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https://www.mar.mil.br/dhn/bhm/publicacao/catalogo/htm/sumario.htm
O p ro ble m a g e ra l d a n a v e g a ç ã o
O PROBLEMA GERAL
1 DA NAVEGAÇÃO
• E fet u a r u m est u do pr évio, det a lh a do, da der r ot a qu e se deseja segu ir , u t iliza n do,
pr in cipa lm en t e, a s CARTAS NÁUTICAS da á r ea em qu e se va i t r a n sit a r e a s P UBLICAÇÕE S
DE AUXÍLIO À NAVE GAÇÃO (Rot eir os, List a de F a r óis, List a de Au xílios-Rá dio, Tá bu a s da s
M a r é s , C a r t a s -P ilot o, C a r t a s d e C or r e n t e s d e M a r é s , e t c.). E s t a fa s e d e n om in a -s e
P LAN EJ AMEN TO D A D ERROTA; e
• No m a r , du r a n t e a EXECU ÇÃO D A D ERROTA, det er m in a r a P OSIÇÃO DO NAVIO
sem pr e qu e n ecessá r io, ou pr ojet á -la n o fu t u r o im edia t o, em pr ega n do t écn ica s da Na vega çã o
E st im a da , a fim de se a ssegu r a r qu e o n a vio est á , de fa t o, per cor r en do a der r ot a pla n eja da ,
com a velocida de de a va n ço pr evist a e livr e de qu a isqu er per igos à n a vega çã o.
Um su m á r io da s a t ivida des a ser em desen volvida s n a n a vega çã o é a pr esen t a da n a
F igu r a 1.1.
F ig u ra 1-1
a = 6.378.388,00 m et r os
b = 6.356.911,52 m et r os
ACH ATAME NTO:
E XCE NTRIDADE :
Os pa r â m et r os de ou t r os elipsóides de r efer ên cia podem ser en con t r a dos n o Apên dice C
(Volu m e II).
A difer en ça dest e E LIP SÓIDE pa r a u m a SUP E RF ÍCIE E SF É RICA é, por ém , m u it o
pequ en a e, a ssim , a E SF E RA é a dot a da com o SUP E RF ÍCIE TE ÓRICA DA TE RRA n os cá lcu los
da n a vega çã o a st r on ôm ica e em m u it os ou t r os t r a ba lh os a st r on ôm icos.
F i g u ra 1.9 – P ri n c i p a i s li n h a s , p la n o s e p o n t o s d o g lo b o t e rre s t re : s i s t e m a d e
c o o rd e n a d a s g e o g rá fic a s
NA ESPERA TERRESTRE
NA CARTA DE MERCATOR
– LOXODROMIA OU LINH A DE RUMO: é a lin h a qu e in t er cept a os vá r ios m er idia n os
segu n do u m â n gu lo con st a n t e (F igu r a 1.11).
E m bor a a m en or d is t â n cia en t r e d ois p on t os n a s u p er fície d a Ter r a s eja u m a
ORTODROMIA, ist o é, o a r co do cír cu lo m á xim o qu e pa sse pelos dois pon t os, em n a vega çã o é
qu a se sem pr e m a is con ven ien t e n a vega r por u m a LOXODROMIA, ist o é, por u m a LINH A DE
RUMO, in dica da pela Agu lh a , n a qu a l a dir eçã o da pr oa do n a vio cor t e t odos os m er idia n os
sob u m m esm o â n gu lo.
F ig u ra 1.11 – Lin h a d e ru m o o u lo x o d ro m ia
NA ESFERA TERRESTRE
NA CARTA DE MERCATOR
F ig u ra 1.12 – D ire ç õ e s
D I R E Ç ÃO : é , n a s u p e r fície d a
Terra, a linha que liga dois pontos. A Figura
1.12 a pr esen t a a s dir eções CARDE AIS,
I N T E R C AR D E AI S ou L AT E R AI S e
COLATE RAIS, com u m en t e r efer ida s em
n a vega çã o (toda s a s direções mostra da s sã o
DIRE ÇÕE S VE RDADE IRAS, ist o é, t êm
como referên cia o NORTE VERDADE IRO).
CARDE AIS N, S, E e W
LATE RAIS NE , SE , NW e SW
COLATE RAIS NNE , E NE , E SSE , SSE ,
NNW, WNW, WSW e SSW
F ig u ra 1.13 - Ru m o
R U MOS : u m n a vio (ou em ba r ca çã o) go-
ver n a segu in do u m RUMO, qu e pode ser
defin ido com o o â n gu lo h or izon t a l en t r e
u m a dir eçã o de r efer ên cia e a dir eçã o pa r a
a qu a l a pon t a a pr oa do n a vio ou , o qu e é
o m esm o, o â n gu lo h or izon t a l en t r e u m a
dir eçã o de r efer ên cia e a pr oa do n a vio.
Os r u m os sã o m edidos de 000º a 360º, n o
sen t ido do m ovim en t o dos pon t eir os de u m
r elógio, a pa r t ir da DIRE ÇÃO DE RE F E -
RÊ NCIA (F igu r a 1.13).
As t r ês DIRE ÇÕE S DE RE F E RÊ N-
CIA m a is u t iliza da s em n a vega çã o sã o:
NORTE VERDADEIRO(ou GEOGRÁFICO)
NORTE MAGNÉ TICO
NORTE DA AGULH A
As a br evia t u r a s u t iliza da s sã o:
RUMO VE RDADE IRO: R ou R v
RUMO MAGNÉ TICO: R m g
RUMO DA AGULH A: R a g
RUMOS PRÁTICOS: Rp
A pr ecisã o a dot a da é de 0,5º; u m RUMO deve ser sem pr e escr it o com t r ês a lga r ism os
em su a pa r t e in t eir a . E xem plos: 045º; 072º; 180º; 347.5º; 233.5º.
MARCAÇÃO: é o â n gu lo h or izon t a l en t r e a lin h a qu e u n e o n a vio a u m ou t r o objet o e u m a
det er m in a da DIRE ÇÃO DE RE F E RÊ NCIA, m edido a pa r t ir da DIRE ÇÃO DE RE F E RÊ NCIA.
E st a DIRE ÇÃO DE RE F E RÊ NCIA pode ser :
NORTE VE RDADE IRO (ou GE OGRÁF ICO)
NORTE MAGNÉ TICO
NORTE DA AGULH A
P ROA DO NAVIO
Con for m e a DIRE ÇÃO DE RE F E RÊ NCIA, a m a r ca çã o ser á den om in a da :
F ig u ra 1.16 – Ma rc a ç ã o v e rd a d e ira
MAGNÉ TICO.
MARCAÇÃO D A AGU LHA (M a g ): â n gu lo h or izon t a l en t r e o NORTE DA AGULH A e a lin h a
qu e u n e o n a vio a o objet o m a r ca do, m edido de 000º a 360º, n o sen t ido h or á r io, a pa r t ir do
NORTE DA AGULH A.
Qu a n do a DIRE ÇÃO DE RE F E RÊ NCIA é a P ROA DO NAVIO, a m a r ca çã o pode ser
den om in a da de MARCAÇÃO RE LATIVA ou MARCAÇÃO P OLAR.
F ig u ra 1.17 –
MARCAÇÃO RELATIVA (M r ): é o â n gu lo
h or izon t a l en t r e a P ROA e a lin h a qu e u n e
o n a vio a o objet o m a r ca do, m edido de 000º
a 360º, no sentido horário, a partir da PROA
(F igu r a 1.17). E n t ã o, t er em os Mv = Mr + R
(F igu r a 1.18).
y
= Mr + R
F ig u ra 1.18 – M v = M r + R
F ig u ra 1.19 – Ma rc a ç ã o p o la r
MAR CAÇÃO P OLAR (M p ): é m edida a
pa r t ir da pr oa pa r a BORE STE (BE ) ou pa r a
BOMBORDO (BB), de 000º a 180º. Recebe
sem pr e u m a design a çã o (BE ou BB), t a l
com o m ost r a do n a F igu r a 1.19.
F ig u ra 1.20 –
Um navio no Rv = 045º, marca um Na figu r a 1.20, u m n a vio, n o RUMO
farol exatamente pelo # de BB VE RDADE IRO R v = 045º, m a r ca u m fa r ol
a) Qual a Mp ? exa t a m en t e n o t r a vés de BB, ist o é, n a
MARCAÇÃO P OLAR, M p = 090º BB. É
b) Qual a Mr ?
p os s ív e l, e n t ã o, ob t e r a M AR C AÇ ÃO
c) Qual a Mv ? R E L AT I VA (M r ) e a M AR C AÇ ÃO
VE RDADE IRA (M v) do fa r ol:
M r = 270º
M v = M r + R = 147º
Tal como os RUMOS, as MARCAÇÕES
também devem ser sempre escritas com três
algarismos em sua parte inteira. A aproximação:
A ser usada é de 0.5º. Exemplos: M = 082º; M =
033.5º; M = 147º.
1 pé = 12 polegadas = 0,3048 m
P ROJ EÇÕES
2 CARTOGRÁF ICAS ; A
CARTA N ÁU TICA
CARTA: é, t a m bém , u m a r epr esen t a çã o da su per fície t er r est r e sobr e u m pla n o, m a s foi
especia lm en t e t r a ça da pa r a ser u sa da em n a vega çã o ou ou t r a a t ivida de t écn ica ou cien t ífica ,
ser vin do n ã o só pa r a ser exa m in a da , m a s, pr in cipa lm en t e, pa r a qu e se t r a ba lh e sobr e ela
n a r esolu çã o de pr oblem a s gr á ficos, on de os pr in cipa is elem en t os ser ã o â n gu los e dist â n cia s,
ou n a det er m in a çã o da posiçã o a t r a vés da s coor den a da s geogr á fica s (la t it u de e lon git u de).
As CARTAS per m it em m edições pr ecisa s de dist â n cia s e dir eções (a zim u t es).
Dest a for m a , os docu m en t os ca r t ogr á ficos u t iliza dos em n a vega çã o sã o sem pr e ch a -
m a dos de Ca r t a s, ou , m a is pr ecisa m en t e, Ca r t a s Ná u t ica s.
P or isso, in t er essa r epr esen t a r sobr e u m a folh a de pa pel (ist o é, n o pla n o) a t ot a lida de ou
u m a pa rte da superfície terrestre, a proxima da mente esférica . É impossível fa zer isto sem
deformações ou distorções, pois a superfície de uma esfera (ou de um elipsóide) não é desen-
volvível no plano.
S IS TE MAS D E P R OJ E ÇÕE S CAR TOGR ÁF ICAS são métodos utilizados para repre-
sen t a r a su per fície de u m a esfer a (ou de u m elipsóide), n o t odo ou em pa r t e, sobr e u m a
su per fície plana. O processo consiste em transferir pontos da superfície da esfera (ou elip-
sóide) pa r a u m pla n o, ou pa r a u m a su per fície desen volvível em u m pla n o, t a l com o u m
cilin dr o ou u m con e.
As pr opr ieda des a cim a r ela cion a da s ser ia m fa cilm en t e con segu ida s se a su per fície
da Ter r a fosse pla n a ou u m a su per fície desen volvível. Com o t a l n ã o ocor r e, t or n a -se im pos-
sível a con st r u çã o da ca r t a -idea l, ist o é, da ca r t a qu e r eú n a t oda s a s con dições desejá veis.
A solu çã o ser á , por t a n t o, con st r u ir u m a ca r t a qu e, sem possu ir t oda s a s con dições
idea is, possu a a qu ela s qu e sa t isfa ça m det er m in a do objet ivo. É , pois, n ecessá r io, a o se fixa r
o sist em a de pr ojeçã o escolh ido pa r a r epr esen t a r det er m in a da r egiã o, con sider a r o fim a
qu e se dest in a a ca r t a em pr ojet o, pa r a , en t ã o, est a belecer qu a is a s defor m a ções qu e poder ã o
s er a d m it id a s , qu a is a s qu e t er ã o d e s er a n u la d a s e qu e p r op r ied a d es d ever ã o s er
pr eser va da s.
A Ca r t ogr a fia N á u t ica n ecessit a r epr esen t a r a lin h a de r u m o (loxodr om ia ) com o
u m a lin h a r et a e de m odo qu e essa r et a for m e com a s t r a n sfor m a da s dos m er idia n os u m
â n gu lo con st a n t e e igu a l a o seu a zim u t e. Dest a for m a , o t ipo de pr ojeçã o escolh ido dever á
sa t isfa zer essa exigên cia .
F ig u ra 2.1 - P ro je ç õ e s p e rs p e c tiv a s
a ) g n o m ô n ic a – pon t o de vist a n o
cen t r o da Ter r a ;
b) e s te re o g rá fic a – pon t o de vist a
n a su per fície da Ter r a ;
P ro je ç õ e s a n a lític a s sã o a qu ela s qu e per der a m o sen t ido geom ét r ico pr opr ia m en t e dit o,
em con seqü ên cia da in t r odu çã o de leis m a t em á t ica s, visa n do-se con segu ir det er m in a da s
pr opr ieda des.
E m vir t u de da s diver sa s a da pt a ções qu e a s pr ojeções dest e gr u po podem sofr er
qu a n do se deseja obt er essa ou a qu ela pr opr ieda de, t a l gr u po a ssu m e gr a n de im por t â n cia .
F ig u ra 2.2 -
A p r oje çã o é e n t ã o d it a p la n a ,
qu a n d o a s u p er fície d e p r ojeçã o é u m
pla n o. E sse pla n o poder á ser t a n gen t e ou
seca n t e à su per fície da Ter r a .
A p r oje çã o p la n a é ge r a lm e n t e
ch a m a d a a zim u t a l, e m vir t u d e d e os
a zim u t es em t or n o do pon t o de t a n gên cia
ser em r epr esen t a dos sem defor m a ções. As pr ojeções a zim u t a is sã o t a m bém ch a m a da s
zen it a is.
A pr ojeçã o é por desen volvim en t o, qu a n do a su per fície de pr ojeçã o é u m a su per fície
desen volvível.
De a cor do com a n a t u r eza dessa su per fície desen volvível, a s pr ojeções desse t ipo se
cla ssifica m em côn ica s, cilín dr ica s e poliédr ica s.
In clu ída s n o gr u po da s pr ojeções côn ica s est ã o a s pr ojeções policôn ica s. Nest a s, em
vez de a pen a s u m con e, a su per fície de pr ojeçã o a dot a da com põe-se de diver sos con es
t a n gen t es à su per fície da Ter r a .
Os sist em a s de pr ojeções sã o t a m bém cla ssifica dos de a cor do com a sit u a çã o da
su per fície de pr ojeçã o.
E ssa cla ssifica çã o é feit a , n o ca so da s pr ojeções pla n a s ou a zim u t a is, de a cor do com
a posiçã o do pla n o de pr ojeçã o e do pon t o de t a n gên cia ou pólo da pr ojeçã o; e, n o ca so da s
pr ojeções por desen volvim en t o, segu n do a posiçã o do eixo da su per fície côn ica ou cilín dr ica .
As pr ojeções pla n a s ou a zim u t a is sã o, en t ã o, cla ssifica da s em (F igu r a 2.3):
a. p o la re s – pon t o de t a n gên cia n o pólo; eixo da Ter r a per pen dicu la r a o pla n o de pr ojeçã o;
b. e qu a to ria is ou m e rid ia n a s – pon t o de t a n gên cia n o equ a dor ; eixo da Ter r a pa r a lelo
a o pla n o de pr ojeçã o; pla n o de pr ojeçã o pa r a lelo a o pla n o de u m m er idia n o;
c. h o rizo n ta is ou o blíqu a s – pon t o de t a n gên cia em u m pon t o qu a lqu er da su per fície da
Ter r a ; eixo da Ter r a in clin a do em r ela çã o a o pla n o de pr ojeçã o.
As p ro je ç õ e s p o r d e s e n v o lv im e n to sã o cla ssifica da s em (F igu r a 2.3):
a. As p ro je ç õ e s e q ü i d i s t a n t e s sã o a s
q u e n ã o a p r e s e n t a m d e for m a çõe s
lin ea r es, ist o é, os com pr im en t os sã o
r epr esen t a dos em esca la u n ifor m e.
A con diçã o de eqü idist â n cia só é obt ida
em det er m in a da dir eçã o e, de a cor do
F ig u ra 2.5 - Lo x o d ro m ia
CILÍN D RICA: pois a S U P ERF ÍCIE D E P ROJ EÇÃO é u m cilin dr o, ist o é, a S U P ERF Í-
CIE D A TERRA (ou pa r t e dela ) é pr ojet a da em u m cilin dr o.
MERC
CILÍNDRICA GNOMÔNICA
A F igu r a 2.8 ilu st r a o desen volvim en t o da P r ojeçã o de Mer ca t or , cu ja s ca r a ct er íst ica s
sã o a pr esen t a da s n a F igu r a 2.9.
F ig u ra 2.9 - Ca ra c te rís tic a s d a p ro je ç ã o d e
F ig u ra 2.8 - P ro je ç ã o d e Me rc a to r Me rc a to r
F ig u ra 2.10 - Ma p a Mu n d i n a p ro je ç ã o d e Me rc a to r
Ver ifica -se a í qu e, em con seqü ên cia , os cír cu los t r a n sfor m a r a m -se em elipses, fica n do
o do Nor t e m a is dist or cido qu e o do Su l.
Um a vez qu e a pr ojeçã o é c o n fo rm e , ela deve con ser va r a s for m a s em á r ea s pequ en a s.
Assim , t em -se qu e est ica r a gor a v e rtic a lm e n te o set or a t é qu e a s elipses r et or n em n ova -
m en t e à for m a cir cu la r , o qu e se a pr esen t a em C.
F ig u ra 2.11 - A p ro je ç ã o d e Me rc a to r e a s la titu d e s c re s c id a s
Toda via , qu a n do os dois pon t os est ã o m u it o a fa st a dos, a difer en ça pode ser da or dem
de cen t en a s de m ilh a s: a difer en ça en t r e a s dist â n cia s loxodr ôm ica e or t odr ôm ica de Sidn ey,
n a Au st r á lia , a Va lpa r a íso, n o Ch ile, é de 748 m ilh a s.
Assim , pa r a sin gr a du r a s m u it o ext en sa s t or n a -se im per a t iva a a doçã o do ca m in h o
m a is cu r t o, ist o é, da d e rro ta o rto d rô m ic a , sen do n ecessá r io, pa r a o seu pla n eja m en t o,
dispor de ca r t a s con st r u ída s em u m sist em a de pr ojeçã o qu e r epr esen t e os c írc u lo s m á x i-
m o s com o lin h a s re ta s . E st e sist em a é a p ro je ç ã o p la n a g n o m ô n ic a ou , com o é n or m a l-
m en t e den om in a da , p ro je ç ã o g n o m ô n ic a .
F ig u ra 2.12 - P ro je ç ã o Gn o m ô n ic a
A p ro je ç ã o g n o m ô n ic a u t iliza co-
m o s u p e rfí c i e d e p ro je ç ã o u m p la n o
t a n g e n t e à s u p e r fí c i e d a Te r r a , n o
q u a l os p on t os s ã o p r oje t a d os
geom et r ica m en t e, a pa r t ir do cen t r o da
Ter r a (F i g u r a 2 . 1 2 ). Esta é,
pr ova velm en t e, a m a is a n t iga da s pr o-
jeções, a cr edit a n do-se qu e foi desen volvi-
da por Th a les de Milet o, cer ca de 600 a .C.
A p ro je ç ã o g n o m ô n ic a a pr esen t a
t odos os t ipos de defor m a ções. A pr ojeçã o
n ã o é eqü idist a n t e; a esca la só se m a n t ém
exa t a n o pon t o de t a n gên cia , va r ia n do r a -
pida m en t e à m edida qu e se a fa st a desse
pon t o. Adem a is, a pr ojeçã o n ã o é con for m e, n em equ iva len t e. As dist or ções sã o t ã o gr a n des
qu e a s for m a s, a s dist â n cia s e a s á r ea s sã o m u it o m a l r epr esen t a da s, excet o n a s pr oxim ida des
do pon t o de t a n gên cia .
F ig u ra 2.13 (a ) - Ca rta Gn o m ô n ic a
F ig u ra 2.20 - P ro je ç ã o Cô n ic a S im p le s
Os ou t r os pa r a lelos a pa r ecem com o cír cu los con cên t r icos, com a dist â n cia a o lon go
de ca da m er idia n o en t r e pa r a lelos con secu t ivos r epr esen t a da em r ela çã o cor r et a com a
dist â n cia n a Ter r a , sen do, a ssim , der iva da m a t em a t ica m en t e. P or isso, a p ro je ç ã o c ô n ic a
s im p le s n ã o é p e rs p e c tiv a (a pen a s os m er idia n os sã o pr ojet a dos geom et r ica m en t e). O
p ó lo é r epr esen t a do por u m cír cu lo (F igu r a 2.21).
A e s c a la é cor r et a a o lon go do p a ra le lo p a d rã o e de qu a lqu er m e rid ia n o . Todos
os ou t r os pa r a lelos sã o r epr esen t a dos com defor m a ções (com pr im en t os m a ior es qu e o
cor r et o), sen do qu e os er r os a u m en t a m à m edida qu e a u m en t a a dist â n cia do pa r a lelo
pa dr ã o. Com o a esca la n ã o é a m esm a em t oda s a s dir eções em t or n o de ca da pon t o, a
pr ojeçã o n ã o é con for m e, su a pr in cipa l desva n t a gem pa r a n a vega çã o. Além disso, t a m bém
n ã o é equ iva len t e.
F ig u ra 2.22 (a ) - Co n e s e c a n te c o m d o is p a ra le lo s p a d rõ e s
F ig u ra 2.23 - Ca rta n a P ro je ç ã o d e La m be rt
Meridianos Linhas retas verti- Linhas retas, raio dos Linhas retas
cais, perpendicula- paralelos convergindo
res ao Equador para o Pólo
F ig u ra 2.25 - P ro je ç ã o P o lic ô n ic a
As lim it a ções em La t it u de da s ou -
t r a s pr ojeções côn ica s podem ser essen -
cia lm en t e elim in a da s pelo u so de u m a sé-
r ie d e con es t a n gen t es , r es u lt a n d o em
u m a p ro je ç ã o p o lic ô n ic a (F igu r a 2.25).
Nest a pr ojeçã o, qu e n ã o é per spect iva , ca -
da pa r a lelo é a ba se de u m con e t a n gen t e.
Na s bor da s da ca r t a , a á r ea en t r e pa r a le-
los é expa n dida , pa r a elim in a r a s pa r t es
qu e fica r ia m sem r ecobr im en t o. A esca la
é cor r et a a o lon go de qu a lqu er pa r a lelo e
a o lon go do m er idia n o cen t r a l da pr ojeçã o.
Ao lon go dos ou t r os m er idia n os, a esca la
a u m en t a com o a u m en t o da difer en ça de
lon git u de pa r a o m er idia n o cen t r a l. Os pa -
r a lelos a pa r ecem com o cír cu los n ã o con -
cên t r icos e os m er idia n os com o lin h a s cu r -
va s con ver gin do pa r a o pólo, com a con ca -
vida de volt a da pa r a o m er idia n o cen t r a l.
F ig u ra 2.26 - Ma p a n a P ro je ç ã o P o lic ô n ic a
A p ro je ç ã o p o li c ô n i c a é m u it o
u sa da em At la s (F igu r a 2.26). E n t r et a n t o,
com o n ã o é con for m e, n ã o é cost u m eir a -
m en t e u t iliza da em n a vega çã o.
U m ca so especia l da P r ojeçã o de
Mer ca t or é a P r ojeçã o Tr a n sver sa de Mer -
ca t or ou p r o je ç ã o cilín drica
tra n s v e rs a o rto m o rfa (c o n fo rm e ), n a
qu a l o cilin dr o é t a n gen t e à su per fície da
Ter r a a o lon go de u m m e rid ia n o . Com o
a á r e a d e d e for m a çã o m ín im a n e s t a
pr ojeçã o fica r á pr óxim a a o m e rid ia n o d e
t a n g ê n c i a , a P r oje çã o t r a n s ve r s a d e
M e r ca t or t or n a -s e ú t i l p a r a ca r t a s
cobr in do u m a gr a n de fa ixa de La t it u des
e u m a fa ixa est r eit a de Lon git u des de
ca da la do do m e rid ia n o d e ta n g ê n c ia
(F igu r a 2.27) ou pa r a ca r t a s de r egiões
p ola r e s (F igu r a 2 .2 8 ). Alé m d is s o, é
a lgu m a s vezes u sa da em c a rta s c e le s te s
qu e a pr esen t a m a con figu r a çã o do céu n a s
vá r ia s est a ções do a n o.
E m u m a ca r t a n a P r ojeçã o Tr a n s-
v e r s a d e M e r ca t or , p r óx i m o a o
m e rid ia n o d e ta n g ê n c ia u m a lin h a
re ta a pr oxim a -se m u it o de u m c írc u lo
m á x im o n a esfer a t er r est r e. É n est a á r ea
qu e a ca r t a é m a is ú t il.
O sist em a UTM (Un iver sa l Tr a n s-
F ig u ra 2.28 - P ro je ç ã o Tra n s v e rs a d e Me rc a to r ver sa de Mer ca t or ) é u m a gr a de qu ilo-
(m e rid ia n o d e ta n g ê n c ia 090°E - 090°W) m ét r ica su per post a a u m r et icu la do da
P r ojeçã o Tr a n sver sa de Mer ca t or , pa r a
fin s t écn ico-cien t íficos ou m ilit a r es . O
sist em a U TM é m u it a s vezes u t iliza do
p a r a con s t r u çã o d e F olh a s d e Bor d o e
F olh a s d e S on d a ge n s p r od u zid a s e m
L e va n t a m e n t os H id r ogr á ficos e p a r a
ca r t a s m i l i t a r e s (e x e m p l o: C a r t a d e
Bom ba r deio).
a. CON F ORMID AD E – é desejá vel qu e os â n gu los (dir eções) seja m cor r et a m en t e r epr e-
sen t a dos, de m odo qu e a plot a gem possa ser feit a dir et a m en t e sobr e a ca r t a , sem
cor r eções com plica da s;
b. REP RES EN TAÇÃO D OS CÍRCU LOS MÁXIMOS – com o os cír cu los m á xim os (or t o-
dr om ia s) sã o m a is ú t eis em a lt a s La t it u des qu e a s lin h a s de r u m o (loxodr om ia s), é dese-
já vel qu e os cír cu los m á xim os seja m r epr esen t a dos por lin h a s r et a s;
c. E SCALA CONSTANTE – é desejá vel qu e se t en h a u m a esca la con st a n t e em t oda a ca r t a ;
d. LIMITES D E U S O – lim it es a m plos de u t iliza çã o sã o desejá veis, pa r a r edu zir a o m ín im o
o n ú m er o de pr ojeções n ecessá r ia s.
As 3 pr ojeções com u m en t e selecion a da s pa r a c a rta s p o la re s sã o a Tr a n sver sa de
Mer ca t or , a Con for m e de La m ber t m odifica da e a pr ojeçã o pola r est er eogr á fica . Sã o, a in da ,
u t iliza da s a pr ojeçã o gn om ôn ica e a a zim u t a l eqü idist a n t e. P r óxim o a o pólo h á pou co o qu e
se escolh er en t r e ela s, pois a í t oda s sã o essen cia lm en t e con for m es e em t oda s os cír cu los
m á xim os sã o pr a t ica m en t e r epr esen t a dos por lin h a s r et a s. E n t r et a n t o, con for m e a dist â n cia
a o pólo a u m en t a , devem ser con sider a da s a s ca r a ct er íst ica s dist in t a s de ca da pr ojeçã o.
A P r ojeçã o Tr a n sver sa de Mer ca t or é con for m e e o t ipo de dist or çã o qu e a pr esen t a
é fa m ilia r a qu em est á a cost u m a do a u sa r u m a Ca r t a de Mer ca t or . As dist â n cia s podem ser
m edida s da m esm a m a n eir a qu e em u m a Ca r t a de Mer ca t or . Assim , n a ca r t ogr a fia da s
r egiões pola r es a s va n t a gen s da P r ojeçã o de Mer ca t or , t a is com o fa cilida de de con st r u çã o
e plot a gem r á pida dos pon t os, podem a in da ser a pr oveit a da s pela r ot a çã o do cilin dr o de
90º em a zim u t e, fica n do a gor a t a n gen t e em u m m er idia n o, o qu a l pa ssa a ser o equ a dor
fict ício. N es t a p r ojeçã o, d en t r o d a s r egiões p ola r es , os p a r a lelos s ã o p r a t ica m en t e
cir cu n fer ên cia s con cên t r ica s e os m er idia n os diver gem ligeir a m en t e de lin h a s r et a s; os
a r cos de cír cu los m á xim os t a m bém podem ser con sider a dos lin h a s r et a s, despr eza n do-se
o pequ en o er r o com et ido. Um pequ en o in con ven ien t e n a m edida de â n gu los pode r esu lt a r
da cu r va t u r a dos m er idia n os (F igu r a 2.27). A pr ojeçã o é excelen t e pa r a u so em u m a fa ixa
est r eit a em t or n o do m er idia n o de t a n gên cia e pa r a em pr ego com sist em a a u t om á t ico de
n a vega çã o qu e ger a La t it u de e Lon git u de.
A P r ojeçã o Con for m e de La m ber t m odifica da é vir t u a lm en t e con for m e em t oda su a
ext en sã o e a s dist or ções de esca la m a n t êm -se pequ en a s qu a n do a ca r t a est en de-se a t é
cer ca de 25º a 30º do pólo. Além desse lim it e, a s dist or ções cr escem r a pida m en t e. U m
cír cu lo m á xim o é pr a t ica m en t e u m a li-n h a r et a em qu a lqu er pon t o da ca r t a . Dist â n cia s e
dir eções podem ser m edida s dir et a m en t e n a ca r t a . A P r ojeçã o Con for m e de La m ber t
m odifica da (ou P r ojeçã o de Ney) u sa u m pa r a lelo m u it o pr óxim o a o pólo com o p a ra le lo
p a d rã o m a is a lt o. Assim , est a pr ojeçã o côn ica com dois pa r a lelos pa dr ões va i r equ er er
pou ca defor m a çã o pa r a r epr esen t a r os pa r a lelos com o cír cu los e elim in a r o cír cu lo qu e
r epr esen t a r ia o pólo.
a. R E TICU LAD O
E m u m a Ca rta d e Me rc a to r, o con ju n t o dos m e rid ia n o s e p a ra le lo s é den om in a do
re tic u la d o . Ao lon go dos m er idia n os ext r em os da ca r t a est á r epr esen t a da a e s c a la d e
la titu d e s (on de devem ser sem pr e m edida s a s dist â n cia s). Ao lon go dos pa r a lelos su per ior
e in fer ior da ca r t a est á r epr esen t a da a e s c a la d e lo n g itu d e s .
b. E S CALA
Com o vim os, em u m a Ca rta d e Me rc a to r a e s c a la d e lo n g itu d e s é con st a n t e,
en qu a n t o qu e a e s c a la d e la titu d e s va r ia , em vir t u de da s la titu d e s c re s c id a s .
Den om in a -se, en t ã o, e s c a la n a tu ra l a esca la de la t it u des em u m det er m in a do pa -
r a lelo, n or m a lm en t e o p a ra le lo m é d io (La t m édia ) da á r ea a br a n gida . E st e é, de fa t o, o
ú n ico pa r a lelo r epr esen t a do sem defor m a ções de esca la , ou seja , a e s c a la n a tu ra l, n a
r ea lida de, som en t e é per feit a m en t e vá lida a o lon go dest e pa r a lelo.
a. R E TICU LAD O
E m u m a Ca rta d e Me rc a to r, o con ju n t o dos m e rid ia n o s e p a ra le lo s é den om in a do
re tic u la d o . Ao lon go dos m er idia n os ext r em os da ca r t a est á r epr esen t a da a e s c a la d e
la titu d e s (on de devem ser sem pr e m edida s a s dist â n cia s). Ao lon go dos pa r a lelos su per ior
e in fer ior da ca r t a est á r epr esen t a da a e s c a la d e lo n g itu d e s .
b. E S CALA
Com o vim os, em u m a Ca rta d e Me rc a to r a e s c a la d e lo n g itu d e s é con st a n t e,
en qu a n t o qu e a e s c a la d e la titu d e s va r ia , em vir t u de da s la titu d e s c re s c id a s .
Den om in a -se, en t ã o, e s c a la n a tu ra l a esca la de la t it u des em u m det er m in a do pa -
r a lelo, n or m a lm en t e o p a ra le lo m é d io (La t m édia ) da á r ea a br a n gida . E st e é, de fa t o, o
ú n ico pa r a lelo r epr esen t a do sem defor m a ções de esca la , ou seja , a e s c a la n a tu ra l, n a
r ea lida de, som en t e é per feit a m en t e vá lida a o lon go dest e pa r a lelo.
EXEMP LOS
F ig u ra 2.29 - Es c a la
Va lor gr á fico n a Ca r t a
E=
Va lor r ea l n a Ter r a
1. Qual o comprimento gráfico, em milímetros, correspondente a uma distância de
2.000 metros, medida na superfície da Terra, em uma carta na escala de
1:50.000?
Carta Terra
1 mm 50.000 mm
x 2.000.000 m
2.000.000
x= = 40 mm
50.000
2. Quanto mede no terreno, em metros, uma dimensão cujo valor gráfico, medido
sobre uma carta na escala de 1:25.000, é 15 milímetros?
Carta Terra
1 mm 25.000 mm
15 mm x
por t os/a n cor a dou r os/ca n a is est r eit os ....... 1:50.000 e a cim a
Com o n or m a , sem pr e qu e u m a det er m in a da á r ea for a br a n gida por ca r t a s n á u t ica s
em esca la s diver sa s, deve-se n a vega r n a ca r t a de m a ior esca la , qu e a pr esen t a r á sem pr e
m a ior gr a u de det a lh e n a r epr esen t a çã o t a n t o do r elevo su bm a r in o com o da pa r t e em er sa .
Além disso, n a plot a gem de posiçã o do n a vio n a ca r t a , u m m esm o er r o gr á fico pode cor r es-
pon der a desde a lgu m a s dezen a s de m et r os, n a ca r t a de m a ior esca la , a t é m u it os décim os
de m ilh a , n a s ca r t a s de m en or esca la , o qu e é m u it o im por t a n t e, pr in cipa lm en t e n a s pr oxi-
m ida des da cost a ou de per igo. De a cor do com a s esca la s, a s ca r t a s n á u t ica s pu blica da s
pela DH N sã o ger a lm en t e cla ssifica da s em (F igu r a 2.30):
F ig u ra 2.30 - Es c a la s
F ig u ra 2.31 -
9. O “da t u m h or izon t a l” u sa do n a Ca r t a .
E st a in for m a çã o t or n a -se m u it o im por t a n t e a pós o a dven t o dos sist em a s de n a vega çã o
por sa t élit e, qu e for n ecem posições r efer ida s a o Sist em a Geodésico Mu n dia l (WGS).
Mu it a s vezes, especia lm en t e n a s ca r t a s de gr a n de esca la , pa r a plot a r a s posições-sa t élit e
n a s Ca r t a s Ná u t ica s r efer ida s a u m “da t u m ” r egion a l ou loca l sã o n ecessá r ia s cor r eções,
qu e devem ser in for m a da s em n o ta d e p re c a u ç ã o in ser ida n a Ca r t a .
g AU XÍLIOS À N AVEGAÇÃO
Os fa r óis, fa r olet es, r a diofa r óis, lu zes de a lin h a m en t o, lu zes pa r t icu la r es n ot á veis,
ba liza s, bóia s cega s e lu m in osa s, equ ipa m en t os RACON e dem a is a u xílios à n a vega çã o sã o
r epr esen t a dos n a Ca r t a Ná u t ica , com sim bologia pr ópr ia , r egist r a da n a Ca r t a Nº 12.000 –
INT1 – SÍMBOLOS E ABRE VIATURAS. Os det a lh es dos fa r óis ser ã o om it idos n a segu in t e
or dem , à m edida qu e a esca la da ca r t a dim in u i:
F ig u ra 2.36 - Ta be la d e c o n v e rs ã o d e u n id a d e s
F ig u ra 2.37 - D ia g ra m a d e Le v a n ta m e n to s (s im p lific a d o )
Toda s a s Ca r t a s Ná u t ica s com es-
ca la de 1:500.000 e m a ior es devem con t er
u m Dia gr a m a de Leva n t a m en t os, qu e in -
diqu e a os n a vega n t es os lim it es, a s da t a s,
a s esca la s e ou t r a s in for m a ções sobr e os
leva n t a m en t os qu e der a m or igem à ca r -
t a . Os Dia gr a m a s de Leva n t a m en t os de-
v e r ã o con s t a r d a s n ov a s C a r t a s
pu blica da s, sen do a cr escen t a dos à s Ca r -
t a s exist en t es logo qu e su r gir opor t u n i-
da de.
E xem plos de Dia gr a m a de Leva n -
t a m en t os, sim plifica do ou m a is com ple-
t o, podem ser visu a liza dos n a s F igu r a s
2.37 e 2.38.
Os Dia gr a m a s de Leva n t a m en t os
devem ser u t iliza dos n a fa se de p la n e ja -
m e n t o d a d e rro t a , especia lm en t e pa r a
pla n eja r pa ssa gen s a t r a vés de á gu a s des-
con h ecida s pelo n a vega n t e. Su a fin a lida -
de é or ien t a r os n a vega n t es e os qu e pla -
n eja m “oper a ções de n a vega çã o” (in clu si-
ve o pla n eja m en t o de n ova s r ot a s e m edi-
da s oficia is pa r a est a belecim en t o de r o-
t a s), qu a n t o a o gr a u de con fia n ça qu e de-
va m deposit a r n a a dequ a çã o e pr ecisã o
das p r ofu n d i d a d e s e p os i çõe s
ca r t ogr a fa da s.
F ig u ra 2.38 - D ia g ra m a d e Le v a n ta m e n to s (c o m p le to )
S E QÜ Ê N CIA D E OP E R AÇÕE S :
P ER GU N TAS S OB R E O P ON TO A:
3. Qu a l a E sca la Na t u r a l da Ca r t a Nº 52?
RE SP OSTA: 1:30.000 n a La t . 3º 51.0' S (lida n o títu lo da Ca r t a ).
b. D AD O U M P ON TO N A CARTA, D ETERMIN AR AS S U AS COORD EN AD AS
S E QÜ Ê N CIA D E OP E R AÇÕE S :
1. Com o a u xílio da RÉGU A D E P ARALELAS (ou do “P ARALLE L P LOTTE R”), m a r ca -
se, sobr e o pa r a lelo do pon t o em qu est ã o, o pon t o em qu e est e in t er cept a o MERID IAN O
m a is pr óxim o t r a ça do n o RETICU LAD O da ca r t a .
2. E n t ã o, com o a u x í l i o d o C O M P A S S O D E N A V E G A Ç Ã O , d e t e r m i n a m -s e a s
coor den a da s do pon t o, n a s ES CALAS de LATITU D E e LON GITU D E da ca r t a .
OBS.: O pr oblem a t a m bém pode ser r esolvido a pen a s com u m COMP AS S O D E
N AVE GAÇÃO, t a n gen cia n do-se, a pa r t ir do pon t o em qu est ã o, o ME R ID IAN O e o
P ARALELO m a is pr óxim os t r a ça dos n o RETICU LAD O da ca r t a , u sa n do-se a s dist â n cia s
obt ida s n o com pa sso pa r a det er m in a r a s coor den a da s do pon t o, n a s esca la s de la t it u de e
lon git u de.
EXEMP LO: A pa r t ir do pon t o de coor den a da s La t . 03º 50.0' S, Lon g. 032º 28.0' W, t r a ça r o
Ru m o Ver da deir o R = 150º.
S E QÜ Ê N CIA D E OP E R AÇÕE S
1. Com o vist o, só se t r a ça m n a ca r t a RU MOS VERD AD EIROS . E n t ã o, t r a n spor t a -se
p a r a o p on t o d e or igem , a p a r t ir d a R OS A D E R U MOS VE R D AD E IR OS m a is
pr óxim a , com o a u xílio da r égu a de pa r a lela s (ou do “P ARALLE L P LOTTE R”), a dir eçã o
150º e t r a ça -se o r u m o.
d. D AD O S D O I S P O N T O S , D E T E R MI N AR O R U MO VE R D AD E I R O E N T R E
E LE S
S E QÜ Ê N CIA D E OP E R AÇÕE S :
1. In icia lm en t e, plot a m -se os dois pon t os n a ca r t a , con for m e já explica do.
2. E m segu ida , u n em -se os dois pon t os com a r égu a de pa r a lela s (ou o “P ARALLE L P LOT-
TE R”), com o qu e fica det er m in a da a d ire ç ã o a ser segu ida en t r e os dois pon t os.
3. Moven do a dequ a da m en t e a r égu a de pa r a lela s a o lon go da ca r t a , t r a n spor t a -se a dir eçã o
det er m in a da pa r a o cen t r o da Rosa de Ru m os Ver da deir os m a is pr óxim a .
4. Lê-se, en t ã o, n a gr a du a çã o da Rosa , n o sen t ido cor r et o, o va lor do Ru m o Ver da deir o.
5. F in a lm en t e, r ot u la -se o va lor do Ru m o sobr e a lin h a t r a ça da en t r e os dois pon t os,
pr ecedido pela a br evia t u r a R; n o ca so em qu est ã o: R068 (Ru m o Ver da deir o = 068º).
P E R GU N TAS :
1. Qu a l ser ia o Ru m o Ver da deir o pa r a n a vega r do pon t o B pa r a o pon t o A?
RE SP OSTA: R = 248º
2. Qu a l a Difer en ça de La t it u de e Difer en ça de Lon git u de en t r e os pon t os A e B ?
RE SP OSTA:
Difer en ça de La t it u de: 1.0' N Difer en ça de Lon git u de: 2.6' E
S E QÜ Ê N CIA D E OP E R AÇÕE S :
1. Após plot a r os pon t os n a ca r t a (se for o ca so), deve- se u n í-los por u m a lin h a r et a , com o
a u xílio da r égu a de pa r a lela s.
2. E m segu ida , ver ifica -se a possibilida de de a lca n çá -los com u m a ú n ica a ber t u r a do com -
pa sso de n a vega çã o. Nest e ca so, a ju st a -se est a a ber t u r a n o com pa sso e fa z-se a m edida
da d is tâ n c ia n a e s c a la d e la titu d e s (n u n ca n a esca la de lon git u des), em t or n o da
la t it u de m édia en t r e os dois pon t os (ou seja , n a a lt u r a a pr oxim a da dos pa r a lelos dos
dois pon t os).
3. Ca so n ã o seja possível m edir a dist â n cia en t r e os dois pon t os com u m a só a ber t u r a do
com pa sso, m ede-se por som a t ór io de vá r ia s a ber t u r a s, t en do-se o cu ida do de u sa r sem pr e
a e s c a la d e la titu d e s n a a lt u r a da la titu d e m é d ia de ca da segm en t o (F igu r a 2.40).
F ig u ra 2.40 - Me d iç ã o d e d is tâ n c ia e m u m a Ca rta d e Me rc a to r
4. Após obt er o va lor da dist â n cia , r egist r a -se o m esm o sob a lin h a qu e u n e os dois pon t os,
pr ecedido da a br evia t u r a d. Nest e ca so, d = 2,8 M.
P E R GU N TAS :
1. Qu a l o sign ifica do do sím bolo con st it u ído por u m fer r o t ipo a lm ir a n t a do, r epr esen t a do
n a Ba ía de Sa n t o An t ôn io?
S E QÜ Ê N CIA D E OP E R AÇÕE S :
1. P lot a -se n a Ca r t a o pon t o de or igem , con for m e já explica do.
2. Tom a -se a dist â n cia da da , com u m com pa sso, n a e s c a la d e la titu d e s , n a a lt u r a do
pa r a lelo do pon t o do qu a l se deseja pa ssa r dist a n t e.
3. Tr a ça -se, com r a io igu a l à dist â n cia da da , u m a cir cu n fer ên cia (ou t r ech o dela ) em t or n o
do pon t o do qu a l se deseja pa ssa r dist a n t e.
4. E m segu ida , t r a ça -se do pon t o de or igem u m a t a n gen t e à cir cu n fer ên cia a cim a cit a da .
5. E n t ã o, com o a u xílio de u m a r égu a de pa r a lela s, t r a n spor t a -se a dir eçã o da t a n gen t e
t r a ça da pa r a o cen t r o da Rosa de Ru m os Ver da deir os m a is pr óxim a e lê-se o va lor do
Ru m o, n a Gr a du a çã o da Rosa .
6. F in a lm en t e, r ot u la -se o va lor do Ru m o, sobr e a lin h a t r a ça da , pr ecedido da a br evia t u r a
R.
No ca so em qu est ã o, o RU MO VERD AD EIRO pa r a , pa r t in do do pon t o da do, pa ssa r a
1,0 Milh a da P on t a da Sa pa t a é R = 242º.
As a lt er a ções decor r en t es de Aviso Tem por á r io devem ser feit a s a lá pis, a n ot a n do-
se ju n t o a ela s, t a m bém a lá pis, o n ú m er o e o a n o do a viso (E x. E 40 (T)/93). Se o Aviso
en t r a r em vigor com o P er m a n en t e em da t a pr efixa da e sem n ovo Aviso, seu n ú m er o deve
ser a n ot a do a lá pis n o ca n t o esqu er do da m a r gem in fer ior da ca r t a e a m bos – cor r eçã o e
n ú m er o do a viso – devem ser cober t os com t in t a violet a n a da t a de en t r a da em vigor com o
per m a n en t e.
• Ca rta s Es p e c ia is : pr epa r a da s com fin a lida des m ilit a r es (Ca r t a s de Bom ba r deio, de
Min a gem , pa r a Desem ba r qu e An fíbio, pa r a Su bm a r in os, et c.).
• Ca rta B a tim é tric a Ge ra l d o s Oc e a n o s : est á a ca r go da DH N a pu blica çã o / a t u a liza çã o
de 29 F olh a s de P lot a gem , n a esca la de 1:1.000.000, cobr in do ext en sa á r ea do At lâ n t ico
Su l, den t r o do pr ogr a m a de cooper a çã o in t er n a cion a l em pr een dido pela OH I e pela
Com issã o Ocea n ogr á fica In t er gover n a m en t a l (COI), pa r a con fecçã o da Ca r t a Ba t im ét r ica
Ger a l dos Ocea n os (GE BCO).
• Ca rt a s Me t e o ro ló g i c a s ;
• Ca rta s d e Co rre n te s d e Ma ré ;
• Ca rt a s P i lo t o ;
• Ca rta s p a ra o P la n e ja m e n to d e D e rro ta s ; e
• Cro qu is d e N a v e g a ç ã o pa r a diver sos r ios br a sileir os.
Toda s a s Ca r t a s pu blica da s pela DH N est ã o list a da s n o Ca t á logo de Ca r t a s Ná u t ica s
e P u blica ções, edit a do pela Dir et or ia de H idr ogr a fia e Na vega çã o.
Nos a n os su bsequ en t es à con clu sã o do I P la n o Ca r t ogr á fico Ná u t ico Br a sileir o, a s
m u da n ça s n os pa r â m et r os da n a vega çã o, t a is com o: o m a ior ca la do dos n a vios, a m a ior
velocida de da s em ba r ca ções e u m a u m en t o con t ín u o do t r á fego m a r ít im o, a lia dos a os a n seios
da com u n ida de m a r ít im a por u m a pa dr on iza çã o in t er n a cion a l dos docu m en t os pelos
Ser viços H idr ogr á ficos, levou a DH N a r ea va lia r o seu P la n o Ca r t ogr á fico.
P a r a lela m en t e, em 1967, foi pr opost o pela pr im eir a vez, du r a n t e a IX Con fer ên cia
H idr ogr á fica In t er n a cion a l, o con ceit o de Ca r t a In t er n a cion a l. E st e con ceit o visa va a eli-
m in a r os esfor ços desn ecessá r ios n o r ecobr im en t o globa l da Ca r t ogr a fia Ná u t ica e t or n a r
m a is econ ôm ica s a s a t ivida des dos Ser viços H idr ogr á ficos.
Na Con fer ên cia H idr ogr á fica In t er n a cion a l de 1982, foi a dot a do o t r a ba lh o desen vol-
vido pelo gr u po cr ia do em 1967 – E specifica ções de Ca r t a s da Or ga n iza çã o H idr ogr á fica
In t er n a cion a l. E st a s especifica ções sã o a plicá veis pa r a t oda s a s Ca r t a s In t er n a cion a is e
r ecom en da da s, t a m bém , pa r a t oda s a s ca r t a s da s sér ies n a cion a is.
Um sist em a de du a s sér ies de ca r t a s de pequ en a esca la foi a cor da do: 1:10.000.000
(dezen ove ca r t a s) e 1:3.500.000 (sessen t a ca r t a s), pr oven do u m a cober t u r a de ca r t a s u n i-
for m es e m oder n a s pa r a a n a vega çã o m a r ít im a in t er n a cion a l em t oda s a s pa ssa gen s oceâ -
n ica s.
E m 1982, a sér ie de ca r t a s INT est en deu seu con ceit o à s ca r t a s de m édia e gr a n de
esca la s, a br a n gen do á r ea s cost eir a s e ca r t a s de a pr oxim a çã o de por t os. Cou be a o Br a sil
coor den a r o esqu em a do At lâ n t ico Su doest e, a br a n gen do a á r ea do At lâ n t ico qu e va i da
fr on t eir a Ven ezu ela -Gu ia n a a t é a fr on t eir a Ch ile-Ar gen t in a .
Con d en s a n d o a s d u a s t a r efa s , foi ela bor a d o o I I P la n o Ca r t ogr á fico N á u t ico
Br a sileir o, cu jo esqu em a qu e cobr e a á r ea da cost a br a sileir a foi a pr esen t a do e su bm et ido
à a va lia çã o do Con selh o Técn ico da DH N, em 17 de ju lh o de 1995, sen do a pr ova do pelo
Dir et or de H idr ogr a fia e Na vega çã o e con sa gr a do com o o II P la n o Ca r t ogr á fico Ná u t ico
Br a s ileir o. E s t e es qu em a con t ém 8 ca r t a s a p r es en t a n d o cober t u r a s oceâ n ica s m a is
a br a n gen t es, n a s esca la de 1:1.000.000, e u m a ou t r a sér ie de 26 ca r t a s n a esca la de 1:300.000,
a dot a n do-se a n u m er a çã o da s Ca r t a s In t er n a cion a is (Ca r t a s INT) em su bst it u içã o a o m odelo
a n t igo de n u m er a çã o n a “sér ie 100”. As Ca r t a s Ná u t ica s a cim a cit a da s, com seu s r espect ivos
n ú m er os, podem ser via su a liza da s n a s F igu r a s 2.42 e 2.43.
F ig u ra 2.42 -
F ig u ra 2.43 -
AGULHAS NÁUTICAS;
3 CON VERS ÃO D E
RUMOS E MARCAÇÕES
F ig u ra 3.1 - Ro s a c irc u la r d a a g u lh a
F ig u ra 3.2 - Ag u lh a m a g n é tic a
Um con ju n t o de ír m ã s é fixa do n o
la do in fer ior da Rosa , a lin h a do com o seu
eixo n or t e-su l (F igu r a 3.2). A cu ba é m on -
t a da , a t r a vés de su spen sã o ca r da n , em u m
pedestal denominado Bitácu la (Figura 3.3).
A cu ba é feit a em m a t er ia l a m a gn ét ico e
n ela est á gr a va da a lin h a d e fé (r efer ên -
cia pa r a r u m os), qu e deve ser r igor osa m en -
t e a lin h a da com a lin h a pr oa -popa (eixo
lon git u din a l do n a vio).
F ig u ra 3.3 - B itá c u la
a . VAN TAGEN S
. A Agu lh a Ma gn ét ica é u m in st r u m en t o
com pa r a t iva m en t e sim ples, qu e oper a
in depen den t e de qu a lqu er fon t e de en er -
gia elét r ica ;
. Requ er pou ca (qu a se n en h u m a ) m a n u -
t en çã o;
. É u m equ ipa m en t o r obu st o, qu e n ã o so-
fr e a va r ia s com fa cilida de; e
. Seu cu st o é r ela t iva m en t e ba ixo.
b. LIMITAÇÕES
. A Agulha Magnética busca o Norte Magnético, em lugar do Norte Verdadeiro (ou Geográfico);
. É a fet a da por m a t er ia l m a gn ét ico ou eqipa m en t os elét r icos;
. Nã o é t ã o pr ecisa e fá cil de u sa r com o u m a Agu lh a Gir oscópica ;
. Nor m a lm en t e, su a s in for m a ções n ã o podem ser t r a n sm it ida s com fa cilida de pa r a
ou t r os sist em a s;
. Um a Ag u lh a Ma g n é tic a é m a is a fet a da por a lta s la titu d e s qu e u m a Agu lh a Gir oscópica .
oper a çã o qu e con sit e n a coloca çã o de “ím ã s cor r et or es” qu e cr ia m ca m pos m a gn ét icos igu a is e
opost os a os pr ovoca dos por a qu eles fer r os. Os cor r et or es, ou com pesa dor es, com o t a m bém sã o
ch a m a dos, est ã o in st a la dos n a bit á cu la e sã o, em ger a l, con t r u ídos por ím ã s per m a n en t es,
ba r r a s e esfer a s de fer r o doce.
Apesa r da com pen sa çã o da a gu lh a ser pr á t ica cor r en t e e obr iga t ór ia , n ã o é, n or m a l-
m en t e, possível a n u la r por com plet o o ca m po m a gn ét ico do n a vio. Nest a s con dições, a a gu lh a
n ã o se or ien t a n a dir eçã o do m er idia n o m a gn ét ico (com o su cede em Ter r a ), m a s segu n do u m a
ou t r a lin h a qu e se den om in a “n or t e da a gu lh a ”.
Assim, o De svio da Agu lh a é definido como o ângulo entre o Norte Magn é tico e o Norte
d a Ag u lh a , con for m e m ost r a do n a F igu r a 3.11.
Figura 3.11 - Conceito de desvio da agulha
Figura 3.13
d . COMP EN S AÇÃO D A
AGU LHA
A op er a çã o d e com p en s a çã o d a
Agu lh a visa , com o já vim os, a n u la r ou
r edu zir a s in flu ên cia s dos fer r os de
bor d o, a n u la n d o ou , m a is com u m en t e,
r edu zin do os Desvios, qu e pa ssa m a ser
ch a m a dos D e s v i o s R e s i d u a i s (a pós a
com pen sa çã o). P or n or m a , u m a Agu lh a
Ma gn ét ica deve ser com pen sa da sem pr e
q u e s e u s D e s v i os e x ce d e r e m 3 º. O
p r oce d im e n t o p a r a com p e n s a çã o e s t á
det a lh a do n o Apên dice a est e Ca pít u lo.
Ex e m p lo :
a P r epa r a r u m a Ta bela da Ru m os da Gir o (Rgi) pa r a det er m in a çã o dos Desvios da Agu lh a ,
em Ru m os Ma gn ét icos (Rm g) eqü idist a n t es de 45º, sa ben do-se qu e o va lor da Declin a çã o
Ma gn ét ica é Dec m g = 20ºW e qu e a Agu lh a Gir oscópica n ã o a pr esen t a Desvio (Dgi = 0º).
S OLU ÇÃO:
Rm g Dec m g Rgi
000º 20ºW 340º
045º 20ºW 025º
P a r a det er m in a r os D e s v io s d a Ag u lh a e or ga n iza r a Ta be la e Cu rv a d e D e s v io s , o
n a vio (ou em ba r ca çã o) deve gover n a r r igor osa m en t e n os a lin h a m en t os e, en t ã o, com pa r a r a
leit u r a do Ru m o d a Ag u lh a com a D ire ç ã o Ma g n é tic a do a lin h a m en t o (obt ida u t iliza n do a s
in for m a ções da Ca rta N á u tic a da r egiã o). As difer en ça s con st it u em os D e s v io s . Seu s va lor es
pa r a os diver sos r u m os per m it em pr epa r a r a Tabe la e t r ça r a Cu rv a de D e s v io s da Ag u lh a.
