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SAR005
Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA
2016
Curso Básico de Busca e Salvamento
SAR005
Disciplina: Busca e Salvamento
Unidades: Histórico, SISSAR e Sistemas Afins; Documentos; e Serviço de Busca e Salvamento.
Subunidades: Origem da Busca e Salvamento; Documentos, SISSAR; Organização do ARCC;
COSPAS-SARSAT; Incidente SAR; Operação SAR; e Coordenação SAR.
O presente trabalho foi desenvolvido para uso didático, em cursos que são oferecidos pelo
entanto, nem o DECEA, nem os autores/revisor são responsáveis por quaisquer erros e/ou
omissões, ou por danos e prejuízos que possam advir do uso dessas informações. Esse trabalho é
publicado com o objetivo de orientar o aprendizado, não devendo ser entendido como um
substituto a manuais, normas ou quaisquer tipos de publicações técnicas específicas que tratam de
assuntos correlatos.
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APRESENTAÇÃO
Este material didático é destinado ao Curso “Básico de Busca e Salvamento” (SAR005). O
material foi elaborado a partir de assuntos selecionados especialmente para orientar sua
aprendizagem. A seguir você irá conhecer os objetivos que deverá alcançar ao final da disciplina e
os conteúdos que serão trabalhados.
OBJETIVOS OPERACIONALIZADOS
Subunidade 1.1.1 Origem da Busca e Salvamento
a) identificar a Origem da Busca e Salvamento (Cn);
b) relacionar as lições aprendidas durante a 2ª Guerra Mundial, no contexto da Busca e
Salvamento (Cn);
c) descrever a criação da Busca e Salvamento na Organização da Aviação Civil
Internacional (OACI) (Cn);
d) descrever as primeiras atividades SAR no Brasil (Cn); e
e) descrever fatos marcantes na evolução do SAR no Brasil (Cn).
Subunidade 1.3.1 Documentos
a) descrever o conteúdo dos capítulos do Anexo 12 (Cn);
b) exemplificar a aplicação do Anexo 12 na Operação SAR (Cn);
c) citar o conteúdo dos três volumes que compõem o IAMSAR (Cn);
d) citar a NSCA 64-1 (Cn);
e) citar o PCA 64-1 (Cn);
f) citar o MCA 64-3 (Cn);
g) citar a importância da Carta de Acordo Operacional (Cn); e
h) citar a importância do Plano de Operações dos ARCC (Cn).
Subunidade 1.2.1 SISSAR
a) citar a Portaria de criação do SISSAR (Cn);
b) descrever a composição do SISSAR (Cn);
c) descrever a configuração das Regiões de Busca e Salvamento (SRR) nacionais (Cn);
d) citar a diferença entre as SRR Aeronáuticas e Marítimas (Cn);
e) citar os elos do SISSAR (Cn);
f) identificar os Sistemas afins que se relacionem com o SISSAR (Cn);
g) citar o inter-relacionamento do SISSAR com os Sistemas afins (Cn);
h) destacar a importância do relacionamento entre SISSAR e o Serviço de Busca e Salva-
mento Marítimo (Cn); e
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i) destacar o inter-relacionamento entre o SISSAR com órgão alocador de recursos aéreos
(Cn).
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j) conceituar Operação SAR em grande escala (MRO) (Cn);
k) exemplificar uma MRO (Cn);
l) citar as ações complementares (Cn); e
m) citar Operação de Socorro em Voo (Cn).
Subunidade 1.4.4 Coordenação SAR
a) descrever os três principais deveres do Coordenador SAR (SC) (Cn);
b) descrever os três principais deveres do Coordenador de Missão SAR (SMC) (Cn);
c) descrever os três principais deveres do Coordenador na Cena (OSC) (Cn);
d) descrever os três principais deveres do Coordenador de Aeronaves (ACO) (Cn);
e) descrever os três principais deveres do Controlador de ARCC (Cn);
f) descrever os três principais deveres do Operador de Estação Aeronáutica de ARCC (Cn);
g) identificar o comandante da Operação SAR (Cn); e
h) identificar o comandante na cena (Cn).
EMENTA
Busca e Salvamento: Histórico: Origem da Busca e Salvamento; Sistema de Busca e Salvamento
Aeronáutico (SISSAR) e sistemas afins: SISSAR; COSPAS/SARSAT; Documentos: documentos;
Serviço de Busca e Salvamento: Incidente SAR; Operação SAR; Organização do ARCC;
Coordenação SAR.
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INTRODUÇÃO
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CAPÍTULO 1
1.1 Histórico
Lição nº 1:
“A Rapidez é Essencial.”
A burocracia deve ser eliminada. Os meios mais rápidos de comunicação devem ser
utilizados com prioridade. As comunicações devem ser realizadas em linguagem clara, pois não há
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tempo para codificação.
Lição nº 2:
“Uma Única Coordenação é Essencial.”
Mesmo que várias Nações, Organizações ou serviços estejam envolvidos, deverá haver um
único órgão coordenador. Todas as informações devem ser encaminhadas para esse órgão
coordenador a quem caberá decidir sobre as ações a serem efetivadas.
Lição nº 3:
“As Unidades Operacionais de Salvamento, aéreas e marítimas, devem estar sob um
único Controle Operacional e Administrativo, sempre que possível.”
Atualmente, nações que possuem o Serviço de Busca e Salvamento muito bem estruturado
como, por exemplo, o Canadá, comprovam que o controle único dos recursos SAR (JRCC – Joint
Rescue Coordination Center) agiliza sobremaneira a atuação do Serviço SAR, trazendo como
resultado o salvamento de mais vidas, no menor espaço de tempo.
Lição nº 4:
“A Busca e o Salvamento devem ser considerados como parte integrante de toda
Operação planejada.”
Ao se planejar a localização do objetivo da busca, o órgão de coordenação deve, também,
executar concomitantemente, todo o planejamento para o salvamento das possíveis vítimas,
acionando previamente toda a rede que dará suporte aos sobreviventes.
Lição nº 5:
“O adestramento das tripulações é de vital importância.”
Todo tripulante deve memorizar os procedimentos adequados ao seu próprio salvamento.
Deve saber como o serviço de salvamento funciona, quando o acionar e como fazer isso.
Lição nº 6:
“A Disciplina nas comunicações radiotelefônicas é indispensável.”
Nas comunicações radiotelefônicas deve-se utilizar uma linguagem clara, comum e
objetiva de forma pausada e direta. Os equipamentos de comunicações devem ser usados com
profissionalismo, sem desvirtuamento de sua função.
Lição nº 7:
“Quanto melhor a rede de estações radiogoniométricas, mais certo é o salvamento.”
O avanço tecnológico na área da navegação aérea (RNAV, GPS, Rede de Radares, ADS-C,
entre outros) tem garantido voos mais precisos nas rotas planejadas. O investimento na
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modernização e na manutenção desses equipamentos é fundamental para a garantia da agilidade na
localização de aeronaves em situações de emergência, tornando a operação de Busca e Salvamento
mais simples, mais objetiva e mais econômica.
