Você está na página 1de 54

INTRODUÇÃO À

SEGURANÇA NO MAR

VÍDEOS\ABANDONO DE PLATAFORMA EN BOTES SALVAVIDAS 2wmv.wmv

CURSO BÁSICO DE SEGURANÇA DE PLATAFORMA


PLATFORM BASIC SAFETY COURSE

OBJETIVO E CONTEÚDO

OBJETIVO

Este curso tem como propósito prover


conhecimentos básicos e habilidades, no sentido de
capacitar o profissional que exerça algum tipo de
atividade continuada (período maior que três dias) a
bordo de unidades móveis de offshore (MOU), a
responder, de forma ordenada, a situações de
emergência.

Pag.9 -2

CONTEÚDO

O sumário do curso abrange os requisitos


estabelecidos no parágrafo 5.3 do anexo à Resolução A.1079
(28) da IMO. O conteúdo programático atende ao padrão
mínimo de competência estabelecido nas Tabelas 5.3.1 a 5.3.5
do anexo à Resolução A.1079 (28) da IMO, e contempla ainda
as exigências da legislação brasileira contida nas Normas da
Atividade Marítima editadas pela Diretoria de Portos e Costa.
O conteúdo foi dividido nos seguintes módulos:

MÓDULO 1 – Técnicas de Sobrevivência no Mar - MOU


MÓDULO 2 – Prevenção e Combate a Incêndio – Básico
MÓDULO 3 – Primeiros Socorros Elementares
MÓDULO 4 – Segurança Pessoal e Relações Interpessoais
MÓDULO 5 – Conscientização de Proteção

Pag.9 -3

1
Legislação Sobre Segurança no Mar

Término da Segunda Grande Guerra Criação da ONU


Propósito: tentar estabelecer o bom entendimento
entre as várias nações.
Foram criadas diversas outras Organizações, para
que cada uma delas tratasse especificamente de um
assunto; dentre estas foi criada a IMO, que tinha como
finalidade tratar da Segurança da Navegação Marítima.
A IMO cria normas, regras, regulamentos - trabalhos
estes que constam de Convenções.
Convenção (existem muitas) é um conjunto de normas,
regras e regulamentos. Neste nosso curso trataremos
de três delas: SOLAS, MARPOL e STCW .
Pag 10- 4

Legislação Sobre Segurança no Mar

A Convenção SOLAS, que trata de todos os aspectos referentes 
à   SALVAGUARDA DA VIDA HUMANA NO MAR; 
• A Convenção MARPOL, que trata dos aspectos de PREVENÇÃO 
E   COMBATE A POLUIÇÃO NOS MARES E OCEANOS; e 
• A Convenção STCW, que trata da PADRONIZAÇÃO DE  
TREINAMENTOS E CERTIFICAÇÃO DO PESSOAL QUE TRABALHA 
NO MAR.

Pag. 10

Legislação Sobre Segurança no Mar

• A Convenção SOLAS na Regra 8, Capítulo III, que trata da


Salvatagem, estabelece que todas as embarcações, e por
extensão, todas as unidades de produção offshore, devem
fornecer para cada pessoa a bordo, instruções claras que
deverão ser seguidas em caso de emergência. No caso de
haver a bordo profissionais de várias nacionalidades, essas
instruções deverão ser elaboradas também no idioma inglês,
além do idioma ou idiomas exigidos pelo Estado da bandeira
da MOU.

Pag. 10

2
As ilustrações e instruções, nos idiomas apropriados, deverão
ser afixadas e expostas, de modo visível, nos camarotes, nos locais
de reunião e em outros compartimentos destinados aos
tripulantes e visitantes, indicando:

• Seus postos de reunião;


• As ações essenciais que deverão se realizar em uma
emergência;
• A maneira correta de vestir os coletes salva‐vidas.

Pag. 11

TABELA MESTRA PARA POSTOS DE EMERGÊNCIA

A Tabela de Postos deverá especificar, também,


como será dada a ordem de abandonar a unidade e
indicar as tarefas designadas aos diversos membros da
tripulação, inclusive;

 fechamento das portas estanques, portas de incêndio,


válvulas, embornais, portinholas, gaiútas, vigias e outras
aberturas semelhantes existentes;

8
Pag. 11

TABELA MESTRA PARA POSTOS DE EMERGÊNCIA

 equipamento das embarcações de sobrevivência e outros


equipamentos salva‐vidas;
 preparação e lançamento das embarcações de
sobrevivência;
 preparativos gerais e outros equipamentos salva‐vidas;
 reunião dos tripulantes e visitantes;

 utilização dos equipamentos de comunicação;


 tarefas especiais relativas à utilização dos equipamentos   
e instalações de combate a incêndio.

9
Pag. 11

3
TABELA MESTRA PARA POSTOS DE EMERGÊNCIA

 quais os profissionais designados para assegurar que


os equipamentos salva‐vidas e de combate a incêndio
sejam mantidos em boas condições e prontos para
utilização imediata;
 quais os substitutos das pessoas‐chave que possam vir a
ficar inválidas, levando em consideração que diferentes
situações de emergência podem exigir ações diferentes.