S OLU ÇÃO:
Rv = 075º
Dec m g = 15ºW
Rm g = 090º
Da g = 3º E (da Cu r va de Desvios)
Ra g = 087º (ver F igu r a 3.15).
F ig u ra 3.16 - P ro x im id a d e s d a B a ía d e Gu a n a ba ra
S OLU ÇÃO:
.
se
E n t r a da n a Cu rv a d e D e s v io s (F igu r a 3.13) com o Ru m o d a Ag u lh a (Ra g) = 160º (com o
fosse Ru m o Ma gn ét ico), obt em os Da g = 2ºW
. Ra g = 160º
Da g = 2ºW
Rm g = 158º
. Dec m g (1990) = 20º 10’W; va r ia çã o a n u a l = 6’W
In cr em en t o (3x6’W) = 18’W
Dec m g (1993) = 20º 28’W = 20,5ºW
. Rm g = 158º
Dec m g = 20,5ºW
Rv = 137,5º
3. Um navegante (em 1993) deseja partir da barra da Baía de Guanabara e governar exatamente
no Ru m o Su l Magn é tico (180º mg).
Qu a l o va lor do Ru m o Ve rd a d e iro cor r espon den t e?
Qu a l o va lor do D e s v io d a Ag u lh a ?
Qu a l o va lor do Ru m o d a Ag u lh a cor r espon den t e?
SOLUÇÃO:
. Va lor da Declin a çã o Ma gn ét ica , em 1993, n a ba r r a da Ba ía de Gu a n a ba r a : Dec m g (1993) =
20,5º W (ca lcu la da n o pr oblem a a n t er ior ).
. Rm g = 180º
Dec m g = 20,5ºW
Rv = 159º,5
. Rm g = 180º Da g = 3ºW (da Cu r va de Desvios)
. Rm g = 180º
Da g = 3ºW
Ra g = 183º
4. Na vega n do n a s pr oxim ida de da Ba ía de Gu a n a ba r a (em 1993), o Ru m o da Agu lh a (Ra g) é
045º.
. Qu a l o va lor do D e s v io d a Ag u lh a n est a pr oa ?
. Qu a l o va lor do Ru m o Ma g n é tic o cor r espon den t e?
. Qual o valor da De clin ação Magn é tica ?
. Qu a l o va lor do Ru m o Ve d a d e iro cor r espon den t e?
S OLU ÇÃO:
. E n t r a n do n a Cu rv a d e D e s v io s com 045º, obt em os:
Da g = 01ºE
. Ra g = 045º
Da g = 01ºE
Rm g = 046º
. Dec m g (1990) = 20º10’W; va r ia çã o a n u a l: 6’W
In cr em en t o (3x6’W) = 18’W
Dec m g (1993) = 20º 28’W = 20,5ºW
. Rm g = 046º
Dec m g = 20,5ºW
Rv = 025,5º
5. O n a vega n t e, em 1993, deseja gover n a r do F a r ol Ra sa pa r a o F a r ol Ma r icá s e obt ém n a
Ca r t a Ná u t ica o Ru m o Ve rd a d e iro en t r e os dois pon t os: Rv = 078º. Qu a l o Ru m o Ma g n é ti-
c o (Rm g) cor r espon den t e? Qu a l o va lor do D e s v io d a Ag u lh a (Da g) pa r a essa pr oa ? Qu a l o
va lor do Ru m o da Agu lh a (Ra g) em qu e se deve gover n a r ?
S OLU ÇÃO:
. Dec m g (1993) = 20.5ºW (ca lcu la da n o pr oblem a a n t er ior ).
. Rv = 078º
Dec m g = 20.5ºW
Rm g = 098,5º
. E n t r a n do n a Ta bela ou Cu r va de Desvios da Agu lh a (F igu r a 3.13) com Rm g = 098,5º, obt ém -
se:
Da g = 2,5ºE
. Rm g = 098,5º
Da g = 2,5ºE
Ra g = 096º
det er m in a r :
. O Ru m o Ve rd a d e iro da su a em ba r ca çã o
. A Marcação Verdadeira do Farol P onta Negra
. A Marcação Verdadeira do Farol Maricás
S OLU ÇÃO:
. Entrando na Tabe la e Cu rva de De svios com Rag = 110º, obtém-se o De svio da Agu lh a
Da g = 2ºE
. Pa r a o a no de 1993, o va lor da D e c lin aç ã o Ma g n é tic a é:
Dec m g = 20º 28’W = 20,5ºW
. E n t ã o:
Ra g = 110º
Da g = 2ºE
Rm g = 112º
Dec m g = 20,5ºW
Rv = 091,5º (Ru m o Ver da deir o)
.Marcação do Farol Ponta Negra
Ma g = 072º
Da g = 2ºE
Mm g = 074º
Dec m g = 20,5ºW
Mv = 053,5º (Ma r ca çã o Ver da deir a )
.Marcação do Farol Maricás
Ma g = 345º
Da g = 2ºE
Mm g = 347º
Dec m g = 20,5’W
Mv = 326,5º (Ma r ca çã o Ver da deir a )
E m n a vios m en or es, por r est r ições de espa ço n o P a ssa diço, à s vezes u sa -se u m a Ag u -
lh a d e Te to , n a qu a l a r osa é vist a por ba ixo, a t r a vés de u m sist em a ót ico. Ou t r os n a vios t êm
a pen a s u m a Agu lh a s Ma gn ét ica n o Tiju pá e, pa r a qu e ela possa ser lida da posiçã o de gover -
n o, n o P a ssa diço, é in st a la do u m per iscópio (F igu r a 3.17c )
F ig u ra 3.18 - Ag u lh a m a g n é tic a p a ra e m ba rc a ç ã o m iú d a
Além dest a s, exist em t a m bém a bor -
do Agu lh a s Ma gn ét ica s pa r a a s em ba r ca -
ções m iú da s do n a vio (F igu r a 3.18), qu e sã o
ger a lm en t e por t á t eis.
F ig u ra 3.19 - Ag u lh a s e s fe ric a s
(b)
(c )
(a )
F ig u ra 3.20 - Ag u lh a m a g n é tic a d e m ã o
F ig u ra 3.22 - Le n te d e Go v e rn o
P a r a fa cilit a r a leit u r a dos ru m o s ,
pode-se a da pt a r sobr e a r osa cir cu la r u m a
le n te d e g o v e rn o (F igu r a 3.22), qu e a m -
plia o set or da r osa n a s pr oxim ida des da
lin h a d e fé , t or n a n do m a is fá cil e côm odo
ler e segu ir u m det er m in a do r u m o.
P a r a l e i t u r a d e m a r ca çõe s
dir et a m en t e da Agu lh a Ma gn ét ica , a da p-
t a -s e s ob r e a r o s a u m a a l i d a d e d e
p ín u la s , u m c írc u lo a zim u ta l ou u m a
a lid a d e te le s c ó p ic a .
F ig u ra 3.23 - Alid a d e d e P ín u la s
A a lid a d e d e p ín u la s (F igu r a 3.23)
é coloca da sobr e a ro s a c irc u la r, livr e de
gir a r em t or n o do cen t r o da Agu lh a . O equ i-
pa m en t o possu i u m o rifíc io d e v is a d a (a ),
qu e pode ser in clin a do ou ver t ica liza do gi-
r a n do-se a pla ca (b), e u m a m i ra c o m
re tíc u lo (c). P a r a obt en çã o de m a r ca ções,
o obser va dor olh a a t r a vés do o rifíc io d e
v is a d a e gir a a a lid a d e sobr e a ro s a a t é
qu e o objet o vesa do fiqu e a lin h a do com o
re tíc u lo da m ira , com o cu ida do de m a n -
t er a r osa n ivela da , a t r a vés do n ível (e).
E n t ã o, a m a r ca çã o é lida n a ro s a , n a gr a -
du a çã o a lin h a da com o ín d ic e (f).
P a r a con t or n a r est e pr oblem a , in st a la m -se ta x ím e tro s (F igu r a 3.24) em pon t os con ve-
n ien t es, t a is com o a s a sa s do P a ssa diço. O ta x ím e tro con sist e de u m a r osa gr a du a da de 000º
a 360º, m on t a da com su spen sã o ca r da n em u m su por t e ver t ica l den om in a do p e lo ro . A ro s a
pode ser gir a da e t r a va da , de m odo qu e qu a lqu er de su a s gr a du a ções possa ser a ju st a da pa r a
coin cidir com a lin h a d e fé . Sobr e a r osa é m on t a da u m a a lid a d e de p ín u la s , já explica da . O
ta x ím e tro é u t iliza do pa r a obt er Ma rc a ç õ e s Re la tiv a s e Ma rc a ç õ e s d a Ag u lh a .
P a r a obt en çã o de Ma rc a ç ã o Re la tiv a s fa z-se a coin cidên cia da gr a du a çã o 000º da ro s a
com a lin h a d e fé (pa r a lela à lin h a pr oa -popa do n a vio) e t r a va -se n est a posiçã o. E n t ã o, a s
m a rc a ç õ e s lida s n a ro s a com a a lid a d e ser ã o Ma rc a ç õ e s Re la tiv a s (Mr ), qu e podem ser
con ver t ida s em Ma rc a ç õ e s d a Ag u lh a se for em com bin a da s com o ru m o do n a vio: Ma g = Mr +
Ra g.
P a r a obt en çã o de Ma r ca ções da Agu lh a a ju st a -se a ro s a de m odo qu e a gr a du a çã o
cor r espon den t e a o Ru m o d a Ag u lh a coin cida com a lin h a d e fé , t r a va n do-se a r osa n essa
posiçã o. Dest a for m a , a s m a rc a ç õ e s obser va da s com a a lid a d e d e p ín u la s ser ã o Ma rc a -
ç õ e s d a Ag u lh a . N est e ca so, é essen cia l qu e, n o in st a n t e do “m a r qu e”, o n a vio est eja
exa t a m en t e n o Ru m o d a Ag u lh a a ju st a do n o ta x ím e tro .
Um gir oscópio bá sico, cu ja s pa r t es pr in cipa is est ã o m ost r a da s n a F igu r a 3.26, con sist e
de u m r ot or (vola n t e ou t or o) per feit a m en t e ba la n cea do, livr e pa r a gir a r em t or n o de t r ês
eixos per pen dicu la r es en t r e si, qu e se in t er cept a m n o seu cen t r o de gr a vida de. Diz-se, a ssim ,
qu e o gir oscópio t em t r ês g ra u s d e libe rd a d e , con st it u ídos pela s possibilida des de gir a r em
t or n o dos t r ês eixos (figu r a 3.27), den om in a dos r espect iva m en t e de:
. eixo de r ot a çã o
. eixo h or izon t a l (ou eixo de t or qu e)
. eixo ver t ica l (ou eixo de pr ecessã o)
F ig u ra 3.27 (a ) - Gra u s d e libe rd a d e d o F ig u ra 3.27 (b) - Os trê s e ix o s d e ro ta ç ã o
g iro s c ó p io d o g iro s c ó p io
N a s a g u l h a s n or t e -a m e r i ca n a s
(SP SRRY), a est a biliza çã o é feit a por m eio
d o b a l í s t i c o d e m e r c ú r i o , s e n d o os
r eser va t ór ios de ca da pa r liga dos por t u bos
com u n ica n t es qu e fica m or ien t a dos com o
Nor t e-Su l da a gu lh a . A F igu r a 3.31 m ost r a
u m esqu em a do ba líst ico de m er cú r io (qu e,
n a F igu r a , é a pr esen t a do com o u m ú n ico
pa r ) e a pon t a n egr a sen do a pon t a n or t e.
O cen t r o de gr a vida de do m er cú r io fica
a ba ixo do cen t r o de r ot a çã o e, a ssim , t odo
o sist em a pa ssa a t er seu cen t r o de gr a vi-
da de a ba ixo do eixo geom ét r ico, t or n a n do-
s e , p or t a n t o, p e n d u la r : o g i r o s c ó p i o
p e n d u la r n ã o a m o rte c id o. Qu a n do, por
m ot ivo d e r ot a çã o d a Ter r a , o eixo d o
gir oscópio com eça a se eleva r sobr e o h or i-
zon t e, o m er cú r io desloca -se de u m r eser -
v a t ór i o p a r a o ou t r o, for ça n d o a
h or izon t a liza çã o e, a ssim , a plica n do u m a
p re c e s s ã o .
1. Ca ixa do r ot or
2. An el ver t ica l
3. E ixo ver t ica l de su spen sã o
4. An el ext er ior (a n el fa n t a sm a )
5. Ba líst ico de m er cú r io
6. Liga çã o excên t r ica (en t r e o ba líst ico de
m er cú r io e a ca ixa do r ot or )
P a r a obt er u m con ju n t o sim ét r ico, o sist e-
m a ba líst ico é for m a do por dois jogos de dois
r eser va t ór ios de m er cú r io, ca da jogo for -
m a n do va sos com u n ica n t es.
As s im , o m ovim en t o p en d u la r é
a m or t ecido, con segu in do-se u m gir oscópio
pen du la r a m or t ecido. Nest e ca so, a pon t a
n or t e n ã o descr ever á m a is a elipse, e sim
u m a e s p ir a l loga r ít m ica con ve r ge n t e
(F igu r a 3.34). O per íodo de oscila çã o é u m
p ou co m a i or d o q u e o d o m ov i m e n t o
pen du la r n ã o a m or t ecido: cer ca de 86 m i-
n u t os. Com o a pon t a n or t e leva t r ês per ío-
dos pa r a se est a biliza r , a a gu lh a deve ser
liga da 5 h or a s a n t es (86 x 3 = 268 m in u t os:
4,5 h or a s, a pr oxim a da m et e) de o n a vio su s-
pen der .
Comparando com uma Agulha Magné tica, a Agulha Giroscópica apresenta as seguintes
va n t a gen s e lim it a ções.
VANTAGENS
. Apon t a n a dir eçã o do Mer idia n o Ver da deir o, em vez do Mer idia n o Ma gn ét ico. É , por t a n t o,
in depen den t e do m a gn et ism o t er r est r e e m a is sim ples n a su a u t iliza çã o.
. P er m it e m a ior pr ecisã o de gover n o / obsser va çã o de m a r ca ções qu e a Agu lh a Ma gn ét ica .
. P ode ser u sa da em la t it u de m a is a lt a s qu e a Agu lh a Ma gn ét ica .
. Nã o é a fet a da pela pr esen ça de m a t er ia l m a gn ét ico ou equ ipa m en t os elét r icos.
. P ela fa cilida de e pr ecisã o n a t r a n sm issã o de da dos, em com pa r a çã o com a s Agu lh a s
Ma gn ét ica s, o sin a l da Agu lh a Gir oscópica pode ser u t iliza do em r epet idor a s, equ ipa m en t o
r a da r , equ ipa m en t o de n a vega çã o por sa t élit e, r egist r a dor de r u m os, pilot o a u t om á t ico,
equ ipa m en t o de Der r ot a E st im a da , Sist em a in t egr a do de Na vega çã o e Sist em a s de Ar m a s.
LIMITAÇÕES
A Re p e tid o ra d a Giro é m on t a da
em u m pedest a l den om in a do P e lo ro (F i-
gu r a 3.35). P a r a obt en çã o de Ma rc a ç õ e s ,
in st a la -se sobr e a Re p e tid o ra u m Cír cu lo
Azim u t a l (F igu r a 3.36). P a r a visa r objet os
dista ntes, pode ser usa da na Repetidora , em
vez do Cír cu lo Azim u t a l, u m a Alid a d e Te -
le s c ó p ic a (F igu r a 3.37).
F ig u ra 3.36 - Círc u lo Azim u ta l
b. DESVIOS DA GIRO
É possível qu e os er r os n ã o seja m a n u la dos com plet a m en t e ou qu e a a gu lh a n ã o
est eja fu n cion a n do em per feit a s con dições; o Ru m o in dica do, en t ã o, n ã o é o Ver da deir o e
sim o Ru m o da Gir oscópica (Rgi). N esse ca so, a lin h a 000º - 180º da a gu lh a for m a r ia , com
a dir eçã o do m er idia n o ver da deir o, u m â n gu lo, o Desvio da Gir oscópica (Dgi). O Dgi é E
qu a n do o zer o da r osa fica a E do m er idia n o ver da deir o e W qu a n do o zer o da r osa fica a W
do r efer ido m er idia n o. N ot e-se qu e a s ca u sa s do Dgi n a da t êm , em com u m , com a s Desvio
da Agu lh a Ma gn ét ica . O D g i é c o n s ta n te p a ra to d o s o s Ru m o s , a o p a s s o qu e o s D e s v i-
o s d a Ma g n é tic a v a ria m c o m o Ru m o . Se a ca u sa do Dgi n ã o for o er r o de la t it u de, ele
ser á o m esm a em pon t os difer en t es da su per ficie da Ter r a , en qu a n t o qu e isso n ã o su cede com
2. Por marcação a um ponto distante (representado na Carta) a partir de uma posição conhecida.
3. Co m p a ra ç ã o d o Ru m o d a Giro c o m o n a v io a m a rra d o p a ra le lo a u m P ie r o u Ca is ,
c o m o Ru m o d o P ie r o u Ca is re tira d o d a Ca rta (m ét odo a pr oxim a do).
4. “Re d u ç ã o d o triâ n g u lo ”, a p ó s m a rc a r 3 o bje to s re p re s e n ta d o s n a Ca rta .
5. Co m p a ra ç ã o c o m o u tra Ag u lh a d o n a v io , d e D e s v io c o n h e c id o .
EM NAVEGAÇÃO ASTRONÔMICA
O D e s v io d a Giro é det er m in a do a t r a vés da obser va çã o do Azim u t e do Sol ou de ou t r o
a st r o, con for m e ser á est u do n o Ca pít u lo 31 (VOLUME II).
Com o o fu n cion a m en t o da gir o n ã o sofr e in flu ên cia dos fer r os de bor do, n os n a vios de
gu er r a ela é ger a lm en t e in st a la da em com pa r t im en t os in t er n os, pa r a m a ior pr ot eçã o em ca so
de com ba t e. Nos n a vios m er ca n t es e a u xilia r es, a Agu lh a Gir oscópica a n t er ior m en t e t a m bém
er a in st a la da em com pa r t im en t o pr ópr io. H oje, devido à s pequ en a s dim en sões do equ ipa m en t o,
sã o in st a la da s n o P a ssa diço.
Adem a is, m u it os n a vios possu em du a s Agu lh a s Gir oscópica s, u m a ser vin do com o “ba ck-
u p” da ou t r a . No qu e se r efer e a os a cessór ios da Agu lh a Gir oscópica , a lém da s já cit a da s
Re p e tid o ra s , con ven ien t em en t e dist r ibu ída s a bor do (n o P a ssa diço - Re p e tid o ra d e Go -
v e rn o , n a s Asa s do P a ssa diço, n o Tiju pá , n o Ca m a r im de Na vega çã o, n o CIC/COC, Com pa r -
t im en t o da Má qu in a do Lem e,et c.), cit a m -se os segu in t es:
O re g is tra d o r d e ru m o s (F igu r a
3.41) m a n t ém u m r egist r o per m a n en t e, sob
for m a gr á fica , dos r u m os segu idos pelo n a -
vio, possibilit a n do, en t r e ou t r a s a plica ções,
ver ifica r o gr a u de a dest r a m en t o dos t im o-
n eir os e u m a r econ st it u içã o post er ior da
n a vega çã o.
la t it u de, n u n ca ch ega a ser possível efet u a r a com pen sa çã o defin it iva , o qu e n ã o t em , a liá s,
em t a is con dições, qu a lqu er in con ven ien t e.
Qu er u m a Agu lh a t en h a sido su jeit a à com pen sa çã o defin it iva , qu er à com pen sa çã o
pr ovisór ia , é n ecessá r io ver ifica r fr equ en t em en t e os Desvios e r et oca r a com pen sa çã o logo
qu e eles a t in ja m va lor es excessivos (m a ior es qu e 3º ). Det er m in a da s cir cu n st â n cia s podem
a lt er a r pr ofu n da e r a pida m en t e a m a gn et iza çã o dos n a vios, t or n a n do pr em en t e a n ecessida de
de det er m in a r n ova s Ta bela s de Desvios e r et oca r a com pen sa çã o. Apon t a m -se a s m a is
fr equ en t es:
a . gr a n des r epa r os ou a lt er a ções n a est r u t u r a do n a vio;
b. in st a la çã o ou a lt er a çã o de in st r u m en t os elét r icos ou de fer r o n a s im edia ções da Agu lh a ;
c. t r a n spor t e de ca r ga de n a t u r eza m a gn ét ica ;
d. pr olon ga da per m a n ên cia n a m esm a pr oa (em ca r r eir a s, a t r a ca do ou m esm o n a vega n do);
e. n a vio a t in gido por gr a n a da s, bom ba s, t or pedos ou fa ísca s a t m osfér ica s;
f. t ir o de a r t ilh a r ia ;
g. t r a t a m en t o de desm a gn et iza çã o com o defesa con t r a m in a s m a gn ét ica s.
A com pen sa çã o de u m a a gu lh a com pr een de n a pr á t ica a s segu in t es oper a ções.
. Cá lcu lo da ba r r a de F lin der s.
. Ca libr a gem , em t er r a , da ba la n ça de in clin a çã o.
. In speçã o da a gu lh a e dos cor r et or es.
. Rot a çã o do n a vio e coloca çã o da s ba r r a s e dos cor r et or es do desvio qu a dr a n t a l.
A ba la n ça de in clin a çã o é u m in s-
t r u m en t o con st it u ído por u m a pequ en a
ca ixa (F igu r a A3.l) qu e con t ém u m a a gu -
lh a m a gn ét ica , su scept ível de se m over
livr em en t e n o pla n o ver t ica l, t en do ge-
r a lm en t e in dica da s, em a zu l e ver m e-
lh o, a s pola r ida des dos seu s ext r em os.
E m u m dos br a ços da a gu lh a est á m on -
t a do u m pequ en o peso, ca pa z de ser des-
loca d o e cu ja d is t â n cia a o ce n t r o é
in dica da por u m a esca la .
E m t er r a , em u m loca l livr e de in -
flu ên cia s m a gn ét ica s e em a lt u r a do solo
4.1 ADVERTÊNCIAS
Ao efet u a r a s m a n obr a s com o n a vio, pa r a efeit os de com pen sa çã o da Agu lh a , é n ecessá r io
t er em m en t e qu e:
a . Nã o é con ven ien t e r ea liza r a s m a n obr a s im edia t a m en t e depois de o n a vio t er est a do du -
r a n t e m u it o t em po n a m esm a pr oa . Ca so ist o ocor r a é r ecom en dá vel qu e o n a vio per m a n e-
ça 24 h or a s a m a r r a do à bóia ou fu n dea do, a n t es da com pen sa çã o.
b. Os ím ã s da Agu lh a e os cor r et or es exer cem en t r e si in flu ên cia s m u it o com plexa s; por est a
e por ou t r a s r a zões n ã o é ger a lm en t e possível, n a pr á t ica , con segu ir com u m a ú n ica oper a -
çã o obt er Desvios m u it o pequ en os, se eles er a m in icia lm en t e m u it o gr a n des, com o a con t ece
em u m n a vio n ovo ou em u m a Agu lh a em qu e a posiçã o dos cor r et or es est eja , por qu a lqu er
r a zã o, m u it o er r a da . Qu a n do os Desvios sã o m u it o gr a n des, é ger a lm en t e n ecessá r io pr oce-
der por a pr oxim a ções su cessiva s, execu t a n do pr im eir o u m a com pen sa çã o a pr oxim a da , pa r a ,
post er ior m en t e, leva r a efeit o ou t r a m a is r igor osa .
c. É sem pr e pr efer ível u sa r cor r et or es m a ior es ou em m a ior n ú m er o, bem a fa st a dos da a gu -
lh a , do qu e m en os pot en t es por ém m a is pr óxim os.
d. As gu in a da s devem ser feit a s va ga r osa m en t e e a s det er m in a ções de desvios só ser ã o
efet u a da s depois de o n a vio per m a n ecer 3 a 4 m in u t os n a m esm a pr oa .
e. As det er m in a ções de desvios n ã o devem ser feit a s m u it o pr óxim o de ou t r os n a vios (m en os
de 500 m et r os).
f. A ch a m in é deve est a r à t em per a t u r a h a bit u a l.
N E BE aproximar
TRANSVE RSAIS Vermelho a fa st a r
W BB aproximar Vermelho a fa st a r
para BB
S E BB aproximar para BE a fa st a r
W BE a fa st a r aproximar
LONGITUDINAIS E E VANTE aproximar a fa st a r
Vermelho Vermelho
W RÉ para a fa st a r aproximar
para RÉ
W E RÉ VANTE a fa st a r aproximar
W VANTE aproximar a fa st a r
7. BARRA DE FLINDERS
O com pr im en t o e a posiçã o da ba r r a de F lin der s devem ser det er m in a dos por cá lcu lo;
pa r a efet u a r est e cá lcu lo é, por ém , n ecessá r io qu e t en h a sido possível det er m in a r desvios n a s
pr oa s E e W m a gn ét ico em la t it u des ba st a n t e difer en t es.
E st e p r oblem a a fet a pr in cipa lm en t e os n a vios n ovos , oca siões em qu e u sa -se o
com pr im en t o já obt ido por cá lcu lo pa r a ou t r o n a vio da m esm a cla sse ou , n a fa lt a de qu a isqu er
elem en t os, deixa -se de u sa r a ba r r a de F lin der s a t é qu e h a ja con dições de efet u a r os cá lcu los.
A P OS IÇÃO N O MAR;
4 N AVEGAÇÃO
COS TEIRA
F ig u ra 4.1 -
F ig u ra 4.2 -
a dvin do da í u m a sér ie de r a ciocín ios e cá lcu los, qu e dizem r espeit o a o ca m in h o per cor r ido
ou a per cor r er pelo n a vio e à decisã o sobr e os r u m os e velocida des a a dot a r .
P a r a d e te rm in a r a su a posiçã o, o n a vega n t e r ecor r e a o em pr ego da s Lin h a s d e
P o s iç ã o .
Ch a m a -se Lin h a d e P o s iç ã o (LDP ) a o lu ga r geom ét r ico de t oda s a s posições qu e o
n a vio pode ocu pa r , t en do efet u a do u m a cer t a obser va çã o, em u m det er m in a do in st a n t e.
As LDP sã o den om in a da s de a cor do com o t ipo de obser va çã o qu e a s or igin a m . Sen do
a ssim , podem ser :
• RE TAS DE MARCAÇÃO;
• RE TAS DE ALINH AME NTO;
• RE TAS DE ALTURA (OBSE RVAÇÃO ASTRONÔMICA);
• CIRCUNF E RÊ NCIA DE IGUAL DISTÂNCIA;
• CIRCUNF E RÊ NCIA DO SE GME NTO CAP AZ;
• LINH AS DE IGUAL P ROF UNDIDADE (ISOBATIMÉ TRICAS); e
• H IP É RBOLE S DE P OSIÇÃO (LDP E LE TRÔNICA).
Um a só Lin h a d e P o s iç ã o in dica r á a o n a vega n t e o lu ga r geom ét r ico da s m ú lt ipla s
posições qu e o n a vio poder á a ssu m ir em u m det er m in a do in st a n t e, fr u t o da obser va çã o
qu e efet u ou , m a s n ã o a su a posiçã o. P or exem plo, se for obser va do qu e, à s 10:32, o n a vio
est á à dist â n cia de 5 m ilh a s de u m a cer t a ilh a , o n a vega n t e sa ber á qu e, n esse in st a n t e, o
n a vio se en con t r a em a lgu m pon t o da cir cu n fer ên cia com cen t r o n a ilh a e r a io de 5 m ilh a s.
As LDP t êm for m a s geom ét r ica s difer en t es, de a cor do com a s obser va ções qu e lh es
der a m or igem . À exceçã o da s isoba t im ét r ica s, qu e podem a ssu m ir a s cu r va s m a is ca pr ich o-
sa s, a s LDP h a bit u a is t êm , ger a lm en t e, a s for m a s de r et a s ou cir cu n fer ên cia s, o qu e t or n a
o seu t r a ça do sobr e a ca r t a r á pido e sim ples.
Sã o a s segu in t es a s pr in cipa is LDP u t iliza da s n a n a vega çã o cost eir a e em á gu a s
r est r it a s:
F ig u ra 4.4 - Lin h a d e p o s iç ã o – re ta d e m a rc a ç ã o
F ig u ra 4.6 - Lin h a d e p o s iç ã o – d is tâ n c ia
c. L D P C I R C U N F E R Ê N C I A D E
IGU AL D IS TÂN CIA (F igu r a 4.6)
• Tr a ça -se n a Ca r t a a LDP D is tâ n c ia
com o com pa sso (a ju st a do n a Es c a la
d e La titu d e s da Ca r t a , com u m a a ber -
t u r a igu a l à dist â n cia m edida ), com
cen t r o n o objet o pa r a o qu a l se det er -
m in ou a dist â n cia .
• Ta l com o n o ca so da Re ta d e Ma rc a -
ç ã o , n or m a lm en t e t r a ça -se a pen a s o
t r ech o da Circ u n fe rê n c ia d e Ig u a l
D is t â n c ia sit u a do n a s pr oxim ida des
da P o s i ç ã o E s t i m a d a do n a vio (ou
em ba r ca çã o).
• Qu a n do é m edida u m a pr ofu n dida de a bor do, fica defin ida u m a LINH A DE P OSIÇÃO,
pois pode-se dizer qu e o n a vio est a r á em a lgu m pon t o da IS OB ATIMÉTRICA (LINH A
DE IGUAL P ROF UNDIDADE ) cor r espon den t e à pr ofu n dida de obt ida .
• A IS OB ATIMÉTRICA é u m a LDP a pr oxim a da , m a s qu e t em gr a n de em pr ego com o
LD P D E S EGU RAN ÇA, pa r a se evit a r á r ea s per igosa s (a pr ofu n dida de lim it e pode,
in clu sive, ser a ju st a da n o a la r m e do ecoba t ím et r o).
• O em pr ego da IS OB ATIMÉTRICA com o LDP só t em va lor r ea l em á r ea s on de o r elevo
su bm a r in o é bem defin ido e a pr esen t a va r ia çã o r egu la r .
F ig u ra 4.7 -
F ig u ra 4.8 -
e. LD P S E GME N TO CAP AZ (F igu r a
4.8)
A ob s e r v a çã o d o  N G U L O
H O R I ZO N T A L e n t r e d oi s p on t os
n ot á v e i s , r e p r e s e n t a d os n a C a r t a ,
per m it e o t r a ça do de u m a LDP , qu e ser á
u m a ci r cu n fe r ê n ci a (S E G M E N T O
CAP AZ) qu e pa ssa pelos dois pon t os e
s ob r e a q u a l s e a ch a o n a v i o (ou
em ba r ca çã o).
O t r a ça do do SE GME NTO CAP AZ
e a det er m in a çã o e plot a gem da p o s iç ã o
p o r s e g m e n to s c a p a ze s ser ã o
e s t u d a d os a d i a n t e , n e s t e m e s m o
Ca pít u lo.
4.3 DETERMINAÇÃO DA P OSIÇÃO NO
MAR
Um a só Lin h a d e P o s iç ã o con t ém a posiçã o do n a vio, por ém n ã o a defin e. P a r a
d e te rm in a r a p o s iç ã o , é n ecessá r io cr u za r du a s ou m a is lin h a s de posiçã o, do m esm o
t ipo ou de n a t u r eza s difer en t es.
As du a s ou m a is LDP podem ser obt ida s de obser va ções sim u lt â n ea s de dois ou m a is
pon t os de t er r a bem defin idos n a Ca r t a , ou de obser va ções su cessiva s de u m m esm o pon t o,
ou de pon t os dist in t os (con for m e explica do n o Ca pít u lo 6).
A bor do, a s obser va ções sã o feit a s, ger a lm en t e, por u m só obser va dor . Desse m odo,
obser va ções de dois ou m a is pon t os n ã o podem , t eor ica m en t e, ser con sider a da s sim u lt â n ea s.
Con t u do, n a pr á t ica , t a is obser va ções sã o a ceit a s com o sim u lt â n ea s e, por isso, t odo esfor ço
deve ser feit o pa r a qu e o in t er va lo de t em po en t r e ela s seja o m ín im o possível.
O posicion a m en t o do n a vio (ou em ba r ca çã o) em n a vega çã o cost eir a ou em á gu a s
r est r it a s é n or m a lm en t e obt ido por u m dos m ét odos in dica dos a segu ir . A escolh a do m ét odo
m a is con ven ien t e depen de, en t r e ou t r os, dos segu in t es fa t or es:
F ig u ra 4.9 - P o s iç ã o d e te rm in a d a p o r d u a s m a rc a ç õ e s v is u a is
F ig u ra 4.10 - P o s iç ã o d e te rm in a d a p o r a lin h a m e n to e m a rc a ç ã o v is u a l
F ig u ra 4.11 - P o s iç ã o d e te rm in a d a p o r m a rc a ç ã o e d is tâ n c ia d e u m m e s m o o bje to
F ig u ra 4.16 - P o s iç ã o p o r m a rc a ç ã o e p ro fu n d id a d e
E m bor a pou co pr eciso, pode for n e-
cer u m pon t o r a zoá vel, n a fa lt a de ou t r a s
a lt er n a t iva s. É con ven ien t e escolh er u m a
pr ofu n dida de cor r espon den t e a u m a da s
isoba t im ét r ica s r epr esen t a da s n a Ca r t a .
Além disso, m elh or es r esu lt a dos sã o ob-
t idos qu a n do a m a r ca çã o cor t a a isoba t i-
m é t r i ca o m a i s p e r p e n d i cu l a r m e n t e
possível.
Na F igu r a 4.16, o n a vio m a r cou o
fa r ol a os 262° e, sim u lt a n ea m en t e, son -
dou 20 m et r os com o ecoba t ím et r o. A po-
siçã o est a r á n a in t er seçã o da r et a de m a r -
ca çã o com a isoba t im ét r ica de 20 m et r os,
r epr esen t a da n a Ca r t a .
b. P OS ICION AME N TO E LE TR ÔN ICO
H á diver sos s is te m a s d e p o s ic io n a m e n to e le trô n ic o ca pa zes de for n ecer a o n a -
vega n t e o r igor e a r a pidez exigidos pela n a v e g a ç ã o c o s te ira . E n t r e eles cit a m -se o LO-
RAN C, o DE CCA e o SISTE MA DE NAVE GAÇÃO P OR SATÉ LITE GP S (“GLOBAL P O-
SITIONING SYSTE M”) qu e, especia lm en t e n a su a for m a Difer en cia l (DGP S), pode pr opor -
cion a r a pr ecisã o r equ er ida a t é m esm o pa r a n a v e g a ç ã o e m á g u a s re s trita s . Ta is sist em a s
ser ã o est u da dos n o VOLUME II dest e Ma n u a l.
c. P OS IÇÃO P OR S EGMEN TOS CAP AZES
Mét odo ba st a n t e pr eciso, qu e ser á est u da do a segu ir .
F ig u ra 4.19 - Me d iç ã o d e S e g m e n to Ca p a z – F ig u ra 4.20 - Me d iç ã o d e S e g m e n to Ca p a z –
e rro c a u s a d o p e la d ife re n ç a d e a ltitu d e d o s e rro c a u s a d o p e la a ltitu d e d o s p o n to s
p o n to s
3. O er r o in st r u m en t a l do sext a n t e deve ser a plica do à s leit u r a s obt ida s (ver Ca pít u lo 23,
VOLUME II).
F ig u ra 4.22 - P o s iç ã o p o r S e g m e n to s Ca p a ze s
O e s ta c ió g ra fo , com o m ost r a a F i-
gu r a 4.23, con sist e, su cin t a m en t e, de u m
cír cu lo gr a du a do qu e dispõe de t r ês r é-
gu a s ir r a dia n do do cen t r o. A r égu a cen -
t r a l é fixa , det er m in a o cen t r o do cír cu lo
e pa ssa pelo zer o da gr a du a çã o do m esm o
qu e, ger a lm en t e, é m a r ca do de ½ em ½
gr a u , de 0 a 180° pa r a ca da la do dessa
r égu a . As ou t r a s du a s r égu a s sã o m óveis,
dispõem de bot ões de pr essã o pa r a t r a vá -
la s em qu a lqu er gr a du a çã o do cír cu lo e
sã o m u n ida s, a in da , de ver n ier s ou pa r a -
fu sos m icr om ét r icos.
F ig u ra 4.24 - P lo ta g e m c o m Es ta c ió g ra fo d e Ta m bo r
A plot a gem com ou t r o t ipo de est a ciógr a fo (de plá st ico) é m ost r a da n a F igu r a 4.25.
F ig u ra 4.25 - P lo ta g e m c o m Es ta c ió g ra fo
F ig u ra 4.29 - Circ u n fe rê n c ia d e in d e te rm in a ç ã o c o m a c o n v e x id a d e p a ra o o bs e rv a d o r
b. o p o n to c e n tra l est a r m a is pr óxim o
a o n a vio qu e os dem a is (F igu r a 4.29);
n e s s e ca s o, a c i r c u n f e r ê n c i a d e
indeterminação fica com a con vexida de
volt a da pa r a a á r ea em qu e se n a vega
e a s posições t a m bém ser ã o sem pr e
bem defin ida s.
F i g u ra 4.31 - U s o d e S e g m e n t o s Ca p a z e s p a ra d e t e rm i n a r a p o s i ç ã o d e o b je t o s n ã o
cartografados
Figu ra 4.32 - Uso de Se gm e n tos Capaze s e Alin h am e n tos para de te rm in ar a posição de obje tos
n ão cartografados
F ig u ra 4.34 - Té c n ic a d a n a v e g a ç ã o c o s te ira – c u id a d o s n a e s c o lh a d o s p o n to s
F ig u ra 4.35 - Cu id a d o s n a e s c o lh a d o s p o n to s
b. N o ca so de in t er seçã o de t r ês LDP s, o
â n gu lo de cr u za m en t o idea l é de 120°
(qu a n do se visa m pon t os por a m bos os
bor dos) ou 60° (qu a n do t odos os pon t os
est ã o sit u a dos den t r o de u m a r co de 180°,
com o n o ca so em qu e u m n a vio desloca
a o lon go de u m a cost a ).
F ig u ra 4-36 (a ) - P o s iç ã o p o r in te rs e ç ã o d e d u a s LD P
F ig u ra 4.37 - P o s iç ã o p o r in te rs e ç ã o d e d u a s re ta s d e m a rc a ç ã o – d e fin iç ã o d e c a im e n to e
a v a n ç o (o u a tra s o )
5. P a r a evit a r e rro s d e i d e n t i fi c a ç ã o , sem pr e qu e u m n ovo pon t o com eça r a ser u t iliza do,
dever á ser cr u za do com ou t r os dois pon t os já a n t er ior m en t e m a r ca dos. Ca so n ã o h a ja
ou t r os dois pon t os pa r a a ver ifica çã o, deve ser obser va do se o ca m in h o per cor r ido n a
Carta (entre a posição anterior e a posição obtida com o novo ponto) corresponde efet iva -
m en t e à dist â n cia n a vega da en t r e a s posições (pr ocu r a n do det ect a r sa lt os ou r ecu os).
6. Con for m e vist o, u m cr u za m en t o de a pen a s d u a s LD P dificilm en t e den u n cia u m er r o
com et ido e, a ssim , n ã o in spir a m u it a con fia n ça . E n t ã o, sem pr e qu e possível, devem ser
cr u za da s, pelo m en os, t rê s LD P , qu e in dica m , visu a lm en t e, a pr ecisã o obt ida n a posiçã o.
a. S E O T R I Â N G U L O F O R P E Q U E N O :
AD O T A-S E O S E U C E N T R O P AR A A
POSIÇÃO DO NAVIO.
NOTAS:
F ig u ra 4.39 (a ) - S e qü ê n c ia d e Obs e rv a ç ã o d e Ma rc a ç õ e s
1. M 1 E M 2 Q U AS E N ÃO VAR I AM C O M O
MOVIME NTO DO NAVIO.
2. M 3 VARIA RAP IDAME NTE .
3. NA DE TE RMINAÇÃO DA P OSIÇÃO, OBSE RVA-
S E P RI ME I RO M 1 (OU M 2 ), ADOTAN DO-S E
P AR A H O R A D A P O S I Ç ÃO O I N S T AN T E
CORRE SP ON DE N TE À DE TE RMIN AÇÃO DE
M 3.
• det er m in a r pr im eir o a s dist â n cia s a pon t os sit u a dos pr óxim os a o t r a vés (qu e va r ia m
m a is len t a m en t e) e depois a s dist â n cia s a pon t os n a pr oa ou popa , a dot a n do pa r a a
p os içã o a h o r a e o o d ô m e t r o cor r es p on d en t es à ú lt im a d et er m in a çã o, con for m e
m ost r a do n a F igu r a 4.39 (b).
F ig u ra 4.39 (b) - S e qü ê n c ia d e o bs e rv a ç ã o d e d is tâ n c ia s
1. D 3 VAR I A L E N T AM E N T E COM O
MOVIME NTO DO NAVIO.
2. D 1 E D 2 VARIAM RAP IDAME NTE .
3. N A D E T E R M I N AÇ ÃO D A P O S I Ç ÃO ,
O B S E R VA-S E P R I M E I R O D 3 E P O R
Ú LTIMO D 1 (OU D 2 ), ADOTAN DO P ARA
H O R A D A P O S I Ç ÃO O I N S T AN T E
CORRE SP ONDE NTE À DE TE RMINAÇÃO
DE D 1 (OU D 2).
• det er m in a r pr im eir o a s dist â n cia s a pon t os sit u a dos pr óxim o da pr oa (ou popa ) e depois
a s dist â n cia s pa r a pon t os pr óxim os a o t r a vés, a dot a n do pa r a a posiçã o a h o ra e o o d ô -
m e tro cor r espon den t es à pr im eir a dist â n cia m edida .
Com o r egr a ger a l, a h o ra e o o d ô m e tro a dot a dos pa r a a posiçã o devem cor r espon der à
LDP qu e va r ia m a is r a pida m en t e.
F ig u ra 4.40 -
APÊNDICE AO CAPÍTULO 4
1. INTRODUÇÃO
O n a vega n t e, pa r a det er m in a r a posiçã o, r ecor r e a obser va ções, qu e lh e per m it ir ã o
t r a ça r n a Ca r t a a s r espect iva s LDP e, a pa r t ir do cr u za m en t o da s m esm a s, plot a r a posiçã o
do n a vio.
Tod a s es t a s LDP s ã o obt id a s , n or m a lm en t e, r ecor r en d o-s e a in s t r u m en t os ou
equ ipa m en t os qu e possu em os seu s er r os pr ópr ios. P or ou t r o la do, a pr ópr ia leit u r a desses
in st r u m en t os, efet u a da pelo n a vega n t e, con t ém os er r os in er en t es a obser va çã o. As s im ,
qu a lqu e r LD P v ira e iv a d a d o s e rro s p ro v e n ie n te s n ã o s ó d a o bs e rv a ç ã o , c o m o ,
a in d a , in s tru m e n ta is .
Ta l cir cu n st â n cia é in evit á vel. Na r ea lida de, d a fo rm a c o m o é h a bitu a lm e n te
p ra tic a d a , a N a v e g a ç ã o e s tá lo n g e d e s e r u m a c iê n c ia e x a ta . As lim it a ções im post a s
pela exigü ida de de espa ço e pela in st a bilida de da pla t a for m a em qu e o n a vega n t e a t u a ,
ju n t a m -s e a s q u e p r ovê m d e r a zõe s e con ôm ica s , q u e n ã o t e m p e r m it id o o u s o d e
in s t r u m en t os m u it o d is p en d ios os e, s obr et u d o, a es ca s s ez d o t em p o d is p on ível p a r a
det er m in a r a posiçã o do n a vio.
De fa t o, é pr efer ível, em a lt o m a r , despen der , por exem plo, 10 m in u t os e det er m in a r
u m a posiçã o com u m er r o pr ová vel de 2 m ilh a s, do qu e sa ber com m u it o m a ior r igor o loca l
on de se est a va h á a lgu m a s h or a s a t r á s. J u n t o da cost a , a u r gên cia é a in da m u it o m a ior ,
da da a pr oxim ida de im edia t a de per igos, e m a is se a cen t u a , en t ã o, a n ecessida de de n ã o
exa ger a r em r igor , com sa cr ifício do t em po despen dido pa r a o con segu ir .
Dest a for m a , a o en fr en t a r o con flit o en t r e o desejo de m a ior pr ecisã o e a exigü ida de
do t em po n ecessá r io pa r a con segu í-la , t en do, a in da , em con t a a s lim it a ções dos pr ópr ios
in st r u m en t os a o seu dispor , o n a vega n t e ger a lm en t e sim plifica os pr ocedim en t os e u t iliza
a pr oxim a ções qu e ser ia m in a ceit á veis em ou t r os gên er os de t r a ba lh o.
Assim , selecion a n do a lgu n s exem plos qu e poder ia m ser a pr esen t a dos, qu a n do se
u sa a esca la da s la t it u des da Ca r t a de Mer ca t or com o u m a esca la de m ilh a s, ou se ca lcu la m
o r u m o e a dist â n cia or t odr ôm icos, a dm it e-se qu e a Ter r a é u m a esfer a , pr ocedim en t o
in t eir a m en t e in a ceit á vel a o efet u a r leva n t a m en t os geodésicos. Qu a n do o n a vega n t e t r a ça
u m a m a r ca çã o visu a l ou u m a lin h a m en t o n a Ca r t a de Mer ca t or u sa a loxodr om ia pa r a
r epr esen t a r u m cír cu lo m á xim o. Qu a n do se efet u a m in t er pola ções, a dm it e-se, qu a se sem pr e,
u m a va r ia çã o lin ea r en t r e os va lor es t a bu la dos, o qu e, ger a lm en t e, n ã o cor r espon de a
r ea lida de. Qu a n do se m edem dist â n cia s pelo r a da r ou pr ofu n dida des com o ecoba t ím et r o,
a dm it e-se qu e a s on da s elet r om a gn ét ica s e a cú st ica s se pr opa ga m com a m esm a velocida de
em qu a isqu er cir cu n st â n cia s, et c.
É, p o ré m , e s s e n c ia l qu e o n a v e g a n te te n h a p le n a c o n s c iê n c ia d a g ra n d e za
d o s e rro s q u e p o s s a t e r c o m e t i d o , pois, dessa for m a , est a r á a ler t a pa r a t om a r a s
pr eca u ções qu e a s cir cu n st â n cia s exigir em . O qu e é r ea lm en t e per igoso é ign or a r a s
lim it a ções ou su per va lor iza r a con fia n ça qu e u m a posiçã o possa in spir a r .
3. ERROS ACIDENTAIS
S OMA D OS D E S VIOS (Σ
Σ Δ 2) 0.0
Σ Δ2)
S OMA D OS QU AD RAD OS D OS D ES VIOS (Σ 0.28
Σ Δ2
e=±
n −1
em qu e n é o n u m er o de obser va ções efet u a da s.
No ca so do n osso exem plo, t er ía m os u m er r o m édio qu a dr á t ico de:
0.28
e=± = ± 0.07 = ± 0.26 milha
4
Assim , o er r o m édio qu a dr á t ico m ost r a -n os qu e a pr ecisã o de u m a m ediçã o feit a ,
a plica n do a lei da s m édia s (pr ocedim en t o n or m a lm en t e a dot a do n a pr a t ica da n a vega çã o),
cr e s ce p r op or ci on a l m e n t e a r a i z q u a d r a d a d o n ú m e r o d e ob s e r v a çõe s e n ã o
pr opor cion a lm en t e a o n u m er o dessa s obser va ções. P ode-se dem on st r a r qu e o e rro m é d io
qu a d rá tic o t em 67% de pr oba bilida de de n ã o ser excedido.
4. ERRO P ROVÁVEL
Ch a m a -se E RRO P ROVÁVE L de u m a obser va çã o a qu ele cu ja pr oba bilida de de
ocor r er é 50%. E m ou t r a s pa la vr a s, se fizer m os u m a n ova obser va çã o n a s m esm a s con dições
em qu e r ea liza m os a s a n t er ior es , exis t e igu a l p r oba bilid a d e qu e o er r o d es t a n ova
obser va çã o seja m a ior ou m en or do qu e o er r o pr ová vel.
P ode-se dem on st r a r qu e o er r o pr ová vel (E ) é a pr oxim a da m en t e igu a l a 2/3 do er r o
m édio qu a dr á t ico, ist o é:
Σ Δ2
E = 2/3 e = ± 2/3
n −1
No ca so do exem plo a n t er ior , a a doçã o do va lor de 1.4 m ilh a con du z a u m er r o pr ová vel
d e:
Et = E12 + E 22 + E 32 + ... + E 2n
Et = ± E12 + E 22 + E 32
Figu ra A4.1 -
N e s t a s cir cu n s t â n cia s , d e ve t e r
s e m p r e o n a ve ga n t e p r e s e n t e q u e a
posiçã o m a is pr ová vel do n a vio é sobr e a
LDP obser va da (ver F igu r a A4.1), m a s
qu e o n a vio t em 50% de pr oba bilida de de
se en con t r a r n u m a fa ixa com pr een dida
en t r e (LDP + E ) e (LDP – E ), den om in a da
z on a d e con fi a n ça d e 5 0 % d e
pr oba bilida de.
Figu ra A4.2 -
Figu ra A4.3 -
P ode-se dem on st r a r qu e o er r o r a -
dia l é da do pela expr essã o:
As expr essões a n t er ior es leva m -n os a s con clu sões lógica s de qu e a pr ecisã o do pon t o
r esu lt a n t e da in t er seçã o de du a s LDP é t a n t o m a ior qu a n t o:
• Men or for o er r o com et ido n a det er m in a çã o de ca da u m a da s LDP .
• Ma is pr óxim o de 90º se en con t r a r o a n gu lo de in t er seçã o en t r e a s LDP .
A figura A4.4 ilustra graficamente o que se disse. Assim, suponhamos, a título de exemplo, que a
LDP1 esta isenta de erro (E = 0) e que o erro provável da LDP2 tem o valor E .
1 2
Se o ângulo entre elas é de 90º (Figura A4.4a), a diferença entre V (posição verdadeira) e O
(posição resultante da interseção de LDP1 com a LDP2 afetada do erro E ) é exatamente igual a E .
2 2
Figu ra A4.5 -
NAVEGAÇÃO
5 ESTIMADA
P a r a r esolver os pr oblem a s qu e
envolvem distância, velocidade e tempo, o
n a vega n t e pode u t iliza r ca lcu la dor a s, t a -
bela s especia is (a pr esen t a da s n a pu blica -
çã o DG6-1 “Tá bu a s pa r a Na vega çã o E st i-
m a da ” – Tá bu a s XV e XIX) ou a “esca la
loga r ít m ica ”, m ost r a da n a F igu r a 5.2, on de
sã o t a m bém a pr esen t a da s a s in st r u ções
pa r a u so da esca la . No exem plo ilu st r a do,
ca lcu la -se, a t r a vés da esca la loga r ít m ica , a
velocida de de u m n a vio qu e per cor r e a dis-
t â n cia de 4 m ilh a s, n o t em po de 15 m in u -
t os, obt en do-se com o r esu lt a do veloc=16
n ós.
Figura 5.5 -
Ab a t i m e n t o (Abt ) – é o â n gu lo en t r e o
r u m o n a su per fície (R N ) e o r u m o n o fu n do
(R fd ). Ser á con t a do pa r a BE ou pa r a BB, a
pa r t ir do r u m o n a su per fície (F igu r a 5.7).
F ig u ra 5.11 -
S o lu ç ã o :
1. P lot a -se a posiçã o de 1300 e t r a ça -se o ru m o v e rd a d e iro R N = 315º. Sobr e o r u m o t r a ça do,
m a r ca -se a v e lo c id a d e n a s u p e rfíc ie (vel N = 8 n ós).
2. Da ext r em ida de dest e vet or , t r a ça -se o vet or cor r en t e (R cor = 270º, vel cor = 1n ó).
3. Unindo-se a posição de 1300 ao ponto assim obtido, determinam-se o Rfd= 270º, velfd = 8,7 nós.
As in for m a ções sobr e a cor r en t e poder ã o t er cido det er m in a da s pelo pr ópr io n a vio, n o
per íodo im edia t a m en t e a n t er ior , ou , en t ã o, ser em or iu n da s de ca r t a s pilot o ou ou t r os docu -
m en t os Ná u t icos
A n ecessida de de pr evisã o do R fd e Velfd é ba st a n t e en con t r a da n a pr á t ica , pois é
r ot in eir o os n a vios in for m a r em com a n t ecedên cia o seu ETA (“est im a t ed t im e of a r r iva l” ou
h or a est im a da de ch ega da ), ba sea do n o qu a l a s a u t or ida des do por t o de dest in o t om a r ã o u m a
sér ie de pr ovidên cia s, com o pr á t ico, r eboca dor es pa r a a s m a n obr a s de a t r a ca çã o, ca is, et c.
P ou ca s sit u a ções sã o m a is con st r a n gedor a s a u m n a vega n t e do qu e est a r a vá r ia s m ilh a s do
por t o de dest in o n a h or a em qu e est a beleceu o seu ETA, sa ben do qu e diver sa s pr ovidên cia s já
for a m t om a da s, con fia n do n a pr ecisã o de seu s cá lcu los.
c . D e te rm in a ç ã o d o ru m o e v e lo c id a d e n a s u p e rfíc ie , c o n h e c e n d o -s e o s e le m e n to s
d a c o rre n te e o ru m o e a v e lo c id a d e n o fu n d o d e s e ja d o s .
Ex e m p lo (F igu r a 5.11):
A p o s iç ã o o bs e rv a d a do n a vio à s 1500 é La t . 23º 05.0’S Lon g. 043º 02.0’W. O n a vio
deseja est a r n a posiçã o La t . 22º 59.0’S Lon g. 043º 10.0’W, on de r eceber á o pr á t ico, e x a ta m e n -
te à s 1600. Sa ben do-se qu e exist e n a á r ea u m a c o rre n te cu jos elem en t os sã o R cor = 270º, vel cor
= 1,0 n ó, det er m in a r o ru m o v e rd a d e iro (R N ) e a v e lo c id a d e (vel N ) qu e o n a vio deve a ssu -
m ir .
S o lu ç ã o :
1. P lot a m -se n a Ca r t a Ná u t ica a p o s iç ã o o bs e rv a d a de 1500 e a posiçã o qu e se deseja
a lca n ça r à s 1600. Det er m in a -se, gr a fica m en t e, qu e, pa r a ch ega r a o pon t o deseja do à s 1600,
o ru m o n o fu n d o e a v e lo c id a d e n o fu n d o devem ser , r espect iva m en t e, Rfd = 270º, velfd
= 9.6 n ós.
2. Aplica -se, a o pon t o in icia l, o v e to r c o rre n te , n o s e n tid o Rcor = 270º e com gr a n deza igu a l
a 1.0 m ilh a (pois a velcor = 1.0 n ó e o in te rv a lo d e te m p o é de 1 h or a ), e a r m a -se o triâ n
g u lo d a e s tim a (ou triâ n g u lo d e c o rre n te ).
3. Lê-se, en t ã o, n a Ca r t a o v e to r s u p e rfíc ie , qu e in t er liga a ext r em ida de do v e to r c o rre n
te com o p o n to d e s e ja d o , obt en do-se R N = 314º, vel N = 8.8 n ós.
d . D e te rm in a ç ã o d o ru m o n a s u p e rfíc ie e d a v e lo c id a d e n o fu n d o , c o n h e c id a s a s
c a ra c te rís tic a s d a c o rre n te , a v e lo c id a d e n a s u p e rfíc ie e o ru m o n o fu n d o d e s e ja
do.
E st a sit u a çã o ilu st r a o ca so em qu e a pen a s u m dos vet or es t em os seu s dois elem en -
t os con h ecidos, en qu a n t o qu e, dos dois vet or es, con h ecem os a pen a s u m dos elem en t os da
ca da .
