larga região de nebulosidade e precipitação ou neve no lado frio da
fren te . As nuvens estratificadas e a precipitação resultam da ascensão do ar quente ao longo da
supe rfíci e f rontal de suave incl inação (Fonte: MORAN, 1994).
164
2 - O início da frente fria estacionária pode ser observado pelas
aberturas das isóbaras na extremidade do eixo do cavado .
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FIGURA V-23 (a, b, c e d)
CICLO DE VIDA DAS FRENTES (HN)
O esq uema desta figura refere-se ao hemi sfério norte. A medida que os ventos de oeste (W)
increm entam sua componente meridional e intensifi cam o cavado, o escoamento do ar dá supo rte a
evolução do ciclo de vida da s frentes, co m oco rrência de oclu são e o desenvolvim ento da
nebulosidade associada ao ce ntro de baixa pressão à superfície. Nota-se que ao mesmo t empo vai
evo luindo o des loca mento da s frente s. Os navegantes ao longo do tempo são atingidos pelas frente s
em se us diferentes estágios, dependendo da sua posição no mar em relação a trajetória desses
cic lones de latitudes média s (frente) (Fonte : MORAN , 1994).
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FIGURA V-24 (a, b, c e d)
CICLO DE VIDA DAS FRENTES (HS)
O esq uema desta figura refere-se a evolução do ciclo de vid a da s frentes no HS.
É importante o navega nte obse rvar se mpre a posição do ce ntro de baixa pressão (B), na extremidade
da nebu losidade da frente oclusa. (F onte: autor para o HS)
165
SISTEMAS FRONTAIS
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FIGURA V-25
CARTA SINÓTICA 15/0UT/17.
166
CA RTA DE PRESSÃO AO NiVEL DO MAR ~:~~~:a~~~ =,:o:a~"::~:~·~~~~::;~::,~~~ /::~s.~ ~~~i!c"~ ~~;:, "~;!~! ::
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FIGURAV-26
CARTA SINÓTICA 24/0UT/17.
167
CIRCULAÇÃO GERAL DO AR E TRAJETÓRIAS DOS SISTEMAS
(TROPICAIS E FRONTAIS)
FIGURA V-27
VENTOS DE~ E VENTOS DE '!i_ . (F onte: DIGEST, 1980)
168
sistema frontal associado se desloca, normalmente com 10 nós, em
trajetória NE/E no HS e trajetória SE/E no HN.
169
12- Já na frente quente (FQ), a nebulosidade tem características bem
diferentes, a rampa é suave, resultando fraca atividade convectiva,
com nuvens stratus e cumulus, em larga faixa de nebulosidade de
aparência de branco e cinza claro, afetando área antes da passagem
da FQ.
13 - Na frente oclusa (FOC), observam-se as nebulosidades
características das FF e FQ, estendendo-se até o centro de baixa
pressão (B).
14- Na extremidade da frente oclusa se posiciona o centro de baixa
pressão do cavado (B), que é o mesmo (B) do sistema frontal.
15- Na circulação do ar em um cavado, em ambos os lados do seu eixo,
observa-se ventos quentes antes da FF e ventos frios depois da FF .
16- Como a circulação do ar tem sentidos contrários no HS e no HN,
observa-se que as direções dos ventos são distintas, em ambos os
hemisférios, nas áreas antes da passagem da FF, e também, nas
direções dos ventos, depois da passagem da FF.
17- No HS a ronda dos ventos observada na passagem da frente fria é
NW ISW.
18 - No HN, a ronda dos ventos observada na passagem da frente fria é
SWI NW.
19- No desenho de um sistema frontal , no HS, visualizado na imagem de
satélite e na carta sinótica, observam-se as direções dos ventos frios,
do quadrante SUL (SE, S, SW).
20- No desenho de um sistema frontal , no HS, visualizado na imagem de
satélite e na carta sinótica, observam-se as direções dos ventos
quentes, do quadrante NORTE (NE, N, NW).
21- No desenho de um sistema frontal, no HN, visualizado na imagem de
satélite e na carta sinótica, observam-se as direções dos ventos frios,
do quadrante NORTE (NE, N, NW).
22- No desenho de um sistema frontal , no HN, visualizado na imagem de
satélite e na carta sinótica, observam-se as direções dos ventos
quentes, do quadrante SUL (SE, S, SW) .
23- Na aproximação de uma frente fria (FF), observam-se nuvens Cirrus
(Ci), em movimento, devido à divergência no topo das nuvens
Cumulonimbus (Cb).
24- (Cb), na rampa da FF .
25- Nas regiões sul e sudeste do Brasil, depois da passagem de uma
frente fria , observam-se vento e ondas do mar para o litoral.
26- Nas regiões sul e sudeste do Brasil, antes da passagem de uma frente
fria, observam-se vento e ondas da costa para o mar aberto.
170
CAPÍTULO VI
INTERPRETAÇÃO DE INFORMAÇÕES
METEOROLÓGICAS
C IMAGEM DE SATÉLITE
C CARTA SINÓTICA
C BOLETIM METEOROMARINHA
: AVISOS DE MAU TEMPO
C CARTAS DE ONDAS
C ANÁLISE SINÓTICA
C INTERPRETAÇÃO DE INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS
Este capítulo pretende examinar os principais aspectos das informações
meteorológicas disponíveis aos navegantes. São apresentadas as
características das imagens de satélites meteorológicos, dos boletins e
cartas sinóticas de pressão à superfície, visando sempre auxiliar os
navegantes a interpretar estas informações em seus múltiplos aspectos,
de modo a facilitar o entendimento do tempo presente e possibilitar a
percepção da evolução do estado do mar.
171
~--~. DIRETORIA DE HIDROGRAFIA E NAVEGAÇÃO . ... .,............
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CENTRO DE HIDROGRAFIA DA MARINHA
Serviço Meteorolog1co Marmho ~".
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FIGURA VI-l
SERVIÇO METEOROLÓGICO MARINHO (DHN)
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FIGURAS Vl-2 E 3
IMAGEM DE SATÉLITE DO CPTEC
172
METEOROLOGIA MARINHA (METÁREA V)
FIGURAVI-4
IMAGEM DE SATÉLITE METEOROLÓGICO
Nas im agens de sat élit e meteorológico as
regiões co m nebul osi dade sã o ca ract eri za das
pe la cor branca. As partes brancas mais
int ensas caracterizam áreas de nuvens altas e
muito espessas ou de desenvol vim ento
vertical tipo Cu mu lonimbus (Cb ). As áreas em
branco esmaecid o ind ica m nuvens baixas ou
nevoeiros e as áreas escuras, céu limpo (F onte:
DIGEST, 1980).
173
tipo de satélite geoestacionário pode fornecer novas imagens em
intervalos de 3 em 3 horas. Para as regiões sujeitas à influência de
fenômenos extratropicais, ou seja, frentes frias, a possibilidade de
consultar imagens de satélite, pela internet, favorece bastante o
navegante acostumado a navegar em áreas carentes de informações.
174
tempestades isoladas. Os Cumulonimbus que provocam trovoadas,
relâmpagos, e fortes precipitações associadas a fortes ventos aparecem
nas imagens IR como regiões bem brancas, diferenciando as das regiões
menos brancas ou cinza clara, cinza escura ou cor escura.
Apresenta em cores:
175
FIGURA Vl -5
IMAGEM DE SATÉ LITE
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-
--
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-
- -
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FIGURA Vl-6
IMAGEM DE SATÉLITE
A imagem do dia 045, às 12:00 HMG ap rese nta a
evolução do estado do tempo 24 horas depoi s.
Identifica-se o des locam ento da s frentes frias (áreas
brancas intensas) assoc iada s aos cavados (áreas
escuras), e da mes ma form a se id entifica a evo lução das
frent es qu entes (áreas brancas so bre o oceano)
associadas as cristas. A área escura sobre a Arge ntin a
indica céu limpo, e escoamento de massa de ar fria
associada ao cavado. O ce ntro de bai xa pressão se
deslocou para a área oceânica, a lest e do Urugu ai e
Argentina, af et ando o est ado do mar nesta reg ião
(Fonte: INPE) .
•, : . ·,::: : - :: --:: .. - .. = -- ~
FIGURA Vl -7
IMAGEM DE SATÉLITE
Na im age m do di a 202, do ano de 1985, às 00:00
HMG, observa-se so bre o oceano Pacífi co o
escoamento planetário com doi s acentu ados cavados
e, as respectivas frentes fri as associadas, co m
intensas nebu losidades (áreas bem brancas). Nesta
situ ação a área oceânica próxim a a costa chilena est á
so b a influ ência dos ventos de SW assoc iado s a frente
fri a indi ca da, portanto o navega nte, nesta região,
enco ntra est ado do mar severo com ondas
provenientes de SW, e a região cost eira, ao lon go do
tempo, se rá atingid a por marulhos de SW, provoca dos
pela passagem desta fr ente fri a (Fonte: INPE).
176
FIGURA Vl-8
IMAGEM DE SATÉLITE
A imagem do dia 202, às 18:00 HMG, apresenta
a evo lução do tempo 18 hora s depois.
Identifica-se o deslocamento da inte nsa frente
fria so bre o oceano e da frente fria atingindo o
continente . O navegante ao interpretar esta
imagem consta t a, nesta regi ão, a ocorrência de
severo estado do mar provocado pela forte
circu lação do ar nos centro s de baixa pressã o
associados aos re spectivos siste mas frontai s
(Fonte: INPE) .
177
A) IMAGEM INFRAVERMELHO REALÇADA- 24 de outubro de 2017
FIGURA Vl-9
IMAGEM DE SATÉLITE REALÇADA
178
B) IMAGEM INFRAVERMELHO - 24 de outubro de 2017
FIGURA Vl-10
IMAGEM DE SATÉLITE INFRAVERMELHO
179
2- BOLETINS METEOROLÓGICOS E METEOROMARINHA
(Fonte: DHN .)
180
Cada área pode ainda ser subdividida em parte norte ou sul e parte leste
ou oeste para melhor identificar as variações do tempo dentro da mesma
região .
(a)
METÁREAS
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NAVAREAS E METÁREAS
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responsab ilid ade de divulgação
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fi ca das pe lo t erm o NAVAREA ou
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ri smos romanos e a di st ri -
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bui ção globa l da co bertura de
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METÁREAV
181
2.2- METEOROMARINHA- BOLETIM DE CONDIÇÕES E PREVISÃO DO TEMPO
182
• PARTE UM- AVISOS DE MAU TEMPO
• AVISO NR 1273/2016
• AVISO DE MAR GROSSO
• EMITIDO ÀS 1600 - SEX - 02/SET/2016
• ÁREA NORTE OCEÂNICA AO SUL DO EQUADOR A PARTIR DE 010000 .
ONDAS DE S/SE 3.0/4.0 .
• VÁLIDO ATÉ 050000.
• ESTE AVISO SUBSTITUI O AVISO NR 1266/2016.
• AVISO NR 1274/2016
• AVISO DE MAR GROSSO
• EMITIDO ÀS 1600- SEX- 02/SET/2016
• ÁREAS ECHO E FOXTROT A PARTIR DE 011200 . ONDAS DE SE/E 3.0/4.0 .
• VÁLIDO ATÉ 050000 .
• ESTE AVISO SUBSTITUI O AVISO NR 1267/2016.
• AVISO NR 1281/2016
• AVISO DE VENTO FORTE/MUITO FORTE
• EMITIDO ÀS 1330 - SÁB - 03/SET/2016
• ÁREA ALFA AO SUL DE 32S . VENTO SE/E 7/8 COM RAJADAS,
OCASIONALMENTE 9 NO EXTREMO SUDESTE DA ÁREA APÓS 051200 .
• VÁLIDO ATÉ 060000 .
• ESTE AVISO SUBSTITUI O AVISO NR 1279/2016.
• AVISO NR 1283/2016
• AVISO DE RESSACA
• EMITIDO ÀS 1400 - DOM- 04/SET/2016
• RESSACA ENTRE CHUÍ (RS) E TRAMANDAÍ (RS) . ONDAS DE SE/E PASSANDO
S/SE 2.5/3.0 .
• VÁLIDO ATÉ 071200.
• ESTE AVISO SUBSTITUI O AVISO NR 1276/2016.
• AVISO NR 1284/2016
• AVISO DE MAR GROSSO
• EMITIDO ÀS 1400 - DOM- 04/SET/2016
• ÁREA ALFA AO SUL DE 33S A PARTIR DE 031200 . ONDAS DE SE/E 3.0/4.0 .
• VÁLIDO ATÉ 06 1200.
• ESTE AVISO SUBSTITUI O AVISO NR 1277/2016.
• AVISO NR 1285/2016
• AVISO DE MAR GROSSO/MUITO GROSSO
• EMITIDO ÀS 1400- DOM- 04/SET/2016
• ÁREA ALFA A PARTIR DE 061200. ONDAS DE SW/SE 3.0/4.0 PASSANDO
NW/SW 5.0/6 .0 .
• VÁLIDO ATÉ 071200 .
• AVISO NR 1286/2016
• AVISO DE RESSACA
• EMITIDO ÀS 1400- DOM- 04/SET/2016
• RESSACA ENTRE CARAVELAS (BA) E TOUROS (RN) . ONDAS DE SE/E 2.5/3 .0 .
183
• VÁLIDO ATÉ 061200 .
• ESTE AVISO SUBSTITUI O AVISO NR 1270/2016.
• AVISO NR 1291/2016
• AVISO DE VENTO FORTE/MUITO FORTE
• EMITIDO ÀS 1400- DOM- 04/SET/2016
• AREA SUL OCEÂNICA AO SUL DE 32S E OESTE DE 035W A PARTIR DE 050000 .
VENTO SE/NE 7/8 COM RAJADAS .
• VÁLIDO ATÉ 060000 .
• ESTE AVISO SUBSTITUI O AVISO NR 1282/2016.
• AVISO NR 1292/2016
• AVISO DE VENTO FORTE/MUITO FORTE
• EMITIDO ÀS 1400- DOM- 04/SET/2016
• AREA SUL OCEÂNICA AO SUL DE 30S E OESTE DE 035W A PARTIR DE 061200 .
VENTO NE/NW 7/8 COM RAJADAS .
• VÁLIDO ATÉ 071200.
184
afetada. Esta parte começa com a data-hora (HMG) de referência, ou seja,
hora da análise sinótica.
• PREVISÃO DO TEMPO
NEBULOSIDADE- Cb
TROVOADA- RAJADAS- PANCADAS
VENTOS
ONDAS - MARULHOS
VISIBILIDADE
NÉVOA ÚMIDA/ NEVOEIRO
RONDA SIGNIFICATIVA dos VENTOS e das ONDAS
185
NO RESTANTE DA ÁREA, COM RESSACA SE/E 2.5/3 .0 ENTRE CHUI(RS) E
TRAMANDAÍ (RS) . VISIBILIDADE BOA REDUZINDO PARA
MODERADA/RESTRITA DURANTE AS PANCADAS .
• ÁREA BRAVO (DE CABO DE SANTA MARTA ATÉ CABO FRIO- OCEÂNICA)
• PANCADAS AO OCASIONALMENTE FORTES E TROVOADAS AO SUL DE 25S .
VENTO NW/SW 4/5 COM RAJADAS RONDANDO PARA NE/NW 4/5. ONDAS
DE SE/NE 2.0/3.0. VISIBILIDADE BOA REDUZINDO PARA MODERADA/
RESTRITA DURANTE AS PANCADAS.
• ÁREA CHARLIE (DE CABO DE SANTA MARTA ATÉ CABO FRIO- COSTEIRA)
• PANCADAS ISOLADAS AO SUL DE 25S. VENTO SE/NE 3/4 COM RAJADAS A
LESTE DE 044W E SW/SE 2/3 RONDANDO PARA NE/NW 3/4 NO RESTANTE
DA ÁREA. ONDAS DE SE/NE 1.5/2.5. VISIBILIDADE BOA REDUZINDO PARA
MODERADA DURANTE AS PANCADAS .
• ÁREA DELTA (DE CABO FRIO ATÉ CARAVELAS)
• VENTO E/NE 4/5 , COM RAJADAS A OESTE DE 040W. ONDAS DE SE/NE
1.5/2.5 . VISIBILIDADE BOA.
• ÁREA ECHO (DE CARAVELAS ATÉ SALVADOR)
• PANCADAS JUNTO À COSTA. VENTO SE/E 3/4 JUNTO À COSTA E 4/5 COM
RAJADAS NO RESTANTE DA ÁREA . ONDAS DE SE/E 2.0/3.0, COM
RESSACA. VISIBILIDADE BOA REDUZINDO PARA MODERADA DURANTE AS
PANCADAS.
• ÁREA FOXTROT (DE SALVADOR ATÉ NATAL)
• PANCADAS JUNTO À COSTA . VENTO SE/E 4/5 COM RAJADAS . ONDAS DE
SE/E 3.0/3 .5 COM RESSACA 2 .5/3 .0 . VISIBILIDADE BOA REDUZINDO PARA
MODERADA DURANTE AS PANCADAS .
• ÁREA GOLF (DE NATAL ATÉ SÃO LUÍS)
• PANCADAS ISOLADAS AO NORTE DO EQUADOR . VENTO SE/NE 5/6 COM
RAJADAS. ONDAS DE SE/E 3 .0/3.5 COM RESSACA 2.5/3 .0 AO SUL DE
TOUROS (RN) . VISIBILIDADE BOA REDUZINDO PARA MODERADA DURANTE
AS PANCADAS .
• ÁREA HOTEL (DE SÃO LUÍS ATÉ CABO ORANGE)
• PANCADAS AO NORTE DO EQUADOR . VENTO SE/E 4/5 COM RAJADAS.
ONDAS DE SE/NE 2 .5/3.0 A LESTE DE 045W E 1.5/2.0 NO RESTANTE DA
ÁREA. VISIBILIDADE BOA REDUZINDO PARA MODERADA DURANTE AS
PANCADAS.
• ÁREA SUL OCEÂNICA
• SUL DE 30S
• OESTE DE 035W
• PANCADAS FORTES E TROVOADAS ISOLADAS. VENTO SE/NE 7/8 AO SUL DE
32S E 4/5 RONDANDO PARA NE/NW 5/6 NO RESTANTE DA ÁREA, COM
RAJADAS . ONDAS DE SE/NE 3 .0/4.0 AO SUL DE 32S E 2 .0/3.0 NO RESTANTE
DA ÁREA. VISIBILIDADE BOA REDUZINDO PARA MODERADA/RESTRITA
DURANTE AS PANCADAS .
186
• LESTE DE 035W
• PANCADAS FORTES E TROVOADAS ISOLADAS A OESTE DE 028W. VENTO
SE/NE 4/5 , COM RAJADAS A OESTE DE 030W . ONDAS DE SW/SE 1.5/2.5
PASSANDO SE/NE 2.0/3 .0 . VISIBILIDADE BOA REDUZINDO PARA
MODERADA/RESTRITA DURANTE AS PANCADAS.
• ENTRE 255 E 305
• PANCADAS ISOLADAS A LESTE DE 027W. VENTO SE/NE 4/5 COM RAJADAS.
ONDAS DE SE/NE 1.5/2.5. VISIBILIDADE BOA REDUZINDO PARA
MODERADA DURANTE AS PANCADAS.
• NORTE DE 255
• VENTO SE/NE 4/5 COM RAJADAS . ONDAS DE SE/NE 2.0/3 .0. VISIBILIDADE
BOA.
• ÁREA NORTE OCEÂNICA
• PANCADAS OCASIONALMENTE FORTES E TROVOADAS ISOLADAS AO
NORTE DO EQUADOR. VENTO SE/E AO SUL DO EQUADOR E SW/SE 4/5 NO
RESTANTE DA ÁREA, COM RAJADAS. ONDAS DE S/SE 2.0/3 .0 . VISIBILIDADE
BOA REDUZINDO PARA MODERADA/RESTRITA DURANTE AS PANCADAS .
187
Parte VI - Seleção de mensagens meteorológicas de estações
terrestres costeiras e de ilhas oceânicas.
-
1 4o6 NljOI ~.fi~""
l 7aW foo (riftm
4 lloló lloi<rit'~""
5 t1 olt r... f~ ~""
6 11 •17 lUto f""' ltmJ~
7 ll all folf llwlioio
! ~ . «1 !Utofolf r..
1 4ta47 IÀr1l s...,,w.
w 4! o51 !Uto!Aro ltonn
1t 16o 6J !.......... Yiolotltonn
11 lliirlj.r~ Fn:io 1lnUlt
(Fonte : DH N)
ESCALA DO ESTADO DO MAR
188
2.3- BOLETIM DE PREVISÃO PARA ÁREAS PORTUÁRIAS
189
3- CARTAS SINÓTICAS
190
FIGURA Vl-12
CARTA SINÓTICA
A carta met eorológica de pressã o ao nível do mar é conh ecid a simples mente como Carta Sin óti ca. Ela
basica mente aprese nta, por convençã o intern ac ion al, a represe ntaçã o gráfi ca da s isóbaras de 4 em
4 hP a; centro s de baixa (B) e de alta (A) pressã o, frentes fri as (em azul), frentes qu entes (em
vermelh o), frent es oclu sas (em ver melho e azul do mes mo lado), frente est acionári a (em azul e
verm elho em lados opostos), co bertura do cé u em oi t avos, associada ao símbolo de direção e
intensidad e do vento em nós na plotage m das info rm ações SHIP se lec ionad as para VALIDAR o modelo
mat emáti co qu e gera a ca rta sin óti ca no computador, intensidad e da atividad e convectiva na ZCIT,
além da simbologia do t empo prese nte.
191
SEA LEVEL PRESSURE CHART CARTA DE PRESSÃO AO NÍVEL DO MAR
Reler6ncla/Relerence: ..JUj)_!!lli!ZlJJJSL200L Progn61Uco!Prognosts: _
~-r-. · -~~· ·
01o•w oo-
FIGURA Vl-13
CARTA SINÓTICA
192
CARTA SINÓTICA- 24 de outubro de 2017
cHic:na-u aoa tlilvtol que •nfor~m su• t::••çio d,r~)o • n~• n1 daoa d ~
CARTA DE PRESSÃO AO NIVEL DO MAR :.e:,~~~=~:'ll~ .;;1~~~!t.;,:·~~~~~~;• t~Y ao Cen ro ~b Hodr og•al•l da
SEA LEVEL PRESSURE CHART
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193
SIMBOLOGIAS
(site www.dhn.mar.mil.br)
Serviço meteorológico marinho/referências
A Centro de Altil
Presslo
B Centro de Baixa
Presslo
- - Cavado em superflcle
- - •• - - •• - - •• - - Linha de Instabilidade
~ ...&. ...&..~ Frontoatn•~•
~ Fu,oclo
Frente Fria
~ Tempeotodo T<oplcot
Frente Oclusa
Dlreçlo e lntenstd•de do vento
FIGURA Vl-15
SIMBOLOGIA USADA NA CARTA SINÓTICA
Simb olog ia usada na repre sentação da ZC IT, da cobertura do céu, do vento e das co ndi ções do tempo
presente . A direção de onde o vento sopra é indicada pela seta. A intensidade do ve nto é indicada
pelos traços na extremida de da seta. (Fonte: DHN).
194
3- Na ZCIT informações gráficas na carta indicam atividade convectiva e
respectiva nebulosidade (fraca, moderada e forte) .