10
Pag. 11

10

QUADRO DE EMERGÊNCIA
Nomeia as pessoas conforme designações nos
Grupos de Ação da Plataforma.
TABELA MESTRA (CEDIDA AO ICN PARA FINS INSTRUCIONAIS)
Esta tabela foi elaborada em conformidade com o
Capítulo III, parte B, regra 37 da Convenção SOLAS e o
Plano de Emergência da P-40 "PP-3A-01039-E"

11
Pag. 11

11

12
Pag. 12 e 13

12

4
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

TÉCNICAS DE SOBREVIVÊNCIA NO MAR

INTRODUÇÃO AOS
PROCEDIMENTOS DE
SOBREVIVÊNCIA NO MAR

13
Pag. 16

13
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

1.1 - DEFINIÇÃO

“Salvatagem é o conjunto de meios, arranjos e procedimentos


que asseguram a sustentação da vida humana no mar”. (Gil
Pelegrini)

A salvatagem baseia‐se em três fatores:

Equipamentos  e  Procedimentos
Arranjos  Adequados padronizados

Treinamento 
Continuados

14
Pag. 16

14
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

SOLAS
SOLAS – – Convenção
Convenção Internacional
Internacional para
para Salvaguarda
Salvaguarda
da
da Vida
Vida Humana
Humana no
no Mar
Mar
LESTA – Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário

MODU Code– Código para Construção e


Equipamentos para Plataformas Móveis
Código LSA – Código Internacional de Equipamentos
Salva-Vidas
IAMSAR
IAMSAR – –Manual
Manual Internacional
Internacional Aeronáutico
de Busca e
e Salvamento
Marítimo de Busca
Aeronáutico e Salvamento
e Marítimo.
NORMAM–
NORMAM’s Normas dada
– Normas Autoridade Marítima
Autoridade Marítima

15
Pag. 16

15

5
SITUAÇÕES E PROCEDIMENTOS DE
EMERGÊNCIA

Existem vários tipos de situações de risco


envolvendo as atividades relativas à operação,
produção e ao transporte de gás e petróleo, alguns
inerentes à própria atividade , além de outros
relacionados ao ambiente marinho

16
Pag. 17

16

TIPOS DE EMERGÊNCIAS

Podemos dizer, então, que emergência em


unidade marítima é toda a anormalidade que possa
resultar em sérios danos às pessoas, aos
equipamentos, à unidade e ao meio ambiente
marinho, exigindo, para a eliminação de suas causas
e o controle de seus efeitos, a imediata interrupção
das rotinas normais e a adoção de procedimentos
especiais.
Vamos identificar os tipos de acidentes mais
prováveis nesta atividade e as emergências por eles
geradas.

17
Pag. 18

17

TIPOS DE EMERGÊNCIAS

Colisão: Este tipo de acidente pode ocorrer em função da


aproximação da embarcação ou aeronave que podem se chocar
com a plataforma (em situação estacionária).
Abalroamento: Este tipo de acidente pode ocorrer em função da
aproximação de embarcação ou aeronave que pode se chocar
com outra unidade marítima em movimento.
Incêndio: Pode ocorrer a bordo por inúmeras razões, desde a
ocorrência de uma explosão, gerada pela colisão, como também
por falhas em equipamentos os falhas humanas no manuseio
destes, ou até mesmo por negligência de trabalhadores com as
situações que envolvam riscos de acidentes.

18
Pag. 18

18

6
TIPOS DE EMERGÊNCIAS

Água aberta: é um dos riscos mais sérios a bordo, em função dos


problemas que ela pode desencadear. Ocorre quando a água
penetra nos tanques, compartimentos estanques e colunas da
plataforma, desencadeando outros tipos de emergências, como
o adernamento , perda da reserva de flutuabilidade e,
consequentemente o naufrágio.
Adernamento: é um tipo de emergência que pode estar
relacionado com a colisão com embarcações, mas também pode
decorrer da colisão de uma aeronave, ou ainda, estar
relacionado com a ocorrência de uma explosão ou incêndio a
bordo.

19
Pag. 18

19

TIPOS DE EMERGÊNCIAS
Naufrágio: este se constitui no afundamento da unidade, e
representa o pior caso de emergência, decorrente dos acidentes
acima citados. Ocorre quando não é possível controlar a água
aberta, nem manter a estabilidade, e o conseqüente naufrágio,
se constituindo em um grande risco para as pessoas a bordo e
levando à perda total do patrimônio.
Derramamento de óleo: este tipo de emergência, fonte de
grandes preocupações dos ambientalistas, está sempre presente
nas atividades do setor petroleiro, pois o vazamento de óleo, com
o posterior derramamento no mar, compromete muito as
condições de vida da fauna e flora aquáticas e também levam à
contaminação de grandes faixas de área costeira.

20
Pag. 18

20

TIPOS DE EMERGÊNCIAS

Vazamento de gás: as atividades relacionadas ao petróleo


geram a produção de gases, resultante da decomposição
natural do material orgânico. Um dos gases produzidos nesta
atividade é o sulfeto de hidrogênio ou gás sulfídrico. Sua
presença exige o uso de equipamentos de proteção individual
(EPI). Trata‐se de um gás muito tóxico, mais pesado que o ar,
incolor e inflamável. Quando está em baixa concentração no ar,
apresenta um odor característico de “ovo podre". Quando em
altas concentrações pode matar em pouco tempo.