Ex e m p lo (F igu r a 5.11):
Às 1000 a p o s iç ã o o bs e rv a d a do n a vio (pon t o A) é La t .23º 05.0’S Lon g. 043º 18.0’W. A
v e lo c id a d e d o n a v io é vel N = 6 n ós e n ã o pode ser a lt er a da , em vir t u de de u m a a va r ia de
m á qu in a s. O n a vio deseja a lca n ça r o pon t o B, m ost r a do n a F igu r a 5.11, sit u a do n o a lin h a m en -
t o F a r ol RASA – F a r ol LAJ E . Sa ben do-se qu e exist e n a á r ea u m a c o rre n te cu jos elem en t os
sã o R cor = 270º, vel cor = 1.0 n ó, det er m in a r :
. O ru m o v e rd a d e iro (R N ) em qu e o n a vio deve gover n a r ;
. Qu a l a v e lo c id a d e n o fu n d o (vel fd ) com qu e o n a vio se desloca r á ; e
. O E TA (“est im a t ed t im e of a r r iva l”) n o pon t o B .
Solução:
1. Un in do a p o s iç ã o o bs e rv a d a de 1000 (pon t o A) a o pon t o B , obt ém -se o ru m o n o fu n d o
deseja do: Rfd = 072º.
2. Ain da n a p o s iç ã o o bs e rv a d a de 1000, t r a t a -se o v e to r c o rre n te (Rcor =100º, velcor =1,5
n ós). Da ext r em ida de do v e to r c o rre n te , a plica -se a g ra n d e za do v e to r s u p e rfíc ie , ist o
é, velN = 6 n ós e, com est a a ber t u r a n o com pa sso, cor t a m os o Rfd’ obt en do, a ssim , o ú lt im o
vér t ice do triâ n g u lo d e c o rre n te .
3. O R N e velfd sã o lidos dir et a m en t e n a ca r t a , obt en do-se:
R N = 065º; vel fd = 7.3 n ós.
O R N ser á a or dem a ser da da a o Tim on eir o e a velfd per m it ir á a pr evisã o do E TA n o pon t o
B.
4. P a r a ist o, m ede-se n a Ca r t a Ná u t ica a dist â n cia AB =9 m ilh a s. Ten do-se vel fd = 7,3 n ós,
det er m in a -se a d u ra ç ã o d o tra je to en t r e A e B : 74 m in u t os = 01 h or a e 14 m in u t os.
5. P or t a n t o, o E TA n o pon t o B ser á à s 1114.
e . D e te rm in a ç ã o d a p o s iç ã o e s tim a d a c o rrig id a .
Con h ecida a cor r en t e da r egiã o em qu e se n a vega , t or n a -se sim ples det er m in a r a p o s i-
ção estimada corrigida a partir de qualquer posição estimada.
Para isso, bastará aplicar à posição e stim ada o ve tor corre n te referente ao período em
qu e a est im a foi t r a ça da .
Exe m plo (Figura 5.11):
A p o s iç ã o o bs e rv a d a do n a vio à s 0800 é La t . 22º 57.0’S Lon g. 043º 08.75’W (sobr e o
alinhamento Farol RASA-Farol LAJ E). O navio governa no ru m o ve rdade iro R N = 120º, vel N =
7 n ós. A c o rre n te n a á r ea a pr esen t a os segu in t es e le m e n to s : Rcor = 030º, vel cor = 1.0 n ó.
P lot a r a p o s iç ã o e s tim a d a c o rrig id a de 0900 e det er m in a r su a s coor den a da s.
Solução:
1. P lot a -se n a Ca r t a Ná u t ica a p o s iç ã o o bs e rv a d a de 0800. Tr a ça -se, en t ã o, a lin h a d e
ru m o 120º e, sobr e ela , m a r ca -se a d is tâ n c ia de 7 m ilh a s, det er m in a n do-se a p o s iç ã o
e s tim a d a de 0900.
2. Aplica -se a essa posiçã o o v e to r c o rre n te , n o s e n tid o R cor = 030º e com g ra n d e za igu a l
a v e lo c id a d e d e c o rre n te (vel cor = 1 n ó). Na ext r em ida de dest e vet or est a r á a p o s iç ã o
e s tim a d a c o rrig id a de 0900.
3. Su a s coor den a da s sã o:
La t . 22º 59.6’S Lon g. 043º 01.6’W.
Se o n a vio est iver execu t a n do m a n obr a s su cessiva s, t or n a -se con ven ien t e plot a r a s
p o s iç õ e s e s tim a d a s dos pon t os on de h ou ver m u da n ça s de ru m o e/ou v e lo c id a d e , con for m e
ú lt im a p o s iç ã o e s tim a d a o e fe ito d a c o rre n te du r a n t e t odo o per íodo de m a n obr a s, obt en -
do a p o s iç ã o e s tim a d a c o rrig id a fin a l.
O E DE , seja em su a for m a t r a dicion a l (sist em a elet r o-m ecâ n ico) ou em ver sões elet r ô-
n ica s m oder n a s, é u m equ ipa m en t o pa dr ã o n os n a vios de gu er r a , especia lm en t e em u n ida des
da E squ a dr a , por su a im por t â n cia n a gu er r a n a va l.
b. P a rte s P rin c ip a is
Figura 5.13 – Diagrama em Bloco do EDE
O ANALISADOR r ecebe in for m a ções dir et a s de RUMO da Agu lh a Gir oscópica e in for -
m a ções de VE LOCIDADE do Odôm et r o (ou a t r a vés de en t r a da m a n u a l – ‘du m m y log”). A
v e lo c id a d e é in t egr a da com o in te rv a lo d e te m p o , r esu lt a n do em d is tâ n c ia p e rc o rrid a .
F i g u r a 5 .1 4 (a ) – E D E Ma r c a N C-2 ,
Mo d . 2
Algu n s m odelos m a is m oder n os de
E DE , com o o Sist em a NC-2(“ASW P LOT-
TING SSTE M MARK NC-2, MOD 2), pos-
sibilit a m o t r a ça do da der r ot a est im a da do
n a vio sim u lt a n ea m en t e com t r a ça do da s
der r ot a s de 2 ou m a is a lvos, per m it in do
u m a leit u r a con st a n t e da m a r ca çã o e dis-
t â n cia dos a lvos. As in for m a ções dos a lvos
O Tr a n sfer idor Un iver sa l dispõe de u m a r osa gr a du a da de 000º a 360º, con cên t r ica com
u m a ou t r a r osa , qu e t em a pen a s qu a t r o ín dices, defa sa dos de 90º en t r e si.
P a r a u t iliza r -se o Tr a n sfer idor Un iver sa l (TU), a Ca r t a (ou folh a de plot a gem ) deve ser
pr im eir o fixa da à m esa de plot a gem . A r égu a é, en t ã o, a lin h a da com u m m er idia n o da Ca r t a
(ou u m pa r a lelo) e fixa da em posiçã o, pela bor bolet a in t er n a . F olga -se, en t ã o, a bor bolet a
ext er n a e a ju st a -se a r osa gr a du a da de m odo qu e a s gr a du a ções 0º e 180º (ou 90º e 270º, se a
r égu a foi a lin h a da com u m pa r a lelo) est eja m a lin h a da s com u m ín dice exist en t e n a r osa in t er -
n a . F ixa -se, en t ã o, a bor bolet a ext er n a (e n ela n ã o se m exe m a is), m a n t en do a r osa em posi-
çã o. Com est a a ju st a gem , qu a lqu er posiçã o su bsequ en t e da r égu a é in dica da n a r osa com o
d ire ç ã o v e rd a d e ira , sen do, en t ã o, possível obt er ou plot a r Ru m o s e Ma rc a ç õ e s v e rd a d e i-
ra s a t r a vés do TU, sem n ecessida de de r efer ên cia s à s r osa s da Ca r t a .
É óbvio qu e o u so do in st r u m en t o dest a m a n eir a r equ er qu e os m er idia n os da ca r t a
seja m lin h a s r et a s e pa r a lela s en t r e si, com o n u m a Ca r t a de Mer ca t or . Nu m a Ca r t a de La m ber t
a u Gn om ôn ica , on de os m er idia n os con ver gem , o in st r u m en t o n ã o pode ser u t iliza do.
P a r a qu e r esu lt a dos pr ecisos seja m obt idos, a ba se do in st r u m en t o deve ser r igida m en -
t e fixa da n a m esa de plot a gem , u su a lm en t e n o seu ca n t o su per ior esqu er do. Ist o deve ser
ver ifica do de t em pos em t em pos, pois a ba se pode ser a fr ou xa da por vibr a çã o ou u so con t in u -
a do. Os pivôs n a ba se do in st r u m en t o t a m bém devem est a r fir m es, sem folga . As cin t a s m et á -
lica s sem -fim do m eca n ism o de m ovim en t o pa r a lelo devem est a r fir m es, pa r a pr eser va r a
r igidez do in st r u m en t o.
O in st r u m en t o deve ser ver ifica do qu a n t o a o seu pa r a lelism o por m eio dos m er idia n os
e pa r a lelos da s ext r em ida des opost a s de u m a Ca r t a de Mer ca t or .
e . Op e ra ç ã o d o ED E
P a r a oper a çã o do E DE em n a vega çã o, coloca -se u m a Ca r t a Ná u t ica sob o su por t e do
lá pis n a m esa de plot a gem e a ju st a -se a esca la pa r a u m va lor igu a l à esca la da ca r t a . O lá pis,
en t ã o, t r a ça r á a d e rro ta e s tim a d a do n a vio sobr e a ca r t a .
F ig u ra 5.16 – P lo ta g e m g e o g rá fic a n o ED E
. A P LOTAGE M GE OGRÁF ICA MOSTRA
O MOVIME NTO VE RDADE IRO DE AL
VOS DE SUP E RF ÍCIE OU SUBMARI
NOS.
. O TRANSF E RIDOR UNIVE RSAL É UTI
LIZADO P ARA P LOTAR MARCAÇÕE S
E DISTÂNCIAS DOS ALVOS.
. O RUMO DO ALVO P ODE SE R ME DI
DO DIRE TAME NTE DA P LOTAGE M E
SUA VE LOCIDADE P ODE SE R CALCU-
LADA P E LO TE MP O DE SP E NDIDO E M P E RCORRE R UMA DISTÂNCIA ME DIDA NA
P LOTAGE M.
. P ARA NAVE GAÇÃO RADAR A CARTA DA ÁRE A É F IXADA À ME SA DE P LOTAGE M E
O T.U. É UTILIZADO P ARA P LOTAR MARCAÇÕE S E DISTÂNCIAS P ARA P ONTOS DE
AP OIO À NAVE GAÇÃO, DE MANE IRA A DE TE RMINAR A P OSIÇÃO VE RDADE IRA DO
NAVIO.
f. Em p re g o d o ED E
O E DE fa z n a v e g a ç ã o e s tim a d a com a s m esm a s lim it a ções qu e o pr ocesso gr á fico-
geom ét r ico n a ca r t a , ist o é, n ã o leva em con sider a çã o o efeit o da c o rre n te , v is to qu e o s
in s tru m e n to s e m qu e s e fu n d a m e n ta s ó in fo rm a m o m o v im e n to d o n a v io s o bre a
água.
A m a ior u t ilida de do E DE sit u a -se n a gu er r a n a va l, especia lm en t e n a gu er r a a n t i-
su bm a r in o (GAS), u m a vez qu e o posicion a m en t o r ela t ivo da s for ça s a n t a gôn ica s in depen de
da cor r en t e, por se en con t r a r em t oda s a s u n ida des n o m esm o r efer en cia l, qu e é a m a ssa líqu i-
da do m a r (a dm it ida h om ogên ea , em vir t u de da s dist â n cia s n or m a lm en t e en volvida s).
Assim , ba sica m en t e o E DE ser á em pr ega do pa r a :
. Na vega çã o est im a da ;
. P lot a gem geogr á fica ;
. P lot a gem de GAS;
. Apoio de F ogo Na va l;
. H om em a o m a r (esca la de 200 jd/pol);
. Bu sca e sa lva m en t o.
At u a lm en t e, o E DE foi su bst it u ído por ver sões digit a is, ba sea da s n os m esm os pr in cípi-
os, por ém m u it o m a is com plet a s e efica zes, u m a vez qu e podem n ã o só r eceber e in t egr a r
in for m a ções de vá r ios equ ipa m en t os, com o t a m bém en via r r espost a s e m a n t er u m a com plet a
a pr esen t a çã o da sit u a çã o t á t ica e u m r egist r o do desen volvim en t o da a ções.
DETERMINAÇÃO
6 DA P OSIÇÃO P OR
MARCAÇÕES
SUCESSIVAS
OB S ERVAÇÕES :
a . Qu a n do se u sa est e m ét odo, n or m a lm en t e n ã o se leva em con sider a çã o o efeit o da cor r en t e
sobr e o m ovim en t o do n a vio (ou em ba r ca çã o) n o in t er va lo de t em po en t r e a pr im eir a e a se-
gu n da m a r ca çã o. P or ist o, devem ser evit a dos in t er va los de t em po su per ior es a 30 m in u to s
en t r e a s m a r ca ções. Adem a is, é n ecessá r io qu e o n a vega n t e t en h a sem pr e em m en t e qu e a
det er m in a çã o da posiçã o por m a r ca ções su cessiva s con st it u i u m pr ocesso a pr oxim a do, m elh or
qu e a n a v e g a ç ã o e s tim a d a pu r a , por ém m en os pr eciso qu e u m a boa d e te rm in a ç ã o d e
p o s iç ã o p o r LD P s im u ltâ n e a s .
b. Assim , est e m ét odo a pr esen t a m elh or es r esu lt a dos qu a n do se con h ece u m a posiçã o
obser va da n ã o m u it o dist a n t e do pon t o em qu e se fez a pr im eir a m a r ca çã o e em u m a á r ea
on de a cor r en t e n ã o seja m u it o sign ifica t iva .
F ig u ra 6.5 - P o s iç ã o p o r m a rc a ç õ e s s u c e s s iv a s c o n h e c e n d o -s e o s e le m e n to s d a c o rre n te
• Às 1215 h or a s (Odôm et r o 0310.5) u m
t a n q u e n ot á v e l (ca i x a -d ’á g u a ),
r epr esen t a do n a ca r t a , foi m a r ca do a os
M V = 020º.
Solução:
Ap ós p l ot a r a s d u a s L D P e a s
posições est im a da s n os in st a n t es cor r es-
pon den t es, a plica -se à posiçã o est im a da
n o in s t a n t e d a s e gu n d a ob s e r va çã o o
efeit o da cor r en t e n o in t er va lo de t em po
en t r e a s du a s obser va ções (n o ca so em
pa u t a , 30 m in u t os). Obt ém -se, a ssim , a
posiçã o est im a da cor r igida n o in st a n t e da
segu n da obser va çã o.
F i g u ra 6.6 - P o s i ç ã o p o r m a rc a ç õ e s s u c e s s i v a s d e p o n t o s d i fe r e n t e s
Na Figura 6.6, às 0900 horas um n a -
vio n o ru m o v e rd a d e iro 195º, velocida de
10 n ós, m a r cou o fa r ol a os M V = 270º, pou co
a n t es de ele se ocu lt a r . Às 0930 h or a s,
m a n t en do r u m o e velocida de, m a r cou o
m on u m en t o a os M V = 247º.
Det er m in a r a posiçã o do n a vio à s
0930 h or a s.
F i g u ra 6.7 - P o s i ç ã o p o r m a rc a ç õ e s s u c e s s i v a s d e o b je t o s d i fe re n t e s
Nest e ca so, com o se pode ver ifica r n a F igu r a 6.8, a dist â n cia do n a vio a o pon t o obser va -
do, n o in st a n t e da Segu n da m a r ca çã o, é igu a l à dist â n cia per cor r ida pelo n a vio n o in t er va lo de
t em po en t r e a s m a r ca ções.
MP= M - R
c1 - 7,3 6,4 5,3 4,4 3,6 2,8 2,2 2 ao ponto marcado, na ocasião da 2ª marcação
14º e 18º 16º e 22º 18º e 27º 22º e 34º 27º e 45º 34º e 63º 45º e 90º
d
dt (través) =
cotg Mp1 - cotg Mp2
d sen Mp1
d2 (na 2ª marcação) =
cotg Mp1 - cotg Mp2
determinar:
Det er m in a r :
1. A dist â n cia a o pon t o m a r ca do, por oca siã o da Segu n da m a r ca çã o;
d 2 = c2 . d = 3.6 x 5.0 = 18.0 M
2. A dist â n cia a n a vega r , da Segu n da m a r ca çã o a o t r a vés:
d’= c’ . d = 3.0 x 5.0 = 15.0 M
3. A dist â n cia a o pon t o m a r ca do, qu a n do est e est iver pelo t r a vés:
d t = ct . d = 2 x 5.0 = 10.0 M
4. A h or a em qu e o pon t o m a r ca do est a r á pelo t r a vés:
d’ = 15.0 M, vel. = 15 n ós ’ T = 1 h or a . E n t ã o: H = 1620 h or a s
S o lu ç ã o :
Ca lcu la m -se a s m a r ca ções pola r es cor r espon den t es à s m a r ca ções ver da deir a s, u t ili-
za n do-se a fór m u la :
Mp = M – R
Mp 1 = M 1 – R = 063 – 090 = 27º BB
Mp 2 = M 2 = R = 056 – 090 = 34º BB
É uma Série de TRAUB. Obtêm-se, pela tábua IX (Figura 6.13) os coeficientes, para a Mp2
= 34º:
c1 = 3.6
c’=3
ct = 2
Ca lcu la -se, pela difer en ça de odôm et r o, a dist â n cia per cor r ida pelo n a vio n o in t er va lo
en t r e a s m a r ca ções: d = 5.0 M
E n t ã o:
1. d 2 = 3.6 x 5.0 = 18.0 M
2. d’ = 3.0 x 5.0 = 15.0 M
3. d t = 2 x 5.0 = 10.0 M
4. d’= 15.0 m ilh a s; v = 15 n ós. P or t a n t o: t = 1 h or a
E n t ã o, o pon t o est a r á pelo t r a vés à s 1620.
Exercício 2:
O ru m o do na vio é 128º e sua ve locidade é 15.5 nós. Sã o obtida s a s seguintes m a rca ções
de u m t a n qu e n ot á vel r epr esen t a do n a Ca r t a Ná u t ica da á r ea , n a s h or a s in dica da s:
Solução:
EMP REGO DE
7 LINHAS DE P OSIÇÃO
DE SEGURANÇA
Figura 7.1
Na Figura 7.1 tem-se uma carta ilumina-
da com linhas de contorno de perigos corres-
pondentes à isobatimétrica de 6 metros envol-
vendo as áreas perigosas à navegação. Foram
traçadas, portanto, para um navio com 4 metros
de calado.
As Linhas de Perigo também podem ser
traçadas com base no critério da distância ao
perigo mais próximo. Neste caso, será estipu-
lada pelo Comandante a menor distância que
se deseja passar dos perigos à navegação exis-
tentes na área e, então, a linha de perigo será
traçada unindo-se pontos situados à distância
estabelecida dos perigos da área, como mostra a
Figura 7.2.
Figura 7.2
Figura 7.3
Quando, por exemplo, navegamos
em um canal estreito ou desejamos entrar
em um porto que apresenta perigos à nave-
gação nas proximidades de sua barra, se
mantemos a nossa proa (ou, em determina-
das situações, a nossa popa) sobre um ali-
nhamento temos certeza de que estamos
seguindo um determinado caminho, qual
seja, a direção do alinhamento, ou sua re-
cíproca (Figura 7.3). Os alinhamentos, em
particular aqueles estabelecidos especifica-
mente como auxílio à navegação, constitu-
em as mais precisas LDP de segurança.
a marcação de segurança, traça-se, do ponto de referência, uma tangente ao limite da área perigo-
sa à navegação e determina-se a direção desta linha, sempre do largo para o ponto de refe-
rência, pois a marcação de segurança é tomada do navio para o ponto.
A situação é ilustrada na Figura 7.5, na qual o navio deve se aproximar do pier mostrado. O
Rumo para aproximação é R = 105º. São traçadas, então, duas marcações de segurança, ambas
tendo como referência a torre (notável) existente nas proximidades do pier, Estas marcações são,
conforme anteriormente citado, tangentes aos limites de perigo em ambos os bordos do rumo de
aproximação. Os valores das marcações de segurança são, como se verifica na figura, M1 = 097º e
M2 = 117º.
Assim, durante a aproximação, se o navio estiver marcado a torre entre os valores de 097º e
117º, estará em águas seguras para a navegação. Sempre que a marcação da torre se aproximar de
097º, o navio deverá corrigir o rumo para BB; sempre que a marcação se aproximar de 117º, o
navio deverá corrigir o rumo para BE. Com este procedimento, a aproximação ao pier poderá ser
feita com segurança.
Na situação em pauta, a torre notável representada na Carta Náutica da área na altura do
terminal a que o navio se dirige foi, ainda, utilizada como marca de proa para o rumo de aproxima-
ção. Assim, na derrota final para o pier, no rumo verdadeiro 105º, a torre deverá estar pela proa,
como se vê na figura. Desta forma, na aproximação, se o navio marcar a torre aos 105º, pela proa,
estará sobre a derrota prevista. Se isto não ocorrer, manobrará para corrigir a situação.
Figura 7.5 – Marcações de segurança limitando perigos nos dois bordos do rumo de
aproximação
c. D IS TÂN CIA D E P ERIGO
Desta forma, um ângulo vertical medido para um objeto de altitude conhecida determinará
uma circunferência cujo raio d será dado por: d = h cotg µ, sendo µ o ângulo vertical subtendido
pelo objeto e h a altitude do objeto.
Na Figura 7.8, o navio deve se deslocar de C para D, passando entre os dois perigos mostra-
dos. Do ponto mais saliente dos perigos (pontos E e G), determina-se a distância d ao farol repre-
sentado na Carta Náutica da área. Conhecendo-se a altitude h do farol, calculam-se os ângulos
verticais ∝E e ∝G, pelas fórmulas:
tg ∝ = h tg ∝ = h
dE dE
7.4 EXERCÍCIOS
a) Na Figura 7.12 (a), traçar uma marcação de segurança (ou marcação de perigo), usando a
torre como referência. Informar o valor da marcação verdadeira e a identificação do perigo.
RESPOSTAS: M = 060º
identificação do perigo: pedras submersas perigosas à navegação.
b) Na Figura 7.12 (b), traçar uma marcação de segurança (ou marcação de perigo), usando o
farolete (ISSO. B.) como referência. Informar o valor da marcação verdadeira e a identifica-
ção dos perigos.
RESPOSTAS: M = 084º
F ig u ra 7.12
Na cu r va de gir o m ost r a da n a F igu r a 8.1, est á r epr esen t a da a t r a jet ór ia per cor r ida
pelo cen t r o de gr a vida de de u m n a vio qu e gu in a com u m â n gu lo de lem e con st a n t e e sob
det er m in a da velocida de, t a m bém con st a n t e. É im por t a n t e con h ecer e leva r em con t a o a ba t i-
m en t o obser va do n o in ício da gu in a da (ver F igu r a 8.3). Após o a ba t im en t o in icia l, o cen t r o de
gr a vida de do n a vio pa ssa a descr ever u m a t r a jet ór ia cu r va , de r a io va r iá vel, a t é gu in a r cer ca
de 90º, qu a n do en t ã o a t r a jet ór ia se t or n a cir cu la r , com cen t r o fixo.
O n a vio efet u a o m ovim en t o de r ot a çã o em t or n o do seu cen t r o de gir o, qu e, n or m a l-
m en t e, est á a 1/3 do com pr im en t o do n a vio, a pa r t ir de va n t e, sobr e o seu eixo lon git u din a l.
Um obser va dor n o cen t r o de gir o ver á o n a vio em t or n o de si, o qu e lh e da r á u m m elh or
sen t im en t o de com o se com por t a o n a vio em m a n obr a ; por isso, qu a n do possível, o pa ssa diço é
loca liza do e con st r u ído de m odo a con t er o cen t r o de gir o.
A pa r t ir do m om en t o em qu e a t r a jet ór ia descr it a pelo cen t r o de gr a vida de do n a vio se
est a biliza r , segu n do u m a cir cu n fer ên cia , o â n gu lo de der iva (F igu r a 8.2) t a m bém pa ssa a Ter
u m va lor con st a n t e.
a. Logo que o leme é carregado, a proa guina para o bordo da guinada, mas o centro de gravidade permanece
seguindo o rumo inicial por um curto espaço. Em seguida, abate para o bordo oposto ao da guinada e só
começa a ganhar caminho para o bordo da guinada depois de avançar cerca de 2 a 3 vezes o comprimento
do navio. Verifica-se, então, que não será possível evitar um obstáculo à proa se somente carregar-se o
leme para um bordo, ao se ter o obstáculo à distância inferior ao dobro do comprimento do navio. Da
mesma forma, 2 navios roda a roda não evitarão a colisão se estiverem à distância inferior a duas a três
vezes a soma dos seus comprimentos (Figura 8.3).
Figura 8.4 – Curvas de giro para determinada velocidade e ângulos de leme diferentes (15º,
25º e 35º)
f. Ao se efetuar uma evolução, devem ser levados em conta o avanço, o afastamento (ou o diâmetro
tático, no caso de uma guinada de 180º) e o abatimento, para avaliar-se o espaço necessário.
A F igu r a 8.5 m ost r a , pa r a u m a em ba r ca çã o t ipo Aviso de In st r u çã o (Cla sse YP -654), a s
c u rv a s d e g iro pa r a a s v e lo c id a d e s de 6 e 10 n ós e pa r a os â n g u lo s d e le m e de 5º; 13.5º
(“STANDARD RUDDE R” = lem e pa dr ã o); 20º e 25º (“F ULL RUDDE R” = t odo o lem e). P a r a
ca da c u rv a d e g iro sã o a pr esen t a dos o a v a n ç o e o a fa s ta m e n to pa r a u m a g u in a d a de 90º, o
d iâ m e tro tá tic o e o te m p o d e e v o lu ç ã o pa r a u m a gu in a da de 180º. A a n á lise da s cu r va s ilu s-
tram bem os efeitos da ve locidade e do ân gu lo de le m e sobre os dados táticos.
Figura 8.7 – Curvas de giro Figura 8.8 – Obtenção dos dados táticos
Re s p o s ta s :
TE MP O DE E VOLUÇÃO: 01 m in 15 Seg
AVANÇO: 400 ja r da s
AF ASTAME NTO: 200 ja r da s
VELOCIDADE: 8.2 nós
TABELA DE
VELOCIDADES X RPM
15 180 40
30 275 85
45 345 115
60 390 190
75 445 270
90 500 375
105 450 445
120 405 520
135 360 590
150 315 655
165 265 725
180 205 800
ÂNGULO DE GUINADA: 125º
AVANÇO: 390 J ARDAS
AF ASTAME NTO: 543 J ARDAS
N avegação costeira, estim ad a e em águ as restritas 205
Uso dos dados táticos do navio na navegação em águas restritas
VANTAGENS:
DESVANTAGEM:
Se o navio estiver fora da derrota prevista na pernada original, ele continuará fora da derrota na nova
pernada, como mostra a Figura 8.17.
DESVANTAGEM
Nest a sit u a çã o, n ã o im por t a on de est eja o n a vio em r ela çã o à der r ot a or igin a l, ele est a r á
sobr e a n ova per n a da n o fin a l da gu in a da , com o m ost r a a F igu r a 8.18.
D ES VAN TAGEM:
A m a rc a ç ã o d e g u in a d a pa r a u m pon t o de r efer ên cia sit u a do n est a posiçã o é m en os
sen sível, pois va r ia m a is len t a m en t e. P or essa r a zã o, exist e o r isco de n ã o se in icia r a m a n obr a
exa t a m en t e n o in st a n t e a pr opr ia do.
A F igu r a 8.19 r eca pit u la a s du a s sit u a ções descr it a s e a pr esen t a o pr ocedim en t o in di-
ca do pa r a escolh a de u m objet o a ser u t iliza do com o r efer ên cia pa r a a MARCAÇÃO DE GUI-
NADA, a bor da n do, t a m bém , o u so de u m pon t o n ot á vel com o m a r ca de pr oa , o qu e é ba st a n t e
empregado no fu n de io de pre cisão, conforme será visto adiante.
Figura 8.19 –
NOTA:
O USO DE UMA MARCA
DE P ROA TAMBÉ M AU-
XILIA A CONTROLAR SE
O NAVIO E STÁ GUINAN-
D O S O B R E A N O VA
PERNADA DA DERROTA.
SE E STIVE R GUINANDO
MUITO RÁP IDO: ALIVIA
O LE ME .
SE E STIVE R GUINANDO
MUITO LE NTO: CARRE -
GA MAIS O LE ME .
ß esperar vaga para atracação em portos ou bases, especialmente naqueles de intenso movimento e numerosa
presença de navio;
ß abrigar-se de mau tempo;
ß aguardar outros navios com os quais operará; e
ß quando fundeando em companhia dos demais navios com os quais opera, em fundeadouro onde o espaço
é restrito, sendo necessário que todos ocupem os pontos de fundeio pré-determinados, para que não haja
interferência mútua.
Figura 8.20 –
PROCEDIMENTO RECOMENDADO PARA
ESTABELECER A ÁREA SEGURA PARA
FUNDEIO:
1. Traçar a linha de perigo, que é normalmente a isobatimétrica correspondente a uma profundidade igual
ao calado do navio mais 6 pés (aproximadamente 1,8 m), pois esta é a lazeira mínima de água que se
pode admitir, abaixo da quilha, na baixa-mar (BM);
2. A partir da linha de perigo, construir uma série de arcos de raio igual ao comprimento do navio mais o
filame a ser utilizado; e
,3. A área externa a esses arcos será, então, uma área segura na qual fundear.
1. O ponto de fundeio deve estar localizado numa área abrigada dos efeitos de ventos fortes, correntes e
marés.
2. A área disponível para a manobra, tendo em vista a conformação da costa e o relevo submarino, deve ser
suficiente.
3. A tensa deve ser, de preferência, areia ou lama, em vez de pedra, coral ou outro fundo duro, para permitir
que o ferro unhe convenientemente.
4. A profundidade não deve ser muito pequena, colocando o navio em perigo, nem muito grande, facilitando
que o ferro garre.
5. A posição deve ser livre de perigos à navegação ou inconvenientes ao fundeio, tais como pedras submersas,
cascos soçobrados, canalizações ou cabos submarinos.
6. Deve existir um número conveniente de pontos notáveis e auxílios à navegação, cegos e luminosos, para
controlar a posição do navio durante o dia e à noite.
7. Devem ser previstos pontos alternativos para o fundeio.
8. Se estiver previsto movimento de lanchas do navio para terra, para condução de licenciados, compras,
etc., o ponto de fundeio escolhido deve estar o mais próximo possível do local onde atracarão as lanchas;
e
9. Se o ponto de fundeio for designado por Autoridade superior (Comandante da FT ou GT, por exemplo)
e o Encarregado de Navegação, após analisar os fatores a serem considerados para sua seleção, julgar
que a posição não é segura para o fundeio, deve recomendar ao Comandante que solicite um novo ponto.
A plot a gem do fu n deio de pr ecisã o pode ser visu a liza da n a s F igu r a s 8.21 e 8.22.
Figura 8.21 –
Figura 8.22 –
É in t er essa n t e n ot a r qu e a dist â n cia escovém – pa ssa diço do n a vio deve ser leva da em
con t a qu a n do do t r a ça do dos cír cu los de dist â n cia , n a fa se de plot a gem do fu n deio de pr ecisã o,
pois deseja -se la r ga r o fer r o qu a n do o escovém est iver sobr e o pon t o de fu n deio, m a s a posiçã o
det er m in a da do n a vio cor r espon de à posiçã o do pa ssa diço, on de est ã o ger a lm en t e loca liza dos
os pelor os u t iliza dos pa r a obt en çã o da s m a r ca ções, com o se pode ver ifica r n a F igu r a 8.23.
Dest a for m a , em bor a o cen t r o dos cír cu los de dist â n cia seja o pon t o de fu n deio, o ze ro de
dist â n cia est a r á sobr e o r u m o fin a l, a u m a dist â n cia do pon t o de fu n deio igu a l à dist â n cia
escovém – pa ssa diço. Assim , qu a n do o pa ssa diço est iver n est e pon t o, o escovém est a r á exa t a -
m en t e sobr e o pon t o de fu n deio, e o fer r o poder á ser la r ga do. A dist â n cia escovém – pa ssa diço
pode va r ia r de a pr oxim a da m en t e 10 ja r da s, n u m pequ en o n a vio, a t é cer ca de 300 ja r da s, n u m
su per -pet r oleir o ou gr a n de Na vio-Aer ódr om o.
Figura 8.23 –
c . Ap ro x im a ç ã o e e x e c u ç ã o d o fu n d e io d e p re c is ã o
Antes da execução do fu n de io de pre cisão , a e qu ipe de n ave gação deve ser informada
da s ca r a ct er íst ica s da m a n obr a , t a is com o objet os a ser em m a r ca dos n a der r ot a de a pr oxim a -
çã o, m a r ca çã o de gu in a da pa r a a r efer ida der r ot a , r u m o fin a l e m a r ca de pr oa (ou popa ) n est e
r u m o, objet o de r efer ên cia e va lor da m a r ca çã o de la r ga da do fer r o. O E n ca r r ega do de Na vega -
çã o deve, a in da pa r t icipa r a o Com a n da n t e do n a vio e a o Oficia l de Ma n obr a det a lh es da fa in a ,
especia lm en t e o r u m o fin a l e o objet o de r efer ên cia pela pr oa (ou popa ) n a der r ot a de a pr oxi-
m a çã o, a pr ofu n dida de e o t ipo de fu n do n o pon t o de fu n deio e a s con dições pr ová veis de ven t o
e m a r é. O E n ca r r ega do do Con vés (e/ou Mest r e do n a vio) deve ser in for m a do da pr ofu n dida de
e da qu a lida de do fu n do n o pon t o fu n deio, da s con dições de ven t o e m a r é esper a da s pa r a o
loca l n o m om en t o da fa in a , do h or á r io pr evist o pa r a o fu n deio e o fila m e a ser u t iliza do.
Du r a n t e a execu çã o da a pr oxim a çã o, deve ser bu sca da a m a ior pr ecisã o possível n a
n a vega çã o, t om a n do-se os segu in t es cu ida dos:
ß os desvios da s a gu lh a s e r epet idor a s u t iliza da s devem est a r bem det er m in a dos e ser leva dos
em con t a antes da plotagem das LDP;
• er r o de dist â n cia do r a da r deve ser con sider a do;
Con for m e o n a vio se a pr oxim a do pon t o de fu n deio, a velocida de deve ser r edu zida . Nã o
h á r egr a s fixa s pa r a est e pr ocesso de r edu çã o, depen den do do t ipo de n a vio a s dist â n cia s
cor r espon den t es a os diver sos r egim es de m á qu in a s. P a r a n a vios do por t e de Con t r a t or pedeir os
a s segu in t es r egr a s ger a is sã o in dica da s:
1. A 1.000 ja r da s do pon t o de fu n deio, r edu zir pa r a u m a velocida de de 5 a 7 n ós;
2. Depen den do do ven t o e cor r en t e, a s m á qu in a s devem ser pa r a da s a cer ca de 300 ja r da s do
pon t o de fu n deio;
3. À m edida qu e o n a vio se a pr oxim a do pon t o, a s m á qu in a s devem ser r ever t ida s, de m odo a
qu ebr a r t odo o segu im en t o pa r a va n t e e da r u m pou co de segu im en t o pa r a r é qu a n do o
escovém est iver dir et a m en t e sobr e o pon t o de fu n deio. Um pou co de segu im en t o pa r a r é é
desejá vel qu a n do se la r ga o fer r o, especia lm en t e pa r a n a vios com pr oa bu lbosa ou com
dom o de son a r n a pr oa , com o m ost r a do n a F igu r a 8.24.
Figura 8.24 – Fundeio de navio como domo de sonar na proa
4. La r ga -s e o fer r o qu a n d o for p r een ch id a
exa t a m en t e a m a r c a ç ã o d e l a r g a d a e
det er m in a -se im edia t a m en t e a posiçã o do
p o n to d e fu n d e io re a l.
É n ecessá r io, a in da , est a belecer u m ser viço de con t r ole da posiçã o de fu n deio, qu e deve
ver ifica r a posiçã o do n a vio a ca da 15 ou 30 m in u t os, m a r ca n do pon t os det er m in a dos pelo
E n ca r r ega do de Na vega çã o. As posições det er m in a da s devem , a pós a plot a gem , loca liza r -se
den t r o do Cír cu lo de Gir o do P a ssa diço. Ca so u m a da s posições se loca lize for a , ou t r a posiçã o
deve ser im edia t a m en t e det er m in a da e, se for con fir m a da su a loca liza çã o for a dos lim it es do
CGP , é sin a l de qu e o n a vio est á ga r r a n do e o E n ca r r ega do de Na vega çã o, o E n ca r r ega do do
Con vés e o Com a n da n t e do n a vio devem ser im edia t a m en t e a ler t a dos.
P a r a evit a r qu e a ca r t a seja r a su r a da pelo excesso de posições plot a da s n o m esm o loca l,
qu a n do se con t r ola a posiçã o de fu n deio, u sa -se sobr epor u m peda ço de pa pel veget a l a u plá s-
t ico t r a n spa r en t e à á r ea de fu n deio e, en t ã o, fa zer a plot a gem da s posições de con t r ole sobr e
est e veget a l ou plá st ico, con ser va n do o bom est a do da ca r t a .
Adem a is, deve ser est a belecida u m a r ot in a de ver ifica çã o da a m a r r a (“a n ch or wa t ch ”),
n or m a lm en t e execu t a da pelo polícia de ser viço, a fim de obser va r per iodica m en t e com o est á
dizen do a a m a r r a , se est á da n do t r a n cos, et c..
8.11 EXERCÍCIOS
Figura 8.26
1. Dê os nomes dos elementos da curva de
giro mostrada na Figura 8.26.
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
2. Seu n a vio est á ocu pa n do u m post o a 5.000 ja r da s n a popa do NAeL MINAS GE RAIS, qu e
é o Gu ia da F or m a t u r a , n o Ru m o 090º, velocida de 15 n ós, e r ecebe or dem pa r a desloca r -se
pa r a u m n ovo pon t o, a 1.000 ja r da s n a popa do Gu ia , u t iliza n do a Velocida de de E volu çã o
de 21 n ós. Da Ta bela de Aceler a çã o e Desa celer a çã o do n a vio sa be-se qu e a r a zã o dist â n cia /
va r ia çã o de velocida de é de 100 ja r da s por n ó. Qu a l deve ser a dist â n cia en t r e ser n a vio e
o Gu ia qu a n do você r edu zir a velocida de de 21 pa r a 15 n ós ?
RES P OS TA:
3. Com ba se n a Ta bela de Aceler a çã o e Desa celer a çã o do seu n a vio, m ost r a da n a F igu r a 8.27
r espon der à s segu in t es qu est ões:
a . O seu n a vio en con t r a -se n a vega n do n a velocida de 15.0 n ós e r ecebe or dem pa r a a celer a r
pa r a 31.0 n ós, a fim de escla r ecer u m con t a t o son a r obt ido por u m h elicópet er o da
cober t u r a . Qu a l o t em po decor r ido, em m in u t os, en t r e a or dem de a u m en t a r a velocida de
15.0 pa r a 31.0 n ós e o m om en t o em qu e o n a vio pa ssa efet iva m en t e a desen volver est a
velocida de?
Figura 8.27 – Tabela de Aceleração e Desaceleração .
TABE LA DE ACE LE RAÇÃO E DE SALE RAÇÃO
(U S AD A P AR A P R E VI N I R A D I S T ÂN C I A
P E R C O R R I D A P E L O N AVI O Q U AN D O
ACE LE RANDO OU DE SACE LE RANDO DE UMA
VE LOCIDADE P ARA OUTRA).
RES P OS TA:
b. Qu a l a dist â n cia per cor r ida pelo seu n a vio en t r e o in st a n t e em qu e a a celer a çã o de 15.0
pa r a 31.0 n ós é or den a da e o in st a n t e em qu e o n a vio pa ssa efet iva m en t e a desen volver
est a velocida de?
RE SP OSTA:
4. O seu navio deve executar a derrota prevista mostrada na Figura 8.28. A TABELA DE DADOS
TÁTICOS para a velocidade e ângulo de leme a serem utilizados consta da Figura 8.29.
Calcular o avanço e o afastamento para a guinada representada (na Figura 8.29). Plotar na
Figura o ponto de guinada, onde a manobra deve ser iniciada, e marcação de guinada (indicando
o objeto de referência para esta marcação).
Figura 8.28 – .
RESPOSTA:
AVANÇO:_______________jardas
AFASTAMENTO:______________jardas
MARCAÇÃO DE GUINADA:
PARA (OBJETO
MARCADO)
Figura 8.29 – .Tabela de dados táticos para a velocidade e ângulo de leme a serem utilizados
na manobra. .
ÂNGULO DE GUINADA AVANÇO (JARDAS) AFASTAMENTO (JARDAS)
15° 48 5
30° 75 15
45° 96 36
60° 112 57
75° 127 87
90° 130 112
105° 127 137
120° 112 160
135° 96 179
150° 75 194
165° 48 203
180° 35 206
Figura 8.32 –
A EQUIP E DE
9 NAVEGAÇÃO
ß con h ecer com pr ecisã o os desvios da gir o e o er r o de ca libr a gem do r a da r e con sider a r seu s
efeit os a n t es da plot a gem da posiçã o;
2. P LOTAD OR
a . plot a n a Ca r t a a s Lin h a s de P osiçã o obt ida s e det er m in a a posiçã o do n a vio, por in t er seçã o
da s LDP ;
b. m a n t ém u m a n a v e g a ç ã o e s tim a d a a cu r a da , a fim de per m it ir u m a cor r et a visu a liza çã o
da sit u a çã o pa ssa da , a t u a l e fu t u r a , e possibilit a r u m a a va lia çã o dos elem en t os e dos efei-
t os da c o rre n te ;
c. in for m a a o E NC NAV a a pr oxim a çã o dos p o n to s d e g u in a d a da der r ot a pr evist a e os
n ovos r u m os a segu ir ;
d. a ler t a a o E NC NAV sobr e sit u a ções per igosa s;
e. r ecom en da r u m os a o E NC NAV, pa r a cor r igir os m ovim en t os do n a vio, de m odo qu e seja
segu ida a der r ot a pr evist a ; e
f. su ger e a o E NC NAV m u da n ça de pon t os a m a r ca r , de m odo a ga r a n t ir â n gu los de cr u za -
m en t o fa vor á veis en t r e a s LDP .
3. ANOTADOR/TELEFONISTA
5. OP ERADOR DO RADAR
a . a com pa n h a os pon t os con spícu os a m a r ca r n o P P I do RADAR e for n ece a s dist â n cia s (ou ,
even t u a lm en t e, t a m bém a s MARCAÇÕE S – RADAR) n os in st a n t es det er m in a dos pelo
ANOTADOR;
b. det er m in a pr im eir o a s dist â n cia s a pon t os pela pr oa ou pela popa , pois est a s va r ia m m a is
r a pida m en t e, e depois a s dist â n cia s a pon t os n a s pr oxim ida des do t r a vés, qu e va r ia m
m a is deva ga r ; e
c. m a n t ém a r epet idor a do RADAR n u m a esca la com pa t ível, a t en t a n do pa r a o fa t o de qu e
qu a n t o m en or o a lca n ce a ju st a do n o RADAR, m a ior a esca la de a pr esen t a çã o da im a gem e
m a ior a pr ecisã o de leit u r a da s dist â n cia s.
É ú t il n a fa se de pla n eja m en t o da n a vega çã o em á gu a s r est r it a s o E NC NAV e o OP E -
RADOR DO RADAR fa zer em u m est u do da á r ea , sobr e a Ca r t a Ná u t ica , det er m in a n do vá r ios
pon t os con spícu os pa r a o RADAR e design a n do-os com let r a s do a lfa bet o fon ét ico. P r epa r a -se,
en t ã o, u m cr oqu is m ost r a n do est es pon t os e, du r a n t e a execu çã o da der r ot a , o ANOTADOR,
in st r u ído pelo E NC NAV, det er m in a r á a o OP E RADOR DO RADAR qu e for n eça dist â n cia s
(ou , even t u a lm en t e, m a r ca ções) pa r a os pon t os ALF A, BRAVO, CH ARLIE , et c., sim plifica n do
o pr ocesso.
6. OP ERADOR DO ECOBATÍMETRO
MARÉS E CORREN -
10 TES D E MARÉ;
CORREN TES
OCEÂN ICAS
F ig u ra 10.1 - F o rç a s g e ra d o ra s d a m a ré
Maré é a oscilação vertical da superfície do mar
ou outra grande massa d’água sobre a Terra,
causada primariamente pelas diferenças na
atração gravitacional da Lua e, em menor ex-
tensão, do Sol sobre os diversos pontos da Terra.
E n t r et a n t o, em bor a o sist em a Ter r a –Lu a com o u m t odo est eja em equ ilíbr io, pa r t í-
cu la s in dividu a is n a Ter r a n ã o est ã o. A for ça cen t r ífu ga é a m esm a em qu a lqu er lu ga r , pois
t odos os pon t os n a su per fície da Ter r a descr evem o m esm o m ovim en t o em t or n o do cen t r o
de m a ssa com u m . E st a s for ça s sã o t oda s pa r a lela s en t r e si e pa r a lela s a u m a lin h a u n in do
o cen t r o da Ter r a a o cen t r o da Lu a . P or ou t r o la do, a for ça gr a vit a cion a l n ã o é a m esm a em
t odos os lu ga r es; a s pa r t ícu la s m a is pr óxim a s da Lu a sofr em u m a for ça gr a vit a cion a l m a ior
qu e a qu ela s loca liza da s n o la do m a is a fa st a do da Ter r a . Adem a is, est a s for ça s n ã o sã o
pa r a lela s, t en do ca da u m a a dir eçã o da lin h a qu e u n e a pa r t ícu la cor r espon den t e a o cen t r o
da Lu a .
Assim , a s re s u lta n te s dessa s for ça s (F r ), m ost r a da s com ên fa se exa ger a da n a F igu r a ,
leva r ã o a á gu a da su per fície a flu ir em dir eçã o a os pon t os da su per fície da Ter r a m a is
pr óxim o e m a is a fa st a do da Lu a (pon t o su b–lu n a r e su a a n t ípoda , r espect iva m en t e). E st e
flu xo ca u sa n íveis de á gu a m a is a lt os qu e o n or m a l n esses pon t os e n íveis m a is ba ixos qu e
F ig u ra 10.2 - Ma ré s d e S izíg ia e Ma ré s d e Qu a d ra tu ra
F ig u ra 10.4 -Ele m e n to s d a s Ma ré s
AMP LITU D E D A MARÉ : Dist â n cia ver t ica l en t r e u m a P M e u m a BM con secu t iva s, igu a l
a h P M – h BM .
E s t a b e le c i m e n t o Vu lg a r d o P o rt o o u E s t a b e le c i m e n t o d o P o rt o (H WF &C:”H IGH
WATE R F ULL AND CH ANGE ”) – m édia dos in t er va los de t em po decor r idos en t r e a pa ssa -
gem da Lu a Ch eia (ou Nova ) pelo m er idia n o su per ior do lu ga r e a ocor r ên cia da pr ea m a r em
dia s de sizígio. De fa t o, a r ot a çã o diá r ia da Ter r a em t or n o de seu eixo t em u m efeit o de
fr icçã o (a t r it o) sobr e a s m a r és. E st e efeit o, a lia do à in ér cia da m a ssa líqu ida , fa z com qu e a s
pr ea m a r es n or m a lm en t e ocor r a m u m det er m in a do per íodo de t em po a pós a pa ssa gem da
Lu a pelo m er idia n o su per ior do loca l. O Es ta be le c im e n to Vu lg a r d o P o rto (H .W.F & C) é
u m a ca r a ct er íst ica do loca l a qu e se r efer e, sen do fu n çã o de u m a sér ie de fa t or es, t a is com o
t opogr a fia , la t it u de e pr esen ça de cor r en t es flu via is ou m a r ít im a s in t er fer in do com a m a r é.
F ig u ra 10.5 - P la n o s d e Re fe rê n c ia s d e Ma ré s
Altitu d e – Dist â n cia ver t ica l en t r e o pon t o con sider a do e o Nível Médio do m a r .
F ig u ra 10.6 -
A - CALADO DO NAVIO
B - PROFUNDIDADE INDICADA PELO
ECOBATÍMETRO
C - PROFUNDIDADE DO LOCAL NO INSTANTE
D - SONDAGEM (PROFUNDIDADE
CARTOGRAFADA) DO LOCAL
E - ALTURA DA MARÉ NO INSTANTE
F - COTA NM-NR
a . Tá bu a s da s Ma r és;
b. Qu a dr os de In for m a ções sobr e a Ma r é r epr esen t a dos n a s Ca r t a s Ná u t ica s;
c. Ca r t a s de cor r en t es de m a r é;
d. In for m a ções sobr e cor r en t es de m a r é con st a n t es de det er m in a da s Ca r t a s Ná u t ica s;
e. Rot eir o; e
f. Alm a n a qu e Ná u t ico.
A segu ir ser ã o m ost r a da s a s m a n eir a s de obt er , a pa r t ir de t a is fon t es, os elem en t os
de m a r és e cor r en t es de m a r é n ecessá r ios a o n a vega n t e.
F ig u ra 10.7 -Tá bu a d a s Ma ré s
• Nos por t os on de a cu r va da m a r é n ã o é sin u soida l obt ém -se r esu lt a do a pen a s a pr oxim a do.
Os n a vega n t es, por t a n t o, dever ã o t om a r cer t a pr eca u çã o, da n do m a r gem de segu r a n ça
igu a l a 10% da a m plit u de.
• Na cost a do Br a sil, a s Ta bela s dó devem ser u sa da s n os por t os de Vit ór ia (E S) pa r a o
Nor t e, on de a m a r é é pr edom in a n t em en t e sem idiu r n a .
EXEMP LOS :
a . Qu a l a lt u r a da m a r é pr evist a n o fu n dea dou r o de Sa lin ópolis, n o dia 08/3/93, à s 1000P ?
S OLU ÇÃO:
Ma r é pr evist a em Sa lin ópolis, dia 08/3/93 (F igu r a 10.7):
BM 0143 0.1m
PM 0732 5.6m
BM 1358 0.0m
PM 1949 5.6m
A c u rv a d a m a ré em Sa lin ópolis
n o dia 08/3/93 pode ser visu a liza da n a
F igu r a 10.9, on de se com pr ova qu e a cu r va
é s in u s o id a l.
Às 10:00 h or a s, a m a ré em S a li-
n ó p o lis est a r á v a za n d o .
P a r a en t r a r n a Ta be la I:
D u ra ç ã o d a v a za n te : 06 h 26 m @ 06 h 20 m
A t a bela for n ece a s cor r eções a dit iva s ou su bt r a t iva s qu e devem ser a plica da s à s
h or a s e à s a lt u r a s da pr ea m a r e da ba ixa -m a r n o por t o de r efer ên cia (Recife), pa r a obt en çã o
dos elem en t os a n á logos dos por t os secu n dá r ios de Ca m ocim e Ba r r a do Rio Sã o F r a n cisco..
EXEMP LOS :
a . Obt er a p re v is ã o d a s m a ré s pa r a o por t o de Ca m ocim (CE ), n o dia 06/04/93, sa ben do-
se qu e, pa r a est a da t a , é a segu in t e a m a ré p re v is ta pa r a Recife (p o rto d e re fe rê n c ia ):
06/04/93 0315 2.4m PM
3ª feir a 0924 –0.1m BM
Lu a Ch eia 1541 2.5m PM
2153 –0.1m BM
S OLU ÇÃO:
A Ta bela da F igu r a 10.10 for n ece a s segu in t es cor r eções pa r a o por t o de Ca m ocim :
Cor r eçã o P M (in st a n t e): + 02 h 12 m
Cor r eçã o P M (a lt u r a ): + 0,8m
Cor r eçã o BM (in st a n t e): + 02 h 17 m
Cor r eçã o BM (a lt u r a ): + 0,2m
Com bin a n do est a s cor r eções com a m a ré p re v is ta pa r a o p o rto d e re fe rê n c ia
(Recife) obt ém -se a p re v is ã o d e m a ré pa r a o p o rto s e c u n d á rio (Ca m ocim ):
F ig u ra 10.11 -
F ig u ra 10.12 - In fo rm a ç õ e s s o bre a Ma ré
M.L.W.S . – Ba ixa –m a r m édia de sizígia (“ME AN LOW WATE R SP RINGS”): r epr esen t a a
a lt u r a , a cim a do Nível de Redu çã o da Ca r t a Ná u t ica em qu est ã o, da m édia da s ba ixa –
m a r es de sizígia , ou seja , a m édia da s m a is ba ixa s ba ixa –m a r es.
F ig u ra 10.13 -
F ig u ra 10.14 -
• E m SIZÍGIAS:
MH WS – NM = a (cot a da P M de sizígia a cim a do NM)
NM a = h 1 (a lt u r a da BM de sizígia )
• E m QUADRATURAS:
MH WN – NM = b (cot a da P M de qu a dr a t u r a a cim a do NM)
NM – b = h 2 (a lt u r a da BM de qu a dr a t u r a )
O exem plo a ba ixo ilu st r a o em pr ego do MÉ TODO E XP E DITO DE P RE VISÃO:
Obt er , pelo MÉ TODO E XP E DITO DE P RE VISÃO (ou MÉ TODO DE E STABE LE CI-
ME NTO DO P ORTO), a m a ré p re v is ta n o por t o de Su a pe (P E ), n o dia 30 de ju lh o de 1993.
S o lu ç ã o :
1. Cá lcu lo da h or a da pa ssa gem da Lu a pelo m er idia n o do loca l e dos h or á r ios da s P M:
• O Alm a n a qu e Ná u t ico pa r a 1993 for n ece, n a pá gin a 155, a s in for m a ções sobr e a pa ssa gem
m er idia n a da Lu a em Gr een wich n os dia s 30 e 31 de ju lh o.
2. Cá lcu lo da s a lt u r a s da s P M
• A Ta bela de F a ses da Lu a exist en t e n o fin a l da pu blica çã o DG6 “Tá bu a s da s Ma r és”
for n ece os segu in t es da dos (ver F igu r a 10.15):
F ig u ra 10.15 - F a s e s d a Lu a
• E n t ã o, pode-se ca lcu la r :
NM = 1,2m
cot a P M – NM = 0,8m
h BM = 0,4m (ALTURAS DAS BAIXA-MARE S)
4. Dest a for m a , a m a ré p re v is ta pa r a Su a pe, obt ida pelo MÉ TODO E XP E DITO DE P RE -
VISÃO (ou MÉ TODO DO E STABE LE CIME NTO DO P ORTO), pa r a o dia 30/07/93, ser á :
PM 0037 2,0m
BM 0650 0,4m
PM 1303 2,0m
BM 1915 0,4m
PM 0130 2,0m (31/07/93)
Com o for m a de a va lia r a pr ecisã o, a con fia n ça e a s lim it a ções do MÉ TODO E XP E DITO
DE P RE VISÃO, a pr esen t a -se a p re v is ã o d e m a ré s pa r a Su a pe, pa r a 30/07/93, obt ida da
a n á lise h a r m ôn ica da m a r é:
PM 0132 2,0m
BM 0800 0,5m
PM 1413 1,9m
BM 2015 0,5m
PM 0223 2,1m (31/7/93)
P ode-se con st a t a r qu e os r esu lt a dos en con t r a dos pelo MÉ TODO E XP E DITO (ou MÉ -
TODO DO E STABE LE CIME NTO DO P ORTO) sã o r a zoa velm en t e pr ecisos, pa r a fin s de
n a vega çã o, qu a n do n ã o se dispõem dos da dos de pr evisã o for n ecidos n a s “Tá bu a s da s Ma r és”.
