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TBS unidades de salvamento, para auxiliar nas

funções de busca, salvamento e


Unidade 1 coordenador da cena de ação.
Legislação Marítima Aplicada às
Operações SAR
Unidade 2

Sistema SAR
• STCW – Tabela A-II/1
• SOLAS – Regra V/21-2 Definições:

- Busca: Operação coordenada por um


• Convenção Internacional de centro de coordenação de salvamento,
Bruxelas-1910: O Capitão é utilizando o pessoal e as instalações
obrigado a prestar assistência a disponíveis, para localizar pessoas em
toda pessoa, mesmo que inimiga, perigo.
encontrada no mar em perigo,
desde que não haja perigo sério - Salvamento: Operação para resgatar
para seu navio equipagem ou pessoas em perigo, prestar-lhes
passageiros. atendimento médico inicial e levá-las para
um local seguro.
• SAR Convention: Desenvolvimento
- Região de Busca e Salvamento (SRR):
de um plano internacional de
Área de dimensões definidas, associada a
busca e salvamento, de forma que
um centro de coordenação de salvamento,
sempre que ocorresse um
dentro da qual são prestados serviços de
acidente, o resgate das pessoas em
busca e salvamento.
perigo no mar seria coordenado
por uma organização SAR e quando
necessário pela cooperação entre
organizações SAR de Estados
vizinhos.

• IAMSAR Manual: Auxilia os


Estados a atender às suas próprias
necessidades de busca e
salvamento e cumprir as
obrigações que aceitaram.

➔ É dividido em 3 volumes: A SRR sob responsabilidade do Brasil


compreende a área do Oceano Atlântico,
I – Organização e Administração: Trata do que abrange toda sua costa até o
conceito do sistema SAR, seu meridiano de 10°W.
estabelecimento e aperfeiçoamento e
cooperação de Estados vizinhos.

II – Coordenação da Missão: Auxilia o


pessoal que planeja e coordena as - Centro de coordenação de salvamento
operações e os exercícios de SAR. (RCC): Unidade responsável por organizar
III – Meios de Salvamento Móveis: os serviços SAR e coordenar a realização
Documento para ser levado a bordo das
desses serviços/operações dentro de uma No Brasil essa função de
SRR. coordenador SAR cabe ao
Salvamar Brasil.
As atividades de supervisão do serviço de
busca e salvamento são da competência da
SALVAMAR BRASIL (MRCC BRAZIL).
- Responsabilidades:
Devido à grande extensão da SRR
• Estabelecer, guarnecer, equipar e
brasileira, esta foi dividida em sub-regiões,
administrar o sistema SAR;
sob responsabilidades dos Centros de
coordenação SAR regionais. • Estabelecer RCCs e os sub-centros
de salvamento;
➔ Salvamar Norte; • Elaborar as políticas de SAR.
➔ Salvamar Nordeste;
➔ Salvamar Leste;
➔ Salvamar Sueste; Coordenador da missão SAR (SMC) só
➔ Salvamar Sul; existe durante um incidente SAR e
➔ Salvamar Sul Sueste; normalmente é desempenhado pelo chefe
➔ Salvamar Noroeste; do RCC ou por alguém designado por ele.
➔ Salvamar Oeste; Ele ainda pode ter uma equipe como
➔ Salvamar Centro-Oeste. auxílio.

• Elaborar planos de ação SAR;