21
Pag. 19

21

7
TIPOS DE EMERGÊNCIAS

Acidentes de trabalho: as várias fainas presentes em uma


plataforma de petróleo podem ocasionar diferentes tipos de
acidentes de trabalho, incluindo‐se aqui os que envolvem
material radioativo e atividades de mergulho. Estes acidentes
podem ocasionar emergências como:

– Queda de homem ao mar;

– Morte, doença ou lesão grave;

22
Pag. 19

22

RES ÁGUA ABERTA HOMEM AO MAR ALAGAMENTO EXPLOSÃO RESGATE LIBERAÇÃO


P. DA CASA DE / DE EM
BOMBAS POR IMPLOSÃO ACIDENTA EMERGÊN-
ÓLEO DO A CIA EM
OPERAÇÃO
BORDO
EM OFF-
SHORE

OIM ESTABELECE MEIO DE VERIFICA O BORDO INTERROMPE SOA O COORDENA COORDENA


COMUNICAÇÃO OCORRIDO. DISPARA A IMEDIATAMENTE ALARME A FAINA. A FAINA
APROPRIADO. AVALIA BÓIA SALVA-VIDAS COM A OPERAÇÃO DE GERAL E GUARNECE JUNTO COM
SEGURANÇA DOS O DISPOSITIVO ALÍVIO, QUANDO TOCA WALKIE- O MOORING-
TRIPULANTES, TOCANDO FUMÍGENO LUMINOSO APLICÁVEL. POSTOS DE TALKIE. MASTER.
POSTOS DE REUNIR NOS FLUTUANTE DA ASA DO PROÍBE A EMERGÊNCI MANTÉM
LOCAIS PRÉ- PASSADIÇO. SOA O UTILIZAÇÃO DE A. AVALIA A CONTATO
ESTABELECIDOS (MEETING- ALARME GERAL. LANÇA QUALQUER EXTENSÃO COM A
POINT). DESTACA GRUPOS FACHO LUMINOSO A EQUIPAMENTO DA AVARIA E EMBARCA-
DE INSPEÇÕES, LIDERADOS NOITE, QUANDO ELÉTRICO QUE SEGURANÇA ÇÃO DE
POR OFICIAL EXPERIENTE, APLICÁVEL. SOLICITA NÃO SEJA DO DA RESGATE.
PARA AVALIAR A APOIO DA LANCHA. TIPO SEGURO. TRIPULAÇÃO
EXTENSÃO DOS DANOS; OS . GUARNECE
GRUPOS DEVERÃO ESTAR WALKIE-
PERMANENTEMENTE EM TALKIE.
CONTATO COM O
COMANDANTE. AVALIA
RISCO DE POLUIÇÃO,
ACIONA SOPEP, AVISA
AUTORIDADES LOCAIS, SE
APLICÁVEL. AVALIA
CONDIÇÕES DE MAR, MARÉ,
VENTOS E CORRENTES.
SOLICITA REBOQUE DE
EMERGÊNCIA, SE
APLICÁVEL. ENTRA EM
CONTATO COM CEEA, SE
APLICÁVEL.

23

23

SM LIDERA GRUPO DE PREPARA O VAPOR PARA GUARNECE


INSPEÇÃO NA PRAÇA DE O CONVÉS PARA WALKIE-
MÁQUINAS, PARA AVALIAR EFETUAR O RESGATE. TALKIE.
A EXTENSÃO DOS DANOS.
MANTÉM RIGOROSA
PRECAUÇÃO AO ENTRAR EM
COMPARTIMENTOS
SUSPEITOS, EFETUANDO
MEDIÇÕES DE ATMOSFERA
DO AMBIENTE QUANTO AO
PERCENTUAL DE OXIGÊNIO
E GASES.
MEC AUXILIA O CFM. AUXILIA O CFM.

MCB VERIFICA A POSSIBILIDADE PROVIDENCIA MATERIAL GUARNECE O EFETUA O


/ DE BUJONAR E ESGOTAR O NECESSÁRIO PARA O BALÃO DE RECOLHIMEN
MNC LOCAL. FECHA PORTAS RESGATE, TAIS COMO: OXIGÊNIO DA TO DO CABO
ESTANQUES NO CONVÉS. COLETES, LANÇA ENFERMARIA SANSON,
RETINIDA, BÓIAS, ETC. PARA SLIP DE
RESSUSCITA- PROA E
MENTO DO MANGOTE,
RESGATADO, APÓS A
QUANDO LIBERAÇÃO
APLICÁVEL. PELO
ALIVIADOR.

BCO AUXILIA O BS, DRENA A CASA DE DESFAZ


COMPENSANDO A BANDA/ BOMBAS. VERIFICA TODA A
TRIM, SE NECESSÁRIO. A ORIGEM DO MANOBRA DE
VAZAMENTO
OPERAÇÃO
ATRAVÉS DE
RIGOROSA DE ALÍVIO,
SONDAGEM DOS EFETUANDO
TANQUES DE CARGA A LIMPEZA
/ COMBUSTÍVEL / DE LINHA DO
SLOP. USA MANGOTE,
MÁSCARA DE QUANDO
RESPIRAÇÃO POSSÍVEL.
ARTIFICIAL,
UTILIZANDO O CABO-
GUIA PARA EFETUAR
INSPEÇÃO.