Lição nº 8:
“O sistema de comunicações entre o órgão coordenador, as estações radiogoniométricas
e as unidades que prestam o salvamento deve ser perfeito.”
Um sistema de comunicações eficaz (terra-terra e terra-ar) é primordial para o sucesso de
uma operação SAR. O perfeito funcionamento desse sistema garantirá o trâmite das mensagens
necessárias à missão e um controle efetivo dos meios empregados.
Lição nº 9:
“O equipamento de salvamento e sobrevivência deve ter o mesmo tratamento que é
dado aos paraquedas.”
Equipamentos como: kits de medicamentos, kits de sobrevivência na terra e no mar,
artefatos pirotécnicos, equipamentos de comunicação de emergência e outros devem ser
periodicamente avaliados e checados, a fim de estarem em condições de uso nas situações de real
necessidade.
Lição nº 10:
“As aeronaves multimotores devem ser construídas de modo tal que proporcionem um
pouso forçado na água com segurança.”
As aeronaves de grande porte devem ser capazes de flutuar após amerissagem, permitindo
que seus ocupantes possam abandonar a aeronave com segurança. Como é bem provável que a
aeronave venha a afundar após algum tempo, o objeto da busca passará a ser botes salva-vidas,
balsas e/ou grupos de pessoas boiando na água.
Lição nº 11:
“Os caças e os interceptadores não devem pousar forçado na água.”
Em função da performance específica, pouca sustentação e velocidade aerodinâmica,
incompatíveis com o procedimento de amerissagem, as aeronaves de caça não devem efetuar pouso
forçado na água. Dessa forma, o procedimento correto, em caso de emergência, é a ejeção de seus
tripulantes. Nessa situação, o foco das aeronaves de busca e salvamento será um paraquedas ou o
piloto flutuando na água, no caso de queda no mar.
Lição nº 12:
“Deverá ser utilizada a cooperação entre os diversos serviços que possam concorrer
num salvamento.”
A celebração de Acordos Operacionais e o intercâmbio entre as várias Unidades sejam elas
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marítimas ou aéreas, contribui para o sucesso no progresso da missão a ser realizada. Tal
procedimento encontra-se respaldado pelo Sistema de Busca e Salvamento (SISSAR) que prevê a
cooperação e a ação conjunta de todos os meios disponíveis (Forças Armadas, Forças Auxiliares,
entidades civis, etc.) que possam colaborar com os objetivos do Serviço SAR.
Lição nº 13:
“O melhor lugar para se obter informações sobre o Serviço de Busca e Salvamento é o
Órgão de Coordenação SAR.”
No caso do SAR aeronáutico, os órgãos de coordenação são designados como Centros de
Coordenação de Salvamento Aeronáutico - ARCC ( Aeronautical Rescue Coordination Center). Os
ARCC, também conhecidos como SALVAERO, são os órgãos habilitados a fornecer informações
sobre os serviços e as operações SAR Aeronáuticas no Brasil.
O encontro ocorreu na cidade de Chicago, Illinois, onde diferentes assuntos sobre aviação
foram debatidos, dentre os quais aqueles relacionados às atividades de busca e salvamento. Nessa
convenção iniciou-se a criação de uma instituição que viria a se tornar a Organização de Aviação
Civil Internacional (OACI). Dela fazia parte uma Divisão de Busca e Salvamento, cuja atribuição
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inicial seria elaborar normas e métodos recomendados para as atividades de busca e salvamento.
Finalizado esse trabalho, que foi objeto de longa tramitação entre os diferentes setores da
OACI e países-membros, o Anexo 12 (Busca e Salvamento) foi incorporado à CACI, em 25 de
maio de 1950, sendo aprovado em 1º de dezembro do mesmo ano, passando a vigorar a partir de 1º
de março de 1951.
1.3 Criação do Serviço SAR no Brasil
Na Força Aérea Brasileira, a atividade de busca e salvamento teve o seu início somente
com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 1941. Naquela época, embora o Serviço SAR ainda
não estivesse oficialmente organizado, as missões de busca e salvamento eram feitas por abnegados
militares que, voluntariamente, se apresentavam para procurar e resgatar os tripulantes e passageiros
das aeronaves acidentadas.
Em 19 de novembro de 1947, por exemplo, uma aeronave “Catalina”, da Força Aérea
Brasileira, caiu numa área pantanosa na região do Aquiqui, no município de Porto de Moz, PA,
quando em voo regular do Correio Aéreo Nacional (CAN). As experiências adquiridas pela
expedição que penetrou naquelas áreas de difícil acesso para prestar socorro às vítimas, levaram um
grupo de militares da Primeira Zona Aérea, em Belém, a olhar com maior atenção a necessidade de
se organizar e se preparar melhor para realizar esse tipo de trabalho.
Em consequência, no dia 16 de dezembro de 1950, o Ministro da Aeronáutica, com a
finalidade de melhor atender às atividades de proteção à navegação aérea no território brasileiro, e
ainda cumprir acordos internacionais assumidos pelo Governo Brasileiro, resolveu, por meio da
Portaria n° 324, organizar, em cada uma das Zonas Aéreas, um Serviço de Busca e Salvamento com
a finalidade de localizar aeronaves desaparecidas e socorrer passageiros e tripulantes.
Em 20 de março de 1951, a aeronave Catalina PBY-5A 6516, pertencente à Base Aérea de
Belém, foi colocada à disposição da Comissão Organizadora do Serviço de Busca e Salvamento da
Primeira Zona Aérea, para ser empregada somente em exercícios específicos e atividades de busca e
salvamento.
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Em tempo recorde, por determinação do chefe do Estado-Maior da 1ª Zona Aérea, foi
organizada uma equipe para decolar de Belém, a fim de dar apoio imediato ao Destacamento de
Cachimbo.
O avião escolhido para a missão foi o C-47 2068, apelidado de “ÓSCAR” por ser mais
confortável que os outros. Havia um total de vinte e cinco pessoas a bordo, sendo quatro tripulantes,
uma equipe de dezessete militares, sob o comando do Tenente Velly, o Capitão Médico Paulo
Fernandes e dois civis do Serviço de Proteção ao Índio - SPI.
Ao chegar a Cachimbo, a missão do Tenente Velly seria comandar o grupamento de
soldados no apoio ao pessoal do efetivo de SBCC. Quanto aos funcionários do SPI, estes iriam com
a finalidade de parlamentar com os índios, se fosse o caso; e o Capitão Paulo Fernandes seria
responsável pelo apoio médico da missão.
Dessa forma, esses vinte e cinco homens partiram com a certeza de que realizariam mais
uma missão, entre muitas das que já participaram, com uma grande diferença: esta seria em socorro
de companheiros do dia a dia, que estariam sendo ameaçados por um ataque iminente de índios.
A aeronave decolou de Belém às 14:10 (horário de Brasília) com destino a Cachimbo, com
escala em Jacareacanga (SBEK) para reabastecimento. Após um voo de quatro horas e trinta e cinco
minutos, às 18:45, o FAB 2068 pousava suavemente na pista empoeirada de Jacareacanga.
