Você está na página 1de 14



  
 
Cópia não autorizada

SET 1987 NBR 10007


Amostragem de resíduos

ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Fax: (021) 220-1762/220-6436
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA

Procedimento
Origem: Projeto 01:603.02-004/1986
CEET - Comissão de Estudo Especial Temporária de Meio Ambiente
Copyright © 1987, CE-01.603.02 - Comissão de Estudo de Amostragem, Ensaios e Classificação
ABNT–Associação Brasileira de
Normas Técnicas
de Resíduos Industriais
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavra-chave: Resíduo sólido 14 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO lisada, apresenta as mesmas características e pro-


1 Objetivo priedades da massa total do resíduo.
2 Documentos complementares
3 Definições 3.2 Amostra simples
4 Condições gerais
5 Condições específicas Parcela do resíduo a ser estudado, que é obtida através
ANEXO A - Tabelas de um processo de amostragem e de um único ponto ou
ANEXO B - Amostradores recomendados para resíduos profundidade.
sólidos e procedimentos para seu uso
3.3 Amostra composta
1 Objetivo
Esta Norma fixa as condições exigíveis para amostragem, Soma de parcelas individuais do resíduo a ser estudado,
preservação e estocagem de amostras de resíduos obtidas em pontos, profundidades e/ou instantes di-
sólidos. ferentes, através dos processos de amostragem. Estas
parcelas devem ser misturadas de forma a se obter uma
2 Documentos complementares amostra homogênea.

Na aplicação desta Norma é necessário consultar:


3.4 Amostra homogênea
ASTM E 300 - Industrial chemicals, recommended
practice for sampling Amostra obtida pela melhor mistura possível das alíquotas
dos resíduos. Esta mistura deve ser feita de modo que a
AWWA-APHA-WPCI - Standard methods for
amostra resultante apresente características semelhantes
examination of water and wastewater
em todos os seus pontos. Para resíduos no estado sólido,
3 Definições esta homogeneização deve ser obtida por quarteamento.

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições 3.5 Quarteamento


de 3.1 a 3.6.

3.1 Amostra representativa Processo de mistura pelo qual uma amostra bruta é di-
vidida em quatro partes iguais, sendo tomadas duas par-
Parcela do resíduo a ser estudado, que é obtida através tes opostas entre si para constituir uma nova amostra e
de um processo de amostragem e que, quando ana- descartadas as partes restantes. As partes não descar-


  
 
Cópia não autorizada

2 NBR 10007/1987

tadas são misturadas totalmente e o processo de quar- reatividade, corrosividade, volatilidade e inflamabilidade.
teamento é repetido até que se obtenha o volume de- Os sólidos podem variar desde pós ou grãos até grandes
sejado. pedaços. Além disso, os resíduos podem estar contidos
em receptáculos com as mais diferentes formas e ta-
3.6 Amostrador manhos.

Equipamento ou aparelho utilizado para coleta de amos- Por isso, não existe um único amostrador que atenda a
tras. todos os tipos de resíduos. O Anexo B descreve os vários
tipos de amostradores que podem ser utilizados para a
4 Condições gerais obtenção de amostras de resíduos. A Tabela 2 do Ane-
xo A apresenta os amostradores recomendados para
4.1 Preparação para amostragem cada tipo de resíduo.

Esta seção estabelece as linhas básicas que devem ser 4.1.3.2 Seleção da embalagem da amostra
observadas, antes de se retirar qualquer amostra, com o
objetivo de definir o plano de amostragem (objetivo da Os aspectos mais importantes a serem considerados na
amostragem, número e tipo de amostras, amostradores, escolha de um frasco de amostragem são compatibilidade
local de amostragem, frascos e preservação da amostra). do material do frasco e da sua tampa com os resíduos,
resistência, volume e facilidade de manuseio. Em geral
4.1.1 Objetivos da amostragem para resíduos sólidos ou pastosos, podem ser utilizados
sacos plásticos de polietileno. Quando os resíduos con-
A escolha de uma determinada técnica de amostragem tiverem solventes em sua composição, deve ser utilizado
depende do uso que se vai dar às informações obtidas. um frasco de vidro. Se os resíduos forem fotossensíveis,
Portanto, somente o conhecimento prévio dos objetivos o frasco deve ser de vidro âmbar.
da amostragem (por exemplo: classificar um resíduo, pro-
por algum método de tratamento do resíduo, etc.) permite Nota: Quando forem utilizados frascos rígidos para embala-
gem de sólidos ou semi-sólidos, esses frascos devem
o estabelecimento de um bom plano de amostragem.
ter boca larga, ser feitos, assim como sua tampa, de
material compatível com o resíduo e proporcionar uma
4.1.2 Pré-caracterização de um resíduo boa vedação.

