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MARINHA DO BRASIL

DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS

CURSO BÁSICO DE SEGURANÇA DE PLATAFORMA


DISCIPLINA: TÉCNICAS DE SOBREVIVÊNCIA PESSOAL E PROCEDIMENTOS DE
EMERGÊNCIA DEZEMBRO/2015
SIGLA: TSP/P CARGA HORÁRIA: 09 HORAS
SUMÁRIO

1) OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA


Proporcionar ao aluno noções elementares sobre os procedimentos de emergência a bordo e
a utilização do material de salvatagem em unidades offshore.

2) LISTA E PROPÓSITOS DAS UNIDADES DE ENSINO


1. SITUAÇÕES E PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA........................................01 HORA
1.1 - Descrever os tipos de emergências que podem ocorrer, tais como: colisão, incêndio,
naufrágio, adernamento, água aberta, derramamento de óleo e vazamento de gás.
1.2 - Identificar os sinais de alarme utilizados em unidades offshore.
1.3 - Definir e exemplificar uma Tabela Mestra de unidade offshore, as orientações de
segurança para cada situação de emergência, planos contingentes, pontos de reunião, rotas
de fuga, cartão “T” e estações de abandono.
1.4 - Citar o emprego dos seguintes equipamentos: colete salva-vidas, óculos, gaiola/cesta de
transbordo, colete de içamento, máscara protetora e de fuga, botas, capacete, protetor
auricular, luvas, balaclava, cinto de segurança, etc.
1.5 - Identificar os sistemas de comunicações interiores de bordo, em especial, para comunicar
ocorrências de emergência (dar alarme) ao pessoal responsável pela segurança da unidade.
1.6 - Compreender a importância de seguir as ordens e instruções da cadeia de comando.
1.7 - Descrever os procedimentos especiais de operações combinadas como: FPSO com navio
aliviador, plataforma com UMS acoplada (com gangway) para construção e reparos a
bordo e operações de mergulho, combate a incêndio e evacuação com apoio de supply-
boat.

2. ORIENTAÇÃO SOBRE SEGURANÇA A BORDO...............................................02 HORAS


2.1 - Mostrar os principais compartimentos e equipamentos de uma plataforma.
2.2 - Citar a estrutura funcional e hierárquica e os diversos tipos de unidades offshore.
2.3 - Conceituar os elementos de estabilidade e estanqueidade: obras vivas e obras mortas;
seções e portas estanques; descrever um sistema de lastro: tanques, redes e bombas.
2.4 - Descrever os modos de evacuações possíveis e os meios de evacuação/abandono.
2.5 - Citar os procedimentos básicos para evacuação/abandono da unidade para cada tipo de
meio, tais como: helicóptero, embarcações/baleeiras, balsas e colete salva-vidas.
2.6 - Citar os procedimentos para embarque e desembarque em helicópteros: ângulo de
aproximação, não portar bonés ou material volante, cinto de segurança, vestir o colete SV,
procedimento básico em caso de queda n´água.

3. TÉCNICAS DE SOBREVIVÊNCIA NO MAR........................................................02 HORAS


3.1 - Descrever os equipamentos para salvatagem e sobrevivência.
3.2 - Citar os tipos de embarcações que poderão ser utilizados para abandono e sobrevivência.
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3.3 - Identificar os pontos de reunião e estações de abandono de acordo com a Tabela Mestra.
3.4 - Citar os procedimentos dentro d’água: manter-se vestido para proteger o corpo, manter-se
a uma distância segura da embarcação sinistrada, utilizar partes dos destroços para auxiliar
na flutuação, quando possível.
3.5 - Citar a necessidade de autocontrole e os cuidados para a sobrevivência a um naufrágio nos
aspectos: controle do pânico, solidão, frio, fome, enjoo, queimaduras, ação da água
salgada.
3.6 - Citar os meios de alerta e sinalização: equipamentos de comunicações e sinalizações de
emergência: EPIRB, SART, pirotécnicos, espelho, apito e outros.