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O resultado alcançado nessa operação de busca e salvamento ratifica que todo esforço é
válido, quando utilizado para imortalizar o lema SAR internacional:
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CAPÍTULO 2
DOCUMENTOS
2.1.1 ANEXO 12
Capítulo 1 - Definições
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Capítulo 2 - Organização
Capítulo 3 - Cooperação
a) Informação preparatória;
b) Planos de Operações;
c) Unidades de Busca e Salvamento;
d) Treinamento e exercícios; e
e) Restos de aeronaves.
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Apêndice - Sinais de Busca e Salvamento
a) sinais ar-terra.
b) sinais terra-ar.
Utilizados pelos sobreviventes
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2.1.2 Manual IAMSAR
Esses três volumes fornecem orientações gerais para a organização e a prestação do serviço
de Busca e Salvamento com recursos aeronáuticos e marítimos. Incentivam os Estados a
desenvolver e aperfeiçoar os seus próprios serviços SAR, a cooperar com os Estados vizinhos e a
considerar os seus serviços SAR como parte de um sistema SAR global.
Cada volume foi escrito tendo em mente as tarefas relativas a cada parte de um Sistema
SAR e pode ser utilizado como um documento independente, ou em conjunto, de forma a adquirir
uma visão total do Sistema.
A seguir temos a descrição de cada volume:
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Apresenta uma visão geral da concepção do sistema SAR sob uma perspectiva mundial,
regional e nacional.
- Capítulo 4 - Comunicações:
Descreve as necessidades de comunicação de uma organização SAR para receber alertas de
perigo e para apoiar a coordenação efetiva entre os diversos componentes do sistema SAR.
- Capítulo 2 - Comunicações:
Enfoca primordialmente as comunicações SAR. Entre estas figuram as comunicações de
socorro, radiobalizas de emergência, comunicações para as operações SAR e vários sistemas de
comunicações e segurança relacionados com o sistema SAR ou utilizado por este.
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detalhes as três fases de emergência (incerteza, alerta e perigo) e as duas primeiras etapas
(conhecimento do incidente e ações iniciais), e oferece valiosas informações sobre essas primeiras
etapas do incidente.
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Este volume é constituído das seguintes partes:
- Abreviaturas e Siglas;
- Glossário;
- Seção 1: Visão Geral;
- Seção 2: Prestando Socorro;
- Seção 3: Coordenação na Cena de Ação;
- Seção 4: Emergência a Bordo;
- Seção 5: Operações SAR com múltiplas aeronaves; e
- Apêndices.
Documento aplicado quando se deseja oficializar acordo efetuado entre duas ou mais
organizações dentro do Comando da Aeronáutica, ou entre as organizações fora do âmbito do
COMAER, com vistas a estabelecer normas para execução de procedimentos específicos de
Tráfego Aéreo, Busca e Salvamento, entre outros, em determinada conjuntura e área, em
conformidade com as regras em vigor, que as partes acordantes se propõem a seguir.
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CAPÍTULO 3
AERONÁUTICO BRASILEIRO
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São quaisquer recursos móveis, incluindo as SRU designadas, utilizados para colaborar
com as operações SAR.
São quaisquer recursos que sirvam como intermediários entre uma pessoa reportando uma
emergência e um ARCC.
Os Postos de Alerta incluem, mas não se limitam, Estações Rádio Costeiras (CRS),
Centros de Controle de Missão (MCC) do Sistema COSPAS-SARSAT, Estações Terrenas do
Sistema INMARSAT, órgãos dos Serviços de Tráfego Aéreo (ATS), provedores dos serviços ou
dispositivos de notificação de emergência disponíveis no mercado, unidades de segurança pública,
tais como Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, embarcações, aeronaves, pessoas e
outras facilidades que possam receber e retransmitir alertas de emergência.
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São recursos móveis compostos por pessoal habilitado e dotados de equipamento
apropriado para executar com rapidez as Operações de Busca e Salvamento.
As unidades móveis subordinadas ao COMAE, quando dotadas de pessoal treinado e
equipamento apropriado para executar as Operações SAR, são denominadas SRU.
Os navios e helicópteros disponibilizados pela Marinha do Brasil (MB) para executar as
Operações SAR, bem como qualquer outra unidade aérea, marítima ou terrestre de qualquer
entidade pública ou privada, também serão considerados SRU, desde que dotados de pessoal
habilitado e equipamentos apropriados.
Quaisquer outras aeronaves e embarcações podem ser utilizadas em apoio à Operação
SAR, a critério e sob a responsabilidade do Coordenador de Missão SAR (SMC).
Sistema subordinado à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que visa organizar
atividades necessárias ao funcionamento e desenvolvimento da aviação civil no Brasil. Relaciona-se
com o SISSAR disponibilizando informações atualizadas sobre aeronaves e tripulações brasileiras.
3.2.5.3 Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER)
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que possam ser acionadas para colaborar com uma operação SAR.
3.2.5.5 Sistema Automatizado de Salvamento de Embarcação por Assistência Mútua (AMVER -
Automated Mutual-Assistance Vessel Rescue System)
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3.3.3 Entre os ARCC
Deve haver um constante e estreito relacionamento entre os ARCC, com o intuito de
intercambiar dados e informações visando à melhoria da prestação do Serviço de Busca e
Salvamento. Em caso de degradação parcial ou total em um dos ARCC, os procedimentos a serem
adotados estão formalizados em Carta de Acordo Operacional.
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CAPÍTULO 4
4.1 ARCC
4.1.2 Instalações
Para cumprir a sua missão, o ARCC deverá dispor de instalações adequadas que
contemplem, pelo menos:
a) sala administrativa;
b) sala operacional, com as seguintes posições operacionais:
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- Controlador do ARCC (H24).
- Operador da Estação Aeronáutica do ARCC (H24).
- Coordenador de Missão SAR (SMC); ativada durante uma operação SAR.
c) sala de briefing e entrevistas; e
d) depósito operacional.
4.2 Comunicações
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4.2.2 Planejamento de Comunicações
4.2.3.1 Internacionais
4.2.3.2 Nacionais
As frequências operacionais SAR nacionais, utilizadas pelos ARCC, são consignadas pelo DECEA.
A rede SAR (em HF) é constituída pelas seguintes frequências:
a) 3.958 kHz
b) 5.889 kHz;
c) 7.929 kHz;
d) 8.834 kHz;
e) 13.586 kHz; e
f) 16.355 kHz.
a) material de comunicações;
b) material para coordenação;
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c) material de acampamento e sobrevivência; e
d) geradores portáteis de energia.
Cada ARCC dispõe de um Chefe, além de outros oficiais aptos para assumir as funções de
Coordenador de Missão SAR (SMC - SAR Mission Coordinator).
Conta, ainda, com um efetivo operacional capacitado e habilitado para assumir as funções de
Coordenador na Cena (OSC – On Scene Coordinator), Controlador de ARCC e Operador de Estação
Aeronáutica de ARCC.
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CAPÍTULO 5
SISTEMA COSPAS-SARSAT
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Na figura a seguir estão destacados os países participantes do Programa.
(Fonte: www.cospas-sarsat.int).