A pré-caracterização de um resíduo é feita através de le- 4.1.3.3 Ponto de amostragem


vantamento do(s) processo(s) que lhe deu(ram) origem.
As informações assim obtidas (volume aproximado, es- Devido à extrema variabilidade dos receptáculos onde
tado físico, constituintes principais, temperatura, etc.) os resíduos são armazenados, não é possível definir um
permitem a definição do tipo de amostrador mais ade- único tipo de ponto de amostragem. A Tabela 3 do Ane-
quado, dos parâmetros que serão estudados ou anali- xo A apresenta os tipos de ponto de amostragem em
sados, do número de amostras e do seu volume, do tipo função dos tipos e formas dos receptáculos.
de frasco de coleta e do(s) método(s) de preservação
que deve(m) ser utilizado(s). 4.1.3.4 Número de amostras

4.1.3 Plano de amostragem O número de amostras depende basicamente do tipo de


informação desejada e da variabilidade das caracte-
O plano de amostragem deve ser estabelecido antes de rísticas dos resíduos. Quanto maior esta variabilidade,
se coletar qualquer amostra, ser consistente com os obje- maior será o número de amostras necessário para ca-
tivos da amostragem e com a pré-caracterização do re- racterizar bem o resíduo. A Tabela 4 do Anexo A esta-
síduo e deve incluir os pontos de amostragem, tipos de belece o número de amostras em função da informação
amostradores, número de amostras a serem coletadas, desejada, do tipo de resíduo e do tipo de receptáculo.
seus volumes, seus tipos (simples ou compostos), número
e tipo dos frascos de coleta, métodos de preservação e 4.1.3.5 Volume de amostras
tempo de estocagem. Este plano deve também estabe-
lecer a data e a hora de chegada das amostras ao la- É necessário, durante a fase de planejamento, esta-
boratório, pois os resíduos devem ser analisados logo belecer quais as análises e ensaios que serão realizados
após esta chegada, e qual o volume de amostras necessário para cada um
deles. Muitas vezes é necessário também obter volumes
Nota: Quando existir suspeita de que o manuseio do resíduo que permitam a realização de contraprovas. Na maioria
possa representar um risco à saúde dos coletores, o dos casos, 1 L de amostra é suficiente.
plano de amostragem deve definir os tipos de equipamen-
tos de proteção individual a serem utilizados durante a Nota: Quando se pretende analisar diversas propriedades ou
coleta. A Tabela 1 do Anexo A apresenta os tipos de parâmetros, será freqüentemente necessário dividir a
equipamentos de respiração recomendados para algu- amostra inicial em diversas alíquotas, pois os métodos
mas situações de risco. de preservação para uma determinada análise podem
ser diferentes para cada parâmetro.
4.1.3.1 Seleção do amostrador
4.2 Etiquetagem e ficha de coleta
Os resíduos podem ser encontrados sob várias formas,
tais como: misturas, líquidos multifísicos, lodos e sólidos, 4.2.1 Toda amostra deve ser etiquetada imediatamente
As misturas líquidas e lodos podem variar em viscosidade, após a coleta, a fim de garantir posterior identificação.


  
 
Cópia não autorizada

NBR 10007/1987 3

4.2.2 A etiqueta deve ter pelo menos o número da amostra. deve ser amostrado separadamente, escolhendo-se, para
cada grupo, tambores aleatoriamente.
Nota: Em alguns casos, a amostra deve ser selada para evitar
fraude durante o tempo entre a coleta da amostra e a Nota: Os resíduos desses tambores podem estar sob pressão
abertura dos frascos no laboratório. ou vácuo. Os tambores estufados devem ser amostrados
com extrema cautela, pois o seu conteúdo pode estar
4.2.3 Toda amostra deve ser acompanhada de uma ficha sob elevada pressão. Um tambor severamente corroído
de coleta que permita ao pessoal de laboratório identificá- ou enferrujado pode romper-se quando manuseado. A
la e realizar os ensaios pretendidos. abertura da tampa ou batoque pode produzir faísca, a
qual detonará qualquer mistura explosiva de gás que por
4.2.4 A ficha de coleta deve ter pelo menos os seguintes ventura exista no tambor.
dados:
5.1.2 Amostragem em caminhão-tanque
a) nome do coletor;
5.1.2.1 A tampa do tanque deve ser aberta somente pelo
motorista ou pessoa responsável pela carga.
b) data e hora da coleta;
5.1.2.2 O coletor deve estar seguro no passadiço do tanque
c) identificação da origem do resíduo;
ou na escada de acesso ao tanque.
d) identificação de quem receberá os resultados;
5.1.2.3 O conteúdo do tanque deve ser amostrado com o
amostrador de resíduo líquido composto, conforme o esta-
e) número da amostra;
belecido nas instruções do Anexo B.
f) descrição do local da coleta;
5.1.2.4 Se o tanque não estiver em posição horizontal,
devem ser coletadas amostras adicionais da sua parte
g) determinações efetuadas em campo;
frontal e posterior, e todas as amostras devem ser mistu-
h) determinações a serem efetuadas no laboratório; radas em um recipiente apropriado.

