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Soldagem

Matriz 1025 – Código 3050096


Aula 4
Prof. Éverton Rafael Breitenbach

1
Disciplina Soldagem

Soldagem Com Eletrodo Revestido


(Shielded Metal Arc Welding – SMAW)
Disciplina Soldagem
Eletrodo revestido

 É um condutor metálico que permite a passagem de


corrente elétrica. É constituído por um núcleo metálico
chamado alma, envolvido por um revestimento
composto de materiais orgânicos e/ou minerais.

 Quando as gotas de metal fundido são transferidas


através do arco para a poça de fusão, são protegidas
da atmosfera pelos gases produzidos durante a
decomposição do revestimento.

 A escória líquida flutua em direção à superfície da


poça de fusão, onde protege o metal de solda da
atmosfera durante a solidificação.
Disciplina Soldagem
Eletrodo revestido
Disciplina Soldagem
CARACTERÍSTICAS

 O processo de soldagem com eletrodo revestido é o mais


amplamente utilizado.

 Existe uma grande variedade de eletrodos revestidos, facilmente


encontrados no mercado, cada eletrodo contendo no seu
revestimento a capacidade de produzir os próprios gases de
proteção dispensando o suprimento adicional de gases, necessário
em outros processos de soldagem.

 Eletrodos revestidos podem ser usado em todas as posições (plana,


vertical, horizontal, sobre cabeça), como em praticamente todas as
espessuras de metal de base e em áreas de acesso limitado.

 É mais simples em termos de necessidades de equipamentos com


custo do investimento relativamente baixo.
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Vantagens:

Processo de Soldagem de baixo investimento;


Não há necessidade suprimento de gases;
Flexibilidade de aplicação;
Grande variedade de consumíveis;
Equipamentos podem ser usados também para outros
processos.

Desvantagens:

Baixa produtividade (troca de eletrodos);


Taxa de deposição < 1kg/h (típica), mas pode atingir 3 kg/h
Necessidade de cuidados especiais com os eletrodos;
Volume de gases e fumos gerados no processo;
Muito dependente da habilidade do operador.
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Taxa de Deposição de Eletrodo

 A taxa de deposição de um determinado eletrodo revestido


influencia substancialmente o custo total do metal de solda
depositado.

 A taxa de deposição é a massa de metal de solda depositado por


unidade de tempo (de arco aberto).

 A eficiência de deposição de um determinado eletrodo revestido


também tem seu efeito nos custos da soldagem. Na soldagem com
eletrodos revestidos parte da massa do eletrodo é perdida como
escória, respingos, fumos, gases e pontas.

Eficiência de deposição (%) = massa do metal depositado x 100


massa total do eletrodo
Disciplina Soldagem
Taxa de deposição de Eletrodos Revestidos
Disciplina Soldagem

Aplicações:
 A soldagem com eletrodo revestido é usada na fabricação e
montagem de diferentes equipamentos e estruturas, tanto em
oficinas como no campo, sendo particularmente interessante neste
último caso.

 Pode ser usada em grande número de materiais, como aços baixo


carbono, baixa liga, média liga e alta liga, aço inoxidável, ferro
fundido, níquel e ligas destes.(Não possível em Al, Cu e Ti).

 Diferentes combinações de metais dissimilares também podem ser


soldadas com eletrodo revestido.

 Metais de baixo ponto de fusão como chumbo, estanho e zinco e


metais muito refratários ou muito reativos, como o titânio, zircônio,
molibdênio e nióbio não são soldáveis por este processo.
Disciplina Soldagem
Partes do arco elétrico (relembrando...)
• Mancha catódica (0,05%) = polaridade (-) = queda de 6 V em 12 V (50%) = campo
elétrico: 5.105 a 5.107 V/m
• Coluna de Plasma (94,95%) = eletricamente neutro = queda de 2 V em 12 V (17%)
• Mancha anódica (5,0%) = polaridade (+) = queda de 4 V em 12 V (33%) = campo
elétrico: 5.104 V/m
(-)

++++++++++
e e e e Mancha Catódica
e
Ar Me
Ar
Gás e
e e Coluna do Plasma
Ar+ e
Ar+
Me+
e e e e
eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee Mancha Anódica
(+)