4- Frontogênese- formação de cavado/sistema frontal.
5- Frontólise- dissipação de sistema frontal.
()----L. 5 nós
o---/ lO nós
o----v 15 nós
o---V 20 nós
e>---JU JO nós
~ -'0 nós
~ 50 nós
o---Li 60 nós
FIGURA Vl-16
REPRESENTAÇÃO DA CIRCULAÇÃO DO AR
A circulação do ar é bas icamente represe ntad a pela configuração da s isóbara s e por simbologia do
vento em algumas áreas favorecida s por informaçõ es de navios. O navegante observará que a
orientaçã o da seta indica sua direção e qu e os traços na extremidade da seta , em barlavento, indicam
sua intensidade, se ndo qu e na extremidade da seta em sotavento o círculo represe nta a cobertura
do céu em oitavos de céu encoberto.
Na obse rvação da carta sinótica o navegante pode tomar como referência que a circulação nos
centros de baixa pressão no HS é no se ntido horário e de se ntido contrário nos centros de altas e
lembrar também que no outro hemisf éri o (HN) a ci rcu lação é de se ntido contrário (Fonte : BRASIL.
DHN, 1991 modificada) .
FIGURA Vl-17 (a e b)
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE FRENTES
As frentes fria s (em azu l) se des locam da s altas para as baixas latitudes, então, sua represe ntação no
HN aponta para baixo (figura a) enquanto que no HS apo nta para cima (figura b) . As frentes quentes
(em verm elh o) se deslocam das baixa s para as altas latitudes, então, sua represe ntação no HN aponta
para cima (figura a). enqu anto no HS aponta para baixo (figura b) (FONTE : BRASIL. DHN, 1991,
modificada).
195
Para a plotagem na carta sinótica de frentes frias, frentes quentes frentes
estacionárias e frentes oclusas, utiliza-se a convenção estabelecida.
As cores adotadas são as seguintes: linha azul frente fria, linha vermelha
frente quente, linha azul e vermelha do mesmo lado frente oclusa, linha
azul e vermelha em lados opostos frente estacionária.
4- ANÁLISE SINÓTICA
196
No HN, mudança do vento de SW/NW. Ventos do quadrante S
(quentes) para o quadrante N (frios);
b) A queda da temperatura (indicação da chegada do ar frio);
c) Queda de pressão (a pressão ca i na aproximação da frente);
d) Elevação de pressão (a pressão volta a subir após a passagem da
frente) ;
e) Mudança na umidade relativa do ar;
f) Ocorrência de nebulosidade e precipitação.
197
hemisfério sul (HS), área marítima de interesse do navegante brasileiro,
que é o público alvo deste trabalho. Sem estender o assunto, relembra -se
que no hemisfério norte (HN) os sentidos de circulação do ar são
contrários aos observados no HS, por razões perfeitamente conhecidas e
explicadas na física.
198
e) O navegante aproado ao vento terá no HS o centro de baixa
pressão, à sua esquerda (bombordo) e o centro de alta pressão, à
sua direita (boreste). No hemisfério norte (HN), ocorre o contrário;
199
d) Se a pressão está parando de cair ou passando a subir no lado do
ar frio, significa que o cavado está se deslocando na direção do ar
mais quente.
Em consequência, a frente pode ser considerada frente fria ;
e) Se a tendência barométrica é praticamente a mesma nos dois lados
da frente (antes da frente e depois da frente), pode-se considerar
que ela está quase estacionária ;
f) Se a pressão está parando de subir ou passando a cair no lado do
ar frio, o cavado está se deslocando na direção do ar frio, portanto
a frente pode ser considerada frente quente;
g) Se na costa brasileira o vento local predominante apresentar uma
mudança brusca de direção do quadrante norte para o quadrante
sul, indica que a frente que chegou é do tipo fria;
h) Se os ventos forem fortes com precipitações torrenciais, indicam
frente fria de deslocamento rápido, ou seja, a velocidade de
deslocamento acima de 20 nós.
i) Se o vento na superfície, no lado do ar quente, se apresenta na
direção do deslocamento da frente, esta pode ser considerada
como frente quente.
j) A circulação do vento na região da frente oclusa, em torno do
centro de baixa, leva a frente oclusa a adquirir o aspecto de
"vírgula".
200
O estado do mar é afetado pelas vagas e marulhos e a formação das ondas
depende da circulação dos ventos sobre o mar, que é função da
configuração das isóbaras.
201
3
FIGURA Vl-18
ÁREA GERADORA DE ONDA
Qu and o as isóbaras são qua se reta s pode-se con siderar a área co mo retang ul ar, amp liando-se
lat eralm ente co m set ores de 30°; e qu and o as isó baras sã o curvas a ampl iação lateral chega a 45°. As
mudan ças brusca s na ori entação da s isóbaras defin em e marca m um dos limit es da área geradora.
Ist o é o qu e norm alm ente ocorre co m t em pest ades associadas as frentes (Fonte: SANN INO, 1989).
FIGURA Vl-19
PISTAS ASSOCIADAS ÀS FRENTES (HN)
Co nfiguraçõe s típica s de pi st as associada s às
frent es frias e frentes qu entes. O navegante
deve esta r at ento à direção na qu al se move
a frente fria. Nest a situ açã o (H N). a
temp est ade se des loca da direção NW / W, ou
seja, sua trajet ória é para SE/ E (Fo nte :
JIMENEZ, 1981 ).
202
Baixa
"-.,..movimento
u
B..·····'·.
),..
\ •.. movi n1en1o
'' ''
' '''
i'
' f .'''
''' vento
'
'
'
Alta
: '
A C R D
Se a área geradora de ondas (pi sta) Se a área geradora de ondas (pista) desloca-se
desloca-se em direção oposta a direção em direção perpendicular à direção das onda s,
das onda s o processo de formação ficará entre si o processo se amortece rá (Fonte:
enfraqu eci do (Fonte: SANNINO, 1989). SAN NINO, 1984).
203
4.2 - MARULHOS E RESSACA
4.2.2 RESSACA
204
...::::=:::!1
t. I OIR E_ TOHIA DE. HIDROGRAJ:IA E NA VEGA<.; AO • - • ' I
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FIGURA Vl-24
PREVISÃO NUMÉRICA DO TEMPO
-
U;ptt: .!.! h .l .. ffi(. ~1
• 12
00 03 os 09 12 15
18 21 24 v 30 33
38 38 42 45 48 51
n 1s n
FIGURA Vl-25
CARTA DE ONDAS
205
5- As linhas pretas contínuas indicam as áreas com ondas menores de
2,5 metros de altura .
lolo4.olo ..,0/ COSWO - Alt. Sq. 0Dd...(m) - ..,3/ COIUfO ICodel - &la. Wawe Helahl{,...)
OO'Z010UT20l8 (Sat) Anall-
LON
,.
11
lO
"
~
"
4 .0
3 .0
FIGURA Vl-26
CARTA DE ONDAS
206
deslocamentos em latitude, ou seja, nas direções Norte-Sul ou Sul-Norte,
o que possibilita os navegantes constatarem efeitos da força de coriolis,
nas circulações do ar e dos oceanos com desvios para a esquerda no HS e
para a direita no HN. O navegante observa no HS ventos alísios de SE e no
HN ventos alísios de NE e na ZCIT vento s de Leste. Ao consulta r as cartas
de corrente s oceânicas constatam -se idênticos efeitos de Coriolis, o que
ocasiona o giro das correntes marítimas provocando um circuito fechado
das correntes, em cada hemisfério, nos oceanos Atlântico, Pacífico e
Índico .
207
É importante o navegante estar ciente desses conceitos, vista a
necessidade constante de interpretar cartas sinóticas de ambos os
hemisférios em suas longas travessias do Atlântico, Pacífico e Índico.
Os navegantes acostumados a consultar o atlas de cartas piloto
internacionais têm conhecimento que a ocorrência de ciclones tropicais e
furacões se repetem todos os anos, na época esperada.
Então, é importante os navegantes conhecerem os procedimentos para
minimizar seus efeitos sobre a embarcação, a carga e a tripulação. Nessas
tempestades, é necessário o navegante se localizar em relação à trajetória
da tormenta para corretamente decidir suas manobras evasivas . Ressalta-
se que o semicírculo perigoso da tormenta localiza-se à direita da
trajetória, no HN e à esquerda, no HS. Na manobra evasiva , o navegante
deve receber o vento pela bochecha de boreste, no HN e receber o vento
pela bochecha de bombordo no HS. O semicírculo navegável localizar-se-
á à esquerda da trajetória da tormenta, no HN e à direita no HS. Na
manobra evasiva, o navegante deve receber o vento pela alheta de
boreste, no HN e receber o vento pela alheta de bombordo, no HS.
Constata-se então, que em um furacão o navegante deve receber o vento
no HN por boreste e no HS por bombordo.
208
Percebida qual a tendência dos parâmetros, por observação feita a bordo,
pode-se ter uma ideia sobre a intensificação ou abrandamento das
condições do tempo e do estado do mar, o que na falta do recebimento
do Meteoromarinha, torna -se de grande valia para o navegante.
209
recebidos e por extrapolação efetuar a estimativa da próxima posição .
Como a superfície do mar é homogênea, o método de extrapolação pode
ser usado para um período curto, de preferência nunca superior a 24
horas.
Estar atento porque a parte do sistema sobre a superfície heterogênea e
seca do continente terá um comportamento bem diferenciado da parte
se deslocando sobre o mar, principalmente quanto à intensidade do seu
desenvolvimento ou dissipação e a velocidade de seu movimento .
Ao mesmo tempo em que se deslocam, as massas de ar sofrem influências
das correntes marinhas existentes, das características geográficas das
regiões costeiras e das variáveis físicas da região em questão. Perdem,
portanto, ao longo do percurso suas características originais, à medida
que adquirem as propriedades das regiões por onde passam . Logo, os
fenômenos produzidos pelo sistema tendem a se enfraquecer e se
dissipar, fator a ser considerado pelo navegante na previsão do tempo por
extrapolação.
A vista disso, quando o navegante em viagem não receber a previsão do
Meteoromarinha poderá também elaborar sua previsão pela observação
da tendência de alguns parâmetros meteorológicos . Essas informações
locais devem ser observadas e registradas de preferência de 3 em 3 horas
para mostrar sua tendência.
É interessante o navegante adquirir o hábito de registrar rotineiramente
as observações horárias, não só para sua utilização em tempo real, mas,
principalmente, para o estudo futuro das tendências. É conveniente o
navegante observar a pressão atmosférica, a temperatura do ar, a TSM, a
direção e intensidade do vento, a umidade do ar, tipos de nuvens e a
direção do marulho.
Q VARIAÇÃO DE PRESSÃO
210
a chegada da frente , passando a subir após sua passagem. O mesmo
acontece com a aproximação de um cavado e um centro de baixa pressão .
Q VARIAÇÃO DA TEMPERATURA
Q VARIAÇÃO DA UMIDADE DO AR
211
Q OBSERVAÇÃO DO MARULHO
212
energia. Constata-se que essa energia é proveniente da liberação do
calor latente do vapor d'água e que pode ser indicada pela umidade
relativa. Então o navegante pode observar que um ar bastante aquecido
e com elevada umidade relativa tem condições propícias para
desencadear e intensificar o mau tempo.
213
esfria e fica mais denso, e permanece circulando em baixos níveis. O
ar escoando sobre uma superfície mais quente se aquece, fica menos
denso, tende a subir na atmosfera, cedendo o espaço à superfície,
promovendo convergência em baixos níveis.
e) Nas regiões costeiras a TSM influência consideravelmente a circulação
e a visibilidade . Quando a TSM está mais elevada que a temperatura
do ar, promove a circulação do ar e intensifica a atividade convectiva.
Quando a TSM está inferior pode estimular a formação de nevoe iro e
afetar a visibilidade na área marítima .
f) No centro de baixa pressão a circulação em baixos níveis é
convergente, e no sentido horário (HS), resultando em subida do ar
quente.
g) No centro de alta pressão a circulação em baixos níveis é divergente,
e no sentido anti-horário (HS), resultando em descida do ar frio .
h) Quando o ar quente está com movimento ascendente, ele se expande
e consequentemente se resfria.
Ao atingir o nível de condensação ou nível da temperatura do ponto
de orvalho, a sua UR atinge 100% ou saturação do ar e se inicia a
condensação formando as nuvens e a liberação de calor latente. Este
processo pode intensificar o desenvolvimento das atividades
convectivas, se o ar à superfície estiver muito quente e muito úm ido.
i) O ar frio quando desce, se comprime e consequentemente se aquece,
chegando o ar à superfície menos frio e normalmente seco .
j) O tempo associado aos centros de alta pressão é bom, com o céu limpo
ou uma fina camada de Stratus, enquanto o tempo associado aos
centros de baixa pressão apresenta formação de nuvens Cumulus e Cb
e possibilidade de precipitação e de ventos fortes .
I) Nas áreas costeiras, quando a circulação provoca advecção do ar
continental sobre o oceano, é importante observar a diferença entre
as temperaturas desse ar e a TSM .
m) Ao analisar a carta sinótica, o navegante deve verificar a configuração
das isóbaras e identificar as áreas em que essas atendem às condições
propícias à formação de ondas .
214
desenvolver seu raciocínio, de forma a integrar os conceitos físicos
envolvidos no processo do fenômeno meteorológico em questão. Então
o navegante deve efetuar observações sistemáticas de indícios de
ocorrência de mau tempo nas proximidades .
215
• A ocorrência de frente estacionária é caracterizada por ventos
paralelos a frente, em ambos os lados.
• A ocorrência de ondas de ressaca no litoral pode ser indicada pela
configuração das isóbaras, perpendiculares a costa .
• A ocorrência de marulho pode ser indicada pela configuração das
isóbaras, identificando-se a presença de significativa área geradora de
ondas, em região afastada.
• A ocorrência de ondas de águas profundas pode ser indicada pela
configuração das isóbaras, sabendo-se que a área geradora de onda
requer condições propícias.
• A ocorrência de frente fria está associada a presença de cavado, que
é indicado pela configuração das isóbaras.
• A ocorrência de frente quente é associada a presença de cavado, que
é indicada pela configuração das isóbaras.
• A localização do centro de baixa pressão à superfície associado ao
cavado e ao sistema frontal é indicada pela região de encontro das
frentes fria e quente ou na extremidade inicial da frente oclusa,
quando já houver oclusão .
• A ocorrência do estado do tempo e do mar mais severo pode ser
indicada pela localização da região afetada por centro de baixa
pressão.
• A ocorrência de estado do tempo satisfatório pode ser indicada pelas
regiões abrangidas pelos centros de alta, que poderão, entretanto,
serem afetadas por marulhos.
• A presença de linha de instabilidade, indicada no boletim e
representada graficamente na carta sinótica por simbologia de tempo
presente entre duas linhas paralelas, significa a ocorrência de mau
tempo decorrente de processo convectivo intenso, na região
abrangida pela instabilidade. O navegante observará pancadas de
chuvas e fortes ventos com rajadas.
• A evolução do estado do tempo pode ser indicada pelo
acompanhamento de sequência de cartas sinóticas e imagem de
satélites meteorológicos.
• A persistência das condições do tempo pode ser indicada pelo
acompanhamento de sequência de cartas sinóticas e de imagens de
satélites meteorológico.
• A ocorrência significativa de mau tempo é indicada em aviso de mau
tempo na parte I dos boletins meteorológicos.
• A ocorrência e localização de centros de baixa pressão é indicada na
parte 11 dos boletins meteorológicos.
216
• A previsão do tempo para as próximas 24 horas é indicada na parte 111
dos boletins meteorológicos.
ASPECTOS RELEVANTES
217
Q São características de uma tempestade a ocorrência de forte circulação
do ar, precipitação forte , trovoadas e granizos, provenientes de
nuvens tipo cumulonimbus (Cb) .
Q Ressacas são arrebentações violentas no litoral, causadas por ondas
de grande comprimento de onda, com direção de propagação quase
perpendicular a linha de costa. Essas características resultam em a
onda chegar á arrebentação com altura superior a 2,5 metros devido
à interferência do fundo do mar e com grande volume de água devido
ao grande comprimento de onda.
Q Em médias e altas latitudes ocorrem cavados. Dentro do cavado,
observa -se partindo do centro de baixa pressão, todo o sistema
frontal , com as frentes fria , quente e oclu sa. O cavado com todo o
sistema frontal associado se desloca, normalmente com 10 nós, em
trajetória NE/E no HS e trajetória SE/E no HN.
Q Observa -se em cartas sinótica a simbologia linha com grandes traços,
que indicam a ocorrência de eixo de cavado e instabilidade
convectiva.
Q O site www.dhn.mar.mil.br, disponibiliza muitos serviços de interesse
do navegante, entre outros, os seguintes: versão em inglês do
Meteoromarinha da METÁREA V, glossário de termos técnicos de
meteorologia e oceanografia em Português e em Inglês.
218
5.1-INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS
219
5.2 -INTERPRETAÇÃO DE BOLETINS
220
É recomendável também que os navegantes tenham especial atenção
com a evolução do tempo sempre que ocorrer uma das condições
seguintes :
a) variação superior a 20 nós, na intensidade média do vento, mantida
pelo menos durante 10 minutos;
b) variação superior a 30° na direção média do vento, mantida pelo
menos durante 10 minutos, pa ra ventos superiores a 15 nós;
c) variação da pressão atmosférica superior a 2 hPa, no intervalo de
uma hora ; e
d) início ou fim de nevoeiro de advecção denso, visibilidade inferior a
1 km .
É recomendável ainda que mensagens de perigo sejam disseminadas
pelos navegantes, quando a embarcação se defrontar com condições
muito severas de vento ou mar, ou tempestades tropicais ou
extratropicais. Sempre que houver real necessidade o navegante pode se
comunicar com o Serviço Meteorológico Marinho e solicitar boletim
especial de previsão para a área de seu interesse.
Os navegantes experientes ressaltam que é de grande interesse e
benefício para a própria embarcação o hábito de divulgar para a DHN, em
tempo real , as observações meteorológicas efetuadas a bordo da
embarcação, mensagem SHIP visto que as previsões para a área em
questão, retorna ao navegante mais precisas e confiáveis no
Meteoromarinha .
221
PARTE 111- Previsão do tempo para as próximas 24 horas
222
cavado, ou seja, da frente fria, a direção do escoamento é de NW e após
o escoamento é de SW .
Ressalta -se que o navegante ao fazer uma navegação costeira, deve ter
especial atenção com a direção do vento costeiro, que irá possibilitar ou
não a formação de pista para a geração de ondas que irão afetar o estado
do mar costeiro .
223
pequenas embarcações, quando estes marulhos penetrarem em águas
rasas, aumentando sua altura até a faixa da arrebentação, que será forte,
com ocorrência de correntes de retorno ou de ressaca .
224
O navegante ao consultar a carta sinótica de pressão à superfície, observa
o posicionamento das frentes . Para saber a intensidade da atividade
convectiva existente, poderá consultar a imagem de satélite
meteorológico e observar pela indicação da nebulosidade formada, a
intensidade do processo convectivo frontal. No exame da carta sinótica ,
o navegante pode observar a indicação da circulação dos ventos à
superfície e avaliar seu s efeitos na formação de onda s e as consequentes
alterações no estado do mar.
FIGURA Vl -27
ESTADO DO MAR SEVERO
Um m ar como est e requer ba stante t empo para se dese nvolver, po rtanto o navegante t em
po ss ibili dad e de não se r surpree ndido por uma situação de estado do m ar muito seve ro.
O acompanhamento de um a se qu ência de ca rta s sinótica s e bo let ins meteo rológicos, permite ao
navega nte id entifi ca r co m antecedê ncia reg iões com co ndi ções propícias a geração de ond as. (Fonte:
DIGEST, 1980).
225
INTERPRETE A SEQUÊNCIA DE BOLETINS, CARTAS E IMAGENS DE 06/SET E 09/SET
BOLETIM 06/SET/2016
• AVISO NR 1305/2016
• AVISO DE RESSACA
• EMITIDO ÀS 1500 - TER - 06/SET/2016
• RESSACA ENTRE CHUÍ (RS) E RIO GRANDE (RS) A PARTIR DE 071200 .
ONDAS DE S/SE 2.5.
• VÁLIDO ATÉ 081200 .
• PARTE DOIS - ANÁLISE DO TEMPO EM 061200
• BAIXA 1010 EM 30S047W. BAIXA 1010 EM 35S056W . FRENTE FRIA EM
30S047W, 28S046W e 21S049W MOVENDO-SE COM 10 NÓS PARA NE .
FRENTE OCLUSA EM 36S056W, 33S048W E 30S047W. FRENTE QUENTE
EM 30S047W E 31S041W . ONDA TROPICAL EM 07N037W, 14N038W E
18N036W MOVENDO-SE COM 05/10 NÓS PARA W .
• ZONA DE CONVERGENCIA INTERTROPICAL (ZCIT) EM 08N020W,
04N030W, 08N040W E 08N050W .
• PARTE TRÊS- PREVISÃO DO TEMPO VÁLIDA DE 070000 ATÉ 080000
• ÁREA ALFA (DE ARROIO CHUÍ ATÉ CABO DE SANTA MARTA)
• PANCADAS OCASIONALMENTE FORTES E TROVOADAS AO SUL DE 30S .
VENTO NW/SW 7/8 COM RAJADAS 9/10. ONDAS DE NW/W PASSANDO
W/SW 3.0/5 .0, COM RESSACA 2.5 ENTRE CHUÍ (RS) E RIO GRANDE (RS) A
PARTIR DE 071200 . VISIBILIDADE BOA REDUZINDO PARA MODERADA/
RESTRITA DURANTE AS PANCADAS .
• ÁREA BRAVO (DE CABO DE SANTA MARTA ATÉ CABO FRIO- OCEÂNICA)
• PANCADAS OCASIONALMENTE FORTES E TROVOADAS A LESTE DE 046W E
SUL DE 25S E PANCADAS NO RESTANTE DA ÁREA . VENTO DE NE/N 5/6
COM RAJADAS RONDANDO PARA NW/SW 4/5 A LESTE DE 044W E NW/SW
4/6 COM RAJADAS NO RESTANTE DA ÁREA . ONDAS DE E/NE 2.0/3.0
PASSANDO W/SW 2.5/3.5 AO SUL DE 26S E E/NE 2.0/3 .0 NO RESTANTE DA
ÁREA . VISIBILIDADE BOA REDUZINDO PARA MODERADA/RESTRITA
DURANTE AS PANCADAS.
• ÁREA CHARLIE (DE CABO DE SANTA MARTA ATÉ CABO FRIO- COSTEIRA)
• PANCADAS ISOLADAS AO NORTE DE 26S . VENTO W/SW 5/6 COM RAJADAS
7/8 AO SUL DE 26S E NE/NW RONDANDO PARA SW/S 3/4 COM RAJADAS
DURANTE AS PANCADAS NO RESTANTE DA ÁREA . ONDAS DE SE/E 0 .5/1.5
JUNTO À COSTA E 1.5/2.5 NO RESTANTE DA ÁREA . VISIBILIDADE BOA
REDUZINDO PARA MODERADA DURANTE AS PANCADAS .