Em 1985, por meio de um convênio de cooperação técnica com o Canadá, foi oferecida ao
Brasil a instalação de um Terminal de Usuário Local (LUT) para rastreamento de satélites em
Órbita Polar Baixa – LEO (satellites in low-altitude Earth orbit) para que pudessem ser avaliados os
sinais captados em nosso território. O Ministério das Relações Exteriores definiu o Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) como o responsável pelo processo de instalação. O
equipamento foi instalado no INPE em Cachoeira Paulista, interior de São Paulo.
A Divisão de Busca e Salvamento da Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Voo - DEPV
(hoje, DECEA), ao verificar os relatórios produzidos pelo equipamento, identificou que seus dados
estavam diretamente relacionados à busca e salvamento. Tal fato motivou uma proposta ao
Ministério da Aeronáutica (hoje, Comando da Aeronáutica), para que assumisse a responsabilidade
pela operacionalidade do Sistema no Brasil. Desse modo o equipamento foi reposicionado em
Brasília, onde as captações poderiam ser mais efetivas, proporcionando uma cobertura de todo o
território nacional.
Em 1991, o Ministério da Aeronáutica assumiu a administração da operação e o Brasil
passou a participar do Programa COSPAS-SARSAT como Provedor do Segmento Terrestre.
Atualmente, o DECEA é a Agência Nacional para o Programa.
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O Sistema COSPAS-SARSAT está em constante processo de atualização e
desenvolvimento.
Entre 1992 e 1993, o Brasil efetuou a primeira atualização do Sistema, aumentando a
capacidade de detecções na área SAR nacional. Foram instaladas três novas antenas LEOLUT
(Recife, Manaus e Brasília) e o comissionamento do Centro Brasileiro de Controle de Missão
COSPAS-SARSAT (BRMCC) para o tratamento e análise das mensagens de alerta recebidas,
utilizando para isso dois Consoles de Controle Operacional (OCC).
A segunda grande atualização aconteceu em 1996, quando foram instaladas duas antenas
GEOLUT (Recife e Brasília) para a captação imediata de sinais de emergência em 406 MHz,
oriundos dos satélites em órbita geoestacionária - GEOSAR (satellites in geostationary Earth orbit);
assim como foram atualizados os consoles OCC-200 e as antenas LEOLUT instaladas
anteriormente.
Entre 2012 e 2013 foram implementadas as seguintes ações:
a) instalação de quatro antenas MEOLUT, em Brasília, para rastreamento de satélites em
órbita de média altitude - MEOSAR (satellites in medium-altitude Earth orbit);
b) instalação dos novos consoles OCC-600 (Brasília e Recife) compatíveis com a
tecnologia MEOSAR; e
c) a substituição das antenas LEOLUT e GEOLUT de Brasília e Recife.
Em 2016 foram instaladas mais duas antenas MEOLUT em Brasília e seis em Recife,
aumentando sobremaneira a capacidade de captação do Sistema.
b balizas de emergência (ELT, EPIRB, PLB e SSAS) que transmitem sinais durante
situações de perigo;
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d Centros de Controle da Missão (MCC) que recebem dados de alertas e localização
produzidos pelos LUT e os distribuem aos Centros de Coordenação de Salvamento (RCC),
Pontos de Contato SAR (SPOC) associados ou outros MCC.
NOTA: Como já mencionado, há um terceiro tipo de satélite SAR, o de órbita de média alti-
tude (MEO), que integrará o Sistema MEOSAR, ainda em fase de avaliação e aprovação.
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5.4.1.1 O Sistema Geoestacionário (GEOSAR)
A GEOLUT é uma estação receptora terrestre que recebe e processa os sinais de balizas de
emergência em 406 MHz que tenham sido transmitidos por um satélite geoestacionário.
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Abaixo, estão exibidas as áreas de cobertura dos satélites geoestacionários e as antenas
GEOLUT posicionadas no globo terrestre.
Os satélites LEOSAR captam, processam e/ou repetem (rebatem) sinais das balizas na
frequência de 406 MHz, enviando-as posteriormente aos LEOLUT. Cada satélite possui um módulo
processador/memória (SARP) de 406 MHz que armazena as mensagens digitais recebidas dessas
balizas. O conteúdo da memória é continuamente transmitido para a Terra, eliminando a
necessidade de o satélite ter visibilidade simultânea da baliza e do LUT para a localização.
Após o satélite LEOSAR ter recebido a transmissão da baliza 406 MHz, os sinais
armazenados na memória dos satélites estarão disponíveis para todos os LUT do Sistema ao redor
do globo terrestre, fornecendo uma cobertura global completa.
Os satélites LEOSAR completam uma órbita ao redor da terra,a uma altitude entre 800 e
1.000 km, em aproximadamente 100 minutos, a uma velocidade de 7 km/s. O satélite LEOSAR
visualiza uma área na superfície da terra de aproximados 4.000 km de diâmetro. Visto de um ponto
da terra, leva aproximadamente 15 minutos para cruzar de um horizonte ao outro.
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O sistema LEOSAR calcula a localização da baliza utilizando o efeito Doppler. Para cada
sinal em 406 MHz detectado, as informações Doppler são calculadas e a localização da baliza no
globo terrestre é determinada. O LEOLUT também é capaz de decodificar a identificação da baliza
de 406 MHz.
A figura a seguir representa a cobertura do Sistema LEOSAR. Cabe salientar que as áreas
iluminadas correspondem a regiões com visibilidade direta entre baliza, satélite e LEOLUT.
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Os satélites do Sistema MEOSAR são denominados:
a) DASS (GPS) – Distress Alerting Satellite System (EUA);
b) GLONASS – GLObalnaya NAvigatsionnaya Sputnikovaya Sistyema (RÚSSIA); e
c) GALILEO (Comissão Europeia - EC – European Commission).
Experiências com os satélites DASS (3 satélites em linha de visada) têm demonstrado uma
acuracidade de posição de 6 Km de raio com apenas um “pulso/ burst”, em 95% das vezes, e de 1
Km de raio, após alguns minutos.
O sistema MEOSAR utilizará diferentes métodos para a definição da localização das
balizas de emergência. Com múltiplos ângulos de visão e sem áreas bloqueadas, o Sistema
MEOSAR poderá detectar e localizar, automaticamente, todas as balizas em 406 MHz ativas em
qualquer local no mundo.
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A área de cobertura do satélite MEOSAR é muito mais ampla que a de um satélite
LEOSAR e quase tão extensa como a de um satélite GEOSAR. Sua área de cobertura se moverá
lentamente ao redor do mundo, fornecendo longos períodos de observação direta das balizas.
Na figura abaixo, observa-se a comparação das áreas de cobertura dos satélites MEOSAR e
LEOSAR.
(*) O Sistema GALILEO permite, para a nova geração de balizas em 406 MHz, uma
mensagem de retorno (Return Link to Beacon). A mensagem de retorno pode ser usada para indicar
ao usuário que o sinal de emergência da baliza foi detectado, fazendo com que esta confirmação
eleve o moral da pessoa em situação de perigo, elevando também suas chances de sobrevivência.
