Você está na página 1de 78

ESCOLA NÁUTICA LAIS DE GUIA

Desportista Náutico

Programa de ensino para o exame de Arrais Amador e


Motonauta

Contato:
www.escolanauticalaisdeguia.com
31-99838-1003
Sumário

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 4

2 R-LESTA .........................................................................................................5

3 NORMAM-03/DPC ...........................................................................................8

4 EMBARCAÇÃO ..............................................................................................15

5 SISTEMAS DE PROPULSÃO E GOVERNO ..................................................19

6 RIPEAM ..........................................................................................................21

7 BALIZAMENTO ..............................................................................................32

8 MANOBRAS ...................................................................................................42

9 COMBATE A INCÊNDIO ................................................................................48

10 EQUIPAMENTOS DE SALVATAGEM E SEGURANÇA ................................51

11 NOÇÕES DE COMUNICAÇÃO NA NAVEG. INTERIOR................................52

12 AVISO DE SAÍDA ...........................................................................................54

13 PRIMEIROS SOCORROS ..............................................................................54

14 SOBREVIVÊNCIA NO MAR ...........................................................................60

15 HOMEM AO MAR ...........................................................................................61

16 PROCEDIMENTO PRÉ E PÓS-USO DA EMBARCAÇÃO .............................64

17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................78


1. INTRODUÇÃO

Com a mudança do cenário no seguimento de embarcações nos


últimos anos, houve um aumento significativo de detentores de
licenças para amadores, onde elaboramos esse material de
estudo no intuito de dar ao desportista náutico que queiram tirar
sua habilitação, os ensinamentos necessários para poderem com
segurança pilotar uma embarcação esporte e recreio.

4
2. R-LESTA

Em 11 de dezembro de 1997 foi promulgada a lei N- 9537 que


dispõe sobre a Segurança do Tráfego Aquaviário em águas sob
jurisdição nacional e dá outras providências. Pelo decreto No. 2596
de 18 de maio de 1998 a LESTA foi regulamentada pelo
REGULAMENTO DE SEGURANÇA DO TRÁFEGO AQUAVIÁRIO
EM ÁGUAS SOB JURISDIÇÃO NACIONAL, revogando a partir de 9
de junho de 1998 o RTM ( Regulamento de Tráfego Marítimo).
Este novo regulamento passou a ser conhecido como R-LESTA.
Os aquaviário sao divididos em:
Do Pessoal
1º grupo- Marítimo: Tripulantes que operam embarcações
classificadas para navegação em mar aberto, apoio portuário e para
a navegação interior nos canais, lagoas, baías, angras, enseadas,
ensacadas e áreas marítimas consideradas abrigadas;
2º grupo - Fluviários: Tripulantes que operam embarcações
classificadas para navegação interior nos lagos, rios e de apoio
portuário fluvial;
3º grupo- Pescadores: Tripulantes que exercem atividades a bordo
de embarcações de pesca.
4º grupo- Mergulhadores: Tripulantes ou profissionais não
tripulantes com habilitação certificada pela Autoridade Marítima
para exercer atribuições diretamente ligada à operação da
embarcação e prestar serviços eventuais a bordo ligados às
atividades sub-aquáticas;
5º grupo- Práticos: Aquaviários não tripulantes que prestam
serviços de praticagem embarcado.
6º grupo- Agentes de manobra e docagem : Aquaviários não
tripulantes que manobram navios nas fainas de diques, estaleiro e
carreiras.

DA NAVEGAÇÃO E EMBARCAÇÕES

A navegação, para efeito deste Regulamento, é classificada como:


5
I – mar aberto: a realizada em águas marítimas consideradas
desabrigadas, podendo ser de:
a) Longo curso: a realizada entre portos brasileiros e estrangeiros;
b) Cabotagem: a realizada entre portos ou pontos do território
brasileiro, utilizando a via marítima ou esta e as vias navegáveis
interiores;
c) Apoio marítimo: a realizada para apoio logístico a embarcações
e instalações em águas territoriais nacionais e na Zona Econômica
Exclusiva, que atuem nas atividades de pesquisa e lavra de
minerais e hidrocarbonetos;

II – interior: a realizada em hidrovias interiores, assim considerados


rios, lagos, canais, lagoas, baías, angras, enseadas e áreas
marítimas consideradas abrigadas.

A navegação realizada exclusivamente nos portos e terminais


aquaviários para atendimento de embarcações e instalações
portuárias é classificada como de apoio portuário.

Resumindo

Navegação de:
 Mar aberto- longo curso
cabotagem
apoio marítimo
 Interior – águas interiores em geral
 apoio portuário – portos e terminais aquaviários
Das Infrações e Penalidades
INFRAÇÕES RELATIVAS À HABILITAÇÃO NÁUTICA PENALIDADE

Conduzir embarcação ou, contratar tripulante sem Multa do grupo E


habilitação para operá-la
Não possuir a documentação relativa à habilitação ou ao Multa do grupo D
controle de saúde

Não portar a documentação relativa à habilitação ou ao Multa do grupo B ou suspensão do


controle de saúde. Certificado de Habilitação até 60 dias

6
Portar a documentação relativa à habilitação vencida, ou Multa do grupo A ou suspensão do
ao controle de saúde desatualizados Certificado de Habilitação até 30 dias

INFRAÇÕES RELATIVAS AO REGISTRO E INSCRIÇÃO PENALIDADE


DAS EMBARCAÇÕES.
Deixar de inscrever ou registrar a embarcação Multa do grupo D

Não portar documento de registro ou de inscrição da Multa do grupo C ou suspensão do


embarcação. Certificado de Habilitação até 30 dias

INFRAÇÕES RELATIVAS À IDENTIFICAÇÃO VISUAL DA PENALIDADE


EMBARCAÇÃO E DEMAIS MARCAÇÕES NO CASCO
Deixar de marcar no casco o nome da embarcação e o Multa do grupo C ou suspensão do
porto de inscrição Certificado de Habilitação até 30 dias

Deixar de efetuar outras marcações previstas Multa do grupo A ou suspensão do


Certificado de Habilitação até 30 dias
INFRAÇÃO RELATIVA ÀS CARACTERÍSTICAS DA PENALIDADE
EMBARCAÇÃO
Efetuar alterações ou modificações nas características Multa do grupo E
da embarcação em desacordo com as normas.
INFRAÇÕES ÀS NORMAS DE TRÁFEGO PENALIDADE

Conduzir embarcação em estado de embriaguez ou após Suspensão do Certificado de


uso de substância entorpecente ou tóxica, quando não Habilitação até 120 dias. A
constituir crime previsto em Lei. reincidência sujeitará o infrator a
pena de cancelamento de
Habilitação.
Trafegar em área reservada a banhistas ou exclusiva Multa do grupo D ou suspensão do
para determinado tipo de embarcação Certificado de Habilitação até 60 dias.

Descumprir regra do Regulamento Internacional para Multa do grupo D ou suspensão do


Evitar Abalroamento no Mar (RIPEAM). Certificado de Habilitação até 60 dias

Causar danos a sinais náuticos Multa do grupo D

Trafegar com velocidade superior à permitida Multa do grupo C ou suspensão do


Certificado de Habilitação até 30 dias

Deixar o comandante de comunicar a autoridade Multa do grupo G ou suspensão do


marítima acidentes e fatos da navegação ocorrida com Certificado de Habilitação até 12
sua embarcação. meses.

7
GRUPOS E VALORES DAS MULTAS

GRUPO VALOR

A DE R$ 40,00 A R$ 200,00

B DE R$ 40,00 A R$ 400,00

C DE R$ 40,00 A R$ 800,00

D DE R$ 40,00 A R$ 1.600,00

E DE R$ 40,00 A R$ 2.200,00

F DE R$ 80,00 A R$ 2.800,00

G DE R$ 80,00 A R$ 3.200,00

3. Normam-03/DPC
A NORMAM-03, portanto, é a Norma da Autoridade Marítima Brasileira para
Amadores, Embarcações de Esporte e Recreio e cadastramento e
funcionamento das marinas, clubes e entidades desportivas náuticas e
estabelece a Lei no 9.537, de 11 de dezembro de 1997, que dispõe sobre a
segurança do tráfego aquaviário - LESTA, e do Decreto no 2.596 de 18 de
maio de 1998 – RLESTA da qual é regulamentada.
A NORMAM-03 é uma norma complementar da LESTA e da RLESTA e todas
estas normas legais têm, via de regra, três objetivos principais:

1. Segurança da navegação;

2. Salvaguarda da vida humana no mar e

3. Prevenção contra a poluição do meio ambiente marinho por tais


embarcações.

8
Propósito

Estabelecer normas sobre embarcações de esporte, recreio, lazer e atividades


correlatadas, visando prevenir a ocorrência de acidentes de navegação,
contribuindo desta forma para evitar riscos à vida humana e a poluição
ambiental.
Classificação das embarcações

A NORMAM-03 classifica a navegação de esporte e/ou recreio como:

I - Mar Aberto – navegação realizada em águas consideradas desabrigadas.


Subdivide-se em:
a) Costeira: navegação realizada entre portos nacionais e estrangeiros dentro
dos limites de visibilidade da costa, não excedendo a 20 milhas náuticas.
b) Oceânica: navegação marítima realizada fora dos limites de visibilidade da
costa e sem outros limites estabelecidos, ou seja, sem restrições (SR), também
realizada entre portos nacionais e estrangeiros.
II – Interior - é a navegação realizada em águas abrigadas (área1) ou
parcialmente abrigadas (área 2) ao longo dos rios, baias, enseadas, angras e
canais.

Habilitação

As exigências de nível de habilitação para conduzir as embarcações de esporte


e recreio são:

Veleiro: pode conduzir pequenas embarcações a vela (sem motor), nos limites
da navegação interior.
Motonauta: pode conduzir somente moto aquática nos limites da navegação
interior.
Arrais-Amador: pode conduzir embarcações nos limites da navegação interior,
com exceção da moto aquática.
Mestre-Amador: pode conduzir embarcações entre portos nacionais e
estrangeiros nos limites da navegação costeira, exceto moto aquática.
Capitão-Amador – pode conduzir embarcações entre portos nacionais e
estrangeiros, em qualquer área, ou seja, sem limitações geográficas, exceto
moto aquática.

Áreas seletivas para a navegação

a) As embarcações, equipamentos e atividades que interfiram na navegação,


trafegando ou exercendo suas atividades nas proximidades de praias do litoral
e dos lagos, lagoas e rios, deverão respeitar os limites impostos para a
navegação, de modo a resguardar a integridade física dos banhistas;
b) Considerando como linha base, a linha de arrebentação das ondas ou, no
caso de lagos e lagoas onde se inicia o espelho d´´agua, são estabelecidos os
seguintes limites, em áreas com frequência de banhistas:

9
1) Embarcações de propulsão a remo ou a vela, a partir de 100 metros da linha
base.
2) Embarcações de propulsão a motor, reboque de esqui aquático, paraquedas
e painéis de publicidade, a partir de 200 metros da linha base.
3) Embarcações poderão se aproximar da linha base para fundear, caso não
haja nenhum dispositivo contrário estabelecido pela autoridade competente.
Porém, toda aproximação deverá ser feita perpendicular à linha base e com
velocidade não superior a 3 nós, preservando a segurança dos banhistas.

Áreas de segurança:

São consideradas áreas de segurança (nestas áreas não são permitidos


tráfego e fundeio):
a) a menos de 200 metros das instalações militares;
b) áreas próximas às usinas hidrelétricas, termoelétricas e nucleoelétricas (os
limites serão fixados e divulgados pelas concessionárias responsáveis pela
área);
c) fundeadouros de navios mercantes;
d) canais de acesso aos portos;
e) proximidades das instalações do porto;
f) a menos de 500 metros das plataformas de petróleo;
g) áreas especiais nos prazos determinados em Avisos aos Navegantes;
h) nas áreas adjacentes às praias, reservadas para os banhistas, conforme
estabelecido no item anterior.

Definições

Amador - Todo aquele com habilitação certificada pela Autoridade Marítima


para operar embarcações de esportes e recreio, em caráter não-profissional.
Comandante - É a designação genérica de quem comanda a embarcação. É o
responsável por tudo o que diz respeito à embarcação, seus tripulantes e
demais pessoas a bordo.

Embarcações Miúdas - São embarcações menores ou iguais a cinco (5)


metros de comprimento, que disponham de propulsão mecânica até 50 hp ou
embarcações com até 8 metros de comprimento com motorização de até 50 hp
e que apresente as seguintes características: convés aberto ou fechado, sem
cabine habitável e sem propulsão mecânica fixa.

Embarcação de Médio Porte: são consideradas de médio porte aquelas com


comprimento inferior a 24 metros, exceto as miúdas.

Embarcação de Grande Porte (Iate): são consideradas de grande porte (ou


iate), aquelas com comprimento igual ou superior a 24 metros ,e com AB >
100.

Inscrição da Embarcação - Inscrição de uma embarcação é o seu


cadastramento na Capitania, Delegacia ou Agência, com a atribuição do

10
número de inscrição e a expedição do respectivo Título de Inscrição de
Embarcação (TIE).

Proprietário - É a pessoa física ou jurídica em nome de quem a embarcação


está inscrita numa Capitania, Delegacia ou Agência e, quando legalmente
exigido, cadastrada no registro das Propriedades Marítima, no Tribunal
Marítimo.

Registro - Registro da embarcação é o seu cadastramento no tribunal


Marítimo, com a atribuição do número de registro e a competente expedição da
Provisão de Registro da Propriedade Marítima (PRPM).

Tripulante - Todo amador ou profissional que exerce funções, embarcado, na


operação da embarcação.
A autoridade marítima poderá suspender ou apreender a habilitação do
Amador, pelo prazo máximo de até 120 dias, sem prejuízo de outras
penalidades previstas.

Estabelecimento de Treinamento Náutico(Escola Náutica)


É uma empresa que ministra treinamentos práticos para a qualificação de
amadores na condução, exclusivamente, de embarcações de esporte e/ou
recreio.