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Disciplina Soldagem
Aspectos Elétricos

Eletrodo (-)  polaridade direta (1/3 do calor)


Eletrodo (+)  polaridade inversa (2/3 do calor)
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Polaridade Direta : Eletrodo (-) e Peça (+)
Polaridade Inversa: Eletrodo (+) e Peça (-)

2/3 do calor está na parte que recebe o


bombardeio de elétrons, pólo (+)
Polaridade Direta (CC-): Maior penetração na peça
Polaridade Inversa (CC+): Maior fusão do eletrodo
Corrente Alternada (CA): Menor sopro magnético

 A corrente de soldagem é o principal fator no controle do volume da poça fusão


e da penetração no metal de base; deste modo, o volume e a largura da poça de
fusão, bem como a penetração, tendem a aumentar quando o valor da corrente
aumenta
 A posição de soldagem também é um fator a considerar quando se quer
determinar a intensidade de corrente. Assim, para as posições vertical e sobre-
cabeça é melhor trabalhar com correntes menores, enquanto que para a
posição plana é preferível o valor máximo para o eletrodo.
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Efeito da Tensão
 A diferença de potencial faz com que a corrente elétrica prossiga
circulando, mesmo depois que o eletrodo é afastado da peça,
porém não ultrapassando o limite que venha a interromper o circuito
elétrico e consequentemente extinguir o arco elétrico.

 Quanto menor o comprimento do arco (afastamento)


maior a corrente e menor a tensão

H2
H1
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80 H2
H2
Características estática da Fonte
(Tipo tombante)
Tensão V 

H1
V

Características estática do Arco H1


(Curva do soldador)

H2  H1

0 A 250 Corrente A 
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Aspectos Magnéticos - Força eletromagnética

(Porque a soldagem MIG/MAG é usualmente na polaridade reversa?)

(-) Fem  B.I.l.sen (+)


Força de
pinçamento
Força de
pinçamento

Gota
Gota

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Aspectos Magnéticos
Disciplina Soldagem
Sopro Magnético

 É um desvio do arco de sua posição normal de operação causada


por uma distribuição assimétrica das forças de Lorenz, que pode ser
causada pela variação brusca da corrente e/ou distribuição não
uniforme de material ferromagnético em torno do arco.
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Distribuição não uniforme de material ferromagnético em torno do arco.

Medidas para minimizar o sopro:

 Inclinar o eletrodo para o lado do


sopro;
 Soldar com arco mais curto;
 Usar corrente mais baixa;
 Colocar o cabo de retorno longe
do arco;
 Usar mais de um cabo de
retorno;
 Usar corrente alternada.
Disciplina Soldagem
Efeitos combinados
Disciplina Soldagem

Revestimentos do Eletrodo - Funções


Função Elétrica
 Como já discutido, em trabalhos com corrente alternada, utilizando-se
um eletrodo sem revestimento e sem nenhum outro tipo de proteção,
é impossível estabelecer um arco elétrico.

 Porém, graças à ação ionizante dos silicatos contidos no


revestimento, a passagem da corrente alternada é consideravelmente
facilitada entre o eletrodo e a peça à soldar.

 Assim, a presença do revestimento no eletrodo permitirá:


A utilização de tensões em vazio baixas, mesmo em trabalhos com
corrente alternada (40 a 80 V), possibilitando assim uma redução do
consumo de energia no primário e um considerável aumento da
segurança do soldador e, a continuidade e consequentemente a
estabilidade do arco.
Disciplina Soldagem
Função Mecânica

 Durante a fusão dos eletrodos ocorre em sua


extremidade uma depressão chamada de
cratera.

 A profundidade desta cratera tem influência


direta sobre a facilidade de utilização do
eletrodo, sobre as dimensões das gotas e a
viscosidade da escória.

 Um eletrodo de boa qualidade deve apresentar


a cratera mais profunda e as gotas mais finas.

 Além disto, a cratera servirá também para guiar


as gotas do metal fundido como pode ser visto
na figura ao lado.
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Efeito da concentricidade do revestimento

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Disciplina Soldagem
Função Metalúrgica
 Refinar a estrutura do metal depositado, retirando as
impurezas em forma de escória.