226
• ÁREA DELTA (DE CABO FRIO ATÉ CARAVELAS)
• VENTO NE/N 5/6 COM RAJADAS 7/8 A OESTE DE 040W E 4/5 NO
RESTANTE DA ÁREA. ONDAS DE E/NE 2.0/3.0 AO SUL DE 21S E 1.0/2.0 NO
RESTANTE DA ÁREA . VISIBILIDADE BOA.
BOLETIM 09/SET/2016
METEORMOMARINHA REFERENTE ANÁLISE DE 1200 HMG- 09/SET/2016
AVISO NR 1311/2016
AVISO DE MAR GROSSO/MUITO GROSSO
EMITIDO ÀS 1330 - QUA - 07/SET/2016
ÁREA SUL OCEÂNICA AO SUL DE 32S E LESTE DE 030W A PARTIR DE
090000 . ONDAS DE NE/NW 3.0/5 .0 PASSANDO 3.0/4.0 .
VÁLIDO ATÉ 101200.
227
ÁREA FOXTROT (DE SALVADOR ATÉ NATAL)
VENTO SE/E 4/5 . ONDAS DE SE/E 1.0/2.0 . VISIBILIDADE BOA .
LESTE DE 030W
PANCADAS OCASIONALMENTE FORTES. VENTO N/NW 6/7 COM
RAJADAS RONDANDO PARA NW/W 4/5 AO SUL DE 32S E NE/NW 4/5
RONDANDO PARA W/SW 2/3 NO RESTANTE DA ÁREA . ONDAS DE NW/W
3 .0/4 .0 AO SUL DE 32S E 2.0/3.0 NO RESTANTE DA ÁREA. VISIBILIDADE
MODERADA/RESTRITA DURANTE AS PANCADAS .
NORTE DE 25S
PANCADAS ISOLADAS A OESTE DE 025W . VENTO DE SE/E 4/5 AO NORTE
DE 20S E 2/3 NO RESTANTE DA ÁREA . ONDAS DE SE/E 1.5/2 .5 .
VISIBILIDADE MODERADA DURANTE AS PANCADAS .
228
CARTA SINÓTICA 06/SET/2016
229
CARTA SINÓTICA- 09/SET/2016
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230
INTERPRETE AS IMAGENS DE SATÉLITES DE 06/SET E 09/SET
231
IMAGEM DE SATÉLITE REALÇADA- 09/SET /2016
Pode -se, então, di scutir uma sé rie de conceitos a res peito da afirmativa
acima . Ta is como :
232
Q AVISOS DE MAU TEMPO
Q BOLETIM METEOROMARINHA
233
2- A previsão do tempo, parte 3 do boletim, sempre cobre um período
que inicia avançado de 12 horas, em relação à data -hora do referido
boletim.
234
2- Os navegantes do Oceano Atlântico Sul utilizam as imagens dos
satélites GOES e METEOSAT.
10- As imagens ind icam nuvens com pequena liberação de calor latente,
em áreas cinza claro, característica de Cirrus (Ci).
235
18- A frente oclusa apresenta nebulosidade em faixa branca com
acentuada concavidade.
236
10- A observação dos centros de baixa e alta pressão à superfície, na
configuração das isóbaras, indica as regiões de convergência e de
divergência .
237
22- O vento frio continua, mas com direção alterada para vento de SE,
junto à frente estacionária, na Metárea V.
EXERCrCIOS
238
4- Faça para o HN o exercício anterior (item 2). Ressalte e comente as
principais diferenças observadas nas figuras, em cada hemisfério. (Este
item ajuda o navegante, que na mesma viagem, navega em ambos os
hemisférios)
5- Identifique o tipo de nuvem e a largura da faixa de nebulosidade
prevista, em função da inclinação da rampa da superfície frontal fria e
da quente . (Este exercício ajuda o navegante na interpretação de
imagens de satélite)
6- Identifique a posição do centro de baixa pressão (B) em relação ao
sistema frontal. Analise duas situações distintas, com e sem ocorrência
de frente oclusa.
7- Faça o esquema de um sistema frontal com frente fria estacionária.
Desenhe as isóbaras do cavado associado e analise se a configuração
das isóbaras evidencia que os ventos são paralelos à frente fria
estacionária em ambos os lados, inibindo o deslocamento da frente.
Identifique se as direções dos ventos são opostas.
239
15- Identifique as frentes fria , quente e oclusa .
16- Interprete boletins Meteoromarinha, parte li e identifique a
trajetória de frente fria.
17- Interprete uma sequência de cartas sinóticas de pressão ao nível do
mar e analise a evolução do estado do tempo . Identifique o sistema
frontal.
18- Interprete conjuntos de boletins Meteoromarinha, carta sinótica e
imagem de satélite (IR), simultâneos.
19- Faça a análise de cada conjunto, identificando o sistema frontal.
240
CAPÍTULO VIl
OBSERVAÇÕES E
MENSAGENS METEOROLÓGICAS
C MENSAGEM SHIP
C CARACTERÍSTICAS DOS INSTRUMENTOS
C OBSERVAÇÃO E REGISTRO DE DADOS
METEOROLÓGICOS
C MENSAGEM METEOROLÓGICA- SHIP-
CODIFICAÇÃO
241
No barômetro aneróide, o elemento sensível consta de uma série de
câmaras metálicas ocas, que se deformam pela ação da pressão
atmosférica . Esta deformação transmite-se a um ponteiro que, num
mostrador graduado, indicará o valor da pressão exercida sobre as
câmaras .
O modelo barômetro de mercúrio dispõe de um tubo vertical de vidro
contendo mercúrio . A altura da coluna líquida, neste tubo, exprimirá o
valor da pressão.
A unidade de medida da pressão atmosférica é hectopascal (hPa).
Entretanto, encontra-se com frequência barômetros graduados em
milibares e em milímetros ou polegadas de mercúrio .
A unidade de pressão hectopascal (hPa) é equivalente à antiga unidade
de pressão milibar (mb) .
Exemplo : 1015,2 hPa = 1015,2 mb.
As indicações dos barômetros estão sujeitas a erros instrumentais, que
são determinados pela aferição do instrumento. Esta operação deverá ser
efetuada periodicamente . A correção instrumental determinada pela
aferição deve ser aplicada a todas as leituras efetuadas.
Normalmente, o barômetro é localizado no passadiço ou em suas
proximidades, protegido dos raios solares e afastado das fontes artificiais
de calor. Para a leitura correta do instrumento, o observador coloca -se
bem à sua frente, de maneira a ter sua vista no plano vertical que passa
pela extremidade do ponteiro, a fim de evitar erro.
Os barômetros de mercúrio são de alta precisão, sendo assim, podem ser
utilizados para efetuar a aferição dos barômetros aneróides, por
comparação de leitura . Antes, o barômetro de mercúrio deverá ser
corrigido na ordem, indicada: aferição, correção do efeito da
temperatura, correção do efeito da latitude e correção da redução à
pressão atmosférica ao nível do mar.
Os barógrafos são instrumentos que fornecem um registro contínuo da
pressão atmosférica em um gráfico.
242
A bordo de navios usam-se termômetros que contém como elemento
sensível o mercúrio em um tubo fino de vidro, graduado na escala graus
CELSIUS (0 C).
243
1.4 -INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DO VENTO
244
L) 2- PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS
245
c) informação de mau tempo, pela transmissão de mensagens de
perigo e especiais.
246
a) variação de 20 nós ou mais na intensidade média do vento, mantida
pelo menos durante 10 minutos;
b) variação de 30° ou mais na direção média do vento, mantida pelo
menos durante 10 minutos, para ventos superiores a 15 nós;
c) início ou fim de nevoeiro denso (visibilidade inferior a 1 milha); ou
d} variação da pressão atmosférica de 2 ou mais hPa, no intervalo de
1 hora .
247
3- OBSERVAÇÃO E REGISTRO DE DADOS METEOROLÓGICOS E DO
ESTADO DO MAR
248
direção das vagas . Para tal o navegante deve estar atento aos seguintes
aspectos:
249
Quando ocorrerem vagas maiores que o comprimento da embarcação, é
recomendado que o observador avalie o estado do mar, situando-se a
bordo numa altura escolhida de tal modo que sua visada tangencie as
cristas, ou seja, as cristas estejam tangenciando a linha do horizonte .
Este método é bom para estimar a altura das vagas maiores, mas ruim
quando a altura da onda é pequena .
Além disso, o observador não deve estar numa posição muito alta em
relação ao nível do mar, a fim de evitar erros para menos, na estima das
alturas das ondas, principalmente quando a observação é efetuada do
porto ou do litoral.
250
b) horas sinóticas intermediárias- 0300, 0900, 1500 e 2100.
251
; :\
":J MENSAGE M FM 13 - IX SHIP
, - - N OME DO NAV I O~
- - -- ----'
__J
FIGURA Vll-1
MENSAGEM SHIP
I NSTR U ÇÕES
A cla66JI1Caf6D elo• ntlrtDI colaborador• • ob•d•c • o um cnlino ut a b•l• ctdo p #lt! O MM f Or g o n uoç rio
~:/,:=,:~'lo':cN::,:~10:~~.:~:,:::. -:'up~::,~~,!,."; ~11;:~.,,~/' ~c';!:ll%:;ii~n~;õ}ô;:/, n~ ·~~0 ~:'~~::!! : s; ~;111:·;,.~~~:::
doi nDriD' na coi #9D"tl
A Jormo IM ,..,.,09., d• ultHI OliS#rltfoç4o M• ~ olo gtco tN SutH r f i c l • pi'OC#thnt• d• 1"CV1o1 ob«he. DO .Hgult'll#
CTI Iir •tJ
a} Par o wt~ ~ ltll • •hlcKNUHioJJ. a l on ,l(l ccunpt#I D
~sEEJ w "o,oJ ~J! ~G J•wl [9,9Jt,,L.,ld [11ÇJ~L··l;J f.f.I·E.VJ [Nfd •FZl ~?l • ' ' .~L~ I·.! r~_,:]
[4] Pll.~ lik wJV.: BJ [!T~~ f.2,ZJO.f.J
c ) A:trt1 nawos ou lf llltlr# s, a foi me nlduri(Jtl
~[a1~ EJ ~ 1 o ~~~ ~ ,YIG ,G "f,;) [9.._9 jc."L• .L~ [oc~,L.,L••~ ~.J'.l!Jv ,v] ~·J• ,•[•.'J [0,e[•! •J[1j•~ r, rL1
~J•_iP ]Púj 0•"• M[wJ ~,2 , 2 f·l·~
O BSE IIVA ÇÕ E S
a)Nos lormt~.J obr#Vrodo • ,.dl.lndo -'.. • c odtflc odo 4 • 1.r I, 2 ou J c onl o rm• o ctuo(V•r c 6d190$ OMiti 1819 •
I 8 60, r •sp# c fiK~,.,I• ),
11 ) E laCIIII«Jo atn NJW(n t~e~lll llor•s., o lronllllfiSiilo IH ln#nSOfJ'M" . , hngucg#nt clt:lru guondo ntkJ for po ult~e l tJ
r #tlllrapJo '"' ltl'~ redur1dtJ1 •
l,qJr#IMIS _, C~= ~;;;~,.,~::;~:~~~ o,!:';;/s{tft(:/tzf~U:::,~c~l~o:~,{. • 4 Ppp /, JndtcDm t111tl o I#~Otvro • o pr•noo sQ.J
FIGURA Vll -2
MENSAGEM SHIP
252
Q A mensagem SHIP deve:
253
c) as embarcações auxiliares e de navegantes amadores e navios
mercantes enviam as mensagens sob a forma reduzida.
254
Outra característica interessante da mensagem SHIP, que facilita a sua
transmissão e recepção, é que a maioria dos grupos de 5 letras e símbolos,
começa por um algarismo que é o indicador de posição do grupo na
mensagem.
Apresenta -se agora todos os grupos que compõem uma mensagem SHIP
na forma completa, na abreviada e na reduzida .
FORMA COMPLETA
BBXX DDDDD YYGGi w 99Lal al a Ocl al ol al o
irixhVV Nddff OOfff lsnTTT 2snTdTdTd 4PPPP 5appp ?wwW1W 2
8N hCLCMCH 222D,v, OsnTwTwTw lPwa Pwa Hwa 2PwPwHwHw
3d wldwldw2d w2 4Pw1Pw1Hw1Hwl 5Pw2Pw2H w2H w2 61 sEsEsRs
70H wa Hwa ·
ICE + {c;S;b;D;z; ou linguagem clara}.
FORMA ABREVIADA
BBXX DDDDD YYGGi w 99Lal al a Ocl al al al o
irixhVV Nddff OOfff lsnTTT 4PPPP lwwW1W 2 8NhCLCMCH
222D,v,.
FORMA REDUZIDA
BBXX DDDDD YYGGi w 99Lal al a Ocl al al al o
irix/VV Nddff OOfff lsnTI I 4PPP I ?wwW1W 2
222D,V,
No fim das viagens, estas são enviadas à DHN, via capitanias . Essas folhas
são muito úteis para estudos climatológicos .
255
Já para previsão do tempo, o procedimento do navegante é mu ito mais
ágil e rápido, ou seja, nos horários 0000, 0600, 1200 e 1800 HMG, os
dados observados são encaminhados, o mais rápido possível, a uma
repa rtição coletora central, sob a forma de Mensagem Meteorológica
(mensagem SHIP, modelo DHN -5938), utili zando-se para isso, da rede
rádio telegráfica e rádio telefônica do sistema de estações-rádio do país.
256
5- CONCEITOS E EXERCÍCIOS
257
EXERCrCIOS:
1- Consulte a NORMAM-19/DHN.
258
CAPÍTULO VIII
259
Este fato resulta em um favorecimento ao crescimento das ondas, em
virtude de se observar na pequena ondulação criada, uma pressão maior
à barlavento do que à sotavento . Então a onda irá crescer até atingir uma
situação de equilíbrio . A partir da situação de equilíbrio, as ondas não
aumentam mais suas alturas e o excesso de energia é consumido em
arrebentação de algumas ondas, tem-se uma situação conhecida como
mar encarneirado, devido à espuma branca das arrebentações das cristas
das ondas.
FIGURA Vlll-1
GERAÇÃO DA ONDA
A interação da atm osfera co m o ocea no
'
ve nto pa ra a superfície oceâ ni ca por meio da
fo rça de at rito . Est a transferência é
intensifi ca da a medi da qu e a ondul ação da
superfíc ie oceâ ni ca se desenvo lve,
aument and o o atrito (Fo nte: JIMENEZ,
1981 ).
1.1- DEFINIÇÕES
i
ELEMENTO DEFINIÇÃO
Movimento ondulatório da superfície do mar (vagas e
ONDAS
marulhos) .
Ondas formadas no interior de uma zona de turbulência
VAGAS
atmosférica , pela ação dos ventos.
Vagas que se afa stam de seu local de origem , propagando-
MARULHO se a regiões distantes, onde não mais se fazem sentir os
efeitos do vento que formou essas vagas.
CRISTA Parte superior do perfil da s ond as.
260
É o inverso do período . É o núm ero de crist as que passa m
FREQUÊNCIA por um pont o em um dete rmin ado t empo ou o número de
ca vados (1/T).
Veloc id ade de pro pagaçã o das ond as é a dist ância
VElOCIDADE DE
ho riz onta l percorrida por um a cri st a ou por um ca vado na
PROPAGAÇÃO
unid ade de t empo
Direçã o das ond as é o pont o ou setor do horizonte de
DIREÇÃO
ond e vem a onda.
É o conjunto de ond as de caracte rísti cas iguai s ou
TREM DE ONDAS
parecidas, cuj a propagaçã o t em a mesma direção.
É a raz ão entre a altura e o comprimento da onda (H/L).
DECLIVIDADE Est a rel açã o é usada para indi car a poss ibil idade de
arrebentação, qu ando H/L > 1/7.
FIGURA Vlll-2
CARACTERÍSTICAS DA ONDA
O comp ri mento é um dos
parâmet ros prin cipais da ond a.
(Fonte: DHN)
261
1/100. Deslocam-se a grandes distâncias amortizando-se pelo
caminho;
4) Quanto à altura dos marulhos, tem-se:
pequeno (H < 2 metros), moderado ( 2 < H< 4 metros) e grande (H > 4
metros);
5) Quanto ao comprimento da onda, tem-se :
curta (L< 100 metros), regular (100 <L< 200 metros) e larga (L> 200
metros);
6) Quanto à declividade, tem-se:
ondas pequenas (H/L< 1/100}; moderada (1/100 <H/L< 1/25),
grande (1/25 <H/L< 1/7) e arrebentação (H/L> 1/7);
7) Quanto à altura das ondas, tem-se:
a ESCALA DE ESTADOS DO MAR.
Designação Velocidade
Beaufort Aspecto do mar
nós m/s
262
2- CARACTERÍSTICAS DAS ONDAS DE ÁGUAS PROFUNDAS E
ÁGUAS RASAS
FIGURA Vlll-3
ONDULAÇÃO DO MAR
Toda energia absorvida pela supe rfíci e do mar é aplicada na sua ondulação so b a forma de
energia potencial. Não se observa a ocorrência de energia cinética, uma vez que não existe
deslocamento de massa d' água co m ondulação. Esta ondulação re sulta em movimentos circulares da
camada su perficial (Fonte: JIMENEZ, 1981).
FIGURAVIII-4
ONDULAÇÃO DO MAR
As partículas d' água superficiais permanecem
praticamente na mesma posição após descre-
verem seus movimentos circu lares . (Fonte:
JIMENEZ, 1981).
FIGURAVIII-5
FLUTUADOR
Um flutuador derivando à mercê da s
ondas demon stra que estas não o
deslocam da sua posição inicial. Ele
descreve apenas movimentos circulares
provocados pelas passagens das cristas e
dos cavados da ondulação da su perfície
do mar (Fonte: DIGEST, 1980).
263
As ondas são uma forma de energia dividida em potencial e cinética . Estas
duas partes da energia na onda são iguais. A energia potencial
corresponde à separação vertical das partículas em relação ao nível
médio, ou seja, a subida e a descida do nível do mar no seu movimento
ondulatório .
264
----@ ---- ----9 ---- 1
--"EBJ"--1
......
1
...... I
•
-----· ----- -----+ ----- -----~---
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)) / )) ;;;;; c
/ / //
-4
" 8
A
FIGURA Vlll-6
ONDAS EM ÁGUAS PROFUNDAS E RASAS
A interferência da profundidade no form ato das ond as depende do comprimento do onda . O
fundo do m ar começa a interferi r no co mport am ento da s ond as quando a profundidade é a
metad e do comprimento da o nda (Fonte: JIMENEZ 1981).
FIGURA Vlll-7
A ONDAS EM ÁGUAS RASAS
As onda s geradas em águas profunda s t em
seu comportam ento alte rado a medida que
avança m em águas rasas, diminuindo se u
265
A declividade crítica é 1/7, ou seja, altura/comprimento da onda > 1/7
(H/L > 1/7). Quando ocorre a arrebentação, observa-se deslocamento
horizontal da massa d' água- energia cinética, que é dissipada na costa
sob a forma de calor.
·=
F=
FIGURA Vlll-8
COMPORTAMENTO DAS ONDAS EM ÁGUAS RASAS
A energia pot encial das ondas de ág uas profund as é transfo rm ada em energia cin éti ca na
arrebentação, passa ndo a massa d'água a te r des loca mento horizontal (Fonte: DIGEST, 1980) .
266
Por isso o navegante, ao demandar a barra ou o canal de acesso de um
porto, deve ter atenção à chegada de ondas de águas profundas com
grande comprimento de onda, porque essas ondas de grande
comprimento podem crescer bastante e afetar as embarcações que estão
navegando em águas rasas . São essas ondas as responsáveis por sérias
avarias em embarcações e instalações na costa.
267
3- CONDIÇÕES PROPÍCIAS À GERAÇÃO DE ONDAS/ VAGAS
FIGURA Vlll-12
EXTENSÃO DA ÁREA GERADORA (PISTA)
O navegant e ao analisar a co nfiguração da s isóbaras
numa ca rta si nótica deve obse rvar o es paçam e nto
ent re as isóba ras, sua cu rvatu ra e a extensão da
área em qu e as isóba ras sã o retilí neas e parale las
(pi sta) (Fonte : JI ME NEZ, 1981, m odificada) .
~o_,...,
"'!
Dentro da área geradora, as ondas se propagam na mesma direção do
vento. Os parâmetros das ondas, como altura, velocid ade de propagação,
período e comprimento da onda , dependem de fatores favoráveis .
268
considerando que a direção dos ventos se ajusta sensivelmente a
orientação das isóbaras.
FIGURA Vlll-13
ÁREA GERADORA ESTACIONÁRIA
Qu ando a área gera do ra é est ac ionári a se u
contorno se ca ract eri za pela direção do vento o u
das isó baras nas qu ais é máx im a a t ra nsferência de
energi a para o ocea no (F onte: JIMENEZ, 1981,
modifi ca da).
FIGURA Vlll-14
ÁREA GERADORA MÓVEL
Qu ando a área geradora é móvel deve se r
con sid erada a direçã o do se u des loca mento
(Fonte: JIMENEZ, modifi ca da).
269
Uma pista curta que se desloque na direção do vento produz um mar mais
forte que outra pista estacionaria de maior extensão.
4- MARULHOS/ SWELL
270
Então os navegantes devem observar sempre, a direção das vagas e
avaliar se a propagação dos marulhos resultantes irá afetar a área de seu
interesse, nos próximos dias.
271
FIGURA Vlll-16
MARULHOS (Fonte: intern et)
FIGURA Vlll-17
VAGAS E MARULHOS (Fonte: int ern et)
272
Étão preocupante para os navegantes que eles chamam de mar CONFUSO .
Nessas situações os navegantes não conseguem identificar o ângulo de
ataque da onda e determinar um rumo mais adequado, para evitar as
avarias na embarcação.
5- ARREBENTAÇÃO E RESSACA
5.1- ARREBENTAÇÃO
273
e) no instante da arrebentação toda a energia potencial é
transformada em energia cinética;
f) a onda termina na arrebentação, a massa de água ganha então
forte correnteza;
g) a massa de água por atrito com o fundo do mar, se aquece e
perde velocidade;
h) a massa de água após se espalhar no litoral, deve regressar ao
mar, como corrente de retorno das ondas. Entretanto constata-
se uma corrente paralela à praia tentando encontrar uma
pequena faixa de convergência, para ganhar força necessária para
vencer a arrebentação e conseguir retornar ao mar .
.•
Ressalta -se que após a arrebentação as águas estão mais quentes do que
as águas antes da arrebentação . Este aquecimento da correnteza ocorre
por causa do atrito com o fundo do mar, junto ao litoral.
5.2- RESSACA
274
Q após a passagem de frente fria, as direções de onde vem as vagas
e os marulhos são favoráveis;
Q ocorrência de frente fria estacionária, nas áreas charley e delta da
Metárea V. Situação em que o vento e vagas rondam para de SE;
Q ocorrência de áreas geradoras de ondas com pistas bem longas e
isóbaras retilíneas bem estreitas;
Q o surfista só vai à praia praticar seu corajoso esporte, após a
passagem de frente fria na região sudeste e sul do Brasil, pois após
a passagem da frente fria observam-se ondas do mar para a costa.