Apreensão da Embarcação

As embarcações serão apreendidas, sem prejuízo das penalidades previstas,


quando flagradas nas seguintes situações:

a) navegando em área para a qual não foi classificada;


b) conduzida por pessoal sem habilitação;
c) trafegando sem o TIE;
d) sendo utilizada para a prática de crime;
e) trafegando sem luzes e marcas previstas nas normas em vigor;
f) trafegando em péssimo estado de conservação;
g) quando deixar de atender determinação para interromper a singradura;
h) em caso de violação de lacre da Capitania, Delegacia ou Agência;
i) quando sendo classificada como de esporte e recreio estiver sendo utilizada
comercialmente para o transporte de passageiros ou carga ou turismo e
diversão;
j) quando descumprindo as restrições estabelecidas para as áreas seletivas
para a navegação;
l) trafegando em área de segurança e m) quando estiver sendo conduzida por
pessoal em estado de embriaguez ou sob efeito de substância tóxica de
qualquer natureza.

Apreensão da Carteira de Habilitação

O amador terá sua carteira de habilitação apreendida, sem prejuízo das


penalidades previstas, quando:
 entregar a condução da embarcação à pessoa não habilitada;

11
 conduzir a embarcação em estado de embriaguez ou sob efeito de
substância tóxica de qualquer natureza;
 utilizar comercialmente a embarcação de esporte e recreio para
transporte de passageiro ou carga;
 e utilizar a embarcação para a prática de crime.

Uso da Bandeira Nacional

Toda embarcação de esporte e recreio, exceção feita às embarcações miúdas


deverá ainda observar as regras do Cerimonial Marítimo em relação ao uso da
Bandeira Nacional. Entre tais regras ressaltamos as seguintes:

- só usar na Popa a Bandeira Nacional,


- a bandeira Nacional será usada obrigatoriamente: na entrada e saída dos
portos; quando trafegando à vista de outra embarcação, de povoação ou farol
com guarnição; em porto nacional das 08:00 horas ao pôr-do-sol e, em porto
estrangeiro, acompanhando o cerimonial do respectivo país;
- o cumprimento entre embarcações é feito içando e arriando a Bandeira
Nacional.
Interrupção da Singradura, Retirada de Tráfego ou Impedimento de Saída
de Embarcação.

Algumas situações são previstas como no uso irregular da embarcação, onde


terão sua saída impedida ou será retirada de tráfego pelo tempo necessário para
sanar as irregularidades, sem prejuízo das penalidades previstas, quando for
flagrada:

quando seu condutor tiver sua carteira de habilitação apreendida e não existir
pessoa a bordo habilitada para conduzir a embarcação;
 com excesso de lotação;
 condutor sem habilitação específica para a área em que está navegando;
 falta de coletes salva-vidas suficientes para todos a bordo no momento da
inspeção;
 sem equipamento para produção dos sinais sonoros previstos no RIPEAM;
 poluindo o ambiente, seja com óleo, combustível ou detritos lançados à
água;
 sem aparelho de fundeio;

Nas situações descritas poderá haver o enquadramento, que levará em conta o


tipo de embarcação, a área em que está navegando e os equipamentos ou
dispositivos
constantes da sua dotação.

Dotação de Coletes Salva-Vidas


A dotação de coletes deverá ser, pelo menos, igual ao número total de pessoas
a bordo, devendo haver coletes de tamanho pequeno para as crianças,
observadas as seguintes Classes:

12
Embarcações empregadas na Navegação Interior - as embarcações de médio
porte deverão dispor de coletes salva-vidas classe V e as de grande porte ou iates
de coletes salva-vidas Classe III;

Embarcações Miúdas - deverão dispor de coletes salva-vidas Classe V;


Os coletes salva-vidas deverão ser estivados de modo a serem prontamente
acessíveis e sua localização deverá ser claramente indicada.
Os coletes salva-vidas devem ser certificados conforme previsto na NORMAM-
05/DPC.

Dotação de Equipamentos

Transceptor em VHF – recomendado quando em navegação interior o transceptor


VHF fixo, com potência mínima de 25w, ou portátil, exceto para embarcações
miúdas.
As embarcações a vela que possuam antena de VHF no tope do mastro deverão
possuir antena de emergência para uso em caso de quebra do mastro.

Frequências obrigatórias Transceptor de VHF - frequência 156,8 MHz, canais


16, chamada e socorro, 68 e 69 respectivamente. Se o transceptor for do tipo
DSC, a freqüência poderá ser 156,525 MHz, canal 70, para a chamada seletiva
digital (DSC) ao invés do canal 16. Enquanto a embarcação estiver navegando, o
equipamento VHF deverá estar ligado e em escuta permanente no canal 16 ou 70
no caso de equipamento DSC.

Agulha magnética de governo – todas as embarcações todas as embarcações,


exceto as miúdas, deverão estar equipadas com agulha magnética de governo.
Procedimentos

Publicações e Quadros - as embarcações de esporte e recreio, exceto as


miúdas, deverão dotar cartas náuticas relativas às regiões em que pretendem
operar, em local acessível e apropriado.

Dotação de Extintores de Incêndio

a) Embarcações com propulsão a motor, com comprimento inferior a 8m com


tanque de combustível portátil com capacidade de até 27 litros estão dispensadas;

b) Embarcações com propulsão a motor, com comprimentoigual ousuperior a 8m


e inferior a 12m com tanque de combustível portátil com capacidade de até 27
litros poderão dotar próximo ao motor apenas 1 extintor B-1;

c) Embarcações com propulsão a motor, com comprimento igual ou superior a


12m e inferior a 24m deverão dotar próximo ao compartimento de máquinas 02
extintores B-1, comando, cozinha 01 extintor B-1 e acomodações extintor B-1, 1
em cada corredor principal em cada convés a cada 20 metros. Se a embarcação
cuja proporção principal seja a vela está dispensada de dotar extintor próximo às
acomodações;

d) Embarcação de esporte e/ou recreio com comprimento igual ousuperior a 24m


deverão dotar próximo ao passadiço e camarim de cartas 1 extintor C-1,
acomodações 1 extintor A-2 ou B-2, cozinhas 1 extintor B-2 ou C-2 e espaços de

13
máquinas 1 extintor B-2, 1 extintor B-3, 1 extintor B-4 e 2 extintor C-2, próximo as
saídas.

Em embarcações miúdas de alumínio não é obrigatório o uso de extintor.

SALVAGUARDA DA VIDA HUMANA


a) A busca e salvamento de vida humana em perigo a bordo de embarcações
no mar, nos portos e nas vias navegáveis interiores, obedecem à legislação
específica estabelecida pelo Comando de Operações Navais;
b) Qualquer pessoa, especialmente, o Comandante da embarcação, é
obrigada, desde que o possa fazer sem perigo para sua embarcação,
tripulantes e passageiros, a socorrer quem estiver em perigo de vida no mar,
nos portos ou nas vias navegáveis interiores;
c) Qualquer pessoa que tomar conhecimento da existência de vida humana em
perigo no mar, nos portos ou vias navegáveis interiores, deverá comunicar
imediatamente o fato à CP/DL/AG ou Autoridade Naval, mais próxima; e
d) Nada será devido pela pessoa socorrida, independentemente de sua
nacionalidade, posição social e das circunstâncias em que for encontrada.

14
4. EMBARCAÇÃO
Podemos dizer que embarcação é toda construção flutuante feita de madeira,
ferro, metal ou fibra de vidro que transporta cargas e pessoas sobre às águas
com segurança.

Unidades de medidas Náuticas

Pé – Medida de comprimento -1 (um) pé mede 30,48 cm ou 12 polegadas (1


polegada = 2,54 cm)
Milha: Milha Náutica, ou Milha Marítima, é uma unidade de medida de
distância, equivalente a 1.852m.
Nó: é uma unidade de medida de velocidade equivalente a uma milha náutica
por hora, ou seja 1,852 km/h.

Terminologia básica de uma embarcação

 A Vante(AV) – é uma expressão extremamente fácil de se entender,


porém, seu oposto não é ―atrás‖ e sim A Ré (AR). Se um objeto estiver
mais para proa do que outro se diz que ele está por ANTE-A-VANTE
(AVV) dele; se está mais para a popa diz-se que está por ANTE-A-RÉ
(AAR).
 Proa é a extremidade anterior da embarcação no sentido de sua marcha
normal. Estruturalmente, tem a forma exterior afilada para melhor cortar
a água. A proa é a origem de contagem das marcações relativas.
Corresponde aos 000° relativos.
 Popa - extremidade posterior do navio. Estruturalmente, sua forma
exterior é projetada para facilitar o escoamento da água e para tornar a
ação do leme e do hélice mais eficiente. Para efeitos de marcações
relativas corresponde a 180° relativos.

 Boreste: Bordo direito de uma embarcação, considerando-se a sua


Proa como a frente.

 Bombordo: Bordo esquerdo de uma embarcação, considerando-se a


sua Proa como a frente

 Bochechas: parte curvas do costado de um e de outro bordo, junto à


roda de proa (045° da proa e aos 315° Buchecha BB.

 Través: é a direção perpendicular ao plano longitudinal (linha proa-


popa) aproximadamente a meio - navio. BE está aos 90° relativos e o de
BB aos 270° relativos.

15
 Alhetas: partes do costado de um e de outro bordo entre o través e a
popa. BE está aos 135° da proa e a de BB aos 225° dela.
Podemos ver na figura a seguir algumas partes e direções de uma
embarcação:

Marcações Relativas

16
As marcações relativas são medidas como ângulos a partir da proa da
embarcação na direção dos ponteiros de um relógio de 0° a 360° em torno do
barco.
As direções são sempre informadas com três dígitos usando zeros se
necessário:
50º dizer zero-cinco-zero ou 50º relativos.
Quando temos um objeto aos 000º relativos costuma-se dizer ―pela proa‖ ou
aos zero-zero-zero relativos.
Quando temos um objeto ―pelo través‖ temos que definir obrigatoriamente o
bordo. Ex: ―farol pelo través de boreste‖ ou zero-nove-zero relativos.
Quando temos um objeto entre o través de um dos bordos e a alheta
respectivamente diz-se que o objeto está por ante-a-vante da alheta (de BE ou
de BB). Quando entre a alheta e a popa o objeto estará por ante-a-ré da alheta
(BE ou BB).

Dimensões Lineares:

As principais medidas lineares de uma embarcação são :


Comprimento de uma embarcação de proa a popa chama-se comprimento
total ou podendo também ser chamado de roda a roda.
Pontal: é a altura de uma embarcação.
Boca: é a medida mais larga de uma embarcação.
Calado é a distância vertical entre a superfície da água (linha da água) e a
parte mais baixa da embarcação no ponto considerado.(máximo com carga e
mínimo inteiramente s/ carga)
Borda livre é a distância vertical medida entre o plano do convés e a superfície
das águas, normalmente, na parte de maior largura da embarcação. A borda
livre mais o calado é igual ao pontal.

17
Nomenclaturas

Obras Mortas: partes do navio acima da linha de água em plena carga.


Obras Vivas: partes do navio abaixo da linha de água, em plena carga.
Quilha: É uma peça de madeira ou de ferro, colocada no sentido longitudinal e
é considerada a peça mais importante da embarcação
Casco: A estrutura de flutuação que suporta o navio.
Superestruturas: são as elevações construídas sobre o convés principal.
Convés: estrutura que subdivide horizontalmente a embarcação. O mesmo que
Pavimento.
Hélice: é o propulsor da embarcação instalado na extremidade do eixo
propulsor.
Leme: é o principal aparelho de governo da embarcação e serve para dar a
direção em que ela navega.

18
Roda do leme ou Timão: é uma roda de madeira ou metal que tem por
finalidade de dar movimento a embarcação para um bordo e outro.
Âncora ou Ferro: peça de ferro com peso utilizado para fundear uma
embarcação.

Dados não lineares


Normalmente não usamos o termo peso de uma embarcação e sim
deslocamento.
Deslocamento é o que a embarcação desloca em termos de peso de água
quando flutuando em águas tranquilas.
Deslocamento Máximo-todo o peso da embarcação (Combustível, tripulação,
carga e etc...).
Deslocamento Mínimo- quando inteiramente descarregada.

5. SISTEMAS DE PROPULSÃO E GOVERNO

Vela: impulsionada pela força e a ação do vento.


Remo: impulsionada pela força humana para se movimentar.
Mecânica: As máquinas transmitem um movimento de rotação a uma linha de
eixos, na extremidade na qual é acoplado um hélice.
Mista: São aquelas que utilizam 02 tipos de propulsão para se movimentarem.
Ex. embarcação com propulsão elétrica e mecânica.
Elétrica: A propulsão é alcançada através de um motor elétrico ligado a um
conjunto que apresenta hélices, que ao ser rotacionadas, são capazes de
promover a propulsão da embarcação.

Direções relativas ao vento

Barlavento – lado por onde sopra ou entra o vento, oposto a sotavento.

Sotavento – lado por onde sai o vento

19
O leme e seus efeitos
Leme
É uma estrutura de metal ou de madeira, que tem por finalidade dar direção a
uma embarcação e mantê-la a caminho, no rumo determinado. É por meio do
leme que se faz a embarcação guinar.
Ele é disposto na popa e só tem ação quando a embarcação está em
movimento (ressalvado os casos de correnteza), uma vez que o seu efeito é
resultante da força das águas, em movimento, sobre sua porta.
Teoricamente, o efeito máximo do leme é obtido com 45° de inclinação da porta
em relação à quilha da embarcação: porém, na prática, verificou-se que o seu
efeito máximo não vai além de 35°, para cada bordo. Na marcha atrás o efeito
do leme é contrário ao da marcha adiante, porém muito menor.
Em uma embarcação de um só hélice o efeito do leme variará com a sua
posição em relação a quilha e o sentido de rotação do hélice.
Considerando uma embarcação de um só hélice, com rotação para direita e
não levando em consideração na forma do casco, nem o tipo de leme e do
hélice apresentamos o quadro abaixo:

20
Considerando uma embarcação de um só hélice, com rotação para direita e
não levando em consideração na forma do casco, nem o tipo de leme e do
hélice apresentamos o quadro abaixo:

6. RIPEAM

O REGULAMENTO INTERNACIONAL PARA EVITAR ABALROAMENTO NO


MAR, também conhecido como RIPEAM, é o conjunto de regras que, tendo a
força de lei, prescreve como deveremos conduzir as embarcações na presença
de outras, bem como, informá-las de nossas intenções ou ações, por sinais de
apito, por luzes ou por marcas diurnas, de maneira que, possamos desenvolver
manobras corretas e seguras, afastando assim, o perigo do
ABALROAMENTO.
Aplicação:

O Ripeam se aplica a todas as embarcações em mar aberto e em todas as


águas a este ligadas.
Responsabilidade:

Nada contido no Ripeam dispensará qualquer embarcação ou seu proprietário,


seu comandante ou 'sua tripulação das consequências de qualquer negligência
no cumprimento destas regras ou na negligência de qualquer precaução
reclamada ordinariamente pela prática marinheira ou pelas circunstâncias
especiais do caso.