4. PRÁTICAS DE SALVATAGEM E SOBREVIVÊNCIA.........................................04 HORAS


4.1 - Vestir, inspecionar e ajustar o colete salva-vidas sem assistência em 1 minuto
(individualmente). (*)
4.2 - Demonstrar o acionamento de um colete salva-vidas inflável.
4.3 - Citar a utilidade de uma roupa de imersão.
4.4 - Demonstrar como vestir uma roupa de imersão.
4.5 - Saltar para dentro d’água com colete salva-vidas (altura mínima de 03 metros). (*)
4.6 - Nadar 15 metros, com ou sem colete salva-vidas, e permanecer flutuando n´água por 10
minutos. (*)
4.7 - Embarcar com colete salva-vidas, a partir da água, para uma balsa salva-vidas inflada
dentro d’água. (*)
4.8 - Desvirar uma balsa inflável dentro d'água.
4.9 - Embarcar, utilizar o cinto de segurança e verificar a palamenta de uma baleeira. (*)
4.10 - Demonstrar o lançamento de uma boia salva-vidas.

3) DIRETRIZES ESPECÍFICAS
a) As aulas deverão ser desenvolvidas, sempre que possível, por meio de demonstrações
práticas, visando à aplicação do que é ensinado na vida a bordo.
b) Deverão ser transmitidas ao aluno técnicas e conhecimentos que o habilitem a utilizar os
equipamentos e agir de forma segura em caso de abandono ou naufrágio.
c) A parte prática individual é obrigatória. Os alunos deverão ser orientados sobre as
vestimentas apropriadas e a segurança durante as aulas práticas.

4) AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
a) A avaliação teórica será realizada por meio de uma prova escrita, ao final do curso,
versando sobre os conteúdos de todas as disciplinas.
b) A avaliação prática será realizada ao longo do desenvolvimento da Unidade de Ensino 4, por
meio de análise do desempenho de cada aluno, feita pelo instrutor, durante as demonstrações
práticas e os exercícios desenvolvidos. O resultado deverá ser registrado em documento
próprio e arquivado em local seguro.
c) Será atribuído conceito insatisfatório ao aluno que não cumprir qualquer uma das atividades
práticas assinaladas com (*) na Unidade de Ensino 4.

5) RECURSOS INSTRUCIONAIS

a) Quadro branco de anotações.


b) Flip chart.
c) Projetor multimídia.
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d) Controle remoto do projetor e laser point.
e) Slides e filmes.
f) Colete salva-vidas não inflável (poderá ser utilizado um colete classe III para cada aluno na
parte prática e um modelo das demais classes para apresentação aos alunos).
g) Balsa salva-vidas inflável com cobertura e capacidade mínima para seis (6) pessoas, com
palamenta completa e acessórios.
h) Baleeira com palamenta completa, totalmente fechada, sem propulsão e com cintos de
segurança nos assentos, com capacidade mínima para dez (10) pessoas. Escadas de acesso
duplo, quadro para a guarda dos cartões “T” dos alunos e alarme de abandono,
complementam a estrutura instrucional.
i) Roupa de imersão (apenas uma para demonstração).
j) Outros, a critério do instrutor, para melhor condução da disciplina.

6) REFERÊNCIAS

a) BRASIL. Marinha do Brasil. Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão.


CAAML-1212 Manual de Sobrevivência no Mar - Rio de Janeiro, 2007.

b) REZENDE, Celso Antônio Junqueira. Manual de Sobrevivência no Mar. Rio de Janeiro.


1992.

c) WRIGHT, C. H. Survival at Sea: The Lifeboat and Liferaft. Liverpool: The James Laver
Printing Co. Ltd., 1986.

d) LEE, E. C. B. and Lee, K. Safety and Survival at Sea. London: W. W. Norton, 1980.

PAULO CESAR MENDES BIASOLI


Contra-Almirante (RM1)
Superintendente de Ensino Profissional Marítimo

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