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Nessa disciplina, o aluno terá uma ideia do que é a navegação aérea, conhecerá seus
conceitos basilares e, ao passo que for evoluindo nas unidades, aprenderá sobre as-
suntos mais específicos. Junto ao conteúdo teórico, passaremos por alguns exemplos
retratando o cotidiano dos pilotos e alinhando a teoria com a prática, a ponto que,
ao término dessa disciplina, o aluno estará apto a traçar sua própria navegação e até
executá-la na prática.
DADOS DO FORNECEDOR
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do
Código Penal.
ASSISTA
Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações comple-
mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado.
CITANDO
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa
relevante para o estudo do conteúdo abordado.
CONTEXTUALIZANDO
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato;
demonstra-se a situação histórica do assunto.
CURIOSIDADE
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto
tratado.
DICA
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma
informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado.
EXEMPLIFICANDO
Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto.
EXPLICANDO
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da
área de conhecimento trabalhada.
A navegação aérea............................................................................................................... 13
Métodos de navegação................................................................................................... 15
Navegação por contato................................................................................................... 15
Navegação estimada....................................................................................................... 16
Navegação por rádio....................................................................................................... 17
Navegação eletrônica..................................................................................................... 18
Navegação celestial........................................................................................................ 19
Navegação por satélite................................................................................................... 20
As coordenadas geográficas.............................................................................................. 27
Colatitude: antimeridiano................................................................................................ 28
Diferença de latitude e diferença de longitude........................................................... 29
Latitude média e longitude média.................................................................................. 32
Operações completas com minutos e segundos........................................................ 34
Sintetizando............................................................................................................................ 37
Referências bibliográficas.................................................................................................. 38
Magnetismo terrestre........................................................................................................... 46
Norte magnético............................................................................................................... 46
Declinação magnética..................................................................................................... 47
Inclinação magnética...................................................................................................... 49
Norte bússola.................................................................................................................... 50
Proas e rumos........................................................................................................................ 51
Definição dos termos....................................................................................................... 52
Pé de galinha..................................................................................................................... 52
Leitura da direção................................................................................................................. 59
Sintetizando............................................................................................................................ 62
Referências bibliográficas.................................................................................................. 63
Mapas e cartas...................................................................................................................... 66
Rotas ortodrômicas e loxodrômicas............................................................................. 67
Tipos de projeções........................................................................................................... 71
Projeções Lambert e Mercator...................................................................................... 76
Sintetizando............................................................................................................................ 87
Referências bibliográficas.................................................................................................. 88
O computador de voo............................................................................................................ 92
Conhecendo os elementos: face A................................................................................ 92
Conhecendo os elementos: face B................................................................................ 94
Sintetizando.......................................................................................................................... 111
Referências bibliográficas................................................................................................ 112
Nessa disciplina, o aluno terá uma ideia do que é a navegação aérea, co-
nhecerá seus conceitos basilares e, ao passo que for evoluindo nas unidades,
aprenderá sobre assuntos mais específicos. Junto ao conteúdo teórico, passa-
remos por alguns exemplos retratando o cotidiano dos pilotos e alinhando a
teoria com a prática, a ponto que, ao término dessa disciplina, o aluno estará
apto a traçar sua própria navegação e até executá-la na prática.
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/5732813998447903
Dedico esse trabalho a meu pai, o senhor Justiniano Tieghi Filho. Aviador
desde a década de 1950, autor de um dos primeiros livros sobre aviação
civil do Brasil, e que com certeza foi quem mais me incentivou a, assim
como ele, criar asas e ingressar no fantástico mundo da aviação.