Sã o per t in en t es a s segu in t es obser va ções fin a is sobr e est e a ssu n t o:
a . em vir t u de dos con ceit os e su posições bá sica s a dot a da s, o MÉ TODO DO E STABE LE CI-
ME NTO DO P ORTO só deve ser em pr ega do n os loca is on de a m a r é for s e m id iu rn a , n ã o
se a plica n do à s m a r és de desigu a lda des diu r n a s, m ist a s e diu r n a s. Na cost a do Br a sil
bon s r esu lt a dos sã o en con t r a dos n os por t os de Vit ór ia (E S) pa r a o Nor t e.
b. a lém de ser vir em pa r a em pr ego com o MÉ TODO E XP E DITO DE P RE VISÃO, os da dos
dos qu a dr os de INF ORMAÇÕE S SOBRE A MARÉ r epr esen t a dos n a s Ca r t a s Ná u t ica s
pr opor cion a m u m a boa idéia da s ca r a ct er íst ica s da m a r é n os loca is a qu e se r efer em ,
da n do n oçã o da a m plit u de da m a r é em sizígia e em qu a dr a t u r a e for n ecen do a cot a do
Nível Médio a cim a do Nível de Redu çã o.
P or t o de Lu ís Cor r eia ;
P or t o de Na t a l;
P or t o de Sa lva dor ;
It a pessoca ;
P or t o de Ma dr e de Deu s
P or t o de Vit ór ia ;
Ba ía de Gu a n a ba r a e P or t o do Rio de J a n eir o;
P or t o de Sa n t os; e
P or t o de P a r a n a gu á .
P or t o do Rio de J a n eir o
sá ba do 0849 0,1m BM
2111 0,3 BM
S o lu ç ã o :
• Con for m e m en cion a do, a seleçã o da ca r t a a ser u t iliza da é feit a t en do-se em con t a a
difer en ça em h or a s en t r e o in st a n t e con sider a do e o da pr ea m a r pr evist a m a is pr óxim a .
Nest e ca so:
INSTANTE CONSIDE RADO: 1200
P RE AMAR P RE VISTA: 1458
DIF E RE NÇA: 0258 (va lor qu e é a r r en don da do pa r a 3 h or a s)
• P or t a n t o, ser á selecion a da a ca r t a cor r espon den t e a 3 H ORAS ANTE S DA P RE AMAR,
qu e est á r epr odu zida n a F igu r a 10.16.
F ig u ra 10.16 -
Além da s Ca r t a s de Cor r en t es de
Ma r é, a lgu m a s Ca r t a s Ná u t ica s a pr esen -
t a m , t a m b é m , i n for m a çõe s s ob r e
c o rre n te s d e m a ré (F igu r a 10.17).
E st a s in for m a ções, u sa da s pa r a o
pla n eja m en t o, devem ser sem pr e ver ifica -
da s e, se n ecessá r io, cor r igida s du r a n t e a
n a vega çã o, pela com pa r a çã o da s posições
obser va da s e est im a da s, pelo desloca m en t o
de objet os qu e bóia m , pela posiçã o de em -
ba r ca ções fu n dea da s, pela obser va çã o de
bóia s, et c.
10.11EXERCÍCIOS S OB RE MARÉS E
CORREN TES D E MARÉ
1. A p re v is ã o d e m a ré s pa r a o por t o de Recife, n o dia 08/03/93 é:
S o lu ç ã o :
Loca l: Recife (P E ) – H or a : 1800P – Da t a : 08/3/93
Du r a çã o da va za n t e: 06h 15 m in
In t er va lo de t em po desde a m a r é m a is pr óxim a : 01h 58 m in
Ta bela I (cen t ésim os de a m plit u de): 23
Am plit u de da m a r é: 2,8m
Ta bela II (cor r eçã o da a lt u r a ): 0,7m
Alt u r a da m a r é m a is pr óxim a : 2,6m (P M)
Alt u r a da m a r é à s 1800P : 1,9m
Re s p o s ta :
Alt u r a pr evist a pa r a a m a r é em Recife, n o dia 08/03/93, à s 1800P : 1,9 m et r os.
2. Con h ecen do-se a F ASE DA LUA n a da t a con sider a da n o exer cício a n t er ior (08/3/93 –
LUA CH E IA), in for m a r qu a l a m a r é pr odu zida qu a n do a Lu a est á n est a fa se e qu a is sã o
su a s pr in cipa is ca r a ct er íst ica s.
Re s p o s ta :
Re s p o s ta :
H or a Alt u r a H or a Alt u r a
B AIXA-MARES :
H or a Alt u r a H or a Alt u r a
Re s p o s ta :
F ig u ra 10.18 -
F ig u ra 10.19 - Circ u la ç ã o bá s ic a d a a tm o s fe ra e o s g ra n d e s s is te m a s d e v e n to
E st e flu xos, a fet a dos pelo E feit o de Cor iolis, qu e ca u sa u m d e s v io p a ra a d ire ita ,
n o H em isfér io Nor t e, e pa r a a e s qu e rd a n o H em isfér io Su l, con st it u em os gr a n des v e n to s
a lís io s (ALÍSIOS DE NE , n o H em isfér io Nor t e e ALÍSIOS DE SUDE STE , n o H em isfér io
Su l), m ost r a dos n a F igu r a 10.19.
O a r a qu ecido n a zon a t ór r ida desloca -se em a lt it u de pa r a r egiões m a is a fa st a da s do E qu a -
dor e pa ssa a r esfr ia r -se, com a u m en t o da den sida de. Na a lt u r a da s la t it u des de 30° N e 30° S, o
a u m en t o da den sida de é t a l qu e o a r m er gu lh a , or igin a n do, n essa s r egiões, zon a s per m a n en t es de
a lt a s pr essões a t m osfér ica s, den om in a da s CINTURÕE S DE ALTA SUBTROP ICAL.
Dessa s zon a s de a lt a pr essã o, o a r flu i t a n t o pa r a a zon a equ a t or ia l (VE NTOS ALÍ-
SIOS), com o pa r a zon a s de ba ixa pr essã o sit u a da s em la t it u des m a is a lt a s. Nova m en t e em
vir t u de do E feit o de Cor iolis, qu e ca u sa u m desvio pa r a a dir eit a n o H em isfér io Nor t e e
pa r a a esqu er da n o H em isfér io Su l, os ven t os r esu lt a n t es em a m bos os h em isfér ios sopr a m
da dir eçã o ger a l Oest e (W), sen do a s á r ea s em qu e a t u a m , en t ã o, den om in a da s de Cin t u r ã o
de Ven t o Oest e, ou Oest es P r eva lecen t es (ver F igu r a 10.19).
Os P ólos con st it u em re g iõ e s d e a lta s p re s s õ e s a tm o s fé ric a s (ALTAS P OLARE S),
de on de flu i o a r pa r a r egiões m en os fr ia s. Ain da por ca u sa do E feit o de Cor iolis (desvio
pa r a a dir eit a n o H em isfér io Nor t e e pa r a a E squ er da n o H em isfér io Su l), os ven t os qu e
sopr a m dos P ólos pa r a u m a r egiã o de ba ixa s pr essões n a a lt u r a da la t it u de de 60° N e 60°
S flu em da dir eçã o ger a l Lest e, sen do, en t ã o, den om in a dos E st es P ola r es (ver F igu r a 10.19).
A zon a de ba ixa pr essã o a cim a cit a da é con h ecida com o F r en t e P ola r .
A a çã o desses g ra n d e s s is te m a s d e v e n to sobr e os o c e a n o s ca u sa u m a cir cu la çã o
pr edom in a n t em en t e su per ficia l e em in en t em en t e h or izon t a l. O ven t o, sopr a n do sobr e a
su per fície do m a r , põe a á gu a em m ovim en t o, em con seqü ên cia do efeit o de fr icçã o n o m eio
flu ido (a r r a st a m en t o sobr e a s ca m a da s su per ficia is do m a r ). A dir eçã o do m ovim en t o da
á gu a n o ocea n o n ã o é a qu ela do ven t o. A ro ta ç ã o da Ter r a or igin a a fo rç a d e Co rio lis , em
con seqü ên cia da qu a l a s cor r en t es ger a da s pelo ven t o n a ca m a da su per ficia l, por ele a fet a da ,
m ovem -se pa r a a e s qu e rd a d o v e n to , n o H em isfér io Su l, e pa r a a d ire ita , n o H em isfér io
Nor t e (F igu r a 10.20). E st e desvio de á gu a s su per ficia is e de blocos de gelo, qu e per cor r em
va st a s dist â n cia s, r epr esen t a m u m pa pel im por t a n t e n a for m a çã o da s cor r en t es oceâ n ica s.
A in te n s id a d e d o d e s v io d e p e n d e d a v e lo c id a d e d a p a rtíc u la e d e s u a la titu d e ,
s e n d o n u la n o Equ a d o r e m á x im a n o s P ó lo s . Um a pa r t ícu la em r epou so n ã o é a fet a da
e t a m pou co u m a pa r t ícu la qu e se m ove exa t a m en t e n a dir eçã o Lest e- Oest e n o E qu a dor .
F ig u ra 10.21 -
Movimento real da água produzido por um
sistema de ventos quase fechado, no
Hemisfério Norte (desvio 90° para a direita)
A Co rre n te d o P a c ífic o N o rte cir cu la desde os 160° de Lon git u de Lest e a t é os 150°
de Lon git u de Oest e, t r a n spor t a n do á gu a s da Cor r en t e de Ku r osh ivo n a dir eçã o E SE .
O ú lt im o com pon en t e do S is te m a Ku ro s h iv o , a Co rre n te d e Ts u s h im a, t em dir eçã o
Nor t e e cir cu la n o Ma r do J a pã o.
Na pa r t e or ien t a l do P a cífico Nor t e, a Co rre n te d o Ala s k a flu i pa r a o Nor t e, a o
la r go da cost a do Ala ska , per cor r e a s Ilh a s Aleu t a s e en t r a n o Ma r de Ber in g, on de su a s
á gu a s se r esfr ia m e in flet em pa r a Su doest e, pa r a for m a r a Co rre n te d e Ka m c h a tk a , qu e,
a pa r t ir dos 50° de La t it u de Nor t e, a pr oxim a da m en t e, t om a o n om e de Co rre n te d e Oy a -
s h io , pa r a ch ega r a t é a s ilh a s set en t r ion a is do J a pã o.
A Co rre n te d a Ca lifó rn ia , a lim en t a da pela s á gu a s da Co rre n te d o P a c ífic o N o rte ,
ba n h a a s cost a s ociden t a is da Am ér ica do Nor t e desde os 48° de La t it u de Nor t e e u n e-se à
Co rre n te N o rte Equ a to ria l n a La t it u de de 23° N. A Co rre n te d a Ca lifó rn ia est á a sso-
cia da a o fen ôm en o de re s s u rg ê n c ia qu e se m a n ifest a de m a n eir a n ot á vel n os 41° e 35° de
La t it u de Nor t e.
F ig u ra 10.33 (a ) - Re s s u rg ê n c ia n o He m is fé rio S u l
N a s it u a çã o m os t r a d a n a F igu r a
10.33 (b), o ven t o sopr a n do pa r a lelo à cost a ,
a fa s t a n d o-s e d o ob s e r v a d or , t a m b é m
pr odu zir ia , n o H em isfér io Su l, a fa st a m en t o
da s á gu a s su per ficia is e re s s u rg ê n c ia da s
á gu a s su b-su per ficia is r ica s.
F ig u ra 10.34 - S u bs id ê n c ia n o He m is fé rio S u l
F ig u ra 10.35 -
Dest a for m a , t or n a –se im por t a n t e
pa r a o n a vega n t e o con h ecim en t o a n t eci-
pa do dos e le m e n to s d a c o rre n te (R cor e
vel cor ), a fim de levá -los em con sider a çã o
n o p la n e ja m e n to e n a e x e c u ç ã o d a d e r-
ro ta .
CORREN TES
A cor r en t e a o la r go t em a dir eçã o ger a l SW, com o velocida de m á xim a de 1 n ó.
F ig u ra 10.36 -
a. Ag u lh a s Ma g n é tic a s
Con for m e vist o, n or m a lm en t e os n a vios possu em du a s Agu lh a s Ma gn ét ica s: a a g u lh a
p a d rã o , in st a la da n o t iju pá , em u m loca l o m a is livr e possível da s in flu ên cia s dos fer r os de
bor do e de visa da desobst r u ída , e a a g u lh a d e g o v e rn o , coloca da n o pa ssa diço, por a n t e-
a va n t e da r oda do lem e.
P ela a g u lh a p a d rã o é qu e se det er m in a m os ru m o s e m a rc a ç õ e s . A a g u lh a d e
g o v e rn o ser ve, ba sica m en t e, pa r a o gover n o do n a vio. O r u m o da a g u lh a d e g o v e rn o é
obt ido por com pa r a çã o com a a g u lh a p a d rã o . O pr ocedim en t o con sist e em coloca r o n a vio
n o r u m o da a gu lh a pela a g u lh a p a d rã o e, n essa sit u a çã o, ler -se o r u m o in dica do n a a gu -
lh a de gover n o, pela qu a l pa ssa -se a gover n a r o n a vio.
E m a lgu n s n a vios, su pr im iu -se a a g u lh a d e g o v e rn o , sen do in st a la do n a a g u lh a
p a d rã o , n o t iju pá , u m per iscópio pa r a leit u r a s de r u m o pelo t im on eir o, n o pa ssa diço.
No qu e se r efer e à gr a du a çã o da ro s a d e ru m o s da Ag u lh a Ma g n é tic a , in icia lm en t e
a bú ssola er a u sa da a pen a s pa r a in dica r o N o rte . Logo, en t r et a n t o, foi in t r odu zido o con ceit o
de m a r ca r ou t r a s dir eções a o r edor da bor da da a gu lh a . As dir eções m a r ca da s r ecebem os
n om es dos vá r ios ven t os, con h ecidos com o Nor t e, Lest e, Su l e Oest e. P or isso, à r osa da a gu -
lh a foi da do o n om e de ro s a d o s v e n to s . Depois da s d ire ç õ e s c a rd e a is (N,E ,S e W), vier a m
a s d ire ç õ e s in te rc a rd e a is (ou cola t er a is), NE , SE , SW e NW e, em segu ida , su bdivisões
m en or es, t a is com o NNE , E NE , E SE , SSE , SSW, WSW, WNW e NNW. E st e sist em a r esu lt a
n a divisã o de u m cír cu lo com plet o (360°) em 32 “pon t os” (1 pon t o = 11° 15'). Ca da pon t o, por
su a vez, é dividido em m eio pon t o e 1/4 de pon t o. Um a r osa com plet a dest e t ipo, com os 32
“pon t os”, su a s su bdivisões e a s design a ções da s qu a rta s est á m ost r a da n a F igu r a 11.1. A
gr a du a çã o da r osa em “pon t os” e qu a r t a s est á , h oje, obsolet a , m a s pode ser , a in da , en con t r a da
em a lgu m a s em ba r ca ções, especia lm en t e veleir os. A t a bela da F igu r a 11.2 per m it e con ver t er
a ro s a e m p o n to s e a ro s a e m qu a rta s em ro s a c irc u la r (000° a 360°).
Um desen volvim en t o r ecen t e da Ag u lh a Ma g n é tic a é a a g u lh a e le trô n ic a , qu e
ba seia seu fu n cion a m en t o n a m edida do ca m po m a gn ét ico t er r est r e. E la n ã o u sa , com o a
bú ssola t r a dicion a l, a lei de a t r a çã o e r epu lsã o dos pólos m a gn ét icos.
F ig u ra 11.1 - Ro s a g ra d u a d a e m g ra u s e p o n to s e qu a rta s
c. Ag u lh a s Giro s c ó p ic a s e s e u s a c e s s ó rio s
No qu e se r efer e à s Ag u lh a s Giro s c ó p ic a s , é im por t a n t e r egist r a r qu e, ca da vez
m a is com pa ct a s, pr ecisa s e sofist ica da s (u t iliza n do gir oscópios elet r ôn icos, m a n ca is m a g-
n ét icos, et c.), h oje em dia sã o in st a la da s n o pa ssa diço e n ã o m a is em com pa r t im en t o pr ópr io
(P CI). Além disso, den t r o da t en dên cia de dispor de r edu n dâ n cia n os sist em a s vit a is de
bor do, os n a vios m oder n os, em bor a sem dispen sa r a s Ag u lh a s Ma g n é tic a s , t êm , n or m a l-
m en t e, du a s Ag u lh a s Giro s c ó p ic a s , u m a com o “ba ck-u p” da ou t r a .
F ig u ra 11.4 - Es p e lh o Azim u ta l
a . E s p e l h o a z i m u t a l (F igu r a 11.4): é
con st it u ído por u m a a lida de com espe-
lh o e pr ism a de r eflexã o, u t iliza do pa r a
obt en çã o de a zim u te s e m a rc a ç õ e s ,
de m a n eir a sem elh a n t e a o c írc u lo a zi-
m u ta l.
F ig u ra 11.5 - U s o d o e s p e lh o a zim u ta l
F ig u ra 11.6 - Alid a d e Te le s c ó p ic a
O “S T AR S C O P E ”, m os t r a d o n a
F igu r a 11.9, é s em elh a n t e a o
“D AT AS C O P E ”, p e r m i t i n d o l e i t u r a s
digit a is pr ecisa s de m a r ca ções. Adem a is,
i n cor p or a u m a ca p a ci d a d e d e v i s ã o
n ot u r n a , a m plifica n do m a is de 1.000 vezes
a lu m in osida de exist en t e.
a. Od ô m e tro d e s u p e rfíc ie
O o d ô m e tro d e s u p e rfíc ie (F igu r a 11.10) é for m a do por u m h é lic e , u m v o la n te ,
u m a lin h a d e re bo qu e e u m re g is tra d o r, m on t a dos com o ilu st r a do n a F igu r a 11.11.
F ig u ra 11.10 - Od ô m e tro d e S u p e rfíc ie Figu ra 11.11 - Odôm e tro de Su pe rfície - m e cân ico
REGISTRADOR (CONTADOR)
LINHA
VOLANTE
HÉLICE
* Os dicion á r ios list a m H ODÔME TRO com o gr a fia pr in cipa l da pa la vr a . Con t u do, a ceit a m , t a m bém , a for m a
ODÔME TRO, qu e ser á u t iliza da n est e t r a ba lh o, por ser de u so m a is com u m n a n a vega çã o
LEITURA
0220.2
A leit u r a do m ost r a dor deve obedecer à or dem cit a da a n t er ior m en t e e a dist â n cia
deve ser in dica da por cin co a lga r ism os, os décim os in clu sive, com o det er m in a m a s in st r u ções
sobr e o u so de in st r u m en t os de n a vega çã o.
• m a r m u it o a git a do;
• m á con ser va çã o;
• h élice r eboca n do lixo ou a lga s;
• com pr im en t os de lin h a s in a dequ a dos.
re s u lt a n t e d o m o v i m e n t o d o n a v i o a t ra v é s d a á g u a (p re s s ã o d i n â m i c a ), com o
m ost r a do n a F igu r a 11.14. Assim , qu a n t o m a ior for a velocida de do n a vio sobr e a á gu a ,
m a ior ser á a difer en ça en t r e est a s du a s pr essões.
F ig u ra 11.15 - Od ô m e tro d e fu n d o (tip o
d e p re s s ã o ) F ig u ra 11.15 (b) - Od ô m e tro d e fu n d o
A
B
VAN TAGEN S
• Nã o exist em elem en t os ext er ior es m óveis. É , con t u do, su scept ível a en t u pim en t os do
t u bo m er gu lh a do.
• Obt êm -se in dica ções dir et a s de velocida de. O r egist r a dor de dist â n cia depen de do fu n -
cion a m en t o sa t isfa t ór io do m eca n ism o in t egr a dor .
RIGOR
Ofer ece u m r igor da or dem de m eio n ó, a pr oxim a da m en t e.
O o d ô m e tro e le tro m a g n é tic o u t iliza est e pr in cípio. A F igu r a 11.18 m ost r a o ele-
m en t o sen sível do odôm et r o, in st a la do em u m dom o m er gu lh a do a ba ixo da qu ilh a , n o qu a l
o ca m po m a gn ét ico é pr odu zido por u m a bobin a . A su per fície ext er ior do elem en t o sen sível
é isola n t e, excet o em dois pon t os (bot ões) sit u a dos u m de ca da la do do dom o. O pla n o qu e
con t ém os bot ões é sen sivelm en t e h or izon t a l e o eixo da bobin a é per pen dicu la r a est e
pla n o, bem com o à s lin h a s do ca m po m a gn ét ico por ela pr odu zido.
F ig u ra 11.18 -
d. Ve lo c ím e tro s
Sã o n or m a lm en t e a t u a dos por u m a h a st e qu e se pr ojet a do ca sco da em ba r ca çã o.
E st a h a st e pode ser pu xa da pa r a t r á s pela á gu a , em fu n çã o da velocida de da em ba r ca çã o,
ou ser a copla da a u m pequ en o h élice, cu ja s r ot a ções sã o con t a da s elét r ica ou elet r on ica m en t e.
No t ipo h idr á u lico, à m edida qu e a h a st e se in clin a , est e m ovim en t o é t r a n sm it ido a o êm bolo
de u m cilin dr o, qu e com pr im e u m líqu ido, o qu a l, por su a vez, a ge sobr e o in dica dor do
v e lo c ím e tro .
N o v e lo c ím e tro d e h é lic e , n a h a st e sen sor a fica u m h élice, com seu eixo n o pla n o
lon git u din a l. Com o m ovim en t o do n a vio, o h élice gir a e esse m ovim en t o de r ot a çã o a lim en t a
u m ger a dor de cor r en t e a lt er n a da coloca do n o pr ópr io bosso do h élice. A fr eqü ên cia da
cor r en t e ger a da é pr opor cion a l à v e lo c id a d e do n a vio.
Os sin a is ger a dos sã o a m plifica dos e a s a lt er n â n cia s sã o t r a n sfor m a da s em m ilh a s
n a u n ida de m est r a , por m eio de en gr en a gen s. A fr eqü ên cia da cor r en t e, com o dissem os,
sen do pr opor cion a l à velocida de, é t r a n sfor m a da em n ós n u m in dica dor visu a l.
E ssa s in for m a ções, m ilh a s n a v e g a d a s e v e lo c id a d e , sã o t r a n sm it ida s a diver sa s
re p e tid o ra s , por m eio de m ot or es sín cr on os.
F ig u ra 11.19 - Ve lo c ím e tro
e. Od ô m e tro D o p p le r
O efeit o Doppler é a m u da n ça da fr eqü ên cia de u m a on da qu a n do a fon t e de vibr a çã o
e o obser va dor est ã o em m ovim en t o, u m r ela t iva m en t e a o ou t r o.
O fen ôm en o leva o n om e do físico a u st r ía co Ch r ist ia n J oh a n n DOP P LE R (1803 –
1853) qu e, em 1842, pu blicou u m t r a ba lh o in t it u la do “Sobr e a Lu z Color ida da s E st r ela s
Du pla s”, em qu e descr evia o efeit o em qu est ã o.
Su pon h a m os u m n a vio r eceben do a s on du la ções do m a r dir et a m en t e pela pr oa : a
lin h a da s cr ist a s for m a u m â n gu lo r et o com o pla n o lon git u din a l. In icia lm en t e, o n a vio est á
pa r a do: pa ssa m por u m m esm o pon t o do n a vio, n a u n ida de de t em po, u m n ú m er o de on da s
qu e ch a m a r em os de n . Se o n a vio se desloca r pa r a va n t e, n o sen t ido con t r á r io a o m ovim en t o
F ig u ra 11.20 - On d a s s o n o ra s
Nu m t em po t o som t er á via ja do u m a
dist â n cia Vt, on de V é a velocida de do som
n o m eio con sider a do. Se o cor po son or o est á
em repouso, como mostra do na Figura 11.20
(a ), o n ú m er o de on da s (u m a com pr essã o
m a is u m a r a r efa çã o con st it u em u m on da )
n a dist â n cia Vt é:
on de l é o com pr im en t o da on da .
Se, en t r et a n t o, o cor po son or o est á se m oven do, com o m ost r a do n a F igu r a 11.20 (b),
o m esm o n ú m er o de on da s é com pr im ido n u m a ext en sã o:
Vt - vt = (V - v)t
e o n ovo com pr im en t o da on da l' ser á da do por :
Desde qu e a r ela çã o en t r e a fr eqü ên cia f ' do cor po son or o em m ovim en t o com o ou vida
pelo obser va dor qu e est á em r epou so e o com pr im en t o da on da l’ é da da por :
V = l'.f '
V V V2 l2 x f2 l x f2 fxV
t em -se: f ' = = = ou : f ' = = =
l' l (V - v) l (V - v) l(V - v) V-v V-v
V
fxV
ist o é: f'=
V-v
on de: f ' = fr eqü ên cia do som com o ou vida pelo obser va dor
f = fr eqü ên cia do som n a fon t e son or a
V = velocida de do som n o m eio
v = velocida de da fon t e son or a .
É devido a o efeit o Doppler qu e o som em it ido por u m a fon t e qu e se a pr oxim a é m a is
a gu do; já qu a n do a fon t e son or a se a fa st a , o som é m a is gr a ve. É por isso qu e o som da
bu zin a de u m a u t om óvel pa r ece m a is a gu do qu a n do ele se a pr oxim a , e m a is gr a ve qu a n do
ele se a fa st a . Com a lu z, os r a ios do espect r o se desloca m pa r a o violet a qu a n do a fon t e se
a pr oxim a , e pa r a o ver m elh o qu a n do a fon t e se a fa st a . Isso foi ver ifica do com a lu m in osida de
da s est r ela s e n ot ou -se qu e a s em issões lu m in osa s de t oda s ela s se desloca va m pa r a o
ver m elh o (o ch a m a do “r ed sh ift ”), dem on st r a n do qu e t oda s a s est r ela s est ã o se a fa st a n do
do cen t r o da ga lá xia , de on de H u bble se ba seou pa r a cr ia r a t eor ia do u n iver so em expa n sã o.
O efeit o Doppler é u t iliza do n os r a da r es doppler , son a r doppler e odôm et r os.
O o d ô m e tro d o p p le r possu i, n o ca sco do n a vio, u m t r a n sdu t or de em issã o e u m de
r ecepçã o. Um sin a l de fr eqü ên cia u lt r a -son or a é em it ido (com o se fosse u m ecoba t ím et r o) e
o r ecept or ca pt a o sin a l r eflet ido pelo fu n do do m a r ou por pequ en a s pa r t ícu la s n a á gu a . Se
o n a vio est iver em m ovim en t o, a fr eqü ên cia r ecebida ser á levem en t e difer en t e da fr eqü ên cia
em it ida e o a pa r elh o m ede essa difer en ça elet r on ica m en t e. A difer en ça de fr eqü ên cia s é
dir et a m en t e pr opor cion a l à velocida de do n a vio (ver fór m u la a cim a ). A velocida de é in t egr a da ,
t a m bém elet r on ica m en t e, e a ssim é obt ida a d is tâ n c ia n a v e g a d a .
O o d ô m e tro d o p p le r é o ú n ico qu e m ede a velocida de n o fu n do. As in dica ções dos
ou t r os t ipos est ã o in flu en cia da s pelos m ovim en t os devidos à s cor r en t es oceâ n ica s, cor r en t es
de m a r és, ven t os, et c. Ta m bém o o d ô m e tro d o p p le r t em a va n t a gem de poder in dica r
velocida des m u it o pequ en a s.
Os o d ô m e tro s d o p p le r u sa m dois t ipos de t r a n sm issã o: em pu lsos ou em sin a l
con t ín u o. O qu e em it e pu lsos de u lt r a -son s per m it e u m a t r a n sm issã o m a is pot en t e sem
a va r ia r o r ecept or e por isso pen et r a em gr a n des pr ofu n dida des. O qu e em it e sin a l con t ín u o
n or m a lm en t e só dá leit u r a s, u sa n do o fu n do com o r efer ên cia , a t é 50 m et r os de pr ofu n dida de.
Qu a lqu er qu e seja a em issã o, ger a lm en t e sã o u sa dos com o r efer ên cia : o fu n do a t é cer ca de
90 m et r os de pr ofu n dida de, e a m a ssa d’á gu a a pa r t ir de 90 m et r os. A pr ecisã o n a s in dica ções
é de cer ca de 0,5% da d is tâ n c ia n a v e g a d a , o qu e, n u m a sin gr a du r a de 360 m ilh a s, dá u m a
a pr oxim a çã o de 1,8 m ilh a s.
O sin a l em it ido pelo o d ô m e tro d o p p le r t a m bém se m ove em r ela çã o a o fu n do do
m a r . O efeit o do ba la n ço pode ser elim in a do, da n do a o feixe em it ido u m for m a t o de feixe de
son a r . Ma s o m ovim en t o de ca t u r r o pode in t r odu zir er r os com o m ovim en t o do feixe pa r a
va n t e ou pa r a r é, a t r a vés do fu n do do m a r . Tr a n sdu t or es especia lm en t e pr ojet a dos r edu zem
e a t é elim in a m esses er r os n os gr a n des n a vios, m a s, n a s em ba r ca ções m en or es (ia t es, pes-
qu eir os, et c), eles só poder ã o ser m in im iza dos. Na s in dica ções de dist â n cia s os er r os devido
a o ca t u r r o ger a lm en t e se a n u la m , m a s n a in dica çã o da velocida de sem pr e h a ver á dú vida .
Os gr a n des n a vios, V.L.C.C. (“Ver y La r ge Cr u de Ca r r ier ”) e U.L.C.C. (“Ult r a La r ge
Cr u de Ca r r ier ”), h oje con st r u ídos, ger a lm en t e possu em u m a pa r elh o s o n a r s e n s o r d e
v e lo c id a d e d o p p le r, qu e oper a em dois eixos, u m lon git u din a l e ou t r o t r a n sver sa l. E le
pode in dica r a s velocida des de desloca m en t o do n a vio n o sen t ido pr oa -popa (pa r a va n t e e
pa r a r é), com o pa r a bom bor do e pa r a bor est e. É m u it o ú t il n a s m a n obr a s de a t r a ca çã o,
qu a n do se n ecessit a con h ecer a velocida de de a pr oxim a çã o do ca is com o m á xim o de pr ecisã o.
f. Ta be la RP M x VELOCID AD E
Mu it a s vezes n ã o se dispõe de odôm et r o, n em de velocím et r o, por ém possu ím os in di-
ca dor es de RP M do m ot or . P odem os con h ecer a velocida de desen volvida , desde qu e, pr evia -
m en t e, t en h a m os con st r u ído u m a t a bela de cor r espon dên cia en t r e a s RP M do m ot or e a s
velocida des r esu lt a n t es, o qu e pode ser feit o fa cilm en t e, a t r a vés da c o rrid a d a m ilh a ,
a dia n t e est u da da .
E st a t a bela , in dispen sá vel a bor do, deve, con t u do, ser u t iliza da com cu ida do, u m a
vez qu e, pa r a o m esm o n ú m er o de r ot a ções por m in u t o (RP M), a velocida de cor r espon den t e
depen de, a in da , de ou t r os fa t or es, t a is com o:
• gr a u de lim peza do ca sco;
• est a do do m a r ;
• ca la do;
• ven t o.
Adem a is, con vém t er pr esen t e qu e a velocida de n ã o é u m a fu n çã o lin ea r da s RP M,
sen do a su a cu r va r epr esen t a t iva ba st a n t e a fa st a da da lin h a r et a .
b. Co rrid a d a m ilh a
Os o d ô m e tro s e v e lo c ím e tro s n ecessit a m de a fer içã o ou ca libr a gem per iódica , a
fim de ver ifica r -se a exa t idã o de su a s in dica ções. P a r a ist o, pode-se r ecor r er a vá r ios pr o-
cessos, os qu a is, n a su a essên cia , con sist em t odos em a fer ir r igor osa m en t e a d is tâ n c ia
p e rc o rrid a du r a n t e u m cer t o in te rv a lo d e te m p o .
Den t r e esses pr ocessos, a bor da r em os som en t e a qu ele qu e r ecebe o n om e de c o rrid a
d a m ilh a , por ser o m a is com u m en t e u t iliza do.
N a “c o rri d a d a m i lh a ”, o n a vio efet u a u m a sér ie de per cu r sos (cor r ida s) cu ja
dist â n cia , r igor osa m en t e con h ecida , é defin ida a pa r t ir de m a r ca s con spícu a s em t er r a ,
com o a F igu r a 11.21 ilu st r a .
Adot a -se a m édia dos va lor es de du a s cor r ida s con secu t iva s em r u m os opost os, a n u -
la n do, a ssim , a in flu ên cia da cor r en t e, vist o qu e os seu s efeit os for a m opost os n a s du a s
cor r ida s m en cion a da s.
P a r a m elh or es r esu lt a dos, a c o rrid a d a m ilh a deve ser r ea liza da com bom t em po,
n a a u sên cia de ven t o e em u m loca l on de a pr ofu n dida de seja , pelo m en os, 5 vezes o ca la do
do n a vio (pa r a qu e n ã o h a ja efeit o de pou co fu n do sobr e a s velocida des desen volvida s).
Além disso, a o in icia r ca da cor r ida , o n a vio já deve est a r n o r u m o a dequ a do cer ca de 1
m ilh a a n t es de cr u za r o pr im eir o a lin h a m en t o da m ilh a m e d id a , a fim de ga r a n t ir qu e já
n a vega , r ea lm en t e, n a velocida de cor r espon den t e a o r egim e de m á qu in a s a dot a do, qu a n do
com eça r efet iva m en t e a cor r ida .
c. Ca libra g e m d o s o d ô m e tro s
E n qu a n t o o n a vio fa z a “c o rrid a d a m ilh a ” a pr oveit a -se a opor t u n ida de pa r a , a lém
de det er m in a r a ta be la d e ro ta ç õ e s , efet u a r a c a libra g e m d o s o d ô m e tro s .
Os odôm et r os, t a l com o a con t ece com t odos os in st r u m en t os, t êm os seu s er r os. É
n ecessá r io, por t a n t o, ver ifica r r egu la r m en t e a s su a s in dica ções, com pa r a n do-a s com m edi-
Cá lc u lo s c o rre s p o n d e n te s :
SINAL:
2ª vel fd (2) = 10.59 nós vel od (2) = 9.53 nós vel od > vel fd = ei (+)
vel od < vel fd : ei (-)
• in icia lm en t e, obt en h a a a lt u r a (ou a lt it u de) em pés. Nest e ca so, 18,3 m et r os cor r espon dem
a 60 pés;
• in t r odu za o va lor da a lt u r a (ou a lt it u de) con h ecida (60 pés) n o bra ç o ín d ic e ;
• vise o n a vio pa r a o qu a l se deseja det er m in a r a dist â n cia , a t r a vés da lu n e ta . Assim
com o n o sext a n t e, ser á vist a u m a im a g e m d ire ta e u m a im a g e m re fle tid a . Gir e o
ta m bo r g ra d u a d o de m odo qu e o t ope da im a g e m re fle tid a t a n gen cie a pa r t e de ba ixo
(lin h a d’á gu a ) da im a g e m d ire ta (F igu r a 11.25); e
• leia a d is tâ n c ia dir et a m en t e, em ja rd a s , n o ta m bo r g ra d u a d o .
Ta l com o os dem a is in st r u m en t os ót icos, os e s ta d ím e tro s sã o delica dos e devem ser
m a n u sea da s e gu a r da dos cu ida dosa m en t e. An t es de ser u t iliza do, o e s ta d ím e tro deve ser
a fer ido, pa r a qu e seja m elim in a dos, a t r a vés de r et ifica çã o, er r os in st r u m en t a is a pr eciá veis.
Qu a n do a a lt u r a do m a st r o do n a vio pa r a o qu a l se deseja obt er a dist â n cia é m en or
qu e 50 pés (15 m et r os) pode-se u sa r o a r t ifício de in t r odu zir n o e s ta d ím e tro o dobr o da
a lt u r a e, pa r a obt er a d is tâ n c ia , dividir por 2 a leit u r a do ta m bo r g ra d u a d o .
F ig u ra 11.27 -
DISTÂNCIA PELO SEXTANTE
h or izon t e, se for obser va do o â n g u lo v e r-
(ÂNGULO VERTICAL)
tic a l qu e o su bt en de. Com efeit o, su po-
OBJETO AQUÉM DO HORIZONTE n h a m os qu e u m n a vega dor , com u m a e le -
(TODO VISÍVEL DE BORDO) v a ç ã o “e” (F igu r a 11.27), m ede o â n g u lo
v e rtic a l a segu n do o qu a l obser va u m ob-
jet o, cu ja a ltitu d e “H ” se con h ece e qu e
se en con t r a sit u a do a qu ém do a lca n ce vi-
su a l a o h or izon t e (ist o é, o objet o é t odo
visível de bor do).
Na F igu r a (A) vem os qu e, t eor ica -
m en t e, a dist â n cia D , n a su per fície da Ter -
r a , n ã o é su ben t en dida dir et a m en t e pelo
â n gu lo , m a s, n a pr á t ica , sim plifica -se a
sit u a çã o, a dot a n do a r esolu çã o de u m só
t r iâ n gu lo r et â n gu lo (ver F igu r a B), u m a
vez qu e sã o a ceit á veis a s segu in t es a pr o-
xim a ções:
D = Hcotga
Visa n do fa cilit a r a obt en çã o da s dist â n cia s pelos n a vega n t es, for a m con st r u ída s
Ta bela s, n a s qu a is, en t r a n do-se com os a r gu m en t os de a ltitu d e do objet o, em m et r os, e
â n g u lo v e rtic a l obser va do, obt ém -se a d is tâ n c ia , em m ilh a s, objet o – obser va dor . As
Ta bela s em qu est ã o sã o a pr esen t a da s n a F igu r a 11.30 (A e B ).
F ig u ra 11.30 (a ) - D is tâ n c ia e m m ilh a s p e lo â n g u lo v e rtic a l
Q u a n d o o ob je t o d e a l t u r a
con h ecida est á a lém do h or izon t e (ou seja ,
qu a n do su a pa r t e in fer ior n ã o é visível), o
m ét odo n ã o é in dica do, pelos r esu lt a dos
pou co r igor osos a qu e con du z. Nest e ca so,
é m elh or bu sca r -se a det er m in a çã o da
D = (H - h) cotg (a - dp)
posiçã o por ou t r os m ét odos (ver F igu r a
11.31).
POUCO PRECISA
DESACONSELHÁVEL
AINDA TERIA QUE CORRIGIR DA REFRAÇÃO
11.4.4 TELÊMETRO
É u m a pa r elh o ót ico pa r a det er m in a r dist â n cia s, u su a lm en t e de su a posiçã o a u m
pon t o-a lvo. E le m ede o â n gu lo for m a do pelos r a ios lu m in osos qu e vêm do a lvo e pen et r a m
n o in st r u m en t o por du a s ja n ela s (objet iva s) qu e fica m n a s ext r em ida des. Com esse â n gu lo
e o la do opost o (dist â n cia en t r e a s du a s objet iva s, den om in a da lin h a -ba s e ), o te lê m e tro
r esolve dir et a m en t e o t r iâ n gu lo, for n ecen do a dist â n cia . E xist em dois t ipos de t elêm et r os:
de c o in c id ê n c ia e e s te re o s c ó p ic o .
F ig u ra 11.32 - Te lê m e tro d e Co in c id ê n c ia
TELÊMETRO DE COINCIDÊNCIA O m é t o d o d e c o i n c i d ê n c i a é o m a is
em pr ega do. N est e, o a lvo a pa r ece n a objet iva
NO INÍCIO dividido h or izon t a lm en t e em du a s pa r t es igu a is,
sepa r a da s por u m a lin h a . As du a s m et a des da
im a gem s ã o p r od u zid a s p or ca d a ext r em o d o
in st r u m en t o e podem ser leva da s à coin cidên cia
por in t er m édio de u m bot ã o de com a n do (F igu r a
11.32 A e B ).
Qu a n do a s du a s m et a des da im a gem do
AJUSTANDO objet o visa do sã o leva da s à coin cidên cia , lê-se a
O BOTÃO DE
dist â n cia a o objet o em u m a esca la de dist â n cia s,
MEDIÇÃO
vist a n or m a lm en t e a t r a vés da objet iva .
Os te lê m e tro s ger a lm en t e n ecessit a m ser
a fer idos ou ca libr a dos, com pa r a n do-se a dist â n cia
in dica da pelo in st r u m en t o com u m a dist â n cia de
va lor con h ecido.
F ig u ra 11.33 - Gu a rd a -P o s to
Tem a for m a da F igu r a 11.33 on de S é u m
su por t e de m a deir a , m et a l ou plá st ico, on de dois
pr ism a s A e B sã o a loja dos, com os vér t ices vol-
t a dos pa r a o cen t r o. Sob u m pr ism a lê-se o n ú m er o
16; sob o ou t r o, o n ú m er o 32.
E sses n ú m er os sã o os pa r â m et r os de ca da
pr ism a e in dica m qu e, n a dist â n cia de u m a a m a r -
r a (0,1 m ilh a ), a im a gem de u m objet o vist a a t r a -
vés do pr ism a ser á desvia da ver t ica lm en t e de 16
ou 32 pés, con for m e o pr ism a u sa do. P a r a det er -
m in a r a d is tâ n c ia a u m n a vio, segu r a -se o gu a r -
da -post o pelo su por t e, leva n do-se o pr ism a esco-
lh ido à a lt u r a de u m dos olh os, m a n t en do-se o a pa r elh o per pen dicu la r a o r a io lu m in oso
vin do do n a vio. F a z-se, en t ã o, a visa da t a n gen cia n do a a r est a a do pr ism a , m ost r a da n a
F igu r a 11.33, a o m a st r o do n a vio pa r a o qu a l se deseja m edir a dist â n cia . Nessa oca siã o,
pr ocu r a -se ver sim u lt a n ea m en t e a s im a gen s dir et a do n a vio e r efr a t a da do seu m a st r o,
obser va n do-se em qu e pon t o da im a gem dir et a ca i a im a gem r efr a t a da do t ope do m a st r o.
Com o desvio a ssim obser va do, ser á lida a d is tâ n c ia n o d ia g ra m a r ela t ivo a o n a vio visa do,
n a colu n a cor r espon den t e a o pr ism a u t iliza do (16' ou 32'), in t er pola n do-se essa dist â n cia a
olh o, se n ecessá r io.
Os d ia g ra m a s e s p e c ia is sã o in dispen sá veis pa r a a m edida de d is tâ n c ia s com o
g u a rd a -p o s to . Na F igu r a 11.34 est á r epr odu zido o DIAGRAMA P ARA USO DO GUARDA-
P OSTO r efer en t e a os CT Cla sse “VILLE GAGNON”. Nor m a lm en t e, t a is dia gr a m a s in dica m
a s d is tâ n c ia s de 50 em 50 m et r os pa r a o pr ism a de 32' e de 100 em 100 m et r os pa r a o
pr ism a de 16'.
F ig u ra 11.34 - D ia g ra m a p a ra u s o d o Gu a rd a -P o s to
F ig u ra 11.36 - D is tâ n c ia a o h o rizo n te
D (milhas) = 2 Ö h (metros) Sen do D a d is tâ n c ia a o h o rizo n te
e h a a ltitu d e (ou e le v a ç ã o ) d o o lh o d o
o bs e rv a d o r (F igu r a 11.36).
Assim , se est a m os a 4 m et r os a cim a
d o n ível d o m a r , n os s a d i s t â n c i a a o
h o rizo n te ser á de:
D = 2 Ö4 = 4 m ilh a s
EXEMP LO:
U m obser va dor , em u m n a vio com o r u m o n a dir eçã o do P ã o de Açú ca r , n u m
det er m in a do m om en t o, m ediu a a lt u r a a n gu la r a = 2° 15', o odôm et r o a cu sa n do 786,5';
a lgu m t em po depois, a a lt u r a a n gu la r ß foi de 3° 28' e a leit u r a do odôm et r o foi de 790,0.
Qu a l a dist â n cia da segu n da posiçã o a o P ã o de Açú ca r ?
a = 2° 15' = 135'; ß = 3° 28' = 208'; dist od = 790,0 – 786,5 = 3,5'
a 135
D = dist od x = 3,5 x = 6,5'
b-a 208 - 135
EXEMP LO:
Um fa r ol com 70 m et r os de a lt it u de cobr e 4 cen t ím et r os de u m a r égu a a fa st a da 60
cen t ím et r os do olh o do obser va dor . E n t ã o, a dist â n cia a o fa r ol ser á de:
H 70
D=d = 0,6 X = 1.050 m = 0,57 m ilh a s
L 0,04
E st e m ét odo t a m bém pode ser u sa do h or izon t a lm en t e, qu a n do se t em u m objet o de
com pr im en t o con h ecido (com o a ilh a da F igu r a 11.40). Nest e ca so, a r égu a deve ser segu r a da
h or izon t a lm en t e, com o br a ço est ica do, deven do ser m edida , sobr e a esca la da r égu a , a
dim en sã o do objet o visa do.
Assim , n a F igu r a cit a da , u m obser va dor segu r a a r égu a a u m a dist â n cia d = 60
cen t ím et r os da vist a ; a ilh a , cu jo com pr im en t o é C = 1,2', su bt en de a pa r t e h = 10 cm da
r égu a .
d h Cxd 1,2 x 60
Na F igu r a 11.40 t em -se qu e: = ; ou : D = = = 7,2'
D C h 10
C.d
D= D = P% . C . 10
h
Assim , n a F igu r a 11.41, sobr e a ilh a de com pr im en t o C = 2' o obser va dor est im ou qu e
o polega r , a o se desloca r , a pa r en t em en t e, da posiçã o 1 pa r a a posiçã o 2, per cor r eu a
por cen t a gem P = 30% de C.
A dist â n cia à ilh a ser ia :
D = P % x C x 10 = 0,3 x 2 x 10 = 6'.
E m bor a elem en t a r , esse m ét odo ofer ece r esu lt a dos ca da vez m elh or es com o a u m en t o
da pr á t ica , n a est im a t iva per cen t u a l do desloca m en t o a pa r en t e do polega r .
• pr u m o de m ã o;
• m á qu in a de son da r ; e
• ecoba t ím et r o.
11.5.2 P RU MO D E MÃO
O p ru m o d e m ã o (F igu r a 11.42) con sist e em u m peso de ch u m bo de for m a t r on -
côn ica , den om in a do CH UMBADA, t en do n a pa r t e su per ior u m a ALÇA, ou u m or ifício, e n a
ba se u m CAVADO, on de se coloca sa bã o ou sebo, com a fin a lida de de t r a zer u m a a m ost r a
da qu a lida de do fu n do, in dica n do a te n s a .
F ig u ra 11.42 - P ru m o d e m ã o
Na a lça ou n o or ifício da ch u m ba da
dá volt a u m a LINH A DE BARCA, on de
s e fa z u m a g r a d u a çã o e m m e t r os .
Ger a lm en t e, gr a du a -se a lin h a com o zer o
d is t a n t e d a a lça d a ch u m ba d a d e u m
com pr im en t o igu a l à a lt u r a da m ã o do
oper a dor a cim a do pla n o de flu t u a çã o.
As s im , o op e r a d or lê a gr a d u a çã o d e
son da gem n a su a m ã o. A leit u r a se t or n a
m u it o m a is fá cil e pr ecisa do qu e se fosse
feit a a o lu m e d’á gu a , ca so n ã o se a dot a sse
esse “descon t o”, m or m en t e à n oit e ou em son da gen s feit a s de pla t a for m a s eleva da s.
A pa r t ir do zer o, n a s dist â n cia s de dois, qu a t r o, seis e oit o m et r os, m a r ca -se a lin h a
com u m , dois, t r ês e qu a t r o n ós em m er lim , r espect iva m en t e. As son da gen s ím pa r es, u m ,
t r ês, cin co, set e e n ove sã o m a r ca da s, in dist in t a m en t e, com u m a t ir a de cou r o en fia da n a
lin h a . Toda s a s dem a is su bdivisões t er m in a da s n os m esm os a lga r ism os da s u n ida des
r ecebem a s m esm a s m a r ca s. Assim , por exem plo, em dezesseis m et r os en con t r a m -se a pen a s
t r ês n ós em m er lim e em vin t e e t r ês m et r os som en t e u m a t ir a de cou r o. Aos dez m et r os,
fa z-se u m a pin h a e pr en de-se u m peda ço de filele br a n co; a os vin t e m et r os, du a s pin h a s e
filele a zu l; a os t r in t a m et r os, t r ês pin h a s e filele en ca r n a do.
11.5.3 MÁQU IN A D E S ON D AR
A m á qu in a d e s o n d a r (F igu r a 11.43) é, em sín t ese, u m pr u m o m ecâ n ico, pa r a
gr a n des pr ofu n dida des, on de o la n ça m en t o e o r ecolh im en t o sã o feit os por in t er m édio de
t a m bor es ou gu in ch os, a copla dos ou n ã o a u m m ot or elét r ico. A lin h a de ba r ca foi su bst it u ída
por u m ca bo de a ço e a ch u m ba da por ou t r a de peso m a ior . Den t r o da ch u m ba da podem ser
coloca dos t u bos qu ím icos qu e in dica r ã o a m á xim a pr ofu n dida de a qu e for a m a r r ia dos; podem
ser , t a m bém , a copla dos a cessór ios den om in a dos “bu sca -fu n do”, qu e colh em a m ost r a s do
fu n do, pa r a det er m in a çã o da t en sa .
F ig u ra 11.43 - Má qu in a d e s o n d a r m a n u a l
O in dica dor de pr ofu n dida de pode
ser m ecâ n ico ou qu ím ico, h a ven do m á qu i-
n a s de son da r qu e possu em os dois dispo-
sit ivos. O in dica dor m ecâ n ico con sist e em
u m con t a dor do com pr im en t o do ca bo da
son da qu e sa iu do sa r ilh o do a pa r elh o, qu e
é in dica do em u m m ost r a dor com pon t ei-
r os. O in dica dor qu ím ico con sist e n u m t u -
bo de vidr o, a ber t o n u m a da s ext r em ida -
des, e pin t a do pelo la do de den t r o de cr o-
m a t o de pr a t a (ver m elh o), qu e descor a em
con t a t o com a á gu a . O t u bo é coloca do n u m
est ojo e pr eso à ch u m ba da . O a r den t r o
do t u bo é com pr im ido pela á gu a , qu a n do
est á sen do feit a a son da gem . At en den do à lei de Boyle-Ma r iot t e, a á gu a pen et r a a t é u m a
a lt u r a , com pr im in do o a r , e en t ã o descor a n do o t u bo. O com pr im en t o da pa r t e descor a da é
m edido n u m a r égu a especia lm en t e ca libr a da e n os dá a pr ofu n dida de. O m ét odo qu ím ico só
a pr esen t a r esu lt a dos sa t isfa t ór ios a t é pr ofu n dida des de 100 br a ça s (cer ca de 183 m et r os).
A oper a çã o de m á qu in a d e s o n d a r é ilu st r a da n a F igu r a 11.44.
F ig u ra 11.44 - Op e ra ç ã o d a m á qu in a d e s o n d a r
As m á qu in a s de son da r n ã o con s-
t a m m a is da dot a çã o n or m a l dos n a vios
em ger a l, sen do seu u so a t u a l r est r it o a os
n a vios de pesqu isa h idr ogr á fica ou ocea -
n ogr á fica .
a. P rin c íp io fu n d a m e n ta l
Um feixe de on da s son or a s ou u lt r a -son or a s é t r a n sm it ido ver t ica lm en t e por u m
em issor in st a la do n o ca sco do n a vio; t a l feixe a t r a vessa o m eio líqu ido a t é o fu n do e a í se
r eflet e, volt a n do à su per fície, on de é det ect a do por u m r ecept or .
O t em po decor r ido en t r e a em issã o do sin a l e a r ecepçã o do eco r eflet ido do fu n do é
con ver t ido em pr ofu n dida de, pois a velocida de do som n a á gu a é con h ecida (@ 1500 m et r os
por segu n do).
Os ecoba t ím et r os, ou son da s son or a s, a pr esen t a m va n t a gen s sobr e os pr u m os de
m ã o ou m ecâ n icos, pois per m it em son da gen s con t ín u a s com qu a lqu er velocida de do n a vio,
em pr ofu n dida des n ã o a lca n ça da s por eles, e qu a se in depen den t em en t e da s con dições de
t em po.
b. D e s c riç ã o d o e qu ip a m e n to
Os Ec o ba tím e tro s podem ser s o n o ro s (fr eqü ên cia m en or qu e 18 KH z) ou u ltra -
s o n o ro s (fr eqü ên cia m a ior qu e 18 KH z).
O equ ipa m en t o é con st it u ído, ba sica m en t e, pelos segu in t es com pon en t es (F igu r a
11.45):
• TRANSMISSOR / E XCITADOR
• RE CE P TOR
• AMP LIF ICADOR
• RE GISTRADOR E /OU INDICADOR
• TRAN SDU TOR
• COMANDO DE TRANSMISSÃO
Registrador/Indicador O c o m a n d o d e tra n s m is s ã o en -
via , a in t er va los de t em po con st a n t es, u m
pu lso a o e x c ita d o r / tra n s m is s o r, qu e,
r eceben do esse sin a l, en via u m pu lso de
en er gia elét r ica de pot ên cia m u it o m a ior
qu e a r ecebida , a o tra n s d u to r. O tra n s -
d u to r d e e m is s ã o é u m disposit ivo qu e
t r a n sfor m a en er gia elét r ica em son or a . O
eco r eflet ido pelo fu n do do m a r im pr es-
sion a o t ra n s d u t o r d e re c e p ç ã o , qu e
t r a n sfor m a a en er gia son or a em en er gia
elét r ica , qu e é, por su a vez, en via da a o m e-
didor de in t er va lo de t em po. No m edidor ,
é m edido o in t er va lo en t r e a em issã o do
pu lso e a r ecepçã o do eco, qu e é t r a n sfor -
m a d o d ir et a m en t e em p r ofu n d id a d e e
a pr esen t a do, visu a l ou gr a fica m en t e, n o
re g is tra d o r / in d ic a d o r.
Qu a n do o pu lso son or o é t r a n sm i-
t ido, in icia -se a con t a gem do t em po, a pa r -
t ir do in st a n t e da t r a n sm issã o. Ao ser r e-
cebido o eco r eflet ido n o fu n do, é feit a a
m edida do in t er va lo de t em po decor r ido
• DIGITAL
• AN ALÓGICA
• a t r a vés de r egist r o em u m a E SCALA GRÁF ICA.
As F igu r a s 11.46, 11.47 e 11.48 ilu st r a m ecoba t ím et r os com a s in dica ções de pr ofu n -
dida de a cim a cit a da s. O r egist r o gr á fico da s pr ofu n dida des t em a va n t a gem de pr opor cion a r
u m a boa visu a liza çã o do r elevo su bm a r in o da á r ea on de se n a vega . Moder n a m en t e, em vez
do t r a dicion a l r egist r o em pa pel, m u it os ecoba t ím et r os a pr esen t a m o r elevo su bm a r in o em
t ela s de LCD de a lt a r esolu çã o.
Os tra n s d u to re s sã o in st a la dos n o fu n do do ca sco do n a vio, pr óxim o da qu ilh a e
em it em u m feixe son or o (ou u lt r a -son or o) em for m a de con e, com u m â n gu lo de a ber t u r a
qu e va r ia de equ ipa m en t o pa r a equ ipa m en t o.
P a r a t r a n sfor m a r en er gia elét r ica em pu lso son or o e vice-ver sa , os tra n s d u to re s
u t iliza m o pr in cípio da m a gn et ost r içã o ou da piezo-elet r icida de.
Os fu n dos du r os sã o m elh or es r eflet or es qu e os fu n dos m a cios, pr odu zin do, a ssim ,
u m eco m a is for t e. Qu a n do n o lim it e da esca la de u m ecoba t ím et r o, pode-se t er dificu lda des
de leit u r a se o fu n do for de la m a m a cia , devido à pou ca in t en sida de do eco pr odu zido.
F i g u r a 1 1 .4 6 - E c o b a t í m e t r o F ig u ra 11.47 - In d ic a d o r a n a ló g ic o
c o m a p re s e n ta ç ã o g rá fic a d e p ro fu n d id a d e (lu z n e o n )
At u a lm en t e, os e c o b a t í m e t r o s
possu em diver sos r ecu r sos, en t r e os qu a is
s ob r e s s a e m o a l a r m e d e b a i x a
p r ofu n d i d a d e e o a l a r m e d e a l t a
pr ofu n dida de. O a la r m e de ba ixa pr ofu n -
dida de pode ser a ju st a do pa r a a ler t a r o
n a vega n t e qu a n do o n a vio a t in ge u m a
pr ofu n dida de con sider a da com o lim it e de
segu r a n ça pa r a a n a vega çã o.