24

24

8
SINAIS E ALARMES
•Os alarmes de emergência são sinais sonoros, distribuídos
por pontos estratégicos em toda a plataforma, com a
finalidade de alertar a todos os residentes e visitantes sobre
um estado de anormalidade.

•Os Sinais de Alarmes hoje adotados em plataformas são


mais simples e sinalizam para qualquer tipo de emergência
surgida a bordo.

ESTADO ALARME SONORO

EMERGÊNCIA ●●●●●●●
PREPARAR PARA ________________
ABANDONO
25
Pag. 19

25

SINAIS E ALARMES

Qualquer emergência surgida a bordo de uma


unidade é alarmada através de uma série de sinais
sonoros intermitentes.

Ao ouvir o sinal intermitente, aqueles que


estiverem trabalhando, paralisarão as atividades,
desligando equipamentos que estiverem fazendo uso,
tornando a área segura.

26
Pag.20

26

SINAIS E ALARMES

Dedicarão alguns segundos de atenção, pois


neste momento será anunciado através do sistema de
comunicação interna, o tipo de emergência e sua
localização.

Este procedimento tem como finalidade avisar aos


grupos com responsabilidades no combate à
emergência, o que deverão combater e a sua localização,
e também evitar que as pessoas não comprometidas no
combate à mesma sigam em direção à área em questão.

27
Pag.20

27

9
OBSERVAÇÃO

Em áreas ruidosas, tais como oficinas, compartimentos


de bombas ou compressores e Praça de máquinas, por
determinação da Segurança do Trabalho, usam‐se protetores
auriculares, os quais podem diminuir a audição de um alarme
sonoro.
Por este motivo, nesses locais é obrigatório a instalação
de alarmes visuais, representados por lâmpada
estroboscópicas ou giroflex em complemento ao alarme
sonoro.

28
Pag.20

28

29
Pag.22

29
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

30
Pag.23

30

10
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA

A partir do estabelecido por essas


regulamentações nacionais e internacionais, pode-se
chegar ao conceito de GERENCIAMENTO DE
SEGURANÇA a bordo de embarcações, que
estabelece procedimentos que visam à familiarização
dos novos tripulantes com os equipamentos e as
ações de segurança estipuladas.
São apresentados a seguir, os procedimentos
iniciais mais importantes, quando se embarca pela
primeira vez em uma unidade.

31
Pag.24

31
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

PROCEDIMENTOS

IDENTIFICAÇÃO: Sempre que uma pessoa embarcar em


determinada unidade deverá dirigir‐se à identificação e controle
de embarque. Feita a identificação, a pessoa será encaminhada
para o BRIEFING.

32
Pag.24

32

PROCEDIMENTOS
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

BRIEFING: Reunião rápida, realizada com o pessoal recém


embarcado, para que esses novos embarcados saibam como se
conduzir durante sua permanência a bordo e o porquê dos
procedimentos de emergência adotados.

PONTOS DE REUNIÃO: As pessoas são orientadas para, em caso


de emergência, dirigirem‐se a um determinado espaço da
unidade (convés, bordo etc.) o qual é denominado Ponto de
Reunião.
PONTOS DE ABANDONO: São os locais previamente definidos
para a concentração das pessoas que abandonarão a unidade,
normalmente, estão localizados o mais próximo possível das
embarcações de sobrevivência (baleeiras e balsas).

33
Pag.25

33

11
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

ROTAS DE FUGA

São faixas pintadas no piso nas áreas abertas da


plataforma, com setas brancas ou amarelas que indicam
o caminho mais rápido e seguro para se chegar aos
Postos de Abandono.

34
Pag.25

34
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Essas rotas devem estar sempre desobstruídas e


limpas a fim de evitar acidentes no momento de sua
utilização.

Tais indicações podem ser complementadas por


setas e placas indicativas, algumas com figuras ilustradas
e fitas auto-refletivas, distribuídas pela área, e podem
variar de forma de acordo com cada Unidade.

35
Pag.26

35
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

EMPREGO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO:

Atentar ao uso dos equipamentos de proteção, e


equipamentos de salvatagem:

Segue abaixo alguns exemplos:

Coletes salva vidas;


Máscaras;
Botas;
Óculos;
Luvas;
Capacetes;
Cintos de segurança; entre outros.

36
Pag.26

36

12
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO
INTERIORES DE BORDO

Existe em plataforma o uso operacional de um


rádio WalkTalk – UHF, que em estado normal, todos os
portadores deste rádio trafegam em um único canal,
junto com a Sala de Controle.
Existe também uma rede de telefones internos,
interligando todos os compartimentos de uma
unidade.
Do sistema também faz parte o INTERCOM, um
sistema composto de vários alto-falantes providos
geralmente de microfones, e podendo ser acionado de
qualquer locação sendo ouvido por toda a unidade.
37
Pag.28

37
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

•A pessoa que estiver portando o rádio UHF deverá


comunicar-se com a Sala de Controle, informando o tipo e
a localização da emergência.

• Próximo a um telefone interno e não portando o rádio


UHF, deverá discar o número de emergência.

• Próximo a um INTERCOM, deverá anunciar o tipo de


emergência e sua localização.

• A Sala de Controle se encarregará de acionar os alarmes


correspondentes de acordo com o estado da emergência.