Bom senso:

Ao interpretar e cumprir as regras contidas no Ripeam, deverão ser levados na


devida conta todos os perigos a navegação e de colisão e todas as
circunstâncias especiais, inclusive as limitações das embarcações envolvidas,

21
os quais poderão tornar um afastamento destas regras se necessário para
evitar perigo imediato.

São duas as causas do abalroamento:

Fortuita – é aquela que independe da ação humana para ser levada a efeito.
Tal hipótese vislumbra-se especialmente no trato as condições do mar e do
tempo.
Culposa – relacionada a ação do homem, pela omissão, envolvendo os
responsáveis pela segurança da embarcação.(Comandante e tripulação), etc...

Algumas definições importantes:

Embarcação de propulsão mecânica - designa qualquer embarcação


movimentada por meio de máquinas ou motores.
Embarcação a vela - designa qualquer embarcação sob propulsão exclusiva a
vela.
Embarcação engajada na pesca -designa qualquer embarcação pescando
com redes, linhas, redes de arrasto ou qualquer outro equipamento de pesca
que restrinja sua manobrabilidade.
Embarcação sem governo - designa uma embarcação que, por alguma
circunstância excepcional, se encontra incapaz de manobrar como determinado
por estas regras e, portanto, está incapacitada de se manter fora da rota de
outra embarcação.
Embarcação com capacidade de manobra restrita -designa uma
embarcação que, devido a natureza de seus serviços, se encontra restrita em
sua capacidade de manobrar como determinado por estas regras e portanto
está incapacitada de se manter fora da rota de outra embarcação.
Embarcação restrita devida ao seu calado - designa a embarcação de
propulsão mecânica que, devido ao seu calado em relação a profundidade
disponível está com severas restrições quanto a sua capacidade de se desviar
do rumo que está seguindo.

O que é visibilidade restrita?


A visibilidade é dita com restrita quando ela é prejudicada por:

 Névoa;
 Nevada;
 Nevoeiro;
 Tempestade por areia;
 Chuvas pesadas;
 Outras causas semelhantes

22
Regras de governo e de navegação:

Aplicação
As presentes regras se aplicam em qualquer condição de visibilidade.

Vigilância
Toda embarcação deverá manter permanente e apropriada vigilância visual e
auditiva e usar adequadamente as circunstâncias e condições existentes, os
meios disponíveis a fim de obter inteira apreciação da situação e de eventuais
riscos de colisões.
Velocidade
Toda embarcação deverá navegar permanentemente a uma velocidade segura,
o que significa: ter a embarcação a possibilidade de adotar uma ação
apropriada e eficaz para evitar uma colisão, inclusive poder ser parada a uma
distância segura se necessário for.

A velocidade de segurança é função de:


 do grau de visibilidade;
 da densidade do tráfego local;
 da capacidade de manobra e distância de parada da embarcação;
 à noite, da presença de luzes;
 do estado do mar, do vento e das correntes;
 da proximidade de perigos a navegação;
 do calado da embarcação em relação à profundidade local.

Risco de colisão
Haverá risco de colisão sempre que:
 a marcação for constante
 a distância estiver diminuindo

Como dever ser a manobra?


 Manobra franca e positiva, o que, normalmente, significa dizer: altere o
rumo de maneira ampla.
 Varie a velocidade para mais ou para menos de maneira sensível.
 Manobre com bastante antecedência. Nunca espere o último momento.
 Se necessário, pare suas máquinas, ou mesmo, inverta-as para cortar
seu seguimento .

Canais estreitos:

 Procure se manter tão próximo quanto possível e seguro da margem a


seu boreste;
 Embarcações menor de 20 metros ou a vela, não deverão atrapalhar a
passagem de outra embarcação de maior porte e, portanto com
possíveis restrições de manobra em função do calado e da profundidade
do local;

23
 Embarcações engajadas na pesca não deverão atrapalhar a passagem
de qualquer outra embarcação;
 Cuidado para quando cruzar um canal ou via de acesso, não atrapalhar
outras embarcações;
 Quando for ultrapassar use o apito e espere a resposta da outra
embarcação;
 Manobre com cuidado e segurança;
 Em curvas use o sinal apropriado de apito. Tenha atenção e cuidados
redobrados;
 Só fundeie em canais estreitos se assim as circunstâncias exigirem;

Condução de embarcações no visual uma da outra:

Prioridade de manobra de acordo com o tipo de embarcação.

Esta regra define quem deve manobrar, dependendo da propulsão, emprego e


situação da embarcação.
Vejamos como ela se apresenta:

Embarcações a propulsão mecânica devem manobrar em relação a


embarcação:
A - sem governo
B - de manobra restrita
C - engajada na pesca
D - a vela
Embarcações a vela devem manobrar em relação à embarcação:
A - sem governo
B - de manobra restrita
C - engajada na pesca
Embarcações engajadas na pesca devem manobrar em relação à
embarcação:
A - sem governo
B - de manobra restrita
Embarcações de manobra restrita devem manobrar em relação à
embarcação:
A - sem governo

24
Regras de Preferência
Situação de Roda a Roda

Quando duas embarcações, a propulsão mecânica, estiverem se aproximando


em rumos diretamente ou quase diretamente opostos, em condições que
envolvam risco de colisão, cada uma deverá guinar para boreste, de forma que
a passagem se dê por bombordo uma da outra.

Manobra de ultrapassagem
Quaisquer que sejam as condições, toda embarcação que esteja ultrapassando
outra, deverá manter-se fora do caminho desta.

Manobra em situação de rumos cruzados


Quando duas embarcações, a propulsão mecânica, navegam em rumos que se
cruzam, podendo colidir, a embarcação que avista a outra por boreste deverá
se manter fora do caminho desta e, caso as circunstâncias o permitam, evitar
sua proa.

25
Setor de Perigo-Quadro das embarcações Manobradora e Privilegiada

Você sempre terá preferência, exceto quando a outra embarcação estiver


sendo avistada pelo setor de perigo.

Luzes e Marcas
As luzes são para noite como as marcas são para o dia, juntamente com os
sinais sonoros.
As luzes e marcações devem ser apresentadas pelas embarcações e que o
navegante deve cumprir a fim de evitar acidentes e manter a ordem do
tráfegoaquaviário, defendendo-a e apresentando denúncia às autoridades
constituídas quando observar irregularidades que possam ocorrer e que
desrespeitem esse regulamento.
As presentes regras se apresentam com qualquer tempo.
As regras referentes às luzes devem ser observadas do pôr ao nascer do sol,
não devendo ser exibidas outras que possam originar confusão; Ex.: holofotes.
Mesmo de dia, em caso de visibilidade restrita use as luzes indicadas nestas
regras.

LUZ DE MASTRO
Luz branca contínua, sobre a linha de meio navio visível num setor de 225°.

26
LUZES DE BORDOS
Luz verde BE – Luz encarnada BB, contínua, visível em setores de 112°, 5 de
cada bordo.
LUZ DE ALCANÇADO
Luz branca, contínua, tão próximo quanto possível da popa. Visível num setor
de 135°.
LUZ DE REBOQUE – significa uma luz amarela com as mesmas
características da luz de alcançado.
LUZ CIRCULAR – significa uma luz contínua visível num arco de 360 grau

Luzes e marcas exibidas por embarcações

Embarcações de propulsão mecânica em movimento com mais de 50


metros de comprimento:
 A - Luz de mastro de vante;
 B - Luz de mastro de ré mais alta que a de vante (com menos de 50
metros não é obrigada);
 C - Luzes de bordos;
 D - Luz de alcançado.

27
Embarcações com comprimento de reboque inferior a 200m
A embarcação rebocada deverá exibir

 A – Duas luzes verticais de mastro a vante;


 B - Luz de reboque (amarela) acima da de alcançado;
 C - Luzes de bordos;
 D - Luz de alcançado.

Embarcações com comprimento de reboque superior a 200m


A embarcação rebocada deverá exibir
 A - Três luzes verticais de mastro a vante;
 B - Todas as outras como no comprimento de reboque inferior a 200m

28
Embarcação fundeada
De noite, na parte de vante, luz circular branca; na parte de ré, luz circular
branca (mais baixa que a de vante).
As embarcações com menos de 50 m podem exibir apenas uma luz circular
branca onde melhor possa ser vista.
Marca: uma esfera na parte de vante.

Embarcação cujo comprimento fica entre 12 e 50 metros:


 luz de mastro de vante (alcance de 5 milhas)
 luz de mastro de ré (facultativa);
 luzes de bordos; e
 luz de alcançado.

Embarcações menores que 7 metros:


Este tipo de embarcação não precisa apresentar as luzes como nas outras
embarcações, devendo apenas apresentar uma luz branca se tiver velocidade
maior que 7 nós ou se ainda estiver fundeada ou encalhada. Deve apresentar
as luzes de bordo.

29
Marcas

Sinais sonoros
Os sinais sonoros são utilizados em três circunstâncias:
 Manobra;
 Advertência;
 Baixa visibilidade.

Tempo de Duração dos Sinais Sonoros

 Apito curto: duração aproximada de 1 segundo


 Apito longo: duração de 4 a 6 segundos

Equipamentos para Sinais sonoro


- Embarcação com menos de 12m: dispositivo sonoro qualquer desde que
eficaz
- Embarcações com mais de 12m: apito e sino
- Embarcação com mais de 50m: apito, sino e gongo.

30
Sinais de Manobra e Advertência

Qualquer embarcação pode suplementar os sinais de apito de advertência e


manobra com sinais luminosos por meio de lampejos com duração de cerca de
um segundo, em intervalos também de um segundo.

31
7. NORMAN-17/DHN (IALA B) –

BALIZAMENTO
Sinalização Náutica
O Brasil adotou a ―Região B‖ como sendo sua referência no Sistema de
Balizamento Náutico Internacional -―IALA B”-

São regras aplicadas aos sinais fixos e flutuantes (bóias, balizas, etc...) visando
indicar e sinalizar as margens dos canais, entradas dos portos e de rios, ou de
qualquer via navegável, além de fazer a marcação das áreas perigosas ou
perigos isolados. Entretanto, não se aplica a faróis, barcas faróis, sinais de
alinhamento e bóias gigantes.

Tipos de Sinalização Náutica


 Sinalização Marítima;
 Sinalização Aquaviária.

Método de Caracterização de Sinais

O significado de um sinal depende de uma ou mais das seguintes


particularidades:
 À noite: cor e ritmo das luzes.
 De dia: cor, formato e marca de tope.

Os sinais de balizamento são chamados de luminosos quando possuem luz no


seu tope, exibindo tipos de lampejos e cegos quando não possuem luz.
As balizas são desprovidas de luz tendo no tope a sua informação.
As boias são objetos flutuantes podendo ou não ter luz no seu tope. Seus
formatos podem ser cilíndricos, cônicos, pilar ou charuto.

São cinco as categorias básicas de sinais náuticos:


 Sinais Laterais;
 Sinais Cardinais;
 Sinais de Perigo Isolado;
 Sinais de Águas Seguras; e
 Sinais Especiais.
Direção de Balizamento – a posição dos sinais laterais é determinada pela
Direção Convencional de Balizamento. Em um porto ou estuário estes sinais são

32
colocados de maneira que um barco chegando a ele vindo do mar terá por seu
Boreste (BE), bóias ou balizas encarnadas e, por seu Bombordo (BB), bóias ou
balizas verdes. Ao deixar o porto indo para o mar as bóias ou balizas
encarnadas ficarão por BB e as bóias ou balizas verdes ficarão por BE.

Método de Caracterização de Sinais

O significado de um sinal depende de uma ou mais das seguintes particularidades:


À noite: cor e ritmo das luzes.
De dia: cor, formato e marca de tope.

Sinais Laterais
Sinais Laterais que devem ser deixados a Bombordo de quem vem do Mar

33
Quando luminosa , a bóiaemite luz verde com qualquer ritmo, exceto grupo de
lampejos compostos (2+1) por período
Sinais Laterais que devem ser deixados a Boreste de quem vem do Mar

Quando luminosa, a bóiaemite luz encarnada com qualquer ritmo, exceto grupo de
lampejos compostos (2+1) por período.

Sinais que identificam uma bifurcação, com o canal Preferencial a Boreste de


quem vem do Mar.

34
Quando luminosa, a bóiaemite luz verde com grupo de lampejos compostos (2+1)
por período. LP (2+1) Sinais

Sinais que identificam uma bifurcação, com o canal Preferencial a Bombordo de


quem vem do Mar.

Quando luminosa, a bóiaemite luz encarnada com grupo de lampejos compostos


(2+1) por período. LP (2+1)

35
Sinais Cardinais

São aqueles empregados para indicar ao navegante o quadrante da rosa-dos-


ventos que possui águas seguras – norte (N), leste (E), sul (S) ou oeste (W) –,
limitado respectivamente pelas marcações verdadeiras NW e NE, NE e SE, SE e
SW, e SW e NW, tomadas a partir da posição do sinal.
 o sinal cardinal recebe sua denominação de acordo com o quadrante
recomendado para a navegação; e
 o sinal cardinal obrigatoriamente será dotado de marca de tope.