Os SRRs ajudam a determinar quem tem • Enviar e coordenar os meios
a principal responsabilidade em coordenar necessários para desempenhar
as reações às situações de perigo. missões SAR;
• Obter e avaliar todos os dados
relativos à emergência;
O Sistema SAR possui 3 níveis gerais de • Determinar o tipo de
coordenação: equipamento de emergência
existente a bordo da
• Coordenadores SAR (SC – Search embarcação ou aeronave
and Rescue coordinator) – acidentada;
Gerenciamento; • Alertar as demais embarcações
• Coordenadores de Missão SAR presentes nessas áreas para
(SMC – Search and Rescue Mission realizarem o salvamento;
Coordinator) – Planejamento da • Plotar as áreas onde serão
missão; realizadas as buscas e
• Coordenadores na Cena de ação determinar os métodos e meios
(OSC – On-scene Coordinator) – a serem utilizados
Direção das operações. • Coordenar operações com RCC
vizinho;
• Providenciar abastecimento da
O SC constitui o nível mais aeronave em caso de busca
elevado dos administradores SAR. prolongada;
Cada Estado possui 1 ou 2 pessoas • Entrega de provisões para
ou agências para esta designação. manter os sobreviventes;
• Elaborar um relatório final.
Coordenador da cena de ação (OSC) Autoridade que estiver operando o sistema
de informação.
Quando 2 ou mais meios SAR estiverem
trabalhando juntos na mesma missão, Alguns exemplos de sistema de
pode ser necessário que uma pessoa informações: AMVER (EUA), SECOSENA
coordene as atividades na cena de ação. O (Argentina), AUSREP (Austrália), CHILREP
SMC irá nomear um OSC, podendo ser: (Chile), SHIPPOS (Dinamarca), JASREP
(Japão) e outros.
- Unidade de busca e salvamento ou
aeronave que estiver participando de uma
busca, ou
No Brasil possui o sistema de
- Um meio que estiver nas proximidades e informações de navios SISTRAM (Sistema
em condições de desempenhar as funções de Informações Sobre o Tráfego Marítimo)
de OSC. e é operado e administrado pelo
COMCONTRAM (Comando do Controle
Normalmente o Comandante da primeira
Naval do Tráfego Marítimo).
embarcação ou aeronave que chegar ao
local assume como OSC até o SMC nomear
alguém no lugar.
• Sistema AMVER

Sistema Automatizado de Salvamento de


Embarcações por Assistência Mútua. Apoia
exclusivamente as operações SAR e
fornece informações disponíveis aos RCC.
Quanto mais navios plotados no sistema,
maior a chance se serem identificados
próximo à posição de um sinistro.

Unidade 3

Sistema de Informação de Navio


Os dados recebidos pelo sistema são
O sistema de informações dos navios utilizados para criar uma “Surface Picture”
permite que o SMC identifique navios de uma área do oceano, a qual indica
próximos a região do incidente, ter posições relativas de todos os navios
conhecimento de outras informações participantes do AMVER em torno do local
desses navios, como presença de médicos específico.
a bordo e saber como entrar em contato
com essas embarcações.

Os Comandantes são requisitados a • SISTRAM


enviarem informações regularmente à
O CISMAR (Centro Integrado de ➔ Costeiros – auxílio por navios,
Segurança Marítima) recebe posições e aviões e helicópteros, com
dados de navegação dos navios. disponibilidade de mobilização de
todos os meios de terra para salvar
O propósito do SISTRAM é manter o
as vidas;
acompanhamento de navios mercantes na
➔ Oceânicos – auxílio por aviões de
área SAR do Brasil, por meio de
grande alcance e navios, a
informações padronizadas de navegação.
disponibilidade é limitada àquelas
O envio de informações é obrigatório encontradas nas aeronaves/navios.
para os navios brasileiros, independente
aonde estiverem no mundo. Os navios
estrangeiros são convidados a participar Os RCCs após receberem a informação
do SISTRAM, porém quando estiverem no relativa à aeronave ou embarcação em
mar territorial brasileiro devem participar emergência, devem imediatamente avaliar
obrigatoriamente. a informação e considerar o alcance das
operações necessárias.
➔ Benefícios da adesão:
• Coordenador de missão SAR (SMC)
- Presteza no início das operações SAR;
O SMC é responsável por gerenciar os
- Designação de navios mercantes
recursos e requerer recursos
próximos da posição do sinistro;
suplementares durante a operação e
- Assistência médica emergencial para coordenar o deslocamento dos recursos
navios mercantes que não possuem até o incidente.
médico.
• Deveres do OSC:

- Coordenar as operações no local do


O navio inicia a participação no SISTRAM incidente;
enviando a mensagem tipo 1 e finaliza
- Receber os planos de busca e salvamento
enviando a mensagem tipo 4.
do SMC, ou planejar a operação SAR, caso
Tipo 1: Plano de viagem; não haja um plano;

Tipo 2: Mensagem de posição; - Modificar o plano, se necessário;

Tipo 3: Alteração de rota; - Coordenar a comunicação no local do


acidente;
Tipo 4: Mensagem Final.
- Enviar SITREP para o SMC, em formato
padronizado, incluindo, no mínimo, os
Unidade 4 elementos: (condições meteorológicas e do
mar, resultado da busca até o momento e
Coordenação das Operações de Busca e medidas adotadas);
Salvamento
- Informar ao SMC o número de
As operações SAR tem a finalidade de sobreviventes e os seus nomes;
localizar a embarcação/náufrago, através
de uma condução eficiente e coordenada - Solicitar o SMC auxílios adicionais
dessas atividades, e ao detectar o alvo (evacuação médica);
providenciar o salvamento.