Ressaca
tumultua a
Zona Sul
Ondas de~
quatro meii05
invadem calçadas
• A1'811CaqueliiJalluo
. . . . . . . . . . . QUIOU
~OI*- MOI•
•doltlo.del'lla6iellf
..ZC..Sul.•CiflllWcom
..... doo._.""
quatt quatro •etros
-·-Doi-
. . . . . . . . . calçodoo •
...,_ o ttt.lto ••
.. - .. Leblon.
ctweou·Mr~
dL ~--12•14
FIGURA Vlll-19
RESSACA (F ont e: Jornal do Bra si l)
Na costa do Brasil, METÁREA V, é normal ocorrer ressaca associada à
situação de frente fria estacionária .
275
6- CARTAS DE PREVISÃO DE ONDAS
lON
6N
11
10
".,.
8
.." .
B.O
FIGURA Vlll-20
CARTA DE ONDAS 00 HORAS
276
Previsão para 24 horas
-...1o wwa; a.a - Ak. ll&c. Oa<l-..( ...) - WW'S/OIPII Woc&el - 81c. W'-• ~Wcht<-)
ION
5N
EQ
1~
6S
1 1
10
108
.
159 ",.
8
209
"
...,
258
..
308 "-"
3
3~9
408
~~8
FIGURA Vlll-21
CARTA DE ONDAS 24 HORAS
277
Previsão para 48 horas
Mocle1o 'llf1fa/Oftl - Alt.. S!c- Oadaa(aa) - 'llf1fa/artl Wo.&.L - 8 ... w_.. K.lpl(aa)
lt.of: ocn20NOVI!Ol7 (S.•) TPR0004Illh/Val:OOZI!I!NOV20l7 (Qu.a)
l ON
5N
EQ
12
5S
11
10
lOS
.
.,"
8
4 .0
..
a .o
3
FIGURA Vlll-22
CARTA DE ONDAS 48 HORAS
278
Previsão para 72 horas
LON
5N
EQ
u
58
11
10
IOB
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155 ".,.
8
208
.
... &
Z~ B
.
B .&
308
:s
FIGURA Vlll-23
CARTA DE ONDAS 72HORAS
279
Previsão para 96 horas
lllo<le1o WWS/CWII - Aü. lllc- Oa"-(aa) - WWll/CWII ...... L - 81c. ... , . ~-)
a.t:OOZI!ONOV20l7 (5ea:. +Pft0cotl8b./Val:OOZ24NOV2017 ( . . x)
1~
11
10
.
"
'I'
"
"
... ~
..
3 .~
FIGURA Vlll-24
CARTA DE ONDAS 96 HORAS
280
7- COMPORTAMENTO E MANOBRAS DO NAVEGANTE
a) Estado do Mar.
b) Características das ondas .
c) Características do navio.
d) Rumo do Navio.
e) Ângulo com que as ondas incidem no Navio.
f) Velocidade do Navio.
g) Olho marinheiro de quem manobra o navio.
281
Em função da altura e período das ondas e do ângulo de ataque das ondas,
o navegante pode esperar 6 movimentos do navio, 3 angulares (caturra,
balanço e cabeceio) e 3 lineares (arfagem, avanço e abatimento).
282
f) Quando o navio navega aproado à onda e seu comprimento é a
metade do comprimento da onda, pode ocorrer que a popa venha
a situar-se sobre uma crista, e a proa sobre um cavado,
simultaneamente. Neste caso haverá dificuldades para enfrentar a
onda seguinte, podendo ocorrer grande embarque d'água,
vibração do eixo e outros riscos. O navegante deve modificar o
rumo ou aumentar a velocidade do navio.
283
A energia envolvida nessa situação é a energia potencial, devido ao
movimento vertical da superfície do mar, uma vez que não há emprego
de energia cinética devido a não ocorrer deslocamento horizontal de
massa d'água . À exceção de uma pequena corrente à superfície d'água, a
massa d'água não se desloca juntamente com o vento .
284
Quando o período da onda aproxima-se do período natural da
embarcação, ocorrerá uma condição de ressonância e sincronismo e o
balanço será muito grande.
285
embarcação se entorta longitudinalmente sob o peso da água que
embarca na parte de vante da embarcação, quando esta corta a vaga de
proa .
Rumos próximos do eixo dos cavados das ondas devem ser evitados,
principalmente se o mar não estiver com ondas de comprimento longo.
Em ciclones é muito importante o navegante manter a embarcação fora
do eixo dos cavados. No cavado o balanço é violento e uma vez nele é
muito difícil sair, porque o leme e as máquinas não serão suficientes para
enfrentar a força do mar.
Para sair do eixo dos cavados das ondas, a melhor navegação consiste em
navegar com velocidade suficiente para assegurar o melhor leme, e
procurar guinar a favor do vento, para obter o maior intervalo possível
até receber a próxima onda.
286
Como as vagas se propagam em trens de ondas, é possível o navegante
discernir um período menos crítico para iniciar e concluir a manobra, de
modo a aliviar o leme antes do início da nova série de ondas.
A causa mais comum de perda de energia elétrica ocorre pelo efeito terra
nos quadros de distribuição, quando a água salgada os atinge. Condutos
de ventilação, escotilhas, elipses, etc. , deverão estar bem fechados em
navegação de mau tempo.
287
É recomendável com mau tempo e estado do mar severo que a
embarcação fique derrabada e nunca abicada, ou seja, com trim pela
popa de modo que o calado da popa seja maior que o calado da proa .
Para proporcionar uma razoável reserva de flutuabilidade na proa por
ocasião da embarcação cortar as cristas de enormes ondas e garantir que
os hélices permaneçam dentro d'água e também compense o enorme
volume de água que vai embarcar na proa.
9-TSUNAMIS
l.a.u do.-..
COST- ·~-~
As ond.B a torn.m
-~
• ai 100 tm/tt
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FIGURA Vlll-25
TSUNAMIS (Fonte: Jorn al do Bras il )
288
a) Embarcação em alto mar não é afetada pela passagem de onda
tsunami.
b) Embarcação em águas rasas ou atracada é arrastada para dentro
da costa, pela correnteza da onda tsunami.
c) Navegantes devem do se afastar do litoral imediatamente,
quando for noticiada a ocorrência de tsunami.
289
de poucos centímetros a 4 metros, embora haja registro de ondas
superiores a 20 metros de altura .
290
Considerado um dos mais violentos e mortais, formou ondas que
percorreram uma distância de 5 mil quilômetros e atingiram além da
Indonésia, outros 12 países como a Malásia, a Tailândia , Myanmar, Índia,
Sri Lanka, chegando até a Somália, na África.
Esse desastre natural é conside rado um dos maiores por sua intensidade
(o terceiro de toda a história sismológica), causou não só perdas de mais
de 220 mil vidas humanas com as suas ondas, algumas ultrapassando os
15 metros de altura, como também formou com a água uma correnteza
que saiu destruindo tudo que encontrava pela frente .
291
Foto aérea do Vilarejo de Banda Aceh (Indonésia)
FIGURA Vlll-28
EFEITON DO TSUNAMI 2004 E RECONSTRUÇÃO APÓS (F on te: Revist a Exame)
INDONESIA ~)alu
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oJakarta
292
Esses dois fenômenos de desastres naturais causam estragos em diversos
países quando surgem.
293
QUESTÕES E SOLUÇÕES- BASEADAS NO LIVRO TEXTO
294
4- Quanto mais longo for o trecho retilíneo, denominado de pista, mais
energia será absorvida pela mesma vaga.
5- A intensidade do vento é função do gradiente horizontal de pressão,
indicado pelo espaçamento das isóbaras.
6- Quanto mais estreito for o espaçamento do corredor das isóbaras,
mais forte será o vento nessa área .
7- O desenvolvimento das vagas é proporcional à intensidade do vento,
a extensão da área retilínea e a persistência dessas condições
propícias.
8- Em navegação meteorológica e oceanográfica, trabalha-se sempre
com a direção de onde vem a onda.
9- A energia das ondas é potencial.
10- A onda absorve a energia cinética do vento, como um impulso de
energia, então, resulta que as ondas não transportam massa de
água .
11- A onda carrega sua energia potencial ao longo de todo o seu
deslocamento, até atingir a linha da arrebentação, próxima ao
litoral.
12- Na arrebentação toda a energia potencial da onda é transformada
em energia cinética, com ocorrência de deslocamento de massa de
água .
13- A correnteza, depois da arrebentação na faixa costeira é
proporcional ao volume de água da onda, resultante de cada
comprimento de onda .
14- As ondas de grande comprimento são as que mais preocupam os
navegantes, na navegação costeira .
15- As correntes de retorno das ondas são mais preocupantes em
condições de mar severo, com ondas de grande comprimento.
16- A interferência do fundo começa a ocorrer em uma profundidade
igual à metade do comprimento da onda.
17- A energia absorvida pelas vagas e distribuída pelos seus elementos
é afetada pela força da gravidade, que interfere no tamanho das
alturas e dos comprimentos das ondas.
18- As condições propícias à ocorrência de ressaca são observadas com
onda na direção da costa e com grande comprimento, para ter bom
ângulo de incidência no litoral e volume de água na arrebentação .
295
19- Na Metárea V, essa situação de ressaca se apresenta nas regiões sul
e sudeste, depois da passagem da frente fria, devido às direções das
ondas e dos ventos serem do quadrante sul, com direções de SW, S,
SE.
20- A direção de SE nessas regiões é um bom indício de ressaca.
21- Na área Delta e norte da Charley, da Metárea V, é normal se observar
ressaca, na ocorrência de frente fria estacionária, na região.
22- Como vagas e marulhos só transportam impulso de energia, a
propagação dos marulhos ocorre por centenas de milhas.
23- As áreas geradoras de vagas, em regiões oceânicas, são de muito
interesse para a navegação costeira, dependendo da direção das
ondas geradas.
24- Como o boletim Meteoromarinha apresenta apenas as siglas
cardinais, das direções dos ventos e das ondas, é muito importante
se visualizar essas direções cardinais, para perceber as ondas que se
propagam para a navegação costeira.
25- Na Metárea V, nas regiões sul, sudeste, leste e nordeste até Natal, as
ondas de SW se propagam paralelas à costa.
26- A configuração das isóbaras, nas cartas sinóticas de pressão ao nível
do mar, possibilita a identificação de áreas geradoras de vagas e
regiões de ocorrência de carneiros e borrifos.
27- Carneiros e borrifos ocorrem em áreas de isóbaras bem estreitas,
com ventos fortes, entretanto, essas isóbaras podem ser retilíneas
ou curvas.
296
SEGUNDA PARTE- OCEANOGRAFIA
CAPÍTULO IX
MARÉS
297
No sistema LUA- TERRA, a força gravitacional e a força centrífuga estão em
equilíbrio. A força centrífuga é constante em todos os pontos da
superfície terrestre .
FIGURA IX-1
FASES DA LUA
298
Estes aspectos são de muita importância para os navegantes que
trafegam em águas costeiras e também para as embarcações que
demandam canais de acesso aos portos .
Nessas regiões onde há subida, o mar fica alto, atingindo o nível do mar
denominado preamar.
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FIGURA IX-2
CURVA DA MARÉ
Regi stro da oscilação da altura da maré (h) observada por um navegante posicionado num mesmo
local ao longo do t empo (t), onde se identifica a preamar (PM), a bai xa-mar (BM), o nível médio (NM),
e o nível de redução (NR). (Fonte: DHN)
299
Como a TERRA faz a rotação completa em 24 horas, então em 12 horas
metade dos meridianos ou regiões da TERRA passaram pelo nível da
preamar porque atingiram a posição mais próxima da LUA , posição de
maior força de atração, ao passo que a outra metade da TERRA, as regiõe s
passaram também pelo nível da preamar porque atingiram a posição mais
afastada da LUA, posição de maior força centrífuga.
FIGURA IX-3
HORA DA MARÉ
Como a osc il ação da ma ré é pe riód ica, temos períodos em que ocorrem maré de vazante (PB). e maré
de enchente (BP). instan t es de prea mar (P ) e baixa-mar (B ); interva los entre duas preamares (PP) e
duas ba ixa-mares (BB) . O horário de ocorrênc ia dessa oscil ação avança, dia ri amente cerca de 50
minutos, te ndo em vist a ser de 24 horas e 50 m inutos, o período de duas passagens consecut ivas da
lu a pelo meridi ano loca l. (F onte: DHN)
300
TERRA-LUA-SOL em conjunção e na fase Lua cheia, tem-se LUA-TERRA-
SOL em oposição e em ambas as fases constata-se um alinhamento SOL-
TERRA-LUA, ou seja, a força gravitacional da LUA e do SOL sobre a TERRA
se somam, significando que a atração da LUA e atração do SOL
contribuem para a elevação do nível do mar, por ocasião da PM. Nessas
ocasiões têm-se PM mais alta, chamadas de marés viva ou marés de
sizígia.
FIGURA IX-4
ALTURA E AMPLITUDE DA MARÉ
A partir do NR mede-se as alturas da preamar (PP' ), da bai xa- mar (BB'), e do nível médio (NM) . A
amplitude da maré é a diferença de altura entre os instantes da preamar e baixa-mar, ou seja, a
oscilação máxima ocorrida durante um determinado dia . O nível médio (NM) é a altura do nível do
mar, se m o efeito da oscilação da maré. Portanto, a elevação do mar na PM e se u abaixamento na
BM, em rela çã o ao NM , são sim étrico s e de valores iguai s a se miamplitude da maré. Por isso, o valor
do nível médio é co nstante no porto de interesse do navegante. (Fonte: DHN)
301
Outra constatação importante é que o nível do mar nas PM ou nas BM
varia ao longo do ciclo lunar, em função das fases da LUA.
NR
-7 "C3' ~ NÍ VEL DE: REDUÇÃO
Profundidt de da carta
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FUNDO DOMA R
FIGURA IX-5
MARÉS DE SIZIGIA E QUADRATURA
Observa-se que o NM não se altera ao longo do ciclo lun ar, portanto na sizígia (linha cheia) ocorre
PM mais alta e BM mai s baixa, enquanto que na quadratura a (linh a pontilhada) ocorre PM menos
alta e BM menos baixa . (Fonte : DHN)
Ressalta-se mais uma vez que a altura do nível médio das marés não
apresenta alteração de valor em dias de maré de sizígia ou de quadratura,
ou seja, tem o mesmo valor para todos os dias do longo do ciclo lunar.
302
2.1- NíVEL DE REDUÇÃO (NR} DAS MARÉS
303
Para se obter as características da maré de uma determinada reg1ao,
observa-se o nível do mar, por meio de uma régua de marés, durante 32
dias consecutivos. Nesse período, fazem -se leituras de hora em hora da
régua de marés. Esses dados registrados permitem o cálculo dos
componentes harmônicos do lugar ou porto, já que estas características
diferenciam a maré de uma região para outra.
Por isso, nas tábuas das marés, cada porto tem suas páginas específicas,
devendo o navegante consultar o índice da publ icação, localizando, pelo
nome do porto, o número da página do seu interesse.
São vários dados de hora e de altura . O navegante sabe que esses dados
se referem à preamar e à baixa-mar. Então, examinando a coluna
referente às alturas, o navegante conclui qual se refere à preamar e qual
se refere à baixa-mar.
304
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FIGURA IX-7
TÁBUAS DAS MARÉS
Observa-se em qualquer página da s Tábuas de Marés, de determinado porto que no cabeçalho
destaca-se a altura do nível médio que serve como uma boa orientação para o navegante do valor da
semiamplitude das marés de sizígias. Os horários de ocorrência e as respectivas alturas da maré, são
apresentados diariamente ao longo do quadrimestre, nos instantes da s preamares e baixa-mares,
podendo o navegante interpelar para um instante desejado desde que a região apresente curva
sinusoidal (maré semidiurna). (Fonte: DHN)
305
PO RT O D E PA R ANAGUÁ ( ESTAD O D O PA R ANÁ )- 1997
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306
É interessante comentar que embora a maior atração da LUA se dê
quando ela está passando pelo meridiano superior do local, a hora da
ocorrência da preamar não coincide com a hora da passagem da lua pelo
meridiano local. É necessário um intervalo de tempo para que o oceano
responda a essa ação da força de atração da lua . Esse intervalo de tempo
é denominado estabelecimento do Porto e é útil para o navegante
calcular a maré num porto não tabulado, por um método expedido de
previsão da maré.
É válido alertar aos navegantes que as horas das preamares e das baixa-
mares nem sempre coincidem com os instantes em que a corrente de
maré inverte sua direção. E que fatores meteorológicos podem afetar a
variação do nível e o instante da ocorrência da preamar ou baixa-mar.
307
poderá ser de enchente ou de vazante, o navegante deverá ter especial
atenção ao sinal da correção da altura para o horário desejado.
FIGURA IX-10
OSCILAÇÃO DA PROFUNDIDADE REAL
Numa região cuj a profundid ade regi strada na
FIGURA IX-9 carta é de 10 metros, o navega nte obse rva, em um
PROFUNDIDADE REAL ABAIXO DA QUILHA det ermin ado in stante a altura do nível do mar de
Num det ermin ado in stante , co m nível do 11,5 metros (10 + 1,5), devido à altura da maré de
mar C e altura da maré E, a emb arcaçã o de 1,5 metro . Entret anto, um a embarcaçã o de 8
calado A, o bterá a leitura do ecobatímetro B metros de cal ado obterá a leitura do ecobatím etro
(profundid ade rea l abaixo da quilh a), em de 3, 5 metros (11,5 - 8). Nest a área a maré oscila
um a região com altura do nível médio F, e de 4,9 metros na PM, às 4 horas e 45 minutos e 0,6
profundid ade reg istrada na ca rta náutica D. metro na BM, às 11 horas e 28 minutos. (Fonte:
(Fonte: DHN) DHN) .
308
janeiro, fevereiro, março e abril, na outra página para maio, junho, julho
e agosto e em uma terceira página do porto para setembro, outubro,
novembro e dezembro.
1 2 3 4 5 6
Dias HORA ALT Dias HORA ALT
1 a 15 m 16 a 30 m
Q NÍVEL MÉDIO
309
3.1- MARÉS NA COSTA BRASILEIRA- AMPLITUDE MÉDIA DE SIZÍGIA
101300 I
301 .. 00
Me somar•
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501600
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l Hlpermaré
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FIGURA IX-11
AMPLITUDES DE MARÉS EM DIAS DE SIZIGIA (Lua Cheia e Nova) (Font e: IBGE, 2011)
310
1- Os valores da amplitude da maré de sizígia são para todas as estações
do ano.
2- No Brasil as amplitudes de marés são muito variáveis entre os portos
de uma região para outra .
3 - Observam-se MICROMARÉS nas regiões sudeste e sul do Brasil e
também na região Leste e sul do Nordeste, com algumas exceções
de MESOMARÉS.
4- Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil observam-se MACRO MARÉS
e HIPERMARÉS.
5- As maiores amplitudes de marés de sizígia no Brasil são observadas
no Maranhão e no Amapá .
4- CONCEITOS E EXERCÍCIOS
Q MARÉS
A oscilação periódica do nível do mar, de uma forma muito bem
organizada, devido às forças de atração dos astros e à reação do planeta
Terra, desencadeia o fenômeno das marés. As marés são observadas
pelas alternadas correntes de enchente e de vazante, além das variações
do nível do mar, com características de amplitude específicas do
respectivo porto. As marés afetam as regiões costeiras e oceânicas.
311
Pode-se, então, discutir uma série de conceitos a respeito da afirmativa
acima . Tais como :
1- Entre os vários componentes harmônicos que compõem o processo
das marés, predomina a influência do sistema LUA I TERRA I SOL.
2- Ao longo do ciclo lunar, a posição relativa dos 3 astros do sistema,
tem significativa influência na amplitude da maré, em um mesmo
porto .
3- Nas fases de Lua nova e Lua cheia, observa-se alinhamento dos 3
astros, com adição dos efeitos de atração do Sol e da Lua, além do
efeito de reação do planeta Terra, no respectivo meridiano e
antimeridiano.
4- Já nas fases de Lua quarto crescente e Lua quarto minguante,
observa-se redução no efeito da maré, devido às forças de atração
do Sol e da Lua estarem defasadas de 90°.
5- No ciclo lunar de 28 dias, observa-se maré de sizígia na Lua nova e
cheia, e maré de quadratura na Lua quarto crescente e quarto
minguante.
6- No respectivo meridiano e antimeridiano, o efeito de reação do
planeta Terra às forças de atração dos componentes harmônicos,
contribui para a elevação do nível do mar.
7- No respectivo meridiano e antimeridiano ocorre simultânea
preamar a cada 12 horas ou 180°; o mesmo ocorre no instante da
baixa-mar.
8- Observa-se, continuamente, em um mesmo porto, que a cada cerca
de 6 horas ou 90°, alternadamente, ocorre uma PM ou uma BM.
9- O nível normal do mar é chamado de nível médio (NM), porque o
mar oscila de forma simétrica em relação ao NM, ao longo de todos
os dias do ciclo lunar.
10- No litoral do Brasil observa-se do Amapá a Cabo Frio maré
sinusoidal, bem organizada, possibilitando interpolações.
11- Observa-se nas tábuas das marés de Cabo Frio para o sul, marés de
desigualdades diurnas, com ocorrências de PM e BM secundárias,
dificultando interpolações.
12- As alturas de marés são medidas do nível de redução (NR) à
superfície do mar, no instante desejado.
312
13- Todo porto tem um cálculo distinto do seu (NR), que é o mesmo
usado para a redução das sondagens da respectiva carta náutica do
porto.
14- A altura do nível médio é a mesma ao longo dos ciclos da Lua, por
isso está indicada no cabeçalho das tábuas das marés .
15- A altura do NM equivale à sem iamplitude da maré, em dia sizígia .
16- A identificação do valor da amplitude ajuda muito avaliar a
intensidade das correntes de enchente e de vazante, no respectivo
porto.
17- O zero da régua de marés coincide com o nível de redução (NR), do
respectivo porto.
18- A curva das marés indica o valor da amplitude de maré, pela
diferença entre a PM e a BM.
19- A profundidade real observada por uma embarcação pode ser
obtida pela adição da maré com a profundidade cartografada, na
respectiva área da carta náutica.
20- A profundidade real observada por uma embarcação pode ser
obtida pela adição da leitura do ecobatímetro com o calado do
navio.
21- O horário usado nas tábuas de marés é a hora legal do respectivo
porto .
EXERdCIOS
313
CAPÍTULO X
J
1- CORRENTES OCEÂNICAS DE DENSIDADE
315
Corrente de densidade - provocada pela diferença de densidade das
grandes massas de água dos oceanos, devido às diferenças de
temperatura e em menor influência de salinidade .
316
As circulações gerais dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, em ambos
os hemisférios, são separadas pela contracorrente equatorial e
influenciadas, de forma distinta, pela força de Coriolis, ou seja,
apresentam desvios para a direita no HN e para a esquerda no HS.
HN
( ---+
w E
---+
\ )
HS
FIGURA X-2
CORIOLIS (F onte: autor)
(1) Co rrent es qu e se af ast am do equ ador, a t rajet ória desvia pa ra E.
(2) Co rrentes qu e se ap rox im am do Equ ador, a trajet óri a desvia para W .
317
- ------ FIGURA X-3
CIRCULAÇÃO GERAL OCEÂNICA
A circulaçã o oceâ ni ca é f echada nos Hemisféri os Norte e Sul, t anto no oceano Atl ântico, como no
Índico e Pacíf ico. As correntes do Índico correspondem a monção de inverno (N E) (Fonte: JIMEN EZ,
1981 ).