Am bos os a la r m es, desde qu e con ven ien t em en t e a ju st a dos, podem da r a o n a vega n t e
u m a boa in dica çã o de qu e o n a vio est á ga r r a n do, qu a n do fu n dea do ou a m a r r a do à bóia .
c. Me d iç ã o d e p ro fu n d id a d e s c o m o e c o ba tím e tro
A pr ofu n dida de m edida com o e c o ba tím e tro , con for m e vist o, t em com o r efer ên cia o
fu n do do n a vio on de est ã o loca liza dos os tra n s d u to re s . P or t a n t o, pa r a obt er a pr ofu n dida de
do loca l n o in st a n t e da son da gem é n ecessá r io som a r à leit u r a do e c o ba tím e tro o va lor do
c a la d o do n a vio, ou em ba r ca çã o, pois:
P ROF UNDIDADE RE AL = P ROF UNDIDADE ABAIXO DA QUILH A + CALADO
A qu a se t ot a lida de dos a pa r elh os per m it e a in t r odu çã o do va lor do c a la d o , de m odo
qu e a s in dica ções do e c o ba tím e tro t en h a m com o r efer ên cia o n ível do m a r n o in st a n t e da
m ediçã o.
E n t r et a n t o, o n ível do m a r , con for m e sa bem os, n ã o é im óvel, va r ia n do pr in cipa lm en t e
em fu n çã o da s m a r és. As p ro fu n d id a d e s r epr esen t a da s n a s Ca r t a s Ná u t ica s t êm com o
or igem o Nível de Redu çã o, qu e, pa r a a s n ossa s ca r t a s, é defin ido com o a m é d ia d a s ba ix a -
m a re s d e s izíg ia . Dest a for m a , pa r a com pa r a r com pr ecisã o a p ro fu n d id a d e m e d id a
com a s o n d a g e m r epr esen t a da n a ca r t a , é pr eciso con sider a r a a ltu ra d a m a ré n o in st a n t e
da m ediçã o, su bt r a in do-a (n o ca so de a lt u r a da m a r é posit iva ) ou , even t u a lm en t e, som a n do-
a (n o ca so r ela t iva m en t e r a r o de a lt u r a n ega t iva da m a r é, ou seja , de n ível a t u a l do m a r
a ba ixo do Nível de Redu çã o).
B
A
11.6.3 ES TACIÓGRAF O
O e s ta c ió g ra fo (F igu r a 11.49) é u m in st r u m en t o m u it o ú t il a bor do, especia lm en t e
pa r a a plot a gem da p o s iç ã o p o r s e g m e n t o s c a p a z e s (F igu r a 11.55), já a bor da da n o
Ca pít u lo 4.
F ig u ra 11.55 - P o s iç ã o p o r s e g m e n to s c a p a ze s
O br a ço cen t r a l do in st r u m en t o é
fixo e con st it u i a r efer ên cia cor r espon den -
t e à gr a du a çã o ze ro . O â n gu lo da esqu er -
da (m edido com o sext a n t e en t r e o objet o
da esqu er da e o pon t o cen t r a l) é in t r odu -
zido n o est a ciógr a fo, m oven do-se o br a ço
da esqu er da a t é a gr a du a çã o cor r espon -
den t e a o â n gu lo m edido. O â n gu lo da di-
r eit a (en t r e o pon t o cen t r a l e o objet o da
dir eit a ) é a ju st a do n o in st r u m en t o deslo-
ca n do-se o br a ço da dir eit a a t é a gr a du a -
çã o cor r espon den t e a o va lor m edido.
O e s ta c ió g ra fo é, en t ã o, coloca do
sobr e a Ca r t a e or ien t a do de m odo qu e a s
bor da s-ín dices dos t r ês br a ços t a n gen ciem
a s r epr esen t a ções ca r t ogr á fica s dos t r ês
objet os obser va dos. A posiçã o do n a vio, ou
em ba r ca çã o, es t a r á n o cen t r o d o in s -
t r u m en t o, poden do ser m a r ca da a lá pis,
a t r a vés de u m pequ en o or ifício exist en t e
(F igu r a 11.56).
a. Lá p is e bo rra c h a s
O lá p is u t iliza do em n a vega çã o deve ser su ficien t em en t e m a cio pa r a qu e, em ca so
de n ecessida de de u so de bo rra c h a , n ã o pr ovoqu e r a su r a s n a s Ca r t a s Ná u t ica s. E n t r et a n t o,
n ã o pode ser m u it o m a cio, pa r a n ã o bor r a r e su ja r a ca r t a . Um lá pis m édio, com o o H B ou o
Nº2, pr odu z boa s plot a gen s. O u so de la piseir a 0.5 m m com gr a fit e H B t a m bém é r ecom en -
da do.
As lin h a s devem ser t r a ça da s de leve n a Ca r t a s Ná u t ica s. Adem a is, evit e t r a çá -la s
m a is lon ga s qu e o n ecessá r io. Na plot a gem de m a r ca ções, con for m e a n t er ior m en t e m en cio-
n a do, evit e pr olon ga r a lin h a a t é o pon t o m a r ca do, t r a ça n do-a a pen a s n a s im edia ções da
posiçã o est im a da , a fim de pr eser va r a ca r t a e n ã o r a su r a r a r epr esen t a çã o dos pon t os
n ot á veis u t iliza dos com o r efer ên cia pa r a a s m a r ca ções.
As bor r a ch a s devem ser m a cia s e a pa ga r sem r a su r a r ou su ja r o pa pel.
b. Lu p a
Um a lu p a (F igu r a 11.49) t a m bém é u m a cessór io ú t il, pa r a fa cilit a r a leit u r a de
sím bolos ca r t ogr á ficos, n ot a s de pr eca u çã o e ou t r a s in for m a ções a pr esen t a da s n a Ca r t a
Ná u t ica com t ipos m u it o pequ en os.
c. Es qu a d ro s e tra n s fe rid o re s
E s q u a d ro s , t ra n s fe ri d o re s , ré g u a s m i li m é t ri c a s e ou t r os in st r u m en t os de
desen h o t a m bém podem ser u t iliza dos n a n a vega çã o. Um p a r d e e s qu a d ro s pode ser
em pr ega do pa r a m edir a dir eçã o de u m a lin h a n a ro s a d e ru m o s ou t r a n spor t a r u m a
det er m in a da dir eçã o da ro s a d e ru m o s pa r a u m ou t r o pon t o da Ca r t a Ná u t ica . E n t r et a n t o,
os esqu a dr os podem escor r ega r ou desliza r sobr e a ca r t a , a fa st a n do-se da dir eçã o or igin a l,
a. Cro n ó g ra fo
É u m in st r u m en t o m u it o ú t il pa r a n a vega çã o, pr in cipa lm en t e à n oit e, pa r a det er m i-
n a çã o de ca r a ct er íst ica s de fa r óis, fa r olet es e ou t r os a u xílios lu m in osos à n a vega çã o, a fim
de per m it ir su a cor r et a iden t ifica çã o. Na fa lt a de u m c ro n ó g ra fo , o n a vega n t e deve dispor ,
n o m ín im o, de u m bom r elógio com con t a gem de segu n dos. Os c ro n ô m e tro s , essen cia is n a
N a v e g a ç ã o As tro n ô m ic a , ser ã o est u da dos n o Volu m e II dest e Ma n u a l.
b. Ca lc u la d o ra Ele trô n ic a
É , t a m bém , m u it o ú t il a o n a vega n t e, desde a s m a is sim ples, pa r a os cá lcu los r ot in eir os
(especia lm en t e os a ssocia dos à n a v e g a ç ã o e s tim a d a) a t é a s c a lc u la d o ra s p ro g ra m á v e is ,
com p ro g ra m a s d e n a v e g a ç ã o pa r a oper a ções com plexa s, t a is com o o cá lcu lo de d e rro ta s
o rto d rô m ic a s e de re ta s d e p o s iç ã o n a N a v e g a ç ã o As tro n ô m ic a . Nã o se deve esqu ecer
de pr oviden cia r ba t er ia s de r eser va .
c. La n te rn a
E m bor a sim ples, est e in st r u m en t o n ã o pode deixa r de ser m en cion a do, pela su a u t ili-
da de n a n a vega çã o n ot u r n a , pa r a leit u r a do sext a n t e ou do pelor o, a n ot a çã o dos va lor es ob-
t idos, et c. La n t er n a s (e pilh a s sobr essa len t es) devem est a r sem pr e dispon íveis à n oit e. O idea l
é qu e seja equ ipa da com vidr o ver m elh o, ou , pelo m en os, est a r a da pt a da com u m peda ço de
pa pel celofa n e en ca r n a do, pa r a n ã o pr eju dica r a “visã o n ot u r n a ” do n a vega n t e.
P U B LICAÇÕES
12 D E AU XÍLIO À
N AVEGAÇÃO
h . Ca r t a s de Cor r en t es de Ma r é;
I. Ca r t a s P ilot o;
j. Alm a n a qu e Ná u t ico;
l. RIP E AM;
m . Tá bu a s, t a bela s e gr á ficos de n a vega çã o.
Os S í m b o l o s , Ab r e v i a t u r a s e Te r m o s u s a d o s n a s Ca r t a s N á u t i c a s s ã o
a pr esen t a dos n a Ca rta N º 12.000, em por t u gu ês e in glês, em seções específica s, n om ea da s
de IA a t é IX, a segu ir m en cion a da s:
GEN ERALID AD ES GEN ERAL
IA Nú m er o da Ca r t a , Tít u lo e In for m a ções IA Ch a r t Nu m ber , Tit le, Ma r gin a l Not es
Ma r gin a is
IB P osições, Dist â n cia s, Ma r ca ções e Rosa IB P osit ion s, Dist a n ces, Dir ect ion s,
do Ven t os Com pa ss
TOP OGRAF IA TOP OGRAP HY
IC Aciden t es Na t u r a is IC Na t u r a l F ea t u r es
ID E difica ções ID Cu lt u r a l F ea t u r es
IE P on t os de Refer ên cia IE La n dm a r ks
IF P or t os IF P or t s
IG Ter m os Topogr á ficos IG Topogr a ph ic Ter m s
HID ROGRAF IA HYD ROGRAP HY
IH Ma r és e Cor r en t es IH Tides, Cu r r en t s
II P r ofu n dida des II Dept h s
IJ Na t u r eza do F u n do IJ Na t u r e of t h e Sea bed
IK Roch a s, Ca scos Soçobr a dos e Obst r u ções IK Rocks, Wr ecks, Obst r u ct ion s
IL In st a la ções “Offsh or e” IL Offsh or e In st a lla t ion s
IM Rot a s e Der r ot a s IM Tr a cks, Rou t es
IN Ár ea s e Lim it es IN Ar ea s, Lim it s
IO Ter m os H idr ogr á ficos IO H ydr ogr a ph ic Ter m s
AU XÍLIOS À N AVEGAÇÃO E S ERVIÇOS N AVIGATION AL AID S AN D S ERVICES
IP Lu zes IP Ligh t s
IQ Bóia s e Ba liza s IQ Bu oys, Bea con s
IR Sin a is de Cer r a çã o IR F og Sign a ls
IS Sist em a s de P osicion a m en t o E let r ôn ico IS Ra da r , Ra dio, E lect r on ic P osit ion –
F ixin g Syst em s
IT Ser viços de Apoio IT Ser vices
IU Recu r sos por t u á r ios pa r a pequ en a s IU Sm a ll Cr a ft F a cilit ies
em ba r ca ções
ÍN D ICES ALF AB ÉTICOS ALP HAB ETICAL IN D EXES
IV Ín dice de Abr evia t u r a s IV In dex of Abbr evia t ion s
IW Abr evia t u r a s in t er n a cion a is IW In t er n a t ion a l Abbr evia t ion s
IX Ín dice IX Gen er a l In dex
E xist e, a in da , n a Ca r t a 12.000 u m a In t r odu çã o, qu e con t ém vá r ia s in for m a ções ú t eis
a o n a vega n t e, r ela cion a da s com a s Ca r t a s Ná u t ica s.
A Ca r t a 12.000 n ã o n ecessit a ser decor a da . E la é u m docu m en t o de con su lt a . Sem pr e
qu e n ecessá r io, deve–se r ecor r er a ela pa r a con h ecer o sign ifica do de u m sím bolo ou a br e-
via t u r a r epr esen t a do em u m a ca r t a n á u t ica br a sileir a . H a bit u e–se a con su lt á –la .
12.5 ROTEIRO
O Ro te iro (pu blica çã o DH 1) é u m a pu blica çã o qu e con t ém a s in for m a ções ú t eis a o
n a vega n t e com r ela çã o à descr içã o da cost a , dem a n da de por t os e fu n dea dou r os, per igos,
pr ofu n dida des em ba r r a s e ca n a is, r ecu r sos em por t os, ba liza m en t o, con dições m et eor ológica s
pr edom in a n t es, cor r en t es e m a r és obser va da s, et c. A pu blica çã o é dividida em t r ês volu -
m es ca da u m foca liza n do det er m in a do t r ech o da cost a , com o m ost r a do a segu ir :
Co s ta N o rte – Da Ba ía do Oia poqu e a o Ca bo Ca lca n h a r , in clu sive o Rio Am a zon a s e seu s
a flu en t es n a vegá veis e o Rio P a r á .
Co s ta Le s te – Do Ca bo Ca lca n h a r a o Ca bo F r io, in clu in do o At ol da s Roca s, o Ar qu ipéla go
de F er n a n do de Nor on h a , os P en edos de Sã o P edr o e Sã o P a u lo e a s ilh a s da Tr in da de e
Ma r t in Va z.
Co s ta S u l – Do Ca bo F r io a o Ar r oio Ch u í, in clu sive a s la goa s dos P a t os e Mir im .
Além de a dot a da n o Ro te iro , est a d iv is ã o d a c o s ta bra s ile ira t a m bém é u t iliza da
n a s Ca r t a s Ná u t ica s e n a s ou t r a s P u blic a ç õ e s d e Au x ílio à N a v e g a ç ã o .
N a In tro d u ç ã o e n o Ca pít u lo I – In fo rm a ç õ e s Ge ra is , o Rot eir o for n ece a os n a ve-
ga n t es in for m a ções m u it o im por t a n t es pa r a a segu r a n ça da n a vega çã o e r ecom en da ções
pr á t ica s de gr a n de in t er esse, sobr e Ca r t a s Ná u t ica s e su a u t iliza çã o, sin a liza çã o n á u t ica ,
n a vega çã o cost eir a e de a t er r a gem , Avisos a os Na vega n t es, a u xílios–r á dio à n a vega çã o,
pr a t ica gem , bu sca e sa lva m en t o, ser viços de a lfâ n dega e sa ú de e r egu la m en t os (Ma r Ter r it o-
r ia l, pesca , pesqu isa , polu içã o, et c.).
O Ca pít u lo II con t ém in for m a ções ger a is sobr e o Br a sil, in clu in do r esu m o h ist ór ico,
or ga n iza çã o a dm in ist r a t iva , pesos e m edida s, h or a lega l, h or a de ver ã o e fu sos h or á r ios,
a spect os físicos, m et eor ologia (clim a , ven t os, m a ssa s de a r e fr en t es), ocea n ogr a fia e pr in ci-
pa is por t os, t er m in a is e ser viços por t u á r ios.
Os Ca pít u los I e II sã o com u n s a t odos os volu m es do Rot eir o.
Os Ca pít u los segu in t es a br a n gem t r ech os sign ifica t ivos da cost a , sen do su bdivididos
em seções, qu e con t êm :
ú t eis pa r a seu m elh or en t en dim en t o; em segu ida , sã o r ela cion a da s, com su a s ca r a ct er íst ica s,
a s est a ções–r á dio loca liza da s n o Br a sil, e a lgu m a s de ou t r os pa íses, qu e pr est a m a qu ele
t ipo de a u xílio.
Um ca pít u lo específico t r a t a da s r a diocom u n ica ções de per igo e segu r a n ça , r epr odu -
zin do os a r t igos per t in en t es do Ma n u a l do Ser viço Móvel Ma r ít im o, pu blica do pela Un iã o
In t er n a cion a l de Telecom u n ica ções (UIT), a ssim com o códigos e a br evia t u r a s u sa da s n a -
qu ela s com u n ica ções; r ela cion a , t a m bém , a s est a ções cost eir a s qu e r ecebem ch a m a da s de
per igo e segu r a n ça .
O ca pít u lo fin a l a bor da os sist em a s de n a vega çã o elet r ôn ica de lon go a lca n ce qu e
podem ser u t iliza dos n a á r ea m a r ít im a con t ígu a à cost a do Br a sil.
A Lis ta d e Au x ílio s –Rá d io visa à com plem en t a çã o da s pu blica ções pr ópr ia s dos
ser viços r a diot elegr á fico e r a diot elefôn ico, n u n ca a su a su bst it u içã o.
As cor r eções e a t u a liza ções da List a de Au xílios–Rá dio sã o efet u a da s do segu in t e
m odo:
• O Av is o –Rá d io divu lga a lt er a ções t em por á r ia s dos a u xílios– r á dio r ela cion a dos n a List a
qu e, por su a gr a n de im por t â n cia , devem ser con h ecida s com u r gên cia pelo n a vega n t e.
E st a s a lt er a ções, n or m a lm en t e, sã o ca n cela da s por ou t r o Av is o –Rá d io .
• O F o lh e to Qu in ze n a l d e Av is o s a o s N a v e g a n te s pu blica os Avisos–Rá dio qu e con t i-
n u a m em vigor n a da t a de su a pu blica çã o e, em su a P a rte V, a s cor r eções per m a n en t es
ou a t u a liza ções qu e devem con st a r , de im edia t o, n a pu blica çã o, por su a im por t â n cia .
E st a s cor r eções devem ser la n ça da s n o t ext o, a t in t a , ou cola da s, e r egist r a da s n a folh a
Re g is tro s d e Alte ra ç õ e s , de a cor do com a s in st r u ções n ela con t ida s.
O F olh et o Qu in zen a l de Avisos a os N a vega n t es t a m bém pode dist r ibu ir folh a s com
gr a n des cor r eções, pa r a su bst it u içã o ou in ser çã o. E st a s folh a s r egist r a m o n ú m er o e o
a n o do folh et o qu e a s divu lgou , pa r a con t r ole dos u t iliza dor es.
• O S u p le m e n to An u a l dist r ibu i folh a s n ova s, com a s a lt er a ções ocor r ida s a pós o ú lt im o
Su plem en t o, in clu sive a s folh a s expedida s pelos F olh et os Qu in zen a is. E la s podem ser de
dois t ipos: folh a su bst it u t a ou folh a a ser in ser ida .
A folh a su bst it u t a con t ém t oda a m a t ér ia da folh a a ser su bst it u ída , m a is a s cor r eções
pu blica da s n os F olh et os Qu in zen a is de Avisos a os Na vega n t es do per íodo m en cion a do
n o Su plem en t o e ou t r a s a in da n ã o divu lga da s.
A folh a a ser in ser ida con t ém m a t ér ia n ova ou é u t iliza da qu a n do h á n ecessida de de
a m plia r o t ext o da pá gin a a n t er ior .
Ca da S u p le m e n to An u a l n ã o r epet e a m a t ér ia con t ida n os Su plem en t os a n t er ior es.
Os ser viços–r á dio de a u xílio à n a vega çã o especifica m en t e descr it os n a Li s t a d e
Au x ílio s Rá d io , a pós o Ca pít u lo 1 – In tro d u ç ã o , sã o os segu in t es:
c. S e rv iç o s Ra d io m e te o ro ló g ic o s (Ca p ítu lo 4)
Apr esen t a in for m a ções sobr e os ser viços r a diom et eor ológicos de a poio a o n a vega n t e, os
lim it es da s á r ea s m a r ít im a s de pr evisã o do t em po sob a r espon sa bilida de do Br a sil e os
da dos da s est a ções qu e t r a n sm it em ME TE OROMARINH A, pr evisã o do t em po pa r a á r ea s
por t u á r ia s e ca r t a s m et eor ológica s por fa c–sím ile.
d. Av is o s a o s N a v e g a n te s (Ca p ítu lo 5)
E st e Ca pít u lo descr eve os t ipos de Avisos a os Na vega n t es e o Ser viço Globa l de Avisos–
Rá dio a os Na vega n t es, for n ece da dos sobr e divu lga çã o de Avisos–Rá dio n o Br a sil (in clu -
sive n a Ba cia Am a zôn ica e n o Rio P a r a gu a i) e in for m a ções det a lh a da s sobr e a s est a ções
qu e t r a n sm it em Av is o s a o s N a v e g a n te s em n osso pa ís e sobr e a s est a ções est r a n geir a s
qu e t r a n sm it em Av is o s a o s N a v e g a n te s pa r a á r ea s m a r ít im a s in clu ída s n a s Ca r t a s
Ná u t ica s br a sileir a s.
A per cen t a gem de ocor r ên cia de ven t os em det er m in a da dir eçã o, qu a n do n ã o in dica da
dir et a m en t e, pode ser det er m in a da com pa r a n do–se o com pr im en t o da set a , m edida a pa r t ir
da cir cu n fer ên cia , com a E SCALA P E RCE NTUAL DE VE NTOS, r epr esen t a da n a F igu r a
12.8.
O n ú m er o de “pen a s”, n a ext r em ida de da s set a s, in dica a for ça m édia dos ven t os, n a
e s c a la B EAU F ORT.
No cen t r o da s ro s a s d o s v e n to s , in scr it a s em u m a cir cu n fer ên cia , est ã o in dica da s
a s per cen t a gen s de ocor r ên cia de c a lm a ria s .
E xem plo: n o m ês de m a rç o , n a cost a do E st a do de Sa n t a Ca t a r in a , os v e n to s sã o os
segu in t es (ver F igu r a 12.8):
NORDE STE 30% DE F RE QÜÊ NCIA F ORÇA 3 (BE AUF ORT) 7 A 10 NÓS
N ORTE 19% DE F RE QÜÊ NCIA F ORÇA 3
SU L 16% DE F RE QÜÊ NCIA F ORÇA 4 – 11 A 16 NÓS
LE STE 12% DE F RE QÜÊ NCIA F ORÇA 3
SUDE STE 10% DE F RE QÜÊ NCIA F ORÇA 3
SUDOE STE 6% DE F RE QÜÊ NCIA F ORÇA 3
NOROE STE 3% DE F RE QÜÊ NCIA F ORÇA 3
OE STE 2% DE F RE QÜÊ NCIA F ORÇA 3
CALMARIA 2% DE F RE QÜÊ NCIA
As per cen t a gen s de ven t os n ã o in dica da s dir et a m en t e n a Ca r t a P ilot o for a m obt ida s n a
ES CALA P ERCEN TU AL D E VEN TOS .
As CORREN TES sã o r epr esen t a da s em v e rd e . As s e ta s in dica m a d ire ç ã o p re -
d o m in a n te e os n ú m e ro s a v e lo c id a d e m é d ia , em n ós, da s cor r en t es m a r ít im a s à su per -
fície. Na F igu r a 12.8, por exem plo, pode–se a fir m a r qu e, n o m ês de m a rç o , a c o rre n te a o
la r go de Sa n t os flu i p a ra S W (n o Ru m o 240º), com v e lo c id a d e m é d ia de 0.9 n ós.
E m lin h a s c h e ia s e n c a rn a d a s sã o a pr esen t a da s a s is o te rm a s , qu e in dica m , em
gr a u s Celsiu s, a te m p e ra tu ra d a á g u a d o m a r n a s u p e rfíc ie . P ode–se dizer , por exem plo,
qu e, n o m ês de m a rç o , a te m p e ra tu ra m é d ia d a á g u a d o m a r n a s u p e rfíc ie n a a lt u r a
da Ilh a de Sã o Seba st iã o é de 26ºC (ver F igu r a 12.8).
E m lin h a s tra c e ja d a s e n c a rn a d a s sã o r epr esen t a da s a s is o te rm a s qu e in dica m ,
em gr a u s Celsiu s, a te m p e ra tu ra d o a r à s u p e rfíc ie . A F igu r a 12.8 n os in dica qu e, n o
m ês de m a rç o , a te m p e ra tu ra m é d ia d o a r à s u p e rfíc ie em F lor ia n ópolis é de 25ºC.
E m lin h a s c h e ia s r epr esen t a da s em ro x o sã o plot a da s n a s Ca r t a s P ilot o a s lin h a s
is o g ô n ic a s (de m esm o va lor de d e c lin a ç ã o m a g n é tic a ) pa r a o a n o de 1990 (n a 2ª E diçã o
do At la s da s Ca r t a s P ilot o). As lin h a s u n in do pon t os de m esm a v a ria ç ã o a n u a l d e d e c li-
n a ç ã o sã o r epr esen t a da s por lin h a s tra c e ja d a s , t a m bém em ro x o . A F igu r a 12.8, por
exem plo, n os in dica qu e a d e c lin a ç ã o m a g n é tic a pa r a 1990 n o Rio de J a n eir o é de 20ºW e
su a v a ria ç ã o a n u a l cer ca de + 6'.
F ig u ra 12.10 -
VE NTOS P RE DOMINANTE S:
• SU L 23% DE F RE QÜÊ NCIA F ORÇA 4 (BE AUF ORT)
• LE STE 22% DE F RE QÜÊ NCIA F ORÇA 3
• NORDE STE 15% DE F RE QÜÊ NCIA F ORÇA 3
• N ORTE 14% DE F RE QÜÊ NCIA F ORÇA 2
• SUDOE STE 6% DE F RE QÜÊ NCIA F ORÇA 3
• SUDE STE 6% DE F RE QÜÊ NCIA F ORÇA 4
• OE STE 6% DE F RE QÜÊ NCIA F ORÇA 2
• NOROE STE 2% DE F RE QÜÊ NCIA F ORÇA 2
• CALMARIA 6% DE F RE QÜÊ NCIA
Além dest a s in for m a ções, a s Ca rta s P ilo to a pr esen t a m os lim it es da s ÁRE AS DE
P RE VISÃO (á r ea s ALF A, BRAVO, CH ARLIE , DE LTA, E CH O, F OXTROT, GOLF , H O-
TE L, ÁRE A NORTE OCE ÂNICA E ÁRE A SUL OCE ÂNICA), pa r a a s qu a is sã o divu lga da s
dia r ia m en t e pr evisões m et eor ológica s.
a. Ca rta s N á u tic a s
As Ca rta s N á u tic a s da s á gu a s in t er ior es e á gu a s cost eir a s dos E st a dos Un idos e su a s
possessões in su la r es sã o pu blica da s pelo “N a tio n a l Oc e a n S e rv ic e ” (NOS), ór gã o da
“N a tio n a l Oc e a n ic a n d Atm o s p h e ric Ad m in is tra tio n ” (NOAA).
O NOS pu blica 5 Ca tá lo g o s d e Ca rta s N á u tic a s :
• Ca t á logo de Ca r t a s Ná u t ica s Nº1 Cost a At lâ n t ica e do Golfo do México, in clu in do
P or t o Rico e Ilh a s Vir gen s;
• Ca t á logo de Ca r t a s Ná u t ica s Nº2 Cost a do P a cífico, in clu in do H a va í, Gu a m e Sa m oa ;
• Ca t á logo de Ca r t a s Ná u t ica s Nº3 Ala sca , in clu in do a s Ilh a s Aleu t a s;
• Ca t á logo de Ca r t a s Ná u t ica s Nº4 Gr a n des La gos e H idr ovia s Adja cen t es;
• Ca t á logo de Ca r t a s Ná u t ica s Nº5 Ca r t a s especia is e ca r t a s ba t im ét r ica s.
Ca r t a s de a lgu m a s h idr ovia s in t er ior es dos E st a dos Un idos, n ot a da m en t e dos Rio s Mis -
s is s ip i, Mis s o u ri, Oh io , Te n n e s s e e e seu s a flu en t es, sã o pu blica da s pelo Cor po de
E n gen h eir os do E xér cit o dos E UA (“U.S. Ar m y Cor ps of E n gin eer s”), sen do r efer ida s
com o “m a pa s de n a vega çã o” (“n a viga t ion a l m a ps”).
As Ca rta s N á u tic a s do r est a n t e do m u n do sã o pu blica da s pela Agên cia Ca r t ogr á fica
de Defesa – Cen t r o H idr ogr á fico e Topogr á fico (DMAH TC – Defen se Ma ppin g Agen cy H ydr o-
gr a ph ic / Topogr a ph ic Cen t er ). As Ca r t a s e P u blica ções Ná u t ica s pr epa r a da s pelo DMAH TC
sã o list a da s n o Ca t á logo de Ma pa s, Ca r t a s e P r odu t os Cor r ela t os do DMA, P a r t e 2 – P r odu t os
H idr ogr á ficos, dividido em 9 seções r egion a is, n u m er a da s de 1 a 9, cobr in do a s segu in t es
á r ea s:
RE GIÃO 1 E st a dos Un idos e Ca n a dá .
RE GIÃO 2 Am ér ica do Su l, Cen t r a l e An t á r t ica .
RE GIÃO 3 E u r opa Ociden t a l, Islâ n dia , Gr oen lâ n dia e Ár t ico.
RE GIÃO 4 E sca n din á via , Bá lt ico, Rú ssia e á r ea s da ex–URSS.
RE GIÃO 5 Medit er r â n eo e Áfr ica Ociden t a l.
RE GIÃO 6 Ocea n o Ín dico.
RE GIÃO 7 Au st r á lia , In don ésia e Nova Zelâ n dia .
RE GIÃO 8 Ocea n ia .
RE GIÃO 9 Ásia Or ien t a l
a. Ca rta s N á u tic a s
As Ca rta s N á u tic a s in glesa s est ã o r ela cion a da s n a pu blica çã o H.D . 374 – Ca ta lo g u e
o f Ad m i r a l t y Ch a r t s a n d Ot h e r H y d r o g r a p h i c P u b l i c a t i o n s . E s t e ca t á logo,
p u blic a d o a n u a lm e n te , con t ém u m a list a da s Ca rta s N á u tic a s (r ela cion a da s em
seqü ên cia geogr á fica ), da s c a rta s e s p e c ia is e dia gr a m a s u sa dos em n a vega çã o, dos
Ro te iro s e ou t r a s P u blic a ç õ e s N á u tic a s . Adem a is, o ca t á logo in clu i Ma pa s–Ín dice,
m ost r a n do os lim it es de t oda s a s ca r t a s e a s á r ea s cober t a s pelos Ro te iro s in gleses. Os
lim it es da s Ca rta s N á u tic a s t a m bém sã o m ost r a dos n o in ício de ca da volu m e do Ro te iro .
b. P u blic a ç õ e s d e Au x ílio à N a v e g a ç ã o
Ro te iro
Os “Ad m ira lty S a ilin g D ire c tio n s ”, t a m bém con h ecidos com o “P ilo ts ”, sã o pu blica dos
em cer ca de 75 volu m es, cobr in do t odo o m u n do. Um a n o v a e d iç ã o de ca da volu m e do
Ro te iro in glês é pu blica da a in t er va los de a pr oxim a da m en t e 12 a n os.
Lis ta d e F a ró is
A “Ad m ira lty Lis t o f Lig h ts , F o g S ig n a ls a n d Vis u a l Tim e S ig n a ls ”, a br evia da m en t e
r efer ida com o “Lig h ts Lis t”, é pu blica da em 12 volu m es, cobr in do t odo o m u n do. Ca da
volu m e é pu blica do a in t er va los de cer ca de 18 m eses.
Os sist em a s r a dioelét r icos ou elet r ôn icos, den om in a dos a u xílios–r á dio à n a vega çã o,
dest in a m –se a possibilit a r a or ien t a çã o ou o posicion a m en t o do n a vio m edia n t e o em pr ego
de on da s–r á dio.
Os sin a is com bin a dos sã o os qu e r eú n em du a s ou m a is da s m oda lida des a cim a cit a da s,
com o os lu m in osos–son or os, cegos– son or os e lu m in osos–r a dioelét r icos.
E m bor a est r it a m en t e n ã o fa ça m pa r t e da sin a liza çã o n á u t ica , cu m pr e a in da m en -
cion a r , por su a fu n çã o com o a u xílio à n a vega çã o, os sin a is especia is, dest in a dos a pr est a r
ou t r a s in for m a ções de in t er esse pa r a o n a vega n t e, t a is com o pr evisã o de t em po, pr á t ico,
socor r o e ven t os for t es.
E st e Ca pít u lo est u da r á som en t e os sin a is visu a is, m en cion a n do, a in da , os disposit ivos
son or os a eles a ssocia dos e os equ ipa m en t os elet r ôn icos in st a la dos n os a u xílios visu a is à
n a vega çã o pa r a iden t ificá –los e/ou r efor ça r seu s ecos, qu a n do obser va dos pelo r a da r .
F ig u ra 13.1 - D is tâ n c ia a o h o rizo n te
e , com o o fa t or e n t r e p a r ê n t e s e s é
pr a t ica m en t e igu a l à u n ida de, podem os
escr ever :
D= Ö 2H R
Tom a n d o R = 6.368.000 m et r os
(La t = 42º) e expr im in do D em m ilh a s,
vem :
3568,75
D = 1852 Ö H ou
D = 1,927 ÖH ; a p r ox i m a n d o,
obt ém –se:
D = 1,93 ÖH
Ex e m p lo :
Alt it u de do obser va dor : H = 9m ; a lt it u de do objet o visa do: h = 16m . P ela t a bela , a lca n ce
geogr á fico: D = 14,2 m ilh a s. P ela fór m u la sim plifica da , D = 2 Ö9 + 2 Ö16 = 14 m ilh a s.
Ver ifica –se, por t a n t o, qu e a om issã o da r efr a çã o e a u t iliza çã o da fó rm u la s im p lifi-
c a d a con du zir a m a u m er r o de pou ca sign ifica çã o pa r a u m con h ecim en t o r á pido do a lc a n c e
g e o g rá fic o .
No u so da Ta bela da F igu r a 13.3, ser á su ficien t e fa zer u m a in t er pola çã o a r it m ét ica
qu a n do os elem en t os de en t r a da n ã o est ã o t a bu la dos.
Ex e m p lo :
H = 10m ; h = 83m ; in t er pola n do, obt ém –se: D = 24,9 m ilh a s.
P a r a con dições m édia s, em r egiões de c lim a te m p e ra d o , o a lc a n c e g e o g rá fic o é
ger a lm en t e expr esso por : D = 2,08 (ÖH + Öh ). Sen do, con for m e vist o, D em m ilh a s n á u tic a s
e a s a lt it u des do obser va dor (H ) e do objet o visa do (h ) em m e tro s .
Qu a n do se dispõem da s a lt it u d e s em pés, a fór m u la u t iliza da pa r a com pu t a r o
a lc a n c e g e o g rá fic o é:
D = 1,144 (ÖH + Öh ).
On de D é o a lc a n c e g e o g rá fic o e m m ilh a s n á u tic a s , H é a a ltitu d e d o o bs e rv a -
d o r, em p é s , e h a a ltitu d e d o o bje to v is a d o , t a m bém em p é s .
0,10 1,3
0,20 1.8
0,30 2,5
0,40 3,2
0,50 4,3
0,60 6,0
0,70 8,5
0,74 10,0
0,80 14,0
0,85 18,4
0,90 29,0
1,00 ILIMITADA (TEÓRICA)
F ig u ra 13.4 -
13.3.1 TIP OS
Os pr in cipa is t ipos de sin a is visu a is sã o:
Lu m in o s o s : fa r óis, fa r olet es, lu zes de a lin h a m en t o, bóia s lu m in osa s e ba r ca s–fa r óis.
Ce g o s : bóia s cega s e ba liza s.
r a n t e o dia , os n a vega n t es or ien t a m –se pela s est r u t u r a s dos sin a is; à n oit e, pela s lu zes
exibida s. Os dois sin a is qu e con st it u em o a lin h a m e n to devem , t a n t o qu a n t o possível, obe-
decer a os segu in t es r equ isit os:
• a s for m a s da s est r u t u r a s dos sin a is e su a s pin t u r a s devem ou ser igu a is ou se com plet a -
r em ;
• a s lu zes devem t er a m esm a cor .
O est a belecim en t o de u m a lin h a m e n to r equ er est u do det a lh a do. Um a lin h a m e n to
a ser u sa do com o sin a liza çã o n á u t ica dever á t er u m a boa s e n s ibilid a d e la te ra l, defin ida
com o a pr opr ieda de pela qu a l o n a vega n t e per cebe u m a a lt er a çã o t r a n sver sa l da posiçã o do
seu n a vio, em r ela çã o a o a lin h a m e n to . A s e n s ibilid a d e la te ra l é m edida pela r a pidez
com qu e os sin a is do a lin h a m en t o se a fa st a m la t er a lm en t e, u m em r ela çã o a o ou t r o, qu a n do
o n a vio se m ovim en t a t r a n sver sa lm en t e n o ca n a l.
P a r a o cá lcu lo da s e n s ibilid a d e la te ra l, sã o leva dos em con t a fa t or es com o a la r gu r a
do ca n a l (W), o c o m p rim e n to d o c a n a l (C) e a d is tâ n c ia do in ício do a lin h a m en t o a o
fa r olet e a n t er ior (D). Um a s e n s ibilid a d e la te ra l con ven ien t e va i defin ir a d is tâ n c ia e n tre
o s s in a is (R) e a d ife re n ç a d e a ltu ra en t r e eles (ver F igu r a 13.6).
d. B ÓIAS
Sã o cor pos flu t u a n t es, de dim en sões, for m a s e cor es defin ida s, fu n dea dos por a m a r r a s
e fer r os (â n cor a s) ou poit a s, em loca is pr evia m en t e det er m in a dos, a fim de:
• in dica r a o n a vega n t e o ca m in h o a ser segu ido;
• in dica r os lim it es de u m ca n a l n a vegá vel, seu in ício e fim , ou a bifu r ca çã o de ca n a is;
• a ler t a r o n a vega n t e qu a n t o à exist ên cia de u m per igo à n a vega çã o;
• in dica r a exist ên cia de á gu a s segu r a s; e
• in dica r a exist ên cia e a r ot a de ca bos ou t u bu la ções su bm a r in a s, delim it a r á r ea s especia is
(t a is com o á r ea s de despejo de dr a ga gem ou á r ea s de exer cícios m ilit a r es), in dica r zon a s
F ig u ra 13.7 - B ó ia Lu m in o s a Co n v e n c io n a l
F ig u ra 13.8 - B ó ia e e qu ip a m e n to d e fu n d e io
e. B ARCAS –F ARÓIS
Sã o sin a is flu t u a n t es de gr a n de por t e cu jo cor po é sem elh a n t e a o ca sco de u m n a vio
ou em ba r ca çã o (“sh ip h u ll sh a pe n a viga t ion a ids”), m u n ido de u m m a st r o especia l, em cu jo
t ope exibe u m a pa r elh o de lu z idên t ico a o dos fa r óis.
An t er ior m en t e g u a rn e c id a s e se-
m elh a n t es a p equ en os n a vios (F igu r a
13.9), a s ba rc a s –fa ró is h oje sã o qu a se t o-
da s a u to m á tic a s e sim ila r es à m ost r a da
n a F igu r a 13.10.
F ig u ra 13.10 - B a rc a -fa ro l a tu a l
Além do fa ro l, a s ba rc a s –fa ró is
podem ser dot a da s de ra d i o fa ro l e de
e q u ip a m e n t o r e s p on d e d or – r a d a r R A-
CON . Adem a is, podem dispor de equ ipa -
m en t o son or o e de r eflet or –r a da r .
Qu a n t o à fon t e de en er gia , a s ba r-
c a s –fa ró is m oder n a s sã o ger a lm en t e e lé -
tric a s , dispon do de ba te ria s e p a in é is
s o l a r e s (com o a m os t r a d a n a F igu r a
13.10) ou a cion a da s por d ie s e l–g e ra d o -
re s a u to m á tic o s .
As ba rc a s –fa ró is sã o em pr ega da s
pa r a a ssin a la r u m per igo isola do em m a r
a ber t o (exem plos: Ba r ca –F a r ol MANOE L
LUÍS, a o la r go da cost a do Ma r a n h ã o e
Ba r ca –F a r ol RISCA DO ZUMBI, a o la r go
da cost a do Rio Gr a n de do Nor t e) ou com o
sin a l de a t er r a gem , pa r a in dica r o in ício
do a cesso a u m por t o ou ba r r a (exem plos: BF AMAZONAS Nº1, pa r a a t er r a gem n a Ba r r a
Nor t e do Rio Am a zon a s e BF SÃO MARCOS DE F ORA, pa r a a t er r a gem n a Ba ía de Sã o
Ma r cos).
f. B ALIZAS
Sã o sin a is visu a is cegos, con st it u ídos por h a st es de fer r o, con cr et o ou m esm o de
m a deir a , de a lt u r a a dequ a da à s con dições loca is, fixa da s, n or m a lm en t e, sobr e pedr a s isola -
da s, ba n cos, ou r ecifes. As h a st es t êm u m a pin t u r a dist in t iva e sã o en cim a da s por m a r ca de
t ope ca r a ct er íst ica , em fu n çã o da in dica çã o qu e devem t r a n sm it ir a o n a vega n t e.
As ba liza s sã o o m a is sim ples e ba r a t o dos sin a is de a u xílio à n a vega çã o, m a s n em
por isso de fá cil in st a la çã o. Com o sin a is cegos, dest in a m –se a for n ecer in dica ções a o n a ve-
ga n t e du r a n t e o per íodo diu r n o. Seu a cessór io m a is com u m é o re fle to r–ra d a r.
Na sin a liza çã o n á u t ica flu via l a dot a da n o Br a sil, a s ba liza s desem pen h a m u m im -
por t a n t e pa pel, r eceben do pla ca s com sím bolos especia is, qu e in dica m a o n a vega n t e a a ç ã o
a e m p re e n d e r pa r a m a n t er –se n o ca n a l, a bifu rc a ç ã o d e c a n a is e a exist ên cia de p e rig o
is o la d o .
Ta is sím bolos, qu e ser ã o a dia n t e est u da dos, sã o pin t a dos n a s pla ca s da s ba liza s
com m a t er ia l r et r or eflet ivo (t in t a ou fit a a desiva ), do t ipo u sa do em sin a liza çã o r odoviá r ia ,
pa r a per m it ir t a m bém a iden t ifica çã o n ot u r n a , a t r a vés do u so de h olofot e.
Adem a is, a s ba liza s u t iliza da s n a sin a liza çã o n á u t ica flu via l exibem a in da p la c a s
d e qu ilo m e tra g e m /m ilh a g e m , com o qu ilôm et r o/m ilh a do r io em qu e est ã o in st a la da s.
As pla ca s de qu ilom et r a gem da s ba liza s con st it u em u m im por t a n t e a u xílio a o posicion a -
m en t o e à n a vega çã o flu via l. Os n ú m er os in dica t ivos dos qu ilôm et r os sã o pin t a dos com
m a t er ia l r et r or eflet ivo.
13.3.3 B ALIZAMEN TO
É o con ju n t o de sin a is fixos e flu t u a n t es, cegos e lu m in osos, qu e dem a r ca m os ca n a is
de a cesso, á r ea s de m a n obr a , ba cia s de evolu çã o e á gu a segu r a s e in dica m os per igos à
n a vega çã o, n os por t os e seu s a cessos, ba ía s, r ios, la gos e la goa s.
O ba liza m e n to , por t a n t o, é con st it u ído por fa r olet es, sin a is de a lin h a m en t o, ba liza s,
bóia s lu m in osa s e bóia s cega s. E ven t u a lm en t e, pode in clu ir fa r óis (den om in a dos, en t ã o, de
fa r óis de ba liza m en t o), ba r ca s–fa r óis e su per bóia s, m a s, em ger a l, o ba liza m e n to r efer e–
se à sin a liza çã o n á u t ica de m en or por t e, in st a la da pa r a ga r a n t ir segu r a n ça da n a vega çã o
n o ca n a l de a cesso e ba cia de evolu çã o de por t os e t er m in a is, ou a o lon go de r ios, la gos e
la goa s.
Os sin a is do ba liza m e n to , cegos e lu m in osos, fixos ou flu t u a n t es, podem dispor de
equ ipa m en t os son or os. Além disso, podem fa zer pa r t e do ba liza m e n to a u xílios r a dioelét r icos
à n a vega çã o, com o r a diofa r óis e r espon dedor es–r a da r (RACON).
Os ba liza m e n to s podem ser cla ssifica dos segu n do vá r ios cr it ér ios. Um dos m a is
u su a is é dividí–lo en t r e ba liza m e n to fix o (fa r olet es e ba liza s) e ba liza m e n to flu tu a n te
(bóia s lu m in osa s e bóia s cega s).
Ou t r o cr it ér io divide o ba liza m e n to em ba liza m e n to c e g o (ba liza s e bóia s cega s) e
ba liza m e n to lu m in o s o (fa r olet es e bóia s lu m in osa s).
Um a cla ssifica çã o im por t a n t e é a qu e sepa r a os ba liza m e n to s em :
ba liza m e n to m a rítim o : a qu ele in st a la do em ba ía s, en sea da s e n o ca n a l de a cesso e ba cia
de evolu çã o de por t os e t er m in a is m a r ít im os; e
ba liza m e n to flu v ia l: in st a la do a o lon go de r ios (la gos e la goa s), com o a u xílio à n a vega çã o
in t er ior . Nor m a lm en t e, o ba liza m e n to flu v ia l t em r egr a s pr ópr ia s, em com plem en t o à s
r egr a s pa r a o ba liza m en t o m a r ít im o.
F ig u ra 13.13 - Es tru tu ra s d e fa ró is
a. D U RAN TE O D IA:
• pela for m a e pela cor (pa dr ã o de pin t u r a ) de su a est r u t u r a ;
• pela for m a e cor da m a r ca de t ope exibida (bóia s e ba liza s);
• pelo som em it ido ou pelo sin a l r a dioelét r ico t r a n sm it ido;
• m oder n a m en t e, a lgu n s sin a is de a u xílio à n a vega çã o exibem , m esm o n o per íodo diu r n o,
lu zes de a lt a in t en sida de qu e per m it em su a iden t ifica çã o.
b. D U RAN TE A N OITE:
• pela s lu zes exibida s (cor e r it m o de a pr esen t a çã o);
• pelo som em it ido ou sin a l r a dioelét r ico t r a n sm it ido.
1. TERMOS GERAIS
CARACTERÍS TICA: é a a pa r ên cia pela qu a l a s lu zes sã o iden t ifica da s, obt ida pela com bi-
n a çã o de seu s pr in cipa is a spect os, ritm o e c o r. O ritm o é for m a do por u m a det er m in a da
seqü ên cia de e m is s õ e s lu m in o s a s e e c lip s e s , de du r a ções específica s e r egu la r m en t e
r epet idos. No qu e se r efer e à c o r, a s lu zes podem ser bra n c a s ou d e c o r (en ca r n a da , ver de
ou â m ba r ). Assim sen do, a c a ra c te rís tic a de u m a lu z de a u xílio à n a vega çã o é com post a
pelo seu ritm o e su a c o r.
LU Z F IXA – lu z exibin do–se con t ín u a e u n ifor m em en t e.
LU Z RÍTMICA – lu z exibin do–se in t er m it en t em en t e, com u m a per iodicida de r egu la r (lu z
de la m pejo, de gr u po de la m pejos, lu z r á pida , et c.)
LU Z ALTERN AD A – lu z exibin do–se em difer en t es cor es, a lt er n a da m en t e.
P ERÍOD O – é o in t er va lo de t em po com pr een dido en t r e os in ícios de dois ciclos su cessivos
idên t icos n a ca r a ct er íst ica de u m a lu z r ít m ica .
F AS E – é ca da u m dos a spect os su cessivos qu e com põem o per íodo (e m is s ã o lu m in o s a e
e c lip s e ).
F AS E D ETALHAD A – é a seqü ên cia com plet a de t oda s a s fa s e s qu e com põem o p e río d o .
EMIS S ÃO LU MIN OS A – fa s e do ritm o do sin a l du r a n t e a qu a l a lu z é exibida .
ECLIP S E – fa s e do ritm o do sin a l du r a n t e a qu a l a lu z per m a n ece a pa ga da .
Os qu a dr os da s pá gin a s segu in t es a pr esen t a m descr ições e ilu st r a ções da s c a ra c te -
rís tic a s da s lu zes exibida s pelos sin a is de a u xílio à n a vega çã o.
2. TERMOS D ES CRITIVOS
AEROF ARÓIS E F ARÓIS AEROMARÍTIMOS – os a e ro fa ró is sã o dest in a dos à n a ve-
ga çã o a ér ea , poden do, oca sion a lm en t e, ser u t iliza dos pa r a a n a vega çã o m a r ít im a . Têm ,
ger a lm en t e, u m a lca n ce m a ior do qu e os fa r óis com u n s, pois sã o qu a se sem pr e de gr a n de
a lt it u de e in t en sida de lu m in osa . P or essa r a zã o, a lgu m a s vezes podem ser a vist a dos a t é
m esm o a n t es dos fa r óis de a t er r a gem . Os a e ro fa ró is do Br a sil sã o in st a la dos e m a n t idos
pelo Min ist ér io da Aer on á u t ica . Aqu eles in st a la dos n o n osso lit or a l, qu e podem ser a vist a dos
do m a r , sã o in ser idos n a List a de F a r óis em su a seqü ên cia geogr á fica com a s ou t r a s lu zes.
Su a ca r a ct er íst ica é sem pr e pr ecedida da pa la vr a “a er o”. É pr eciso n ã o esqu ecer qu e t a is
fa r óis n ã o se dest in a m à n a vega çã o m a r ít im a e qu e, por con segu in t e, su a s a lt er a ções n em
sem pr e ch ega r ã o pr on t a m en t e a o con h ecim en t o dos n a vega n t es. Ta is a lt er a ções n ã o sã o
ger a lm en t e com u n ica da s em Avisos–Rá dio.
Reser va –se a den om in a çã o de F a ró is Ae ro m a rítim o s à qu eles dest in a dos à n a vega çã o
m a r ít im a , m a s dot a dos de a pa r elh a gem qu e per m it a o seu em pr ego n a n a vega çã o a ér ea .
Ta l é o ca so, por exem plo, do F a r ol Ca lca n h a r . E sses fa r óis sã o in st a la dos e m a n t idos pela
Dir et or ia de H idr ogr a fia e Na vega çã o do Min ist ér io da Ma r in h a e t r a t a dos com o os dem a is
fa r óis da cost a . O fa t o de ser em a er om a r ít im os vem con sign a do n a colu n a “obser va ções” da
List a de F a r óis. P a r a possibilit a r o u so por a er on a ves, o feixe lu m in oso dos fa ró is a e ro m a -
rítim o s é deflexion a do a u m â n gu lo de 10° a 15° sobr e o h or izon t e.
LU Z D IRECION AL – u m a lu z exibida em u m set or de â n gu lo m u it o est r eit o, visa n do
m a r ca r u m a dir eçã o a ser segu ida . O set or est r eit o pode ser fla n qu ea do por set or es de
in t en sida de a lt a m en t e r edu zida , ou por set or es de cor ou ca r a ct er íst ica difer en t e.
F ig u ra 13.15 - S e to r d e v is ibilid a d e d e u m fa ro l
No qu e se r efer e a o a rc o d e v is i-
bilid a d e ou s e to r d e v is ibilid a d e de u m
fa r ol, é im por t a n t e m en cion a r qu e, m u it a s
vezes, a lu z de u m sin a l n ã o pode ser ob-
ser va da de t odos os a zim u t es, ou seja , t a l
lu z n ã o é visível pa r a t oda s a s posições
em volt a do fa r ol, por qu e a t opogr a fia do
loca l obscu r ece a lgu n s set or es (ver F igu r a
13.14). Os s e to re s d e v is ibilid a d e dos
fa r óis sã o in dica dos n a List a de F a r óis.
Con for m e cit a do, os s e to re s d e v is ibili-
d a d e sã o descr it os por m a r ca ções ver da -
deir a s to m a d a s d o la rg o (do m a r pa r a o
sin a l), n o sen t ido h or á r io. Ou seja , a s m a r -
ca ções qu e lim it a m o set or de visibilida de
sã o a s m a r ca ções com qu e o n a vega n t e a vist a o fa r ol (e n ã o a s m a r ca ções com qu e o fa r oleir o
a vist a r ia o n a vio). Na F igu r a 13.15, por exem plo, o s e to r d e v is ibilid a d e do fa r ol r epr e-
sen t a do ser ia descr it o com o: 350° – 130° (140°).
Adem a is, a s Ca r t a s Ná u t ica s a pr esen t a m dia gr a m a s dos s e to re s d e v is ibilid a d e
dos fa r óis n ela s r epr esen t a dos. É opor t u n o a ler t a r qu e o s e to r d e v is ibilid a d e de u m
fa r ol, r epr esen t a do n a Ca r t a Ná u t ica , n a da t em a ver com o seu a lc a n c e , qu e é t a m bém
in dica do n a ca r t a , a o la do do sím bolo de fa r ol.
1. ALCAN CE LU MIN OS O
É a m a ior dist â n cia em qu e u m a lu z pode ser vist a , m er a m en t e em fu n çã o de su a
in te n s id a d e lu m in o s a e v is ibilid a d e m e te o ro ló g ic a m é d ia da r egiã o.
O D IAGRAMA D E ALCAN CE LU MIN OS O da F igu r a 13.16 per m it e ca lcu la r o
a lc a n c e lu m in o s o de u m a det er m in a da lu z, em fu n çã o de su a in te n s id a d e lu m in o s a e
da v is ibilid a d e m e te o ro ló g ic a vigen t e.
U T I L I ZAÇ ÃO D O D I AG R AMA D E AL C AN C E L U MI N O S O: o d ia gr a m a
possibilit a a o n a vega n t e det er m in a r a dist â n cia a pr oxim a da em qu e u m a lu z pode ser
a vist a da à n oit e, con sider a n do–se a v is ibilid a d e m e te o ro ló g ic a (V) pr edom in a n t e n o
m om en t o da obser va çã o.
E st e a lca n ce é obt ido en t r a n do–se n o dia gr a m a , n a su a bor da in fer ior (lin h a h or izon -
t a l) com o va lor da in te n s id a d e lu m in o s a e m c a n d e la s (cd), en con t r a da n a colu n a 4 da
Lis ta d e F a ró is , e com o va lor da v is ibilid a d e m e te o ro ló g ic a (V), discr im in a da sobr e
su a s cu r va s.
F ig u ra 13.16 - D ia g ra m a d e Alc a n c e Lu m in o s o
EXEMP LOS
a . O F a r ol Ilh a do Boi Nº1 possu i in te n s id a d e lu m in o s a de 10.050 ca n dela s. No m om en t o
da obser va çã o, a v is ibilid a d e m e te o ro ló g ic a r ein a n t e er a de 10 m ilh a s n á u t ica s. E n -
t r a n do n o Dia gr a m a com esses va lor es, obt ém –se u m a lc a n c e lu m in o s o pa r a o fa r ol de
14 m ilh a s n á u t ica s.
b. O F a r ol Ca bo F r io possu i u m a in te n s id a d e lu m in o s a de 5.696.000 ca n dela s. Det er m in a r
o a lc a n c e lu m in o s o do fa r ol pa r a u m c o e fic ie n te d e tra n s p a rê n c ia a tm o s fé ric a (T)
igu a l a 0,85. E n t r a n do n o Dia gr a m a com a in te n s id a d e lu m in o s a e o c o e fic ie n te d e
tra n s p a rê n c ia a tm o s fé ric a , obt ém –se u m a lc a n c e lu m in o s o de 49 m ilh a s n á u t ica s.
c. O F a r ol Sa n t a Cr u z possu i in te n s id a d e lu m in o s a de 3.066 ca n dela s. No m om en t o da
obser va çã o, a v is ibilid a d e m e te o ro ló g ic a r ein a n t e er a de 10 m ilh a s n á u t ica s (cor r es-
pon den t e a u m c o e fic ie n te d e tra n s p a rê n c ia a tm o s fé ric a T = 0,74). Det er m in a r o
a lc a n c e lu m in o s o do sin a l. E n t r a n do n o Dia gr a m a com esses va lor es, obt ém –se u m
a lc a n c e lu m in o s o de 9,5 m ilh a s n á u t ica s (pa r a u m a v is ibilid a d e m e te o ro ló g ic a de
10 m ilh a s).