5.1.2.5 Quando for necessário, a amostra de sedimento


i) observações.
deve ser coletada cuidadosamente através da válvula
Nota: Sempre que se for analisar ou ensaiar um resíduo de purga.
que se suspeite de ser perigoso, o coletor deve in-
formar, no campo referente às observações, que o Nota: O acesso à tampa do tanque dificulta a coleta de amos-
resíduo é potencialmente perigoso e quais os riscos tras em caminhões tanques. Recomenda-se que a coleta
principais a que o operador do laboratório pode estar seja feita por duas pessoas, pois enquanto uma recolhe a
sujeito. amostra, a outra a auxilia com os equipamentos ou em
qualquer que surja. Como o tanque está geralmente sob
5 Condições específicas pressão ou vácuo, isto é um fator adicional de risco para
os coletores.
5.1 Procedimentos de amostragem
5.1.3 Amostragem em receptáculos contendo pó ou
resíduos granulados
Esta seção estabelece os procedimentos a serem adota-
dos para a coleta de amostras representativas em função
5.1.3.1 Posicionar na vertical os barris, tambores de fibras
do tipo de acondicionamento de resíduo. Em qualquer
e latas.
situação, todos os coletores devem possuir equipamento
de proteção individual adequado. 5.1.3.2 Os sacos ou bolsas contendo resíduos não devem
ser manuseados ou transportados, pois podem cumprir-
5.1.1 Amostragem em tambores
se, devendo por isso ser amostrados na posição em que
se encontrem.
5.1.1.1 Os tambores devem ser posicionados de tal manei-
ra que a sua tampa ou batoque fique para cima. 5.1.3.3 Os receptáculos devem ser abertos cuidadosa-
mente.
5.1.1.2 O conteúdo do tambor deve ficar descansando até
que os sólidos se depositem no fundo ou as diferentes 5.1.3.4 O conteúdo do receptáculo deve ser amostrado
fases se estratifiquem e entrem em equilíbrio. com o amostrador de grãos ou amostrador “trier”, confor-
me o estabelecido nas instruções do Anexo B.
5.1.1.3 A tampa ou batoque deve ser afrouxada, vagarosa-
mente, com uma chave própria para abertura de tambores, 5.1.3.5 Quando existirem vários receptáculos, a sua iden-
a fim de que as pressões interna e externa se equilibrem. tificação deve ser feita segundo os receptáculos com re-
síduos iguais ou aqueles com resíduos diferentes. Os re-
5.1.1.4 A tampa ou batoque deve ser removida e o con-
ceptáculos devem ser escolhidos aleatoriamente e amos-
teúdo amostrado com o amostrador de resíduo líquido trados.
composto, conforme o estabelecido nas instruções do
Anexo B. Nota: Quando os receptáculos que contêm pó seco ou material
granular são agitados ou transportados, tendem a gerar
5.1.1.5 Quando existirem tambores com diferentes resí- material particulado. Por isso, os coletores devem pos-
duos, estes tambores devem ser identificados e separa- suir equipamento respiratório protetor, caso se suspeite
dos de acordo com os resíduos. Cada grupo de tambores de que o material seja perigoso.


  
 
Cópia não autorizada

4 NBR 10007/1987

5.1.4 Amostragem em lagoas de resíduos 5.1.7.3 As amostras obtidas segundo os procedimentos


de 5.1.7.2 devem ser misturadas em um recipiente e a
5.1.4.1 Os resíduos devem ser amostrados por meio de amostra resultante deve ser considerada como amostra
um amostrador de lagoas, conforme o estabelecido nas composta.
instruções do Anexo B, ou um balde de inox.
Nota: A coleta de amostras em tanque é uma tarefa arriscada,
5.1.4.2 As amostras devem ser compostas. pois o acesso até o ponto de amostragem é feito por es-
cadas tipo marinheiro ou espiral estreita. Recomenda-se
que a coleta seja feita por duas pessoas, pois enquanto
5.1.4.3 Para se retirarem amostras em várias profundi-
uma realiza a coleta propriamente dita, a outra a auxilia
dades, deve-se utilizar uma garrafa amostradora pesada com os equipamentos ou em qualquer problema que sur-
ou equipamento similar. ja. Nestas amostragens os coletores devem ser acom-
panhados obrigatoriamente por pessoa(s) responsá-
Nota: O amostrador de lagoas pode ser usado para coleta de vel(is) pela instalação.
amostras até 3,5 m da margem. Caso se necessite de
amostras de regiões mais centrais, isto é, a distâncias 5.1.8 Amostragem de resíduos sólidos heterogêneos
superiores a 3,5 m da margem, deve-se utilizar barcos.
5.1.8.1 A amostragem deve ser precedida de uma ins-
5.1.5 Amostragem em leitos de secagem, lagoas de peção visual dos resíduos com:
evaporação secas, lagoas secas e solos contaminados

a) anotação quanto aos diferentes tipos de mate-


5.1.5.1 A área onde o resíduo estiver acumulado deverá riais que constituem os resíduos;
ser dividida em quadrículas imaginárias, conforme é ci-
tado na Tabela 3 do Anexo A.
b) triagem e separação dos materiais de maior volu-
me, de maior massa ou que se apresentem como
5.1.5.2 Para a retirada de amostras de profundidade até únicos exemplares;
8 cm, deve-se utilizar uma pá conforme o estabelecido
nas instruções do Anexo B.
c) pesagem dos materiais triados;