Eles podem ser usados para:


 indicar que águas mais profundas estão no quadrante designado pelo sinal;
 indicar o quadrante seguro em que o sinal deve ser deixado para
ultrapassar um perigo;
 chamar a atenção para um ponto notável num canal tal como uma mudança
de direção, uma junção, uma bifurcação ou o fim de um baixio.

Sinal Cardinal Norte


O sinal cardinal norte luminoso deve exibir, no período noturno, luz branca com
lampejos rápidos ou muito rápidos.
Tope: dois cones pretos, um sobre o outro, com os vértices para cima.
Cor: preto sobre amarelo
Formato: pilar ou charuto
Luz: branca (quando houver)
Ritmo: R (rápido) ou MR (muito rápido)

Sinal Cardinal Sul


Tope: dois cones pretos, um sobre o outro, com os vértices para baixo
Cor: amarelo sobre preto
Formato: pilar ou charuto
Luz: branca (quando houver)
Ritmo: R (6) + Lpl.15s ou MR (6) + Lpl.10s

Sinal Cardinal Leste


Tope: dois cones pretos, um sobre o outro, opostos pela base
Cor: preta com uma faixa larga horizontal amarela
Formato: pilar ou charuto
Luz: branca (quando houver)
Ritmo: R (3) 10s ou MR (3) 5s

36
Sinal Cardinal Oeste
Tope: dois cones pretos, um sobre o outro, ponta a ponta
Cor: amarela com uma faixa larga horizontal preta
Formato: pilar ou charuto
Luz: branca (quando houver)
Ritmo: R (9) 15s ou MR (9) 10s

Sinais de Perigo Isolado:


Cego ou luminoso, é empregado para indicar as proximidades ou sobre um perigo
considerado isolado, que tenha águas navegáveis em toda a sua volta.

37
Sinal de Perigo Isolado
Tope: duas esferas pretas, uma sobre a outra
Cor: preta com faixas largas horizontais encarnadas
Formato: pilar ou Charuto
Luz: branca (quando houver)
Ritmo: 2 lampejos/período

Sinais de Águas Seguras


Cego ou luminoso, é empregado para indicar a existência de águas navegáveis em
todo o seu entorno, o meio de um canal.
Sinal de Águas Seguras Tope: uma esfera encarnada Cor: faixas verticais
encarnadas e brancas Formato: esfera, pilar ou charuto

Luz: branca (quando houver)


Ritmo: Luz branca isofásica, de ocultação ou lampejo longo a cada 10s.

Ritmo: Luz branca isofásica, de ocultação ou lampejo longo a cada 10s, ou o sinal
Morse correspondendo letra ―A‖ (· — )

38
Sinais Especiais:
Cego ou luminoso, tem a finalidade de indicar uma área ou configuração especial,
mencionada em documentos náuticos (carta náutica) Ex.:Bóias oceanográficas, área
exercícios militares, cabo ou tubulação submarina.

Sinais Especiais
Tope: formato de “X” amarelo
Cor: amarela
Formato: opcional, mas sem conflitar com outros sinais
Luz: branca (quando houver)
Ritmo: Oc. (...);
Lp.(exceto Lpl. 10s)
Lp (4), Lp (5) ouLp (6);
Lp (... + ...); ou
Mo (exceto ―A‖ e ―U‖).

Novos Perigos

São considerados novos perigos aqueles que foram recentemente descobertos e que
ainda não se encontram registrados em cartas e documentos náuticos, sejam eles
bancos de areia ou rochas ou resultantes da ação do homem, tais como cascos
soçobrados. Quando o perigo oferece risco grave à navegação, deverá ser utilizado
um sinal duplicado (par idêntico em todos os aspectos), e se for luminoso deverá ser
caracterizado por lampejos rápidos ou muito rápidos

39
Balizamento Fluvial

Os sinais náuticos complementares previstos para os balizamentos lacustre e fluvial,


instalados nas margens dos rios, lagoas e lagos, recomendam ações a ser
empreendidas pelo navegante, fornecendo também outras informações de interesse
para o navegante, como: pontos naturais, obstruções, distâncias em quilômetros,
proibições e facilidades encontradas, servindo ainda para disciplinar o tráfego das
embarcações.
Os sinais náuticos complementares são representados por balizas, com painéis de
sinalização (placa com forma, dimensão e cores definidas, complementada ou não por
simbologia gráfica, para utilização na sinalização náutica complementar, de rios, lagos
e lagoas ou construções sobre vias navegáveis), exibindo uma ou mais informações
para o navegante, na forma de símbolos gráficos.
Um sinal complementar instalado em uma margem de um rio deve ser obedecido no
trecho compreendido entre ele e o próximo sinal complementar de margem. (fonte:
NORMAM-17, cap.3).

40
Sinalização de Ponte Diurna

Sinalização de Ponte Noturna

41
8. MANOBRAS

ATRACAÇÃO

Atracação ou Amarração – é o ato ou efeito de atracar, de aproximar ou


encostar embarcação ao cais ou a outra embarcação.
Na atração o primeiro cabo (espia) passado para terra é o lançante de proa. O
nome é decorrente de ser lançado para a parte de vante da embarcação,
enquanto que o último, lançado a ré, é o lançante de ré ou de popa.
Espias – são os cabos que mantem uma embarcação presa ao cais e que
servem também como auxílio nas manobras de atracação e desatracação, de
acordo com o seu posicionamento em relação à embarcação são chamadas de
Lançantes, Espringues ou Traveses.

Espias 1, 3 e 6 (Lançante de proa, lançante de bochecha e espringue de popa)


– sua função é impedir que a embarcação caia a ré.

Espias 2, 5 e 7 (Lançante da Bochecha, lançante da alheta e lançante de popa)


– Serve para impedir que a embarcação caia a vante.

Espia 4 (Través) – serve para impedir que a embarcação se afaste do cais.


Ao amarrar uma embarcação ao
cais, não se deve esquecer da
maré. Deve-se deixar uma folga
suficiente nas espias para que a
embarcação possa se movimentar
verticalmente. Um cuidado especial
deve ser dado ao través, por ser o
cabo mais curto, e deve ser evitado
em locais de grandes amplitudes de
maré.

42
Manobras Mais Comuns de Atracação
Regra Geral – devemos nos aproximar do cais num ângulo de 45°, de modo a
passar um cabo de proa logo que possa, colocando o leme para o bordo oposto ao
cais, para deslocar a popa para este.

Atracação com vento ou corrente perpendicular ao cais


A aproximação deverá ser feita a sotavento do cais usando a regra geral.

Atracação com vento ou corrente paralela ao cais

Havendo uma corrente ou vento paralelo ao cais, devemos aproveitar seu


efeito e atracar contra o que for mais forte, normalmente a corrente,
aproximando-se em um ângulo agudo ao cais, passando um cabo dizendo para
vante e depois um outro dizendo para ré.

43
Atracação com vento ou corrente perpendicular ao cais
Aproximação deve ser a barlavento do cais. Nesse tipo de atracação devemos
seguir navegando com pouco seguimento paralelo ao cais, que o próprio vento
ou corrente nos aproximará do cais.

DESATRACAÇÃO

A regra geral para largar do


cais, devemos soltar todas
as espias, exceto o lançante
de proa, máquinas a ré, leme
na direção contrária ao cais,
assim, que a popa abrir, soltar
o cabo de proa e sair
aproveitando o formato de
bochecha.

44
Para se largar do cais com vento ou corrente pela proa

Largamos todas as espias,


exceto a que diz para vante na
popa, mantendo o leme
contrário ao cais, a proa abrirá
com a força do vento ou
corrente, soltamos o cabo e
damos máquina avante
devagar.

Para se largar do cais com vento ou corrente de popa

Largamos todas as espias,


exceto a que diz a ré na proa,
leme na direção do cais, a
popa abrirá. Então, soltamos
a espia, acertamos o leme e
damos máquina atrás
devagar para sair.

Fundear

Diz-se que uma embarcação está fundeada ou ancorada quando ela está
mantida presa em relação ao fundo mediante a utilização de âncoras ou
ferros.
Amarras – constituídas por segmentos de correntes ou cabos de fibras
naturais ou sintéticas não flutuantes de aproximadamente 25m.

45
Âncoras

Âncoras – É um instrumento náutico normalmente de ferro utilizado para fixar


ou prender a embarcação no fundo.
As âncoras apresentam um princípio de funcionamento bastante simples:
quanto mais se aplica tensão na amarra, paralelamente ao leito do mar ou do
rio, maior será a resistência da âncora ao deslocamento, porque sua pata
tende a cravar mais fundo, e a resistência que ela oferece ao arraste
denomina-se poder de unhar.
As partes principais de uma âncora são – a haste, os braços, as patas, a
cruz o cepo, quando existente e o anete.

Manobra de Fundear
Fundear ou ancorar é a manobra de lançar uma âncora ao fundo para com ela
manter a embarcação segura e parada em determinado local.
Suspender é içar a âncora, recolhendo a amarra do fundo, para permitir a
movimentação da embarcação.
Por ocasião de fundear devemos tomar certos cuidados como:

 Aproximar do local de fundeio em marcha reduzida e aproados ao vento,


ou à corrente se esta for mais forte;
 chegarmos ao local de fundeio com as "máquinas paradas" e a
embarcação com pouco seguimento ou quase parada;
 largar o ferro deixando-se correr uma quantidade de amarra de no
mínimo, três vezes a profundidade do local, ao mesmo tempo em que
damos "máquinas atrás devagar" o necessário para ajudarmos o ferro a
unhar. Não devemos deixar a amarra correr livre com a embarcação

46
parada, para evitar que ela embole sobre o ferro, perdendo assim o seu
efeito;
 O cabo de fundeio não deve ser amarrado próximo ao motor, pois o
peso do motor poderá somar-se à tração vertical do cabo
provocando emborcamento e afundamento da embarcação.

Suspender
É a operação inversa a fundear, isto é, sair com a embarcação do local de
fundeio recolhendo a âncora e cuidando sempre de observar as condições de
vento corrente e maré.
Quando vamos SUSPENDER, normalmente a embarcação estará sempre
aproada à direção em que se encontra o ferro. Procuramos manobrar com a
embarcação de maneira a colocarmos o "ferro a pique" (amarra na vertical).
Em seguida "arrancamos" o ferro do fundo e içamo-lo para bordo.
Devemos ter cuidado ao manobrar a embarcação evitando que a amarra passe
a "dizer para ré" (fique não na vertical e sim enviesada na direção da popa.).
É preciso também ter cuidado na ocasião em que o ferro "arranca" do fundo,
porque a partir desse momento, se o motor estiver parado, a embarcação fica à
deriva, isto é, ao sabor do vento e das correntes existentes.

Fundeadouro

Um bom local para fundeio, deve:

 ser abrigado de ventos, correntes e ondas;


 ter uma profundidade adequada a nossa embarcação;
 ter um fundo sem grande declividade, pois em caso contrário, facilmente
a embarcação "garrará";
 ter um fundo de boa "tença "(poder de prender o ferro). Os melhores
fundos são os de areia, lama, cascalho ou uma combinação deles;
 Os fundos de ―pedra‖ devem ser evitados sempre que possível
(dificuldade de o ferro unhar e porque o ferro e a amarra podem se
prenderem nas pedras). Caso seja necessário fundear em fundo de
pedras, largue o ferro lentamente, usando a máquina de suspender e
reduzindo o filame ao mínimo.
 ter espaço suficiente que permita a nossa embarcação girar sem perigo,
em um raio que será função da quantidade de amarra largada e do
comprimento da embarcação;
 Se a permanência no fundeadouro é pequena largamos, como já vimos,
um comprimento de amarra igual a 3 a 5 vezes a profundidade do
local,mas, se a demora é maior devemos largar 5 a 7 vezes a
profundidade.

47
 para evitarmos perder o ferro devemos nos habituar a fixar a ele um
cabo fino chamado arinqueque é suportado na superfície por um objeto
flutuante denominado bóia de arinque;

Bóia de Arinque

9. COMBATE A INCÊNDIO

Para aprendermos a combater o fogo, precisamos conhecê-lo muito bem.


Componentes do triângulo do fogo
O fogo existe pela combinação de 3 elementos, podendo ser representado por
um triângulo, cujos lados são associados os componentes abaixo citados:
combustível, comburente e calor. Para existir o fogo é necessário que os três
componentes estejam presentes, assim como para o triângulo existir são
necessários os seus três lados.

48
Combustível
É todo material que queima. São sólidos, líquidos e gasosos, sendo que os
sólidos e os líquidos se transformam primeiramente em gás pelo calor e depois
inflamam.
Sólidos: madeira, papel, tecido, algodão, etc.
Líquidos: gasolina, álcool, óleo, diesel, etc.
Gasosos: gás de cozinha, gás utilizado nos automóveis, etc.
Comburente
O comburente é o oxigênio que existe no ar atmosférico; o percentual de
oxigênio no ar atmosférico é de 21%. Com maioria dos combustíveis, não
haverá combustão se o percentual na mistura gasosa contiver menos que 16%
de oxigênio. O carvão é uma das exceções, queima com 9% de oxigênio.
Calor

A temperatura de ignição é a quantidade de calor necessária para que os


vapores do combustível entrem em combustão.
Só haverá combustão se o calor atingir a temperatura de ignição
Podemos concluir que para haver combustão precisamos dos três
componentes:
Combustível, comburente e temperatura de ignição.

Os três lados do triângulo reunidos produzem o fogo.


Para extinguirmos um incêndio, precisamos atacar pelo menos um dos lados
do triângulo. Ao retirarmos um dos três elementos do triângulo do fogo,
automaticamente estaremos extinguindo a combustão, ou seja, o incêndio.

Classificação dos incêndios


Os incêndios são classificados em quatro classes: A, B, C, D
• Classe A - Materiais sólidos inflamáveis. Exemplos: Madeira, papel, etc.
Os combustíveis da classe “A” são identificados por um triângulo verde com
a letra “A” no centro.

49
Classe B - Líquidos inflamáveis. Exemplos: Gasolina, álcool, etc.
Os combustíveis da classe “B” são identificados por um quadrado vermelho
com a letra “B” no centro.