2. ALCAN CE N OMIN AL
É o a lca n ce de u m a lu z a u m a a t m osfer a h om ogên ea n a qu a l a v is ibilid a d e m e te o -
ro ló g ic a é de 10 m ilh a s n á u t ica s, pa r a u m obser va dor de vist a n or m a l, sob con dições n or m a is
de con t r a st e.
EXEMP LOS
a . Um obser va dor n o pa ssa diço de u m n a vio, n a a lt u r a de set e (7) m et r os sobr e o n ível do
m a r , t en t a a vist a r u m fa r ol cu jo foco lu m in oso possu i u m a eleva çã o (a lt it u de) de sessen t a
(60) m et r os. E n t r a n do n a t a bela com os dois va lor es, obt ém –se 21,1 m ilh a s n á u t ica s, qu e
ser á a dist â n cia visu a l m á xim a n a qu a l o obser va dor poder á a vist a r o fa r ol, ou seja , o
a lc a n c e g e o g rá fic o do fa r ol.
b. A a lt u r a do olh o do obser va dor sobr e o n ível do m a r é de 15 m et r os e a a lt it u de do objet o
visa do é 42 m et r os. O a lc a n c e g e o g rá fic o , obt ido por in t er pola çã o n a Ta bela da F igu r a
13.3, ser á de 21,0 m ilh a s.
Ao ser est a belecido u m fa r ol, os va lor es dos dois a lca n ces, g e o g rá fic o e lu m in o s o ,
devem t er sido fixa dos com a n t ecedên cia ; a a lt it u de e o a pa r elh o de lu z sã o, en t ã o, defin idos
de m odo a qu e sa t isfa ça m à s con dições exigida s.
Nos fa r óis de a t er r a gem , deseja –se qu e o n a vega n t e possa a vist á –los da m a ior dis-
t â n cia possível, de dia ou de n oit e. Nest e ca so, a in te n s id a d e lu m in o s a e, con seqü en t e-
m en t e, o a lc a n c e lu m in o s o , dever á ser , n o m ín im o, igu a l a o a lc a n c e g e o g rá fic o , pois de
n a da a dia n t a r ia con st r u ir –se u m fa r ol qu e possu a u m a lc a n c e g e o g rá fic o d e 40 m ilh a s
e u m a lc a n c e lu m in o s o de a pen a s 10 m ilh a s n a s con dições idea is, se o seu objet ivo é ser
a vist a do o m a is lon ge possível.
P or ou t r o la do, ocor r em sit u a ções on de n ã o in t er essa a o n a vega n t e a vist a r u m fa r ol
desde m u it o lon ge, se só ir á m a r cá –lo efet iva m en t e qu a n do est iver m a is pr óxim o. Ist o po-
der ia , in clu sive, ger a r er r os ou dificu lda des n a iden t ifica çã o dos sin a is. P a r a est es ca sos, o
a lca n ce lu m in oso poder á ser in fer ior a o geogr á fico.
Com o a o n a vega n t e in t er essa sa ber a qu e dist â n cia poder á a vist a r pela pr im eir a vez
u m det er m in a do sin a l, a DH N r egist r a n a s ca r t a s a pen a s o m e n o r e n tre o s d o is a lc a n c e s .
P a r a via biliza r esse con ju n t o ú n ico de r egr a s e sa t isfa zer à s n ecessida des dos pa íses
com pon en t es da Regiã o B, pr opôs–se in t r odu zir n a s r egr a s a cor da da s do sist em a A a lgu n s
pequ en os a cr éscim os. E ssa s a dições er a m de n a t u r eza m en or e n ã o exigia m u m a m u da n ça
sign ifica t iva n o Sist em a A de ba liza m en t o, já em pr ocesso de in t r odu çã o, n a época .
Du r a n t e a Con fer ên cia con voca da pela IALA, em n ovem br o de 1980, com a a ssist ên cia
da IMO e da Or ga n iza çã o H idr ogr á fica In t er n a cion a l (OH I), r eu n ir a m –se os r espon sá veis
pelo ba liza m en t o de 50 pa íses e r epr esen t a n t es de 9 or ga n ism os in t er n a cion a is r ela cion a dos
com a u xílios à n a vega çã o e a cor da r a m a dot a r a s r egr a s do n ovo Sist em a Com bin a do.
Ta m bém foi decidido qu e os lim it es da s r egiões ser ia m r epr esen t a dos em u m m a pa a n exo
à s r egr a s (F igu r a 13.17), per iodica m en t e a t u a liza do.
O Br a sil, a t r a vés da Dir et or ia de H idr ogr a fia e Na vega çã o do Min ist ér io da Ma r in h a ,
a ssin ou o Acor do e opt ou pela Regiã o “B”, decisã o a pr ova da pelo Decr et o P r esiden cia l n º
92.267 de 3 de ja n eir o de 1986.
Assim , o sist em a de ba liza m en t o m a r ít im o da IALA pa ssou a a u xilia r , pela pr im eir a
vez, o n a vega n t e de qu a lqu er n a cion a lida de a det er m in a r su a posiçã o, n a vega r com segu r a n -
ça e evit a r os per igos, sem t em er a a m bigü ida de. E st a foi, sem dú vida , u m a im por t a n t e e
posit iva con t r ibu içã o pa r a a segu r a n ça da vida , do m eio a m bien t e e da pr opr ieda de n o m a r .
S IN AIS LATERAIS
Segu in do o sen t ido da “dir eçã o con ven cion a l do ba liza m en t o”, os sin a is La t er a is da
Regiã o A u t iliza m , de dia e de n oit e, a s cor es en ca r n a da e ver de pa r a in dica r , r espect iva -
m en t e, os la dos de bom bor do e bor est e dos ca n a is. E n t r et a n t o, n a Regiã o B est a s cor es se
in ver t em , com en ca r n a da a bor est e e ver de a bom bor do.
Um sin a l La t er a l m odifica do deve ser u sa do em u m pon t o on de h a ja bifu r ca çã o de
ca n a l, pa r a dist in gu ir o ca n a l pr efer en cia l design a do por u m a Au t or ida de com pet en t e.
S IN AL D E P ERIGO IS OLAD O
O sin a l de P er igo Isola do é coloca do sobr e u m per igo de pequ en a á r ea , qu e t en h a
á gu a s n a vegá veis em t oda a su a volt a . As m a r ca s de t ope de du a s esfer a s pr et a s, u m a sobr e
a ou t r a , e a s lu zes br a n ca s dos gr u pos de la m pejos (2), ser vem pa r a difer en cia r os sin a is de
P er igo Isola do dos sin a is Ca r din a is.
S IN AIS ES P ECIAIS
Os sin a is E specia is n ã o se dest in a m pr im or dia lm en t e a or ien t a r a n a vega çã o, m a s
in dica m u m a á r ea ou u m a ca r a ct er íst ica especia l, cu ja n a t u r eza pode ser ver ifica da con su l-
t a n do u m a ca r t a ou ou t r o docu m en t o n á u t ico.
Os sin a is E specia is sã o a m a r elos. P odem leva r u m a m a r ca de t ope a m a r ela em for m a
de “X” e, se possu ír em lu z, est a deve t a m bém ser a m a r ela . Com o in t u it o de evit a r a possi-
bilida de de con fu sã o en t r e o a m a r elo e o br a n co em ba ixa visibilida de, a s lu zes a m a r ela s
dos sin a is E specia is n ã o t êm qu a lqu er dos r it m os u sa dos n a s lu zes br a n ca s.
Su a for m a n ã o ser á con flit a n t e com a s u t iliza da s n os sin a is de n a vega çã o, ist o sign i-
fica n do, por exem plo, qu e u m a bóia especia l loca liza da n o la do de bom bor do de u m ca n a l
pode t er a for m a cilín dr ica , m a s n ã o côn ica . Os sin a is E specia is podem t a m bém ser ca r a c-
t er iza dos por m eio de let r a s ou n ú m er os qu e in dica m su a fin a lida de.
N OVOS P ERIGOS
Con vém sa lien t a r , especia lm en t e, qu e u m “n ovo per igo” – t er m o u sa do pa r a descr ever
u m per igo a in da n ã o m ost r a do em docu m en t os n á u t icos – pode ser in dica do m edia n t e u m a
du plica çã o do sin a l n or m a l, a t é qu e a in for m a çã o t en h a sido su ficien t em en t e pr om u lga da .
Um sin a l de “n ovo per igo” pode leva r u m RACON codifica do Mor se “D” (–..).
1. GEN ERALID AD ES
OB J ETIVO
E st e sist em a a pr esen t a n or m a s qu e se a plica m a t odos os sin a is do ba liza m en t o,
fixos e flu t u a n t es, ser vin do pa r a in dica r :
• Os lim it es la t er a is de ca n a is n a vegá veis;
• P er igos n a t u r a is e ou t r a s obst r u ções, t a is com o ca scos soçobr a dos;
• Ou t r a s á r ea s ou pecu lia r ida des im por t a n t es pa r a o n a vega n t e; e
• Novos per igos (per igos a in da n ã o ca r t ogr a fa dos).
TIP OS D E S IN AIS
O sist em a de ba liza m en t o possu i cin co t ipos de sin a is, qu e podem ser u sa dos de
for m a com bin a da :
S in a is La te ra is , cu jo em pr ego est á a ssocia do a u m a “dir eçã o con ven cion a l do ba liza m en t o”,
ger a lm en t e u sa dos em ca n a is bem defin idos. E st es sin a is in dica m bom bor do e bor est e da
r ot a a ser segu ida . On de u m ca n a l se bifu r ca , u m sin a l la t er a l m odifica do pode ser u sa do
pa r a in dica r a via pr efer en cia l. Os sin a is la t er a is difer em en t r e a s Regiões de ba liza m en t o
A e B, con for m e descr it o n a s Seções (2) e (8).
S in a is Ca rd in a is , cu jo em pr ego est á a ssocia do a o da a gu lh a de n a vega çã o, sã o u sa dos
pa r a in dica r o set or on de se poder á en con t r a r á gu a s n a vegá veis.
S in a is d e P e rig o Is o la d o , pa r a in dica r per igos isola dos de t a m a n h o lim it a do, cer ca dos
por á gu a s n a vegá veis.
S in a is d e Ág u a s S e g u ra s , pa r a in dica r qu e em t or n o de su a posiçã o a s á gu a s sã o n a vegá -
veis; por exem plo, sin a is de m eio de ca n a l ou sin a is de a t er r a gem .
S in a is Es p e c ia is , cu jo objet ivo pr in cipa l n ã o é or ien t a r a n a vega çã o, m a s in dica r u m a
á r ea ou pecu lia r ida de m en cion a da em docu m en t os n á u t icos.
2. S IN AIS LATERAIS
REGIÕES D E B ALIZAMEN TO
E xist em du a s Regiões In t er n a cion a is de Ba liza m en t o, A e B , on de os sin a is la t er a is
difer em .
E ssa s Regiões de Ba liza m en t o en globa m os segu in t es pa íses (ou á r ea s):
S in a is d e B o m bo rd o
Cor : E n ca r n a da
F or m a t o (Bóia s): Cilín dr ico, pila r ou ch a r u t o
Ma r ca de Tope (se h ou ver ): Cilin dr o en ca r n a do
Lu z (qu a n do h ou ver ):
Cor : E n ca r n a da
Rit m o: Qu a lqu er , com exceçã o de Gr u pos de La m pejos Com post os
(2+1)
S in a is d e B o re s te
Cor : Ver de
F or m a t o (Bóia s): Côn ico, pila r ou ch a r u t o
Ma r ca de Tope (se h ou ver ): Con e ver de com o vér t ice pa r a cim a
Lu z (qu a n do h ou ver ):
Cor : ver de
Rit m o: Qu a lqu er , com exceçã o de Gr u pos de La m pejos Com post os
(2+1)
No pon t o em qu e u m ca n a l se bifu r ca , segu in do a “dir eçã o con ven cion a l do ba liza -
m en t o”, o ca n a l pr efer en cia l pode ser in dica do pelos sin a is la t er a is de bom bor do ou bor est e
m odifica dos, com o se segu e:
Ca n a l p re fe re n c ia l a B o re s te (Bom bor do m odifica do)
Cor : E n ca r n a da com u m a fa ixa la r ga h or izon t a l ver de
F or m a t o (Bóia s): Cilín dr ico, pila r ou ch a r u t o
Ma r ca de Tope (se h ou ver ): Cilin dr o en ca r n a do
Lu z (qu a n do h ou ver ):
Cor : E n ca r n a da
Rit m o: Gr u pos de La m pejos Com post os (2+1)
Ca n a l p re fe re n c ia l a B o m bo rd o (Bor est e m odifica do)
Cor : Ve r d e com u m a fa i x a l a r g a h or i z on t a l e n ca r n a d a
F or m a t o (Bóia s): Côn ico, pila r ou ch a r u t o
Ma r ca de Tope (se h ou ver ): Con e ver de com o vér t ice pa r a cim a
Lu z (qu a n do h ou ver ):
Cor : Ver de
Rit m o: Gr u pos de La m pejos Com post os (2+1)
S in a l Ca rd in a l S u l
Ma r ca de Tope: 2 con es pr et os, u m sobr e o ou t r o, com os vér t ices pa r a ba ixo
Cor : Am a r ela sobr e pr et a
F or m a t o (Bóia s): P ila r ou ch a r u t o
Lu z (qu a n do h ou ver ):
Cor : Br a n ca
Rit m o: Gr u pos de la m pejos m u it o r á pidos (6) + la m pejo lon go a
ca da 10 segu n dos; ou gr u po de la m pejos r á pidos (6) +
la m pejo lon go, a ca da 15 segu n dos
S in a l Ca rd in a l Oe s te
Ma r ca de Tope: 2 con es pr et os, u m sobr e o ou t r o, pon t a a pon t a
Cor : Am a r ela com u m a fa ixa la r ga h or izon t a l pr et a
F or m a t o (Bóia s): P ila r ou ch a r u t o
Lu z (qu a n do h ou ver ):
Cor : Br a n ca
Rit m o: Gr u pos de la m pejos m u it o r á pidos (9), a ca da 10 segu n dos;
ou gr u po de la m pejos r á pidos (9), a ca da 15 segu n dos
A m a r ca de t ope con st it u ída por 2 con es é o in dica dor diu r n o m a is im por t a n t e de u m
sin a l Ca r din a l e deve ser u sa da sem pr e qu e pr a t icá vel; seu t a m a n h o deve ser o m a ior
possível, com u m a visível sepa r a çã o en t r e os con es.
6. S IN AIS ES P ECIAIS
F ig u ra 13.23 - N u m e ra ç ã o d o B a liza m e n to
F ig u ra 13.24 -
F ig u ra 13.25 -
Sã o a s segu in t es a s r egr a s pa r a sin a liza çã o de pon t es fixa s sobr e via s n a vegá veis:
• o v ã o p rin c ip a l, sob o qu a l deve ser con du zida a n a vega çã o, deve exibir :
• n o cen t r o, sob a pon t e, u m a lu z r á pida br a n ca e n os pila r es la t er a is de su st en t a çã o lu zes
fixa s ou r ít m ica s, de a cor do com a s con ven ções pa r a o ba liza m en t o m a r ít im o (ist o é, o
pila r a ser deixa do por bo re s te , de a cor do com a “dir eçã o con ven cion a l do ba liza m en t o”,
deve exibir lu z e n c a rn a d a ; o pila r a ser deixa do por bo m bo rd o deve m ost r a r lu z v e rd e );
• o pila r a ser deixa do por bo re s te , pelo n a vega n t e qu e en t r a n o por t o ou sobe o r io, deve
exibir com o m a rc a d iu rn a u m pa in el r et a n gu la r br a n co con t en do u m triâ n g u lo e qu i-
lá te ro e n c a rn a d o , com vér t ice pa r a cim a ;
• o pila r a ser deixa do por bo m bo rd o , pelo n a vega n t e qu e en t r a n o por t o ou sobe o r io,
deve exibir com o m a rc a d iu rn a u m pa in el r et a n gu la r br a n co con t en do u m re tâ n g u lo
v e rd e , com a m a ior dim en sã o n a ver t ica l;
• os vã os secu n dá r ios devem t er os seu s pila r es de su st en t a çã o sin a liza dos por lu z fixa
br a n ca , ou ilu m in a dos por r eflet or es, com lu z br a n ca n ã o ofu sca n t e.
As F igu r a s 13.24 e 13.25 ilu st r a m os sin a is u t iliza dos n o ba liza m e n to flu v ia l e n a
sin a liza çã o de p o n te s fix a s sobr e via s n a vegá veis.
F ig u ra 13.26 - Lis ta d e F a ró is
3ª COLU N A – P OS IÇÃO
Nest a colu n a sã o in dica da s a s coor den a da s geogr á fica s do sin a l, n or m a lm en t e a pr o-
xim a da s a o cen t ésim o do m in u t o, com o pr opósit o de fa cilit a r a o u t iliza dor su a iden t ifica çã o
n a s ca r t a s n á u t ica s br a sileir a s.
5ª COLU N A – ALTITU D E
Nest a colu n a é in for m a da a a lt it u de do foco de lu z, em m et r os, ist o é, a dist â n cia
ver t ica l en t r e o foco da lu z e o N ív e l Mé d io do m a r .
6ª COLU N A – ALCAN CE
Nest a colu n a sã o in for m a dos o Alc a n c e Lu m in o s o , em m ilh a s n á u t ica s, ca lcu la do
pela F ór m u la de Alla r d, con sider a n do–se u m per íodo n ot u r n o com Co e fic ie n te d e Tra n s -
p a rê n c ia Atm o s fé ric a (T) igu a l a 0,85, cor r espon den t e a u m va lor de Vis ibilid a d e Me te o -
ro ló g ic a de 18,4 m ilh a s n á u t ica s, e o Alc a n c e Ge o g rá fic o, t a m bém em m ilh a s n á u t ica s,
con sider a n do–se qu e os olh os do obser va dor est eja m eleva dos 5 m et r os sobr e o n ível do m a r .
8ª COLU N A – OB S ERVAÇÕES
Nest a colu n a sã o in for m a da s obser va ções ju lga da s opor t u n a s pa r a m elh or escla r e-
cim en t o dos u t iliza dor es e n a vega n t es, a ssim com o a exist ên cia de r eflet or r a da r , equ ipa -
m en t o r espon dedor – r a da r (RACON), r a diofa r ol, est a çã o r a diot elegr á fica ou de sin a is, set or
de visibilida de e ou t r os da dos.
Com o exem plo, veja m os a s in for m a ções pr est a da s pela LIS TA D E F ARÓIS pa r a o
F a r ol Ca bo F rio :
1ª COLU N A:
N º D E ORD EM: 2400
N º IN TERN ACION AL: G 0352
2ª COLU N A:
LOCAL E N OME : Ca b o F ri o (im pr esso em n egr it o, pa r a in dica r qu e é u m sin a l
im por t a n t e, com a lca n ce igu a l ou su per ior a 15 m ilh a s).
CAR TA N ÁU TICA: 1503 (n ú m er o d a Ca r t a N á u t ica d e m a ior es ca la on d e es t á
r epr esen t a do o F a r ol Ca bo F rio ).
3ª COLU N A:
P OS IÇÃO: La t . 23° 00.81' S Lon g. 042° 00.05' W
4º COLU N A:
CARACTERÍS TICA: La m pejo Br a n co (Lp. B.).
P ERÍOD O: 10 segu n dos.
FASE DETALHADA: La m pejo de 1,2 segu n dos e E clipse de 8,8 segu n dos (B.1,2 – E cl.8,8).
IN TEN S ID AD E LU MIN OS A: 5.696.000 ca n dela s.
5º COLU N A:
ALTITU D E D O F OCO: 144 m et r os (a cim a do Nível do Médio do m a r ).
6ª COLU N A:
ALCAN CE LU MIN OS O: 49 m ilh a s.
ALCAN CE GEOGRÁF ICO: 29 m ilh a s.
7ª COLU N A:
D ES CRIÇÃO D A ES TRU TU RA: Tor r e t r on côn ica ,m et á lica , br a n ca .
ALTU RA D A TORRE: 16 m et r os.
8ª COLU N A:
OB S ERVAÇÕES : Set or de Visibilida de: 231° – 118° (247°). E st a çã o r a diot elegr á fica .
A LIS TA D E F ARÓIS , t a l com o qu a lqu er ou t r a pu blica çã o de a u xílio à n a vega çã o,
est á su jeit a a con st a n t es cor r eções e deve ser m a n t ida a t u a liza da . As cor r eções à LIS TA
D E F ARÓIS sã o pu blica da s qu in zen a lm en t e, n a pa r t e IV do F olh et o de Avisos a os Na ve-
ga n t es.
A LIS TA D E F ARÓIS é com plem en t a da pela P u blica çã o DH 18 – LIS TA D E S IN AIS
CEGOS , t a m bém edit a da e m a n t ida a t u a liza da pela Dir et or ia de H idr ogr a fia e Na vega çã o,
con t en do in for m a ções r efer en t es a t odos os s in a is c e g o s (bóia s cega s, ba liza s e pla ca s de
pon t e) exist en t es n a cost a , ilh a s, la goa s, la gos e r ios n a vegá veis br a sileir os.
b. Os Coeficien t es de Tr a n spa r ên cia (ou con dições de visibilida de) va r ia m de a cor do com a
r egiã o, e, em ca da lu ga r , de a cor do com a u m ida de e poeir a a t m osfér ica (polu içã o). A
DH N colet a in for m a ções dos n a vios sobr e Alc a n c e s Lu m in o s o s efet iva m en t e obser va dos,
pa r a det er m in a r o fa t or de ca da r egiã o, sob det er m in a da s con dições a t m osfér ica s. E n -
qu a n t o est es fa t or es n ã o for em det er m in a dos com exa t idã o, a dot a –se, pa r a a cost a do
Br a sil, o va lor a pr oxim a do de T = 0,85, pa r a con dições n or m a is de visibilida de.
c. As in for m a ções sobr e ir r egu la r ida des n os sin a is, de ca r á t er n ã o u r gen t e, podem ser en via -
da s por m eio de u m m odelo especia l (F olh a de In for m a çã o), en con t r a do n o fin a l do F olh et o
de Avisos a os Na vega n t es, ou dist r ibu ído gr a t u it a m en t e pela s Ca pit a n ia s dos P or t os,
Delega cia s, Agên cia s ou P ost os de Ven da s de pu blica ções do Min ist ér io da Ma r in h a .
d. As in for m a ções de ca r á t er u r gen t e poder ã o ser en ca m in h a da s à Dir et or ia de H idr ogr a fia
e Na vega çã o (en der eço t elegr á fico NAVE MAR), TE LE X Nº 02134043.
e. Ao u t iliza r o D ia g ra m a d e Alc a n c e s Lu m in o s o s , o n a vega n t e deve a t en t a r pa r a os
segu in t es fa t os:
• os Alc a n c e s obt idos a t r a vés do D ia g ra m a d e Alc a n c e s Lu m in o s o s sã o a pr oxim a dos;
• u m a lu z n ã o pode ser a vist a da a u m a dist â n cia m a ior do qu e a do seu Alc a n c e Ge o -
g rá fic o . E xem plifica n do: o fa r ol Ilh a da P a z possu i u m a a lt it u de (ou eleva çã o sobr e o
Nível Médio do m a r ) de 84 m et r os. E st a n do o obser va dor a bor do de u m a em ba r ca çã o
a u m a a lt u r a de 5 m et r os sobr e o n ível do m a r , ver ifica –se qu e, a pesa r do Alc a n c e
Lu m in o s o do sin a l ser de 26 m ilh a s n á u t ica s, a lu z som en t e poder á ser a vist a da a
cer ca de 23.5 m ilh a s n á u t ica s, qu e cor r espon de a o seu Alc a n c e Ge o g rá fic o .
f. E m t em po fr io e, m a is pa r t icu la r m en t e, qu a n do ocor r em va r ia ções br u sca s de t em per a -
t u r a , os vidr os da s la n t er n a s dos sin a is fica m , m u it a s vezes, cober t os com u m ida de ou
gelo, o qu e r edu z con sider a velm en t e o seu Alc a n c e Lu m in o s o . Adem a is, est e efeit o
pode, t a m bém , fa zer com qu e lu zes color ida s pa r eça m br a n ca s.
g. O n evoeir o, n eblin a , poeir a , fu m a ça e pr ecipit a ções dim in u em sign ifica t iva m en t e a s dis-
t â n cia s n a s qu a is a s lu zes sã o a vist a da s, sen do est e efeit o m a ior n o ca so de lu zes color ida s
e de pot ên cia r edu zida .
h . As Lu ze s Alte rn a d a s com fa ses lu m in osa s difer en t es podem a lt er a r su a s ca r a ct er íst ica s
a pa r en t es, con for m e a dist â n cia de qu e sã o obser va da s, qu a n do a lgu m a s fa ses deixa r em
de ser visíveis.
I. Nã o se deve con fia r n os lim it es exa t os dos set or es da s lu zes. E les, h a bit u a lm en t e, n ã o
sã o bem defin idos, ocor r en do m u da n ça de lu z pa r a obscu r ida de, ou de u m a cor pa r a
ou t r a , gr a du a lm en t e.
j. As B ó ia s Lu m in o s a s , devido a os seu s r a ios de a t u a çã o n o m a r e à possibilida de de
ga r r a r em , n ã o devem ser u t iliza da s com a fin a lida de de posicion a m en t o, ser vin do a pen a s
pa r a con fir m a r posições obt ida s, por ou t r os m eios. Além disso, t a m bém o seu fu n cion a -
m en t o é pa ssível de a pr esen t a r ir r egu la r ida des.
l. F a z–se im por t a n t e dest a ca r qu e, por con ven çã o, os Alc a n c e s Ge o g rá fic o s qu e con st a m
da List a de F a r óis for a m ca lcu la dos pa r a u m obser va dor sit u a do a 5 m et r os de a lt it u de.
Qu a lqu er n a vega n t e qu e se sit u e a u m a eleva çã o difer en t e de 5 m et r os, dever á fa zer os
cá lcu los dos Alc a n c e s Ge o g rá fic o s pa r a o seu ca so, ou en t r a r n a t a bela da F igu r a 13.3.
m . As lu zes exibida s em gr a n de eleva çã o t êm m a ior pr oba bilida de de ser em obscu r ecida s
por n u vem do qu e a qu ela s pr óxim a s a o n ível do m a r .
n . A dist â n cia de u m obser va dor a u m a lu z n ã o pode ser est im a da por seu br ilh o a pa r en t e.
o. A dist in çã o en t r e a s cor es n ã o é sem pr e con fiá vel. As con dições de pr opa ga çã o da lu z
a t r a vés da a t m osfer a e o desem pen h o do olh o h u m a n o podem r edu zir dr a st ica m en t e a
possibilida de de discr im in a çã o da s cor es. À n oit e, é pa r t icu la r m en t e difícil dist in gu ir
en t r e u m a lu z br a n ca e u m a a m a r ela , ou u m a lu z a zu l vist a sozin h a , excet o à pequ en a
dist â n cia . Cer t a s con dições a t m osfér ica s podem fa zer com qu e u m a lu z br a n ca a dqu ir a
u m a cor a ver m elh a da . De dia , a s cor es vist a s con t r a o sol per dem su a dist in çã o; t in t a s
en ca r n a da s lu m in osa s t en dem a u m a cor a la r a n ja da .
p. A visã o de u m a lu z pode ser a fet a da por u m fu n do for t em en t e ilu m in a do.
q. Os a er ofa r óis sã o fr eqü en t em en t e de a lt a pot ên cia e, devido a os seu s feixes ser em eleva dos,
sã o visíveis m u it a s vezes em dist â n cia s m u it o m a ior es do qu e a s lu zes pa r a n a vega çã o.
E les, en t r et a n t o, m u it a s vezes som en t e sã o ca r t ogr a fa dos a pr oxim a da m en t e, à s vezes
exibidos som en t e por per íodos cu r t os, e sã o su jeit os a a pa ga r em r epen t in a m en t e. Além
disso, est a n do sob o con t r ole de or ga n iza ções difer en t es, podem ser a lt er a dos n a cor ou
n a ca r a ct er íst ica a n t es qu e seja possível divu lga r por m eio de “Avisos a os Na vega n t es”.
r . A F igu r a 13.27 ilu st r a o em pr ego do Sist em a de Ba liza m en t o Ma r ít im o da IALA – Regiã o
“B ”.
N AVEGAÇÃO RAD AR
14
det ect a r n ã o só em ba r ca ções, m a s t a m bém a er on a ves voa n do em ba ixa a lt it u de. Adem a is,
o Ra da r de Bu sca de Su per fície pode, t a m bém , pr over in for m a ções pa r a n a vega çã o.
RAD AR D E B U S CA AÉREA, cu ja s fu n ções pr in cipa is sã o det ect a r a lvos a ér eos e det er -
m in a r su a s dist â n cia s e m a r ca ções, a lon ga dist â n cia , pela m a n u t en çã o de u m a bu sca de
360° em t or n o do n a vio, a t é a lt it u des eleva da s. Su a s on da s elet r om a gn ét ica s sã o em it ida s
de m odo a det ect a r a lvos a ér eos voa n do em a lt it u des m édia s e eleva da s. Os Ra da r es de
Bu sca Aér ea sã o de a lt a pot ên cia , m a ior do qu e a dos Ra da r es de Bu sca de Su per fície, pa r a
per m it ir a det ecçã o de a lvos pequ en os a gr a n des dist â n cia s, a fim de possibilit a r a la r m e
a n t ecipa do e ga r a n t ir a o n a vio u m t em po de r ea çã o a dequ a do.
RAD AR D E B U S CA COMB IN AD A, qu e pode com por t a r -se or a com o sen do de bu sca de
su per fície e or a com o sen do de bu sca a ér ea .
R AD AR D E TE R MIN AD OR D E ALTITU D E (“TH RE E –COORDIN ATE RADAR” ou
“H E IGH T–F INDING RADAR”), cu ja fu n çã o pr in cipa l é det er m in a r com pr ecisã o a d is tâ n -
c ia , a m a rc a ç ã o e a a ltitu d e de a lvos a ér eos det ect a dos pelo Ra da r de Bu sca Aér ea . P or
isso, os Ra da r es Det er m in a dor es de Alt it u de t a m bém sã o con h ecidos com o RADARE S 3–D.
E st es r a da r es t a m bém podem ser u sa dos pelos con t r ola dor es a ér eos do n a vio pa r a vet or a r
a er on a ves da defesa a ér ea du r a n t e in t er cept a çã o de a lvos a ér eos in im igos.
RAD AR D E D IREÇÃO D E TIRO, cu ja s pr in cipa is fu n ções sã o a a qu isiçã o de a lvos or igi-
n a lm en t e det ect a dos e design a dos pelos r a da r es de bu sca , e a det er m in a çã o de m a r ca ções
e dist â n cia s dos r efer idos a lvos, com eleva do gr a u de pr ecisã o. Algu n s Ra da r es de Dir eçã o
de Tir o sã o u sa dos pa r a dir igir ca n h ões, en qu a n t o ou t r os sã o em pr ega dos pa r a dir igir m ísseis.
Um a vez a dqu ir ido pelo Ra da r de Dir eçã o de Tir o, os m ovim en t os do a lvo pa ssa m a ser
a u t om a t ica m en t e a com pa n h a dos, sen do est e a com pa n h a m en t o a u t om á t ico t r a n sm it ido a o
sist em a de a r m a s do n a vio, pa r a su a or ien t a çã o.
RAD AR D E AP ROXIMAÇÃO D E AERON AVES , in st a la do em n a vios-a er ódr om os pa r a
or ien t a r o pou so de a er on a ves, especia lm en t e em con dições de m á visibilida de. Os Ra da r es
de Apr oxim a çã o t êm cu r t o a lca n ce e bu sca m a pen a s em u m set or (ger a lm en t e volt a do pa r a
a popa do n a vio-a er ódr om o).
RAD AR D E N AVEGAÇÃO, cu ja s pr in cipa is fin a lida des sã o a obt en çã o de lin h a s de posiçã o
(LDP ) pa r a det er m in a çã o da posiçã o do n a vio, n a execu çã o da n a vega çã o e a det ecçã o e m e-
diçã o de dist â n cia s e m a r ca ções pa r a ou t r a s em ba r ca ções, a fim de evit a r colisões n o m a r .
Além dest es, os n a vios e a er on a ves m ilit a r es, or gâ n ica s ou n ã o, podem dot a r ou t r os
t ipos de RADAR, t a l com o o Ra da r de Ala r m e Aér eo An t ecipa do, con du zido pela s a er on a ves
AE W (“Air bor n e E a r ly Wa r n in g”). As a er on a ves AE W m a is n ova s u t iliza m u m ú n ico RA-
DAR 3–D pa r a execu t a r t a n t o a bu sca , com o a det er m in a çã o de a lt it u de de a lvos. Os in t er -
cept a dor es n or m a lm en t e u t iliza m u m ú n ico equ ipa m en t o RADAR, com bin a n do bu sca e
dir eçã o de t ir o. As fu n ções desse RADAR sã o det ect a r a er on a ves in im iga s e possibilit a r su a
in t er cept a çã o e dest r u içã o.
Os n a vios m er ca n t es e dem a is em ba r ca ções n or m a lm en t e dispõem a pen a s de equ i-
pa m en t os RADAR dest in a dos à n a vega çã o e a o a com pa n h a m en t o de ou t r os n a vios, de m odo
a evit a r r iscos de colisã o. Nos n a vios de gu er r a m en or es, especia lm en t e do por t e de Con t r a -
t or pedeir o pa r a ba ixo, m u it a s vezes u m ú n ico RADAR DE BUSCA DE SUP E RF ÍCIE de-
sem pen h a t a m bém a s fu n ções de RADAR DE NAVE GAÇÃO.
E st e ca pít u lo a pr esen t a r á u m br eve exa m e da s ca r a ct er íst ica s m a is im por t a n t es de
u m sist em a de RADAR DE NAVE GAÇÃO e da s t écn ica s fu n da m en t a is pa r a su a oper a çã o,
com a s qu a is o n a vega n t e deve est a r fa m ilia r iza do, a fim de u sa r o RADAR com eficá cia ,
t a n t o n a n a vega çã o, com o pa r a evit a r colisã o n o m a r .
a. P rin c íp io d e fu n c io n a m e n to
E m bor a os equ ipa m en t os RADAR possa m ser cla ssifica dos, qu a n t o a o tip o d e m o -
d u la ç ã o , em RADAR DE P ULSOS, RADAR DE ONDA CONTÍNUA e RADAR DOP LLE R,
va m os est u da r a pen a s o pr in cípio de fu n cion a m en t o do RADAR DE P ULSOS, pois est e é,
n or m a lm en t e, o t ipo de RADAR em pr ega do n a n a vega çã o m a r ít im a .
O pr in cípio bá sico do RADAR DE NAVE GAÇÃO é a det er m in a çã o de dist â n cia pa r a
u m objet o, ou “a lvo”, pela m edida do t em po r equ er ido pa r a u m pu lso de en er gia de r a diofr e-
qü en cia (RF ), t r a n sm it ido sob a for m a de on da , desloca r -se da fon t e de r efer ên cia a t é o a lvo
e r et or n a r com o u m eco r eflet ido. O RADAR DE NAVE GAÇÃO, com o vim os, é u m r a da r de
pu lsos, qu e em it e on da s de fr eqü ên cia m u it o eleva da , em pu lsos de du r a çã o ext r em a m en t e
cu r t a e m ede o in t er va lo de t em po en t r e a t r a n sm issã o do pu lso e a r ecepçã o do eco, r eflet ido
n o a lvo. A m et a de do in t er va lo de t em po, m u lt iplica da pela velocida de de pr opa ga çã o da s
on da s elet r om a gn ét ica s, det er m in a a d is tâ n c ia do a lvo. Os pu lsos t r a n sm it idos pela a n te n a
for m a m u m feixe qu e, n o Ra da r de Na vega çã o, é ba st a n t e est r eit o n o pla n o h or izon t a l, m a s
qu e pode ser bem m a is la r go n o pla n o ver t ica l. A a n t en a é n or m a lm en t e de for m a pa r a bólica
e gir a n o sen t ido dos pon t eir os do r elógio, de for m a a va r r er 360° em t or n o de su a posiçã o.
A m a r ca çã o do a lvo é det er m in a da pela or ien t a çã o da a n t en a n o in st a n t e de r ecepçã o do eco
por ele r eflet ido.
Sen do a dist â n cia a o a lvo det er m in a da pela m ediçã o do t em po r equ er ido pa r a u m
pu lso de en er gia desloca r -se a t é o a lvo e r et or n a r com o u m eco r eflet ido, é n ecessá r io qu e
est e ciclo seja com plet a do a n t es qu e seja t r a n sm it ido o pu lso segu in t e. E ssa é a r a zã o por qu e
os pu lsos t r a n sm it idos (de du r a çã o ext r em a m en t e cu r t a , m u it a s vezes de cer ca de 1 m icr os-
segu n do, ou m en os) devem ser sepa r a dos por u m in t er va lo de t em po r ela t iva m en t e lon go,
du r a n t e o qu a l n ã o h á t r a n sm issã o. De ou t r a for m a , se o eco r eflet ido fosse r ecebido
du r a n t e a t r a n sm issã o do pu lso segu in t e, u sa n do a m esm a a n t en a pa r a t r a n sm issã o/r ecep-
çã o, est e eco, r ela t iva m en t e fr a co, ser ia bloqu ea do pelo for t e pu lso t r a n sm it ido.
Os equ ipa m en t os RADAR u t iliza m a s t r ês ú lt im a s fa ixa s do espect r o de RF : fr e-
qü ên cia s u lt r a a lt a s (U H F ), su per a lt a s (SH F ) e ext r em a m en t e a lt a s (E H F ).
Qu a n t o à s fr eqü ên cia s de oper a çã o, sã o cla ssifica dos por let r a s, con for m e m ost r a do
n o qu a dr o a segu ir :
b. Co m p o n e n te s d e u m S is te m a Ra d a r B á s ic o
F ig u ra 14.1 - D ia g ra m a e m B lo c o d e u m S is te m a Ra d a r B á s ic o
LARGURA DO P ULSO
VE LOCIDADE DE ROTAÇÃO DA ANTE NA
LARGURA DO F E IXE
F REQÜ ÊN CIA D A EMIS S ÃO RAD AR (F REQÜ ÊN CIA D A P ORTAD ORA)
A fr eqü ên cia da por t a dor a é a fr eqü ên cia n a qu a l a en er gia de RF é ger a da . Os pr in -
cipa is fa t or es qu e in flu en cia m a seleçã o da fr eqü ên cia da por t a dor a sã o a dir ecion a lida de
deseja da pa r a o feixe r a da r , o a lca n ce a ser obt ido e os a spect os en volvidos n a ger a çã o e
r ecepçã o de en er gia de RF em m icr oon da s. P or ou t r o la do, a fr eqü ên cia da por t a dor a det er -
m in a a s dim en sões física s da a n t en a do r a da r .
P a r a det er m in a çã o da m a r ca çã o e pa r a con cen t r a çã o da en er gia t r a n sm it ida de m odo
qu e su a m a ior pa r t e seja ú t il, a a n t en a deve ser a lt a m en t e dir ecion a l. Qu a n t o m a is a lt a a
fr eqü ên cia da por t a dor a , m en or o com pr im en t o de on da (pois λ = c/f, sen do λ o com pr im en t o
de on da , c a velocida de de pr opa ga çã o da s on da s elet r om a gn ét ica s e f a su a fr eqü ên cia de
em issã o) e, a ssim , m en or a a n t en a r equ er ida pa r a u m det er m in a do pa dr ã o de en er gia ir r a -
dia da . P a r a u m a m esm a pot ên cia , u m r a da r oper a n do em u m a fr eqü ên cia m a is ba ixa a lca n ça
dist â n cia s m a ior es qu e u m equ ipa m en t o qu e u t iliza fr eqü ên cia m a is a lt a . Assim , qu a n t o
m a ior o a lca n ce deseja do, m en or a fr eqü ên cia e, con seqü en t em en t e, m a ior o com pr im en t o
de on da e m a ior a a n t en a r equ er ida .
Além disso, o pr oblem a de ger a r e a m plifica r en er gia de RF em fr eqü ên cia s ext r em a -
m en t e a lt a s é com plexo, exigin do com pon en t es especia is, en t r e os qu a is a “Klyst r on ” e a
“m a gn et r on ”. É m u it o difícil a m plifica r os ecos de RF da por t a dor a , em vir t u de da s a lt a s
fr eqü ên cia s em pr ega da s. Assim , n ã o sã o u sa dos a m plifica dor es de r á dio-fr eqü ên cia n os
equ ipa m en t os RADAR. E m vez disso, a fr eqü ên cia do eco r ecebido é ba t ida (“h et er odin a da ”)
com a de u m oscila dor loca l, em u m m ist u r a dor de cr ist a l, pa r a pr odu zir u m a fr eqü ên cia
difer en t e, den om in a da fr eqü ên cia in t er m ediá r ia , qu e é su ficien t em en t e ba ixa pa r a ser a m -
plifica da em vá r ios est á gios de a m plifica çã o, n o r ecept or .
Con for m e vim os, os r a da r es de n a vega çã o oper a m n a s fa ixa s de fr eqü ên cia S (com -
pr im en t o de on da de 10 cm ), pa r a n a vega çã o oceâ n ica e n a vega çã o cost eir a , e X (com pr im en t o
de on da de 3 cm ), pa r a n a vega çã o em á gu a s r est r it a s (a pr oxim a çã o/a t er r a gen s e n a vega çã o
em por t os e ca n a is). P a r a in st a la ções em qu e se exige u m a im a gem ext r em a m en t e det a lh a da ,
com o n o r a da r pa r a n a v e g a ç ã o flu v ia l, ou n a s in st a la ções em qu e a s dim en sões da a n te n a
deva m ser r edu zida s a o m ín im o (com o n os r a da r es de a via çã o), u t iliza m –se com pr im en t os
de on da a in da m en or es (1,25 cm e 0,9 cm ).
Nos r a da r es da ba n da X (3 cm ), a im a gem é m a is det a lh a da e os con t or n os sã o m a is
bem delin ea dos qu e n os r a da r es da ba n da S (10 cm ). E m con t r a pa r t ida , o a lca n ce é m en or
(pa r a a m esm a pot ên cia ) e, a lém disso, os r a da r es da ba n da X sã o m a is a fet a dos por fen ô-
m en os a t m osfér icos e m et eor ológicos (ch u va , gr a n izo, n eve, et c.), qu e degr a da m a qu a lida de
da a pr esen t a çã o, poden do a t é m a sca r a r com plet a m en t e a im a gem .
E m vir t u de da s pa r t icu la r ida des de ca da fa ixa de fr eqü ên cia s, os n a vios a t u a is ge-
r a lm en t e possu em 2 r a da r es de n a vega çã o, sen do u m n a ba n da S e u m n a ba n da X.
Con for m e vim os, deve ser deixa do u m in t er va lo de t em po su ficien t e en t r e dois pu lsos
su cessivos t r a n sm it idos, de m odo qu e o eco de qu a lqu er a lvo loca liza do den t r o do a lca n ce
m á xim o do sist em a possa r et or n a r e ser r ecebido, pois, do con t r á r io, a r ecepçã o dos ecos dos
a lvos m a is dist a n t es ser ia bloqu ea da pelo pu lso t r a n sm it ido segu in t e. Assim sen do, o a l-
c a n c e m á x im o de u m r a da r depen de da su a F RI.
Su pon h a m os qu e a F RI de u m r a da r é de 1.000 P P S (pu lsos por segu n do) e qu e a su a
la rg u ra d e p u ls o , ou c o m p rim e n to d e p u ls o (“p u ls e le n g th ”), é de 1 m icr ossegu n do.
E n t ã o, o r a da r t r a n sm it e 1.000 pu lsos de 1 m icr ossegu n do de du r a çã o em ca da segu n do
(1.000.000 de m icr ossegu n dos). Dest a for m a , em ca da 1.000 m icr ossegu n dos, o r a da r t r a n s-
m it e du r a n t e 1 m icr ossegu n do (la rg u ra d o p u ls o ) e per m a n ece em silên cio du r a n t e 999
m icr ossegu n dos. É n est e in t er va lo de t em po en t r e dois pu lsos su cesivos, em qu e o r a da r
n ã o t r a n sm it e, qu e os ecos dos a lvos podem ser r ecebidos. Ta l in t er va lo (n o ca so igu a l a 999
m icr ossegu n dos) ir á , t eor ica m en t e, defin ir o a lca n ce m á xim o do r a da r , con for m e a ba ixo
explica do.
A v e lo c id a d e d e p ro p a g a ç ã o d a s o n d a s e le tro m a g n é tic a s n a a t m osfer a é de
299.708.000 m /s ou 161.829 m ilh a s n á u t ica s por segu n do, ou , a in da , 0,161829 m ilh a s n á u -
t ica s por m icr ossegu n do. P or t a n t o, n o n osso exem plo, o a lc a n c e m á x im o te ó ric o do r a da r
cu jo in t er va lo de t em po en t r e os pu lsos t r a n sm it idos é de 999 m icr ossegu n dos ser ia :
999 x 0,161829
A= = 80,83 m ilh a s n á u t ica s
2
Na r ea lida de, en t r et a n t o, o a lc a n c e m á x im o de u m r a da r depen de da su a p o tê n c ia ,
em r ela çã o com a su a F RI. Assu m in do qu e u m a p o tê n c ia su ficien t e é ir r a dia da , é possivel
a u m en t a r a dist â n cia m á xim a n a qu a l os ecos podem ser r ecebidos, a t r a vés da r edu çã o da
fre qü ê n c ia d e re p e tiç ã o d e im p u ls o s , pa r a pr over m a ior in t er va lo de t em po en t r e os
pu lsos t r a n sm it idos. Con t u do, a F RI deve ser a lt a ba st a n t e pa r a per m it ir qu e u m n ú m er o
su ficien t e de pu lsos a t in ja m o a lvo e r et or n em a o r a da r , possibilia t n do su a det ecçã o.
Com a a n te n a gir a n do, o feixe de en er gia a t in ge o a lvo por u m per íodo r ela t iva m en t e
cu r t o. Du r a n t e est e t em po, u m n ú m er o su ficien t e de pu lsos deve ser t r a n sm it ido, de m odo
qu e r et or n em a o r a da r os ecos n ecessá r ios à pr odu çã o de u m a boa im a gem n o in d ic a d o r.
Com a a n te n a gir a n do a 15 RP M, u m ra d a r com F RI de 1.000 P P S em it ir á cer ca de 11
pu lsos por ca da gr a u de r ot a çã o da a n te n a . P or t a n t o, a p e rs is tê n c ia r equ er ida pa r a a
im a gem r a da r , ou seja , a m edida do t em po em qu e a t ela r et ém a im a gem dos ecos, e a
v e lo c id a d e d e ro ta ç ã o d a a n te n a é qu e det er m in a m a m a is ba ixa F RI qu e pode ser
u sa da .
LARGU RA D E P U LS O
A la rg u ra d e p u ls o é a du r a çã o de ca da pu lso de en er gia de RF t r a n sm it ido, m edida
em m icr ossegu n dos. E st a ca r a ct er íst ica t a m bém pode ser expr essa em t er m os de dist â n cia
(igu a l à velocida de da lu z vezes a du r a çã o do pu lso), sen do, en t ã o, den om in a da c o m p rim e n to
d e p u ls o (“p u ls e le n g th ”).
A d is tâ n c ia m ín im a n a qu a l u m a lvo pode ser det ect a do por u m det er m in a do ra -
d a r é det er m in a da ba sica m en t e pela su a la rg u ra d e p u ls o . Se u m a lvo est á t ã o pr óxim o
do tra n s m is s o r qu e o seu eco r et or n a pa r a o re c e p to r a n t es qu e a t r a n sm issã o do pu lso
t er m in e, a r ecepçã o do eco, obvia m en t e, ser á m a sca r a da pelo pu lso t r a n sm it ido. P or exem plo,
u m r a da r com u m a la rg u ra d e p u ls o de 1 m icr ossegu n do t er á u m a lca n ce m ín im o de 162
ja r da s, pois, com o a velocida de de pr opa ga çã o da s on da s elet r om a gn ét ica s é de 0.161829
m ilh a s por m icr ossegu n do, ou 324 ja r da s por m icr ossegu n do, o eco de u m a lvo sit u a do a
m en os da m et a de dest e va lor (162 ja r da s) r et or n a r á pa r a o ra d a r a in da du r a n t e o t em po
de t r a n sm issã o do p u ls o d e RF . Ist o sign ifica qu e o eco de u m a lvo den t r o dest a dist â n cia
m ín im a (m et a de do c o m p rim e n to d e p u ls o ) n ã o ser á vist o n a t ela do r a da r , em vir t u de
de ser m a sca r a do pelo pu lso t r a n sm it ido. Con seqü en t em en t e, se n ecessit a r m os de a lc a n c e s
m ín im o s de va lor es m u it o r edu zidos, dever em os u t iliza r u m a la rg u ra d e p u ls o r edu zida
(cer ca de 0.1 m icr ossegu n do).
A la rg u ra d e p u ls o , en t r et a n t o, n ã o pode ser m u it o r edu zida . Os r a da r es qu e oper a m
com la r gu r a s de pu lso m a ior es t êm m a ior a lca n ce, pois u m a qu a n t ida de m a ior de en er gia é
t r a n sm it ida em ca da pu lso. Mu it os r a da r es sã o pr ojet a dos pa r a oper a çã o com p u ls o s c u rto s
e p u ls o s lo n g o s . Vá r ios deles m u da m a u t om a t ica m en t e pa r a p u ls o c u rto qu a n do se sele-
cion a m e s c a la s d e d is tâ n c ia s c u rta s . E m ou t r os r a da r es, en t r et a n t o, ca be a o oper a dor
selecion a r a la rg u ra d e p u ls o a dequ a da à e s c a la d e d is tâ n c ia s u t iliza da .
E n qu a n t o o a lc a n c e m á x im o de det ecçã o é sa cr ifica do, qu a n do se u sa la rg u ra d e
p u ls o cu r t a sã o obt idos m a ior pr ecisã o em dist â n cia e m elh or p o d e r d e d is c rim in a ç ã o
e m d is tâ n c ia .
Com p u ls o c u rto , é obt ida u m a m elh or defin içã o da im a gem do a lvo n a te la d o
ra d a r e, a ssim , a pr ecisã o da dist â n cia m edida é m a ior .
O p o d e r d e d is c rim in a ç ã o e m d is tâ n c ia de u m r a da r é defin ido com o a m en or
dist â n cia en t r e dois a lvos sit u a dos n a m esm a m a r ca çã o, pa r a qu e a pa r eça m com o im a gen s
dist in t a s n a te la d o ra d a r. Ta l com o n o ca so do a lca n ce m ín im o, o p o d e r d e d is c rim in a ç ã o
e m d is tâ n c ia de u m r a da r é igu a l à m et a de do c o m p rim e n to d e p u ls o (la rg u ra d e
p u ls o expr essa em t er m os de dist â n cia ). Ca so dois a lvos n a m esm a m a r ca çã o est eja m si-
t u a dos a u m a dist â n cia m en or qu e o seu p o d e r d e d is c rim in a ç ã o e m d is tâ n c ia , seu s
ecos a pa r ecer ã o n o in d ic a d o r com o u m a ú n ica im a gem a lon ga da .
LARGU RA D O F EIXE
Con for m e m en cion a do, o feixe de on da s elet r om a gn ét ica s em it ido por u m ra d a r d e
n a v e g a ç ã o t em u m a la rg u ra (ou a be rtu ra ) ba st a n t e est r eit a n o p la n o h o rizo n ta l, m a s
pode ser bem la r go n o p la n o v e rtic a l.
Com o o feixe é t r idim en sion a l, cost u m a -se defin í-lo por su a s la r gu r a s n o pla n o h or izon -
t a l e n o pla n o ver t ica l.
O d ia g ra m a p o la r h o rizo n ta l de ir r a dia çã o de u m feixe r a da r t em o a spect o m os-
t r a do n a F igu r a 14.2, com o ló bu lo p rin c ip a l e ló bu lo s s e c u n d á rio s , qu e sã o feixes a di-
cion a is de ba ixa in t en sida de de en er gia , in evit a velm en t e ir r a dia dos n a m a ior ia dos r a da r es,
devido, pr in cipa lm en t e, à s lim it a ções n o t a m a n h o e for m a da a n t en a .
F ig u ra 14.3 - La rg u ra d o fe ix e
D r = 2.21 √H
sen do:
D r = dist â n cia a o h or izon t e-r a da r , em m ilh a s n á u t ica s; e
H = a lt it u de da a n t en a do r a da r , em m et r os.
Ca so a eleva çã o da a n t en a seja da da em p é s , a dist â n cia a o h o rizo n te -ra d a r, em
m ilh a s n á u t ica s, ser á da da por :
D r = 1.22 √H
Dest a for m a , o h o rizo n te -ra d a r excede o h o rizo n te g e o g rá fic o em cer ca de 10%.
O h o rizo n te -ra d a r n ã o lim it a , por si m esm o, a dist â n cia de det ecçã o de a lvos. As-
su m in do qu e h a ja u m a pot ên cia a dequ a da , podem ser det ect a dos a lvos a lém do h o rizo n te -
ra d a r, desde qu e su a s su per fícies de r eflexã o se elevem a cim a do r efer ido h or izon t e, de
for m a a n á loga à det ecçã o visu a l de objet os sit u a dos a lém do h o rizo n te g e o g rá fic o .
Assim , se qu izer m os est im a r a dist â n cia de det ecçã o r a da r de u m o bje to d e a ltitu -
d e c o n h e c id a , ba st a com pu t a r o a lca n ce geogr á fico pa r a o r efer ido objet o, con sider a n do a
eleva çã o da a n t en a do n osso r a da r , e a cr escen t a r 10% a o va lor obt ido, t a l com o n o exem plo
a ba ixo:
a lt it u de da a n t en a do r a da r 50 m et r os;
a lt it u de do a lvo 100 m et r os;
a lca n ce geogr á fico D = 2 (√H + √h ) = 34,14 MN;
dist â n cia de det ecçã o r a da r D r = D + 10% D = 37,6 MN;
E m bor a a fór m u la pa r a obt en çã o da dist â n cia em m ilh a s n á u t ica s a o h o rizo n te -
ra d a r (D r = 2.21 √H , ou D r = 1.22 √H r espect iva m en t e, pa r a eleva çã o da a n t en a em
m e tro s , ou em p é s ) t en h a sido ca lcu la da pa r a u m com pr im en t o de on da de 3 cen t ím et r os,
ela pode ser em pr ega da pa r a ou t r os com pr im en t os de on da s u t iliza dos em r a da r es de
n a vega çã o.
Con dições a t m osfér ica s m u it o difer en t es da s con dições pa dr ões pr odu zem r efr a ções
a n or m a is, t a is com o:
S U P ER-REF RAÇÃO
S U B -REF RAÇÃO
Se u m a ca m a da de a r fr io e ú m ido se
su per põe a u m a ca m a da est r eit a de a r m a is
qu en t e e seco, pode ocor r er u m a con diçã o de-
n om in a da s u b-re fra ç ã o (F igu r a 14.6), cu jo
efeit o é en cu r va r pa r a cim a a t r a jet ór ia da s
on da s-r a da r e, a ssim , dim in u ir o a lca n ce m á -
xim o de det ecçã o. A s u b-re fra ç ã o t a m bém a fet a o a lc a n c e m ín im o do r a da r e pode r esu lt a r
n a im possibilida de de det ect a r a lvos ba ixos à cu r t a dist â n cia . A s u b-re fra ç ã o pode ocor r er
em r egiões pola r es, qu a n do m a ssa s de a r fr io m ovem -se sobr e cor r en t es oceâ n ica s m a is
qu en t es.