318
5- O desvio de Coriolis depende se as correntes estão se aproximando
do equador (correntes frias) que terão desvios para oeste (W).
6- Se as correntes meridionais estão se afastando do equador
(correntes quentes) terão desvios para leste (E) em ambos os
hemisférios.
FIGURA X-4
CORRENTES OCEÂNICAS DO ATLÂNTICO
319
FIGURA X-5
CORRENTES OCEÂNICAS DO PACfFICO
1) Corrente Circumpolar Antártica . 2) Corrente de Humbolt ou do Peru . 3) Corrente Sul Equatorial. 4)
Corrente Oriental da Austrália. 5) Contracorrente Equatorial. 6) Corrente Norte Equatori al. 7)
Corrente Kuroshio . 8) Corrente de Oyashio, das Kurila s ou de Kamchatka. 9) Corrente do Pacífico
Norte. 10) Corrente do Alaska. 11) Corrente da Califórnia (Fonte: JIMENEZ, 1981).
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FIGURA X- 6
CORRENTES DO OCEANO fNDICO NORTE (INVERNO)
Correntes Oceânica s no Índico Norte durante as monções de NE, no inverno (HN), de novembro a
março . 1) Contracorrente Equatorial 2) Corrente Norte Equatorial Norte (Fonte : JIMENEZ, 1981).
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FIGURA X-7
CORRENTES DO OCEANO fNDICO NORTE (VERÃO)
Correntes Oceânicas no Índico Norte durante as monçõe s de SW, no verão (HN) de maio a setembro .
1) Corrente de monção ou Contracorrente Equatori al. 2) Corrente da Somália (Fonte : JIMENEZ, 1981).
320
FIGURA X-8
CORRENTES DO OCEANO ÍNDICO SUl
1) Corrente Circumpolar Antártica . 2) Corrente de Enlace 3) Corrente de Leeuwin. 4) Corrente
Ocidental da Austrália. 5) Corrente Sul Equatorial. 6) Corrente de Moçambique. 7) Corrente das
Agulh as (Fonte: JIMENEZ, 1981).
FIGURA X-9
CORRENTES DO MEDITERRÂNEO
Configuração do Mediterrâneo e ilustração
da s correntes: a) Mar Balear; b) Cabo Bon;
c) Ilha de Chipre; d) M ar Egeu; e) Ilha de
Creta; f) Cabo Matapan; g) Mar Jônico; h)
Mar Adriático; j) Mar Tirreno; k) Ilha
Córsega ; I) Golfo de Leon (Fonte : JIMENEZ,
1981).
FIGURA X-10
CORRENTES DO MAR DO CARIBE
Configuração e corre ntes das Antilhas, Mar
do Caribe e Golfo do México : a) Ilha de
Trinidad ; b) Porto Rico; c) Haiti; d) Cuba ; e)
Jamaica; f) Penín sula de Yucatán g)
Penín sula da Flórida. 1) Corrente das
Antilhas . 2) Corrente das Bahama s. 3)
Corrente do Caribe . 4) Contracorrente de
Cuba . 5) Contracorrente da América
Central. 6) Corrente do M éxico . 7)
Contracorrente do M éxico. 8) Corrente da
Flórida (Fonte : JIMENEZ, 1981) .
FIGURA X-11
MAR DE SARGAÇOS
Limites aproximados do Mar de Sargaços e
da s corrente s qu e o rodeiam : a) Corrente
do Golfo; b) Corrente do Atlântico Norte;
c) Corrente de Açores; d) Corrente
Subtropical Norte; e) Corrente das
Antilhas. (Fonte: JIMENEZ, 1981).
321
FIGURA X- 12
FIGURA X-13
CORRENTES DA ANTÁRTICA
2- CORRENTES COSTEIRAS
a) proximidade da costa;
b) configuração do fundo do mar;
c) direção em que se estende o litoral em relação à direção do vento
predominante; e
d) o vento apresentar persistência na mesma direção, durante longo
tempo, com suficiente intensidade.
322
A corrente de deriva causada pelo vento produz um deslocamento da
água da superfície, que não é na mesma direção do vento, devido ao atrito
das camadas de água do mar em profundidades distintas, como
observado na espiral de EKMAN, resultando que a corrente de deriva é
90° defasada da direção do vento, para esquerda no HS e para direita no
HN.
323
coluna, defasada de 90° para a direita no HN e para a esquerda no HS,
devido ao efeito da força de Coriolis .
HEMISFÉRIO NORTE
a a
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COK.Rf:. NTE
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COST
FIGURA X-14
CORRENTES COSTEIRAS INDUZIDAS PELO VENTO (HN)
A direção da corrente de deriva depende da direção do vento, o que poderá ocasionar fluxo ou refluxo
de ág ua, altera ndo o nível do mar, próximo a linh a da costa, resultando uma circu lação em
profundidade (corrente de gradient e).
Como no HN a direção da corrente de deriva é para a direita da direção do vento, quando a costa está
a direita da direção do vento, a ocorrência do fluxo de água elevará o nível do mar costeiro e a
corrente tipo ci rcu lar em profundidade de se ncadeará um afundamento desse excesso d'ág ua
próximo à linh a da costa e quando a costa está à esq uerda da direção do vento, a ocorrência de
refluxo de água abaixará o nível do mar costeiro e a circu lação em profundidade proporc ionará um
afloramento (ress urgência) de águas profunda s, para compensar o vazio junto a costa (Fonte:
JIMENEZ, 1981).
324
HEMISFÉ RIO S L
a a
~E
DE DERIVA
c~
D DERIVA
d d
CO IUl.ENTE
RESULTANTE
COS T
FIGURA X-15
CORRENTES COSTEIRAS INDUZIDAS PELO VENTO (HS)
Co mo no HS a direção da corrente de deriva é para esquerd a da direção do vento, quando a cost a
est á à esquerd a da direçã o do vento a ocorrênci a de flu xo d'águ a elevará o nível do mar costeiro e a
co rre nte tipo circul ar em profundid ade desenca dea rá um afund amento desse excesso d'á gu a
próxim a à linh a da costa , e quand o a cost a está à direita da direção do vento, a ocorrência de reflu xo
d'água abaixa rá o nível do mar cost eiro e a circul ação em profund idade propo rcio nará um
afl oramento (ressurgência) de águas profund as para compensa r o va zio junto a cost a (Fonte:
JIMENEZ, 1981, mod ifi ca da).
325
FIGURA X-16 (a e b)
ESPIRAL DE EKMAN
A es piral de Ekma n mostra a disposiçã o na vert ical dos vetores (em direção e t aman ho ) qu e
re presentam a corrente de deriva nos diversos níveis de profund idade. Os efeitos da força de cori oli s
e da força de atrito das ca mada s de água do mar em profundid ades di st intas, res ultam um
des locam ento de t oda massa d' ág ua defl exionado de 90° da di reção do ve nto. Figura a) no hemi sfé rio
norte: desvio para a direita; Figura b) no hemi sfé rio sul: desvio para a es qu erd a (Fo nte : SANNINO,
1989 ).
Hemisfério norte
326
Outro aspecto a ser considerado na navegação costeira , bem próxima da
costa, é o efe ito de uma frente de ondas incidindo sobre o litoral.
FIGURA X-18
CORRENTE DE RETORNO EM DIA DE RESSACA
Quando um a frente de onda incide sobre o litora l ocas iona um acúmulo de massa d'água e
co nseq uente mente um a corrente de reto rn o, ao longo da cost a.
Se a linh a da cost a corres ponde a uma ensea da ou baia, essas co rrentes podem se r co nve rgentes e
resultarem em corrente de retorno muito forte, denominada corrente de ressaca . (Fonte : JIMEN EZ,
1981 ).
~ ~ ~ ~ 1':2:·:~1· ~ ~ ~ ~
FIGURA X-19
CORRENTE DE RETORNO
EM DIA DE RESSACA
PRAIA
São comuns em tormentas ou furacões, quando ocorrem vagalhões de
tempestade, essas correntes de retorno serem devastadoras, para o
litoral.
327
c 2. 3- CORRENTES DE MARÉ
328
~ 3 -CARTAS DE CORRENTES DE MARÉS
.~'-
...- .
FIGURA X-20
CARTA DE CORRENTES DE MARÉ
Característi cas das corre ntes de
marés, observada pelos nave-
ga ntes nos portos de S. Lu ís e
ltaq ui. Destaca -se sua valida de
para a si tu ação que oco rre 2 horas
antes da prea mar em S. Lu ís
co nfo rm e ressa ltado na part e
inferior da ca rta de corrente.
(Fonte: DHN)
I ,I lJ • li ,I f! .llf ,I /f 1 ' f# .~
...-.
FIGURA X-21
CARTA DE CORRENTES DE MARÉ
Caract erísti cas válidas para 4
horas depoi s da preamar do porto
de São Luís.
(Fonte: DHN)
329
'U'TA DB COUI.'n'll oa MAU
1.\L\ O. OU.UAIAaA
o o
/~'V'
.......-. .--
. .. ..- ................
1 1()1 ~
. ..-- ........
t iO! A
"" """
~
c ~~ ;
1 HOrAS A."•lllS DA I"':(MV\1 t HOMS OI.PO!S tiA rt1AMAI
330
coletânea de cartas, que para cada página, ou seja, para cada horário,
haverá diferença na distribuição da corrente.
331
efeito do leme reduzido . Da mesma forma o navegante que SAIR NA
VAZANTE terá dificuldades de manobra .
) 4 - CONCEITOS E EXERCfCIOS
332
Q CORRENTES DE RETORNO DAS ONDAS
333
5- As correntes quentes do HN desviam a trajetória para E.
6- As correntes frias do HS desviam a trajetória para W.
7- As correntes quentes do HS desviam a trajetória para E.
8- As circulações do HS e do HN, têm sentidos contrários.
9- A circulação no HN é no sentido horário.
10- A circulação no HS é no sentido anti-horário.
11- As correntes que se aproximam do equador, no HN, desviam a
trajetória para W.
12- As correntes que se afastam do equador, no HN, desviam a trajetória
para E.
13- As correntes que se aproximam do equador, no HS, desviam a
trajetória para W.
14- As correntes que se afastam do equador, no HS, desviam a trajetória
para E.
15- As correntes zonais frias não são afetadas pela força de Coriolis.
16- As correntes meridionais frias são afetadas pela força de Coriolis.
17- As correntes zonais quentes não são afetadas pela força de Coriolis.
18- As correntes meridionais quentes são afetadas pela força de Coriolis.
EXERdCIOS
334
RESSALTE as principais razões físicas que dão suporte a essas circulações
e identifique o comportamento dessas distintas correntes nas seguintes
situações:
335
9EE
CAPÍTULO XI
Nosso planeta Terra bem que poderia se chamar planeta Água porque 3/4
da superfície da esfera terrestre são cobertas pelos oceanos.
337
FIGURA Xl-1
REGIÕES OCEÂNICAS
Os ocea nos Pacífico, Atlânti co e Índico, de fundamental importância para as atividades hum anas,
apresentam caracte rísticas di stintas do est ado do mar devido as suas interações com a atmosfera .
Ocorrem sig nificativas variações sazo nais no estado do mar, prin cipalmente no HN , devido a grande
continenta l idade e as sua s acentuada s variações climática s na s estações de inverno e verão (Fonte:
DIGEST, 1980).
338
A constatação da grande importância dos oceanos para a humanidade
requereu cuidados especiais visando à preservação de suas propriedades,
resultando na normatização das múltiplas atividades marítimas. Para tal,
além das resoluções nacionais dos países costeiros, organizações
internacionais promoveram convenções para debater esses aspectos.
Podemos citar entre outras a Convenção Internacional sobre Poluição
Marinha - MARPOL/73/78/84, a Convenção Internacional sobre os
Direitos do Mar/82 e resoluções do Comitê de Proteção ao Meio
Ambiente Marinho da IMO e a Convenção para Gerenciamento e Controle
de Água de Lastro e Sedimentos de Navios. Os oceanos têm recebido
especial atenção nos trabalhos da Organização das Nações Unidas -
ONU, da Organização Marítima Internacional - IMO, da Comissão
Oceanográfica lntergovernamental - COI , da Organização Hidrográfica
Internacional- OHI, da Organização Mundial de Meteorologia- OMM,
entre outras.
FIGURAXI-2
CONFIGURAÇÃO DO FUNDO DO MAR
As ca ract erísti cas do fundo do m ar de mais interesse para o navega nte sã o : costa, plataform a
contin ental, limite ext erno da plat afo rm a continental e início do t alud e. A cost a é área sujeita ao
movim ento do flu xo e reflu xo da maré; pl at aforma co ntin ental ca ract eriz a-se pela suave declivid ade
e se u li m ite ext erno se co nf un de co m o início do t alud e, o nd e se obse rva abrupta e ace nt uada
decl ivid ade do fun do do mar (F onte: DIEGUES, 1974) .
339
O navegante quando estiver navegando por uma carta náutica, bem
próximo da costa ou no interior de uma baía, enseada ou canal de acesso
a um porto, deverá ter especial atenção a possibilidade de constatar
alteração entre o que está observando e o que está representado na carta
náutica, ou seja, um banco de areia poderá estar encoberto devido à
oscilação do nível do mar provocada pela maré . Nessas ocasiões, é
interessante também estar atento ao comportamento das correntes de
maré, que variam de região para região, em função das características
geográficas da costa . O navegante constata também a variação da
profundidade de um mesmo local, ao longo do ciclo lunar, devido à
influência da amplitude da maré, que é apresentada com mais detalhes
no capítulo IX.
A zona litorânea pode ser afetada pelo estado do mar ao longo do ano.
Na época de inverno observa-se mar forte, que retira areia das praias.
340
Q ZONA CONTÍGUA
Numa zona contígua ao seu mar territorial , o Estado costeiro pode tomar
as medidas de fiscalização necessárias a:
FIGURA Xl-3
PERFIL DO FUNDO SUBMARINO
A Co nvenção Inter nacion al so bre os Direitos do M ar estabel ece comportamentos di stintos para a
navegação em alto mar e so bre a plataforma continental. A vista di sto, o navegante deve estar atento,
em sua navegação, a variabilidad e da larg ura da plataforma continental do pa ís costeiro (Fonte :
JIMENEZ, 1981).
341
A plataforma continental de um Estado costeiro compreende o leito e o
subsolo das áreas submarinas, que se estendem além de seu mar
territorial, até ao bordo exterior da margem continental, ou até o limite
de uma distância de 200 milhas marítimas das linhas de base .
A Zona Econômica Exclusiva (ZEE) tem uma faixa de 200 milhas (12 + 188)
ao longo de toda a costa.
A ZEE não se estenderá além de 200 milhas marítimas das linhas de base
a partir das quais se mede a largura do mar territorial.
342
E também jurisdição sobre colocação e utilização de instalações artificiais,
investigação científica marinha e proteção e preservação do meio
marinho . Assim como outros direitos e deveres previstos no CNUDM.
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FIGURAXI-4
ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA
A zona econômica exclu siva (ZEE ) in depende da configuração do fund o do mar. É um a fa ixa de 200
milh as ao longo de t oda cost a, co mpreendend o a co lun a d' água, o so lo e subso lo. A ZEE é de
sobe rani a do país cost eiro a quem cabe a sua utili za ção econômi ca co mo a pesca, so nd agem por
refl exão sísmica e exploração de petróleo et c., ca bend o ao navega nte o di rei t o de passagem co m o
simples uso do ecobat ímetro co mo inst rumento de auxílio à navegação (Fonte: DIGEST , 1980).
343
E quando estiver navegando no limite da ZEE, deve controlar bem sua
navegação, principalmente na fronteira marítima com os países vizinhos,
para estar ciente ao entrar na ZEE sob a soberania de outro país costeiro.
344
Caso haja resíduos a serem drenados, providências deverão ser tomadas,
com a devida antecedência, para que os porões sejam esgotados fora das
zonas proibidas pelas Convenções Internacionais, ou seja, em pelo menos
50 milhas da terra mais próxima, lançando-se no Diário Náutico as
coordenadas geográficas (latitude e longitude) em que se achava a
embarcação no início e término da faina.
a) carregamento;
b) descarga;
c) alívio;
d) abastecimento;
e) lavagem de tanques;
f) alijamento;
g) lastro; e
h) esgoto dos porões da praça de máquinas.
a) DESPEJOS DOMÉSTICOS
345
Constata-se também altas concentrações de nutrientes, principalmente
nitrogênio e fósforo, que superfertilizam as águas proporcionando a
produção descontrolada de matéria vegetal, cuja decomposição contribui
para aumentar a DBO, e consequentemente diminuição de oxigênio
dissolvido na água, podendo atingir índices críticos e resultar na
mortandade de enormes quantidades de peixes e outras espécies
marinhas.
Tais efeitos são mais significativos nos rios, lagos, baías e demais áreas
cuja renovação das águas é restrita .
b) PESTICIDAS
c) DESPEJOS INORGÂNICOS
São substâncias tóxicas, normalmente resultantes de atividades
industriais e tecnológicas. Metais pesados como mercúrio transfiguram
irreversivelmente o meio marinho, através de sua ação altamente tóxica
e persistente. Substâncias ácidas e alcalinas ameaçam alterar o pH do
mar, com efeito desastroso para inúmeras espécies marinhas.
Recomenda-se especial atenção dos navegantes com o transporte desses
materiais .
d) DESPEJOS ORGÂNICOS
346
É importante evidenciar que sua ação se desenvolve em todos os elos da
cadeia alimentar, desde o fitoplancton até as formas superiores de vida
marinha, desenvolvida, na sua quase totalidade, em águas férteis
próximas à costa.
Muitos dos quais, por serem imperecíveis, tem provocado sérios danos à
navegação, à pesca e à recreação, além de comprometerem o "habitat"
dos organismos, quando depositados no fundo.
347
operação de milhares de embarcações que trafegam diariamente nas
proximidades da costa, baías, enseadas, estuários e águas interiores.
348
Ressalta-se que é imperativo que esses cardumes sejam sadios e próprios
para a alimentação humana, ou seja, livres da poluição marinha por
produtos químicos persistentes.
FIGURA XI-S
SANTUÁRIO ECOLÓGICO
É de fund am ental importânci a o navega nte se em penhar na prese rvação do meio ambi ente marin ho
e na ma nutenção do ciclo de vida no m ar.
A leg islaçã o atu al requ er muita respo nsa bilid ade do navega nt e, no transport e de subst ância t óxica s,
inclu sive em suas embalagen s danifica das e no des pej o de subst ância bio degradáveis, qua ndo
navegando em ág uas po uco renováveis (Fon t e: DIGEST, 1980).
349
resulta na liberação de sais nutrientes que são depositados no fundo do
mar, até que sejam carregados por correntes marítimas de volta à
superfície enriquecendo as águas superficiais com sais nutrientes, e então
novamente na camada eufótica, na presença da luz solar, possibilitem o
processo da fotossíntese e reinicie o ciclo de vida no mar.
350
FIGURA XI- 6 E 7
ÁGUA DE LASTRO (Fonte : internet) .
FIGURA Xl-8
ÁGUA DE LASTRO (Fo nte : in t ern et ).
FIGURA XI- 9
ÁGUA DE LASTRO (MEXILÃO DOURADO (Fonte: NCPAM) .
351
~-i 6- AMAZÔNIA AZUL
FIGURA Xl-10
LIMITES DA AMAZÔNIA
AZUL
Am azô nia azul , área de
ce r ca de 4 .SOO.OOO km 2,
cor res po nde nte a área
da ZEE, m ais a área da
pl at aform a co ntine ntal,
além d as 200 mi lh as da
ZEE.
352
AMAZÔNIA AZUL
---. --··-•
,,~.,. ,: _ m -·--- · -
-..uo•.- .--.o
~?..:===~~
:::=:..:::-~-=:::._
FIGURA Xl-11
LIMITES DA AMAZÔNIA AZUL (Fonte: internet)
353
t?S E
(110l '398 1:a jU O:J ) 'lfHNI!l'lfii'J '1101/\
n -1x 'lf!ln91:J
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Ce•urvaçae, •so s•str•úvtl t •lo.-vtnld.dt
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FIGURAS Xl-13 E 14
CONSERVAÇÃO DA ZONA MARINHA (Fonte: IBGE, 2011 )
355
9SE
(HOl ' 398 1 :a ~uo~) VHNIMVIIII VNOZ VO O'jtJV/\M3SNOJ
91 3 S1 -IX SVMn91~
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FIGURAS Xl-17 E 18
CONSERVAÇÃO DA ZONA MARINHA (Fonte: IBGE, 2011)
357
85E
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OZ 3 61:-IX SVMn~l~
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(SIJII I S>QII40J) seJO.Of140WRJ3
( )4V) oP.IUISOO) flll IIIJI ..JIOJII R>ly
~ 7 -CONCEITOS E EXERCÍCIOS
359
9- A soberania da PC pode se estender além das 200 milhas até um
limite autorizado pela ONU de 350 milhas.
10- A Amazônia Azul contabiliza também a faixa de soberania das ilhas
oceânicas habitadas .
11- A CNUDM contempla recomendações sobre poluiç ão no mar e
estabelece limites e critérios para descarga de resíduos
biodegradáveis, baseados na demanda biológica de ox igêni o (DBO)
e na circulação para renovação das águas.
12- Os critérios e recomendações para manuseio de água de lastro são
estabelecidos pelo instrumento jurídico Convenção para
gerenciamento e controle de água de lastro e sedimentos de
navios.
360
TERCEIRA PARTE
NAVEGAÇÃO M.ETEOROtÓGI:CA
E OCEANQG.RÂFICA
CAPÍTULO XII
361
D e a terminologia usada em navegação no gelo é apresentada no
glossário (anexo G).
CONSIDERAÇÕES GERAIS
362
d) Condicionam quais as derrotas seguras ou mesmo as possíveis, de
acordo com a linha limite de influência dos gelos flutuantes. A
sazonalidade desses limites é evidenciada nas Cartas Piloto .
e) Dificultam a navegação costeira, devido à variação do contorno da
costa e dos acidentes geográficos característicos da região e
impossibilitam uma cartografia náutica precisa.
f) Dificultam a navegação astronômica devido a valores anormais da
refração.
g) Dificultam a navegação eletrônica devido à propagação irregular.
h) Dificultam a utilização do radar como auxílio à navegação,
ocasionando falhas de interpretação das imagens, devido as
modificações do perfil da costa, a ecos falsos ou atenuados,
principalmente nos gelos flutuantes .
363
FIGURA Xll-1
ICEBERG TÍPICO DO HN
O Iceberg típico do HN é um Glac iar de
gra nd es propo rções e formas irregu lares,
co m dim ensões norm ais entre 10 a 40
metros de altura e comprime nto que pode
alca nça r 1000 metros. Sua cor bra nca te m
algum as vezes to nali da des ve rd es ou
az ui s, bem suaves. Sua parte subm ersa
co rres po nde 8 a 9 vezes a parte emersa o
que faci lita o se u des loca mento pelas
correntes frias e profundas (Fonte:
DI GEST, 1980).
364
A formação inicial de gelo puro acarreta um aumento da salinidade por
cessão de seus sais à água que o rodeia .