 Escória protege a poça da oxidação, facilita a soldagem em


várias posições, promove resfriamento mais lento;

 Prover elementos de liga,

 A função metalúrgica depende do tipo de revestimento:

 Oxidante;
 Ácido;
 Rutílico;
 Celulósico;
 Básico. 23
Disciplina Soldagem
Tipos de revestimentos
Revestimento oxidante – revestimento normalmente
espesso, composto principalmente de óxido de ferro e
manganês. Produz escória espessa, compacta e facilmente
destacável. Possibilita a inclusão de óxido, mas produz
cordão de belo aspecto. Só é usado para soldas sem
responsabilidade. Recomenda-se utilizar CC+ ou CA.
Obtém-se pequena penetração.

Revestimento ácido – revestimento médio ou espesso;


produz uma escória abundante e de muito fácil remoção; à
base de óxido de ferro, óxido de manganês e sílica. Só é
indicado para a posição plana. Recomenda-se utilizar CC-
ou CA. Obtém-se média penetração.
Observação: Os revestimentos oxidante e ácido não são
muito utilizados hoje em dia.
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Revestimento rutílico – revestimento com grande quantidade


de rutilo (TiO2). Pode-se soldar em todas as posições. Pela
sua versatilidade é chamado de eletrodo universal. Produz
escória espessa, compacta, facilmente destacável e cordões
de bom aspecto. Pode-se usar qualquer tipo de corrente e
polaridade. Obtém-se média ou pequena penetração.

Revestimento celulósico – revestimento que contém grandes


quantidades de substâncias orgânicas combustíveis; produz
grande quantidade de gases protetores e pouca escória.
Produzem-se muitos salpico e a solda apresenta mau aspecto.
Recomenda-se trabalhar com CC+, sendo, que em alguns
tipos pode-se usar CA. Obtém-se alta penetração e bastante
utilizado para passe de raiz, na soldagem fora de posição e na
soldagem de tubulações.
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Revestimento básico – revestimento espesso, contendo


grande quantidade de carbonato de cálcio. Produz pouca
escória e com aspecto vítreo.
O metal depositado possui excelentes características
mecânicas.
É aplicado em soldagem de grande responsabilidade, de
grandes espessuras e em estruturas rígidas, por possuir
mínimo risco de fissuração a frio e a quente.
É um revestimento de baixo teor de hidrogênio e por isso
altamente higroscópico (facilidade de absorver umidade).
Trabalha-se com CC+ ou CA.
Obtém-se média penetração.
Disciplina Soldagem
Disciplina Soldagem
Comparação de uso de revestimentos

180 Amperes – Eletrodos de 4 mm


Disciplina Soldagem
Nomenclatura de Eletrodos

1 – A letra E designa um eletrodo.


2 – Dígitos (2 ou 3) indicam o limite de resistência do metal
da solda, em Ksi (1 ksi = 1000 PSI). 1MPa = 145
lbf/pol2(Psi).
3 – Posição de soldagem (1, 2 ou 4).
4 – Tipo de corrente e tipo de revestimento (0 a 8).
5 – Composição química do metal depositado.
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Nomenclatura de Eletrodos
E -70 1 0
Tipo de Revestimento
Eletrodo e Corrente

Limite de Resistência Posições de Soldagem


x 1000psi

3°  Este dígito indica as posições em que o eletrodo pode ser


empregado com resultados satisfatórios
ELETRODO POSIÇÃO DE SOLDAGEM
EXX1X Todas
EXX2X Horizontal (apenas para solda em ângulo) e plana
EXX3X Plana
EXX4X Vertical descendente, plana, horizontal e sobre-cabeça
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Nomenclatura de Eletrodos

4° DÍGITO 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Tipo de CC+ CC+ CC- CA CA CC+ CA CA CA
corrente CA CA CC+ CC+ CC+ CC- CC+
CC- CC-
Tipo de INTENSO INTENSO MÉDIO LEVE LEVE MÉDIO MÉDIO LEVE LEVE
c/salpico s/salpico
arco
PENETRAÇÃO GRANDE GRANDE MÉDIA FRACA MÉDIA MÉDIA MÉDIA GRANDE MÉDIA