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Antenas MEOLUT (O azimute e elevação se ajustam e variam de acordo com a posição do satélite).
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Na figura a seguir, observa-se a interface operacional do Console de Controle Operacional
(OCC) do BRMCC, utilizada para visualização dos sinais de emergência e mensagens de alerta do
Sistema.
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ELT de Sobrevivência
Embora ainda não haja uma legislação com essa determinação, todas as balizas de
emergência em 406 MHz devem ser registradas no BRMCC, inclusive aquelas que não estiverem
instaladas numa aeronave ou embarcação. Muitas dessas balizas são ativadas acidentalmente,
quando estão em armazéns ou em trânsito. Esses falsos alertas podem desencadear uma ação
desnecessária do Serviço de Busca e Salvamento.
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Por conta da elevada taxa de falsos alertas (em torno de 98%), os Centros de Coordenação
de Salvamento Aeronáutico (ARCC) são obrigados a investigar cada sinal de emergência, antes de
deslocar os recursos de busca e salvamento. Tal procedimento inclui o contato com proprietários de
aeronaves e embarcações, aeroportos, aeroclubes, entre outros. Quando a baliza é registrada, os
contatos necessários estarão especificados nos dados de registro, evitando perda de tempo
prejudicial ao atendimento da emergência.
É responsabilidade do proprietário/explorador verificar a correta codificação da baliza,
assim como comunicar qualquer alteração de informação do registro, manutenção, substituição,
transferência e exportação, no prazo máximo de 24 horas, por meio do Formulário de Registro, de
forma a assegurar a correta informação ao SISSAR.
Os proprietários e exploradores que importem uma aeronave ou embarcação para o Brasil
devem assegurar que as balizas de emergência em 406 MHz cumpram e estejam codificadas com os
protocolos recomendados pelo Brasil (User Protocol ou Standard Location Protocol).
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5.4.3.1.2 Teste das Balizas
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CAPÍTULO 6
INCIDENTE SAR
6.1 Conceituação
Um incidente SAR, que envolva uma aeronave, é considerado iminente ou real quando
existir uma das seguintes condições:
a) A posição informada ou atitude observada de uma aeronave suscita dúvidas quanto sua
segurança;
b) Os informes indicam que a eficiência operacional de uma aeronave esteja diminuída de
tal forma que um pouso forçado pode ser necessário;
c) Uma aeronave está desaparecida ou atrasada, sem que consiga obter comunicação com
ela;
d) Foi informado que a aeronave efetuou um pouso forçado ou esteja a ponto de fazê-lo;
e) Tenha sido recebida a informação de que a tripulação abandonou a aeronave ou está a
ponto de fazê-lo;
f) Uma estação de radar receba o sinal de emergência emitido por transponder (7500 - para
interferência ilícita e 7700 - para emergência;
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g) Tenha sido ativada a capacidade de emergência ou urgência apropriada do Serviço de
Vigilância Dependente Automática por Radiodifusão (ADS-B – Automatic Dependent
Surveillance - Broadcast) ou do Serviço de Vigilância Dependente Automática por Contra-
to (ADS-C – Automatic Dependent Surveillance - Contract);
h) Tenha sido transmitida a mensagem de emergência apropriada por Comunicação por
Enlace de Dados Controlador-Piloto (CPDLC – Controller Pilot Data Link Communicati-
ons);
i) Tenha sido recebida uma mensagem MAYDAY, um pedido de auxilio ou aviso de que
o perigo seja iminente; e
j) Seja recebido um sinal de emergência captado pelo Sistema COSPAS-SARSAT.
O serviço de alerta às aeronaves que tenham apresentado Plano de Voo VFR e não tenham
chegado ao aeródromo de destino será iniciado pelo órgão ATS deste aeródromo. No entanto, quan-
do o aeródromo de destino não dispuser de órgão ATS, o serviço de alerta somente será prestado,
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SAR005
quando solicitado pelo piloto, explorador ou qualquer outra pessoa que tenha tomado conhecimento
do atraso do voo.
A Torre de Controle de Aeródromo (TWR), o Controle de Aproximação (APP) ou a Esta-
ção Aeronáutica que tomar conhecimento de uma situação de emergência de um voo VFR ou IFR
será responsável por iniciar a prestação do serviço de alerta, devendo notificar imediatamente a situ-
ação ao Centro de Controle de Área (ACC) e ARCC correspondentes. Todavia, se a natureza da
emergência exigir, deverá em primeiro lugar, acionar os órgãos locais de salvamento e emergência
capazes de prestar ajuda imediata.
O ACC além de prestar o serviço de alerta, se este já não estiver sendo prestado por outro
órgão ATS, servirá de base central para reunir todas as informações relativas à situação de emergên-
cia de qualquer aeronave que se encontre dentro da correspondente Região de Informação de Voo
(FIR) ou Área de Controle, bem como para transmitir tais informações ao ARCC.
Qualquer comunicação recebida via fonia, ou por qualquer outro meio, sobre uma ocorrência
aeronáutica que seja, potencialmente, de interesse do SIPAER (Sistema de Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos), deverá ser comunicada ao CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos) ou ao SERIPA (Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos) da respectiva região.
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SAR005
h) as providências tomadas pelo órgão que faz a notificação; e
i) toda informação adicional relativa ao desenvolvimento da situação de emergência, atra-
vés de suas respectivas fases.
Nada impede que uma situação de emergência seja classificada inicialmente em qualquer
uma das três fases, de acordo com a urgência indicada pela análise da situação e reclassificada pos-
teriormente, em coordenação entre o ACC e o ARCC correspondente.
As fases de emergência que podem ser atribuídas a um Incidente SAR são:
a) Fase de Incerteza;
b) Fase de Alerta; e
c) Fase de Perigo.
Quando uma ação, relativa a qualquer das fases de emergência, tiver sido iniciada pelo
ARCC e não for mais necessária, caberá a esse órgão a responsabilidade de efetuar o seu cancela-
mento e informar aos demais órgãos envolvidos.
A fase de incerteza é declarada quando existem dúvidas referentes à segurança de uma ae-
ronave, ou de seus ocupantes, por falta de informação relacionada com sua posição ou progressão;
ou por ter-se conhecimento de possíveis dificuldades. Quando ocorrer uma fase de incerteza, o
ARCC deve cooperar ao máximo com os Órgãos dos Serviços de Tráfego Aéreo (ATS) e outros ór-
gãos e serviços apropriados, de forma que as informações que chegam possam ser imediata e preci-
samente avaliadas.
A fase de incerteza tem início depois de transcorridos 30 (trinta) minutos seguintes à hora:
a) em que o órgão ATS deveria ter recebido uma comunicação da aeronave e não recebeu
nenhuma comunicação da mesma, ou seguintes ao momento em que pela primeira vez se
tentou, infrutiferamente, estabelecer comunicação com a referida aeronave, o que ocorrer
primeiro; ou
b) prevista de chegada estimada pelo piloto ou calculada pelo órgão ATS, a que resultar
posterior.