5.1.5.3 Para a retirada de amostras de profundidades su-


d) pesagem dos materiais restantes.
periores a 8 cm, deve-se utilizar um trado conforme as
instruções do Anexo B.
5.1.8.2 Dos materiais não triados na fase anterior, obter
dez amostras de 10 L cada uma, retiradas aleatoriamente
Nota: Em alguns casos onde não se conheça a espessura da
camada de resíduos e onde os resíduos sejam muito
de quartis opostos entre si, por meio de uma pá.
pastosos, poderá ser necessária a construção de pran-
chas ou tablados para possibilitarem a retirada de amos- Nota: Quando a quantidade total de resíduos for igual ou inferior
tras mais centrais da área de secagem. Nestes casos, a 100 L, o volume de cada uma das amostras deverá ser
os coletores deverão estar equipados com botas e algu- de 1/10 do volume total.
ma espécie de haste rígida para sondar previamente a
profundidade do local. 5.1.8.3 As amostras obtidas segundo os procedimentos
de 5.1.8.2 devem ser misturadas de maneira a tornar a
5.1.6 Amostragem em montes ou pilhas de resíduos massa homogênea para, a partir daí, serem conseguidas
quatro novas amostras de 10 L cada uma, retiradas de
5.1.6.1 Os pontos de amostragem devem ser determina- quartis opostos entre si, que, dependendo das análises
dos conforme o estabelecido na Tabela 3 do Anexo A. a serem efetuadas, e dos resíduos possuírem partículas
com diâmetro superior a 2,5 cm, devem ser picadas ou
5.1.6.2 Deve-se coletar uma amostra composta utilizando- quebradas ate que o seu diâmetro fique entre 2,0 cm e
se o amostrador de montes ou pilhas, conforme o estabe- 2,5 cm.
lecido nas instruções do Anexo B.
Nota: Quando a soma das dez amostras iniciais for igual ou
Nota: Os montes ou pilhas de resíduos são muito variáveis em inferior a 40 L, o volume das quatro amostras deverá ser
tamanho ou forma. A composição dos resíduos pode ser de 1/4 do volume total.
extremamente variável de ponto para ponto dos montes
ou pilhas. 5.1.8.4 Juntar e homogeneizar as partículas obtidas se-
gundo 5.1.8.3 e em seguida:
5.1.7 Amostragem em tanques de estocagem
a) formar com os resíduos um paralelepípedo de ba-
5.1.7.1 O orifício de coleta de amostras do tanque deve se quadrada, com 5 cm a 10 cm de altura;
ser aberto somente por pessoa responsável pela insta-
lação. b) dividir o paralelepípedo em quatro partes iguais,
eliminar duas partes diagonalmente opostas, jun-
5.1.7.2 As amostras devem ser coletadas da seguinte for- tar e homogeneizar as duas outras;
ma: uma amostra da parte superior do tanque, uma da
parte central e uma da parte inferior, utilizando-se para c) repetir as operações “a” e “b” até obter uma amos-
isto uma garrafa amostradora pesada, conforme o men- tra com volume de aproximadamente 5 L, que deve
cionado nas instruções do Anexo B. ser embalada adequadamente;


  
 
Cópia não autorizada

NBR 10007/1987 5

5.1.8.5 Vedar a embalagem, colar a etiqueta e o selo, e 5.2.1 Para amostras de resíduos no estado sólido ou pas-
preencher a ficha de coleta. toso o suficiente para não escoarem, o único método de
preservação é a refrigeração a 4°C.
5.1.8.6 Enviar as amostras ao laboratório.
5.2.2 Para amostras de resíduos líquidos, pode-se utilizar
5.2 Preservação e tempo de estocagem de amostras os métodos de preservação de águas residuárias pres-
critos no “Standard methods for examination of water and
As amostras de resíduos devem ser analisadas imedia- wastewater”.
tamente após a coleta, pois os métodos para a sua pre- Nota: Caso seja necessário analisar vários componentes que
servação podem influir nos resultados analíticos. A Tabe- possuam métodos de preservação diferentes, a amostra
la 5 do Anexo A mostra alguns métodos de preservação inicial deve ser dividida em um número suficiente de alí-
e tempo de estocagem de alguns constituintes dos re- quotas, sendo cada uma delas preservada separada-
síduos. mente.

/ANEXO A


  
 
Cópia não autorizada

6 NBR 10007/1987

ANEXO A - Tabelas

Tabela 1 - Equipamentos de respiração em função do tipo de risco

Tipo de risco Equipamento de respiração recomendado

Falta de oxigênio Equipamento de respiração autônoma ou máscara de


mangueira com injeção de ar

Contaminante gasoso agudamente tóxico Equipamento de respiração autônoma de pressão


positiva (se possível) ou máscara de mangueira com
injeção de ar ou máscara contra gases

Contaminante gasoso não agudamente tóxico Equipamento de respiração de ar mandado ou máscara


de mangueira com injeção de ar ou máscara com filtro
químico contra gases

Contaminante particulado Máscara contra pó, poeira ou fumo; equipamentos de


respiração de ar mandado ou contra abrasivos e
oxidantes

Combinação de contaminantes gasosos Equipamento de respiração autônoma de pressão positiva


e particulados agudamente tóxicos (se possível) ou máscara de mangueira com injeção de ar
ou máscara com filtros químicos especiais conforme gases

Tabela 2 - Amostradores recomendados para cada tipo de resíduo

Tipo de resíduo Amostrador recomendado Limitações

Líquidos ou lodos em tambores, Amostrador de resíduo líquido Não usar para receptáculos com mais
caminhões-tanques, barris ou composto: de 1,5 m de profundidade
receptáculos similares

- plástico Não usar resíduos incompatíveis


com o material, tais como solventes

- vidro Não usar para resíduos contendo


ácido fluorídrico ou soluções alcalinas
concentradas

Líquidos ou lodos em tanques abertos Amostrador de lagoas Não usar para coletar amostras a
ou lagoas distâncias superiores a 3,5 m da
margem. Afundar e retirar o amostrador
suavemente para evitar que o tubo de
duralumínio se amasse