REVESTIMENTO Xx10 TiO2 TiO2 TiO2 , Calcáreo , TiO2 , Óxido de Calcáreo,


celulósico celulósico e e Silicatos, Silicato Calcáreo, Ferro (FeO), TiO2,
com com Silicato Silicato Pó de ferro de Na Silicato Silicato de Silicatos,
Silicato Silicato de Na de K 20%, de K Na, Pó de
de Na de K (rutílico) Escória Pó de ferro, ferro:
E
espessa Escória de 20 a 40%
Xx20 fácil
Óxido de eliminação
Ferro (FeO)
ESCÓRIA
Xx30
Óxido de
Ferro (FeO)
TEOR DE ELEVADO ELEVADO MODERADO MODERADO MODERADO BAIXO BAIXO MODERADO BAIXO
HIDROGÊNIO 20ml/100g 20ml/100g 15ml/100g 15ml/100g 15ml/100g 2ml/100g 2ml/100g 15ml/100g 2ml/100g
Disciplina Soldagem

Nomenclatura de Eletrodos

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Disciplina Soldagem
Exemplos de Eletrodos
Disciplina Soldagem
Exemplos de Eletrodos

Perda da ponta dos eletrodos


Eficiência de deposição de
eletrodos revestidos para
aços carbono
Disciplina Soldagem
Recomendações de parâmetros de soldagem para os eletrodos revestidos OK® para a
soldagem de aços carbono
Disciplina Soldagem
ELETRODO BÁSICO UTILIZADO EM SOLDAGEM DE GRANDE RESPONSABILIDADE
COMO ESFERAS, CONSTRUÇÃO NAVAL, OFF SHORE E OUTROS
ESAB OK 48.07
Disciplina Soldagem

Secagem e Manutenção da Secagem

• Temperaturas
– Ressecagem de eletrodos baixo hidrogênio
(E7018)
• 350ºC ± 50 ºC por 1 hora
– Estufa de conservação (manutenção)
• Não inferior a 150ºC
– Estufa portátil
• 80 a 150ºC
Obs.: Ressecagem somente para os eletrodos retirados da embalagem.
Manutenção: após a ressecagem ou embalagem fechada.
Disciplina Soldagem
ESQUEMA PARA MANUSEIO DE ELETRODOS DE BAIXO HIDROGÊNIO

Embalagem fechada Embalagem aberta


Almoxarifado
20-30ºC

Forno de conservação Forno de ressecagem

300/350ºC
150ºC
2h

Estufa do soldador
100ºC 4h
Disciplina Soldagem

Segurança na Soldagem

Equipamentos assessórios:
Picadeira: espécie de martelo em que
um dos lados termina em ponta e o
outro em forma de talhadeira. Serve
para retirar a escoria e os respingos.

Escova de fios: serva para a limpeza


do cordão de solda.

Equipamentos de proteção
individual: luvas, aventais,
máscaras, botas de
segurança, perneira e gorro.
Disciplina Soldagem
Segurança na Soldagem

Instalação centralizada para captação de poluentes.


Fonte: Nederman do Brasil Filtro mecânico de papel
filtrante e filtro eletrostático
móvel
Disciplina Soldagem
Descontinuidades na soldagem por eletrodo revestido

1- Porosidade – de um modo geral é causado pelo emprego de técnicas


incorretas, pela utilização do metal de base sem limpeza adequada ou
por eletrodo úmido. A porosidade agrupada ocorre, às vezes, na
abertura e fechamento do arco. A técnica de soldagem com um pequeno
passe a ré, logo após começar a operação de soldagem, permite ao
soldador refundir a área de início do cordão, liberando o gás deste e
evitar assim este tipo de descontinuidade. A porosidade vermiforme
ocorre geralmente pelo uso de eletrodo úmido.