Os incidentes de perigo podem ser:


- O OSC deve sempre assegurar que seja
mantida uma comunicação confiável na
cena de ação.

• Procedimentos dos RCCs durante


Para ajudar a estabelecer os
as fases de emergência
procedimentos operacionais adequados, as
seguintes fases devem ser reconhecidas Ao ser declarado fase de incerteza, o RCC
pelos RCCs: ou subcentro, deverá iniciar as
investigações para verificar a segurança da
• Fase de Incerteza;
pessoa/navio ou deve declarar fase de
• Fase de Alerta;
alerta.
• Fase de Perigo.
Ao declarar fase de alerta, o RCC deverá
ampliar as investigações para localizar o
➔ Fase de incerteza: alvo e alertar os serviços de busca e
salvamento adequados.
Quando tiver sido informado que uma
pessoa está desaparecida ou um navio está Ao ser declarado fase de perigo, o RCC
atrasado ou ainda quando uma deve proceder como estabelecido em seus
pessoa/navio tiver deixado de enviar uma planos de operação.
mensagem de posição ou de segurança
As operações de busca e salvamento
esperada.
deverão prosseguir até que se tenha
perdido toda esperança de resgatar os
sobreviventes. O RCC envolvido iniciará o
➔ Fase de alerta: processo de identificação dos locais para
Após a fase de incerteza, as tentativas de desembarcar os sobreviventes.
estabelecer contato com a embarcação
forem ineficazes ou quando tiver recebido
uma informação que a embarcação não Unidade 5
está operando eficientemente.
Ação para um Navio em Perigo

➔ Fase de perigo:
Os pilotos e Comandantes não devem
Quando tiver recebido uma informação atrasar o envio de informações ao sistema
concreta que uma pessoa/embarcação está SAR. De acordo com a SOLAS, todo navio
em perigo e necessitando de auxílio deve ser capaz de transmitir avisos de
imediato ou quando tentarem estabelecer socorro do navio para terra, por pelo
contato de novo e ainda sim fracassar e menos 2 meios distintos, cada um usando
existir a probabilidade de existir uma um serviço diferente de radiocomunicação.
situação de socorro, ou ainda ter recebido
Também deve ser capaz de receber esses
informação que a embarcação não está
avisos de socorro de terra e transmitir
operando com eficiência a ponto de uma
avisos de socorro de navio para navio,
situação de perigo.
comunicações de coordenação de busca e
salvamento e outros.
3 sinais de emergência são falados por Uma mensagem de socorro deverá ser
aeronaves e embarcações: composta obrigatoriamente de:

➔ Sinal de socorro; 1. Identificação do navio;


➔ Sinal de urgência; 2. Posição;
➔ Sinal de segurança. 3. Natureza do sinistro e tipo de
• Sinal de socorro ajuda requirida;
4. Informações extras para ajudar a
MAYDAY é utilizado quando uma
operação (rumo, velocidade e
aeronave ou embarcação está em perigo
outros).
iminente e necessita de auxílio imediato.

Tem prioridade sobre todas as outras


comunicações.

Ex: MOB.

• Sinal de urgência

PAN-PAN é utilizado quando a segurança


de uma embarcação ou aeronave em
movimento estiver em perigo.
Outros meios para informar a
Deve ser utilizado quando existir uma emergência:
situação insegura que possa
eventualmente envolver a necessidade de - Código morse;
auxílio. - Foguetes com paraquedas;

- Disparo de armas de fogo;


• Sinal de segurança - Fachos manuais;
SECURITÊ é utilizado para mensagens - Fumaça laranja
relativas à segurança da navegação, ou
para emitir algum aviso meteorológico E outros.
importante. De acordo com LSA Code, deve haver
os seguintes equipamentos de
sinalização de emergência:
• Equipamentos GMDSS
- apito;
- Estações terrestres INMARSAT a bordo de
navios; - 4 foguetes luminosos com para-
quedas;
- Rádios com DSC em VHF, MF, e HF;
- 6 fachos manuais;
- NAVTEX e SafetyNet;
- 2 sinais fumígenos flutuantes;
- VHF portáteis;
- 2 lanternas à prova d’água;
- EPIRB e SART.
- 1 refletor radar;