F ig u ra 14.7 - D u to d e s u p e rfíc ie
F ig u ra 14.8 - P ro p a g a ç ã o e m d u to d e s u p e rfíc ie
F ig u r 14.9 -
c. D ifra ç ã o
Difr a çã o é o en cu r va m en t o da t r a jet ór ia de u m a on da , a o in cidir sobr e u m obst á cu lo.
P or ca u sa da d ifra ç ã o , h á a lgu m a ilu m in a çã o pelo feixe r a da r da r egiã o a t r á s de u m a
obst r u çã o ou a lvo. E n t r et a n t o, os efeit os da d ifra ç ã o sã o m a ior es n a s fr eqü ên cia s ba ixa s.
No ca so do r a da r , com o est ã o en volvida s a lt a s fr eqü ên cia s (e, con seqü en t em en t e, com pr i-
m en t os de on da s m u it o pequ en os), som en t e u m a pequ en a pa r t e da en er gia é difr a t a da , n ã o
a lt er a n do de m odo sign ifica t ivo os a lca n ces.
d. Ate n u a ç ã o
At en u a çã o é o efeit o com bin a do da d is p e rs ã o e da a bs o rç ã o da en er gia do feixe
r a da r , con for m e se pr opa ga a t r a vés da a t m osfer a . A a te n u a ç ã o ca u sa u m a r edu çã o n a
in t en sida de do sin a l e do eco, sen do m a ior n a s fr eqü ên cia s m a is a lt a s (ou m en or es com pr i-
m en t os de on da ).
e. Ca ra c te rís tic a s d o e c o
E m bor a os ecos r eflet idos seja m m u it o m a is fr a cos qu e os pu lsos t r a n sm it idos, a s
ca r a ct er íst ica s do seu r et or n o sã o sem elh a n t es à s ca r a ct er íst ica s de pr opa ga çã o do sin a l. A
in t en sida de do eco depen de do t ot a l de en er gia t r a n sm it ida qu e a t in ge o a lvo e da s dim en sões
e pr opr ieda des r eflet iva s do a lvo.
F ig u ra 14.12 - Ap re s e n ta ç ã o e s ta biliza d a
F ig u ra 14.13 - Ap re s e n ta ç ã o n ã o -e s ta biliza d a
Se o r a da r n ã o r ecebe in for m a çã o da
a gu lh a gir oscópica ou se ocor r e a va r ia da
gir o, a r epr esen t a çã o é n ã o e s ta biliza d a ,
com a t ela do r a da r a pr esen t a n do u m a
im a gem r ela t iva , com a pr oa do n a vio pa -
r a cim a , n a dir eçã o da gr a du a çã o 000° do
P P I (F igu r a 14.13). Nest e ca so, qu a n do h á
a lt er a çã o de r u m o, a lin h a de fé, ou m a r ca
de pr oa , fica fixa e a im a gem r a da r é qu e
se m ovim en t a n a t ela do in d ic a d o r.
Con for m e a a n t en a gir a , seu feixe
é r epr esen t a do n o in dica dor do r a da r por
u m a lin h a lu m in osa fin a , qu e va r r e a t ela
n o sen t ido h or á r io, de for m a sem elh a n t e
a o r a io de u m a r oda de biciclet a em m ovi-
m en t o. E ssa lin h a , ch a m a da de v a rre d u ra , ilu m in a a s im a gen s dos a lvos n o P P I. As im a gen s
dos a lvos n a t ela do r a da r sã o com u m en t e den om in a da s de “pip”.
P a r a per m it ir a det er m in a çã o de m a rc a ç õ e s e d is tâ n c ia s , os r a da r es dispõem de
com pon en t es den om in a dos, r espect iva m en t e, c u rs o r d e m a rc a ç ã o e e s tro bo d e d is tâ n c ia .
O c u rs o r d e m a rc a ç ã o é u m disposit ivo m ecâ n ico (n os r a da r es m a is a n t igos), ou u m a fin a
lin h a r a dia l de lu z (n os equ ipa m en t os m oder n os), qu e se est en de do cen t r o da t ela (posiçã o
do n a vio) pa r a a per ifer ia e qu e pode ser gir a do pelo oper a dor a t r a vés dos 360° do P P I. O
e s tro bo d e d is tâ n c ia é u m pon t o lu m in oso qu e pode ser m ovim en t a do pelo oper a dor a o
lon go da lin h a r a dia l de lu z qu e r epr esen t a o c u rs o r d e m a rc a ç ã o , n os equ ipa m en t os
m oder n os. Nos r a da r es m a is a n t igos, o e s tro bo d e d is tâ n c ia m ove-se sobr e a v a rre d u ra ,
cr ia n do u m cír cu lo va r iá vel de dist â n cia con for m e a v a rre d u ra gir a n a t ela do in dica dor . O
c u r s o r d e m a r c a ç ã o (“BE ARI N G CU RS OR”) e o e s t r o b o d e d i s t â n c i a (“RAN GE
STROBE ”, ou VRM - “VARIABLE RANGE MARKE R”) sã o m a n obr a dos pelo oper a dor a t r a -
vés de con t r oles in depen den t es.
F ig u ra 14.14 - Va rre d u ra e a n é is d e d is tâ n c ia
P a r a obt er a m a rc a ç ã o e d is tâ n -
c ia de u m det er m in a do a lvo, o oper a dor
in icia lm en t e gir a o c u rs o r d e m a rc a ç ã o ,
de m odo qu e o m esm o se posicion e sobr e
o “pip” qu e r epr esen t a o objet o n a t ela e,
em segu ida , desloca o e s tro bo d e d is tâ n -
c ia a t é qu e t a n gen cie a bor da in t er n a do
“pip”. E n t ã o, a m a rc a ç ã o é lida dir et a -
m en t e n o a r o gr a du a do qu e cir cu n da o in -
dica dor e a d i s t â n c i a -ra d a r do a lvo é
a pr esen t a da em u m m ost r a dor exist en t e
n o con sole. Nos r a da r es m a is m oder n os,
a m a rc a ç ã o e a d is tâ n c ia sã o for n ecida s
a t r a vés de in dica çã o digit a l a pr esen t a da
n a pr ópr ia t ela , a o la do da im a gem .
POUCO GANHO
14.1.5 CON TROLES
OP ERACIONAIS
D O RAD AR
A oper a çã o do r a da r e dos seu s con -
t r oles é det a lh a da m en t e descr it a n o m a -
n u a l do equ ipa m en t o. Nest a seçã o ser ã o
com en t a dos a pen a s os con t r oles pr in cipa is
com u m en t e en con t r a dos n os r a da r es de
n a vega çã o e su a s fin a lida des, devido à su a
im por t â n cia pa r a o cor r et o desem pen h o
da in st a la çã o.
GANHO NORMAL
B r i l h o (“B R I L L I AN C E ” ou “VI D E O
CONTROL”): su a r egu la gem det er m in a o
br ilh o ger a l da im a gem n a t ela do r a da r .
Um br ilh o excessivo pode coloca r a im a -
gem for a de foco, a lém de bor r a r a t ela do
r a da r , pois os ecos de u m a va r r edu r a a n -
t er ior sã o m a n t idos, pr eju dica n do os da
va r r edu r a segu in t e. O con t r ole de br ilh o,
n or m a lm en t e, deve ser coloca do em u m a
posiçã o em qu e o t r a ço da va r r edu r a fiqu e
visível, m a s n ã o m u it o br ilh a n t e.
do, o r esu lt a do ser á u m decr éscim o n os a lca n ces de det ecçã o. Com pou co g a n h o , os ecos
fr a cos n ã o ser ã o a pr esen t a dos. Com g a n h o excessivo, o con t r a st e en t r e os ecos e o fu n do da
t ela é r edu zido, dificu lt a n do a obser va çã o do r a da r .
Às vezes, é ú t il r edu zir t em por a r ia m en t e o ga n h o pa r a obt er a lvos bem defin idos
en t r e ou t r os m a is fr a cos. O con t r ole deve ser r et or n a do pa r a su a posiçã o n or m a l, t ã o logo a
a lt er a çã o t em por á r ia t en h a ser vido a o seu pr opósit o e n ã o m a is se fa ça n ecessá r ia . E m
r egiões con gest ion a da s, o ga n h o pode ser t em por a r ia m en t e r edu zido pa r a cla r ea r a a pr e-
sen t a çã o. Ist o deve ser feit o com cu ida do, de for m a qu e n ã o se per ca m m a r ca s im por t a n t es.
A cu r t a s dist â n cia s, o disposit ivo ANTI-MANCH A DO MAR (“ANTI-CLUTTE R SE A”) pode
ser u sa do com o m esm o pr opósit o.
É im por t a n t e o u so a dequ a do do c o n tro le d e g a n h o qu a n do n a pr esen ça de m a n ch a s
de ch u va ou n eve. Com o g a n h o n a su a posiçã o n or m a l, a m a n ch a pode ser for t e o ba st a n t e
pa r a obscu r ecer o eco de u m n a vio den t r o da bor r a sca ou t em por a l, m a s, com u m a r edu çã o
t em por á r ia do g a n h o , ser á possível est a belecer a dist in çã o do for t e e sólido eco de u m
n a vio. A det ecçã o de a lvos a lém do t em por a l pode, é cla r o, n ecessit a r de u m g a n h o levem en t e
m a ior qu e o n or m a l, n a m edida em qu e os ecos sã o a t en u a dos, por ém n ã o com plet a m en t e
obscu r ecidos.
ch egu e a o lim it e da t ela e fa z-se a sin t on ia gir a n do o bot ã o de con t r ole de m a n eir a qu e
a pa r eça u m m á xim o de “clu t t er ”.
Lin h a d e fé lu m in o s a (“H E ADING MARKE R” ou “H E ADING F LASH ”): per m it e qu e seja
est a belecida u m a lin h a in dica dor a da pr oa n a t ela do r a da r , possibilit a n do a det er m in a çã o
r á pida do bor do em qu e est ã o, de fa t o, a lvos qu e, a pa r en t em en t e, est ã o pela pr oa . Além
disso, a m a r ca de pr oa fa cilit a m u it o a n a vega çã o de pr a t ica gem com o r a da r . O t r a ço
lu m in oso da lin h a de fé deve t er su a in t en sida de a ju st a da pa r a qu e fiqu e a pen a s visível.
Deve ser t om a do especia l cu ida do pa r a qu e ele n ã o m a sca r e ecos fr a cos dir et a m en t e pela
pr oa , sen do r ecom en dá vel desligá -lo, ou r edu zí-lo a o m ín im o, per iodica m en t e, pa r a u m a
ver ifica çã o m a is segu r a de a lvos n a pr oa .
F ig u ra 14.19 - Re bo c a d o r e n a v io re bo c a d o fo rm a m u m a s ó im a g e m n o ra d a r p o r fa lta d e
d is c rim in a ç ã o e m d is tâ n c ia .
P o d e r d e d is c rim in a ç ã o e m d is tâ n c ia ,
com o vim os , é a d ifer en ça m ín im a em
d i s t â n ci a e n t r e d o i s a l v os s i t u a d os
a pr oxim a da m en t e n a m esm a m a r ca çã o,
pa r a qu e possa m ser discer n idos pelo r a -
da r . A la rg u ra d o p u ls o e a fre qü ê n c ia
d a e m i s s ã o a fe t a m o p o d e r d e
d is c rim in a ç ã o e m d is tâ n c ia de u m
d et er m in a d o r a d a r . E m a lgu n s
equ ipa m en t os, a la rg u ra d o p u ls o e a
fre qü ê n c ia podem ser a ju st a dos, de m odo
a m elh or a r a r es olu çã o em d is t â n cia s
lon ga s e cu r t a s. Se dois ou m a is objet os
n a m esm a m a r ca çã o est ã o sepa r a dos por
dist â n cia s in fer ior es a o p o d e r d e d is c rim in a ç ã o e m d is tâ n c ia (cu jo va lor é a m et a de do
c o m p rim e n to d o p u ls o ), pode ocor r er u m a fa lsa in t er pr et a çã o da im a gem , com o m ost r a -
do n a F igu r a 14.19.
Áre a s e s e t o re s d e s o m b ra -ra d a r ocor r em qu a n do u m a lvo r ela t iva m en t e gr a n de
obscu r ece u m a lvo m en or posicion a do por det r á s, ou qu a n do u m a lvo a lém do h or izon t e
r a da r é obscu r ecido pela cu r va t u r a da Ter r a . Na F igu r a 14.20, a m a ior pa r t e da á r ea a t r á s
da a lt a m a ssa de t er r a est a r ia n u m set or de s o m bra -ra d a r, n ã o a pa r ecen do n a im a gem do
P P I. A exist ên cia de obst á cu los n o pr ópr io n a vio (m a st r os, ch a m in és, gu in da st es ou ou t r a s
est r u t u r a s eleva da s), qu e ca u sem obst r u ções a o feixe r a da r em su a va r r edu r a pelo h or izon t e,
r esu lt a em a rc o s c e g o s , ou s e to re s c e g o s , qu e devem ser bem con h ecidos pelos oper a dor es
do r a da r .
A B
F ig u ra 14.26 - Ec o s La te ra is .
P a r a m in im iza r o efeit o de e c o s la -
te ra is , dim in u i-se o g a n h o . Ma s, se os
ecos fa lsos n ã o est ã o in t er fer in do n a n a -
vega çã o, é m elh or deixá -los, pois u m a r e-
du çã o do ga n h o poder á fa zer desa pa r a cer ,
a lém desses ecos in desejá veis, ecos de a l-
vos pequ en os, pot en cia lm en t e per igosos.
P a r a dim in u ir o efeit o de e c o s la te ra is ,
t a m bém pode ser u t iliza do o con t r ole “a n -
t i-clu t t er sea ”, qu e, n est e ca so, ser á a u -
m en t a do; m a s devem ser obser va da s a s
m esm a s r est r ições m en cion a da s pa r a a di-
m in u içã o do ga n h o.
Re s tin g a s e p ra ia s ba ix a s
Um a r est in ga ba ixa , lisa e sem r och edos, ou ou t r a s eleva ções, pr odu zir á eco fr a co,
pois a m a ior pa r t e do feixe ir r a dia do r esva la sobr e essa su per fície, sem r egr essa r à a n t en a .
É possível, m u it a s vezes, qu e a a r r eben t a çã o seja a r espon sá vel pelo eco a pr esen t a do.
Um a pr a ia ba ixa e lisa é sem elh a n t e a u m a r est in ga e pr odu zir á u m eco fr a co m esm o
qu a n do o ga n h o est iver a lt o. A a r r eben t a çã o poder á in dica r a loca liza çã o da lin h a da cost a
ou da pr a ia . Com o, por ém , a a r r eben t a çã o ver ifica -se a a lgu m a dist â n cia da cost a , o em pr ego
de seu s ecos com o r efer ên cia poder á pr ovoca r er r os n a det er m in a çã o da posiçã o do n a vio. O
eco da a r r eben t a çã o pode ser r econ h ecido pela su a pequ en a per sist ên cia .
D u n a s d e a re ia
As du n a s cober t a s com veget a çã o, loca liza da s a o fu n do de u m a pr a ia ba ixa , pr odu zem
u m sin a l for t e, fa zen do com qu e o oper a dor de r a da r t en da a con sider á -la s com o a lin h a da
cost a . Som en t e u m exa m e cu ida doso da ca r t a per m it ir á evit a r est e en ga n o. Sob cer t a s
con dições, du n a s de a r eia podem pr odu zir ecos for t es, pois a com bin a çã o da su per fície ver t ica l
da du n a com a su per fície h or izon t a l da pr a ia for m a u m a espécie de diedr o r eflet or r a da r .
P â n ta n o s e m a n g u e s
Um pâ n t a n o ou m a n gu e pr óxim o à cost a , qu e sofr a in flu ên cia da m a r é, pr odu z sin a is
fr a cos, qu e podem desa pa r ecer com plet a m en t e n a pr ea m a r . Os pâ n t a n os ou m a n gu es qu e
t en h a m á r vor es da r ã o ecos m a is for t es.
La g o a s e la g o s
As la goa s cost eir a s sã o m u it o im por t a n t es n a iden t ifica çã o de pon t os a o lon go da
cost a , qu a n do ela s se loca liza m por t r á s de r est in ga s ou pr a ia s ba ixa s. A dist â n cia s m a ior es,
a r est in ga n ã o a pa r ecer á e a pr im eir a in dica çã o n o r a da r ser á da s eleva ções m a is pa r a
den t r o da cost a .
Os la gos sit u a dos a pou ca s m ilh a s da cost a , por su a vez, poder ã o ser iden t ifica dos
com o r egiões qu e n ã o a pr esen t a m eco r a da r , em m eio à á r ea t er r est r e a pr esen t a da .
Ele v a ç õ e s
Qu a n do o t er r en o, a pa r t ir da cost a , eleva -se su a vem en t e, o in dica dor do r a da r a pr e-
sen t a r á u m eco fr a co. Qu a n do a eleva çã o t or n a -se m a is a cen t u a da , a ssem elh a n do-se a u m a
colin a , o eco ser á m a is for t e.
P e n h a s c o s e fo rm a ç õ e s e s c a rp a d a s
As esca r pa s e pen h a scos a o lon go da lin h a da cost a pr odu zem u m eco for t e fa cilm en t e
iden t ificá vel. E n t r et a n t o, qu a n do t oda a cost a é com post a de esca r pa s e pen h a scos, de m odo
a a pr esen t a r u m eco de m esm a in t en sida de, t or n a -se dificil det er m in a r u m a posiçã o. E m -
pr ega n do-se o ga n h o ba ixo e a pr oveit a n do-se a s in t er r u pções da lin h a da cost a , com o em bo-
ca du r a de r ios e en sea da s, é possível iden t ifica r pon t os n ot á veis e, a ssim , obt er a posiçã o.
Qu a n do exist ir em pen h a scos n o in t er ior , dever -se-á t om a r cu ida do n a det er m in a çã o
da s dist â n cia s, a fim de n ã o con fu n dir os ecos or iu n dos dest es pen h a scos com à qu eles devidos
à lin h a da cost a .
Mo n ta n h a s
O cu m e esca r pa do de u m a m on t a n h a pr odu zir á u m eco for t e. Devido à som br a r a da r ,
n ã o h a ver á eco r efer en t e à s r egiões ba ixa s post er ior es à m on t a n h a .
Lin h a d e c o s ta
Um a lin h a de cost a r et a é difícil de ser u t iliza da pa r a a det er m in a çã o pr ecisa da
posiçã o. Os ecos-r a da r a pr esen t a r ã o pequ en a dist or çã o som en t e n o pon t o em qu e o feixe
r a da r in cide per pen dicu la r m en t e à cost a . A pa r t ir dest e pon t o, pa r a qu a lqu er dos la dos, os
ecos sofr em u m a dist or çã o ca da vez m a is a cen t u a da , dist en den do-se devido à la r gu r a do
feixe r a da r .
As lin h a s de cost a in t er r om pida s por ba ía s e pequ en a s r een t r â n cia s sã o fa cilm en t e
iden t ifica da s n o r a da r . Na det er m in a çã o da posiçã o, é n ecessá r io iden t ifica r cu ida dosa m en t e
est es a ciden t es geogr á ficos, a n t es de m edir dist â n cia s ou m a r ca ções.
P ra ia s e n c u rv a d a s
As pr a ia s en cu r va da s r epr esen t a m u m pr oblem a m a is sim ples n a det er m in a çã o da
posiçã o, m a s deve-se sem pr e con sider a r qu e o efeit o da dist or çã o ser á m ín im o som en t e n os
pon t os em qu e o feixe in cidir per pen dicu la r m en t e à cost a .
Ilh a s e ro c h e d o s
Um a ilh a pequ en a e isola da , ou u m r och edo, pr odu zir á u m eco n ít ido e de pequ en a s
dim en sões. A m ediçã o da dist â n cia pode ser feit a com o e s tro bo d e d is tâ n c ia t a n gen cia n do
a bor da in t er n a do eco a pr esen t a do. Ilh a s ba ixa s n or m a lm en t e pr odu zem ecos fr a cos. Qu a n do
pr ovida s de pa lm eir a s ou ou t r a veget a çã o eleva da , en t r et a n t o, o eco pode vir m a is for t e,
pois a su per ficie ver t ica l da s á r vor es for m a com a su per fície h or izon t a l da s á gu a s em t or n o
da ilh a u m diedr o r eflet or .
Recifes de cor a l e lon ga s ca deia s de ilh a s podem pr odu zir u m a lin h a lon ga de ecos,
qu a n do o feixe r a da r é dir igido per pen dicu la r m en t e à lin h a de ilh a s/r ecifes. E st a in dica çã o
ocor r e especia lm en t e qu a n do a s ilh a s est ã o pr óxim a s en t r e si. A r a zã o é qu e a dist or çã o
(a la r ga m en t o) r esu lt a n t e da la r gu r a do feixe fa z com qu e os ecos ju n t em -se em u m a lin h a
con t ín u a . Con t u do, qu a n do a ca deia é vist a n a lon git u din a l, ou obliqu a m en t e, ca da ilh a
pode pr odu zir u m “p ip ” sepa r a do. Ar r eben t a çã o qu ebr a n do sobr e u m r ecife pr odu z u m a
lin h a de ecos va r iá veis e in t er r om pidos.
Re c ife s e a bro lh o s
Nen h u m objet o su bm er so pr odu zir á eco r a da r ; oca sion a lm en t e, por ém , r ecifes e a br o-
lh os poder ã o ser det ect a dos, ca so h a ja a r r eben t a çã o e est a seja su ficien t em en t e a lt a . Qu a n do
u m objet o est á in t eir a m en t e su bm er so e o m a r n ã o qu ebr a sobr e ele, n ã o a pa r ecer á qu a lqu er
a pr esen t a çã o n o P P I.
Lin h a s d e c o s ta fa ls a s
Um a a pr esen t a çã o sem elh a n t e à lin h a de cost a ser á possível qu a n do exist ir qu a lqu er
da s con dições segu in t es:
a . n u m er osos r och edos pr óxim os à cost a , ou vá r ia s ilh a s pequ en a s, qu e poder ã o pr odu zir
ecos in t er liga dos, qu e podem ser con fu n didos com a a pr esen t a çã o da pr ópr ia cost a . O
m esm o pode ocor r er com em ba r ca ções pr óxim a s da cost a ;
b. a r r eben t a ções for t es em r ecifes poder ã o sim u la r a lin h a da cost a ;
c. pen h a scos ou du n a s de a r eia a o fu n do de u m a pr a ia ba ixa , com pequ en o declive, pr odu zir ã o
u m a fa lsa lin h a de cost a .
P o n te s
As pon t es sã o excelen t es pa r a obt en çã o de u m eco for t e, u m a vez qu e sã o con st r u ída s,
n or m a lm en t e, sobr e depr essões qu e n ã o pr odu zem ecos.
P ie rs e m o lh e s
Os pier s e m olh es pr odu zem sin a is n ít idos e pr ecisos, a pequ en a s dist â n cia s.
Ed ifíc io s
As a glom er a ções de edifícios, ca sa s, ga lpões e ou t r a s edifica ções, con st r u ída s de ci-
m en t o a r m a do e/ou est r u t u r a s m et á lica s, for n ecem boa s r espost a s a o pu lso r a da r . E m bor a
su a s fa ch a da s t en da m a com por t a r -se com o su per fícies especu la r es (qu e r eflet em o eco
r a da r em dir eçã o dist in t a à do em issor ), a s pa r edes qu e for m a m en t r e si â n gu lo r et o con s-
t r oem com o solo u m t r iedr o t r i-r et â n gu lo r eflet or , qu e fa z com qu e o eco r et or n e n a m esm a
dir eçã o de on de veio o pu lso, ist o é, pa r a a a n t en a do r a da r .
P odem se esper a r , dest e m odo, ecos de cida des a 25 m ilh a s ou m a is, em u m r a da r
com u m de n a vega çã o. P or ser em ecos for t es, m u it a s vezes a pa r ecem n a t ela a n t es m esm o
qu e a lin h a de cost a seja det ect a da .
E difícios isola dos em cost a ba ixa da r ã o, m u it a s vezes, ecos dist in t os, m a s só devem
ser u t iliza dos pa r a efeit os de n a vega çã o se su a s posições n a Ca r t a Ná u t ica est iver em a ssi-
n a la da s com pr ecisã o.
N a v io s
Os n a vios ger a lm en t e for n ecem bon s ecos, cu jo t a m a n h o e in t en sida de depen dem
da dist â n cia , da su per fície qu e a pr esen t a m e do est a do do m a r . Com o, n or m a lm en t e, sã o
con st r u ídos de a ço (m a t er ia l qu e é u m ót im o r eflet or ) e su a s su per est r u t u r a s possu em
a n t epa r a s qu e for m a m en t r e si e com os con veses â n gu los r et os, pr opor cion a m , em ger a l,
boa r espost a r a da r . E cos m a is for t es sã o obt idos qu a n do o a lvo se a pr esen t a de t r a vés
(â n g u lo d o a lv o 090° ou 270°).
J á a s em ba r ca ções de m a deir a for n ecem u m a r espost a m u it o pobr e. O m esm o ocor r e
com em ba r ca ções de fibr a de vidr o. P or isso, a m bos os t ipos de em ba r ca ções devem por t a r
sem pr e u m re fle to r-ra d a r, pa r a a u m en t a r a in t en sida de dos seu s ecos.
Sã o a s segu in t es a s dist â n cia s n or m a is de det ecçã o dos diver sos t ipos de em ba r ca ções
pelos ra d a re s d e n a v e g a ç ã o :
P equ en os ba r cos de m a deir a 0.5 a 4 m ilh a s
Ba leeir a s a t é 2 m ilh a s
Tr a in eir a s 6 a 9 m ilh a s
Na vios pequ en os (a t é 1.000 t on .) 6 a 10 m ilh a s
Na vios de 10.000 t on 10 a 16 m ilh a s
Na vios de 50.000 t on 16 a 20 m ilh a s
A det er m in a çã o do m ovim en t o do a lvo pode, n a m a ior ia da s vezes, a n u la r a dú vida
se t r a t a -se, ou n ã o, de u m n a vio.
B ó ia s
As bóia s ger a lm en t e pr odu zem ecos fr a cos, sobr et u do se t êm a for m a a ba u la da .
Qu a n do pequ en a s, os ecos da s bóia s podem ser en cober t os a t é m esm o pelo m en or r et or n o
do m a r . A bóia qu e ofer ece a pior r espost a é a de for m a t o côn ico, sem r eflet or . A n ã o ser qu e
o m a r est eja com plet a m en t e ca lm o, os ecos da s bóia s sã o pou co fir m es, devido a o m ovim en t o
Arre be n ta ç õ e s
Um a lin h a de a r r eben t a ções pr odu z u m sin a l pa r ecido com o da lin h a de cost a . Su a s
ca r a ct er íst ica s de desva n ecim en t o per m it ir ã o a o oper a dor do r a da r iden t ificá -la .
Nuvens
Algu m a s n u ven s podem pr odu zir ecos, qu e sã o ca r a ct er iza dos por :
• ser em de gr a n des dim en sões, ger a lm en t e com for m a ir r egu la r , va r iá vel e de lim it es m a l
defin idos; e
• desloca r em -se, n or m a lm en t e, n a dir eçã o do ven t o.
A a pr esen t a çã o n o r a da r depen der á do t ipo da n u vem . Os cu m u lon im bu s e a s gr a n des
for m a ções de n u ven s ca r r ega da s de ch u va dã o ecos m u it o for t es e à s vezes a pa r ecem n o
in dica dor com con t or n os bem defin idos, com o se fossem u m a ilh a . É com u m det ect a r -se
n u ven s de ch u va n os r a da r es de n a vega çã o, t a n t o n o r a da r de 10 cm , com o n o r a da r de 3
cm , qu a n do n a vega n do em r egiões t r opica is. Se a n u vem n ã o con t ém ch u va , dificilm en t e
ser á det ect a da .
Se h ou ver a lvo a a com pa n h a r e se o eco est iver sen do pr eju dica do por u m a n u vem ,
dim in u i-se o ga n h o, pois os ecos da n u vem , m a is fr a cos, t en der ã o a desa pa r ecer , en qu a n t o
qu e o eco do a lvo, m a is for t e, deve per sist ir n a t ela .
Ch u v a
A a pa r ên cia da ch u va n a t ela do r a da r é a de u m a m a n ch a , sem con t or n os defin idos,
a ca r r et a n do, sobr et u do, u m a u m en t o da lu m in osida de do in dica dor . Depen den do da in t en -
sida de da ch u va , a im a gem ser á pin t a da m a is, ou m en os, for t em en t e, ist o é, os ecos ser ã o
m a is for t es ou m a is fr a cos.
Gra n izo
É a pr ecipit a çã o de peda ços de gelo qu e, em ger a l, t êm for m a esfér ica e diâ m et r os
qu e vã o desde m ilím et r os a t é a pr oxim a da m en t e 10 cm . E st e t ipo de pr ecipit a çã o é m a is
com u m n a s m édia s la t it u des e n or m a lm en t e t êm cu r t a du r a çã o, ocor r en do qu a se sem pr e
en t r e a m et a de da t a r de e o a n oit ecer . Se a t a xa de pr ecipit a çã o for a m esm a da ch u va , o
a spect o da t ela do in dica dor r a da r ser á t a m bém o m esm o. Ma s, isso só ocor r e qu a n do a s
pedr a s de gelo sã o gr a n des, o qu e é difícil de a con t ecer . De m a n eir a ger a l, a a t en u a çã o
devida a o gr a n izo é m en or qu e a devida à ch u va , e o “clu t t er ” qu e o gr a n izo ca u sa é m en os
pr eju dicia l. No ca so da ocor r ên cia de gr a n izo, o oper a dor deve a t u a r n os con t r oles do r a da r
da m esm a m a n eir a com o se est ivesse ca in do ch u va .
Neve
É a pr ecipit a çã o de cr ist a is de gelos em flocos. A n eve, a n ã o ser a s m a is for t es
n eva sca s, qu a se n ã o é n ot a da n a t ela do r a da r . Ist o é, a qu eda de n eve n ã o a pa r ece com o u m
a lvo, em bor a a t en u e a s on da s r a da r . Às vezes a qu eda de n eve é det ect a da com o r a da r de 3
cm , m a s n ã o com u m qu e oper e n a fa ixa de 10 cm . E m vir t u de da a t en u a çã o, a n eve pr ovoca
r edu çã o do a lca n ce r a da r .
Ou t r o a spect o m u it o pr eju dicia l da n eve é qu e cobr e t odos os a lvos, m a sca r a n do os
ecos. E ssa cober t u r a de n eve defor m a os a lvos, qu e já n ã o poder ã o ser iden t ifica dos fa cil-
m en t e. E m bor a a on da r a da r pen et r e n a n eve, ela sofr e m u it a a t en u a çã o devido à a bsor çã o
de en er gia pelos cr ist a is de gelo, e a ssim , os ecos qu e r et or n a m sã o fr a cos. O r esu lt a do
desses dois fa t or es é u m a a pr esen t a çã o in defin ida dos a lvos n a t ela do r a da r . Dest a for m a ,
o n a vega n t e qu e se a pr oxim a da cost a , ou est á cost ea n do, a pós u m a qu eda de n eve deve
t om a r m a ior es cu ida dos com a su a n a vega çã o. Deve t en t a r t odos os ou t r os a u xílios à n a -
vega çã o dispon íveis, e u sa r o r a da r com m u it a pr eca u çã o.
Ce rra ç ã o e “S m o g ”
Visibilida de é, con for m e vim os, a m a ior dist â n cia n a qu a l u m objet o escu r o pode ser
vist o n o h or izon t e, t en do o céu com o fu n do. De n oit e, u m a lu z de in t en sida de m oder a da é
u sa da , em vez do objet o escu r o. N e v o e iro é a pr esen ça em su spen sã o de m in ú scu la s pa r t í-
cu la s d’á gu a ou de gelo ju n t o à su per fície. Ma s, só qu a n do est a s pa r t ícu la s em su spen sã o
dim in u ír em a visibilida de pa r a 1 qu ilôm et r o (0.54 m ilh a s n á u t ica s), é qu e o fen ôm en o t em
o n om e de n e v o e iro . Se a visibilida de for m a ior qu e 1 qu ilôm et r o, o n om e cor r et o é n e blin a .
Con t u do, a bor do, t a m bém é com u m a pa la vr a c e rra ç ã o pa r a a m bos os fen ôm en os, fa la n do-
se em c e rra ç ã o le v e , m o d e ra d a ou c e rra ç ã o fe c h a d a .
No qu e diz r espeit o a o r a da r , o n e v o e iro t a m bém n ã o se fa z a pr esen t a r n a t ela do
r a da r , sa lvo em ca sos especia is. Ma s a s got ícu la s d’á gu a , ou de gelo, em su spen sã o a bsor vem
en er gia da on da , de m a n eir a qu e o a lca n ce r a da r fica r edu zido. Um n evoeir o pesa do, ou
seja , a qu ele qu e r edu z a visibilida de pa r a 100 m et r os ou m en os, r edu z o a lca n ce r a da r pa r a
60% de seu a lca n ce n or m a l.
E m ca sos r a r os, com r a da r de 3 cm poder ã o ser det ect a dos ba n cos de n evoeir os
pesa dos, de gr a n de den sida de.
S m o g (n é v o a s e c a )
É a cor t in a de a r polu ído qu e ger a lm en t e se en con t r a sobr e a s gr a n des cida des, de
or igem in du st r ia l e a u t om ot iva . A pa la vr a é for m a da de S m o k e (fu m a ça ) e F o g (n evoeir o).
Nã o exist em da dos sobr e a a t u a çã o do S m o g n o r a da r , m a s é de se cr er qu e ele t a m bém
dim in u a o a lca n ce r a da r , pela a bsor çã o de en er gia pela s pa r t ícu la s em su spen sã o.
E m r esu m o, pode-se a fir m a r qu e, em qu a lqu er t ipo de pr ecipit a çã o, seja ch u va , gr a -
n izo ou n eve, e m esm o n o ca so de n u ven s, n evoeir o, n eblin a ou s m o g , u m r a da r de 10 cm
(ba n da S ) ser á m en os a fet a do qu e u m de 3 cm (ba n da X).
Ve n to
A pr in cipa l, e t a lvez a ú n ica , in flu ên cia do ven t o n a a pr esen t a çã o do r a da r est á
r ela cion a da com o e s ta d o d o m a r dele r esu lt a n t e, pois, com o vim os, a s va ga s pr odu zem os
ecos de r et or n o do m a r (“clu t t er ”). Qu a n t o m a is a lt a s e a br u pt a s a s va ga s, m a is for t es sã o
os ecos de r et or n o. A pot ên cia dos ecos de r et or n o depen de do â n gu lo de in cidên cia do feixe
r a da r e, a ssim , o “clu t t er ” do m a r é m a is pr on u n cia do a ba rla v e n to , do qu e a s o ta v e n to
(F igu r a 14.28).
Ge lo
Os ic e be rg s (blocos de gelo de á gu a doce) ger a lm en t e sã o det ect a dos pelo r a da r em
dist â n cia s qu e per m it em t em po su ficien t e pa r a a ções eva siva s. E ssa s dist â n cia s depen der ã o
de su a s dim en sões. Os ic e be rg s do Ár t ico a pr esen t a m , em ger a l, su per fícies r ecor t a da s e
fa cet a da s, qu e pr opor cion a m bon s ecos de r et or n o. Os ic e be rg s ta bu la re s , com u n s n a
Te m p e s ta d e s tro p ic a is , fu ra c õ e s , tu fõ e s e c ic lo n e s
As t em pest a des t r opica is, em qu a lqu er de su a s m oda lida des m a is sever a s (fu r a cões,
t u fões ou ciclon es), pr odu zem ecos bem defin idos n o r a da r . O u so do r a da r n a s m a n obr a s
fr en t e a esses fen ôm en os m et eor ológicos ser á m en cion a do n o Volu m e II.
Re fle to r-ra d a r
É u m a u xílio à n a vega çã o r a da r p a s s iv o , cu ja fin a lida de é a u m en t a r a ca pa cida de
de r espost a de u m a lvo-r a da r , pa r a possibilit a r su a det ecçã o a m a ior dist â n cia . O re fle to r-
ra d a r é u m equ ipa m en t o r et r o-r eflet ivo, qu e r et or n a a en er gia in ciden t e sobr e ele n a dir eçã o
da fon t e de em issã o, den t r o de lim it es bem a m plos de â n gu los de in cidên cia .
O m ét odo u su a l pa r a obt er a r et r o-r eflexã o é em pr ega r du a s ou m a is su per fícies
r eflet or a s pla n a s, for m a n do â n gu los r et os en t r e si, de m odo qu e a en er gia in ciden t e r et or n e
n a dir eçã o da fon t e em issor a , a pós m ú lt ipla s r eflexões. Assim , sã o for m a dos o d ie d ro re -
fle to r e o trie d ro tri-re tâ n g u lo re fle to r. Os trie d ro s re fle to re s sã o n or m a lm en t e con s-
t it u ídos por 3 t r iâ n gu los isósceles for m a n do â n gu los r et os e r et or n a m a en er gia in ciden t e
con for m e m ost r a do n a F igu r a 14.29.
RACON
RACON der iva da expr essã o, em in glês, “RAD AR B EACON ”, ou “RAD AR TRAN S -
P ON D ER B EACON ”. O RACON é u m a u xílio à n a vega çã o r a da r a tiv o , ger a lm en t e in st a -
la do em u m fa r ol, fa r olet e, bóia ou ba r ca -fa r ol, qu e, qu a n do excit a do por u m r a da r de n a ve-
ga çã o, a u t om a t ica m en t e r et or n a u m sin a l dist in t o, qu e a pa r ece n a t ela do r a da r , pr opor cio-
n a n do id e n tific a ç ã o posit iva do a lvo e possibilit a n do a leit u r a pr ecisa de m a rc a ç ã o e
d is tâ n c ia -ra d a r.
Nor m a lm en t e, os equ ipa m en t os RACON t êm a gilida de de fr eqü ên cia e du a lida de
de ba n da (“DUAL BAND RACON”), r espon den do a os r a da r es de n a vega çã o qu e oper a m
n a s fa ixa s de 3 cm (ba n da X) e 10 cm (ba n da S ).
O pu lso em it ido pelo r a da r de bor do é r ecebido pelo RACON, a m plifica do e va i dispa r a r
o t r a n sm issor do equ ipa m en t o, qu e em it e u m sin a l on idir ecion a l. E st e sin a l é r ecebido a
bor do qu a n do a a n t en a do r a da r est á con t eir a da dir et a m en t e pa r a o RACON, a pa r ecen do
n a t ela do in dica dor , ger a lm en t e com o u m sin a l em Código Mor se, qu e se or igin a n a posiçã o
do RACON e se est en de r a dia lm en t e pa r a for a , n a dir eçã o da per ifer ia do P P I (F igu r a
14.33).
a. Ate rra g e m
O RACON é in dica do pa r a r efor -
ça r a r espost a e fa cilit a r a iden t ifica çã o
de u m sin a l de a t er r a gem , qu e é o pr im eir o
a ser vist o n a a pr oxim a çã o a u m det er m i-
n a do pon t o da cost a , vin do do m a r a ber t o.
b. N a v e g a ç ã o a c u rta d is tâ n c ia
O RACON é u sa do pa r a fa cilit a r a iden t ifica çã o r a da r de u m a ciden t e ou pon t o de
in t er esse loca l, com o, por exem plo, u m a en t r a da de por t o.
c. Alin h a m e n to
O RACON é in dica do pa r a fa cilit a r a iden t ifica çã o de u m sin a l de a lin h a m en t o n o
r a da r . Usa n do 2 equ ipa m en t os RACON , ou u m RACON e u m re fle to r-ra d a r, n os sin a is
a n t er ior e post er ior de u m a lin h a m e n to , u m n a vio pode u t iliza r o a lin h a m en t o m esm o
com m á visibilida de, pela n a v e g a ç ã o ra d a r.
d. Ma rc a ç õ e s d e p o n te
O RACON é in dica do pa r a m a r ca r o v ã o c e n tra l, ou v ã o d e n a v e g a ç ã o , de pon t es
qu e cr u za m via s n a vega veis.
e. N o v o s p e rig o s
O RACON é u sa do pa r a m a r ca r u m n ovo p e rig o à n a v e g a ç ã o , t a l com o u m ca sco
soçobr a do. Nest e ca so, deve r espon der com u m sin a l cor r espon den t e à let r a “D” em Código
Mor se (— • • ).
f. Id e n tific a ç ã o d e lin h a d e c o s ta in c o n s p íc u a
Qu a n do a lin h a de cost a é difícil de dist in gu ir ou iden t ifica r , pode-se u sa r u m RA-
CON pa r a in dicá -la n a t ela do r a da r .
g. Ma rc a ç ã o d e e s tru tu ra a o la rg o
O RACON pode ser u sa do pa r a m a r ca r e iden t ifica r u m a est r u t u r a “offsh or e”, t a l
com o u m a pla t a for m a de pet r óleo.
RAMARK
RAMARK é a a br evia t u r a da expr essã o, em in glês, “RADAR MARKE R”. O RAMARK
t r a n sm it e con t in u a m en t e, ou a in t er va los, sem n ecessida de de ser excit a do/dispa r a do por
sin a is de r a da r es de bor do. A t r a n sm issã o a in t er va los é m a is u sa da qu e a t r a n sm issã o
con t ín u a , de m odo qu e o P P I possa ser per iodica m en t e in specion a do sem qu a lqu er m a n ch a
(“c lu tte r”) in t r odu zida pelo sin a l do RAMARK.
Ra d a r Ta rg e t En h a n c e r (RTE)
O re fo rç a d o r d e a lv o -ra d a r (“RADAR TARGE T E NH ANCE R”), de in t r odu çã o r e-
cen t e, é u m a u xílio à n a vega çã o r a da r a tiv o , qu e r ecebe o pu lso r a da r t r a n sm it ido, a m plifica
e r et r a n sm it e, com o u m eco r efor ça do (sem qu a lqu er espécie de codifica çã o), de m odo a
a u m en t a r a seçã o r a da r e a ca pa cida de de r espost a de a lvos im por t a n t es (bóia s e ou t r os
a u xílios à n a vega çã o). O RTE t a m bém pode ser u t iliza do pa r a a u m en t a r a seçã o r a da r e a
ca pa cida de de r espost a de pequ en a s em ba r ca ções (especia lm en t e a s de fibr a de vidr o e
m a deir a ).
14.3.1 P re c is ã o d a s d is tâ n c ia s e m a rc a ç õ e s -ra d a r
a D is tâ n c ia s -ra d a r
As d is tâ n c ia s -ra d a r, em bor a m a is pr ecisa s qu e a s m a r ca ções, sã o a fet a da s por
diver sos fa t or es, en t r e os qu a is e rro s in e re n te s a o p ró p rio e qu ip a m e n to (r et a r do do
r ecept or , er r o de ca libr a gem , dist or çã o da im a gem r a da r , et c.), e rro s d o o p e ra d o r (fa lsa
in t er pr et a çã o da lin h a de cost a , im pr ecisã o decor r en t e da n ã o u t iliza çã o da esca la de dis-
t â n cia m a is cu r t a , t a n gên cia im per feit a do est r obo de dist â n cia , et c.), e rro s d e v id o s à s
d ife re n te s c a ra c te rís tic a s d e re fle x ã o d e c a d a a lv o e à s c o n d iç õ e s a tm o s fé ric a s
re in a n te s .
P a r a m in im iza r os efeit os dos er r os a cim a cit a dos sobr e a s d is tâ n c ia s -ra d a r, a lgu n s
cu ida dos devem ser t om a dos:
• ver ifica r per iodica m en t e a c a libra g e m d o ra d a r, cor r igin do-a , se n ecessá r io. A ca libr a -
gem do e s tro bo d e d is tâ n c ia pode ser ver ifica da a t r a vés da com pa r a çã o com os c írc u lo s
d e d is tâ n c ia fix o s . A ca libr a gem do r a da r pr opr ia m en t e dit o pode ser ver ifica da com o
n a vio a t r a ca do ou fu n dea do em u m a posiçã o bem det er m in a da . Mede-se, en t ã o, n a Ca r t a
Ná u t ica , a dist â n cia do n a vio a u m pon t o qu e seja con spícu o n o r a da r . Ao m esm o t em po,
m ede-se a dist â n cia -r a da r pa r a o r efer ido pon t o. Com pa r a -se, em segu ida , os dois va lor es.
A c a libra g e m ser á s a tis fa tó ria se a difer en ça en t r e a dist â n cia ver da deir a e a dist â n cia -
r a da r a o objet o n ot á vel for m en or qu e 1,5% do a lca n ce da e s c a la d e d is tâ n c ia u t iliza da .
• u t iliza r sem pr e a e s c a la d e d is tâ n c ia s m a is cu r t a possível. Con for m e vist o, qu a n t o
m a is cu r t a a e s c a la d e d is tâ n c ia s , m a ior a r esolu çã o de im a gem -r a da r , m elh or a defi-
n içã o do con t or n o dos a lvos e, por t a n t o, m a ior a pr ecisã o da s d is tâ n c ia s -ra d a r m edida s.
Adem a is, qu a n t o m a is cu r t a a e s c a la d e d is tâ n c ia s , m en or ser á o er r o devido à espessu r a
lu m in osa dos c írc u lo s d e d is tâ n c ia fix o s ou do e s tro bo d e d is tâ n c ia s .
F ig u ra 14.35 - Me d iç ã o d e d is tâ n c ia s -ra d a r
b. Ma rc a ç õ e s -ra d a r
As m a rc a ç õ e s -ra d a r sã o, con for m e m en cion a do, m en os pr ecisa s qu e a s dist â n cia s,
sen do a fet a da s pelos segu in t es er r os:
F ig u ra 14.36 - D is to rç ã o d e v id a à la rg u ra d o fe ix e
(O PEQUENO
LÓBULO
MOSTRADO EM
(a) REPRESENTA
O FEIXE QUE
SERÁ RECEBIDO
COM O GANHO
REDUZIDO)
F ig u ra 14.37 - P o s iç ã o p o r d is tâ n c ia a trê s N or m a l m e n t e , a s d i s t â n ci a s
o bje to s is o la d o s , c o n s p íc u o s n o ra d a r t om a da s de t r ês ou m a is pon t os de t er r a
da r ã o u m a posiçã o r a da r m a is pr ecisa do
qu e a obt ida por qu a lqu er ou t r o m ét odo.
O m a ior per igo n a u t iliza çã o desse m ét odo
é a possibilida de de se plot a r n a ca r t a a
dist â n cia obt ida de u m pon t o qu e n ã o seja
a qu ele qu e o oper a dor de r a da r in for m ou .
A or la d e u m a cos t a p r óxim a , qu a n d o
b a i x a , n ã o a p a r e ce n o r a d a r com a
pr ecisã o da ca r t a . O r a da r , n or m a lm en t e,
det ect a r á a lvos a lém da cost a . É difícil
det er m in a r com pr ecisã o o pon t o exa t o em qu e est á se da n do a r eflexã o da s on da s em it ida s
pelo r a da r . P or est a r a zã o, pequ en os objet os, t a is com o pedr a s isola da s e ilh ot a s, for n ecem
os m elh or es pon t os.
F ig u ra 14.38 -
No ca so de dois pon t os con spícu os
n o r a da r est a r em em dir eções opost a s, ou
q u a s e , d e m od o q u e s e u s a r cos d e
d i s t â n ci a s e ja m a p r ox i m a d a m e n t e
pa r a lelos, os m esm os poder ã o ser u sa dos,
desde qu e em com bin a çã o com ou t r o a r co
de dist â n cia , qu e os in t er cept e em u m â n -
gu lo pr óxim o de 90°. A posiçã o r esu lt a n t e
t er á boa pr ecisã o (F igu r a 14.38). A qu a se
t a n gên cia dos 2 a r cos de dist â n cia in dica
m edida s pr ecisa s e a lt a con fia bilida de da
posiçã o com r espeit o à dist â n cia de t er r a
por a m bos os bor dos.
F ig u ra 14.40 - P o s iç ã o p o r m a rc a ç ã o d is tâ n c ia -ra d a r d e u m m e s m o p o n to
dir eit a est e m esm o va lor . E sse cr it ér io é ba sea do n o sen t ido n or m a l da va r r edu r a dos r a da r es
de n a vega çã o, ist o é, a a n t en a gir a n do n o sen t ido dos pon t eir os de u m r elógio (F igu r a 14.41).
F ig u ra 14.41 - Co rre ç õ e s p a ra d is to rç õ e s d a la rg u ra d o fe ix e
F ig u ra 14.42 - P o s iç ã o p o r m a rc a ç õ e s ta n g e n te s c o m d is tâ n c ia m ín im a
As m a r ca çõe s t a n g e n t e s e s t ã o
s u je i t a s a e r r os e , p or t a n t o, n ã o
con s t it u e m u m m é t od o id e a l p a r a s e
est a belecer u m a posiçã o. U m a posiçã o
obt ida por m a r ca ções t a n gen t es deve ser
ver ifica da , sem pr e qu e possível, por m eio
de u m a dist â n cia m ín im a de t er r a , com o
se vê n a F igu r a 14.42.
F ig u ra 14.44 - D is tâ n c ia s -ra d a r c o m o LD P d e s e g u ra n ç a
P a r a u sa r est e m ét odo, é essen cia l a ssegu r a r -se qu e a lin h a de cost a for n ece bon s
a lvos n a s dist â n cia s n ecessá r ia s e qu e a im a gem r a da r ser á r ea lm en t e da lin h a de cost a e
n ã o de a lvos m a is eleva dos sit u a dos n o in t er ior . Adem a is, o g a n h o n ã o deve ser r edu zido,
a fim de qu e o r a da r r eceba e a pr esen t e n a t ela os pr im eir os ecos r eflet idos pela lin h a de
cost a , em r ela çã o à qu a l deve-se m a n t er u m a dist â n cia m ín im a .
E st e m ét odo de d is tâ n c ia d e s e g u ra n ç a pode ser com pa r a do com o u so de â n gu los
ver t ica is e â n gu los h or izon t a is de per igo n a n a vega çã o visu a l (ver Ca pít u lo 7).
E m con dições n or m a is de visibilida de, a s dist â n cia s-r a da r de segu r a n ça podem ser
u sa da s pa r a a ssin a la r per igos a o la r go de u m a cost a on de sã o esca ssos os pon t os n ot á veis à
n a vega çã o por m ét odos visu a is.
F ig u ra 14.46 - F u n d e io d e p re c is ã o c o m o ra d a r
a P REP ARAÇÃO
Ra d a r
A pr epa r a çã o do r a da r visa a obt en çã o da m elh or a pr esen t a çã o possível, n a esca la
m a is cu r t a da r epet idor a . E sca la s m a ior es qu e 6 m ilh a s r a r a m en t e sã o u t iliza da s em n a ve-
ga çã o em á gu a s r est r it a s. P a r a m elh or r esolu çã o, o r a da r dever á ser oper a do em pu lso
cu r t o (SH ORT P ULSE ) e fa ixa est r eit a (NARROW BANDWIDH T), pois n essa s con dições
h á u m a u m en t o n a discr im in a çã o de dist â n cia e m elh or ia n a a pr esen t a çã o r a da r .
Os segu in t es a spect os m er ecem a t en çã o per m a n en t e:
• o s c o n tro le s s u p re s s o re s (A/C RAIN, A/C SE A, STC e F TC), o brilh o (BRILLIANCE )
e o g a n h o (GAIN) dever ã o ser u t iliza dos pa r a elim in a r da a pr esen t a çã o r a da r a ch u va ,
o r et or n o do m a r e os ecos fa lsos; m a s é n ecessá r io qu e a u t iliza çã o seja cu ida dosa , pa r a
qu e pequ en os con t a t os, t a is com o bóia s, ba liza s e pequ en a s em ba r ca ções, n ã o seja m
t a m bém elim in a dos;
• a dist â n cia à s su per fícies r eflet or a s, bem com o a s con dições m et eor ológica s e de pr opa -
ga çã o, va r ia m con st a n t em en t e a o lon go da der r ot a , o qu e r equ er fr eqü en t es a ju st a gen s
dos con t r oles de brilh o e g a n h o ;
• u m a r epet idor a a pr esen t a n do boa lin e a rid a d e é u m pr é-r equ isit o pa r a a r ea liza çã o da
n a v e g a ç ã o p a ra le la in d e x a d a pr ecisa . A con diçã o de lin e a rid a d e pode ser fa cilm en t e
ver ifica da u t iliza n do-se u m com pa sso pa r a com pa r a r , fisica m en t e, a dist â n cia en t r e os
a n éis de dist â n cia em ca da esca la qu e for ser u t iliza da . Ta m bém , a s pa r a lela s in dexa da s
da pr ópr ia r epet idor a poder ã o ser u t iliza da s pa r a est a ver ifica çã o. Se, em qu a lqu er esca la ,
os a n éis de dist â n cia n ã o est iver em equ idist a n t es, h á fa lt a de lin ea r ida de. Na F igu r a
14.48 sã o a pr esen t a dos exem plos exa ger a dos de fa lt a de lin ea r ida de, pa r a ilu st r a çã o.
Dist â n cia s pr ecisa s e m a r ca ções poder ã o ser obt ida s em u m a r epet idor a n ã o lin ea r ; os
er r os su r gir ã o n a s m edida s feit a s en t r e dois pon t os n o P P I e n ã o n a s m edida s r a dia is.
Ca rta
Con sider a ções n or m a is à escolh a de u m a der r ot a se a plica m qu a n do da pr epa r a çã o
e do pla n eja m en t o de u m a n a vega çã o em á gu a s r est r it a s e/ou ba ixa visibilida de. Algu n s
fa t or es a dicion a is dever ã o, en t r et a n t o, ser con sider a dos:
F ig u ra 14.49 -
Re ta s d e S e g u ra n ç a
Con ju n t os com plet os de r et a s de segu r a n ça , com su a s dist â n cia s à s r et a s pa r a lela s
in dexa da s e à der r ot a pla n eja da , dever ã o ser t r a ça dos n a ca r t a . E la s ser ã o de ext r em o
va lor pa r a in dica r o qu a n t o o n a vio poder á se a fa st a r , com segu r a n ça , da der r ot a pla n eja da .
P a r a evit a r excesso de t r a ça do n o P P I, a pen a s a qu ela s de im por t â n cia im edia t a dever ã o
ser u t iliza da s, en qu a n t o o n a vio est iver segu in do a der r ot a . Qu a n do ocor r er u m a fa st a m en t o
da der r ot a pa r a evit a r ou t r o n a vio (ou devido a u m a a va r ia , h om em a o m a r , ou ou t r o m ot ivo
qu a lqu er ), é essen cia l qu e u m con ju n t o com plet o de r et a s de segu r a n ça seja pr on t a m en t e
t r a ça do n a r epet idor a . Na F igu r a 14.50, for a m t r a ça da s n a ca r t a re ta s d e s e g u ra n ç a ,
r epr esen t a da s por lin h a s t r a ceja da s, sign ifica n do:
F ig u ra 14.50 - Re ta s d e s e g u ra n ç a
• ilh a A (pa r a lela in dexa da 0.7' por BB): pr ofu n dida des segu r a s a t é 0.2' (400jd) a BB; e
• pon t a B (pa r a lela in dexa da 0.5' por BE ): pr ofu n dida des segu r a s a t é 0.1' (200jd) a BE .
Ou t r os det a lh es m ost r a dos n a F igu r a :
• pier : 0.4' (800jd) por BE ;
• 5M: dist â n cia de 5M pa r a o pon t o de dest in o, qu a n do est iver m os n o t r a vés da ilh a A; e
• 4M: dist â n cia de 4M pa r a o pon t o de dest in o, qu a n do est iver m os n o t r a vés do pier .
Erro d e D is tâ n c ia
Com o o er r o de dist â n cia va r ia fr eqü en t em en t e, a s vezes devido a va r ia ções de
volt a gem ou a va r ia ções de t em per a t u r a in t er n a do equ ipa m en t o, é n ecessá r io, pa r a u m a
n a vega çã o de pr ecisã o, qu e o er r o de dist â n cia seja det er m in a do em t oda s a s opor t u n ida des
d u r a n t e a t r a ves s ia . A p r ep a r a çã o p r évia p od e r ed u zir o t em p o n eces s á r io p a r a a
d et er m in a çã o d o er r o d e d is t â n cia a a p en a s d ez s egu n d os , evit a n d o, a in d a , qu e a s
opor t u n ida des seja m per dida s ou a ver ifica çã o esqu ecida .