2- Inclusões – são provocadas pela manipulação inadequada do


eletrodo e pela limpeza deficiente entre passes. É um problema
previsível, no caso de projeto inadequado no que se refere ao acesso à
junta a ser soldada.
Disciplina Soldagem

3- Falta de Fusão – resulta de uma técnica de soldagem


inadequada: soldagem rápida ou lenta demais, preparação
inadequada da junta ou do material, projeto inadequado,
corrente baixa demais.

4- Falta de Penetração – resulta de uma técnica de


soldagem inadequada: soldagem rápida ou lenta demais,
preparação inadequada da junta ou do material, projeto
inadequado, corrente baixa demais e eletrodo com
diâmetro grande demais.

5- Mordedura, Concavidades e Sobreposição – são


devidas a erros do soldador.
Disciplina Soldagem

6- Trinca Interlamelar – ocorre, quando o metal de base,


não suportando trações elevadas, geradas pela contração
da solda, na direção da espessura, trinca-se em forma de
degraus, situados em planos paralelos à direção de
laminação.

7- Trincas na Garganta e trincas na Raiz – quando


aparecem, demandam, para serem evitadas, mudanças na
técnica de soldagem ou troca de materiais.

8- Trincas na Margem e Trincas Sob Cordão – devidas a


fissuração à frio.
Disciplina Soldagem
SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO
(SUBMERGER ARC WELDING – SAW)
 No soldagem a arco submerso, a união acontece por fusão obtida por
meio de um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo metálico sem
revestimento e a peça que se quer soldar.

 A diferença deste método é que o arco se forma sob uma camada


protetora de material granular (em forma de grãos) chamada de fluxo,
que é colocado sobre a região da solda e impede a contaminação da
solda pela atmosfera.
Disciplina Soldagem
Equipamentos
Disciplina Soldagem
Arco Submerso Automático
Processo mais utilizado.
 O operador guia o cabeçote sobre a peça a ser soldada.
Disciplina Soldagem
Arco Submerso Semi-Automático Mecanizado

Solda de Filete
Disciplina Soldagem

Consumíveis de Soldagem

Eletrodo (arame):

 Fio contínuo. Bobinas de 30 a 500kg.


 Alimentado automaticamente.
Torna o processo rápido e econômico.

Fluxo:

 Forma de Grânulos.
 Protege o metal de solda de contaminações.
 Age como isolante térmico, concentrando o
calor.
Disciplina Soldagem
Arame – Eletrodo

Classe Composição Química


AWS C Mn P S Si Cu Outros
EL-12 0,04 0,25 0,030 0,030 0,10 0,35
0,14 0,60
EM-12K 0,05 0,80 0,030 0,030 0,10 0,35
0,15 1,25 0,35
EM-13K 0,06 0,90 0,030 0,030 0,35 0,35
0,16 1,40 0,75
EA-3 0,05 1,65 0,025 0,025 0,20 0,35 Mo: 0,45 0,65
0,17 2,20
EB-2 0,07 0,45 0,025 0,025 0,05 0,35 Mo: 0,45 0,65
0,15 1,00 0,30 Cr: 1,00 1,75
0,07 1,45 0,015 0,015 0,10 0,35 Mo:0,40 0,65
EF-6 0,15 1,90 0,30 Ni: 1,75 2,25
Cr: 0,20 0,55
Disciplina Soldagem
Tipos de Fluxos
Quanto ao Método de Fabricação:

Fluxos Aglomerados. Fluxos Fundidos.


Disciplina Soldagem
Secagem dos Fluxos

 Secagem: 250 a 350ºC por 1 a 2 horas.


 Conservação da Secagem: Em estufa entre 100 e 150ºC.
 Necessário para uso com fluxos neutros.
Disciplina Soldagem

Funções do Fluxos para a Soldagem a Arco Submerso

 Estabilizar o arco elétrico;


 Formar escória para proteger o metal de solda líquido
contra a ação da atmosfera;
 Atuar como desoxidante, limpando o metal de solda
líquido;
 Isolante térmico, concentrando o calor (parte não fundida
do fluxo);
 Adicionar elementos de liga;
 Controlar o acabamento e a geometria do cordão de
solda.
Disciplina Soldagem
Principais Variáveis do Processo