Os 30 (trinta) minutos mencionados anteriormente serão reduzidos para:
a) imediatamente, se o órgão ATC deixar de obter comunicação com uma aeronave que es-
teja sendo prestado o Serviço de Vigilância ATS; ou
b) 15 (quinze) minutos, para voos com duração prevista de, no máximo, uma hora.
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6.5.2 Fase de Alerta
A fase de alerta é declarada quando existe apreensão quanto à segurança de uma aeronave,
ou de seus ocupantes, em vista da falta contínua de informações relacionadas com sua posição ou
progressão.
A fase de alerta tem início quando:
a) transcorrida a fase de incerteza, não se tiver estabelecido comunicação com a aeronave
ou através de outras fontes, não se conseguir notícias da aeronave;
b) uma aeronave autorizada a pousar, não o fizer dentro de 5 (cinco) minutos seguintes à
hora prevista para pouso e não se restabelecer a comunicação com a aeronave;
c) se receber informações que indiquem que as condições operacionais da aeronave são
anormais, mas não indicando que seja possível um pouso forçado; ou
d) se souber ou se suspeitar que uma aeronave esteja sendo objeto de interferência ilícita.
A fase de perigo é declarada quando é necessária a ajuda imediata, em vista da falta contí-
nua de informações relacionadas com a posição de uma aeronave ou porque se tenha recebido infor-
mação definitiva de que uma aeronave ou os seus ocupantes estão ameaçados de grave ou iminente
perigo.
A fase de perigo tem início quando:
a transcorrida a fase de alerta, forem infrutíferas as novas tentativas para estabelecer co-
municação com a aeronave e quando outros meios externos de pesquisa, também resulta-
rem infrutíferos, se possa supor que a aeronave se encontra em perigo;
b for evidenciado que o combustível que a aeronave levava a bordo se tenha esgotado ou
que não é suficiente para permitir o pouso em lugar seguro;
c for recebida informação de que condições anormais de funcionamento da aeronave indi-
quem que é possível um pouso forçado; ou
d forem recebidas informações ou se puder deduzir que a aeronave fará um pouso forçado
ou que já o tenha efetuado.
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CAPÍTULO 7
OPERAÇÃO SAR
7.1 Conceituação
Operações SAR possuem etapas definidas que ajudam na organização das atividades de
resposta, porém elas devem ser flexíveis e muitas das ações descritas em cada uma delas podem ser
executadas simultaneamente ou em ordem diferente, adaptando-se às circunstâncias específicas, vis-
to que duas Operações SAR não seguem exatamente o mesmo padrão e algumas podem não reque-
rer o cumprimento de todas as etapas.
As cinco etapas das Operações SAR são descritas a seguir:
Após avaliar todas as informações disponíveis e uma fase de emergência tiver sido declara-
da, o ARCC deverá informar, imediatamente, às autoridades, aos órgãos de serviço envolvidos, ao
explorador e aos recursos SAR pertinentes.
É a ação preliminar executada para alertar as facilidades SAR e obter mais informações.
Ela inclui a avaliação e a classificação das informações, alerta aos recursos SAR, cheques de comu-
nicação e, em situações urgentes, o desempenho imediato de atividades relativas a outras etapas.
A etapa de ações iniciais ocorre quando o SISSAR inicia sua resposta, embora algumas ati-
vidades possam ocorrer durante a etapa de conhecimento e continuar durante todas as etapas.
Os procedimentos básicos de ação inicial, apresentados a seguir, devem ser aplicados em
cada fase de emergência e interpretados com flexibilidade, tendo em vista que a ordem das ações
pode mudar, de acordo com as circunstâncias.
NOTA: A PRECOM deverá ser realizada pelo órgão ATS em coordenação com o ARCC.
Nesta fase, os ARCC não são responsáveis pelos informes relacionados com o atraso, che-
gada ou posição; contudo tomarão as seguintes medidas para assegurar uma ação rápida e eficaz
caso o incidente passe a uma fase mais urgente:
a) designar imediatamente um SMC e informar às autoridades SAR apropriadas, órgãos e
serviços envolvidos e facilidades SAR a respeito dessa ação;
b) certificar-se de que a busca PRECOM tenha sido iniciada pelo ACC responsável pela
área;
c) tentar obter informações para reconstruir rotas, horários de partida e chegada de aerona-
ves, quando nenhum plano de voo tenha sido apresentado;
d) manter estreita ligação com órgãos ATS, de forma que seja evitada duplicidade de ações
e que as novas informações estejam disponíveis imediatamente para avaliação, plotagem,
tomadas de decisão etc.;
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SAR005
e) fazer o registro de todos os dados complementares relativos à avaliação preliminar do
plano de voo da aeronave, condições meteorológicas e atraso de comunicações, para deter-
minar a urgência da situação;
f) plotar a rota prevista da aeronave, inserindo a última posição conhecida (LKP – Last
Know Position); e
g) coordenar, com o órgão ATS, a reclassificação da fase de emergência, quando constatar
que haja apreensão pela segurança da aeronave e de seus ocupantes, ou quando a PRE-
COM realizada pelo ACC obtiver resultado negativo e a aeronave for declarada oficial-
mente atrasada.
Quando a busca por comunicações ou outras informações indicarem que o objeto da busca
não está em perigo, o ARCC encerrará a Operação SAR e imediatamente, se for o caso, informará
ao explorador da aeronave, à fonte da informação, às autoridades alertadas e aos demais órgãos e
serviços envolvidos.
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cursos disponíveis.
Paralelamente ao planejamento da busca, o SMC deverá elaborar o planejamento do salva-
mento, para aplicar, com eficiência, os recursos de salvamento assim que o objeto da busca for loca-
lizado.
O planejamento de uma Missão de Busca envolve os seguintes passos:
a) avaliar a situação, incluindo os resultados das buscas preliminares;
b) estimar a posição do incidente e o provável erro de localização;
c) determinar a melhor maneira de utilizar os recursos disponíveis, a fim de maximizar as
chances de localização e salvamento dos sobreviventes;
d) definir as áreas e os padrões de busca a serem designados aos recursos envolvidos; e
e) prover um plano de ação de busca que inclua a descrição da situação, a descrição do ob-
jeto de busca, responsabilidades específicas para os recursos envolvidos, instruções para
coordenação na cena e os requisitos dos relatórios das Unidades de Busca e Salvamento
(SRU).
NOTA: Esses passos se repetem até que os sobreviventes sejam localizados ou até que a avaliação
da situação revele que seria inútil prosseguir com a busca.
É o deslocamento dos recursos SAR à cena, a condução das buscas, o salvamento dos so-
breviventes, o auxílio à aeronave ou embarcação em perigo, o provimento da necessária assistência
de emergência para os sobreviventes e o encaminhamento das vítimas para atendimento médico.
O êxito das operações dependerá da perfeita execução dos padrões de busca e dos procedi-
mentos de salvamento planejados pelo SMC e executados pelas unidades engajadas em uma Opera-
ção SAR.