- um espelho de sinalização diurna;


- um holofote. número de pessoas a bordo,
natureza do perigo, tipo de socorro
Uma missão SAR somente será
necessário, número de vítimas se
considerada encerrada quando:
houver, rumo e velocidade.
a) O alvo da busca for encontrado e 3. Manter uma escuta contínua nas
todos os seus ocupantes tenham frequências internacionais:
retornado à segurança; 2182KHz (DSC), 156.8MHz (canal
b) Os ocupantes do alvo tenham 16), 121.5MHz (EPIRB).
retornado à segurança ou 4. Os equipamentos GMDSS devem
encontrados falecidos, mesmo sem estar sempre prontos para receber
que se localizem os destroços do alertas de perigo.
objeto de busca; 5. Os navios devem manter
c) Os destroços do objetivo da busca comunicação com a embarcação
tenham sido localizados e se haja ou aeronave em perigo enquanto
constatado não haver tenta informar a situação ao
sobreviventes. sistema SAR. Devem ser enviados à
embarcação ou aeronave em
perigo: nome e callsign da sua
embarcação, sua posição,
velocidade e ETA ao local do
sinistro.
6. Utilize todos os meios possíveis
para manter o conhecimento da
Unidade 6 localização do alvo, como
plotagem radar, plotagem na carta,
Ação para navios Assistentes
GPS.
7. Quando estiver próximo, coloque
vigias adicionais para manter o
Os navios mercantes podem receber
alvo no visual.
uma mensagem de socorro por diversos
8. O navio ou CRS que está
meios, tais como:
coordenando o tráfego de perigo
- Sinais emitidos por EPIRB; deve estabelecer contato com o
SMC e transmitir todas as
- Sinais visuais ou sonoros; informações disponíveis.
- Sinal de alarme ou chamada e a
mensagem de socorro emitido por um
navio. • Preparativos para o salvamento

➔ Posicionar um cabo a altura da


Ações Imediatas linha d’água que corra da
bochecha até a alheta, por ambos
Todo navio que receber uma mensagem os bordos. Esses cabos tem a
de socorro deverá tomar as seguintes função de auxiliar a atracação a
medidas: contrabordo da embarcação de
1. Acusar o recebimento da sobrevivência;
mensagem; ➔ Dispor em ambos os bordos, na
2. Obter informações, se possível, região do convés onde a borda
como: posição, nome e callsign,
livre é menor, redes, escada de O Comandante que não decidir
quebra-peito e cabos guias; demandar a cena de ação de um acidente
➔ Posicionar tripulantes vestidos deve:
adequadamente com roupas
- Fazer os devidos lançamentos no livro de
antiexposição ou de imersão nas
quarto do navio;
áreas de recepção dos náufragos;
➔ Dispor de boias com retinida para - Informar a decisão de não realizar o
serem lançadas ao mar caso serviço SAR em que estaria envolvido;
alguém caia na água durante a
operação de resgate; - Reconsiderar a decisão de não demandar
➔ Estar preparado para receber a cena de ação e de não enviar
náufragos que necessitem de informações ao serviço SAR, quando a
cuidados médicos; embarcação em perigo estiver longe de
➔ Preparar a embarcação de terra ou em área de pequena densidade de
salvamento para ser lançada; tráfego.
➔ Preparar um aparelho lança
retinida para ser lançado ao navio
acidentado ou para embarcação de • Preparativos para a aproximação e
sobrevivência. chegada ao Palco de Operações

Ao aproximar do local do sinistro, os


navios deverão utilizar equipamentos
GMDSS, procurando por sinais emitidos
• Procedimentos para embarcação pelo EPIRB e/ou do transponder radar.
de Salvamento

Antes de arriar a embarcação deve-se


checar se a superfície do mar está livre.

Para a manutenção adequada do


controle, a embarcação rápida de
salvamento deve ser sempre pilotada com
uma mão no timão e outra na manete de
controle.

Realizar curva em alta velocidade com


esse tipo de embarcação pode emborcá-la.