 Tipo da Corrente - Polaridade


 Intensidade de Corrente (VAA)
 Velocidade de Soldagem
 Tensão do Arco
 Diâmetro do Arame
 Extensão do Eletrodo
 Ângulo de avanço do Eletrodo
 Espessura da Camada de Fluxo
Granulometria do fluxo
Tipo de Fluxo (Fabricação e Químico)
Composição Binária Fluxo + Arame
Disciplina Soldagem
Tipo de Corrente - Polaridade
(DC)CC+ mais recomendado (ou mais utilizado):
• Rápida sequência de deposição.
• Boa penetração.
• Maior resistência a porosidade.
• Melhor controle do formato e aparência do cordão.
(DC)CC- oferece:
• 30% aumento na taxa de deposição.
• Menor penetração.
• Usado em soldas de revestimento.
• Deve-se aumentar 4V para obter cordão similar a CC+.

CC-
CC+
Disciplina Soldagem

Intensidade de Corrente ( VAA)


A Intensidade de Corrente determina:
• Taxa de Deposição.
• Profundidade de penetração.
• Altura e reforço da solda.
 Intensidade de corrente (demais parâmetros constantes):
 Penetração.
 Taxa de deposição.
 Reforço da solda.

Baixa Correta Elevada


Disciplina Soldagem
Diâmetro do Arame – Relação com Penetração
 2,38 a 6,4 mm.
  arame (demais parâmetros constantes):
 Largura do Cordão.
 Densidade de Corrente.
 Penetração.
 Taxa de Deposição.
Maior  arame:
 Capacidade de suportar corrente.
 Taxa de Deposição.

Pequeno Adequado Grande


Disciplina Soldagem

Diâmetro do Arame – Faixas de Corrente Típicas

Diâmetro do Eletrodo Faixa de Intensidade de


(pol) – (mm) Corrente (A)
3/32” 2,4mm 230 - 600
1/8” 3,2mm 300 - 700
5/32” 4,0mm 400 - 800
3/16” 4,8mm 450 - 1000
1/4” 6,4mm 600 - 1300
Disciplina Soldagem
Extensão do Eletrodo - STICKOUT

“Distância entre o ponto de contato elétrico no bico e a ponta do eletrodo


que toca a chapa”.
 Extensão do Eletrodo (demais parâmetros constantes):
 Taxa de Deposição.
 Penetração.

Bico de Contato
STICKOUT
Eletrodo Visível
Disciplina Soldagem

Ângulo de Avanço do Eletrodo

Direção da Soldagem

Puxando Vertical Empurrando


Penetração Profunda Moderada Rasa

Reforço Máximo Moderado Mínimo

Tendência a Mordeduras Severa Moderada Mínima


Disciplina Soldagem

Fluxo é depositado através do


bocal (cabeçote) de fluxo no arco
de solda submerso
Nozzle = tubo, bocal
Disciplina Soldagem
A maior dificuldade do Processo Arco Submerso é não poder ser vista a
Poça de Fusão nos obrigando a prever seu comportamento com base
nas principais variáveis operacionais.
Disciplina Soldagem
A parte fundida do fluxo forma uma camada de escória que
protege o cordão da solda. Esta camada é facilmente
removida.
A parte do fluxo que não se funde pode ser reutilizada em
novas operações.
Disciplina Soldagem

No processo a arco submerso, os elementos de


liga são adicionados no fluxo.
Disciplina Soldagem

 Soldagem somente na posição plana, horizontal e


circunferencial

Soldagem Automática Circunferencial


Disciplina Soldagem
Solda Longitudinal
Disciplina Soldagem

Perfis soldados, pontes rolantes, pontes, elevados, edifícios.


Disciplina Soldagem
Solda circunferencial

Solda circunferencial
Disciplina Soldagem

Auto-peças: rodas, transmissões, diferenciais, longarinas.

Solda Interna Solda Externa


Disciplina Soldagem

Botijões, tanques e cilindros para gases e ar comprimido.