38

38
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

COORDENAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Na ocorrência de uma emergência a bordo,


imediatamente se instala a Coordenação de
Emergência, onde o principal da plataforma, o GEPLAT,
é o Coordenador Chefe.
Juntamente com seus auxiliares diretos, o
coordenador fará o acionamento das equipes de
emergência, as quais, por meio de ordens diretas
dessa coordenação, darão início às ações necessárias
para controlar e combater a emergência.
As equipes de emergência de bordo,
normalmente, são formadas por tripulantes
preparados para o combate a uma emergência
específica, e são compostas por um líder, um segundo,
que é o substituto direto do líder, e pelos membros da
equipe. Pag.29
39

39

13
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

AS EQUIPES SÃO ASSIM ESPECIFICADAS:


INCÊNDIO
BRIGADA DE INCÊNDIO EXPLOSÕES
VAZAMENTO DE GASES
GRUPO DE CONTROLE DE AVARIA AGUA ABERTA
OFFSHORE - CAVO
HOMEM AO MAR
EQUIPE DE SALVATAGEM

EQUIPE DE RESGATE ABANDONO


RESGATE DE VÍTIMAS
(ALTURA OU ESPAÇO CONFINADO)

É fundamental conhecer os planos de resposta às emergências


de sua unidade:
Lembre-se das informações passadas nos briefings e
treinamentos de segurança;
- Siga os procedimentos específicos na sua função:
- Conheça os planos simulados de sua unidade;
- Conheça todas as saídas alternativas e não somente aquelas que
serão utilizadas na sua área de trabalho.
40
Pag.29

40
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE OPERAÇÕES


COMBINADAS

No setor OFFSHORE esses procedimentos


normalmente ocorrem quando há necessidade de se
trabalhar conjuntamente com arranjos/equipamentos
e/ou outra embarcação.
Procedimentos especiais referem-se a todas as
fainas e manobras executadas a bordo que requerem
um cuidado redobrado. Isso se deve ao fato de que
tais ações envolvem riscos elevados.
São várias as operações combinadas que
ocorrem no setor offshore. Mas, para exemplificar,
podemos citar algumas mais comuns.

41
Pag.30

41

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

OPERAÇÕES COMBINADAS

OFFLOAD: Consiste na faina do navio aliviador receber o óleo


extraído pela plataforma de exploração ou do FPSO que o extraiu e
o estocou, conforme ilustrado pela figura abaixo:
Desenvolvimento entre unidades interligadas visando
diminuir os efeitos de uma emergência.

42
Pag.30 e 31

42

14
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE
OPERAÇÕES COMBINADAS

TRANFERÊNCIA DE CARGA E EQUIPAMENTOS: Consiste na faina


da embarcação de apoio (supplay‐boat) entregar ou receber
carga e/ou equipamento necessário para a plataforma. Essas
manobras são realizadas com guindaste de bordo da plataforma,
e exige que a embarcação de apoio se posicione sob máquina
em distância segura da plataforma, compatível com a extensão
do braço do guindaste, evitando com isto riscos muito grandes
de colisão. (Este procedimento encontra‐se descrito no Manual
de Segurança Offloading da Petrobras ‐ para funcionários BR).

43
Pag.31

43

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

OPERAÇÕES COMBINADAS
TRANSFÊRENCIAS DE PESSOAS: A manobra é realizada da
mesma forma descrita no item anterior, entretanto embarcando
ou desembarcando pessoas em um equipamento denominado
de cesto que é engatado pelo guindaste da própria plataforma,
conforme figura 7. Neste caso além do risco de colisão verifica‐se
um grande risco de vida, principalmente em situação de mar
agitado.

44
Pag.31 e 32

44

ORIENTAÇÕES SOBRE SEGURANÇA A BORDO


Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

TIPOS DE PLATAFORMAS E OS
PRINCIPAIS COMPARTIMENTOS

Definição: Uma unidade móvel de offshore(Mobil


Offshore Unit – MOU), denominação técnica dada a
qualquer tipo de plataforma, é, basicamente, uma
unidade industrial ou de apoio instalada sobre um
casco, com reserva de flutuabilidade capaz de
sustentá-la com SEGURANÇA.

45
Pag.33

45

15
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

ARRANJO GERAL

O arranjo geral de uma plataforma depende do


seu emprego e de seu tipo. Podemos identificar nas
plataformas três áreas distintas:

Área Industrial – que envolve toda a planta industrial;

Área Funcional/segurança – que abrange a sala de


controle, o convés de baleeiras, os escritórios, paióis,
oficinas etc.; e

Área de Habitabilidade – onde se encontram os


camarotes, banheiros, refeitórios, cozinha etc..

Pag.33

46
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Pag.34

47
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

ESTRUTURA FUNCIONAL E HIERÁRQUICA

A Resolução A.1079, da Organização Marítima


Internacional, estabeleceu uma estrutura funcional e
hierárquica para as Unidades Móveis de Offshore
(plataformas). Essa Resolução foi aprovada na 28ª Assembléia
Geral da IMO, em 04 de dezembro de 2013, inclusive ratificada
pelo governo brasileiro.

A estrutura funcional e hierárquica estabelecida é apresentada


na Tabela 2.