➔ Mar de Proa: Produz forte


arfagem. Com isso o hélice sai da
água e causa a cavitação. Dessa
forma, com o mar de proa deve-se
reduzir a velocidade, controlando-a
para evitar choques violentos
contra as ondas.
O SART é equipamento obrigatório a
bordo dos navios mercantes. Ele
responderá ao pulso radar com 12 pontos
• Embarcações que não estiverem
padrões, ao aproximar do transponder, a
prestando socorro
linha com 12 pontos tende a se expandir Assim que chegar no local e localizar o
em arcos concêntricos à cerca de uma alvo, dá-se início a ação de socorro. Caso o
milha de distância do SART. contato seja negativo, dá-se início as
operações de busca.
Durante operações noturnas, deverão
ser providenciados projetores ou outra
forma qualquer de iluminação da superfície
do mar.

Durante as operações os navios devem


emitir regularmente sinais sonoros com
seus apitos, chamando atenção dos
sobreviventes, principalmente se estiverem
em embarcações de sobrevivência.

• Critério de escolha do
Coordenador da Cena de Ação –
OSC

A escolha é feita por um SMC. Caso isso


não seja possível, os meios envolvidos
devem designar o OSC mediante acordo
mútuo. Até que tenha sido designado um
OSC, o primeiro meio que chegar à cena Unidade 7
assume as funções de OSC. Assistência por Aeronave SAR
O SMC leva em consideração a
capacidade de comunicação dos meios
envolvidos. Quanto mais deficientes forem As aeronaves utilizadas podem ser de
as comunicações, maior a autoridade que o asa fixa ou asa rotativa. Elas podem ser
OSC necessitará. empregadas nas funções de busca, suporte
e salvamento.
Todas as unidades de Busca e
Salvamento devem possuir uma cópia do
Código Internacional de Sinais – CIS.
• Busca:
Conforme previsto nesse código o OSC
deve exibir o sinal visual “FR” → “Estou As aeronaves de asa fixa são o meio mais
encarregado de coordenar a busca”. eficiente de realizar uma busca, podendo
cobrir grandes áreas em curto intervalo de
tempo. As de asa rotativa (helicópteros),
também são eficientes, porém vão realizar
um raio de alcance menor devido à
limitação de voo.

• Suporte:

As aeronaves podem ser utilizadas para


• Chegada ao Palco de Operações lançamento de víveres, equipamentos de
sobrevivência e pessoal médico para a área
de socorro.
• Salvamento:

Os helicópteros são os melhores meios As áreas de operações consistem em


de salvamento de sobreviventes. uma zona externa de manobra e outra
interna desimpedida.

A zona de manobra pode se projetar


• Assistência prestada por para fora da embarcação, mas a zona
aeronaves desimpedida não.
São responsáveis por entregar itens ou A noite deve ser providenciada a
equipamentos necessários. A embalagem iluminação da área de içamento, de modo
deve estar claramente identificada com a não ofuscar os pilotos do helicóptero.
símbolos, ter seu conteúdo escrito e fitas
coloridas. Antes do início da operação deve ser
feito um briefing para tratar de aspectos de
- Vermelhas: Suprimentos médicos e segurança e detalhes operacionais.
primeiros socorros;
Para ocorrer uma melhor identificação
- Azuis: Rações sólidas e líquidas; da embarcação e dar ao piloto uma
- Pretas: Equipamentos diversos como, indicação do vento, deve-se içar bandeiras
machados, EPIRB, sinalizadores, agulha e galhardetes. Além disso, todos os
magnética e etc. tripulantes devem usar colete salva vidas e
jamais tocar no dispositivo de içamento.
• Assistência prestada por
helicópteros Sempre deixar esse dispositivo tocar
primeiro no convés, para evitar a
➔ Elas compreendem o pouso e possibilidade de choque devido à
içamento. eletricidade estática.

Antes da operação com helicópteros Roupas ou objetos nas proximidades


assistentes é necessário que algumas devem ser retirados ou presos, devido a
informações sejam trocadas como posição, corrente de ar produzida pelo rotor do
rumo e velocidade da embarcação e como helicóptero. Deve-se ter atenção para que
identificá-la visualmente. o paciente não use roupas ou chapéus
soltos.
Além disso, deve ser estabelecido
contato via rádio entre os dois meios ➔ Quando o içamento for realizado
através do VHF no canal 16 e em pelo em navios que transportem carga
menos outros 2 canais. inflamável, o dispositivo de
içamento deve ser arriado afastado
dos locais de derramamento ou
áreas de ventilação, de modo a
impedir a possibilidade de incêndio
causada por descarga eletrostática.