Tópicos de estudo
A navegação aérea Arcos, círculos máximos e
Métodos de navegação círculos menores
Navegação por contato O Equador, os paralelos e as
Navegação estimada latitudes
Navegação por rádio O Meridiano de Greenwich, os
Navegação eletrônica meridianos e as longitudes
Navegação celestial
Navegação por satélite As coordenadas geográficas
Colatitude: antimeridiano
A Terra, sua forma e movimentos Diferença de latitude e dife-
Rotação e translação rença de longitude
Solstício e equinócio Latitude média e longitude
média
Operações completas com
minutos e segundos
ASSISTA
Recomendo que os alunos assistam ao vídeo A melhor his-
tória de aviação de todos os tempos EP. 149, do canal Aviões
e Músicas. Nele, o apresentador do canal narra uma história
incrível sobre um piloto que se encontrava perdido em pleno
Oceano Pacífico, e como os seus conhecimentos a respeito de
navegação e geolocalização salvaram a sua vida.
Figura 1. Representação de parte da carta WAC 3262. Fonte: DECEA, 2013. (Adaptado).
Navegação estimada
Esse método é caracterizado pelo uso de três instrumentos de voo: cronô-
metro, velocímetro e bússola. Perceba que estamos falando de instrumentos
de voo e não instrumentos de navegação. A navegação estimada também se
vale das cartas para a determinação dos pontos de referência (waypoints),
mas aqui o piloto ainda adiciona os estimados para confirmar se está ou não
no ponto em questão.
Figura 3. Exemplo de uma antena de VOR em aeródromo. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 16/05/2020.
Navegação eletrônica
Esse método tem como seu principal exemplo o INS - Sistema de Navega-
ção Inercial. O sistema funciona basicamente pelo uso de dois equipamentos:
acelerômetros e giroscópios.
É um sistema complexo, e detalhar seu funcionamento não é o escopo des-
sa aula, mas, para que o aluno tenha uma noção, destacamos que ele funciona
Navegação celestial
Advinda de métodos de navegação marítimos e rudimentares, a navega-
ção celestial, como o próprio nome diz, baseia-se em corpos celestes para a
Figura 4. B737 com janelas para navegação celestial. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 16/05/2020.
3. Janeiro
Periélio
21. Junho
Linha de solstício
21. Dezembro
s
ide
aps
Equnócio
e
ad
Linh
3. Julho
Afélio
23. Setembro
N - Verão N - Outono
S - Inverno S - Primavera
Por volta de três de julho, a Terra se encontra em seu ponto mais afastado
do Sol, aproximadamente 151.2 milhões de quilômetros. Este ponto é chamado
de afélio. Perto de três de janeiro, a Terra está com a menor distância, aproxi-
madamente 146 milhões de quilômetros do Sol. Este é o periélio.
Entretanto, a mais importante consequência do movimento de translação
são os chamados solstícios e equinócios. Esses dois fenômenos são os mar-
cos das estações do ano.
Solstício e equinócio
O solstício é o momento em que os raios solares incidem perpendicularmente
no ponto mais afastado do Equador, ou seja, de maior latitude. Existem dois solstí-
cios no ano. Em 2019, por exemplo, dia 21 de junho foi a data do solstício de verão
do hemisfério Norte. Nesse dia, observou-se o dia mais longo daquele hemisfério,
e, por consequência, a noite mais longa no hemisfério Sul. Essa data estabeleceu
início do verão e inverno, nos hemisférios Norte e Sul, respectivamente.
O equinócio é a incidência perpendicular dos raios solares que se dá sobre a
linha do Equador, iluminando por igual os hemisférios Norte e Sul. A consequên-
cia é que, durante os equinócios, dias e noites têm a mesma duração. Assim
como os solstícios, temos dois equinócios no ano, e que também marcam os
inícios de duas estações: outono e primavera.
O aluno pode se perguntar: por que existem os solstícios? Ou por que a Terra
tem seus hemisférios iluminados desigualmente? A resposta é: por consequên-
cia da declinação angular em relação à eclíptica.
Se pegássemos um ponto no centro da Terra e o uníssemos a um ponto no
centro do Sol, durante o movimento de translação, formaríamos um plano imagi-
nário. Esse plano imaginário é chamado de eclíptica. O eixo de rotação da Terra
não é perpendicular à eclíptica, ou seja, a linha do Equador não é paralela ao
plano de translação, apresentando uma declinação de 23º 27’.