Garrafa amostradora pesada Pode ser de uso problemático em


líquidos muito viscosos

Sólidos em pó ou granulados em Amostrador de grãos A sua utilização não é recomendada,


sacos, tambores, barris ou similares pois se limita a sólidos com partículas
de diâmetros com mais de 0,6 cm

Amostrador “trier” Não é recomendado para materiais


muito secos

Resíduos secos em tanques rasos e Pá Não usar para amostras a mais de 8 cm


sobre o solo de profundidade. É difícil a obtenção de
massa de amostras representativas

Montes ou pilhas de resíduos Amostrador de montes ou pilhas Não usar para amostragem de resíduos
cujo diâmetro seja superior à metade do
diâmetro do tubo. O amostrador deve ter
pelo menos 1,2 m de comprimento

/continua


  
 
Cópia não autorizada

NBR 10007/1987 7

/continuação

Tipo de resíduo Amostrador recomendado Limitações

Resíduos em tanques rasos ou no solo, Trado Não usar para coletas de amostras
a mais de 8 cm de profundidade indeformadas

Resíduos em tanques de estocagem Garrafa amostradora pesada Pode ser de uso problemático em
líquidos muito viscosos

Tabela 3 - Pontos de amostragem recomendados

Tipo de receptáculo Ponto de amostragem

Tambor com abertura na parte superior Retirar a amostra através da abertura do tambor

Tambor com abertura lateral Virar o tambor e retirar a amostra através da abertura do tambor

Barris, barriletes de fibras, sacos e similares Retirar as amostras pela parte superior dos barris, barrilhetes de
fibras e similares. Nos sacos, retirar as amostras pela mesma
abertura feita para enchê-los. Coletar as amostras de toda a
seção vertical, em pontos opostos e em diagonal, passando
pelo centro do tambor (ver Figura 1)

Caminhões-tanques e similares Retirar as amostras através da abertura superior do tanque. Se


for necessário, retirar a amostra de sedimentos através da
válvula de purga. Se o tanque for compartimentado, retirar as
amostras de todos os compartimentos

Lagoas e tanques abertos Dividir a área superficial em uma rede quadriculada imaginária.
De cada quadrícula retirar três amostras, sendo uma da parte
superficial, uma de meia profundidade e outra do fundo

Montes ou pilhas de resíduos Retirar as amostras de pelo menos três pontos (do topo, do meio
e meio eda base), a partir do topo, igualmente afastados entre si.
O amostrador deve penetrar obliquamente nos montes ou pilhas
(ver Figura 1)

Tanque de amostragem Retirar a amostra através de abertura própria. Para tanques com
profundidades superiores a 1,5 m, coletar pelo menos três
amostras, sendo uma da parte superficial, uma de meia
profundidade e outra do fundo

Leitos de secagem, lagoas secas ou solo Dividir a superfície em uma rede quadriculada imaginária. De
contaminado cada quadrícula retirar uma amostra.

Nota: O número de quadrículas é determinado pelo número desejado de amostras a serem coletadas, as quais, quando combinadas,
dão uma amostra representativa dos resíduos.

Figura 1 - Pontos de retirada de amostras de montes ou pilhas e de sacos, barris, de resíduos ou similares


  
 
Cópia não autorizada

8 NBR 10007/1987

Tabela 4 - Número de amostras a serem coletadas

Caso Informação Tipo do resíduo Tipo de Número de amostras a


nº desejada receptáculo serem coletadas

1 Concentração média Líquido Tambores, Uma amostra obtida com amostrador de


caminhões-tanques líquido composto
e similares

2 Concentração média Líquido Lagoas Uma amostra composta por alíquotas


coletadas de diferentes pontos ou
profundidades

3 Concentração média Sólido (pó ou Sacos, tambores Uma amostra composta por alíquotas
grão) e similares coletadas de diferentes pontos ou
profundidades

4 Concentração média Sólido Montes ou pilhas Uma amostra composta por alíquotas
coletadas de diferentes pontos ou
profundidades

5 Concentração média Lodo Tanques rasos, Uma amostra composta por alíquotas
lagos secos ou solos coletadas de diferentes quadrículas
contaminados

6 Faixa de variação Líquido Tambores, De 3 a 10 amostras simples, coletadas


caminhões-tanques em diferentes pontos e profundidades
e tanques

7 Faixa de variação Líquido Lagoas De 3 a 20 amostras simples, coletadas


em diferentes pontos e profundidades

8 Faixa de variação Sólido (pó ou Sacos, tambores, De 3 a 5 amostras simples, coletadas


grão) barris e similares em diferentes pontos

9 Faixa de variação Sólido Montes ou pilhas De 3 a 5 amostras simples, coletadas


em diferentes pontos

10 Faixa de variação Lodo Tanques rasos, De 2 a 20 amostras simples, coletadas


lagos secos ou solos em diferentes quadrículas
contaminados

11 Concentração média Todos os tipos Todos os tipos Três amostras idênticas ou uma
para fins legais amostra composta, dividida em três
partes, caso o resíduo seja homogêneo

Tabela 5 - Métodos de preservação e tempo de estocagem de alguns constituintes dos resíduos