Classe C - Equipamentos elétricos energizados. Exemplos: Quadros elétricos,


motores elétricos, etc.
Os combustíveis da classe “C” são identificados por um círculo azul com a
letra “C” no centro.

 Classe D - Metais combustíveis. Exemplos: Magnésio, titânio, etc.


 Os combustíveis da classe “D” são identificados por uma estrela
amarela de cinco pontas com a letra “D” no centro.

Extintores
Os extintores de combate a incêndio mais comumente encontrados a bordo
das embarcações de esporte e recreio são os extintores portáteis, que utilizam
os agentes extintores para apagar o fogo.
Agentes Extintores
Os agentes extintores são:
 Água

50
 Espuma
 CO2 (Gás carbônico)
 Pó químico
No quadro a seguir estão representados os principais tipos de agentes
extintores e em quais classes de incêndio eles deverão e/ou poderão ser
utilizados.

10. EQUIPAMENTOS DE SALVATAGEM E SEGURANÇA


Colete Salva-Vidas (Homologado)
Toda embarcação obrigatoriamente deverá ter um número de coletes salva-
vidas igual à lotação licenciada. Sempre que se configurarem situações de
emergência, tais como: mau tempo, incêndio a bordo, água aberta etc, a
primeira providência é vestirmos o colete salva-vidas. Não devemos, mesmo na
embarcação de salvamento, tirar nosso colete salva-vidas, pois em caso de
nova queda na água ele será nossa segurança.
Embarcação de Salvamento (Homologado)
As embarcações amadoras e barcos de pesca classificadas como de alto mar e
dispondo de pouco espaço interno e desprovidas de recursos para
sobrevivência no mar necessitam de embarcações de apoio ou salvamento,
como botes infláveis e balsas infláveis.
Boia salva vidas (Homologado)
A boia é um equipamento utilizado na faina de resgate de pessoas que estejam
dentro da água, também conhecida como boia circular.
número desses equipamentos existentes a bordo depende do comprimento da
embarcação. É importante que estejam distribuídos pelos dois bordos da
embarcação.
Como dito acima, a boia circular é muito utilizada na faina de ―homem ao mar‖,
ou seja, quando um tripulante ou passageiro de bordo cai dentro da água.

51
11. NOÇÕES DE COMUNICAÇÕES NA NAVEGAÇÃO INTERIOR

Transceptor fixo VHF – Muito utilizado para as


chamadas de emergência bem como para
comunicações de rotina. Com potência mínima de
25W, para operar no limite da navegação em mar
aberto, tipo costeira, e na navegação interior com
as transmissões limitadas a 20 milhas.

transceptor portátil VHF – para uso em caso


de abandono da embarcação ou falha de
operação equipamento.
Prova d’água. Autonomia mínima
(4) horas. Com potência de 5 ou 6 watts o
alcance da transmissão barco/barco está
limitada a 3 a 5 milhas.

Frequências obrigatórias – são obrigatórias as seguintes frequências

Transceptor de VHF – frequência 156,8 MHz, canal 16, chamada e socorro,


68 e 69 respectivamente. Se o transceptor for do tipo DSC, a freqüência poderá
ser 156,525 MHz, canal 70, para a chamada seletiva digital (DSC) ao invés do
canal 16. Enquanto a embarcação estiver navegando, o equipamento VHF

52
deverá estar ligado e em escuta permanente no canal 16 ou 70 no caso de
equipamento DSC.

Utilização dos rádios VHF


 Comunicações entre embarcações.
 Comunicações entre uma embarcação e uma Estação Costeira (Iates
Clubes e Marinas).
 Comunicações entre uma embarcação e um telefone, por meio de uma
Estação Costeira (Iates Clubes e Marinas).
 Transmissão e recepção de mensagens de socorro de pessoas que
estejam correndo risco de vida.

Chamadas de Emergência
Existem 3 tipos de chamadas prioritárias:
Socorro, Urgência, Segurança.
Chamada de Socorro– chamadas que envolvem risco de vida e/ou grave e
iminente perigo. Essa chamada deve ser imediatamente atendida e tem
prioridade absoluta sobre todas as outras.
Chamada:
MAYDAY, MAYDAY, MAYDAY
Aqui é Nome do barco, Indicativo de chamada, posição, natureza do socorro,
assistência solicitada, descrição do barco, nº de pessoas a bordo, câmbio.

Chamada de Urgência– reservada às situações que envolvam a segurança do


barco ou de alguma pessoa a bordo que seja séria porém, que ainda não tenha
o nível de perigo imediato (exemplo: perda de governo, dificuldades médicas
etc). A chamada implica assistência
Chamada:
PAN, PAN, PAN
Nome do barco, Indicativo de chamada, mensagem de urgência, posição,
Nome do barco, câmbio.
Chamada de Segurança – reservada para informação a respeito da
segurança da navegação. A Autoridade Marítima encoraja a todos os homens
do mar a transmitirem mensagens de segurança quando localizarem um perigo
à navegação de qualquer natureza.
Chamada:

53
SECURITE, SECURITE, SECURITE
Todas as estações aqui é Nome do barco, canal ―X‖ para mensagem, câmbio
final (vá para o canal, repita a chamada acima e providencie a mensagem

12. AVISO DE SAÍDA

Entregue o aviso de saída ao


iate clube ou marina e siga à
risca o seu planejamento, para
possibilitar o seu resgate em
caso de emergência.
Se não estiver em clube ou
marina, deixe alguém em terra
ciente para onde você vai e a
que horas pretende retornar.

13. PRIMEIROS SOCORROS

Os Primeiros Socorros são as primeiras medidas emergenciais, o objetivo é


auxiliar a vítima o mais rápido possível, utilizando os recursos materiais e
humanos disponíveis no local antes da chegada do socorro especializado.
O socorrista deve agir com bom senso, tolerância e calma.
O primeiro atendimento mal sucedido pode levar vítimas de acidentes a
seqüelas irreversíveis, porém, ―quando aplicados com eficiência, os primeiros

54
socorros significam a diferença entre ―vida e morte‖, ―recuperação rápida e
hospitalização longa‖ ou,‖ invalidez temporária e invalidez permanente‖.
Princípios gerais dos primeiros socorros:
Verifique através de exame rápido se a vítima está respirando. Se não estiver,
inicie imediatamente a RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL e o MASSAGEAMENTO
CARDÍACO. Cada segundo que passa põe a vida em perigo;
Se existe hemorragia, estanque-a o mais rápido possível. Uma grande perda
de sangue pode conduzir à morte;
O acidentado ou doente deve ser mexido o menos possível e com a maior
suavidade. Se estiver de deslocá-lo faça-o cuidadosamente, pois qualquer
solavanco repentino pode agravar seriamente o estado agravado por um
traumatismo;
A posição da vítima deve se cômoda e permitir-lhe respirar o melhor possível.
Alargue a roupa da vítima em volta do pescoço, peito e abdômen;
Não tire da vítima mais roupa do que o necessário e quando fizer faça-o com
cuidado;
Em caso de fraturas o acidentado só deve ser movimentado após a
imobilização das fraturas. O transporte deve ser suave e eficiente;
Jamais presuma quem a vítima está morta antes de ter executado
determinados testes.

Importante:
É essencial que qualquer comandante tenha a certeza de ter a bordo uma
caixa de primeiros socorros, que deverá ser tão mais completa, quanto maior
for sua permanência prevista no mar.

Sinais vitais de um acidentado:


Observe o nível de consciência, a sensibilidade e a capacidade de
movimentação muscular do acidentado.

Verificar se a temperatura da vítima está muito alta em relação à sua própria


temperatura corporal;
Desobstruir as vias aéreas quando necessário;
A respiração pode ser observada por meio dos movimentos do tórax e do
abdômen e por sons percebidos ao aproximar o seu ouvido do nariz da vítima;
A verificação da pulsação pode ser sentida por meio do tato. O ponto mais
indicado para sentir a pulsação é o pescoço ou carotídeo.

Portanto como podemos fazer uma análise primária da vítima:

Análise primária:
1- Verifique a inconsciência;
2- Abra as vias aéreas respiratórias;
3- Verifique a respiração; Podemos aproximar o nosso ouvido da boca da
vítima e, ao mesmo tempo, ver se há algum movimento tóraco-abdominal, ouvir
a respiração da vítima e sentir o ar expirado por ela.
4- Verifique os batimentos cardíacos;

55
Em uma embarcação de esporte e recreio os casos mais comuns com
decorrente necessidade de PRIMEIROS SOCORROS são:

Parada respiratória
Sinais graves: ausência de movimentos do tórax, arroxeamento da face,
inconsciência, imobilidade. Observe o peito da vítima, se não mexer, houve
parada dos movimentos respiratório. Os lábios, a língua e unhas ficam
azuladas. Nesse caso a respiração artificial deve ser imediatamente iniciada. A
finalidade da respiração artificial é fornecer aos tecidos e em especial ao
coração e ao cérebro o oxigênio que lhes falta; deve prosseguir durante
bastante tempo, visto que a vítima só se reanima, por vezes, depois de longo
período.

Como fazer a respiração artificial:


BOCA A BOCA:
Deitar o paciente de costas em superfície plana e dura;
Desobstrua a boca e a garganta do paciente;
Ajoelhe-se ao lado do paciente, próximo a cabeça
Coloque uma das mãos na testa do acidentado para fazê-lo abrir a boca, e com
a outra tape seu nariz;
Respire profundamente;
Comprima sua boca contra a dele e sopre com força, até que o tórax do
paciente se eleve;
Retire sua boca, para que a pessoa possa expirar;
Mantenha o ritmo de 10 a 15 respirações por minuto, no caso de adultos.
Verifique sempre se a vítima não está recuperando seus movimentos
respiratórios;
Se vítima voltar a respirar, interrompa a respiração artificial, mas não desvie
sua atenção. Ela pode parar de respirar novamente.

MASSAGEM CARDÏACA EXTERNA


Coloque a vítima deitada de costas sobre superfície dura;
Coloque suas mãos sobrepostas na metade inferior do esterno;
Faça a seguir uma pressão, com bastante vigor, para que se abaixe o esterno,
comprimindo o coração de encontro à coluna vertebral;
Descomprima em seguida;
Repita a manobra tantas vezes quantas forem necessárias (cerca de 69 vezes
por minuto).

PARADA CARDIORESPIRATÓRIA
É a ausência das funções vitais, movimentos respiratórios e batimentos
cardíacos. A ocorrência isolada de uma delas só existe em curto espaço de
tempo; a parada de uma acarreta a parada da outra. A parada
cardiorrespiratória pode levar a vítima à morte no período de 3 a 5 minutos.
Sinais e sintomas
• Inconsciência;
• Ausência de movimentos respiratórios e batimentos cardíacos.

56
Como proceder:
Alterne a massagem cardíaca externa coma a respiração a uma razão de 8
pressões para cada respiração.

Enjôo
No mar, com grande freqüência, necessitamos cuidar de uma pessoa enjoada.
O melhor tratamento para enjôo é o preventivo. Antes de sair para o mar e
depois de 6 em 6 horas, darmos as pessoas que acreditam que irão enjoar
comprimidos anti-enjôo. Se uma pessoa vomitar, baixe-lhe a cabeça e vire-a de
lado, a fim de evitar que o vômito vá para os pulmões. Se ela apresentar
dificuldades de respirar, pode vir a ser necessário retirar o vômito de sua boca
com um pedaço de pano, ou com o próprio dedo do socorrista.

Choque elétrico
A passagem de corrente elétrica pelo corpo pode produzir um formigamento ou
uma leve contração dos músculos, ou ainda uma sensação dolorosa. Choques
mais intensos podem lesar músculos ou paralisar o coração, como também a
respiração e, nesse caso, se o acidentado não for socorrido dentro de poucos
minutos, a morte sobrevém.
Como proceder:
Corte o mais rápido possível o contato da vítima com a corrente;
Se não for possível cortar a corrente tome precauções para proteger a si
próprio de qualquer choque quando tentar puxar o acidentado pela roupa. Use
materiais secos e isolantes;
Tão logo a vítima esteja livre, não perca tempo em removê-la, desaperte suas
roupas.

Afogamentos
Em caso de afogamento afrouxe as roupas da vítima e deite-a de bruços com a
cabeça virada de lado e apoiada sobre os braços, para facilitar a saída de água
dos pulmões. Verifique se há obstruções das vias respiratórias e tire de sua
boca quaisquer objetos estranhos, como por exemplo, dentes postiços.

Aplique a respiração artificial.


O corpo do paciente deve ficar ligeiramente inclinado (cabeça mais baixa que
os pés) para permitir a drenagem de líquidos das vias respiratórias.
Mantenha o paciente em repouso até que chegue socorro médico adequado ou
até que apareça assegurado o seu restabelecimento.

Salvamento de Afogados
O nadador quando se aproximar de uma pessoa que está se afogando deve
tomar cuidado para que esta não o abrace ou agarre de forma a lhe por em
risco também a sua vida.
O salvador deve nadar de modo a aproximar-se pelas costas da vítima,
pegando-a pelos cabelos ou pelas roupas, de forma a mantê-la com o rosto
fora d’água e assim rebocá-la para o local de apoio ou abrigo. A pessoa a ser
salva, podendo respirar livremente, em geral mantém-se quieta e coopera com
o salvador. Se houver corrente forte ou se o local for muito afastado de terra ou

57
da embarcação de socorro, não tente nadar para evitar o cansaço. O melhor é
agüentar o náufrago até que chegue auxílio.

Hemorragias
A hemorragia externa é a perda de sangue ao rompimento de um vaso
sanguíneo (veia ou artéria). Quando esta é visível à superfície do corpo trata-se
hemorragia externa. A hemorragia externa pode ser:
Artificial - sangue escarlate vivo, esguichando em jatos rítmicos.
Venosa - sangue escuro e continuo
Capilar - a hemorragia devida a feridas comuns.

A hemorragia venosa não é geralmente perigosa, embora possa provocar


alarme. Ela é facilmente controlável por compressão.