A Figura 7 ilustra o momento do solstício de verão do hemisfério Norte. Per-
ceba que os raios solares incidem perpendicularmente sobre um ponto acima
da linha do Equador. Esse ponto está localizado na latitude 23º 27’N. O
paralelo desta latitude recebeu o nome de Trópico de Câncer.
Quando no solstício de verão do hemisfério Sul, os raios sola-
res incidirão perpendicularmente sobre o paralelo de latitude
23º 27’S, o qual foi batizado de Trópico de Capricórnio.
Inclinaçã
o
do eixo
Eixo de rotação
Tróp
ico de
Luz do S
Cânc
er
ol
Equa
dor
Trópic
o de Plano da eclíptica
Capric
órnio
Perpendicular à órbita
Figura 7. Declinação da Terra em relação à eclíptica. Fonte: Shutterstcok. Acesso em: 16/05/2020.
Rio de Janeiro
Figura 8. Círculo máximo e círculo menor. Fonte: GIS Geography. Acesso em: 16/05/2020. (Adaptado).
CURIOSIDADE
O meridiano 180 é conhecido também como Linha Internacional da Data. É
neste meridiano que se determina a mudança de data. Na Convenção de
Washington, em 1884, se determinou o meridiano 180 como sendo o marco
do início e término de um dia na Terra.
1 2 3 4 5
60º
40º
E
20º
0º
D
A
-20º
C
-40º
B
-60º
-80º
Colatitude: antimeridiano
Colatitude
Como vimos anteriormente, as latitudes vão de 0º (Linha do Equador) a 90º
(polos). Ao arco de meridiano que sai do marco zero até um determinado ponto,
DLAAB
LATA
Equador
LATB
Meridiano 180
DLOXY
LONGY
Polo norte
Equador LONGX
Polo Long
norte
LOM
Equador
Long
Greenwich
Figura 12. Longitude média (LOM) de grandes longitudes. Fonte: ROOS, 2018, p. 10.
EXPLICANDO
1º (grau) = 60’ (minutos), assim como 1’ (minuto) = 60” (segundos). Caso,
nos cálculos as unidades de segundos obtenham valores iguais ou maio-
res que 60, eles devem ser convertidos em minutos. Para realizar a con-
versão, subtraia 60 do valor encontrado e adicione 1 à casa dos minutos.
Isso também se aplica aos minutos. Caso os cálculos cheguem em resulta-
dos iguais ou maiores que 60 será necessário fazer a conversão de minu-
tos em graus. Para realizar a conversão, subtraia 60 do valor encontrado e
adicione 1 à casa dos graus.
Para a adição:
• Exemplo 1: 10º 15’ 05” + 25º 25’ 15”;
• Exemplo 2: 15º 20’ 36” + 40º 37’ 34”;
• Exemplo 3: 100º 55’ 50” + 90º 20’ 30”.
Explicando as operações:
• Exemplo 1: operação normal, em que os valores não ultrapassaram os
60 segundos, nem os 60 minutos. Nos cálculos, se começa sempre pelos
segundos, depois os minutos e por último os graus;
• Exemplo 2: realiza-se a operação normalmente. Nesse caso, a soma
dos segundos foi de 70, sendo necessária a conversão do excedente;
• Exemplo 3: nesse último caso, tanto segundos quanto minutos ultra-
passaram os 60, sendo necessária a conversão dos dois valores.
Para a subtração:
• Exemplo 1: 90º 56’ 45” – 10º 36’ 25”;
• Exemplo 2: 69º 20’ 01” – 19º 15’ 50”;
• Exemplo 3: 100º - 80º 50’ 40”.
1 2 3
90º 56’ 45” 69º 20’ 01” 100º
- 10º 36’ 25” 69º 19’ 61” 99º 59’ 60”
80º 20’ 20” - 19º 15’ 50” - 80º 50’ 40”
50º 04’ 11” 19º 09’ 20”