As ondas provocam uma mistura das águas superficiais, e por
consequência necessita-se que a água adquira a temperatura de
congelamento em uma camada superficial de espessura bem maior e
homogênea . Semelhante processo se observa em regiões com correntes.
O gelo pode também se formar com a neve que cai sobre a superfície do
mar. Se a temperatura é baixa, não se derrete e flutua, chegando a
constituir uma capa de espessura razoável que se converte em gelo, se o
esfriamento continua .
Observa-se que gelo de um ano pode ser utilizado para produzir água
potável e nos de dois anos a salinidade é praticamente nula.
365
FIGURA Xll-2 (a) e (b)
NAVEGAÇÃO NO GElO
Navio navegando em
região co m fo rm ação de
gelo ma rinh o tipo Pack
Ice, com co m posição e
di sposição irregul ares.
(Fo nte : DI GEST, 1980) .
FIGURA Xll-3
NAVEGAÇÃO NO GELO
Navio navegando em região de Pack
Ice de grande extensão na qua l se
not a sup erfíc ies co m gelos, co m
cla ros e ca nais (Fo nte : DIGEST,
1980).
366
2 metros, podendo chegar aos 50 metros e se manter unida à terra
durante anos . Em sua constituição entram gelo glacial de origem terrestre
e neve.
Suas formas são irregulares e bem variadas com dimensões normais entre
10 a 40 metros de altura da parte emersa e comprimento que pode
alcançar 1000 metros, embora já tenham sido observados icebergs com
alturas superiores a 130 metros. Sua cor branca tem algumas vezes
tonalidades verdes ou azuis, bem suaves.
367
relativamente plana . A expressão tabular se aplica exclusivamente aos
icebergs desprendidos da frente marítima do "ice shelf" antártico e do
"ice island" no hemisfério norte. Em todos eles se observa a estratificação
do gelo em camadas horizontais, devido ao congelamento da neve
depositada em anos sucessivos .
2- NAVEGAÇÃO NO GELO
368
mais, forte congelamento o que pode afetar a estabilidade do navio em
mar severo.
369
b) A presença de pequenos fragmentos de gelos sempre indica que há
uma concentração de gelo próximo .
c) O mar se acalma, quando o navegante se aproxima de um campo
de gelo por sotavento.
d) A presença de nevoeiro de advecção, geralmente indica a presença
de gelo por perto, o qual provocou o resfriamento do ar.
Em dias cla ros pode haver uma refração anormal e, embora o campo de
gelo possa ser visto a uma distância maior do que normalmente seria
possível, suas características podem ser extremamente amplificadas.
370
O gelo que está próximo à costa pode aparecer no radar como parte de
terra. O operador deverá saber diferenciar os dois, diminuindo o ganho
do receptor. As geleiras são bem visíveis no radar, mas é difícil distinguir,
entre elas, gelo superposto e comboios de navios.
A experiência tem provado que os navios, que não são reforçados para a
navegação no gelo e que têm uma velocidade de até 12 nós, são
irremediavelmente imobilizados, mesmo por uma fraca concentração de
gelo, enquanto que os mais ágeis e reforçados podem avançar, através de
gelo novo. Estes últimos geralmente podem navegar sem escolta,
seguindo as rotas recomendadas.
371
2.5.1- EXIGÊNCIAS PARA NAVIOS QUE OPERAM NO GELO
372
f) Ter o máximo cuidado, ao dar atrás no gelo, pois a hélice do navio
é a parte mais vulnerável. Deve-se sempre fazê-lo com o leme a
meio .
g) Evitar passar perto de icebergs que estejam no meio de formação
de gelos, porque ambos são afetados pelo vento, mas só os
icebergs são arrastados pela corrente profunda.
h) Os navios sem escolta geralmente precisam de um quebra-gelo,
pa ra se libertarem, caso fiquem presos no gelo. Entretanto, os
navios lastrados podem , algumas vezes, se libertar sozinhos,
bombeando e transferindo lastro de um bordo para o outro ou de
uma extremidade para outra .
Este tipo de navegação requer muita paciência e pode ser uma atividade
cansativa, com ou sem auxílio de navios quebra-gelos.
373
Deste modo, a maneira mais segura e rápida de se chegar a um porto ou
alto mar é contornar uma zona de gelo difícil, da qual se conheçam os
limites.
a) Manter-se em movimento.
b) Manobrar seguindo o movimento do gelo e não contra ele .
c) Manter baixa velocidade a fim de não causar danos estruturais ao
navio.
2.9- Os QUEBRA-GELos
Os navios que estão seguros de poder navegar sozinhos no gelo e que não
dão sua posição como é solicitado, dificultará o envio do quebra-gelo, o
que ocasionará sérias demoras.
374
Os quebra-gelos da Guarda Costeira Canadense, muitos dos quais levam
helicópteros, operam no gelo há muitos anos, desde o Golfo de São
Lourenço até o extremo norte do Mar de Lincoln. Seus comandantes e
tripulações são altamente qualificados e têm grande experiência de
navegação no gelo, de manobras com quebra-gelos e escolta de navios.
É, portanto, indispensável que os navios, ou comboios, com escolta,
colaborem inteiramente com o comandante do quebra-gelo, que deve
ter o comando das operações.
No hemisfério sul, ao longo dos " ice shelf" situados em todo o anel
continental antártico, observa-se a produção de icebergs tabulares.
FIGURA Xll-8
GELO FLUTUANTE - HN
Limi te aproximado da área de gelo f lutuant e
no At lântico Norte. 1) pos ição em que
af undou o "Titani c" em 1912; 2) Ban co de
Terra Nova; 3 ) Penínsu la do Labra dor; 4 )
Islân dia; e 5) Ilhas Spitz berg. (Fonte:
JIMENEZ, 1981 ).
375
FIGURAXII -9
GELO FLUTUANTE- HS
Limite aproxi mado da área de gelo
flutu ante no Hemisfério Sul: 1) Mar de
Weddell; 2) M ar de Ross; 3) Ilha s de
Zo na Ze lândi a; 4) Ilha de Tasmâ nia; 5)
Ilha de Madagascar; 6) Cabo de Boa
Esperança; e 7) Ilhas Malvin as (Fonte:
JIMENEZ, 1981).
Por exemplo, em águas canadenses, no golfo de São Lourenço (46° - 50° N), o
gelo se forma ao longo de todo o inverno, enquanto que, na costa norueguesa
(60° - 70° N), não há gelo .
., ..r
FIGURA Xli-lO
BANQUISAS (PACK ICE)- HN
'"
Lim it es apro xim ados de banquisas
(Pack ice ) no Hemisféri o Norte. No
. verão cobrem a zona ce ntral em
branco, limitada pela cost a ou pela
linha de cru zes. No invern o cobrem
t ambém a zon a pontilh ada que se
"' est ende at é a linha tracej ada (Fonte:
JIMENEZ- 1981).
FIGURA Xll-11
BANQUISAS (PACK ICE)- HS
Lim it es aproxim ados de banquisas
(Pack Ice) no HS. No verão cobrem a
zo na em bra nco que rodeia o
conti nen t e antárti co at é a linha de
cru zes. No inve rn o cobrem tam bém a
zo na pontilh ada que se estende até a
linh a tracej ada. (Fonte: JIMENEZ -
1981).
376
-\ 4- ASPECTOS RELEVANTES- CONCEITOS E EXERCÍCIOS
·l
QUESTÕES E SOLUÇÕES- BASEADAS NO LIVRO TEXTO
377
EXERCÍCIOS
378
CAPÍTULO XIII
379
seus movimentos na direção norte-sul e sul-norte, ocasionando desvios
em suas trajetórias.
Estes desvios são denominados efeitos da força de Coriolis e são para a
direita no HN e para a esquerda, no HS.
Em ambos os hemisférios, a corrente oceânica que flui na direção das
altas latitudes, é denominada corrente quente ou temperada, porque
transporta energia para as regiões mais frias, aquecendo o ambiente.
Já a corrente oceânica que flui na direção do equador, é denominada
corrente fria, porque vai absorver energia das regiões mais quentes,
esfriando o ambiente .
A contribuição das correntes oceânicas para o balanço térmico do planeta
envolve uma quantidade de energia extraordinária, possibilitando a
ocorrência de climas bem diferentes em regiões situadas ao longo de um
determinado paralelo de latitude e, portanto, sujeitas as mesmas
condições de incidência de radiação solar.
Como exemplo cita-se o contraste de clima que se observa no paralelo
60° de latitude norte, entre a costa do Canadá e Groenlândia e as costas
da Escandinávia e do noroeste da Inglaterra.
A primeira banhada pela corrente fria do Labrador e a segunda
beneficiada pelo efeito das correntes quentes e temperadas do Golfo do
Atlântico Norte e da Noruega.
É importante o navegante observar a circulação geral fechada que ocorre
no Atlântico, Pacífico e Índico, em ambos os hemisférios.
As correntes afetam a navegação de longo curso, em virtude das
significativas mudanças de direção, quando a embarcação navega de um
quadrante para outro do oceano.
A circulação geral deve ser considerada no planejamento das longas rotas
e as características das correntes indicadas nas Cartas Piloto devem ser
consideradas pelos navegantes no permanente acompanhamento de sua
navegação meteorológica e oceanográfica.
1- O navegante deve estar atento no mês de seu interesse no Atlas de
Cartas Piloto, quais os parâmetros que tem comportamentos
significativos e que podem afetar sua navegação planejada tais como
correntes oceânicas em navegação de longo curso.
380
FIGURA Xlll-1
CIRCULAÇÃO GERAL DOS OCEANOS
A circula ção oceânica é fec hada nos hemi sférios norte e sul, tanto no ocea no Atl ânti co, como no
Índi co e Pacífico. Nos três oceanos a co ntracorrente equatorial qu e flui para lest e (E) separa essas
circulações fechadas, ao pa sso qu e as co rre ntes norte equatori al e sul equ atorial flu em para oeste
(W). No hemi sfério sul, na s altas latit udes, a corrente circumpo lar antártica flui para leste (E), e na
parte lest e dos oceanos se ram ifi ca em co rrentes fri as (do Peru, de Bengu ela, do oeste da Au strália)
qu e fluem para o Equador.
No Hem isfér io Norte dest aca m-se as corre ntes quentes do golfo (Atlântico) e de Kuroshio (P acífico)
qu e flu em para altas latitudes, e no Índi co norte as co rrent es do mar Arábico e do mar do sul da Ch ina
que são influ enciada s pe las mon ções de verão (SW) e de inverno (NE) . (Fonte: DIGEST, 1980).
Tabela XIII- 1
CIRCULAÇÃO GERAL DOS OCEANOS
C. do GoKo
c. do AtiAooco Norte ~ C. de KlJ'OShiO O C. da Somái a Q
C. do Pacifico Norte Q C. de Monções de hYamo
NCJR'M C. de Portugal e de
C. da Cai fómla F ou de verao Q
Canárias F
C. Norte Equatorial Q C. do Norte Equatorial Q
C. Norte Equatorial o
c. Su Equatorial Q
C. Su Equatorial C. Su Equatorial Q C. de Moçambiqua e
SUL C. do Brasll
o C. Otiertal da ALAõtráia Q das Agloflas Q
c. da Artártica o C. da Artártica F c. da Artártica F
F
C. de Benguela C. do PenMrnbolt F C. Ocidertal da Austrái a F
F
(Fonte: WMO)
381
2- ELEMENTOS E UTILIZAÇÃO DAS CARTAS PILOTO
Q Uso da carta: As Cartas Piloto não são apropriadas para uso isolado,
mas em conjunto com outros auxílios de navegação. Sua forma gráfica
apresenta a frequência de dados de meteorologia e oceanografia,
coletados em muitos anos, visando auxiliar o navegante na seleção da
rota mais rápida e segura .
382
c) lsotermas TSM {linhas de igual temperatura da superfície da água do
mar).
d) lsotermas do Ar (linhas de igual temperatura do ar à superfície) .
e) lsogônicas (linhas de igual declinação magnética) .
f) Rotas {linhas de derrotas recomendadas para o porto indicado) .
g) Áreas de previsão meteorológicas.
h) Áreas abrangidas pelos boletins meteorológicos.
a) Nevoeiro .
b) Visibilidade .
c) Pressão atmosférica à superfície .
d) Vento forte .
e) Ventos predominantes .
f) Temperatura do ar.
383
2.2- UTILIZAÇÃO DO ATLAS DE CARTAS PILOTO BRASILEIRO
FIGURA Xlll-2
CARTA PILOTO BRASILEIRA
As linh as pret as indi ca m rot as recom end ada s
e as linh as verd es indi ca m a corrente do
Bra sil. (Fo nte: BRASIL. DHN , 1993 ).
1) VENTO
384
predominante, e outros ventos menos frequentes. Chama-se de vento
predominante o vento cuja direção apresenta a seta de maior tamanho ou
número mais elevado. A percentagem de ocorrência de ventos em determinada
direção, quando não indicada diretamente, pode ser determinada comparando-
se o comprimento da seta, medida a partir da circunferência, com a Escala
Percentual de Ventos, existentes na carta, próxima ao trecho de instruções.
FIGURA Xlll-3
ROSA DOS VENTOS DA CARTA PILOTO
Nas Cartas Piloto a indi caçã o da direçã o dos ventos
predom inantes, em det ermin ada área, é reg ist rada
grafi ca mente por Rosa dos Ventos. A f requ ência pelo
ta manh o da fl ec ha, a intensid ade pelo nú me ro de
t raços na extremid ade (E sca la Beaufort) e a f re qu ência
de ca lm ari a pela num eraçã o do círcul o ce ntral. (Fonte:
DHN) .
Tabela XIII - 2
INTERPRETAÇÃO DA ROSA DOS VENTOS DA FIGURA Xlll-3
FREOO~CIA FORÇA
DIREÇÃO (%) BEAUFORT
a) de Norte 2 2
b) de Nordeste 8 3
c) de Leste 54 3
d) de Sudeste 29 3
e) de Sul 2 3
e) de Sudoeste 1,5 3
g) de Oeste - -
h) de Noroeste 1,5 3
Calmaria 1% (Fonte : autor)
2)TSM
3) TEMPERATURA DO AR
385
4) CORRENTES
5) ÁREAS DE PREVISÃO
6) LINHAS ISOGÔNICAS
7) VISIBILIDADE NO PORTO
8) NEVOEIRO NO PORTO
10) PRESSÃO
386
11} TEMPERATURA DO AR NO PORTO
387
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4
FIGURA Xlll -6
CARTA PILOTO DO ATLÂNTICO NORTE CARTA PILOTO DO PAC ÍFICO SUL
(JULHO) (AGOSTO)
MAR DO CARIBE E GOLFO DO M ÉXICO A linh a ve rm elh a t raceja da próxi ma do norte
(SEÇÃO 111) da Nova Ze lândi a indi ca limite ext remo de
As linha s verm elh as indi ca m esta do do mar Ice berg e as fl ec has verd es mostram a
com a fr equ ência de 40% de ond as co m grande vari abilid ade da direção das correntes
altura acim a de 8 pés e as f lec has verdes, ao marítimas entre Nova Zelândia e Austrália
sul da Fl óri da, indi ca m a fa mosa co rre nte do (Fo nte : USA, DMA, 1990).
Golfo co m 3,5 nós (F onte: USA, DMA, 1991).
388
f FIGURA Xlll -8
CARTA PILOTO DO PACÍFICO NORTE
(DEZEMBRO)
As linh as preta s mostram rota s reco mendada s
qu e cruzam a corrente de Ku rosh io indicada por
flechas verdes (Fonte: USA. DM A, 1992).
FIGURA Xlll-9 f
CARTA PILOTO DO OCEANO ÍNDICO (AGOSTO)
As lin ha s ve rmelh as enca rn ada s regi stram neste mês fr equência de 30% de esta do do ma r severo
(onda acima de 12 pés ) no mar Arábico e Reg ião Centra l do Índi co. A SW da ilha de Madaga sca r,
as lin has verdes in dica m a co rrent e da s Agulha s (F ont e: USA. DM A, 1981).
389
Nas cartas tropicais observamos informações mais detalhadas sobre a
ocorrência de furacões e de suas trajetórias mais frequentes .
2) VENTANIA
3) CICLONES EXTRATROPICAIS
4) TEMPERATURA DO AR
5) CICLONES TROPICAIS
390
6) CORRENTES OCEÂNICAS
7) VENTOS
8) PRESSÃO DO AR NA SUPERFÍCIE
9) VISIBILIDADE
391
2.3.3- OCORRÊNCIAS CLIMÁTICAS SIGNIFICATIVAS
a) GALES (VENTANIA)
-
ARE AS DE OCORR~NCIAS:
CABO HORN. REGIA O SUL. CA BO DA BOA ESPERA NÇA
JAN FEV MAR ABR IIAI JUN JUL AOO SET OUT NOV DEZ
Freqüência
20 20 20 20 30 30 30 20
de
ocorrências
a a a a a a a a
30 30 30 30
30 30 30 30 40 40 40 30
em %
392
C 11- ATLÂNTICO NORTE- NVPUB 106
a) VENTANIA (GALES)
V~NTANIA (GAL~·)
....
Freqüência
S UL E S UDE STE DA G ROE N LA NDIA E MAR DA NORUE GA
JAN FI! V MAR Ali R MAl JUN JUL AOO 81!T OUT NOV DI!Z
do
ocorrências
30 30 20 15 10 5 2 6 10 15 20 30
om •.4
Mês JAN FEV MAR ABR MAl JUN JUL AOO SET OUT NOV DEZ
Freq úência
50 40 40 20 20 30 10 50
de
ocorrências
a a a a 20 20 10 10 a a a a
60 50 50 30 30 40 50 60
em 0/o
393
d) LIMITE MÁXIMO DE PACK ICE
e) CICLONES EXTRATROPICAIS
a) VENTANIA {GALES)
a) CICLONES TROPICAIS
Os ciclones tropicais formam -se nas baixas latitudes, nos meses de junho
394
a novembro, verão e outono no HN, desenvolvem-se nas zonas
equatoriais, entre os paralelos de 8° e 20° N, e se dirigem para oeste
afastando-se sempre do Equador, passando pelas Antilhas, Mar do
Caribe, Golfo do México e, em geral, alcançam o paralelo de 25° N e
curvam-se para nordeste, penetrando no Atlântico.
..
Freqüência
de
20
a a
20
a
ALTURA DAS ONDAS
JAN FEV MAR ABR MAl JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
10 10
a
10
a
10
a
10
a
10
a 10 10 10
10
a
ocorrências
40 40 40 30 20 30 40 30 30
em o/o
a) VENTANIA (GALES)
..
VENTANIA (GALES}
ÁREAS ATINGIDAS:
SUDOESTE DA COSTA DO CHILE E PASSAGEM DE DRAKE
JM FEV MAR ABR IIAI JUN JUL N10 SET OUT NOV DEZ
Freqüência
de
10 20 20 25 25 20 30 30 35 35 20 10
ocorrências
em %
395
mais expressivas são observadas nos meses de julho, agosto, inverno no
HS e setembro, outubro, primavera no HS.
-
AREAS ATINGIDAS: SUL DO PARALELO DE 20 • S. CABO HORN. COSTA SUDES TE DA
AUSTRAL/A. NOVA ZELÁ NDIA
JAN FEV IIIAR ABA IIAI JUN JUL AOO SET OUT NOV DEZ
Freqilência
10 20 20 20 20 20 30 30 30 30 20 20
de
ocorrências
a a a a a a a a a a a a
30 40 40 40 40 40 50 50 50 50 40 30
em %
d) CICLONES TROPICAIS
a) VENTANIA (GALES)
396
Quadro XIII - 7- Interpretação das Cartas Piloto Internacionais
-
ALTURA DAS ONDAS
JAN FEV MAR ABR MAl JUN JUL NilO SET OUT NOV DEZ
Freqüência
20 20 20 10 10 20 20
de
a a a a 10 <10 <10 <10 10 a a a
ocorrências
40 30 30 20 20 30 30
em %
d) CICLONES EXTRATROPICAIS
e) CICLONES TROPICAIS
a) VENTANIA (GALES)
Duas áreas nessa região se destacam sob influência dos Gales : No HN, o
mar arábico; e no HS, o cinturão do "Silvio dos Quarenta ". No verão, no
HN, a terra se aquece consideravelmente e origina uma acentuada baixa
pressão atmosférica na Ásia, dando origem aos ventos de SW que se
designam monções. Essas monções produzem fortes ventos no mês de
julho, afetando significativamente o estado do mar arábico .
397
b) ALTURA DAS ONDAS
A an áli se da região indica a exi stênc ia de áreas com comportamentos distintos
ao longo do ano.
JUN 10 a 40
Mar arábico JUL 10 a60
AGO 10 a 30
c) CICLONES EXTRATROPICAIS
398
3. Mares da China e do Japão
Formam-se a leste da s Filipinas, nas proximidades das Ilhas Carolinas .
Quando nascem entre 0° e 10° N, movem-se para W, alcançando
Mindanau e mar da China, outros nascem ao norte de 10° N curvam -se
para NE e vão passar pela costa do Japão.
De abril a novembro, principalmente de julho a outubro e, em especial,
ao findar a monção de SW, em setembro, são observadas atividades mais
intensas.
3- CARTAS CLIMÁTICAS
Q PARÂMETROS
a) o vento à superfície (setas vermelhas);
b) as correntes oceânicas (setas azuis);
c) as linhas limites de Iceberg (triângulos escuros) e de Pack Ice
(linhas quebradas);
d) ventanias e mar severo (áreas amarelas) ;
e) regiões de alta e baixa pressão à superfície (High e Low);
f) Zona de Convergência lntertropical- ZCIT (linhas escuras
pontilhadas); e
g) nevoeiros (áreas escuras pontilhadas para frequências acima de
10 dias por mês e áreas claras pontilhadas para frequências
entre 5 e 10 dias por mês).
399
Q CARTAS CLIMÁTICAS (VERÃO E INVERNO)
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j ulho_ J• nc iru
400
JUlY JA N UARY
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401
Tabela XIII - 3
Ventaria
JUho mamo Latitude menor do que 40" S.
Mar Sewro
Ventaria
JUho mamo Latitude menor do que 40" S.
Mar Sewro
Ventaria
Ventos de SW • Mar Aréboco. GoHo de
Jlkoo Verão MarSewro
Bengala e Mar do w da China.
Monçõos de SW
Indico norte
Vencaria
Ventos de NE • Mar do sli da China , GoHo
Janooro mamo Mar Sowro
de Bengala e Mar Anlbico.
Moções de NE
Venta11a
Jlkoo mamo Labtudo menor do que 40" S.
Mar Sewro
A ta bela acima auxi lia o navega nte a interpretar as cartas cli máti cas,
evid enciando as pectos dist intos das condições do t empo e do mar, nas est ações
de ve rão e invern o, para as reg iões norte e sul dos ocea nos.
402
4- CONCEITOS E EXERCÍCIOS
Q CARTAS Pl LOTO
403
9- Como os ventos de W são da circulação ge ral da atmosfera e, portanto,
permanentes ao longo do ano, circulando por cima dos continentes,
no verão e inverno, apresentam significativas diferenças de
temperaturas do ar, ao atingirem o oceano, com sua TSM constante.
Q CARTAS CLIMÁTICAS
404
EXERCÍCIOS
405
13- Analise a circulação geral dos oceanos (Figura Xlll-1) e correlacione
com os desvios das trajetórias da s correntes oce ânicas do HS, para E,
para W e para a esquerda da trajetória com as cor rentes meridionais
que se afastam do equador (quentes) e as correntes que se
aproximam do equador (frias) .