A hemorragia Arterial pode fazer com que o acidentado perca grande


quantidade de sangue em poucos minutos. É este tipo de hemorragia que põe
a vida em perigo; na hemorragia arterial, a compressa ou o garrote devem ser
feitos entre a ferida e o coração. Toda hemorragia abundante e não controlada
pode causar a morte em 3 a 5 minutos. Estanque a hemorragia, use uma
compressa limpa e seca de: gaze / pano ou um lenço limpo.
Coloque a compressa sobre o ferimento, pressione com firmeza, use atadura,
uma tira de pano, gravata ou outro recurso que tenha á mão para amarrá-la
bem firme no lugar;
Manter o acidentado agasalhado com cobertores ou roupas, evitando contato
com o chão frio e úmido;

A perda abundante de sangue pode resultar no estado de choque e


eventualmente na morte da vítima, e para que se preste o atendimento correto,
o procedimento deve ser realizado ao ponto que o socorrista e a vítima tenham
segurança.

O que não fazer:


Não coloque medicamentos ou soluções caseiras no local, para evitar alergia
ou infecção;

O torniquete é o último recurso usado por quem fará o socorro, devido aos
perigos que podem surgir por sua má utilização, pois com este método impede-
se totalmente a passagem de sangue pela artéria. Deve ser utilizado somente
em casos de hemorragias intensas e de grande gravidade e realizada por
socorrista que tenha domínio desse método.

Fraturas
A fratura é a quebra da continuidade do osso e ocorre quando o osso é
submetido a estresse maior do que ele pode suportar. As fraturas podem ser
causadas por uma pancada direta, impacto violento, movimento de rotação
repentina e, mesmo, contração muscular extrema. Apesar de o osso ser
afetado, outras estruturas adjacentes também são atingidas, resultando um
edema de tecidos moles, hemorragia no músculo e articulações, luxações
articulares, ruptura de tendões, nervos rompidos e vasos

58
sangüineosdanificados. Os órgãos corporais podem ser lesados pela força que
causa a fratura ou pelos fragmentos da fratura, e por esse motivo,
imediatamente após um trauma, a pessoa pode ficar em estado de confusão,
não ter consciência da fratura e tentar caminhar com perna fraturada. Por isso
quando se suspeita de fratura, é importante imobilizar a parte do corpo afetado
imediatamente antes do paciente ser movimentado. O movimento de
fragmentos de fratura causara dor adicional, danos de tecidos moles e
sangramentos.
As fraturas podem ser simples ou expostas (há rompimento da pele).

Como proceder:
Verificar a presença de dificuldade respiratória, mantendo as vias aéreas
permeáveis;
Movimentar apenas o indispensável;
Em caso de fratura exposta, cubra o ferimento com gaze ou pano limpo. Nunca
tente realinhar o membro ou "encaixar" o osso, pois isto agravará a situação
(lembre-se que em caso de hemorragia, a mesma merece atenção e deve ser
tratada como descrito no item específico);
Aplicar talas;
Providenciar socorro médico o mais rápido possível.

Queimaduras
As queimaduras são lesões causadas por calor, agentes químicos, corrente
elétrica ou irradiação. São classificadas de acordo com a profundidade e
extensão da lesão causada à pele, sendo denominadas por queimadura de 1º
grau, 2º grau e 3º grau.

Considerando a profundidade, as queimaduras são classificadas em:


Primeiro grau: quando a lesão é superficial. Aparecerão vermelhidão, inchaço e
dor.
Segundo grau: quando a ação do calor é mais intensa. Além da vermelhidão,
aparecem bolhas ou umidade na região afetada. A dor é mais intensa também.
Terceiro grau: há destruição da pele. Atingem gordura, músculo e até ossos.
Pela destruição das terminações nervosas, ocorre pouca ou nenhuma dor. A
pele apresenta-se esbranquiçada ou carbonizada.

Como proceder:
A primeira providência a ser tomada é isolar a vítima do agente causador do
acidente e, em seguida lavar com água corrente limpa em abundancia a área
queimada, sem esfregar;
Cobrir a área queimada com gaze molhada em solução forte de ácido bórico ou
bicarbonato de sódio. A vaselina boricada ou a pura podem ser usadas na falta
das soluções acima;
Não aplicar anti-sépticos, pós, óleos, gorduras ou graxas;
Não tentar arrancar a roupa que tenha ficado colada;
Não tocar em nenhuma queimadura com os dedos;
Nunca rebente nem fure as bolhas;
Nunca esfregue uma queimadura;

59
Mantenha o queimado em repouso e procure ajuda médica.

Insolação

Exposição ao calor do sol.


Sintomas:
Dor de cabeça, rosto afogueado, pele quente e seca em suor, pulso forte e rápido,
temperatura elevada e com a vítima geralmente desacordada.
Tratamento: Deitar a vítima com a cabeça elevada. Refrescar o corpo com banhos,
ou compressas frescas, não dando estimulantes.

Intermação

Exposição ao calor radiante ou ambiental (praça de máquinas, porões,


fornalhas etc).
Sintomas: Rosto pálido, vertigens, pele úmida e fresca, suores abundantes,
pulso fraco e temperatura baixa.
Tratamento: Deitar a vítima com a cabeça mais baixa que o corpo, podendo
existir a necessidade de um aquecimento e de estimulantes

14. NOÇÕES DE SOBREVIVÊNCIA NO MAR


Podemos considerar que todos nós somos que frequentamos o mar, sejamos
amadores ou profissionais, somos náufragos em Potencial.
Por isso é muito importante termos os conhecimentos mínimos que nos
possibilite enfrentarmos com sucesso as situações de sobrevivência no mar.
Algumas embarcações classificadas como Interior de Porto, devem ter a bordo
dispositivos adequados de salvamento. (Navegam em áreas de maior risco)
Para viver, o homem necessita de:
– ABRIGO,
– ÁGUA,
– COMIDA,
– REPOUSO e
– Fundamentalmente, a VONTADE DE VIVER.
Mesmo que o náufrago se dispõe de uma embarcação de salvamento , não
deve se afastar muito do local do acidente para facilitar o resgate.

Como se comportar em Mar aberto em caso de Naufrágio.

Dicas:

60
 Manter a Calma (Pânico não irá ajudar pois afeta o julgamento e faz você
perder ritmo da respiração)
 Escolha o ritmo da Natação ( O estilo de natação determina por quanto
tempo você pode resistir )
 Águas Calmas ( nadar de costa, relaxamento, e respirar com calma)
 Águas agitadas ( nadar de frente, de peito, respirando e afundando a
cabeça na água e soltando o ar e poupando energia mantendo a cabeça o
quanto possível fora da água);
 Achar algum objeto flutuante para apoio ( Principal bote inflável)
 Roupas ( Não remover as roupas para não ficar exposto ao sol, mantendo o
abrigo do sol o quanto possível)
 Comida ( Decida o que comer se caso tiver comida de emergência como
rações dividir em pequenas porções diárias, tentar pescar mesmo se tiver
estoque de comida, peixe contém líquido)
 Consiga Líquidos ( água é mais importante que comida, você está
queimando pouca energia, nunca beber água salgada, tentar armazenar
água da chuva porque é considerada seguro para consumo)
 Pedir ajuda do jeito certo ( se caso não souber onde está não reme, ir pela
corrente, se caso ver alguma embarcação de longe não pular na água,
fazer sinal com um espelho ou lata, não tente fazer sinal usando fogo para
correr o risco)
 Não perca a ESPERANÇA ( Desespero seu maior inimigo).

15. HOMEM AO MAR

Em caso de ―Homem ao Mar‖ a primeira e principal providência é trazer o barco


o mais rapidamente possível para perto da vítima. A vítima, não deve ser
perdida de vista.

Ações a serem desenvolvidas de pronto

61
 Qualquer pessoa a bordo que veja outra cair ao mar deve gritar
imediatamente:
 Homem ao Mar por Boreste ou ―Homem ao Mar por Bombordo,
conforme o caso, mantendo seus olhos sobre a vítima e apontando
enfaticamente para a pessoa na água. Esta pessoa não deve ter outra
tarefa que não a vigilância permanente sobre a vítima.
 A pessoa que deu o alarme deve atirar pela borda qualquer objeto
flutuante para auxiliar como ponto de referência.
 Outro membro deverá expedir uma mensagem de urgência (PAN, PAN,
PAN ) para alertar embarcações na vizinhança sobre a ocorrência.
 Simultaneamente o timoneiro deverá quebrar o seguimento do barco e
inverter o rumo.

Bandeira Oscar - Homem ao Mar

Em um barco a motor quebramos o


seguimento e iniciamos uma guinada
imediata de 60º em direção à vítima
fazendo um simples círculo (método
Williamson) considerado atualmente como
o mais eficaz e rápido para uso em
embarcações a motor amadoras
independente da experiência do seu
condutor.

À noite ou em visibilidade
reduzida, e quando não se tem
certeza do instante em que a
pessoa caiu ao mar, a manobra
de ―Boutakoff‖ que é uma
guinada de 70º é a melhor
maneira de inverter o rumo e
chegar ao local da queda.

62
Código Internacional de Sinais – CIS

63
16. PROCEDIMENTO PRÉ E PÓS-USO DA EMBARCAÇÃO

Antes de sairmos com nossa embarcação ao plano de navegação, devemos


sempre verificar e checar alguns itens de segurança pertinentes a navegação
e a salvaguarda da vida humana.
Verificar:
 Coletes: Nº suficientes para todos os que irão embarcar (lotação);
 Inspecionar e vistoriar o casco quanto à sua estanqueidade (bombas
esgoto, luzes navegação, rádio VHF);
 Material contra o incêndio, prazo de validade e conservação extintores;
 Condição das baterias;
 Nível de óleo do motor;
 Planejamento do seu trajeto ( cartas náuticas da região, tipo sinalização
região a navegar);
 Regra de 1/3 – calcular com margem de segurança o consumo
combustível;
 No caso de moto-aquática fazer o flush (adoçamento) após o uso em
água salobra ou salgada;
 Verificar previsão do tempo, disponível nos sites:
 www.dhn.mar.mil.br e www.cptec.impe.br

Check-list

 Inspecionar o casco
 Verificar se a entrada de água da turbina está limpa
 Drenar o fundo do casco. Assegurar que os bujões estejam
apertados
 Verificar combustível;
 Verificar nível de óleo do motor;
 Verificar nível de líquido de arrefecimento;
 Documentação (habilitação de amador, título de inscrição e seguro
DPEM);
 Colete salva-vidas e chave segurança;
 Calçados, óculos protetor e luvas.

NUNCA PILOTE APÓS TER CONSUMIDO DROGAS OUÁLCOOL!

64
Relembrando:

RIPEAM
1) O RIPEAM tem por finalidade evitar o abalroamento no mar, utilizando-se regras
internacionais de navegação luzes e marcas e, ainda, sinais sonoros.
2) Na situação de roda a roda, ou seja as embarcações proa com proa, as duas
guinam para boreste.
3) Na situação de rumos cruzados, tem preferência de passagem a embarcação que
avistar a outra pelo seu bombordo, isto é, a que vê a luz verde.
4) No caso de uma embarcação alcançando a outra, tem preferência de passagem a
que está com maior velocidade, alcançadora, que deverá manobrar para passar pela
outra, à frente.
5) Um veleiro e uma lancha vinham navegando em rumos cruzados. Tendo
preferência de passagem, o veleiro não manobrou e esperou que a lancha guinasse,
enquanto se aproximava rapidamente dela. Houve uma colisão das duas
embarcações. Podemos concluir que apesar da lancha ter errado por não manobrar,
para evitar o acidente, o veleiro não pode ser isentado de culpa pois, a embarcação
que tem preferência deverá manobrar para evitar a colisão, caso a outra, obrigada a
manobrar, não o faça.
6) Toda manobra deverá ser feita de forma franca e positiva, com ampla antecedência,
demonstrando à outra embarcação, que houve alteração de movimento
7) No caso de um rio onde duas lanchas de esporte e recreio navegam em rumos
opostos, a embarcação que vem a favor da corrente deverá se posicionar no meio do
rio e a outra na sua margem de boreste, sendo que a que vem a favor da corrente tem
preferência.
8) Em canais estreitos as embarcações devem navegar pela margem mais próxima a
seu boreste e sempre manobrar para boreste quando verificar o risco de colisão.
9) Num canal ou rio, principalmente estreitos, a embarcação maior tem preferência em
relação à miúda.
10) A velocidade de segurança é velocidade que possibilita uma ação apropriada e
eficaz de evitar uma colisão e de parar a embarcação a uma distância segura e,
quando cruzamos com outras embarcações atracadas ou fundeadas ou mesmo
localizadas às margens dos rios e canais, devemos diminuir a velocidade.
11) Uma embarcação à vela tem preferência de manobra em relação a uma
embarcação a motor.
12) As luzes de navegação mais comuns, em embarcação de esporte e recreio são
uma luz branca a vante, uma luz de alcançado branca, luzes verde e encarnada
(vermelha), combinadas.