Pag.35

48

16
TABELA 2 – NÍVEIS FUNCIONAIS E
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

HIERÁRQUICOS EM PLATAFORMAS - IMO

Sigla Nível Funcional / Hierárquico Definição

Gerente de Instalação Offshore)


GIO / OIM Principal da Plataforma
Offshore Installation Manager
Supervisor de Embarcação
CSEM / BS Substituto do Principal
(Barge Supervisor)
Operador de Controle de Lastro
COPL / BCO Operador de Lastro
(Ballast Control Operator)
Supervisor de
Supervisor de Manutenção
CSMA / MS Manutenção de
(Maintenance Supervisor)
Máquinas e Motores
Outros profissionais da carreira marítima como Oficiais de Náutica, Oficiais de
Máquina e Operador Geral de GMDSS.
Pag.35

49
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

NÍVEIS FUNCIONAIS E HIERÁRQUICOS


EM PLATAFORMAS - Brasil

No Brasil, a Autoridade Marítima, representada pela


Diretoria de Portos e Costa (DPC), vem estabelecendo nos
Cartões de Tripulação Segurança – CTS para as plataformas o
previsto na Resolução A.1079 (28) da IMO, com algumas
adequações necessárias, sejam elas corporativas
(PETROBRAS), sejam elas pelo tipo de plataforma, conforme
mostrado na tabela 1:

Pag.35

50
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

NÍVEIS DE FUNCIONALIDADE NAS PLATAFORMAS

Pag.36

51

17
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

TIPOS DE PLATAFORMAS

PLATAFORMA DE PERFURAÇÃO: são unidades construídas com


arranjos e equipamentos próprios para perfurar os poços de
extração do petróleo.
PLATAFORMA DE PRODUÇÃO: tem como emprego a extração do
petróleo, por meio do poço que foi confeccionado pela
plataforma de perfuração.
PLATAFORMA DE APOIO: são todas aquelas que apóiam as
atividades dos tipos acima citados, seja armazenando
equipamentos e materiais, seja hospedando profissionais que
trabalham nestas atividades, sendo neste último caso
denominadas de FLOTEL.

52
Pag.36

52
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

TIPOS DE PLATAFORMAS

As plataformas também podem ser classificadas pelo seu tipo, ou


seja, pelo formato do casco e/ou arranjo de flutuação

Plataformas semi‐submersíveis ‐ utilizadas tanto para perfuração


quanto para produção.

53
Pag.37

53
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

TIPOS DE PLATAFORMAS

Plataforma alto elevatória (jack up):


muito usada em perfuração em lâmina
d’água de até a 80 m
aproximadamente.

Navio Sonda: empregado em


perfuração de grande profundidade

54
Pag.37

54

18
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

TIPOS DE PLATAFORMAS
Navio FPSO: empregado para armazenar o petróleo e/ou gás
natural produzido.
Plataforma Fixa: montada sobre uma jaqueta, constituída de
módulos de produção, módulos de habitação e geralmente com
uma sonda modulada.

55
Pag.38

55
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

ELEMENTOS DE ESTABILIDADE E
ESTANQUEIDADE

Todas as plataformas, pelo fato se serem unidades


flutuantes, reagem como qualquer embarcação frente às forças
da natureza. Por essa razão, são apresentados a seguir alguns
conceitos básicos sobre estabilidade e estanqueidade, cujo
conhecimento é importante para a prevenção de acidentes.

 Obras vivas
 Obras mortas

56
Pag.38

56
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

ELEMENTOS DE ESTABILIDADE E
ESTANQUEIDADE

Obras Vivas ‐ É toda a parte inferior do casco das embarcações


ou da plataforma que fica submerso (carena).

Obras Mortas ‐ Corresponde às estruturas existentes acima da


linha de flutuação.

Anteparas ‐ São as separações verticais que subdividem o espaço


interno do casco. As anteparas são empregadas de variadas
formas na estrutura das embarcações ou plataformas. São
utilizadas para fazer subdivisões, promover a estanqueidade,
fazer a proteção contra incêndio e a redução das superfícies
líquidas livres.
57
Pag.38

57

19
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

ANTEPARAS – CLASSIFICAÇÃO

Classificação: anteparas estruturais, estanques e não estanques,


transversais e longitudinais, principais e secundárias.

Anteparas principais: São estruturas transversais estanques (que


limitam os compartimentos), as demais são secundárias.

58
Pag.38

58
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

ANTEPARAS – CLASSIFICAÇÃO

Portas estanques: São feitas de aço estampado, geralmente


padronizadas em forma e tamanho com chapas que têm
normalmente a mesma espessura das anteparas em que são
colocadas. Essas portas podem ser de vários tipos, tais como:

59
Pag.39

59
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Estas portas podem ser de vários tipos, tais como:

60
Pag.39

60

20
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

CONCEITOS RELACIONADOS A ESTABILIDADE

ESTABILIDADE ‐ é a característica que tem uma


embarcação de resistir às causas perturbadoras tendentes a
variar sua posição normal de equilíbrio.

É medida pelo momento que se forma toda vez que a


embarcação é desviada da posição normal de equilíbrio em que
se encontrava.

61
Pag.40

61
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

ESTABILIDADE

Portanto, a estabilidade deve ser considerada tanto no sentido


transversal como no sentido longitudinal.