Constituinte do resíduo Método de preservação Tempo máximo de


a ser preservado estocagem

Acidez Resfriar a 4°C 24 h

Alcalinidade Resfriar a 4°C 24 h

Amônia Adicionar 1 mL de H2SO4 concentrado por litro 24 h

Arsênio Adicionar 6 mL de HNO3 concentrado por litro 180 d

Cianeto Adicionar 2,5 mL de NaOH a 50% por litro e resfriar a 4°C 24 h

Cloro Resfriar a 4°C 24 h

Condutância específica Resfriar a 4°C 24 h

Cromo (VI) Adicionar 6 mL de H2SO4 concentrado por litro 24 h

/continua


  
 
Cópia não autorizada

NBR 10007/1987 9

/continuação

Constituinte do resíduo Método de preservação Tempo máximo de


a ser preservado estocagem

Fenóis Adicionar H3PO4 até obter um pH igual a 4,1 g de CuSO4 por


litro e resfriar a 4°C 24 h

Fluoretos Resfriar a 4°C 7d

Mercúrio:

- dissolvido Filtrar e adicionar 5 mL de HNO3 concentrado por litro 38 d

- total Adicionar 5 mL de HNO3 concentrado por litro 38 d

Metais:

- dissolvidos Filtrar em campo e adicionar 5 mL de HNO3 concentrado 180 d


por litro

- suspensos Filtrar em campo 180 d

- totais Adicionar 5 mL de HNO3 concentrado por litro 180 d

pH Determinar em campo e resfriar a 4oC 6h

Resíduo volátil Resfriar a 4°C 7d

Selênio Adicionar 5 mL de HNO3 concentrado por litro 180 d

Sulfeto Adicionar 2 mL de Zn(Ac)2 2N por litro e resfriar a 4°C 24 h

Zinco Adicionar 4 mL de HCI concentrado por litro 180 d

/ANEXO B


  
 
Cópia não autorizada

10 NBR 10007/1987

ANEXO B - Amostradores recomendados para resíduos sólidos e procedimentos para seu uso

B.1 Amostrador de resíduo líquido composto que permite a introdução do amostrador na massa de re-
síduos a ser amostrada. O amostrador é aberto ou fe-
Este amostrador é constituído por um tubo e um sistema chado pela rotação do tubo interno. As dimensões do
de fechamento, podendo ser feito de plástico translúcido amostrador de grãos são mostradas na Figura 3. O amos-
ou vidro. As dimensões e sistema de fechamento do trador de grãos é usado para amostrar resíduos em pó
amostrador de resíduo líquido composto são mostrados ou na forma granular, ou então para materiais acondi-
na Figura 2. O amostrador de plástico é usado para quase cionados em sacos, tambores de fibra, barris e similares.
todos os resíduos, com exceção de alguns solventes in- Este amostrador é adequado quando as partículas têm
compatíveis com o plástico. O amostrador de vidro é usa- diâmetro inferior a 0,6 cm.
do para quase todos os resíduos, com exceção das so-
luções alcalinas fortes e soluções fortes de ácido fluorí- B.2.1 Procedimentos para uso
drico.
a) verificar se o amostrador está limpo e funcionan-
B.1.1 Procedimentos para uso do bem;

a) escolher o amostrador de plástico ou vidro, apro- b) colocar o amostrador na posição fechada e intro-
priado para amostrar o resíduo líquido conside- duzi-lo no material;
rado;
c) girar o tubo inferior até posição aberta;
b) assegurar que o amostrador está limpo;
d) agitar o amostrador algumas vezes para permitir
c) verificar se o amostrador está funcionando perfei- que os materiais entrem pelas suas fendas;
tamente. Ajustar o mecanismo de fechamento para
garantir que a rolha de policloropreno dará uma
e) colocar o amostrador na posição fechada e retirá-
vedação completa;
lo do material;
d) vestir os equipamentos adequados de proteção e
f) colocar o amostrador na posição horizontal e com
observar os procedimentos de amostragem;
as aberturas para cima;
e) colocar o amostrador na posição aberta;
g) girar e retirar o tubo interno;
f) introduzir vagarosamente o amostrador no líqui-
do a ser amostrado; h) transferir a amostra coletada no tubo interno para
um frasco de amostragem;
g) quando o amostrador atingir o fundo do receptá-
culo, colocá-lo na posição fechada; i) tampar o frasco, colar a etiqueta e o selo, e preen-
cher a ficha de coleta;
h) retirar vagarosamente o amostrador do receptá-
culo com uma mão, e com a outra, limpar a sua j) limpar o amostrador ou embalá-lo em saco plásti-
parede externa, utilizando um pano; co para limpeza posterior;

i) transferir cuidadosamente a amostra para um fras- l) enviar a amostra para o laboratório.