65
13) Os sinais sonoros que podem ser emitidos por apitos, buzinas ou ainda sinos, são
utilizados nas situações de manobra, advertência e em baixa visibilidade.
14) Um apito curto significa que estou guinando para boreste.
15) Dois apitos curtos significam que estou guinando para bombordo.
16) Três apitos curtos significam que estou dando "máquinas atrás".
17) Dois apitos longos seguidos de dois curtos significam que estou ultrapassando por
bombordo.
18) Dois apitos longos seguidos de um curto significam que estou ultrapassando por
boreste.
19) Cinco apitos curtos ou mais significam que não entendi suas intenções de
manobra.
20) Um apito longo de dois em dois minutos significam que existe embarcação a motor
em movimento, com visibilidade restrita.
21) Dois apitos longos de dois em dois minutos significam que existe embarcação
parada, em visibilidade restrita.
22) Uma embarcação sem governo tem preferência em relação à embarcação à vela,
à embarcação com capacidade de manobra restrita e à embarcação engajada na
pesca.
23) Embarcação fundeada deverá exibir uma luz branca onde melhor possa ser vista.
24) Embarcação com reboque de menos 200 metros de comprimento deverá exibir
duas luzes branca no mastro.
25) Embarcação com reboque de mais de 200 metros de comprimento deve exibir três
luzes brancas no mastro.
26) Embarcação de grande porte que carrega cargas perigosas deverá exibir, à noite,
uma luz encarnada (vermelha) no alto do mastro.
27) Durante o dia, uma embarcação fundeada deverá exibir um balão preto no mastro.
28) Em curvas de rios ou canais estreitos, onde a visibilidade é prejudicada, devemos
dar um apito longo para chamar atenção.
29) O apito curto tem a duração de aproximadamente 1 segundo.
30) O apito longo tem a duração de 4 a 6 segundos.
31) A forma mais correta de cruzar uma embarcação com outra embarcação vindo em
sentido contrário é bombordo com bombordo.
32) As luzes de navegação não, deverão ser usadas quando a embarcação estiver
atracada no cais.
33) Na ausência de apito, a embarcação poderá utilizar buzina ou sino para sinalizar
as suas intenções.
34) As embarcações de esporte e recreio, sem propulsão a motor, com menor de 5
metros de comprimento estão dispensadas de usar buzina ou outro dispositivo que a
substitua.

66
35) Um balão preto içado no mastro principal ou onde melhor possa ser visto não
constitui sinal de perigo.
36) Uma luz intermitente amarela cruzando o canal, à noite, poderá ser uma
embarcação desenvolvendo grande velocidade ao navegar.
37) Uma embarcação de esporte e recreio deverá evitar cruzar uma via de tráfego,
tanto quanto possível, porém, se for necessário tal manobra, deverá fazer de forma a
cruzar perpendicularmente a via de tráfego.
38) As luzes de bordos, de mastro e de alcançado são setorizadas para melhor
identificar o movimento da embarcação, à noite.
39) O holofote pode ser utilizado em rios estreitos para, à noite, iluminar curvas.

BALIZAMENTO
40) São situações normalmente indicadas por balizamento os perigos naturais, limites
laterais dos canais, zonas de acidentes marítimos importantes e novos perigos.
41) São sinais de balizamento: sinais laterais e sinais especiais; sinais cardinais e
sinais laterais; sinais de perigo isolado e sinais cardinais.
42) A identificação dos sinais durante o dia é feita por marca de tope, forma e cor. 4
43) A bóia cega é que não emite luzes.
44) A identificação do balizamento, à noite, é feita por ritmo de apresentação e cores
das luzes.
45) O sistema de balizamento poderá ser de um dispositivo chamado Racon que é um
sistema que emite um sinal na tela do radar e que facilita, portanto, a sua identificação.
46) O único caso em que utilizamos um balizamento dobrado, com dois sinais iguais é
no caso de perigo isolado não registrado na carta náutica.
47) O sinal lateral de canal que fica a boreste de quem entra no porto tem a cor
encarnada.
48) A bóia de bombordo emite luz, à noite, de cor verde.
49) O sinal lateral de canal que fica a bombordo, de quem entra no porto, tem a cor:
verde.
50) A bóia de boreste emite luz, à noite, de cor encarnada.
51) O balizamento que indica águas seguras, possui as cores branca e encarnada.
52) O balizamento que indica perigo isolado, possui as cores preta e encarnada.
53) O balizamento que indica qual o quadrante que, a partir dele, temos águas
seguras, tem as cores amarela e preta.
54) O balizamento de canal preferencial, tem as cores: verde e encarnada.
55) À noite, a cor das luzes de sinais cardinais, perigo isolado e águas seguras é
branca.

67
56) As bóias do balizamento podem ser cegas ou luminosas.
57) À noite, a cor da luz emitida , pelo balizamento de canal preferencial a boreste é
verde.
58) À noite, a cor da luz emitida, pelo balizamento de canal preferencial a bombordo é
encarnada.
59) A numeração do balizamento de canal segue a ordem crescente, a partir da
entrada do canal.
60) Uma bóia com cor preta e uma ou mais faixas horizontais encarnadas indica
perigo isolado.
61) Uma bóia com cores brancas e encarnadas em faixas verticais, indica águas
seguras.
62) Os formatos das bóias laterais de canal são cilíndrico, pilar, charuto ou cônego.
63) Quando um navegante, em sua embarcação, vem se aproximando de uma
bifurcação de canal e se depara com um balizamento de duas cores, e sendo que ele
verificou que a maior profundidade estava no canal a seu boreste, as duas cores vistas
pelo navegante são verde, com uma faixa horizontal encarnada.
64) No balizamento de uma hidrovia, ao observar-se um sinal ―X‖ numa placa, à
margem do rio, significa trocar de margem
65) No balizamento de uma hidrovia, ao observar-se um sinal ―H‖ numa placa, à
margem do rio, significa seguir meio do canal.
66) No balizamento de uma hidrovia, ao observar-se um sinal ―Y‖ numa placa no rio,
significa bifurcação de canal.
67) No balizamento de uma hidrovia, ao observar-se um sinal ―+‖numa placa no rio,
significa perigo isolado.
68) No balizamento de uma hidrovia, ao observar-se um sinal ― ‖ numa placa no rio,
significa seguir margem.
69) Numa ponte que atravessava o rio, ao observar-se dois losangos amarelos, um
ligado ao outro pelos pontos laterais, isto significa que o tráfego é permitido com
sentido único.
70) Numa ponte que atravessava o rio, ao observar-se um losango amarelo, isto
significa que o tráfego é permitido nos dois sentidos.
71) Numa ponte que atravessava o rio, ao observar-se um triângulo verde, isto
significa que o tráfego está à direita de quem desce ou sobe o rio.
72) Numa ponte que atravessava o rio, ao observar-se um retângulo pintado de
vermelho, isto significa que o tráfego está à esquerda de quem desce ou sobe o rio.
73) Numa ponte que atravessava o rio, ao observar-se um retângulo vermelho com
uma faixa larga horizontal branca no meio, isto significa que o tráfego está proibido.
74) Uma bóia, à noite, emitindo uma luz amarela, pode significar área de recreação. 6
75) À noite, foi avistada uma luz verde piscando e, pela carta náutica, verificou-se a
aproximação da entrada de um porto. O formato provável deste sinal é cilíndrico

68
76) Durante o dia, observou-se uma haste em forma de polar, com duas esferas pretas
na sua parte de cima. Provavelmente estamos diante de um perigo isolado.
77) Durante o dia, observou-se um pilar, com dois cones pretos em cima.
Provavelmente estamos diante de um quadrante de águas seguras.
78) O balizamento de interior de porto obedecerá a regras definidas e deverá ser
utilizado, pelo navegante, como orientação para uma navegação segura.

MANOBRA
79) A temperatura da água é um fator que não altera condições de manobra da
embarcação.
80) O leme é uma estrutura metálica ou de madeira, que tem por finalidade dar direção
a embarcação e mantê-la no rumo determinado.
81) O hélice é uma estrutura metálica, que possui pás e serve para movimentar a
embarcação através de seu próprio giro, acoplado através de um eixo longitudinal a
um motor.
82) As âncoras são peças metálicas, capazes de prender no fundo, para permitir que a
embarcação se mantenha fundeada, ou seja, sem se deslocar da posição
83) As amarras são elos ou cabo que serve para prender a âncora ao paiol da amarra
ou ao convés da embarcação.
84) As fainas de fundear ou suspender devem ser feitas sempre observando as
condições de vento, corrente e maré, procurando afilar-se ao que predominar mais.
85) Uma das condições que não é necessária para caracterizar um bom fundeadouro
é ter um espaço limitado para não se fundear fora da área permitida.
86) Para atracar deve-se, em geral, manobrar da seguinte forma: aproximar do cais,
num ângulo de 45º, de modo a passar um cabo de proa logo que possa, colocando o
leme para o bordo oposto ao do cais, para deslocar a popa para este.
87) Os cabos principais de amarração são lançantes, espringues e traveses.
88) As espias são cabos de amarração usados na faina de atracar uma embarcação.
89) Havendo correnteza no local, que se vai atracar uma lancha, devemos aproveitar
seu efeito e atracar contra a correnteza, passando-se um cabo dizendo para vante e
outro dizendo para ré.
90) Para desatracar a embarcação devemos largar os cabos de ré, procurando
manobrar para abrir a popa e com, o motor dando atrás, aproveitar o efeito do leme
para afastar a popa e então largar os cabos de vante.
91) Com correnteza de proa minha a desatracação se processa folgando primeiro os
cabos de vante e mantendo os de ré apertados.
92) A bóia de arinque é utilizada para indicar o local onde a âncora ficou presa no
fundo.
93) São partes de uma embarcação: proa, popa, boca, quilha, bordos e convés.

69
94) O través é a espia que serve para amarrar a embarcação, saindo
perpendicularmente ao cais.
95) Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a meio, com
seguimento e hélice em marcha avante, a proa guinará para boreste lentamente.
96) Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a meio, com
seguimento e hélice em marcha a ré a proa guinará para boreste lentamente.
97) Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a boreste, com
seguimento e hélice em marcha avante, a proa guinará para boreste.
98) Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a boreste, com
seguimento e hélice em marcha a ré, a proa guinará para boreste lentamente.
99) Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a bombordo, com
seguimento e hélice em marcha avante, a proa guinará para bombordo.
100) Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a bombordo,
com seguimento e hélice em marcha a ré, a proa guinará para boreste rapidamente.
101) Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a meio, partindo
do repouso e hélice em marcha avante, a proa guinará para bombordo lentamente.
102) Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a meio, partindo
do repouso e hélice em marcha a ré, a proa guinará para boreste lentamente.
103) Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a boreste,
partindo do repouso e hélice em marcha avante, a proa guinará para boreste
lentamente.
104) Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a boreste,
partindo do repouso e hélice sem marcha a ré, a proa guinará para boreste
lentamente.
105) Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a bombordo,
partindo do repouso e hélice em marcha avante, a proa guinará para bombordo
rapidamente.
106) Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a bombordo,
partindo do repouso e hélice em marcha a ré, a proa guinará para boreste muito
lentamente.
107) A manobra de suspender é sair com a embarcação do local de fundeio,
recolhendo a âncora.
108) A âncora Danforth é a mais comum a bordo das embarcações de esporte e
recreio.
109) São partes do leme: madre, cana e porta.
110) Numa atracação, com vento ou corrente perpendicular ao cais, com aproximação
a barlavento, deve-se aproximar com a embarcação paralela ao cais, com pouco
seguimento.
111) Numa atracação, com vento ou corrente perpendicular ao cais, com aproximação
a sotavento, deve-se aproximar com a embarcação com um ângulo aproximado de 45º
com o cais.

70
112) Numa atracação com vento ou corrente, paralelos ao cais, deve-se aproximar
com a embarcação sempre contrário ao vento ou corrente, com ângulo agudo ao cais.
113) Para se largar do cais, sem vento e sem corrente , deve ser feita com o leme
contrário ao cais e máquina devagar adiante, largar todas as espias, exceto a de ré,
que esteja dizendo para vante.
114) Para se largar de um cais, com vento e corrente pela proa, deve ser feita
largando todas as espias, exceto a que diz para vante, na popa, mantendo o leme
contrário ao cais.
115) Para se largar de um cais, com vento corrente pela popa, deve ser feita largando
todas as espias, exceto a que diz para ré, na proa, mantendo o leme na direção do
cais.
116) Deve-se fundear a embarcação de esporte e recreio, com a âncora Danforth,
evitando os fundeadouros de tença de areia dura.
117) A regra simples para se determinar a quantidade de amarra a se largar num
fundeio normal é de, no mínimo, 3 vezes a profundidade local.
118) Quando houver risco de mau tempo ou o fundeio for muito demorado, a regra
para se largar a amarra, com segurança da embarcação não sair da posição é de 5
vezes a profundidade local.
119) Para se pegar uma bóia, para amarrarmos uma embarcação, devemos proceder
aproados a ela, com pouco seguimento.
120) A tença é um tipo de fundo (qualidade).
121) Deve-se evitar fundear em área onde o espaço de giro da embarcação seja
limitado.
122) Para se suspender de um fundeadouro, devemos ir recolhendo a âncora, com
máquina devagar adiante, caso a amarra esteja tesada para vante.
123) Uma embarcação no visual da minha, para existir, com certeza, o risco de
colisão, deverá apresentar a situação de marcação constante e distância diminuindo.
124) Para fundear deve-se inverter a máquina e quando estiver caindo a ré, largar
âncora.
125) Quando numa embarcação de dois hélices, um deles dá atrás e outro adiante,
com a mesma rotação, essa embarcação tende a girar a proa para o mesmo bordo do
hélice que dá atrás.
126) Para se fundear com correnteza e vento, deve-se aproar ao vento, caso a
embarcação tenha uma estrutura alta no convés.
127) Quando duas embarcações navegam num canal estreito, em rumos opostos,
aproximando- se, ambos devem tomar a margem de seu boreste..
128) Uma correlação está totalmente correta é: Boreste – lado direito da embarcação;
Bombordo – lado esquerdo da embarcação: A Vante – fica na frente; e A Ré – fica
atrás.

71
COMBATE A INCÊNDIO
129) Só haverá fogo quando ocorrer a presença de três elementos do triângulo do
fogo: o comburente, o combustível e a temperatura de ignição.
130) A combustão é a queima de substâncias sólidas ou gasosas, na presença de ar
atmosférico (oxigênio).
131) O combustível é o elemento da natureza capaz de se queimar na presença de
oxigênio.
132) O comburente é um elemento da natureza que reage com as substâncias para
gerar a combustão, como, por exemplo, o oxigênio.
133) Os equipamentos de combate a incêndio mais comumente encontrados a bordo
das embarcações de esporte e recreio são os extintores portáteis.
134) Extintores portáteis são equipamentos de combate a incêndio, que utilizam os
agentes extintores para apagar o fogo.
135) Se embarcação começa a pegar fogo e o vento está entrando por boreste. O seu
posicionamento para dar o combate às chamas deve ser mantendo-se na proa ou na
popa.
136) Os agentes extintores são as substâncias que extinguem incêndios.
137) O extintor de água deve ser utilizado no combate a incêndio em materiais sólidos
inflamáveis.
138) O incêndio da classe A ocorre em materiais sólidos inflamáveis.