406
CAPÍTULO XIV
NAVEGAÇÃO METEOROLÓGICA E
OCEANOGRÁFICA
a) congelamento de superestrutura;
b) presença de extensos nevoeiros;
c) indícios de icebergs;
d) bergy bits; e
e) growlers que afetam a segurança das embarcações envolvidas em
navegação ortodrômica .
407
faixa do mar, por fora da linha de 100 braças, onde a corrente das agulhas
é mais intensa .
CONSIDERAÇÕES GERAIS
408
instrumentos e equipamentos, como satélites meteorológicos, estações
meteorológicas automáticas, radares meteorológicos e sofisticados e
complexos software científicos, além de poderosos sistemas de
divulgação de informações de previsão do tempo.
Compete então às instituições de ensino profissionalizante, qualificar os
usuários dos sistemas de informações meteorológicas e oceanográficas.
É de fundamental importância, hoje em dia, que o navegante esteja
capacitado a interpretar boletins e cartas meteorológicas, bem como,
imagens de satélites meteorológicos para bem compreender a situação
do tempo presente.
Este entendimento permite ao navegante acompanhar a evolução do
tempo e do estado do mar e ajustar a sua navegação, ao longo da
travessia, visando minimizar os efeitos do estado do mar severo sobre sua
embarcação.
É de grande importância o navegante estar preparado, adestrado e
atualizado para bem utilizar-se quotidianamente da capacidade dos
Serviços Meteorológicos Marinhos de gerar previsões das condições
atmosféricas e oceânicas, dentro de escalas temporais e espaciais
convenientes as atividades marítimas.
Normalmente apenas 25% da coleta de dados meteorológicos é realizada
sobre os oceanos, embora eles se estendam por % da superfície do
planeta.
As informações dos satélites meteorológicos são, portanto, indispensáveis
para complementar e frequentemente, para substituir a observação in
situ, nas regiões oceânicas.
Assim sendo, é de especial importância os navegantes estarem
habilitados a interpretar as imagens de satélites meteorológicos
recebidas a bordo.
Ressalta-se que atualmente, com as facilidades de divulgação de dados
pela INTERNET, são imensas as possibilidades dos navegantes atualizarem
suas previsões de curto e curtíssimo prazo .
409
Evidencia-se que nessa etapa de planejamento da navegação
meteorológica e oceanográfica, é de interesse do navegante as
informações meteorológicas de médio e longo prazo e seus efeitos sobre
o estado do mar.
Na fase de acompanhamento as informações meteorológicas devem
dentro da forma e conteúdo, permitir ao navegante efetuar um trabalho
de interpretação, de acompanhamento e de correção contínua dos
resultados, como a utilização da previsão de curto e curtíssimo prazo.
410
ortodrômica , navegando ao longo de círculos máximo, penetrando em
regiões de altas latitudes.
Nessas regiões além do perigo e inconvenientes do gelo marinho,
apresentam grande frequência de condições adversas de ventos e
ondas, exigindo em paralelo com a navegação ortodrômica, especial
atenção com a navegação meteorológica .
(a )
FIGURA XIV-1
CLIMATOLOGIA DAS FRENTES FRIAS
(b)
Regiões de ocorrência de frentes fri as nas est ações de inverno (a) e verão (b) (Fo nt e: BRAS IL, DHN,
1991) .
411
- =.:..--' ,~- . --~
FIGURA XIV-2
CLIMATOLOGIA DAS VENTANIAS (GALES)
Regiões de ocorrênci a de ventani as (ga les ) assoc iadas ao s ve ntos d e oest e da circul açã o ge ral (Fo nte:
DONN, 1978).
412
deslocamento do gelo marinho e divulgam os serviços de meteorologia
marinha .
Contudo, mediante pagamento, todo o serviço de planejamento e
acompanhamento de rotas pode ser contratado à firmas específicas para
esse tipo de assessoramento .
FIGURA XIV-3
EVENTOS METEOROLÓGICOS E OCEANOGRÁFICOS. (Fo nt e: W M O) .
413
Este quadro é de fundamental importância para o planejamento de
atividades marítimas, porque ressalta os períodos de pico e de provável
ocorrência de fenômenos meteorológicos e oceanográficos .
Portanto, os navegantes devem ter especial atenção na fase de
planejamento de suas rotas.
1- Consultando o Atlas de Carta Piloto o navegante pode observar que
alguns parâmetros apresentam considerável variação afetando a
navegação oceânica.
2- O comportamento desses parâmetros é acentuado nas estações de
inverno e verão para identificar o comportamento dos parâmetros
mais sensíveis à sazonalidade é recomendado interpretar os 12
meses do Atlas de Carta Piloto.
Os períodos de pico (estações de inverno e verão) e de ocorrência
provável dos parâmetros:
FIGURA XIV-4
ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL (ZCIT) (INVERNO E VERÃO NO HN E HS)
A ZCIT apresenta deslocamento da estação de ve rão para a estação de inverno, sendo est e bem
acentuado na reg ião do oceano Índico. A ZC IT praticamente se posiciona acima do Equador nos
oceanos At lântico e Pacífico ao longo de todo o ano (F onte : MORAN, 1994).
414
b) dos ciclones tropicais na Baía de Bengala, no mar Arábico, no
sudoeste do oceano Índico, no oeste da Austrália, no leste da
Austrália, dos tufões no sudoeste do Pacífico Norte;
c) dos furacões no sudeste do Pacífico Norte, no sudoeste do
Atlântico Norte (Figuras XIV-6 (a e b) e XIV-7);
FIGURAS XIV-6 (a e b)
TRAJETÓRIAS NORMAIS DE FURACÕES
No HN as trajet ó ri as dos fur acões ca minh am na direção W/ NW/ N/ NE e no HS as traj etória s caminham
na direção W /SW /5/S E. O navega nte deve est ar ate nto qu e est a é a t end ência norm al das traj etória s,
pod endo, entret anto, ocorrerem irreg ul arid ades (Font e: MORAN , 1994).
FIGURA XIV-7
TRAJETÓRIAS IRREGULARES DE FURACÕES
Nest a reg ião do oceano Atl ânti co norte as
trajetórias norm ais dos furacões ca minh am
na direção W / NW/N/NE.
Entreta nto podem ocorrer ace ntu adas
irregularidades na direção das traje tórias
co mo exe mplifi ca do, razão pela qual o
navegante deve ter perm anente atenção no
aco mpanham ento da direção do trajetória
de um furacão para não se r surpree ndido
pela mud ança de se micírculo navegável/
perigoso qu e requ er pronta alt eração da
manobra evasiva (Fonte: MORAN , 1994).
415
FIGURA XIV-8
ONDAS ANORMAIS
Na cost a SE da Áfri ca, no Ocea no
Índico, onda s anorm ais se propaga m
de SW para NE, gerad as po r fort es
ventos de SW e ca min ham contra a
fort e corrente da s Agulh as qu e
'.
' flu em na direção SW . O navega nte
) deve estar atento às recomendações
do item 4.2, t endo em vist a que em
ce rto momento du as ou mais vagas
de dif erentes compr imentos sã o
......... ÁF RI C A
superpost as criand o um a ond a
anorma l de at é 18 metros de altura,
.... ..... , . mas de duração muito curta .
.,. ?i Muitos navega ntes traça m suas
../ ~
derrotas, qu and o desce nd o a costa
lest e da Áfri ca no eixo da co rrent e
- ·~
~,~
~~z-
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~ ' :. :,>· 1 • 1 I das Agulh as, nas proximid ades da
""'' - iso bat imétri ca de 100 braças.
Entretanto é da mais alt a importância ressalt ar qu e é exa t amente nest a isob áti ca qu e surge m as
ond as anorm ais. Então os navegantes devem manter-se afast ado s da vizin hança da extremid ade
ext ern a da plat aform a continental ou isobáti ca de 100 braças entre " Ri chard Bay" e " Grea t Fish
Point" . Qu and o navega nd o para SW- co m ve nto fresco de NE e barô metro ca indo - ca so a previsão
de t empo inform ar mud ança na direção do vento para SW nas próx im as 12 horas com intensi dade
de f resco para forte, mud ar o rumo para de ntro da isobát ica de 100 braças, perm anece nd o so bre a
plataform a cont inental até qu e as cond ições do est ado do mar melh o rem .
Entreta nto, os navios qu e pe la natureza de suas ca rgas sã o obrigados a manter ce rta di st ância da
cost a, devem , nas co ndi ções met eoro lóg ica s cit adas, mante rem-se al ém da influ ência do núcleo da
corrente das Agulha s, ist o é, nun ca menos de 20 mi lhas da margem ext ern a da pl at afo rm a co nti nental
(Fonte: USA. DMA, 1981) .
416
Ao longo dos oceanos observam-se alguns serviços governamentais de
acompanhamento e posicionamento de embarcações como o AMVER da
Guarda Costeira Norte Americana, o JASREP do serviço japonês e outros
menos divulgados ou setorizados em seus países como o SISTRAM no
Brasil.
417
) 3- ROTAS RECOMENDADAS
Um dos fatos mais marcantes que a história naval registra , foi a destruição
da esquadra espanhola em 1588 pelo mau tempo, quando navegava para
enfrentar a esquadra inglesa .
Perdeu a "Invencível Armada Espanhola", a hegemonia dos mares, há
alguns séculos atrás, de forma surpreendente, apenas por causa de
condições meteorológicas adversas .
A vista das peculiaridades que envolvem a atividade de navegação
marítima, desde a fase de planejamento, até a fase de acompanhamento,
ressalta -se a importância do navegante estar preparado, adestrado e
atualizado para bem utilizar-se quotidianamente, da capacidade dos
serviços meteorológicos marinhos de gerar previsões das condições
atmosféricas, dentro de escalas temporais e espaciais convenientes com
a atividade marítima .
Para utilizar Rotas Recomendadas, o navegante dispõe de algumas
publicações a respeito, como a Ocean Passage of the World e as Cartas
Piloto . A primeira publicação mencionada contém informações das
principais rotas de navegação dos mares e oceanos, ressaltando pontos
de junção, pontos de aterragem e aproximação, pontos para demanda de
estreitos navegáveis e passagens críticas e se destina a orientar
navegantes que escolheram rotas em que ainda não navegaram ou
experimentaram .
A melhor publicação para o navegante programar sua derrota é a Carta
Pi loto .
Nela observa-se o traçado das principais rotas recomendadas, com
indicações diversas como utilização de círculo máximo nas ortodrômicas,
porto de partida e porto de destino; distância a ser percorrida, pontos de
junção, etc.
Entretanto, a grande vantagem do navegante analisar a rota
recomendada traçada na Carta Piloto, está na observação dos demais
elementos constante da Carta Piloto ao longo da derrota. Entre outros,
ressalta-se as linhas limites de " icebergs" que nos meses de degelo
atingem regiões abrangidas por importantes rotas .
A Carta Piloto para o navegante com alguma experiência no seu
manuseio, pode evidenciar condições adversas e perigosas, nos meses
críticos.
418
Normalmente os navegantes utilizam recursos diversos para definir suas
derrotas ortodrômicas e mistas e navegam nas sempre disponíveis cartas
náuticas nos trechos de loxodrômicas.
Entretanto é de fundamental importância associar a essas providências
as recomendações de navegação meteorológica e oceanográfica que
podem ser constatadas nas Cartas Piloto. Essas cartas permitem o
navegante visualizar com facilidade, por exemplo, que a derrota em
círculo máximo ou ortodrômica, ligando portos de latitudes médias, pode
atingir regiões de altas latitudes.
Esta possibilidade das rotas recomendadas nas Cartas Piloto, de alertar o
navegante para os perigos da navegação em altas latitudes, além de
fornecer outras informações climatológicas já evidencia por si só, a sua
importância.
Enfatiza-se, com empenho, o valor do navegante ter o hábito saudável e
responsável de exercitar e atender as orientações da navegação
meteorológica e oceanográfica, ao consultar as rotas recomendadas
traçadas nas Cartas Piloto.
Ao analisar a rota recomendada em determinado mês, a vista dos
parâmetros, frequência de ocorrência de ondas acima de 12 pés,
ocorrência de ventos acima do número 8 na escala Beaufort, pode o
navegante perfeitamente reprogramar sua derrota, passando por região
mais calma.
Embora o navegante percorra uma distância maior que na ortodrômica,
evitar condições adversas de tempo e mar, pode representar no final,
economia de combustível e de tempo de travessia, com benefício para a
empresa .
Este fato é observado com frequência e é um dos aspectos que valorizam
a navegação meteorológica e oceanográfica .
-1 4- ROTAS COMENTADAS
419
A partir de Recife a corrente flui para N/NW (corrente das Gu ianas) e para
S/SW (corrente do Brasil) .
a) MEDITERRÂNEO
420
b) BAÍA DE BISCAYA
Observa -se mar muito forte, o que requer especial atenção do navegante
por ocasião das guinadas. É recomendável observar o intervalo entre os
trens de onda para expor menos a embarcação ao mar de través no
momento da guinada .
c) CANAL DA MANCHA
b) MAR VERMELHO
c) GOLFO PÉRSICO
d) MAR ARÁBICO
421
ortodrômica (círculo máximo) do Cabo da Boa Esperança ao Estreito de
Bali, a leste de Java . A partir de Bali o navegante segue pelo Estreito de
Macassar, Mar de Celebes, sul de Mindanao e leste das Filipinas já no
Oceano Pacífico norte. Esta região do Pacífico está sujeita a ciclones
tropicais severos, com picos nos meses de julho a outubro, exigindo dos
navegantes especial atenção às ocorrências de furacões que se formam
em latitudes abaixo de 10° N, na altura das Ilhas Carolinas. Nessas
ocasiões as trajetórias dos furacões tendem a se orientar na direção
oeste, atingindo a costa leste das Filipinas e guinando então para o norte
na direção da Coréia e Hyushu no sul do Japão, afetando seriamente as
atividades marítimas nessa região, intensamente utilizadas pelos
navegantes.
a) ESTREITO DE MAGALHÃES
422
de 5 a 8 nós no sentido da corrente de maré e na segunda angostura uma
corrente de 3 a 6 nós.
No Estreito de Magalhães o vento é canalizado no sentido do estreito e
muito forte, atingindo 50 nós, principalmente próximo à extremidade W,
no lado do Pacífico . As tábuas das marés chilena têm um capítulo
adicional informando condições de correntes de marés nas principais
passagens dos estreitos como 1ª e 2ª angostura , indicando a hora em que
a maré está parada e o período de intensidade máxima. A passagem
Inglesa nos canais patagônicos, só deve ser demandada durante o dia,
devido a forte correnteza e pouca largura do canal.
b) COSTA DO CHILE
423
/ 5 - CONCEITOS E EXERCÍCIOS
424
CONCLUSÃO
425
circulação é no sentido horário nos centros de baixa pressão, ciclones e
cavados e ao contrário (anti-horário), nos centros de alta pressão, anticiclones
e cristas . E que no HN a circulação é no sentido contrário do HS.
426
configuração das isóbaras e da direção do vento, aspecto de fundamental
importância na formação de ondas, condições do estado do mar e da
ocorrência de ressacas. Foi evidenciada ao navegante a importância de
observação e constatação de isóbaras estreitas (vento forte), de
ocorrência de extensão retilínea das isóbaras (pista) e de persistência por
muitas horas ou dias da mesma configuração isobárica . Portanto da
duração, da direção do vento e também da intensidade do vento, que são
as três condições essenciais para a formação de ondas e alteração do
estado do mar, que tanto afetam a segurança da embarcação, da carga e
da tripulação.
427
mm1mizar as permanentes preocupações quanto à segurança da
embarcação, da carga e da tripulação e quanto a custos adicionais da
empresa com combustível, desgaste e avarias do material proveniente de
condições adversas do tempo e do estado do mar.
o Enilufl!!lce aoerna~ o
~u,pamw,,.,,,,,niHuutm'~•
uulnlnlllit~lllt luialmrl""'''
qrnm J'llrn IJflmb.nlu ~
\JHJ,I:hlull, ..,.,uth
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(F o nte : ENDURENCE)
428
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
429
DIGEST, Seleções do Reader's. O grande livro dos oceanos. Sintra : Printer
Portuguesa, 1980.
KLINK, Amyr. Não há tempo a perder. São Paulo : Foz e Tordezilhas, 2017.
___ . Parati: entre dois polos. São Paulo: Companhia das letras, 1992.
___ . Cem dias entre céu e mar. São Paulo : Círculo do Livro, 1985.
430
KLUIJVEN, P. C. Van . The lnternational Maritime Language Programme.
431
STEINBERGER, José Roberto. Navegação no gelo. Rio de Janeiro: CIAGA,
1992.
SITES:
ARGENTINA: (SMN)
432
BRASIL: (DHN, CPTEC, REDEMET, INMET e IAG/USP)
BRASIL:
CHILE: (DMC)
EUROPA: (EUMETSAT)
OMM: (WMO)
www .wmo.ch/- Pesquisa, consultas e obtenção de informações e dados
de satélites.
UK: (DUNDEE)
433
www.sat.dundee.ac.uk/pdus/- Pesquisa, consultas e obtenção de
informações e dados de satélites .
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~t < Ji
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,. ... ~ ,.~
r
li
(Fonte: ENDURENCE)
434
,
INDICE DOS ANEXOS
ANEXO G - GLOSSÁRIO
435
9ft'
ANEXO A
Q Seção O
BBXX - indica que o registro que se segue é do tipo SHIP (FM 13- IX)
DDDDD - indicativo internacional de chamada de navio (prefixo).
Ex .: N/M CIAGA- DDDDD =PWXY (deixar em branco o último dígito
quando o indicativo for de 4 caracteres) .
437
YYGGiw
YY - dia do mês (HMG) .
GG - hora (HMG) da observação, aproximada à hora inteira .
iw - tipo de observação do vento (ver código OMM 1855).
Ex.: Observação efetuada às 2100P (fuso+3) do dia 3 de março; a
intensidade do vento foi medida em nós, YYGGiw= 04004.
99lalala
99 - algarismo complementares do grupo .
Lal al a - latitude expressa em unidades de 'décimos de grau (Cada décimo
de grau é igual a 6 minutos).
Ex.: Um navio com latitude, 23° 36'S terá 99Lal al a= 99236, pois 23°
36'S é igual a 23°. 6S
Qclolololo
Q Seção 1
ÍrÍxhW
438
dd - direção verdadeira de onde sopra o vento, expressa em dezenas de
graus (ver código OMM 0877) .
ff - intensidade do vento na unidade indicada por iw: se superior a 99
nós, ff no grupo Nddff será codificado 99 e o grupo OOfff será
incluído imediatamente após o grupo Nddff.
OOfff
Este grupo somente será transmitido e registrado se a intensidade do vento for
igual ou superior a 99 na unidade indicada em iw.
00 indicador de posição no grupo.
fff - intensidade do vento na unidade indicada por iw.
A direção e a intensidade do vento devem indicar a média obtida
após dez minutos de observação aproximadamente .
Ex.: 1 - O céu encontra-se com 5 oitavos de cobertura total de
nuvens.
A direção do vento é de 150 graus verdadeiros e a intensidade de
18 nós. Nddff = 51518 .
Ex. :2- Situação do céu de avaliação impossível. A direção do vento
é de 250 graus verdadeiros e a intensidade de 110 nós. Nddff =
92599 e OOfff = 00110.
lSnTIT
1 indicador de posição no código .
Sn - indicador do sinal da temperatura do ar (ver código OMM 3845) .
TTI - temperatura do ar, em unidades de décimos de graus Celsius.
Ex.: 1- A temperatura do ar é+ 26o.5C. 1SnTTI = 10265.
Ex.: 2- A temperatura do ar é- 00o. 6C. 1SnTTI= 11006.
4PPPP
~ Observação:
Quando a pressão for igual ou maior que 1000 hPa preencher o campo
abandonando o algarismo da unidade de milhar.
1wwW1Wz
Este grupo somente será incluído na mensagem se forem observados fenômenos
significativos de tempo presente e/ou passado.
439
Lançar, na folha de registro, também, os fenômenos não significativos.
- O limite inferior da visibilidade para ww = 10, deve ser 1000 metros. Esta
especificação aplica -se unicamente, quando se está em presença de gotículas
d'água ou cristais de gelo .
440
-Uma trovoada é registrada no tempo presente, se o trovão tiver sido ouvido no
período normal de observação que precede à hora da mensagem .
441
-Se o período abrangido por W1e W2estiver sob a influência de um só tipo de
tempo, W1 e W2 serão iguais. Exemplo : somente chuva em todo período
abrangido W1W2= 66 .
8Nh(L(M(H
Este grupo será omitido quando N (número de oitavos de céu coberto) for igual
a zero (O) ou N igual a nove (9) .
Q Seção 2
222DsVs
222 - significa que os dados a seguir se referem à observação das condições
marítimas.
Ds - rumo verdadeiro resultante do deslocamento do navio nas 3 horas
precedentes à da observação (ver código OMM 0700) .
Vs - velocidade média do navio nas 3 horas precedentes à observação (ver
código OMM 4451) .
Ex. : Verificado que durante 3 horas precedentes à observação das
1800 HMG o rumo verdadeiro resultante do deslocamento do N/M
CIAGA foi 040oe a velocidade média neste período foi 07 nós.
442
222 DsVs= 22212
c:::::> NOTA:
Codificar DsVs = 00, quando se tratar de estação marítima fixa (plataforma de
extração de petróleo, barca-farol, baia fixa etc.) .
c:::::> Observações:
443
distribu ída pela DHN e levar em conta a diversidade e precisão dos
instrumentos meteorológicos existentes a bordo da embarcação.
INDICE INDICE
Seqüincia na Mensagem Seqü6ncia Num6rica
Sim bolos Códigos Códigos Sim bolos
i, 1855 0509 CH
a~ 3833 0513 c
~ 1819 0515 c..
i. 1860 0700 o.
w 4377 0877 dd
N 2700 1819 ~
dd 0877 1855 i.
s. 3845 1860 i.
ww 4677 2700 N, N.
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N• 2700 3845 s.