Para o helicóptero se aproximar


normalmente pela popa, o navio deve
manter uma velocidade constante com o
vento a 30° da bochecha de bombordo ou ➔ Equipamentos:
pelo través.
- Estações terrestres INMARSAT a bordo de
navios;

- Rádios com DSC;

- NAVTEX e SafetyNET;

- VHF portáteis;

- EPIRB e SART.

• Chamada seletiva digital (DSC)

Técnica que usa códigos digitais, os quais


permitem que uma estação rádio
estabeleça contato com outra estação
O seu raio de ação é de 300MN podendo rádio ou transfira informações.
ser abastecido em voo.

Para a evacuação de pessoas pode ser


utilizado o dispositivo de içamento como, • Sistema COSPAS-SARSAT
alça, rede, cesta, assento e maca de Sistema internacional que envolve o uso
resgate. de satélites para detectar balizas de
A alça é o meio mais adequado para emergência instaladas em navios (EPIRB),
evacuar pessoas sem ferimentos e o em aeronaves (ELT) ou pessoas com PLB.
assento pode resgatar duas pessoas ao O sistema consiste em uma rede de
mesmo tempo. satélites COSPAS (russo) e SARSAT
(americano), estações rastreadoras de
satélites (LUT- Local user terminal), Centros
Unidade 8 de controle de missão (MCC) e Centros de
Comunicações Coordenação de Salvamento (RCC).

Durante toda a operação é As balizas de emergência (EPIRB, ELT e


imprescindível uma comunicação desde a PLB) são acionadas e transmitem um sinal
cena de ação até o Centro de Coordenador de emergência. Esse sinal é captado pelos
da Missão (SMC). Para isso devem ser satélites COSPAS-SARSAT e é retransmitido
estabelecidos frequências de comunicação- para a Estação Rastreadora de Satélites
rádio para que os sitreps ocorram (LUT). Essa Estação processa a localização,
regularmente, os quais servirão para identificação e transite a informação ao
manter o quadro tático atualizado no SMC. MCC (Centro de Controle de Missão) →
“No Brasil é BRMCC”, este refina a
localização e gera uma mensagem de
alerta, a qual é enviada ao RCC, dando
• GMDSS
início ao acionamento e coordenação dos
É um sistema que utiliza tecnologia de recursos de salvamento.
sistemas terrestres e satélites a bordo do
navio para assegurar de forma rápida o
alerta nos casos de socorro.
• Áreas Marítimas de operação DSC possuem escuta contínua na
frequência de socorro e varredura
Os diferentes equipamentos rádio
automática nos demais canais.
incorporados ao GMDSS possuem
limitações individuais com relação à - SART: Transmite em 9GHz e tem seu
cobertura geográfica. Os equipamentos melhor alcance quando posicionado a
requeridos para serem conduzidos por um cerca de 1m acima do nível do mar.
navio são determinados pela área de
- NAVTEX: Sistema automático
operação do navio.
internacional para distribuição instantânea
➔ Área Marítima A1: Área dentro da de alerta de navegação, previsões
cobertura radiotelefônica com no meteorológicas, avisos de busca e resgate.
mínimo uma estação costeira em
- SafetyNET: Serviço de comunicações que
VHF, em que um permanente
transmite os mesmos assuntos recebidos
alerta de DSC esteja disponível. (20
pelo NAVTEX, mas por satélites.
a 50MN).
➔ Área Marítima A2: Área excluindo a
A1, dentro da cobertura
radiotelefônica com no mínimo
uma estação em MF em que um
permanente alerta DSC esteja
disponível. (50 a 250MN). Unidade 9
➔ Área Marítima A3: Área excluindo Sinistro com Aeronave no Mar
as áreas A1 e A2 dentro da
cobertura de um satélite Quando uma aeronave transmite uma
INMASRSAT, em que um mensagem de socorro pelo rádio, a
permanente alerta esteja primeira transmissão é feita na frequência
disponível. (70°N e 70°S). de rota de ar/ terra → aeronave e estação
➔ Área Marítima A4: Área fora das aeronáutica. A aeronave pode alterar para
áreas A1, A2 e A3. Áreas Polares. outra frequência, como a de emergência.