Disciplina Soldagem
Soldagem de tubos com grandes diâmetros
Disciplina Soldagem

APLICAÇÕES TÍPICAS NA INDUSTRIA DO PETRÓLEO E PETROQUÍMICA


Soldagem dos aços carbono e de baixa liga na fabricação de vasos de
pressão, tubos c/costura e tanques de armazenamento, refinarias, plataformas,
navios, revestimentos resistentes à abrasão, erosão, e corrosão.
SEGURANÇA:
Poucos problemas. O arco é encoberto pelo fluxo.
Disciplina Soldagem
Arames múltiplos tipo Tandem-Arc
 2 ou 3 arames, cada um ligado a uma fonte de energia, formam
arcos distintos.

 Arranjos com até 6 arames são possíveis.


 Geralmente, um eletrodo
trabalha como polo positivo
(eletrodo guia, CC+), visando
maior penetração.

 Os demais eletrodos são


ligados no polo negativo,
visando maior taxa de
deposição e melhor
acabamento.

 Também podem trabalhar com


CA.
Disciplina Soldagem

Arco Submerso com Arcos Múltiplos (Tandem-Arc)

1º arame: penetração.
2º arame: enchimento.
3º arame: acabamento
Disciplina Soldagem
Usos da Soldagem a Arco Submerso
Oleodutos, aquedutos, minerodutos, tubulações, estacas.

Solda interna tubo API com


tandem 3 arames.

2500 A
2,0 m/min.
Disciplina Soldagem
Solda externa, tubo API, tandem 4 arames.

3500 A
2,5 m/min.
Disciplina Soldagem
Arames múltiplos tipo Twin-Arc

 2 arames conectados à mesma


fonte formam um único arco.

 Este arranjo resulta em menor


penetração, com baixa diluição
(pouca fusão do metal base) e alta
taxa de deposição.

 É interessante para revestimentos


e soldas em chanfros largos com
mata-junta.
Disciplina Soldagem
Arco Submerso Twin-arc

 2 arames soldando simultaneamente.


 Acoplados ao mesmo cabeçote, e uma
única fonte de energia.
Disciplina Soldagem
Taxa de Deposição
 Sempre maior na posição plana. Efeito da gravidade mantém o
metal fundido na junta.
 Aumenta com a corrente de soldagem.
 Processos com 2 ou mais arames aumentam substancialmente a
taxa de deposição.

TAXA DE DEPOSIÇÃO TÍPICA


Eletrodo Revestido 1,0 a 3,0 kg/h
MIG-MAG 2,0 a 6,0 kg/h
Arco-Submerso 5,0 a 12,0 kg/h
Twin-arc 10,0 a 25,0 kg/h
Tanden-arc 12,0 a 30,0 kg/h
Disciplina Soldagem
Soldagem a arco submerso com eletrodo em fita

 Configuração utilizada para


deposição de material para
recobrimentos.

 As fitas tem espessura típica de


0,5mm e largura de 30 a 120 mm.

 Geralmente utiliza corrente contínua


direta (CC-), pois se requer diluição
muito baixa.

 A largura do cordão obtido é


aproximadamente a largura da fita.

SAW Strip Cladding head


Disciplina Soldagem
Uso de Soldagem a Arco Submerso com Fita

Revestimento duro: rolos de lingotamento contínuo.


Disciplina Soldagem
Posicionadores
 Dispositivos Mecânicos que suportam
e/ou movimentam as peças para a
posição desejada.

 Função fundamental no SAW pois o


processo exige soldagem na posição
plana ou horizontal.

 O uso de posicionadores garantem para


a SAW:

 Alta taxa de deposição.


 Elevado Fator de Operação.
 Repetibilidade das soldas
Disciplina Soldagem
Automação de grande porte

Este exemplo (acoplado com rolos viradores) permite


executar soldas longitudinal e circunferencial.
Disciplina Soldagem
Arco Submerso com adição de pó metálico

 Abaixo do fluxo deposita-se pó metálico, geralmente pó de ferro. Para


que o pó de ferro fique abaixo do fluxo, deposita-se o pó de ferro antes
de se depositar o fluxo, conforme figura abaixo.

 A função é aumentar a taxa de deposição, em um principio similar ao


processo com eletrodo revestido com adição de pó metálico no
revestimento. Consegue-se aumento da taxa de deposição em até
70%, com redução da penetração, de forma similar ao uso de arame
frio.

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