co de amostragem, abrindo devagar o amostrador;
B.3 Amostrador “Trier”
j) preservar a amostra, se for necessário;
Este amostrador é feito com um longo tubo de aço e pos-
l) tampar o frasco de amostragem, colar a etiqueta e sui uma parte chanfrada em quase todo o seu compri-
o selo, se for o caso, e preencher a ficha de coleta; mento. A ponta e as bordas do chanfro são afiadas para
permitir que o material a ser amostrado seja cortado quan-
m) desmontar o amostrador no próprio local e limpá- do o amostrador girar no interior da massa de resíduos.
lo cuidadosamente, ou embalá-lo em saco plásti- As dimensões do amostrador “trier” são mostradas na Fi-
co para limpeza posterior. O pano usado na lim- gura 4. Este amostrador é usado de modo similar ao
peza deve ser guardado em saco plástico para amostrador de grãos. Quando o pó ou material granular
disposição posterior; está úmido ou aglomerado, deve-se usar o amostrador
“trier” e não o amostrador de grãos. O amostrador “trier”
n) enviar a amostra para o laboratório. pode ser usado também para a obtenção de amostras de
solos moles.
B.2 Amostrador de grãos
B.3.1 Procedimentos para uso
Este amostrador é feito com dois tubos telescópicos chan-
frados, um externo e outro interno, geralmente de bronze a) verificar se o amostrador está limpo e com as bor-
ou aço inoxidável. O externo possui uma ponteira cônica das convenientemente afiadas;


  
 
Cópia não autorizada

NBR 10007/1987 11

b) introduzir o amostrador no material a ser amos- cair depois em volta do furo. O comprimento do amos-
trado, em um ângulo entre 0 e 45° com a horizon- trador é de 1 m e pode ser aumentado até 2 m. A zo-
tal; na de corte tem 5 cm de diâmetro. O trado é particular-
mente útil na coleta de amostras a profundidades
Notas:a) Este procedimento evita o derramamento da maiores que 8 cm. Este amostrador destrói a estrutura
amostra. coesiva do solo, não permite uma distinção precisa entre
amostras superficiais e amostras mais profundas, e não
b) Para a extração da amostra, pode haver ne-
deve ser utilizado quando forem necessárias amostras
cessidade de se inclinar o receptáculo.
indeformadas. Um esquema de um trado é mostrado na
c) girar o amostrador uma ou duas vezes para cortar Figura 6.
o material;
B.5.1 Procedimentos para uso
d) retirar vagarosamente o amostrador do material,
assegurando-se de que a sua abertura está para a) verificar se o trado está limpo;
cima;
b) selecionar os pontos de amostragem e remover
e) transferir a amostra para um frasco de amostragem os materiais da superfície (pedras, folhas, etc.);
com o auxílio de uma espátula ou escova;
c) colocar o cabo de madeira em seu encaixe;
f) tampar o frasco, colar a etiqueta e o selo, e preen-
cher a ficha de coleta; d) abrir um furo no meio de uma forma de alumínio
(do tipo de assar tortas ou similar) grande o sufi-
g) limpar o amostrador ou embalá-lo em saco plásti- ciente para permitir a passagem (dos filetes cor-
co para limpeza posterior; tantes) do trado. A forma é usada para coletar a
amostra;
h) enviar a amostra para o laboratório.
e) colocar a forma sobre o ponto de amostragem es-
B.4 Pá colhido;
Este amostrador é um tipo de pá de jardineiro, com lâ-
f) começar a cravar o trado através do furo da forma
mina normalmente afiada, e tem dimensões de
até a profundidade de amostragem ser atingida;
7 mm x 130 mm. Um desenho desta pá é mostrado na Fi-
gura 5. Uma pá de jardineiro galvanizada pode ser usada, g) retirar o trado e transferir a amostra coletada na
em alguns casos, para colher amostras de materiais gra- forma e o material aderido ao trado para um fras-
nulares ou amostras em receptáculos rasos. Já uma pá co de amostragem;
de laboratório, feita de materiais menos sujeitos à cor-
rosão, pode ser usada para quase todos os resíduos, h) repetir a amostragem em diferentes pontos e com-
pois a probabilidade de contaminação da amostra é binar as amostras no mesmo frasco de amos-
menor. Esta pá de laboratório pode ser usada para coletar tragem;
amostras superficiais de solo.
i) tampar o frasco, colar a etiqueta e o selo, e preen-
B.4.1 Procedimentos para uso cher a ficha de coleta;
a) verificar se a pá está limpa;
j) limpar o amostrador ou embalá-lo em saco plásti-
b) retirar, em intervalos regulares, pequenas e iguais co para limpeza posterior;
porções de amostra da superfície, ou próxima à
superfície, do material a ser amostrado; l) enviar as amostras para o laboratório.

c) combinar as amostras; B.6 Amostrador de montes ou pilhas

d) transferir as amostras para um frasco de amos- Este amostrador é constituído basicamente de um tubo
tragem; de metal ou plástico e cortado com as dimensões mos-
tradas na Figura 7. Este tubo é cortado longitudinalmente
e) tampar o frasco, coletar a etiqueta e o selo, e até aproximadamente 10 cm de uma das pontas, for-
preencher a ficha de coleta; mando assim um grande chanfro. As bordas e a ponta
cortada são afiadas para permitir que o amostrador corte
f) limpar o amostrador ou embalá-lo em saco plásti- o material a ser coletado. A ponta não chanfrada serve
co para limpeza posterior; como manopla. Este amostrador é usado para amostrar
resíduos em montes ou pilhas com diâmetros superiores
g) enviar as amostras para o laboratório.
a 1 m, podendo também ser usado para coletar resíduos
B.5 Trado em grandes receptáculos ou silos onde outros amos-
tradores não são adequados. O amostrador de montes
Este amostrador é normalmente utilizado em sondagens ou pilhas não obtém amostras representativas quando o
de solo, sendo constituído por uma haste de metal que diâmetro das partículas é superior a 1,6 cm.
tem em uma das extremidades um cabo de madeira e na
outra, uma espiral (rosca) de metal afiado. Quando B.6.1 Procedimentos para uso
submetido a um movimento giratório, este amostrador
corta o solo e o força para cima pela espiral, deixando-o a) verificar se o amostrador está limpo;