Unidade 10

Planejamento e condução de busca

Para atingir os objetivos nas operações


de busca é fundamental que haja o
planejamento prévio dos métodos e
procedimentos de busca.

O OSC deve obter o mais cedo possível o


plano de ação de busca com o SMC,
através do RCC. Caso não seja possível, o
OSC terá de realizar o planejamento das
• Equipamentos: operações até que o SMC assuma essas
funções.
- EPIRB: Operam nas frequências 406MHz;
Durante as buscas, se houver mudanças
- Equipamentos VHF: VHF 16+1 Canal;
das condições, o OSC que opere sem a
- VHF/HF/MF DSC: Transmissão automática orientação de um SMC deverá avaliar as
de pedido de socorro. OS equipamentos novas condições decidindo pela
modificação ou não. Essas mudanças
podem ser:
- Derrota: Rota seguida por um navio.
- Chegada de outros meios em condições Ponto A ao D.
de prestar assistência.
- Varrida: Uma pernada longa da derrota.
- Obtenção de informações adicionais; Ponto A a B ou C a D.

- Alteração das condições meteorológicas, - Espaçamento entre derrotas: Indicado


visibilidade e luz diurna. pela dimensão S.

Em caso de dificuldades com o idioma - Intervalo: I e I1.


devem ser utilizado o CIS, SMCP e
- Espaçamento entre Derrota: Letra S
fraseologia padrão da ICAO.

O OSC deve manter o SMC informado a


intervalos regulares e sempre que houver
mudanças na situação.

• Definições:
➔ DATUM: ponto geográfico, uma
linha ou área utilizada como
referência no planejamento de
uma busca;
➔ Deriva: Movimento do alvo
causado por forças ambientais,
como vento e corrente.
➔ Método de Busca em Quadrado
Crescente: Usado em busca com
um só navio, se alonga
progressivamente a partir do
datum, descrevendo quadrados
cujos lados aumentam de
tamanho; Antes de iniciar qualquer operação,
➔ Método de Busca por Setores: deve-se estabelecer o datum. Os seguintes
Método adequado a busca por um fatores devem ser estabelecidos no
só navio em circunstâncias estabelecimento:
especiais como homem ao mar. É
- Posição e hora informadas do incidente;
uma busca radial, a partir do
datum, utilizando conjunto de - Intervalo de tempo decorrido desde o
setores de um círculo; início até a chegada do local;
➔ Método de Busca por Derrotas
- Movimentos estimados, deriva.
Paralelas: Adequado para 2 ou
mais navios. Todos os navios A deriva possui dois componentes:
seguem rumos paralelos; abatimento e corrente de água total.
➔ Método de Busca Coordenada
Navio/Aeronave: Navio e A direção do abatimento é a favor do
Aeronave levam a cabo uma busca vento e a velocidade depende da
coordenada.
intensidade do vento. → OBS: pessoas na
água não possuem abatimento.

A corrente total de água pode ser


estimada utilizando o rumo da corrente e o
abatimento calculados das embarcações.

A direção e a velocidade da deriva são a


soma vetorial do abatimento e da corrente
de água total.

Geralmente o datum é informado pelas Além dos fatores de correção para as


autoridades de terra, caso não seja feito, o condições de tempo (fw), outros fatores
OSC que irá determiná-lo. Para calcular a podem ser considerados, como hora do
área mais provável dos sobreviventes é dia, posição do sol, eficácia dos
necessário verificar a direção da deriva do observadores, etc.
momento que foi recebida a informação do
incidente até o momento que as unidades Todos os navios e aeronaves que
cheguem ao local. participam da busca devem manter
distâncias seguras entre si e seguir
precisamente as trajetórias determinadas.
• Abatimento:

É causado pela força do vento incidindo • Velocidade de Busca (V)


diretamente na área vélica das
embarcações. A bordo das embarcações de Em uma busca por derrotas paralelas,
sobrevivência existe um drogue ou âncora todas as embarcações devem se
flutuante que visa reduzir os efeitos da movimentar com a mesma velocidade
deriva. determinada pelo OSC. Essa velocidade
será a velocidade máxima da embarcação
mais lenta presente na cena.