Transversal (BB, BE) – Medida em graus de inclinação pelo


clinômetro (Figura 15).

Longitudinal (Proa, Popa) – Medida por diferença de calado e


nas plataformas semi‐submersíveis, por um clinômetro no
sentido longitudinal.

62
Pag.40

62
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

RESERVA DE FLUTUABILIDADE
É composta de todos os compartimentos estanques que
somados permitem uma segura flutuabilidade para a
embarcação. Caso, por algum motivo, venham a perder sua
reserva de flutuabilidade, certamente naufragará.
A flutuabilidade apresenta‐se de 03 maneiras:
Positiva – A embarcação tem flutuabilidade positiva se seu peso
total é menor que o peso do volume da água deslocada por toda
a parte estanque de seu casco.

Negativa – É o contrário da flutuabilidade positiva.

Neutra – Quando os dois pesos são iguais, tende a embarcação a


ficar em posição indiferente quando imersa n’água.

63
Pag.40

63

21
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

CONCEITOS RELATIVO À EMBARCAÇÃO

Calado – É a distância vertical entre o plano da linha d’água, ou


Linha de Flutuação e a linha base K.

Borda Livre – É a distância vertical entre o plano da linha d’água


e o plano do convés principal.

64
Pag.41

64
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Deslocamento – É o peso do volume d’água deslocado pelas


obras vivas (corresponde ao peso do navio / plataforma).

Centro de Gravidade (G) – É o ponto onde se supõe que esteja


aplicada a resultante de todos os pesos existentes a bordo.

Centro de Empuxo ou Carena (B) – É o Centro Geométrico das


Obras Vivas do navio/ plataforma.

Forças atuando sobre uma embarcação ‐ Em águas tranquilas, 


uma embarcação estará sempre sob a influência de duas forças:

65
Pag.41

65
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

CONCEITOS RELATIVO
À EMBARCAÇÃO

Forças atuando sobre uma embarcação – Em águas tranqüilas,


uma embarcação estará sempre sob a influência de duas forças.
1) Força de Gravidade – Aplicada de cima para baixo, é a
resultante de todas as forças dos pesos de bordo, incluindo
estrutura, equipamentos, carga etc.
2) Força de Empuxo – Aplicada de baixo para cima, no Centro de
Empuxo ou Carena, (Centro Geométrico das Obras Vivas),
resultante da pressão da água exercida sobre o casco do navio.

66
Pag.42

66

22
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

FATORES QUE ALTERAM A ESTABILIDADE E


FLUTUABILIDADE
1) Deslocamento de Pesos:
BB/BE – Altera a Estabilidade Transversal.

Proa/Popa – Altera a Estabilidade Longitudinal.
Na Vertical 
‐ Para cima, diminui a Estabilidade.
‐ Para baixo, aumenta a Estabilidade.

67
Pag.42

67
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

FATORES QUE ALTERAM A ESTABILIDADE E


FLUTUABILIDADE
2Alteração de Pesos:
Quando se aumenta ou se diminui
peso a bordo de uma embarcação,
alteramos não apenas seu calado e seu
deslocamento, mas também sua
estabilidade.
Pesos acrescentados acima do
Centro de Gravidade, diminuem a
estabilidade e colocados abaixo,
aumentam a estabilidade.
Pesos acrescentados na Proa ou na
Popa farão com que a embarcação
adquira ou varie o TRIM no mesmo
sentido.

68
Pag.42

68
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

FATORES QUE ALTERAM A ESTABILIDADE E


FLUTUABILIDADE
3) Efeitos de Superfície Livre
Efeito de Superfície Livre ‐ Ex:
Compartimento semi‐alagado.
Efeito de Água Aberta ‐ Ex: Abertura nas
Obras Vivas.
Marcas de Calado: São marcações feitas a
Vante (AV), a Ré (AR) e a Meia‐Nau (MN), em
pés ou polegadas, ou pelo Sistema Métrico
Decimal. Têm como finalidade Indicar o
volume de casco imerso na água e projeções
abaixo da quilha.

69
Pag.43

69

23
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

DISCO DE PLIMSOLL
É utilizado para fazer a marcação do Limite da Borda Livre
no costado das embarcações (Figura 19). Esta marca é vistoriada
de 5 em 5 anos, com o objetivo de verificar as condições de
flutuabilidade, estanqueidade da embarcação.

Pag.44

70
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

CONCEITOS RELACIONADOS À
ESTANQUEIDADE

Estanqueidade é capacidade de não permitir a entrada de


água. As embarcações, por força de legislação internacional, são
construídas de forma celular, ou seja, construídas de forma que
seus compartimentos (células) sejam totalmente estanques.
Dessa forma, caso haja uma avaria em um determinado
compartimento, gerando uma “água aberta”, torna‐se possível
isolar este compartimento do restante da embarcação.

71
Pag.44

71
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

ESTANQUEIDADE

Estanqueidade ao Óleo ‐ É a que não permite vazamento de


óleo (derivado de petróleo), quando sob pressão de uma coluna
de óleo equivalente à altura do compartimento.

Estanqueidade à Água ‐ É a que não permite nenhum


vazamento d’água, quando sob pressão de uma coluna de água
igual à altura do compartimento.