  
 
Cópia não autorizada

12 NBR 10007/1987

b) introduzir o amostrador do material a ser amos- B.8 Garrafa amostradora pesada


trado, em um ângulo entre 0 e 45° com a horizon-
tal; Este amostrador consiste em uma garrafa geralmente de
vidro, um suporte pesado, uma rolha e dois cabos que
c) girar o amostrador duas ou três vezes para cortar são usados um para abrir a garrafa na profundidade de-
a amostra; sejada e outro para abaixar e suspender o amostrador1).
Um esquema de uma garrafa amostradora pesada é mos-
d) retirar vagarosamente o amostrador do material, trado na Figura 9. Este amostrador é usado para amostrar
assegurando-se de que a sua abertura está volta- líquidos armazenados em tanques de estocagem, poços
da para cima; ou outros receptáculos onde o uso do amostrador de re-
síduo líquido composto não é apropriado, mas não pode
e) transferir a amostra para um frasco de amostragem ser usado para coletar líquidos incompatíveis com o su-
com o auxílio de uma espátula ou escova; porte pesado, a rolha, a garrafa ou os cabos, ou que rea-
jam quimicamente com estes mesmos elementos.
f) repetir a amostragem, em diferentes pontos, duas
ou mais vezes e combinar as amostras; B.8.1 Procedimentos para uso

g) tampar o frasco, colar a etiqueta e o selo, e preen- a) montar o aparelho e verificar se a garrafa está
cher a ficha de coleta; limpa;

h) limpar o amostrador ou embalá-lo em saco plásti- b) usando equipamentos de proteção individual


co para posterior limpeza; apropriados, baixar o amostrador para a profun-
didade adequada para coletar as seguintes amos-
i) enviar a amostra para o laboratório. tras (uma de cada vez):

B.7 Amostrador de lagoas - amostra superior: do meio do terço superior do


tanque (só completar a altura do líquido no inte-
Este amostrador consiste em um balde suportado por rior do tanque);
uma braçadeira presa à ponta de um tubo telescópico de
duralumínio que serve como cabo. É utilizado para a co- - amostra média: do meio do tanque;
leta de resíduos líquidos de lagoas e reservatórios simi-
lares. Um esquema do amostrador de lagoas é mostrado
- amostra inferior: do meio do terço inferior do tan-
na Figura 8. As amostras podem ser obtidas de distâncias
que;
até 3,5 m da margem. Se a operação não for feita vagaro-
samente, os tubos de duralumínio podem entortar-se
quando líquidos muito viscosos forem amostrados. c) retirar a rolha da garrafa com um puxão brusco no
cabo do amostrador que está ligado à rolha;
B.7.1 Procedimentos para uso
d) permitir que a garrafa se encha completamente e
a) montar o amostrador e verificar se o balde está esperar que as bolhas de ar desapareçam;
limpo;
e) levantar o amostrador, retirar a garrafa, tampá-Ia
b) verificar se os parafusos e porcas que prendem a e limpar a sua parede externa com pano ou estopa;
braçadeira e o balde à ponta do tubo estão con-
venientemente apertados; Nota: A garrafa serve como frasco de amostragem.

c) com os equipamentos de proteção individual ade- f) montar novamente o amostrador, colocar uma no-
quados, obter amostras da lagoa a diferentes dis- va garrafa e repetir a operação para as amostras
tâncias; restantes;

d) combinar as amostras; g) preservar cada amostra, se for necessário;

e) transferir as amostras para um frasco de amos- h) colar a etiqueta e o selo em cada garrafa, e preen-
tragem; cher a ficha de coleta;

f) tampar o frasco, colar a etiqueta e o selo, e preen- i) limpar o amostrador no próprio local com pano ou
cher a ficha de coleta; estopa, ou embalá-lo em saco plástico para lim-
peza posterior. Guardar o pano ou estopa em saco
g) desmontar o equipamento e limpá-lo com pano plástico para disposição posterior;
ou estopa ou embalá-lo em saco plástico para
posterior limpeza. Guardar o pano ou estopa em j) enviar as amostras para o laboratório, determi-
saco plástico para disposição posterior; nando na ficha de coleta se a sua análise deve
ser feita de cada amostra, separadamente, ou de
h) enviar as amostras para o laboratório. todas as amostras combinadas entre si.

1)
Existem algumas poucas variações deste amostrador, especificadas no método ASTM E 300.


  
 
Cópia não autorizada

NBR 10007/1987 13

Unid.: cm

Figura 5 - Pá

Unid.: cm

Figura 6 - Trado

Unid.: cm
Figura 2 - Amostrador de resíduo liquido composto

Unid.: cm

Figura 3 - Amostrador de grãos Figura 7 - Amostrador de montes ou pilhas

Unid.: cm

Figura 4 - Amostrador “trier” Figura 8 - Amostrador de lagoas




  
 
Cópia não autorizada

14 NBR 10007/1987

Figura 9 - Garrafa amostradora pesada

Você também pode gostar