O SMC designará a área e os padrões de busca, o espaçamento e altura mais apropriados
para a cobertura da área. Entretanto, ao atingirem a área, os comandantes das SRU poderão introdu-
zir modificações nos procedimentos ou padrões planejados, visando maior eficiência, principalmen-
te em função das condições meteorológicas. Essas modificações deverão ser previamente coordena-
das com o SMC, via fonia ou qualquer outro meio de comunicação.
Todo esforço será empreendido para localizar pessoas em perigo. A decisão para prolongar
uma Operação SAR deve estar baseada na probabilidade de encontrar sobreviventes. Dar continui-
dade à operação, depois que toda probabilidade de sobrevivência das vítimas tenha sido esgotada, é
antieconômico e injustificável.
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7.2.4.2 Briefing às tripulações
Antes de realizar as Operações SAR, o SMC ou OSC deverá fornecer aos recursos SAR as
informações relativas ao incidente.
Os briefings devem incluir uma descrição completa do tipo de incidente e do objeto da
busca, tipo e padrão da busca e como deverá ser executado, tempo de voo, separação de tráfego ver-
tical ou horizontal, comunicações, informações de posição, localização das unidades de superfície
na área de busca, informações meteorológicas e qualquer outra informação necessária. Por isso, a
utilização do formulário de Briefing (Anexo I do MCA 64-3) assegurará que nenhuma informação
seja omitida e que cada tripulação tenha um registro escrito de suas instruções.
O SMC deverá assegurar que a tripulação tenha tempo hábil de tomar conhecimento do
briefing, que deverá ser elaborado antes que a tripulação seja realmente acionada e entregue o mais
breve possível, antes da decolagem.
7.2.4.4 Debriefing
Um debriefing criterioso com a tripulação das aeronaves de busca é tão importante quanto
o briefing. Ele fornece informações valiosas sobre a eficácia da busca e pode influenciar o planeja-
mento das próximas missões.
No debriefing devem constar as informações sobre as áreas cobertas, quaisquer objetos
avistados, posições das embarcações de superfície na área e condições meteorológicas encontradas
na área de busca.
O formulário para debriefing (Anexo I do MCA 64-3) ajudará a assegurar a obtenção e re-
gistro de todas as informações.
Ao final de cada dia de operação, o SMC enviará um relatório de situação. Estes também
poderão ser enviados tantos quanto necessários, sempre que houver informações significativas e não
seja possível atualizá-las por meio do SARMaster.
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O SITREP deve incluir a identificação da Operação SAR, áreas em que tenham sido reali-
zadas as buscas, milhas quadradas que tenham sido cobertas na busca, número de saídas de aerona-
ves, horas voadas, total de combustível gasto no dia e o resultado das atividades do dia.
Uma Operação SAR pode ser encerrada ou suspensa. Em ambas as situações o ARCC de-
verá informar imediatamente os órgãos, elos e serviços envolvidos, a fonte inicial das informações e
autoridades pertinentes. Após isso, informará o desengajamento dos recursos SAR aos alocadores.
A partir do desengajamento, o ARCC não será mais o responsável pelas SRU e Facilidades SAR.
As Operações SAR devem prosseguir até que todos os sobreviventes tenham sido levados
para um local seguro ou até que não haja mais expectativa razoável de encontrá-los com vida. Se,
após criteriosa avaliação, a continuidade da Operação SAR tornar-se impraticável pela inexistência
de fatos que a justifiquem, o SMC será responsável por solicitar ao DECEA a suspensão das ativi-
dades.
As Operações SAR envolvendo embarcação de superfície ou homem ao mar somente serão
encerradas ou suspensas por decisão da autoridade marítima responsável, sendo os recursos aero-
náuticos desengajados após a comunicação de tal decisão pelo MRCC ao ARCC envolvido.
Quando a Operação SAR envolver outros países, o SMC cientificará o DECEA da situação
para que sejam tomadas as medidas aplicáveis ao caso.
Uma Operação SAR será considerada encerrada quando todos os ocupantes de uma aero-
nave ou embarcação forem localizados e todos os sobreviventes retornarem à segurança, mesmo
que não se localize os destroços da aeronave ou da embarcação.
A remoção de cadáveres e do próprio objeto da busca não constitui atividade de Busca e
Salvamento. Porém, poderá ocorrer se solicitado pelas autoridades responsáveis e autorizado pelo
COMAE.
Quando o desenvolvimento de uma Operação SAR for interrompido, por se julgar que
quaisquer providências adicionais não serão mais proveitosas, a busca será considerada suspensa e
toda documentação pertinente será arquivada. No entanto, se novos indícios surgirem, a Operação
SAR poderá ser reiniciada.
Antes de decidir sobre a suspensão das operações de busca, deverá ser realizada uma revi-
são minuciosa do caso, baseando essa decisão em detalhes importantes como:
a) na avaliação da probabilidade de que haja sobreviventes no início do incidente;
65
SAR005
b) na probabilidade de sobrevivência depois do acidente;
c) na probabilidade de que se encontre algum dos sobreviventes dentro da área de busca
calculada;
d) no tempo decorrido desde o acontecimento do caso; e
e) nos estudos ou informações existentes sobre sobrevivência em situações semelhantes.
Ao adotar a decisão de suspensão da operação, o SMC deverá considerar cada caso por
seus próprios méritos e pelos aspectos humanitários, a fim de evitar suspender a busca prematura-
mente.
Entre os pontos a considerar para decidir a suspensão de uma operação, cabe observar se:
a) foi realizada uma busca minuciosa em todas as áreas;
b) foram esgotados todos os meios razoáveis de obter informação sobre o paradeiro do bar-
co, da aeronave ou pessoas que foram objeto da busca; e
c) foram examinadas todas as suposições e cálculos utilizados na preparação da busca.
No caso de suspensão das buscas, SMC deverá informar aos familiares das pessoas desapa-
recidas que as buscas foram suspensas. Geralmente, os familiares estarão mais dispostos a aceitar a
decisão de suspensão da operação SAR se tiveram a oportunidade de acompanhar o progresso da
busca. O acesso dos familiares ao ARCC ou ARSC lhes permite observar os esforços realizados.
NOTA: Tal medida deverá ser coordenada criteriosamente com o setor de comunicação social, a
fim de evitar transtornos para a equipe de coordenação.
Quando uma busca não tenha tido êxito e tenha sido suspensa, outras partes interessadas
(por exemplo, o proprietário ou a agência exploradora da aeronave desaparecida) poderão querer
dar continuidade às buscas, ficando a cargo do ARCC a prestação de ajuda no que for pertinente, se
isso for solicitado.
Missão coordenada por um ARCC ou ARSC, na qual se utiliza pessoal e recursos disponí-
veis para localizar pessoal em perigo a bordo de aeronaves ou embarcações desaparecidas. A mis-
são de busca consiste da varredura sistemática de uma região em que se supõe desapareceu o objeto
da busca.
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7.3.2 Missão de Salvamento (MSA)
Missão coordenada por um ARCC ou ARSC para resgatar pessoas em perigo, prover assis-
tência médica inicial ou suprir outras necessidades e encaminhá-las para um local seguro.