139) Os extintores de CO2 são utilizados em incêndios em materiais elétricos.159) Os


extintores de espuma são utilizados em incêndios em líquidos inflamáveis.
140) O incêndio da classe B é o que ocorre em líquidos inflamáveis.
141) O incêndio da classe C é o que ocorre em materiais elétricos. 12
142) Para se utilizar o extintor de água, deve-se apertar o gatilho e direcioná-lo para a
base da chama.
143) Para se utilizar o extintor CO2, deve-se retirar o pino de segurança, segurar o
difusor e apertar o gatinho, direcionando o jato, para a base do fogo.
144) Para se utilizar o extintor de espuma , deve-se virar o extintor, com a tampa para
baixo, e dirigir o jato sobre a base das chamas.
145) O combate a incêndio é muito auxiliado quando removemos para longe o material
inflamável e resfriamos os locais próximos.
146) São cuidados que devemos ter com os extintores de CO2: evitar o contato direto
do jato com a pele e os olhos.

72
147) A água é um agente extintor que pode ser utilizado nos incêndios em
acomodações.
148) Os extintores portáteis devem ser arrumados em locais de fácil acesso e de risco
de incêndio.
149) Se estiver na cabine de comando e sentir cheiro de queimado vindo do motor. O
extintor portátil que deverá pegar deve ser o de Espuma.
150) Se estiver na popa da embarcação e ver sair fumaça no console de navegação.
O extintor que deve-se pegar é o de CO2.
151) Podemos improvisar, para apagar incêndios, na falta de um extintor portátil,
baldes de água.
152) Deve-se ter a bordo sempre extintores portáteis com número determinado, de
acordo com a lotação da embarcação.
153) A quantidade e o tipo de extintor portátil, nas embarcações de esporte e recreio,
devem ser cumpridos a bordo, para seguir viagem, e são definidos na NORMAM-03 da
DPC.
154) Os sistemas fixos de combate a incêndio são sistemas com difusores fixos.
155) Os incêndios, em locais de difícil acesso, são combatidos através de sistemas
fixos de agentes extintores.
156) São agentes extintores: água, CO2 e espuma.

PRIMEIROS SOCORROS

157) Quando por ocasião de um acidente a bordo, o acidentado não estiver


respirando, deve-se proceder uma respiração boca a boca
158) Para se realizar a respiração boca a boca, deve-se, antes, verificar se existem
corpos estranhos na sua boca.
159) A freqüência de sopros por minuto, numa respiração boca a boca é de10 a 15.
160) Caso seja verificado que, após ter feito a respiração boca a boca, o coração da
vítima ainda não está batendo, o procedimento correto será fazer massagem cardíaca
externa.
161) Caso o coração da vítima de um acidente a bordo, não esteja batendo, deve-se
iniciar a massagem cardíaca externa.
162) O outro sintoma que acompanha a parada cardíaca é a menina dos olhos
dilatada.
163) O murro forte no peito deve ser tentado no caso de parada cardíaca, e que às
vezes funciona, de imediato.
164) Após a massagem cardíaca ter feito o coração voltar a bater , deve-se continuar
a respiração boca a boca.

73
165) A freqüência ideal de compressão e descompressão do peito, na massagem
cardíaca externa é de 69 vezes por minuto.
166) Quando houver ao mesmo tempo, parada respiratória e parada cardíaca, deve-se
realizar movimentos intercalados, 8 massagens cardíacas e uma respiração boca a
boca.
167) Na respiração boca a boca, deve-se deixar a cabeça da vítima voltada para trás.
168) No caso de fratura de antebraço, pode-se imobilizá-lo com tábua, papelão ou
jornal grosso.
169) A tala é o dispositivo utilizado para imobilizar ossos quebrados, por meio de tiras
de pano amarradas a ele.
170) Para imobilizar o braço, deve-se deixá-lo dobrado.
171) Para fraturas na perna, pode-se prender madeiras compridas, por meio de tiras
de pano ou cinto, com a perna esticada.
172) A posição do pé, de uma perna quebrada, deve ser a mais natural possível.
173) Caso exista risco de incêndio ou de explosão, em local próximo à vítima
fraturada, deve-se removê-la primeiro do local de risco.
174) A vítima de choque elétrico precisa ser afastada do contato com a corrente
elétrica, utilizando material não condutor de eletricidade.
175) A peça de metal é um dos materiais que não deve ser utilizado para afastar a
vítima do contato com a corrente elétrica.
176) Após a retirada da vítima do contato com a corrente elétrica , caso seja
necessário, deve-se realizar respiração boca a boca e massagem cardíaca externa.
177) Nas pequenas queimaduras, deve-se lavar com água e evitar romper a bolha.
178) Antes de se cobrir as queimaduras, com pano limpo , deve-se passar mercúrio
cromo ou mertiolate.
179) Nas grandes queimaduras, nunca se deve tirar a roupa da vítima.
180) A hemorragia é uma grande perda de sangue.
181) Para estancar uma hemorragia, deve-se pressionar o local com pano grosso.
182) O torniquete é utilizado para estancar hemorragias muito grandes.
183) O torniquete deve ser aplicado, utilizando um pano largo e um pedaço de
madeira que se fixará ao pano, por meio de um nó e torcendo a madeira, a pressão
interromperá a hemorragia.
184) São cuidados importantes com o torniquete, exceto nunca desapertá-lo.
185) São atitudes certas, com relação a vítima de grandes hemorragias, não dar
líquidos enquanto estiver inconsciente e mantê-la agasalhada.
186) Os primeiros socorros são medidas emergenciais de prestação de socorro, antes
do encaminhamento médico.

74
SOBREVIVÊNCIA E SEGURANÇA NO MEIO MARINHO

187) O colete salva-vidas que deverá ser guardado a bordo, em quantidade exigida
pela NORMAM-13 da DPC, para ser vestido, no caso de ter que se abandonar a
embarcação, para que náufrago flutue com ele.
188) As embarcações de esporte e recreio classificadas para a navegação interior,
deverão ser dotadas, obrigatoriamente, de 01 bóiasalva-avidas (com retinida flutuante)
e coletes classe III (um para cada pessoa a bordo).
189) O colete salva-vidas deve ser utilizado amarrado ao corpo, com a parte flutuante
para frente.
190) O número de coletes a bordo deve atender ao limite máximo de pessoas a bordo.
191)Os coletes salva-vidas, deve ficar em local de fácil acesso, em caso de
necessidade, e nunca, amarrado à embarcação.
192) Um cabo flutuante com alça de mão deve ser amarrado na bóia circular, para
facilitar o resgate de alguém, que caiu na água.
193) No caso de abandono da embarcação, por causa de incêndio incontrolável, deve-
se pular, quando houver óleo na superfície d’agua, contra a correnteza.
194) Para se afastar da embarcação acidentada, o mais rápido possível, deve-se
nadar contra a correnteza e se for o caso, por baixo d’água, até afastar o risco de óleo,
na superfície.
195) Caso não haja vazamento de óleo e riscos de incêndio, nas proximidades da
embarcação, deve-se afastar dela nadando a favor da correnteza.
196) São perigos à embarcação, em águas interiores: toras de madeira flutuando,
troncos de árvore flutuando, pedras e bancos de areia.
197) Nunca devemos exceder o limite permitido de pessoas a bordo.
198) Para segurança da embarcação, deve-se proceder diversas verificações, antes
de sairmos para navegar como luzes de navegação, equipamentos de salvatagem e
de combate a incêndio.
199) A estabilidade da embarcação é prejudicada quando ocorre excesso de peso, em
partes altas da embarcação ou, má distribuição de pesos, em relação às laterais da
embarcação.
200) A bóia circular deve ser presa em local de fácil retirada.
201) A melhor maneira de saltar na água, utilizando o colete salva-vidas, é com as
pernas esticadas e os pés juntos.
202) Para improvisar material flutuante, em o caso naufrágio, devemos utilizar pneus,
latões, barris, toras ou pedaços grandes de madeira.
203) No caso de afogamento, proceder do seguinte modo: deite o afogado de lado,
para vomitar a água que bebeu, tire a roupa molhada e aqueça-o.
204) Caso o afogado não esteja respirando, deve-se deitá-lo de lado, limpar sua boca
de objetos que obstruam sua respiração e realizar a respiração boca a boca. 16

75
205) Caso o coração do afogado não esteja batendo, devo proceder uma massagem
cardíaca externa.
206) As cobras podem ser identificadas como venenosas, ou não, através de suas
pupilas e seu rabo.
207) A Sucuri é a maior cobra que existe e passa quase a vida na água.
208) As arraias ficam na lama, nas beiras dos rios e têm um ferrão venenoso, na ponta
do rabo.
209) A pessoa deve procurar abandonar a embarcação com roupas adequadas e
material desalvatagem.

NORMAS GERAIS
210) A NORMAM-13 da DPC estebelece normas sobre o emprego das embarcações
de esporte e/ou recreio, e atividades correlatas visando à segurança da navegação, à
salvaguarda da vida humana no mar e à prevenção contra a poluição do meio
ambiente marinho por tais embarcações.
211) Todo material e equipamento destinado a segurança da embarcação, tripulante,
passageiro e profissional não tripulante, tem de ser previamente aprovado pela DPC.
212) A Inspeção Naval é atividade, de cunho administrativo, exercida pela Capitania,
Delegacias e Agências, que auxiliam a Diretoria de Portos e Costas (DPC) a exercer
seu papel de fiscalização das normas.
213) São atitudes passíveis de suspensão ou apreensão da carteira de habilitação do
amador, pelo, prazo máximo de 120 dias: entregar a condução da embarcação à
pessoa não habilitada; conduzir embarcação em estado de embriaguez alcoólica ou
sob efeito de substância tóxica de qualquer natureza; utilizar a embarcação, para
transporte comercial de passageiros ou carga; ou utilizar a embarcação para prática
de crime.
214) As categorias de amador são: Veleiro, Motonauta, Arrais-Amador, Mestre-
Amador e Capitão- Amador.
215) O Veleiro está apto para conduzir embarcações à vela sem propulsão a motor,
nos limites da navegação interior (idade mínima 8 anos).
216) O Motonauta está apto para conduzir JET-SKI, nos limites da navegação interior
(idade mínima 18 anos).
217) O Arrais-Amador está apto para conduzir embarcações, nos limites da navegação
interior (idade mínima 18 anos).
218) O Mestre-Amador está apto para conduzir embarcações entre portos nacionais e
estrangeiros, nos limites da navegação costeira.
219) O Capitão-Amador está apto para conduzir embarcações entre portos nacionais e
estrangeiros, sem limites de afastamento da costa.
220) Qualquer pessoa, que tomar conhecimento da existência de vida humana em
perigo no mar, nos portos ou via navegáveis interiores deverá comunicar o fato à
Autoridade Marítima, com maior rapidez possível.

76
221) O amador terá sua habilitação cancelada quando: for encontrado conduzindo
embarcação já tendo sido suspensa sua carteira de habilitação; reincidência de
suspensão da carteira; ou permanecer por um período de 24 meses com validade da
carteira vencida.
222) O órgão responsável pela execução dos exames de amadores é a Capitania dos
Portos e seus órgãos subordinados.
223) O setor da Capitania dos Portos que fiscaliza o cumprimento das normas é a
Inspeção Naval.
224) O proprietário da embarcação de esporte e recreio é a pessoa que registrou a
embarcação em seu nome.

77
17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Barros, Geraldo Luiz Miranda de, Navegar é Fácil – 12. Ed. – Petrópolis
RJ : Catedral das Letras, 2006
 Apostila Arrais Amador – José Guilherme Guimarães Pimentel
 Apostila Aulas Preparatórias ao Exame de Arrais Amador
 Apostila do curso de formação de aquaviários da Marinha do Brasil
 Apostila de estudo do programa para o exame de Arrais amador- Eurico
Marcos de Castro Pereira
 Regulamento Internacional para Evitar Abalroamento no Mar- RIPEAM-7.
Manual do Veleiro e Arrais Amador, de MOACYR BASTOS ROLSZT e ELIANE
TEIXEIRA ROLSZT.
 Navegue Tranqüilo de HILVIR W. CATANHEDE.e) Navegação: A Ciência e a
Arte Vol. I – Navegação Costeira, Estimada e em Águas Restritas de ALTINEU
PIRES MÍGUENS.
 Site: https//www.mar.mil.br/pt-br/ssta/rlesta- acessado em 27/03/2020
 Site: https//www.mar.mil.br/sites/default/files/norman03_1.pdf -acessado em
27/03/2020
 Site: https://www.mar.mil.br/dhn/dhn/downloads/normam/normam_17.pdf-
acessado em 27/03/2020
 Site: www.clubedoarrais.com acessado em .20/03/2020
 Site: www.ebah.com.br acessado em 23/03/2020
 Site: www.veleiro.net acessado em 23/03/2020
 Site: docplayer.com.br acessado em 25/03/2020
 Site: www.boatforsale.com.br- acessado em 20/03/2020
 Site: borestenautica.com.br- acessado em 20/03/2020
 Site: www.eboat.com.br- acessado em 20/03/2020
 Site: www.allboats.com.br- acessado em 22/03/2020
 Site: www.veleiro.net- acessado em 23/03/2020
 Site: slideplayer.com.br- acessado em 23/03/2020
 Site; www.escolanautica.com.br- acessado em 23/03/2020
 Site; www.aquaseg.ufsc.br- acessado em 23/03/2020
 Site: www.proanautica.com.br- acessado em 23/03/2020
 Site; docplayer.com.br- acessado em 25/03/2020
 Site:www.navioseportos.com.br- acessado em 30/03/2020
 Site:katembe.blogspot.co m- acessado em 30/03/2020
 Site:www.qcveiculos.com.br- acessado em 30/03/2020
 Site: navegacaodeesporteerecreio.blogspot.com- 30/03/2020

78

Você também pode gostar