F ig u ra 14.51 - D e te rm in a ç ã o d o e rro d e d is tâ n c ia
Mu d a n ç a s d e Ru m o
A posiçã o pa r a in ício de gu in a da n a s m u da n ça s de r u m o é est a belecida e plot a da , em
n a vega çã o pa r a lela in dexa da , da m esm a m a n eir a qu e em n a vega çã o visu a l, ist o é, leva n do
em con sider a çã o a dist â n cia a ser per cor r ida pelo n a vio a t é a t in gir o n ovo r u m o, ou seja o
a v a n ç o e o a fa s ta m e n to . Na F igu r a 14.52 est ã o m ost r a dos o pon t o de gu in a da , r et a s
pa r a lela s in dexa da s e r et a s de segu r a n ça , pa r a a s du a s per n a da s da der r ot a pla n eja da .
F ig u ra 14.52 -
b. TRAÇAD O N O P P I
O oficia l de n a vega çã o dever á m a n t er -se a dia n t a do n o t r a ça do da s r et a s in dexa da s
n o P P I, ist o é, dever á t r a ça r o pr óxim o con ju n t o de r et a s t ã o logo a s qu e est eja m em u so
possa m ir sen do a pa ga da s.
• in for m a r det a lh es dos sin a is de a u xílio à n a vega çã o ou pon t os n ot á veis esper a dos.
• in for m a r a s lim it a ções de m a n obr a . E xem plo: “Águ a s sa fa s a t é 500 ja r da s a bor est e e
800 ja r da s a bom bor do, n a pr óxim a m ilh a e m eia ”.
• m a n t er a t en çã o a os a lvos qu e se a pr oxim a m , pr in cipa lm en t e qu a n t o a o m ovim en t o de
m a r ca ções e a “r a t e” de va r ia çã o de dist â n cia ; deve ser lem br a do, n o en t a n t o, qu e n ã o é
o ú n ico qu e pode vê-los e, por t a n t o, deve per m it ir qu e o oficia l con t r ola dor de con t a t os
fa ça o seu t r a ba lh o.
• in for m a r os r esu lt a dos da s ver ifica ções dos er r os de dist â n cia e de a lin h a m en t o r a da r .
e. P OS IÇÕES RAD AR
Os “m a r qu es” devem ser da dos com u m in t er va lo t a l qu e per m it a a obt en çã o de
posições r a da r su ficien t es à m a n u t en çã o da n a vega çã o pr ecisa . Isso, fr eqü en t em en t e, en t r a
em con flit o com ou t r a s t a r efa s do oper a dor da r epet idor a , obr iga n do-o a t r a ba lh a r com
m a ior r a pidez, sem pr eju ízo, por ém , da n ecessá r ia pr ecisã o. Na s r epet idor a s qu e possu em
“st r obe” sobr e a va r r edu r a r a da r , a u t iliza çã o dos a n éis de dist â n cia , em bor a m a is r á pida ,
per de em pr ecisã o qu a n do é n ecessá r io in t er pola r . Um m ét odo eficien t e con sist e em m a r ca r
com lá pis de cer a a posiçã o dos pon t os selecion a dos n o in st a n t e do “m a r qu e”, e efet u a r
post er ior m en t e a leit u r a da s dist â n cia s u t iliza n do o “st r obe” de dist â n cia . E sse m ét odo
per m it e qu e se obt en h a m a s dist â n cia s com pr ecisã o, sem qu e seja in t r odu zido er r o devido
a o m ovim en t o do n a vio, a pr esen t a n do, t a m bém , com o va n t a gem a possibilida de de r á pida
con fir m a çã o, ca so a plot a gem n ã o in diqu e u m a boa posiçã o.
f. MU D AN ÇAS D E RU MO
É va n t a josa a a doçã o de u m a r ot in a pa r a efet u a r m u da n ça s de r u m o, com o, por
exem plo:
• ver ifica r se a á r ea en con t r a -se sa fa pa r a efet u a r a m u da n ça de r u m o (r epor t a r );
• su ger ir a gu in a da ;
• ver ifica r se a s or den s pa r a o t im on eir o r eflet em o qu e foi su ger ido;
• obser va r a “r a t e” de gu in a da ;
• qu a n do “a ca m in h o”, su ger ir cor r eções de r u m o pa r a posicion a m en t o sobr e a der r ot a ; e
• in for m a r a lvos, bóia s, et c.
F ig u ra 14.54 - F u n d e io d e p re c is ã o c o m n a v e g a ç ã o p a ra le la in d e x a d a
F ig u ra 14.56 - Mo v im e n to d e B c o m re la ç ã o F ig u ra 14.57 - Mo v im e n to d e A c o m re la ç ã o
a A (o bs e rv a d o n a te la d o ra d a r d e A) a B (o bs e rv a d o n a te la d o ra d a r d e B )
F ig u ra 14.58 -
Nest e pon t o, é de im por t â n cia fu n -
d a m e n t a l e n t e n d e r q u e o m ovim e n t o
defin ido pela P LOTAGEM RELATIVA
e m ca d a P P I n ã o r e p r e s e n t a o
movimento ve rdade iro (r u m o
v e r d a d e i r o e v e l o c i d a d e ) d o ou t r o
n a vio. A F igu r a 14.58 ilu s t r a o r u m o
v e r d a d e i r o d o n a vio B , r ep r es en t a d o
sobr e a P LOTAGEM RELATIVA de B ,
obt id a p ela s in for m a ções d o r a d a r d o
n a vio A. P a r a d et er m in a r o r u m o
v e r d a d e i r o e a v e l o c i d a d e d e ou t r o
n a vio, sã o n ecessá r ios cá lcu los a dicion a is,
u sa n do vet or es r ela t ivos e ver da deir os.
O m o v i m e n t o re la t i v o é, en t ã o, defin ido em t er m os de D IR E ÇÃO D O MO-
VIMEN TO RELATIVO (DMR) e VELOCID AD E D O MOVIMEN TO RELATIVO (VMR).
A D I R E Ç ÃO D O MO VI ME N T O R E L AT I VO , con for m e já m e n cion a d o, é ob t id a
dir et a m en t e da P LOTAGEM RELATIVA (t en do o cu ida do de ver ifica r o sen t ido cor r et o
do r efer ido m ovim en t o, a fim de evit a r t om a r a r ecípr oca ). Assim sen do, n a F igu r a 14.56, a
D MR do a lvo B é 063°. P a r a det er m in a r a VELOCID AD E D O MOVIMEN TO RELATIVO
(VMR), t em os qu e con sider a r a d is tâ n c ia re la tiv a per cor r ida e o in te rv a lo d e te m p o
cor r espon den t e. Dest a for m a , n a F igu r a 14.56, se a d is tâ n c ia re la tiv a B 1 -B 3 é de 11 m ilh a s
e se o in te rv a lo d e te m p o decor r ido en t r e a s posições é de 1 h or a , a VMR do a lvo B é de 11
n ós.
É óbvio qu e só exist e m o v im e n to re la tiv o de u m n a vio, com r ela çã o a ou t r o, qu a n do
seu s m o v im e n to s a bs o lu to s (v e rd a d e iro s ) difer ir em em v e lo c id a d e e/ou d ire ç ã o .
F ig u ra 14.59 -
b D ia g ra m a d e Ve lo c id a d e s
O ru m o re la tiv o (DMR) e a v e lo c id a d e re la tiv a (VMR) podem r ela cion a r -se com
os r u m os e a s velocid a d es d os 2 n a vios (R e M) p ela con s t r u çã o d o t r i â n g u l o d a s
v e lo c id a d e s ou d ia g ra m a d e v e lo c id a d e s , t a m bém ch a m a do de dia gr a m a vet or ia l.
F ig u ra 14.62 -
Su pon h a m os 2 n a vios, R (n a vega n -
do n o ru m o v e rd a d e iro 000°, com v e lo -
c id a d e de 15 n ós) e M (n o ru m o v e rd a -
d e iro 026°, com v e lo c id a d e de 22 n ós).
P a r a con st r u ir o d ia g ra m a d e v e lo c id a -
d e e det er m in a r o v e to r d o m o v im e n to
re la tiv o de M com r ela çã o a R, t r a ça -se,
in icia lm en t e, o vet or do m ovim en t o a bso-
lu t o de R, n a dir eçã o 000° e com u m a gr a n -
deza de 15, em u m a det er m in a da esca la .
Den om in em os o pon t o de or igem de t e a
ext r em ida de do vet or de r (F igu r a 14.62).
Do m esm o pon t o t, t r a ça -se o vet or cor r espon den t e a o n a vio M, n a dir eçã o 026° e com u m a
gr a n deza de 22, m edida n a m esm a esca la u t iliza da pa r a plot a r o vet or de R. Usem os a let r a
m pa r a m a r ca r a ext r em ida de do vet or do a lvo M. P a r a obt er a DMR e a VMR de M em
r ela çã o a R, fa z-se com qu e o pon t o de or igem t se desloqu e com a m esm a v e lo c id a d e de R,
por ém em ru m o o p o s to . Tr a ça -se, pois, o vet or tr’, cor r espon den t e a est e m ovim en t o. A
r esu lt a n t e dos vet or es tr’ e tm n os da r á u m vet or igu a l a o vet or rm (F igu r a 14.62-A), qu e
n os in dica o ru m o e a v e lo c id a d e do m o v im e n to re la tiv o de M com r efer ên cia a R (ist o
é, D MR e VMR). A con st r u çã o gr á fica é feit a m a is fa cilm en t e da segu in t e m a n eir a (F igu r a
14.62-B):
• t r a ça m -se os vet or es tr e tm ;
• liga -se o pon t o r a o pon t o m ;
• o ru m o re la tiv o , ou D IREÇÃO D O MOVIMEN TO RELATIVO (DMR), é a dir eçã o da
lin h a rm (n o sen t ido de r pa r a m );
• a v e lo c id a d e re la tiv a (VMR) é a gr a n deza rm , m edida n a m esm a esca la u t iliza da pa r a
t r a ça r os ou t r os vet or es.
No exem plo m ost r a do n a F igu r a 14.62, obt ém -se pa r a o v e to r d o m o v im e n to re la -
tiv o :
DMR = 063°; VMR = 11 n ós
A e s c a la d e v e lo c id a d e , u sa da pa r a con st r u ir o d ia g ra m a d e v e lo c id a d e , é in -
depen den t e da e s c a la d e d is tâ n c ia s , u t iliza da pa r a a p lo ta g e m re la tiv a (ou d ia g ra m a
d a s p o s iç õ e s re la tiv a s ).
Se con h ecer m os o v e to r d o n a v io d e re fe rê n c ia (tr) e o vet or do m o v im e n to
re la tiv o (rm ), poder em os obt er , con st r u in do o d ia g ra m a d e v e lo c id a d e s , o v e to r d o
a lv o M (tm ), com seu s 2 elem en t os: o ru m o d o a lv o e a v e lo c id a d e d o a lv o .
S im bo lo g ia a s e r u s a d a n a Ro s a d e Ma n o bra
Com o fim de u n ifor m iza r a s n ot a ções u sa da s n a Ro s a d e Ma n o bra , a dot a -se:
cen t r o da r osa ........................................................................................................ let r a t
ext r em ida de do vet or velocida de do n a vio de r efer ên cia .................................... let r a r
ext r em ida de do vet or velocida de do n a vio m a n obr a dor ................................... let r a m
posições r ela t iva s do n a vio m a n obr a dor ................................ sím bolos M 1, M 2, M 3, et c.
Cu id a d o s n o u s o d a Ro s a d e Ma n o bra
a . con for m e vist o, a e s c a la d e d is tâ n c ia s é in depen den t e da e s c a la d e v e lo c id a d e s .
E n t r et a n t o, t oda s a s dist â n cia s devem ser m edida s em u m a ú n ica esca la , a ssim com o
t oda s a s velocida des. P a r a evit a r con fu sã o, é com u m a ssin a la r n a r osa com V a esca la
qu e est á sen do u sa da pa r a a s v e lo c id a d e s e com d a esca la u sa da pa r a m edida da s
d is tâ n c ia s ;
b. pa r a m elh or pr ecisã o, deve ser sem pr e u t iliza da a m a ior esca la possível n a m edida da s
dist â n cia s e velocida des. Nor m a lm en t e, pa r a plot a gem da s posições r ela t iva s e con st r u çã o
do dia gr a m a de velocida des de con t a t os, a fim de evit a r colisões n o m a r , a s esca la s de 1:1
ou 2:1 sã o con ven ien t es pa r a em pr ego;
c. a ssin a la r com u m a set a o sen t ido dos vet or es, n a h or a de t r a çá -los;
d. a ssin a la r com a s let r a s cor r espon den t es t odos os pon t os, n o m om en t o em qu e sã o plot a dos;
e. lem br a r -se qu e o vet or do m ovim en t o r ela t ivo do a lvo é t om a do sem pr e de r pa r a m ;
f. a posiçã o do n a v io d e re fe rê n c ia é sem pr e n o c e n tro d a ro s a ;
g. os vet or es de v e lo c id a d e s v e rd a d e ira s se or igin a m sem pr e n o c e n tro d a ro s a ;
h . pa r a a p lo ta g e m re la tiv a e con st r u çã o dos d ia g ra m a s d a s p o s iç õ e s re la tiv a s ou
d ia g ra m a s d e v e lo c id a d e s , pode ser u t iliza do qu a lqu er in t er va lo de t em po en t r e a s
posições do a lvo M. Dois va lor es, en t r et a n t o, fa cilit a m os cá lcu los su bseqü en t es:
• 3 m in u t os, pa r a u sa r a “Regr a dos Tr ês Min u t os”, pela qu a l a v e lo c id a d e , em n ós, é
igu a l à d is tâ n c ia p e rc o rrid a e m 3 m in u to s , em ja r da s, dividida por 100.
• 6 m in u t os, pa r a em pr ega r a “Regr a dos Seis Min u t os”, qu e diz qu e a v e lo c id a d e , em
n ós, é igu a l à d is tâ n c ia p e rc o rrid a e m 6 m in u to s , em m ilh a s, m u lt iplica da por 10.
i. n o m ét odo do m ovim en t o r ela t ivo, u m a sit u a çã o pr eocu pa n t e se con figu r a qu a n do u m
con t a ct o a pr esen t a m a rc a ç ã o c o n s ta n te e d is tâ n c ia d im in u in d o , pois ist o sign ifica
qu e o r efer ido con t a ct o est á em ru m o d e c o lis ã o com o n osso n a vio. Mesm o qu a n do a s
m a r ca ções va r ia m u m pou co, devido à s im pr ecisões n a s m edida s t oda a t en çã o deve ser
da da a u m a lvo fech a n do sobr e o n osso n a vio n essa s con dições, deven do-se a dm it ir qu e
exist e r isco de colisã o.
j. n a r ea lida de, devido a os er r os n a s m edida s da s m a r ca ções e dist â n cia s, r a r a m en t e é
possível t r a ça r u m a r et a qu e pa sse por t oda s a s p o s iç õ e s re la tiv a s do a lvo plot a da s n a
Rosa de Ma n obr a . A d ire ç ã o d o m o v im e n to re la tiv o (DMR) é, en t ã o, obt ida “filt r a n do”
a qu ela s posições, ist o é, fa zen do pa ssa r u m a r et a de for m a qu e os pon t os fiqu em bem
dist r ibu ídos pa r a u m e ou t r o la do, o m a is pr óxim o possível dela .
F ig u ra 14.63 - P ro ble m a n ° 1
S o lu ç ã o (F ig u ra 14.63):
a . s en d o a n os s a velocid a d e d e 24 n ós , s elecion a m os a es ca la d e 3:1 p a r a es ca la d e
velocida des. Tr a ça -se, en t ã o, o vet or tr.
b. t en do em vist a a s dist â n cia s en volvida s, selecion a m os a esca la de 1:1 pa r a esca la de
dist â n cia s. P lot a m -se, en t ã o, a s posições r ela t iva s M 1 e M 2, com os da dos do pr oblem a
(sa ben do qu e 1 m ilh a = 2.000 ja r da s), con st r u in do o d ia g ra m a d a s p o s iç õ e s re la tiv a s .
c. do d ia g ra m a d a s p o s iç õ e s re la tiv a s obt ém -se:
S o lu ç ã o (F ig u ra 14.64):
a . t en do em vist a a s dist â n cia s en volvida s, selecion a m os a esca la de 1:1 pa r a esca la de
dist â n cia s. P lot a m -se, en t ã o, a s posições r ela t iva s M 1 e M 2 com os da dos do pr oblem a (1
m ilh a = 2.000 ja r da s), con st r u in do o d ia g ra m a d a s p o s iç õ e s re la tiv a s .
b. do d ia g ra m a d a s p o s iç õ e s re la tiv a s , obt ém -se:
F ig u ra 14.64 - P ro ble m a n ° 2
DMR = 167°
DISTÂNCIA RE LATIVA (M 1–M 2) = 2.95 m ilh a s (5900 ja r da s).
c. com a d i s t â n c i a r e l a t i v a (M 1 – M 2 ) e o in t e r va lo d e t e m p o (M 1 – M 2 ) ob t é m -s e :
VMR = 16 n ós (F igu r a 14.64).
3. Seu n a vio est á n o r u m o 000°, velocida de 5 n ós, n a vega n do sob visibilida de r est r it a . Às
0835 h or a s, u m con t a ct o é m a r ca do a os 051° / 12.000 ja r da s. Às 0848 h or a s, o m esm o
con t a ct o é m a r ca do a os 033° / 11.000 ja r da s. Det er m in a r DMR, VMR, P MA (m a r ca çã o,
dist â n cia e h or a ), r u m o do a lvo e velocida de do a lvo. In for m a r se o a lvo cor t a r á n ossa
pr oa ou n ossa popa e a dist â n cia e h or a em qu e o cor t e ocor r er á .
F ig u ra 14.65 - P ro ble m a n ° 3
S o lu ç ã o (F ig u ra 14.65):
a . selecion a -se a e s c a la d e d is tâ n c ia s 1:1 e t r a ça -se o d ia g ra m a d a s p o s iç õ e s re la tiv a s ,
obt en do-se:
DMR = 296°
DISTÂNCIA RE LATIVA = 1.85 m ilh a s (3700 ja r da s).
b. com o va lor da d is tâ n c ia re la tiv a e o in te rv a lo d e te m p o M 1 –M 2 (13 m in u t os), obt ém -se:
VMR = 8.5 n ós (F igu r a 14.65).
c. do d ia g ra m a d a s p o s iç õ e s re la tiv a s obt ém -se os segu in t es elem en t os do P MA:
m a r ca çã o = 026°
dist â n cia = 5.4 m ilh a s (10.800 ja r da s).
d. com a dist â n cia M 2 – P MA e a VMR, obt ém -se o in t er va lo de t em po a t é o P MA: 5 m in u t os
(a r r edon da do).
e. en t ã o, obt ém -se a h or a do P MA: 0853 h or a s.
F ig u ra 14.66 - P ro ble m a n ° 4
S o lu ç ã o (F ig u ra 14.66):
a . selecion a -se a e s c a la d e d i s t â n c i a s 2:1 e con st r ói-se o d i a g ra m a d a s p o s i ç õ e s
re la tiv a s , obt en do-se:
DMR = 268°
DISTÂNCIA RE LATIVA (M 1–M 5) = 3.9 m ilh a s
VMR = 20 n ós (F igu r a 14.66).
Con for m e a n t er iom en t e cit a do, er r os n a s m edida s da s d is tâ n c ia s e m a rc a ç õ e s fa zem
com qu e só r a r a m en t e seja possível t r a ça r u m a r et a qu e pa sse exa t a m en t e por t oda s a s
posições do con t a ct o. Assim , com o n o pr esen t e exem plo, a DMR deve ser obt ida pelo t r a ça -
do de u m a r et a de for m a qu e os pon t os fiqu em bem dist r ibu ídos pa r a u m e ou t r o la do, o
m a is pr óxim o possível dela .
b. det er m in a m -se os elem en t os do P MA:
m a r ca çã o = 358°
dist â n cia = 10.0 m ilh a s
h or a = 0145 h or a s
c. con st r ói-se o d ia g ra m a d e v e lo c id a d e s , n a esca la 2:1 e obt ém -se:
r u m o do a lvo = 311°
velocida de do a lvo = 22.8 n ós.
d. o a lvo cor t a r á n ossa p ro a , n a d is tâ n c ia de 10.4 m ilh a s, à s 0138 h or a s (a n t es, pois, de
a lca n ça r o P MA, con for m e podem os ver ifica do n a F igu r a 14.66).
S o lu ç ã o (F ig u ra 14.67):
a . a n t es m esm o de con st r u ir o d ia g ra m a d a s p o s iç õ e s re la tiv a s , já ver ifica m os qu e se
con figu r a u m a sit u a çã o per igosa , pois a m a r ca çã o do a lvo per m a n ece con st a n t e, en qu a n t o
su a dist â n cia dim in u i, o qu e sign ifica qu e est á em ru m o d e c o lis ã o com o n osso n a vio.
b. t r a ça n do o d ia g ra m a d a s p o s iç õ e s re la tiv a s (esca la de dist â n cia s 1:1), obt em os os
segu in t es elem en t os:
DMR = 020°
DISTÂNCIA RE LATIVA (M 1–M 3) = 2.0 m ilh a s
F ig u ra 14.67 - P ro ble m a n ° 5
6. Seu n a vio n a vega , sob for t e n evoeir o, n o r u m o 090°, velocida de 4 n ós, bu sca n do u m a
ba rc a -fa ro l qu e con st it u i o sin a l de a t er r a gem e qu e m a r ca o in ício do ca n a l de a cesso
a o seu por t o de dest in o. Na t ela do r a da r a pa r ecem dois con t a ct os n a s vizin h a n ça s da
posiçã o da ba r ca -fa r ol. Su a s posições su cessiva s sã o:
CON TATO M:
CON TATO N :
POSIÇÃO HORA MARCAÇÃO DISTÂNCIA
N1 0500 075° 8.0 milhas
N2 0516 073° 7.0 milhas
S o lu ç ã o (F ig u ra 14.68):
a . es colh en d o a es ca la 1:1 t a n t o p a r a e s c a l a d e d i s t â n c i a , com o p a r a e s c a l a d e
v e lo c i d a d e s , t r a ça m -se os d i a g ra m a s d e p o s i ç õ e s re la t i v a s e os d ia g ra m a s d e
v e lo c id a d e s dos a lvos M e N (F igu r a 14.68), obt en do-se:
DMR (M) = 276° ; VMR (M) = 7.0 n ós
DMR (N) = 270° ; VMR (N) = 4.0 n ós
r u m o (M) = 284° ; velocida de (M) = 3.0 n ós
a lvo (N) est á pa r a do (velocida de zer o).
Assim , o m é to d o d o m o v im e n to re la tiv o per m it iu iden t ifica r a ba rc a -fa ro l com o
o con t a ct o N . Gu in a r em os, en t ã o, pa r a a pr oa r a o r efer ido sin a l. Com isso, n os a fa st a r em os
do a lvo M, cu jo P MA ser ia m u it o pr óxim o do n osso n a vio (ver n ova lin h a do m ovim en t o
r ela t ivo de M, qu e ocor r er ia a pós a n ossa gu in a da , n a F igu r a 14.68).
Mesm o sem con st r u ir o d ia g ra m a d e v e lo c id a d e s , poder ía m os con clu ir qu e o a lvo
N est á pa r a do, pois o seu m ovim en t o r ela t ivo t em o r u m o exa t a m en t e opost o a o r u m o do
n a vio e velocida de igu a l à qu e desen volvem os.
F ig u ra 14.69 - P ro ble m a n ° 7
S o lu ç ã o (F ig u ra 14.69):
a . o pr oblem a pode ser r esolvido a ssem elh a n do o m ovim en t o do a r a o m ovim en t o de u m
n a vio. O v e n to v e rd a d e iro cor r espon de a o m o v im e n to re a l (a bs o lu to ) do a r . O v e n to
a p a re n te (ou re la tiv o ) é o m ovim en t o do a r em r ela çã o a o n osso n a vio (qu e t a m bém se
m ove).
b. n o ca so do ven t o, ba st a t r a ça r o d ia g ra m a d e v e lo c id a d e s , ou d ia g ra m a v e to ria l,
pa r a obt er os elem en t os do v e n to v e rd a d e iro .
c. n est e exem plo, se o v e n t o a p a re n t e est á en t r a n do por 030° RE LATIVOS, ele est á
sopr a n do de 060°. Assim , selecion a n do a e s c a la d e v e lo c id a d e s 2:1, con st r u ím os o
d ia g ra m a d e v e lo c id a d e s . No ca so do ven t o, a ext r em ida de do vet or do ven t o a pa r en t e
é den om in a da de w (“WIND”). Obt em os, en t ã o, o vet or tw , qu e n os for n ece os elem en t os
do ven t o ver da deir o:
dir eçã o: 107° (de on de sopr a o ven t o)
velocida de: 10.3 n ós
Lem br a r qu e, n o ca so do ven t o, o elem en t o de dir eçã o in for m a do é sem pr e d e o n d e
s o p ra .
F ig u ra 14.70 - P ro ble m a n ° 8
S o lu ç ã o (F ig u ra 14.70):
a . se o n a vio est á n o r u m o 213° e o ven t o a pa r en t e est á en t r a n do a os 290° RE LATIVOS (70°
BB), ist o sign ifica qu e o ven t o a pa r en t e est á sopr a n do de 143°.
b. con st r ói-se, en t ã o, o d ia g ra m a d e v e lo c id a d e s , n a esca la 3:1, pa r a det er m in a r o vet or tw .
c. obt em os, en t ã o, os e le m e n to s d o v e n to v e rd a d e iro :
dir eçã o: 087° (de on de sopr a )
velocida de: 23 n ós (o va lor da velocida de do ven t o é sem pr e a r r en don da do, n a pr á t ica da
n a vega çã o, pa r a o in t eir o m a is pr óxim o).
S o lu ç ã o (F ig u ra 14.71:
a . a dir eçã o de on de sopr a o ven t o a pa r en t e é 165°; u sa n do a esca la 2:1, con st r ói-se o dia gr a m a
de velocida des, det er m in a -se o vet or tw e os elem en t os do ven t o r ea l:
dir eçã o = 125° (de on de sopr a )
velocida de = 9 n ós
b. pr olon ga -se a lin h a do vet or tw , pa r a in dica r a dir eçã o de on de o ven t o ver da deir o est á
sopr a n do (125°, n est e exem plo).
c. com o qu er em os o ven t o en t r a n do a os 340° RE LATIVOS (20° BB), sa bem os qu e o n osso
r u m o fica r á pa r a a dir eit a da dir eçã o de on de sopr a o ven t o ver da deir o. Assim , va m os
det er m in a r u m pon t o 20° à dir eit a da dir eçã o de on de sopr a o ven t o r ea l, sit u a do sobr e o
cír cu lo de 15 n ós, qu e é a velocida de do v e n to a p a re n te qu e deseja m os. E st e pon t o foi
den om in a do A n a F igu r a 14.71 (su a s coor den a da s pola r es sã o 145° / 15').
d. com cen t r o n o pon t o A, a ju st a -se n o com pa sso a a ber t u r a cor r espon den t e à velocida de do
ven t o r ea l (9 n ós) e t r a ça -se u m a r co in t er cept a n do a r a dia l cor r espon den t e à dir eçã o de
on de sopr a o ven t o r ea l (125°, n est e exem plo). Det er m in a -se, en t ã o, o pon t o B (F igu r a
14.71).
e. o segm en t o tB r epr esen t a a m a gn it u de da velocida de qu e o n a vio deve se desen volver
pa r a obt er o ven t o r ela t ivo deseja do. No ca so, 6.8 n ós.
f. o r u m o do n a vio é da do pela dir eçã o BA: R = 160°.
g. t r a n spor t a n do os va lor es a cim a pa r a o cen t r o da r osa , con st r ói-se o vet or tr’, con fir m a n do-
se, pelo vet or r’w , qu e o v e n to re la tiv o est a r á en t r a n do a os 340° RE LATIVOS (20° BB),
com 15 n ós, con for m e deseja do.
10.Seu n a vio est á n o r u m o 312°, velocida de de 14 n ós. Sã o obt ida s a s segu in t es posições
su cessiva s de u m m esm o con t a t o M:
F ig u ra 14.72 - P ro ble m a n ° 10
S o lu ç ã o (F ig u ra 14.72):
a . selecion a -se a esca la 2:1 pa r a dist â n cia s e velocida des; con st r ói-se o d ia g ra m a d a s
p o s iç õ e s re la tiv a s e ver ifica -se qu e o a lvo va i cor t a r a n ossa pr oa m u it o pr óxim o, o qu e
con figu r a u m a sit u a çã o de per igo. Det er m in a m -se:
DMR = 078°
VMR = 15 n ós (ver F igu r a 14.72).
b. con st r ói-se o d ia g ra m a d e v e lo c id a d e s e det er m in a m -se:
r u m o do a lvo = 019°
velocida de do a lvo = 13.4 n ós.
c. t r a ça -se, en t ã o, a pa r t ir do cen t r o da r osa , u m a cir cu n fer ên cia com r a io igu a l a 2.5 m ilh a s,
m edido n a esca la de dist â n cia s selecion a da (2:1).
d. a pa r t ir de M 2, t r a ça -se u m a t a n gen t e a essa cir cu n fer ên cia , qu e con st it u i a n ova d ire ç ã o
d o m o v im e n to re la tiv o (DMR).
e. com a n ova DMR, con st r u ir n ovo d ia g ra m a d e v e lo c id a d e s , sa ben do qu e o n osso n a vio
m a n t er á a velocida de de 14 n ós. Tr a ça -se do pon t o m u m a r et a pa r a lela e de sen t ido
con t r á r io à n ova DMR; n o pon t o em qu e est a r et a in t er cept a r a cir cu n fer ên cia de r a io
igu a l à velocida de do n osso n a vio (14 n ós), fica loca liza do o pon t o r ’. Det er m in a -se, en t ã o,
o n ovo r u m o do n a vio: 298°.
f. de u m pon t o ext er ior é sem pr e possível t r a ça r du a s t a n gen t es a u m a cir cu n fer ên cia .
Dest a for m a , se desejá ssem os n ã o pa ssa r a m en os de 2.5 m ilh a s, por ém cr u za n do a pr oa
do con t a ct o, t r a ça r ía m os a t a n gen t e a o set or opost o a o r u m o do ou t r o n a vio. Nest e ca so,
o n osso n a vio dever ia gu in a r pa r a o r u m o 345°, pa r a cr u za r a pr oa do con t a ct o a 2.5
m ilh a s, m a n t en do a velocida de de 14 n ós (ver r epr esen t a çã o em lin h a s t r a ceja da s n a
F igu r a 14.72).
g. pa r a qu e est e pr oblem a seja possível, é n ecessá r io, com o se con clu i fa cilm en t e da F igu r a
14.72, qu e a cir cu n fer ên cia da velocida de do n osso n a vio in t er cept e, n o d ia g ra m a d e
v e lo c id a d e s , a pa r a lela à n ova DMR, t r a ça da pelo pon t o m . H a ver á du a s solu ções, se
exist ir em dois pon t os de in t er seçã o.
h . a r esolu çã o desse pr oblem a t em gr a n de in t er esse qu a n do se pr et en de m a n obr a r pa r a
evit a r u m n a vio det ect a do pelo r a da r , especia lm en t e em con dições de m á visibilida de.
De fa t o, se, pela a n á lise da plot a gem r ela t iva , con clu ir -se qu e o n a vio va i pa ssa r
excessiva m en t e per t o, depois de se det er m in a r o seu r u m o e velocida de, a lt er a -se o r u m o
do n osso n a vio, pa r a pa ssa r a u m a dist â n cia con sider a da su ficien t e.
11.Um n a vio com u m a em er gên cia m édica a bor do est á se dir igin do pa r a o por t o m a is
pr óxim o, n o r u m o 020°, velocida de de 12 n ós. Seu n a vio, qu e possu i m édico a bor do,
decide in t er cept á -lo, com a velocida de de 14 n ós, pa r a pr est a r a u xílio. Às 2100 h or a s, o
ou t r o n a vio é m a r ca do a os 262°, n a dist â n cia de 15 m ilh a s. Det er m in a r o r u m o de
in t er cept a çã o e a h or a em qu e in t er cept a r em os o a lvo.
S o lu ç ã o (F ig u ra 14.73):
a . selecion a -se a esca la 2:1 pa r a dist â n cia s e velocida des; plot a -se a posiçã o do con t a ct o e
t r a ça -se a DMR deseja da , t r a zen do-o pa r a o cen t r o da r osa , fa zen do com qu e o con t a ct o
per m a n eça com m a r ca çã o con st a n t e e dist â n cia dim in u in do (com o n o ca so de r u m o de
colisã o com o n osso n a vio).
F ig u ra 14.73 - P ro ble m a n ° 11
Nessa s sit u a ções, a solu çã o gr á fica dos pr oblem a s de m ovim en t o r ela t ivo dir et a m en t e
n o plot a dor de r eflexã o in st a la do sobr e a t ela da r epet idor a é ba st a n t e con ven ien t e. E st e
m ét odo r á pido é den om in a do p lo ta g e m ra d a r e m te m p o re a l.
Qu a n do a t ela do r a da r m ost r a m ú lt iplos con t a ct os, a pr im eir a pr eocu pa çã o n a
a va lia çã o da sit u a çã o é ver ifica r a s m a rc a ç õ e s dos a lvos qu e se a p ro x im a m , pois, com o
sa bem os, exist e ri s c o d e c o li s ã o qu a n do o m ovim en t o r ela t ivo de u m a lvo a pr esen t a
m a rc a ç ã o c o n s ta n te e d is tâ n c ia d im in u in d o . P a r a det er m in a r se exist e r isco de colisã o
pela obser va çã o da t ela do r a da r , é essen cia l qu e se dispon h a de u m a a p re s e n t a ç ã o
e s ta biliza d a pela a gu lh a gir oscópica . Com u m a a pr esen t a çã o n ã o est a biliza da fica m u it o
difícil essa a va lia çã o (qu e t er ia qu e se ba sea r n a m a r ca çã o r ela t iva dos con t a ct os).
H a ven do n ecessida de de m a n obr a r , o pa sso segu in t e con sist e em decidir qu a l da s
qu a t r o m a n obr a s bá sica s pa r a evit a r colisã o (gu in a r BE , gu in a r BB, a u m en t a r a velocida de
e r ed u zir , ou p a r a r , a s m á qu in a s ), ou qu a l a com bin a çã o d ela s , ir á a u m en t a r m a is
efet iva m en t e a dist â n cia de pa ssa gem en t r e o n osso n a vio e o a lvo.
Na F igu r a 14.74, est á m ost r a da a t ela de u m r a da r on de for a m m a r ca da s com lá pis-
cer a a s posições de 5 a lvos (den om in a dos, r espect iva m en t e, A, B , C, D e E), n os m in u t os 00
e 06. Ta m bém for a m a ssin a la dos n a r epet idor a os m o v im e n to s re la tiv o s dos r efer idos
a lvos. Nosso n a vio est á n o r u m o 000°, velocida de 20 n ós. O r a da r oper a com a pr esen t a çã o
est a biliza da , n a esca la de 12 m ilh a s, com 2 m ilh a s en t r e os a n éis de dist â n cia .
F ig u ra 14.74 -
F ig u ra 14-75 -
A solu çã o é a segu in t e:
• com or igem n o cen t r o do P P I, t r a ça r (com lá pis-cer a ) os vet or es tr e tr 1 , cor r espon den t es,
r espect iva m en t e, a o r u m o e velocida de in icia l e a o n ovo r u m o e velocida de. A gr a n deza
de ca da vet or deve ser m edida n a esca la de dist â n cia da a pr esen t a çã o r a da r , sen do igu a l
à dist â n cia per cor r ida pelo n ovo n a vio du r a n t e o in t er va lo de t em po da plot a gem r ela t iva .
No pr esen t e ca so, o in t er va lo é de 6 m in u t os e a velocida de de 20 n ós. P or t a n t o, a gr a n deza
de a m bos os vet or es tr e tr 1 deve ser de 2 m ilh a s (1 a n el de dist â n cia ), con for m e m ost r a do
n a F igu r a ;
• con st r u ir , en t ã o, u m a lin h a t r a ceja da de r pa r a r 1 ;
• desloca r , em segu ida , a posiçã o in icia l dos con t a ct os A, B , e C (ist o é, a posiçã o de 1000
h or a s) n a m esm a dir eçã o e dist â n cia qu e a lin h a t r a ceja da rr 1 ; design e ca da u m a da s
posições obt ida s de r 1 ;
a n ova d ire ç ã o d o m o v im e n to re la tiv o de ca da con t a ct o ser á obt ida con ect a n do
a s posições desloca da s com a s posições fin a is dos con t a ct os (ist o é, a s posições de 1006).
Assim , ver ifica -se qu e, com a m u da n ça do r u m o pa r a 065°, o con t a ct o A, qu e est a va
em ru m o d e c o lis ã o , pa ssa r á sa fo do n osso n a vio, a ssim com o os con t a ct os B e C.
Os exer cícios qu e se segu em dest in a m -se a t est a r e a pr im or a r a pr á t ica de plot a gem
r a da r em t em po r ea l.
Ex e rc íc io s
1. Na sit u a çã o ilu st r a da n a F igu r a 14.76, seu n a vio est á n o r u m o 000°, velocida de de 20
n ós. O r a da r , com a pr esen t a çã o est a biliza da pela a gu lh a gir oscópica , est á n a esca la de
12 m ilh a s, com 2 m ilh a s en t r e os a n éis de dist â n cia . A F igu r a m ost r a a posiçã o de 5
a lvos (A, B , C, D e E), n os m in u t os 00 e 06.
F ig u ra 14.76 - Ex e rc íc io n ° 1
RUMO 000°
Qu est ões:
1. Qu a l o a lvo qu e est á em ru m o d e c o lis ã o com o seu n a vio?
(A) (B) (C) D) (E )
2. Qu a l o a lvo qu e com eça r ia a a u m en t a r dist â n cia se o seu n a vio gu in a sse pa r a bom bor do?
(A) (B) (C) (D) (E )
3. Qu a l o a lvo cu ja DMR (dir eçã o do m ovim en t o r ela t ivo) m u da r á 30° pa r a a dir eit a , se o
seu n a vio gu in a r 30° pa r a bor est e?
(A) (B) (C) (D) (E )
4. Qu a l o a lvo cu ja DMR (dir eçã o do m ovim en t o r ela t ivo) gir a r ia pa r a a esqu er da se o seu
n a vio gu in a sse pa r a bor est e?
(A) (B) (C) (D) (E ) (Nen h u m )
5. Qu a l o a lvo qu e t er ia u m a DMR (dir eçã o do m ovim en t o r ela t ivo) de 285° se o seu n a vio
gu in a r 30° pa r a BE (pa r a o r u m o 030°)?
(A) (B) (C) (D) (E )
6. Qu a is os a lvos qu e m u da r ã o m a is seu s DMR e P MA se o seu n a vio r edu zir a velocida de
pa r a 10 n ós?
(A) e (E ) (C) e (E ) (B) e (D) (A) e (C)
7. Qu e a lvo pa ssa r á m a is pr óxim o do seu n a vio se est e gu in a r BE pa r a 050° n o m in u t o 06?
(A) (B) (C) (D) (E )
8. Qu a l o a lvo qu e t em a m en or v e lo c id a d e v e rd a d e ira , poden do, a t é m esm o, est a r pa r a do?
(A) (B) (C) (D) (E )
9. Se o seu n a vio gu in a r BB pa r a 315° n o m in u t o 06, t odos os a lvos t er ã o u m P MA de pelo
m en os 1 m ilh a ?
(SIM) (NÃO)
10. Um a gu in a da pa r a BE , pa r a o r u m o 045°, n o m in u t o 06, ir ia fa zer com qu e t odos
os a lvos t ivessem u m P MA de pelo m en os 2 m ilh a s?
(SIM) (NÃO)
Respost a s: 1–(A); 2–(C); 3–(E ); 4–(NE NH UM); 5–(C); 6– (B) e (D); 7–(C); 8–(E ); 9–(SIM);
10–(NÃO).
F ig u ra 14.77 - Ex e rc íc io 2
RUMO 000°
3. Na sit u a çã o ilu st r a da n a F igu r a 14.78, seu n a vio est á n o r u m o 000°, velocida de 20 n ós.
O r a da r , com a pr esen t a çã o est a biliza da , est á n a esca la de 12 m ilh a s, com 2 m ilh a s en t r e
a n éis de dist â n cia . A F igu r a m ost r a a s posições de 7 a lvos (A, B , C, D , E, F e G) n os
m in u t os 00 e 06.
F ig u ra 14-78 - Ex e rc íc io 3
Qu est ões:
1. Qu a l o a lvo qu e t em a m en or v e lo c id a d e v e rd a d e ira ?
(A) (B) (C) (D) (E ) (F ) (G)
2. Qu a l o a lvo qu e est á em r u m o de colisã o com o n osso n a vio?
(A) (B) (C) (D) (E ) (F ) (G)
3. Qu a l o a lvo qu e est á n o m esm o r u m o e velocida de qu e o n osso n a vio?
(A) (B) (C) (D) (E ) (F ) (G)
4. A qu e dist â n cia o a lvo G cor t a r á n ossa pr oa ?
(2') (1') (3') (4')
5. Qu a l o a lvo qu e se pode a fir m a r , logo à pr im eir a vist a , qu e est á com velocida de su per ior
à do n osso n a vio?
(A) (B) (C) (D) (E ) (F ) (G)
6. Qu a l a DMR e a VMR do a lvo C?
100°/20 n ós 280°/20 n ós 100°/10 n ós 280°/10 n ós
7. Qu e a lvo poder ia ser u m a bóia ?
(A) (B) (C) (D) (E ) (F ) (G)
8. Se o a lvo E a u m en t a r a velocida de, su a DMR ser á de:
090° 270° 180° 000°
9. Qu a l a dist â n cia do P MA do a lvo B ?
(2') (1') (3') (4')
10.Se o a lvo A r edu zir su a velocida de pa r a 10 n ós n o m in u t o 06, ele ir á :
REGU LAMEN TO
15 IN TERN ACION AL
P ARA EVITAR
AB ALROAMEN TOS
N O MAR
15.1 INTRODUÇÃO
E st e Ca pít u lo dest in a -se a or ien t a r o est u do do Regu la m en t o In t er n a cion a l pa r a E vi-
t a r Aba lr oa m en t os n o Ma r (RIP EAM – 72), in cor por a n do a s em en da s de 1981, con st it u in do-
se em uma espécie de “tra duçã o”, pa ra uma lingua gem ma is a cessível, da s regra s esta belecida s
n o Regu la m en t o. E m bor a t odo o RIP EAM seja discu t ido n est e Ca pít u lo, o n a vega n t e dever á ,
t a m bém , est u da r o t ext o com plet o da s r egr a s, con st a n t e da pu blica çã o R e g u la m e n t o
In te rn a c io n a l p a ra Ev ita r Aba lro a m e n to s n o Ma r , edit a da pela Dir et or ia de P or t os e
Cost a s do Min ist ér io da Ma r in h a .
15.1.
F ig u ra 15.1 - S e to re s d e v is ibilid a d e d a s lu ze s p a d rõ e s d e n a v e g a ç ã o
B - LUZES BRANCAS
E - LUZ ENCARNADA
V - LUZ VERDE
• u m a lu z d e a lc a n ç a d o
F ig u ra 15.2 -
F ig u ra 15.4 - Em ba rc a ç ã o d e p ro p u ls ã o m e c â n ic a , m e n o r d o qu e 50 m e tro s , e m m o v im e n to
F ig u ra 15.5 (a ) - Vis ta d e to p o e d e bo m bo rd o d e u m a e m ba rc a ç ã o d e p ro p u ls ã o m e c â n ic a
m e n o r d o qu e 50 m e tro s , e m m o v im e n to
3. OBSERVAÇÕES
• E m em ba r ca ções de com pr im en t o in fer ior a 20 m et r os, a s lu ze s d e bo rd o s podem ser
com bin a da s em u m a ú n ica la n t er n a in st a la da sobr e a lin h a de cen t r o da em ba r ca çã o.
S OB VELA E MÁQU IN A
Um a em ba r ca çã o n a vega n do a vela , qu a n do t a m bém oper a pr opu lsã o m ecâ n ica , deve
exibir a va n t e, on de possa ser m elh or vist a , du r a n t e o per íodo diu r n o, u m a m a r ca em for m a de
con e, de cor pr et a , com o vér t ice pa r a ba ixo, com o m ost r a do n a F igu r a 15.7.
À n oit e, ou em con diçã o de visibilida de r est r it a , u m a em ba r ca çã o n a vega n do sob vela e
m á qu in a deve exibir a s lu ze s p a d rõ e s d e n a v e g a ç ã o pa r a e m ba rc a ç õ e s d e p ro p u ls ã o
m e c â n ic a e m m o v im e n to .
F ig u ra 15.9 - Em ba rc a ç ã o re bo c a d a
• lu z d e a lc a n ç a d o
As lu zes a cim a cit a da s sã o m ost r a da s n a s F igu r a s 15.8 e 15.9.
Se o com pr im en t o do r eboca dor for igu a l ou m a ior qu e 50 m et r os, u m a lu z d e m a s tro
a dicion a l deve ser exibida , a r é e m a is a lt a qu e a s du a s lu zes a n t er ior m en t e m en cion a da s,
con for m e m ost r a do n a F igu r a 15.10.
F ig u ra 15.14 -
• lu ze s d e bo rd o s
• lu z d e a lc a n ç a d o
F ig u ra 15.17 (a ) - Em ba rc a ç ã o e n g a ja d a e m
p e s c a q u e n ã o s e ja d e a r r a s t o , s e m F ig u ra 15.17 (b) - Em ba rc a ç ã o e n g a ja d a e m
s e g u im e n to p e s c a qu e n ã o s e ja a rra s to , c o m s e g u im e n to
F ig u ra 15.17 (a ) - Em ba rc a ç ã o e n g a ja d a e m
p e s c a q u e n ã o s e ja d e a r r a s t o , s e m F ig u ra 15.17 (b) - Em ba rc a ç ã o e n g a ja d a e m
s e g u im e n to p e s c a qu e n ã o s e ja a rra s to , c o m s e g u im e n to
(A) (B)
1. EMBARCAÇÃO ENGAJADA NA PESCA QUE NÃO SEJA DE ARRASTO, SEM SEGUIMENTO OU
FUNDEADA (NÃO EXIBE LUZES DE BORDO E LUZ DE ANCANÇADO)
2. EMBARCAÇÃO DE COMPRIMENTO INFERIOR A 20 METROS, ENGAJADA NA PESCA,
DURANTE O DIA (EXIBE UM CESTO IÇADO NO MASTRO)
F ig u ra 15.20 - Em ba rc a ç ã o e n g a ja d a n a p e s c a , c o m o a p a re lh o s e e s te n d e n d o a m a is d e 150
m e tro s , m e d id o s h o rizo n ta lm e n te a p a rtir d a e m ba rc a ç ã o , e x ibe a m a rc a p a d rã o p a ra
e m ba rc a ç ã o e n g a ja d a n a p e s c a e u m c o n e c o m o v é rtic e p a ra c im a , n a d ire ç ã o d o a p a re lh o
• qua ndo o equipa mento de pesca se estender a ma is de 150 metros, medidos horizonta lmente
a pa r t ir da em ba r ca çã o, exibir á a in da u m a lu z c irc u la r bra n c a , n a dir eçã o do a pa r elh o.
F ig u ra 15.18 - Em ba rc a ç ã o e n g a ja d a n a p e s c a (m a rc a d iu rn a )
U m a e m ba rc a ç ã o e n g a ja d a n a p e s c a c o m re d e s , lin h a s o u re d e s d e a rra s to
exibir á d u ra n te o d ia u m a m a rc a com post a por d o is c o n e s p re to s u n id o s p o r s e u s
v é rtic e s , dispost os n a ver t ica l. Um a em ba r ca çã o de com pr im en t o in fer ior a 20 m et r os poder á ,
em lu ga r dessa m a r ca , exibir u m c e s to iç a d o n o m a s tro (F igu r a s 15.18 e 15.19).
F ig u ra 15.19
Qu a n d o o equ ip a m en t o d e p es ca s e es t en d er a m a is d e 150 m et r os , m ed id os
h or izon t a lm en t e a pa r t ir da em ba r ca çã o, a em ba r ca çã o exibir á , du r a n t e o per íodo diu r n o, u m
con e com o vér t ice pa r a cim a , n a dir eçã o do a pa r elh o, a lém da m a r ca diu r n a de iden t ifica çã o
de em ba r ca çã o en ga ja da em pesca , com o n a F igu r a 15.20.
F i g u r a 1 5 .2 1 (a ) - E m b a r c a ç ã o c o m F ig u ra 15.21 (b) - Em ba rc a ç ã o c o m c a p a c id a d e
c a p a c id a d e d e m a n o bra re s trita , s e m d e m a n o bra re s trita , d e c o m p rim e n to m e n o r
s e g u im e n to qu e 50 m e tro s , c o m s e g u im e n to
U m a e m b a r ca çã o e n ga ja d a e m
op e r a çõe s d e r e m oçã o d e m i n a s é
con sider a da em ba r ca çã o com ca pa cida de
de m a n obr a r est r it a pa r a os pr opósit os de
re g ra s d e m a n o bra, por ém exibe lu zes e
marcas diferentes das outras categorias de
em ba r ca ções com ca pa cida de de m a n obr a r est r it a , con for m e a dia n t e m ost r a do.
disposit ivo, deve, a lém da s lu zes pr escr it a s pa r a r eboqu e, exibir a s lu zes de iden t ifica çã o de
em ba r ca çã o com ca pa cida de de m a n obr a r est r it a (lu zes cir cu la r es en ca r n a da - br a n ca –
en ca r n a da ), lu zes de bor dos e lu z de a lca n ça do (F igu r a 15.22).
Qu a n do u m a em ba r ca çã o est á dr a ga n do ou en ga ja da em oper a ções su bm a r in a s e
a pr esen t a u m a obst r u çã o, ela deve exibir a s segu in t es lu zes, a lém da s lu ze s de ide n tificação
F ig u ra 15.26 - Em ba rc a ç ã o m iú d a e n g a ja d a e m o p e ra ç õ e s c o m m e rg u lh a d o re s
d e e m b a rc a ç ã o c o m c a p a c i d a d e d e
m a n o b r a r e s t r i t a (lu ze s cir cu la r e s
en ca r n a da – br a n ca – en ca r n a da ):
• d u a s lu ze s c irc u la re s e n c a rn a d a s
em lin h a ver t ica l n o bor do n o qu a l exis-
t e a obst r u çã o (t a is com o ca n a liza ções
de dr a ga gem ).
• d u a s lu ze s c irc u la re s v e rd e s em li-
n h a ver t ica l n o bor do livr e pa r a n a ve-
ga çã o (F igu r a 15.23).
Ma rc a d iu rn a p a ra e m ba rc a ç õ e s c o m c a p a c id a d e d e m a n o bra re s trita : du r a n -
t e o pe ríodo diu rn o , u m a e m barcação com capacidade de m an obra re strita deve exibir,
on de m elh or possa ser vist a , u m a m a r ca con st it u ída por u m a esfer a , u m a figu r a con st it u ída
por dois con es u n idos pela s ba ses e u m a esfer a , dispost a s em lin h a ver t ica l, t oda s de cor
pr et a . O r efer ido sin a l é m ost r a do n a F igu r a 15.24.
Ca so a em ba r ca çã o com ca pa cida de de m a n obr a r est r it a a pr esen t e u m a obst r u çã o n u m
dos bor dos, os sin a is m ost r a dos n a F igu r a 15.25 dever ã o ser exibidos du r a n t e o dia (pa r a
m elh or com pr een sã o sã o t a m bém a pr esen t a da s a s lu zes cor r espon den t es).
F ig u ra 15.25 -
disposit ivo, deve, a lém da s lu zes pr escr it a s pa r a r eboqu e, exibir a s lu zes de iden t ifica çã o de
em ba r ca çã o com ca pa cida de de m a n obr a r est r it a (lu zes cir cu la r es en ca r n a da - br a n ca –
en ca r n a da ), lu zes de bor dos e lu z de a lca n ça do (F igu r a 15.22).
Qu a n do u m a em ba r ca çã o est á dr a ga n do ou en ga ja da em oper a ções su bm a r in a s e
a pr esen t a u m a obst r u çã o, ela deve exibir a s segu in t es lu zes, a lém da s lu ze s de ide n tificação
F ig u ra 15.26 - Em ba rc a ç ã o m iú d a e n g a ja d a e m o p e ra ç õ e s c o m m e rg u lh a d o re s
d e e m b a rc a ç ã o c o m c a p a c i d a d e d e
m a n o b r a r e s t r i t a (lu ze s cir cu la r e s
en ca r n a da – br a n ca – en ca r n a da ):
• d u a s lu ze s c irc u la re s e n c a rn a d a s
em lin h a ver t ica l n o bor do n o qu a l exis-
t e a obst r u çã o (t a is com o ca n a liza ções
de dr a ga gem ).
• d u a s lu ze s c irc u la re s v e rd e s em li-
n h a ver t ica l n o bor do livr e pa r a n a ve-
ga çã o (F igu r a 15.23).
Ma rc a d iu rn a p a ra e m ba rc a ç õ e s c o m c a p a c id a d e d e m a n o bra re s trita : du r a n -
t e o pe ríodo diu rn o , u m a e m barcação com capacidade de m an obra re strita deve exibir,
on de m elh or possa ser vist a , u m a m a r ca con st it u ída por u m a esfer a , u m a figu r a con st it u ída
por dois con es u n idos pela s ba ses e u m a esfer a , dispost a s em lin h a ver t ica l, t oda s de cor
pr et a . O r efer ido sin a l é m ost r a do n a F igu r a 15.24.
Ca so a em ba r ca çã o com ca pa cida de de m a n obr a r est r it a a pr esen t e u m a obst r u çã o n u m
dos bor dos, os sin a is m ost r a dos n a F igu r a 15.25 dever ã o ser exibidos du r a n t e o dia (pa r a
m elh or com pr een sã o sã o t a m bém a pr esen t a da s a s lu zes cor r espon den t es).
F ig u ra 15.25 -
F ig u ra 15-27 - Em ba rc a ç ã o re s trita d e v id o a o s e u c a la d o
F i g u ra 15-28 - E m b a rc a ç ã o fu n d e a d a , d e F ig u ra 15-29 - Em ba rc a ç ã o fu n d e a d a , d e
c o m p rim e n to ig u a l o u s u p e rio r a 50 m e tro s c o m p rim e n to in fe rio r a 50 m e tro s
F ig u ra 15.30 (a ) - Em ba rc a ç ã o s e m g o v e rn o , s e m s e g u im e n to
F ig u ra 15.30 (b) - Em ba rc a ç ã o s e m g o v e rn o , c o m s e g u im e n to
F ig u ra 15.31 (a ) - N a v io e n c a lh a d o (m a io r qu e 50 m e tro s )
As Figuras 15.31(a) e 15.31(b) ilustram as luzes e marcas exibidas por uma e m barcação
e n c a lh a d a .
MINAS
Um a e m ba rc a ç ã o e n g a ja d a e m o p e ra ç õ e s d e v a rre d u ra ou c a ç a d e m in a s deve,
a lém da s lu zes pr escr it a s pa r a em ba r ca çã o de pr opu lsã o m ecâ n ica em m ovim en t o, (ou a s
lu zes ou m a r ca s pr escr it a s pa r a u m a em ba r ca çã o fu n dea da ), exibir trê s lu ze s c irc u la re s
v e rd e s . Um a dessa s lu zes dever á ser exibida pr óxim a a o t ope do m a st r o de va n t e e a s du a s
r est a n t es, u m a em ca da la is da ver ga do m esm o m a st r o. E st a s lu zes in dica m qu e é per igoso
pa r a ou t r a em ba r ca çã o a pr oxim a r -se a m en os de 1000 m et r os do va r r edor .