• Área mais provável para início das


buscas

A área mais provável é aquela com


• Largura da Varredura (W) centro no datum. Após a verificação de
É um índice da facilidade ou dificuldade erros devido a inexatidão da posição ou
de detectar um objeto da busca em erros de estimativa da deriva, deve-se
determinadas condições ambientais. traçar um círculo com 10MN e então
considerar a área mais provável como
sendo o quadrado formado por 4
tangentes a esse círculo.
1- Busca em Quadrado Crescente:
Para ser utilizado por um só navio
para alvos grandes;
2- Busca por Setores: Utilizado
também só por um navio, porém
os casos são especiais, como alvos
pequenos, tipo MOB;
3- Busca por Derrotas Paralelas: Para
ser utilizado por 1, 2, 3, 4,5 ou mais
navios.
4- Busca Coordenada
navio/aeronave: Para ser utilizado
por navio e aeronave.

• Busca em Quadrado Crescente

O ponto de início da busca é sempre o


datum. O padrão se expande em
• Busca Visual quadrados concêntricos, provendo
cobertura uniforme. A primeira pernada é
São executados com certa simplicidade.
orientada contra o vento, e o comprimento
Com boa visibilidade, a grande vantagem é
das duas primeiras pernadas é igual ao
a velocidade de execução e sua cobertura
espaçamento da derrota e assim vai
visual.
aumentando a pernada.
A distância visual de detecção do alvo
dependerá de:

- Tipo de alvo (tamanha, forma, cor);

- Condições de visibilidade;

- Altura da busca;

- Hora do dia;

- Posição do sol.

• Métodos de Busca

O tipo e número de unidades SAR


disponíveis no local serão fundamentais
para a determinação do método de busca. • Busca por Setores:

O SMC, ou na sua falta, o OSC deverá É utilizada para buscar em uma área
levar em consideração o número de navios circular com centro no datum. Não deve
mercantes que se encontram na área para ser usada por mais de um navio pois
determinar o padrão. haveria risco intenso de albaroamento.
O raio padrão para a busca por setores é mantenha certo rumo e velocidade
de 2 a 5MN sendo todas as guinadas de enquanto que a aeronave irá realizar
120° para boreste. pernadas paralelas ao lado menor da área
retangular da busca.

O navio serve como referência para o


piloto durantes as guinadas sucessivas.

• Busca por derrotas paralelas

É utilizado quando a área de busca é


grande, a localização do alvo é
relativamente conhecida e é necessária
uma cobertura uniforme do local. • Teoria Básica da Deriva

TWC é a soma de todos os tipos de


corrente (marítima, maré, superfície, fluvial
e lacustre). O abatimento é o movimento
sobre o vento incidente na superfície
exposta.

Nos momentos iniciais da deriva, o vento


empurrará o alvo na direção que o vento
sopra.

➔ O alvo deriva 4h em ambiente


oceânico e 6h em região costeira.

O arrastamento irá causar uma


divergência para esquerda ou direita da
direção inicial a favor do vento.

➔ Balsa salva-vidas com cobertura


• Busca Coordenada Navio/Aeronave tem abatimento 20% maior que as
sem cobertura e as balsas com
É utilizado quando existe a figura do OSC lastro tem abatimento 20% menor.
no local, que irá determinar que o navio
- Não visualização do objeto;

• Início da Busca - Embarcação ou aeronave afundou sem


deixar vestígios.
Se um navio chegar ao local do sinistro
antes dos outros navios, essa embarcação
deverá dirigir-se ao datum e iniciar a busca
por quadrado crescente. Para marcação do
datum pode ser usada a balsa, indicando
ainda a sua deriva.

Após a chegada dos outros navios, o OSC


providenciará o início das buscas pelo
padrão selecionado.

Se a quantidade de navios for suficiente


e houver boas condições de visibilidade, o
OSC pode permitir que aquele primeiro
navio continue a busca por quadrado
crescente, porém caso não seja, essa
embarcação deve compor a busca por
derrotas paralelas com o restante.

• Visibilidade Reduzida

Podem interromper ou atrasar as


operações de busca.

O OSC deve atentar para os fatores:

- Os navios mercantes devem operar com


velocidade reduzida;

- O espaçamento entre derrotas deve ser


reduzido, para compensar a diminuição da
visibilidade;

- Redução do intervalo ou realização de um


maior número de varridas.

• Falha na Busca

As causas para a não localização do alvo


são:

- Inexatidão da posição fornecida (ocorre


quando dão a posição do datum baseada
numa posição estimada).

- Erro da estimativa da deriva;

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