CL 0513 4377 w
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CH 0509 4561 w,w2
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444
CÓDIGO OMM 0515
Aus ênci a ..... .. ..... ...... .... ..... ........ ...... ..... ..... ............... .. ....... .... .... ... .... ... ......... =O
Altostratu s (As) tran slúcidos ...... .. .... .......... .. .. .. .. .. .......... ...... ...... .... .. .. ...... .. . = 1
(As) opacos ou nimbostratu s.. .. ........................ .. .. .. .. .. .. .. .... .... .. ........ .... .... .. . = 2
Altocumulus (Ac) tran slúcidos, num só nível .. ................ ...... .. .. ...... .. .... .. .... = 3
(Ac) translúcido s em bancos, ou lenticulares ................ .... .... .. .... .. .. .. .. .. .. .. .. =4
(Ac) em faixa s ou camadas aumentando ou espessando .... .... .. .. .. .. .. .. .... .. ... = 5
(Ac) derivados de cumulus .... .. .... .... .... .. .... .. ........ .. ...... .. .... .. .... ...... ............ .. = 6
(Ac) em camada dupla, ou opacos ou associados a (As) ou nimbostratus .. = 7
(Ac) em tufos cumuliformes ........ .. ........ .. .. .. .............. ............ ...... .... .... .... .. .. = 8
(Ac) em céu caótico, entre véu s fibro sos .. .. .. .......... .. .. ...... .... ........ .. ............ =9
Avaliação impossível .... .. ... .. ...... ........ .. .... ... .. ... .... ............. .... .......... ... ..... ...... =I
445
CÓDIGO OMM 0739
c::=:> dd- direção verdadeira de onde sopra o vento real em dezenas de graus
(00 a 36)
446
0-0aSm 5-600 a 100m
1-50 a 100m 6 - 1000 a 1500 m
2-100 a 200m 7 - 1500 a 2000 m
3-200 a 300m 8 - 2000 a 2500 m
4-300 a 600 m 9- 2500 ou mais ou ausência
447
o- céu limpo 5-5 oitavos
1-1 oitavo 6-6 oitavos
2-2 oitavos 7-7 oitavos
3-3 oitavos 8- céu totalmente coberto
4-4 oitavos 9- céu obscuro ou avaliação impossível
N =f céu somente em registros procedentes de estações automáticas
Qc =7 Qc=1
Q< LATITUDE LO NGITUDE
Meridiano dei GreemiÍdl
1 Norte Leste ~~
w ----------+--------r--
3 Sul Leste
5 Sul Oeste Qc =5 Qc=J
7 Norte Oe ste
s
c::::> Observação:
448
-Quando ocorrem distâncias extremas na tabela acima, utilizar o código maior
Ex.: visibilidade igual a 10 km, lançar VV = 97
O- navio parado
1- 1 a 5 nós
2- 6 a 10 nós
3- 11 a 15 nós
4- 16 a 20 nós
5- 21 a 25 nós
6- 26 a 30 nós
7- 31 a 35 nós
8- 36 a 40 nós
9- mais de 40 nós
~ Observação:
Os números dos códigos O, 1 e 2 se referem a fenômenos não
significativos.
449
CÓDIGO OMM 4677
20- Chuvisco
21- Chuva Não em forma
22- Neve de pancada
23- Chuva e neve ou pelotas de gelo
24- Chuvisco ou chuva congelados
25- Pancadas de chuva
26- Pancada de neve ou de chuva e neve
27- Pancadas de saraiva ou de chuva e saraiva
28- Nevoeiro
29- Trovoada com ou sem precipitação
450
30- 39- Tempestade de poeira, de areia ou de neve
30 diminu i a hora precedente
31 Tempestade de areia fraca ou moderada sem alteração na hora precedente
32 aum entou na hora precedente
451
65- Chuva contínua , forte na ocasião
66- Chuva fraca, com congelamento
67- Chuva moderada ou forte, com congelamento
68- Chuva ou chuvisco e neve fracos
69- Chuva ou chuvisco e neve moderados ou fortes
452
PARTE 3- REGISTRO METEOROLÓGICO FM12-IX FM 13-IX SHIP
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PARTE 4- OBSERVAÇÕES METEOROLÓGICAS DE SUPERFÍCIE
PROCEDENTES DE ESTAÇÕES MARÍTIMAS
454
3- O N/M CIAGA, indicativo internacional PPFON, se encontrava a caminho da
Estação Ecológica Marajá-Jipica, estando a 02° S e 050° 24',0 W, no canal W da
Ilha de Maricá.
As condições do tempo no local são adversas no momento da observação,
ocorrido no dia 25 de outubro, pois a chuva que caía às 0000 horas deixou denso
nevoeiro no canal, que restringe a visibilidade aproximadamente 100 metros o
que nos obriga a navegar a baixa velocidade e por instrumentos. A velocidade do
vento medida por anemômetro é de 5 nós, soprando da direção 045°,0 que é
insuficiente para promover a dissipação do nevoeiro que nos envolve .
Segundo o comandante, só teremos tempo bom ao anoitecer.
São 0600 horas e este nevoeiro se estabeleceu aproximadamente às 0300 horas.
A temperatu ra está em 36o C no interior do nevoeiro onde estamos sendo
impossível avaliarmos a cobertura de nuvens. A pressão indica que estamos a
1013 hPa . Nosso anemoscópio está perfeito e a velocidade do vento foi medida
em nós, os dados de tempo presente e passado foram obtidos por estação
manual e incluído o grupo 7 WWW1 W2 .
4 - O N/M CIAGA, indicativo internacional PAPNT, quando se encontrava na
travessia Rio-Santos, procedeu à observação meteorológica na posição : 25° 36',0
Sul e 048° 30',0 Oeste .
As condições do tempo no local da observação ocorrida no dia 21 de maio são
boas, pois o tempo que às 0600 horas apresentava céu mais da metade
encoberto tornou-se limpo, após a chuva que caíra naquele instante, permitindo
uma visibilidade de 12 km.
Segundo a Meteoromarinha, o tempo permanecerá bom e não há indícios de
aproximação de frente nas próximas 24 horas.
São 9 horas (fuso + 3) o barômetro indica 1018 hPa e a velocidade do vento
medida por anemômetro, indica 12 nós, soprando de E e o termômetro indica
24° C.
O céu apresenta-se com uma névoa úmida, e os dados de tempo presente e
passado foram obtidos por estação manual e incluídos no grupo 7wwW1W2.
5 - O N/M CIAGA, indicativo internacional PRSON, navegando em águas
brasileiras, procedeu à observação meteorológica em 12 de setembro, às 21
horas (fuso+ 3), na posição 22° 36',0 Se 043° 06' .0 W.
O tempo no local, no instante da observação, não é bom e o Centro Nacional de
Meteorologia prevê a chegada de uma frente fria, vinda do Sul do país.
O céu apresenta-se totalmente encoberto, e a temperatura que, às 1800 horas
era de 26° C, está em 30° C. A visibilidade está em 4 milhas; e o barômetro indica
1012 hPa.
O vento no local sopra da direção NE, e a sua velocidade foi medida por
anemômetro em 18 nós.
456
O tempo na ocasião apresentava trovões sem precip itação tendo sido observado
na s t rê s últimas horas pancadas de chuva .
Os dados de tempo presente e passado foram observados por estação manual,
sendo inclu ído o grupo 7 wwW1W2 .
6 - O N/M CIAGA, indicativo internacional APCV, procedeu observação
meteorológica no dia 21 de agosto às 1800 horas (fuso+ 3), na posição 22° 54 ',0
S, 042° 06',0 W com intensidade do vento medido por anemômetro em nós foram
obtida s as seguintes informações :
a) os dados de tempo presente e passado foram observados por estação manual,
sendo incluído o grupo 7wwW1W2;
b) a vi sibilidade estimada é de 8 Km ;
c) o céu encontra -se com três oitavos coberto;
d) a direção do vento é de 140° e intensidade de 20 nós;
e) a temperatura do ar é de 32°,6 C;
f) a pressão reduzida ao nível do mar da estação é de 1009.6 hPa;
g) foram constatadas no momento da observação, relâmpagos e trovões, tendo
ocorrido entre a observação anterior e a atual trovoada sem precipitação, e
névoa seca .
7 - O N/M CIAGA, indicativo internacional PAPVC, procedeu observação
meteorológica no dia 26 de julho, às 2100 horas (fuso+ 3), na posição 22° 30',0
Sul e 043 ° 06 ', 0 Oeste .
Os dados de tempo presente e passado foram observados por estação manual,
sendo incluído o grupo 7wwW1W2 .
O tempo local, no instante da observação, é bom e o Centro Regional de
Meteorologia não prevê a ocorrência de fenômenos significativos de interesse
do navegante.
O céu está totalmente limpo .
A temperatura que estava em declínio, estabilizou-se em 22° C.
A visibilidade está moderada em 3 km; e o barômetro indica 1012hPa.
O tempo local sopra da direção 075°, e sua velocidade fo i medida por
anemômetro em 12 nós.
O tempo na ocasião apresenta névoa seca, tendo ocorrido entre a observação
atual e a anterior nevoeiro, com céu mais da metade encoberto.
8 - O N/M BRASIL, indicativo internacional PWXY, procedeu a observação
meteorológica no dia 19 de maio, às 0900P (fuso+ 3), na posição de 23° 30',0 Sul
e 044° 18',0 Oeste, com intensidade do vento medido por anemômetro em nós,
foram obtidas as seguintes observações :
a) os dados de tempo presente e passado foram observados por estação manual;
sendo incluído o grupo 7wwW1 W2 ;
457
b) a visibilidade estimada em 15 km ;
c) a direção do vento é 070° verdadeiros e a intensidade de 09 nós;
d) a temperatura do ar é de 25°,4 C;
e) a pressão reduzida ao nível do mar da estação é de 1013 hPa;
f) foi constatada na ocasião, chuva contínua moderada, tendo ocorrido entre a
observação anterior e a atual céu mais da metade coberto, e chuva ;
g) o céu encontra-se com 5 oitavos de nuvens tipos Cumulonimbus com coroa de
Cirrus.
9 - O N\M CIAGA, indicativo internacional PWFON, procedeu observação
meteorológica no dia 12 de agosto às 21 horas (Fuso+ 3), na posição 24° 18',0 S,
043° 42',0 W, com intensidade do vento medida por anemômetro em nós.
Os dados dos tempos presente e passado foram observados por estação manual,
sendo incluído o grupo 7wwW1 W2.
O céu encontra-se com cinco oitavos e a visibilidade está em 2500 metros.
O vento sopra de 060°, com inten sidade de 15 nós.
A temperatura do ar é de 11o C. A pressão atmosférica reduzida ao nível do mar
é de 1010,4 hPa.
O tempo presente na ocasião é de chuva forte e que nas últimas 6 horas
observou -se trovoada sem precipitação.
10 - O N/M CIAGA, indicativo internacional PWAMC, procedeu a observação
meteorológica no dia 8 de agosto às 0600 horas (fuso + 3), na posição 22° 36',0
Sul, 042° 12',0 Oeste, com intensidade do vento medida por anemômetro em
nós.
Os dados dos tempos presente e passado foram obtidos por estação manual e
incluído o grupo 7wwW1 W2 .
O céu encontrava-se com sete oitavos encoberto e a visibilidade está em 1200
metros.
O vento sopra da direção 160°, com intensidade de 8 nós.
A temperatura do ar é de 26,3° C. A pressão atmosférica reduzida ao nível do mar
é de 970,3 hPa .
Foram constatadas no tempo presente nevoeiro em bancos, tendo ocorrido
entre a observação anterior e atual céu mais da metade coberto, com nevoeiro.
458
11 - SOLUÇÕES
459
ANEXO B
460
ANEXO C
TABELAS METEOROLÓGICAS
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(Fonte: DHN)
461
CONTINUAÇÃO DA TABELA I
462
TABELA 11- PONTO DE ORVALHO
UMIDADE RELATIVA EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA DO AR (T) E DA
DIFERENÇA ENTRE TE TPO (T- TPO, DEPRESSÃO DO PONTO DE ORVALHO)
(T·TPO)
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(Fonte: DHN)
463
CONTINUAÇÃO DA TABELA 11
(1 - TPO)
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(Fonte: DHN)
464
ANEXO D
NAVEGAÇÃO NO GELO
PARTE 1
Quadro 1
SINAIS QUE PODEM SER UTILIZADOS DURANTE AS OPERAÇÕES
COM QUEBRA-GELOS
Q E st ou I n do adianto . E s t ou lhe
E s to u Indo odlo nto . Sigo-mo .
seguind o .
D i m i n u a u dl s t4nc l u on t ro o s
R E s to u dlmlnuô ndo o dls tâ ncl o .
f'VlVtO S .
A urn o n t o o d i s t â n c ia on t ro o s
B
r'VIviOS .
IE s tou aurnontondo 3 d istltncia .
-
y I E s to jo pronto p a ra largar o c abo d o Estou pronto para larga r o cabo do
reboque . reboque .
465
Todos os navios que são escoltados por um quebra-gelos devem manter escuta
radiotelefônica permanente, numa frequência estabelecida. O tráfego será nas
seguintes frequências:
NOTAS:
1) O sinal "K" sonoro ou luminoso deve ser usado por um quebra-gelos para
lembrar aos navios sua obrigação de ficar continuamente na escuta rádio.
466
Q MANOBRA DO QUEBRA-GELOS DE ESCOLTA
467
parou . Elas estão colocadas em linha vertical a seis pés de distâncias atrás do
mastro principal e têm um alcance mínimo de duas milhas. Como um sinal
adicional de aviso, todos os quebra -gelos possuem e utilizam um apito de ar
comprimido, voltado para vante, audível até cinco milhas. Sempre que as
luzes vermelhas giratórias acendem e o apito soa, tanto separado com
simultaneamente, significa que o quebra-gelos parou suas máquinas e está
impossibilitado de avançar, a menos que dê atrás com o navio. O comandante
do navio escoltado deverá, então, agir com a máxima urgência e
imediatamente inverter a máquina para toda força atrás, mantendo o leme a
meio até que tenha cessado todo o seguimento. Os comandantes devem ficar
de sobreaviso, porque devido às condições de gelo ou outras situações de
emergência, o quebra-gelos pode parar ou então manobrar pela proa do
navio escoltado sem esses sinais de aviso. Os comandantes devem estar
sempre preparados para tomar pronta ação a fim de evitar abalroamento.
PARTE 2
468
Q CÓDIGOS E CHAVES
NR S DD HH
N -concentração do gelo
R -resistência do gelo impedindo o avanço do navio
S -condições de gelo à ré do navio
DD -calado em pés da proa do navio
HH - potência do navio
469
Código para "DD"- calado do navio à proa:
-O código é de fácil leitura, isto é, um calado de 8 pés é cifrado como 08, de 12 pés como 12.
470
ANEXO E
QUESTÕES DE PROVAS
E ATIVIDADES CURRICULAR
471
Este anexo destina-se a apresentar questões objeti vas e di scursivas
utilizada s pelo autor nos últimos anos em processos seletivo s de
praticantes, de oficiais de náutica, exames de capitão amador e de provas
curriculares de curso s formais de atu ali zação de co m andantes e de curso s
de form açã o de oficiais de náutica, entre outros.
(F o nte: In te rn et )
472
Leia com atenção .. .
473
3) Em relação às cartas sinóticas de pressão ao nível do mar, da METÁREA
V, analise as afirmativas abaixo, identifique quais são verdadeiras e
assinale a opção correta :
I) Ventos com direções do setor norte indicam que nessa área não
houve passagem de eixo do cavado e do sistema frontal
associado.
11) Ondas e ventos na direção da plataforma continental e região
costeira indicam aproximação de cavado.
111) A posição do eixo do cavado não pode ser identificada pela
direção das vagas.
IV) Uma significativa ronda de setor dos ventos pode ser uma
relevante observação para indicar a passagem de frente fria.
V) Ventos de NW são observados na aproximação de frente fria.
474
as afirmativas, a seguir, considerando a partes I, 11 e 111 de um
Meteoromarinha do oceano Atlântico Sul.
a) I, 111 e IV.
b) IV e V.
c) I, 11 e V.
d) 11, 111 e IV.
e) 11, IV e V.
475
meteorológico, canal infravermelho (IR). Examine se estão corretas, as
afirmativas, a seguir, resultando da interpretação de uma imagem IR,
do oceano Atlântico Sul.
a) I, 11 e IV.
b) 11, 111 e IV.
c) 11,111 e V.
d) I, IV e V.
e) III,IVeV.
1- Frente Fria
2- Cavado
3- Ventos frios
4- Frente quente
5- Ventos quentes
476
( ventos de NE
( ) linha e triângulos azuis
( ) ventos de SW
( ) faixa larga de nuvens
( ) linha e semicírculos vermelhos
( ) ventos no sentido horário
( ) ventos de NW
( ) nuvens de coloração muito branca
a) I e V são verdadeiras.
b) 11, IV e V são verdadeiras.
c) I, 111 e IV são verdadeiras.
d) 111 e V são verdadeiras .
e) 11 e 111 são verdadeiras .
477
V) Na ocorrência de marulhos bem desenvolvidos, observa-se
ventos com força Beaufort acima de 7.
478
ANEXO F
CONCEITOS DE FÍSICA
C cai / ° C cal
C= - = =- -
m g g.°C
Sendo a capacidade térmica
c %t
C = - = -- = --
Q
m m m.ót
Q =m.c.t:. t
fórmula fundamental da calorimetria
479
Q PRESSÃO ATMOSFÉRICA
Q ENERGIA
Forças Dissipativas
A energia não pode ser criada ou destruída, mas pode apenas se r convertida de
uma forma para outra .
Q CALOR
480
PROPAGAÇÃO DO CALOR
Q ONDAS
Q LUZ
Q TERMODINÂMICA
Transformação adiabática
481
4- Transformação lsobárica a pressão do gás permanece constante.
5 - Transformação Isotérmica a temperatura absoluta do gás fica constante
6- Energia Interna é a soma das energias de agitação de todas as moléculas do
gás perfeito.
7 - A energia interna de uma dada massa de um gás perfeito depende somente
da temperatura absoluta do gás.
(Fonte: internet)
482
ANEXO G
483
Toward to .. ...... ... .. ..... Em direção a/aproado
Veer .... .. ............. ... .. .. . Virar, rondar
Backing .. ... .... .... ... ... ... Vento rondando no sentido anti-horário
Veering ...... ....... ..... .... Vento rondando no sentido horário
Shifting .... ..... .... ..... .... Movendo-se
Coming gale .............. . Ventania próxima (que está por vir)
Path .. .... .. .. ..... .. .... ...... Trajetória de um ciclone
Track .. ... .. .. ....... .... ..... Trajetória de um ciclone
Vertex ou cod .... .. ... .. Vertex da trajetória de um ciclone quando
ocorre acentuada mudança de direção da
trajetória
Downwind .. .. .. .. .. ... .... A jusante/arriba
Upwind .............. ........ A montante/orsa
Upward.. ... .... .. .. .. ...... Ascendente
Downward ....... .... ...... Descendente (Subsidência)
~ VENTOS REGIONAIS
484
Q ESTADO DO TEMPO ATMOSFÉRICO
Q COBERTURA DO CÉU
Q VISIBILIDADE
485
Moderate ..... ... .. .. ........... . Moderada
Very bad ...... ... ..... .... ..... ... Muito má
Very good ..... ..... ..... .. .. .... . Muito boa
Visibility .. .... ... ... ... ..... .... ... Visibilidade
Q CONFIGURAÇÕES SINÓTICAS
486
Trough ... ....... .. .. .......... .... Cavado
Warm air. .. .. ....... ... .. .... .. .. Ar quente
Warm front ...... .. .... ..... .... Frente quente
Warning...... ................. ... Aviso
Wide departure. .. ...... ..... Grande extensão
Q ESTADO DO MAR
o Calm-glassy ............ Espelhado ........ .. .. ... O metros
1 Calm-rippled .... .. .... Tranqu ilo ........... ..... o 0,1 m
2 Smooth-wavelets .. . hão ..... .............. ...... 0,1 0,5 m
3 Slight ...... ..... ...... ... .. Pequenas vagas .... .. 0,5 1,25 m
4 Moderate .... ........... Vagas ...................... 1,25 2,5 m
5 Rough ....... ...... ...... .. Grandes vagas .... .... 2,5 4,0 m
6 Very rough .... .......... Vagalhões ............... 4,0 6,0 m
7 High ..... ...... ..... ........ Grandes vagalhões 6,0 9,0 m
8 Very high .. ...... .... .... Revolto .. ........ ........ . 9,0 14,0 m
9 Phenomenal. .... ..... . Tempestuoso ...... .... o ver 14,0 m
Q ONDAS
Q PERÍODO
Tarde ........ ... .... ... . (Afternoon) .. .. ........ 12 às 18
Noite .................. .. (Evening) .. ...... .. .. .... 18 às 24
Madrugada ...... .. .. (Nigth) .... ........ ........ 00 às 06
Manhã ......... ...... .. (Morning) ............... 06 às 12
Todo período .... .. (Ali period)
487
.::;> POLUIÇÃO
Afore Anteriormente
Aloft No alto, em cima
Anvil Bigorna (forma do topo de nuvem Cb)
Approach Aproximação
Arrival Chegada
Blocking Bloqueio
Breakdowns Avarias de um sistema
Breezes Brisas
Broad Amplo
Celerity Rapidez
Climate Clima
Cloud Burgts Tromba d'água
Cloud Nuvem
Clue Indício
Core Centro
Dash-Dotted Traço-ponto
Deepen Intensificar-se, aprofundar-se
Departure Partida
Depicted Registrada
Dewpoint Ponto de orvalho
Display Exibir
Ditto Idem
Doldrums Zona de calmaria equatorial
Downstream A jusante, corrente abaixo
Downwelling Submergência (contrário de ressurgência)
Drift Tendência
Drop Gota
Drought Seco
Dry air Ar seco
Enclose Incluir em
Encourages Incrementar
Encroach Passar os limites de
488
Enhance Intensificar
Ensuing Posterior
Eye of the storm Olho ou centro da tormenta
Far Em grande parte/longe/afastado
Farther Distante
Feeble Fraco
Feed Suprir
Feedback Realimentar, regeneração
Forego Preceder
Foreshadowing Previsão
Forward Anterior, dianteira
Freak Anormal
Freeboard Borda livre
Fringe Orla
Gage (Gauge) Padrão de medida, bitola, medidor (manômetro)
Gaging Aferição, calibração
Gale warning Aviso de vento muito forte
Gauging Medida
Hatched Tracejada
Humidity Umidade
Iceberg Montanha de gelo flutuante
lso Prefixo grego, significando igual
lsobar lsóbara
lsotherm lsoterma
Last Durar
Lifting Levantamento
Like Semelhante
Likehood Probabilidade
Likely Provável
Lonkage Correlação
Low Depressão, Baixa Pressão
Octas Oitavos
Overtake Alcançar
Passage Rotas
Point Quarta (11,25 graus)
Predictor Previsor
Prevail Predominar
Prior Anteriormente
Prospects Perspectivas
Rainfall Precipitação de chuva
Re ar Retaguarda
Recede Retroceder
Recurrence Repetição
Rely Basear
489
Remarks Observação
Row Linha, fileira
Scanty Escasso
Scattered Esparso, disperso
Sea levei Nível do mar
Shaded Sombreado
Shift Mudar
Skew Inclinação
Slamming Caturra da proa
Slant Inclinar-se
Smooth Suavizar
Soud Nuvens fragmentadas, tocadas pelo vento forte
Span Extensão
Spread Espalhar, abrir
Steadiness Permanência
Steer Guiar, dirigir
Stippling Desenho a pontos
Strenght Intensificar, fortalecer
Susta in Sustentar
Sweeping Vasto
Tool Instrumento
Trai I Vestígio
Trend Tendência
Underlying Subjacente, que está embaixo
Underway Ao longo da derrota
Unlike Diferente
Upon Contra, sobre
Upstream A montante, contra a corrente
Upwelling Ressurgência
Vicinity Vizinhança
Warming Aquecimento
Wedge Cunha
Wrong Erro
490
comprimento e de larguras distintas, que procedem
da congelação d' água do mar ou da soldadura de
Pack Ice a terra firme . Quando afloram mais de 2
metros se classificam como Ice Shelf.
491
Pancake Gelo marinho tipo "ice cake" de forma quase circular
de diâmetro menor que 3 metros e espessura menor
que 10 centímetros.
492