Uma Operação de Busca e Salvamento em Grande Escala (MRO - Mass Rescue Operati-
on) é uma situação singular que, independentemente do cenário (terrestre ou marítimo), envolve
uma quantidade de vítimas acima da capacidade de prestação do Serviço SAR pelas Unidades de
Busca e Salvamento (SRU) regularmente de alerta.
Também poderão ser declaradas como Operação SAR em Grande Escala as Operações
SAR que envolvam autoridades ou que por algum motivo atraiam a atenção da mídia e que requei-
ram que uma estrutura maior seja disponibilizada.
Uma MRO deve ser rapidamente desencadeada com o emprego imediato de um grande es-
forço de Busca e Salvamento e reduzi-lo posteriormente, em vez de iniciar a operação mais tarde e
com recursos reduzidos.
Embora uma MRO seja uma situação com pouca probabilidade de ocorrência, o ARCC
deve estar preparado para executá-la sem riscos e de forma eficiente, minimizando suas consequên-
cias.
Ao apresentar-se uma situação que indique a configuração de uma MRO, o SMC informará
o chefe do ARCC para que acione a autoridade responsável por avaliar a situação e declarar a
MRO.
A designação do Comandante da Operação compete ao Comandante do Comando de Ope-
rações Aeroespaciais (COMAE).
A coordenação operacional da MRO é da competência do ARCC com responsabilidade so-
bre a região de busca e salvamento (SRR) onde ocorreu o sinistro, e a função operacional de SMC
deverá ser, preferencialmente, assumida pelo Chefe do ARCC.
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SAR005
7.4 Ações Complementares
Por vezes, quando solicitado por órgãos competentes e autorizado pelo SDOP, via cadeia
de comando, o ARCC poderá apoiar essas ações, como, por exemplo calamidades públicas, trans-
porte especial, transporte de medicamento e apoio aos países vizinhos etc. Essas missões deverão
receber tratamentos similares aos das operações SAR, com abertura dos casos no SARMaster, tra-
mitação de mensagens e, quando requerido por autoridade competente, confecção de relatório final.
Caso venha a ocorrer um sinistro com alguma das aeronaves envolvidas na missão, o
ARCC deverá ser informado, para de imediato assumir a responsabilidade pela coordenação da
Operação de Busca e Salvamento.
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CAPÍTULO 8
COORDENAÇÃO SAR
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Os planos de ação de busca e salvamento fornecidos pelo SMC devem ser executados pelo
OSC e pelos recursos SAR presentes na cena de ação. Todavia, caso haja indícios que justifiquem,
o OSC poderá alterar os planos iniciais. Toda mudança de planejamento deve ser informada de
imediato ao SMC.
Os recursos SAR devem manter o OSC informado sobre quaisquer dificuldades ou perigos
encontrados.
Os riscos inerentes a qualquer ação dos recursos SAR devem ser avaliados com relação às
probabilidades de êxito e à segurança do pessoal SAR. Alguns dados de natureza prática, que dizem
respeito à avaliação da situação, compreendem:
a) a embarcação ou aeronave acidentada está oferecendo um perigo imediato de causar da-
nos, ou de colocar o meio de salvamento em perigo?
b) o meio de salvamento pode enfrentar as condições do tempo?
c) a embarcação ou aeronave em perigo forneceu informações suficientes para a embarca-
ção que está prestando socorro se preparar para auxiliar no salvamento?
d) a embarcação que está prestando socorro pode na realidade ser de alguma valia?
e) se um dos fatores envolvidos for o recolhimento de um grande número de sobreviven-
tes:
o meio de salvamento tem condições de acomodá-los, no que diz respeito à alimenta-
ção, abrigo, roupas e compartimentos habitáveis?
a embarcação que está realizando o salvamento ficará estável com os sobreviventes a
bordo?
f) se um dos fatores envolvidos forem operações com helicóptero:
a construção da embarcação é adequada para uma operação conjunta da embarcação
e da aeronave?
o meio de salvamento tem tripulantes disponíveis em número suficiente para prestar
o socorro?
Antes de realizar as Operações SAR, o SMC ou o OSC deve realizar um briefing com as
tripulações da unidade de busca e salvamento (SRU), fornecendo informações detalhadas sobre o
objeto da busca e todas as instruções relativas ao planejamento da busca a ser realizada.
O debriefing (interrogatório) fornece informações valiosas sobre a eficácia da busca e pode
influenciar no planejamento das próximas ações. A tripulação das SRU e os OSC devem ter
conhecimento do tipo de informações que o SMC provavelmente solicitará. Para isso, o Apêndice
“E” do Manual IAMSAR - Volume 3 fornece um modelo de Briefing e Debriefing.
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SAR005
Os pilotos de aeronaves e os comandantes de embarcações das Facilidades SAR, não
designados como SRU, deverão ser também contatados pelo SMC ou OSC para realizarem o
Briefing e Debriefing.
É o oficial com curso de Coordenação SAR e habilitação apropriada, designado pelo chefe
do
ARCC para coordenar determinada operação SAR.
O SMC é o encarregado de uma Operação SAR até o seu encerramento, suspensão ou até
que a responsabilidade seja assumida por outro ARCC.
Os SMC devem estar bem adestrados e totalmente familiarizados com os planos SAR apli-
cáveis, especialmente o Plano de Operações do ARCC.
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SAR005
g) solicitar assistência adicional do SMC para proceder à evacuação médica de sobreviven-
tes gravemente feridos.
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SAR005
b obter informações sobre condições meteorológicas que possam afetar a área de sua res-
ponsabilidade durante o turno de serviço;
c desencadear, imediatamente, todo o processamento do incidente SAR, registrando to-
das as informações recebidas e providências tomadas; e
d estar familiarizado com o Plano de Operações do ARCC.
O Comandante na Cena será, a princípio, o militar mais antigo na cena do incidente que,
normalmente, é designado pelo Comandante do CINDACTA.
Tal designação visa à integração harmoniosa entre a cadeia de comando, a estrutura militar
existente na região e a equipe de coordenação SAR (SMC e OSC).
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SAR005
CONCLUSÃO
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SAR005
GLOSSÁRIO
CAR Cartografia
79
SAR005
COM Comunicação ou Circulação Operacional Militar
GEOLUT Terminal do Usuário Local para o Sistema GEOSAR (GEOSAR Local User
Terminal)
GNSS Sistema Global de Navegação por Satélite (Global Navigation Satellite System)
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HF-DF HF Direction Finder
LEOLUT Terminal do Usuário Local para o Sistema LEOSAR (LEOSAR Local User
Terminal)
MEOLUT Terminal do Usuário Local para o Sistema MEOSAR (MEOSAR Local User
Terminal)
MET Meteorologia
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OCC Console de Controle Operacional (Operational Control Console)
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COLOCANDO-O ACIMA
E O CUMPRIREI...
84
SAR005
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EUA. United States Coast Guard. AMVER -Automated Mutual-Assistance Vessel Rescue System.
Disponível em: http://www.amver.com.
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SAR005
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 2 DOCUMENTOS
CONCLUSÃO
GLOSSÁRIO …………………………………………………………………………………….. 79
ÍNDICE …………………………………………………………………………………………… 86
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