Estanqueidade às Chamas ‐ É a que não permite a passagem de


chamas. É exigida onde se deseja impedir a propagação das
chamas que possam normalmente existir nestes
compartimentos, em virtude dos trabalhos ali realizados e para
maior segurança do pessoal a bordo.

72
Pag.45

72

24
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

SISTEMAS DE EVACUAÇÃO E ABANDONO

O Sistema de evacuação marítima é composto por dispositivos


destinados a realizar uma transferência rápida de pessoas do convés
de embarque de um navio ou plataforma para uma embarcação de
sobrevivência flutuando.

Evacuação: é uma medida preventiva e ordenada diretamente pela


COORDENAÇÃO DE EMERGÊNCIA da plataforma quando este
recebe um feedback de quem esteja no comando direto do combate à
emergência, de que esta está sendo apenas contida, não havendo
progresso quanto ao controle da situação.

- com o auxílio de embarcações de apoio;


- através da cesta de transbordo; ou
- através do apoio de helicópteros.

73
Pag.45

73
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

SISTEMAS DE EVACUAÇÃO E ABANDONO

Abandono: é uma medida emergencial e


acontece quando há a perda do controle da
emergência, ou seja, se é incêndio vai pegar
fogo até o final, se é água aberta não há como
evitar o naufrágio, se é vazamento severo de
gás, vai vazar até encontrar uma fonte de
ignição e irá explodir. Nestes casos, todos os
ocupantes da unidade deverão se retirar.

74
Pag.45

74
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA EVACUAÇÃO


E ABANDONO
As plataformas são equipadas com vários meios de abandono:

Meios primários ‐ são as baleeiras ;
Meios secundários ‐ são as balsas salva‐vidas infláveis.

• Como medida de prevenção, as pessoas a bordo devem ser


conduzidos ao ponto de reunião predefinido na embarcação no plano
de segurança.
• A tripulação e profissionais encarregados dos passageiros deverão
atuar de forma positiva a fim de prevenir a ocorrência de
manifestações de pânico, mantendo a calma de todas as pessoas que
se deslocam para o ponto de encontro.

75
Pag.46

75

25
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Neste momento, havendo recursos externos o gerente de a plataforma


poderá determinar a evacuação das pessoas para estes recursos.

• O abandono da unidade, por se tratar de uma medida extrema, se


• justifica quando a embarcação não mais fornecer condições seguras a
seus ocupantes.
• A evacuação, por outro lado, é medida de gerenciamento de
segurança, com base no princípio da precaução, e deve ser
determinada sempre que exista risco de a emergência não ser
controlada.

76
Pag.47

76

AÇÕES PARA O RESGATE ATRAVÉS DE


Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

EMBARCAÇÕES OU AERONAVES:

OPERAÇÃO PARA SALVAR PESSOAS EM PERIGO E


ATENDER ÀS SUAS NECESSIDADES MÉDICAS
INICIAIS, OU A OUTRAS NECESSIDADES, E LEVÁ-
LAS PARA UM LOCAL SEGURO.
PELA ÁGUA
Com embarcação
de resgate
RESGATE DE
NÁUFRAGOS

PELO AR
Com helicóptero

77
Pag.47

77
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

RESGATE COM UTILIZAÇÃO DE EMBARCAÇÃO


Quando o resgate é desenvolvido utilizando‐se
embarcações, geralmente utiliza‐se um barco de resgate ou
alternativamente outro tipo de embarcação, de preferência
embarcação miúda, de modo a facilitar a operação (Figura 40).
De um modo geral e na atualidade, as plataformas estão
equipadas com FRB (Fast Rescue Boat) – Barco de Resgate
Rápido, que possui características próprias tais como:

78
Pag.48

78

26
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

RESGATE COM UTILIZAÇÃO DE EMBARCAÇÃO


• Comprimento mínimo de 6m (3,8m para embarcações de
sobrevivência e salvamento) e não superior a 8,5m incluindo as
estruturas infladas ou as defensas fixas.
• Ter uma autonomia mínima de 4 horas a uma velocidade não
inferior a 20 nós em águas calmas com uma tripulação de 3
pessoas, e de pelo menos 8 nós quando carregado com toda a sua
lotação de pessoas e com toda a sua dotação de equipamentos.
• Deverão ser capazes de desemborcar sozinhas ou de serem
facilmente desemborcadas por no mínimo dois de seus tripulantes.
• Deverão ser capazes de esgotar água rapidamente de seu interior.

79
Pag.48

79
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

- Deverão ser governadas por meio de um timão,


localizado na posição afastada da cana de leme.
- Possuir um sistema de governo de emergência,
proporcionando um controle direto do leme, sistema de jato
d’água (sistema Kamewa), motor de popa ou rabeta
automática.
- Os motores do FRB deverão parar automaticamente
através do dispositivo do “homem morto” que deverá entrar
em funcionamento se o operador cair n’água ou se o FRB
emborcar.

80
Pag.48

80
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

• O projeto dos sistemas de combustível ou de óleo


lubrificante deverá impedir a perda de mais de 250ml de
óleos combustível ou lubrificante do sistema de
propulsão, caso o FRB emborque.
• Os FRB deverão, se possível, ser dotados de um
dispositivo fixo de suspensão por um único ponto.
• Deverá possuir um rádio VHF fixo e que seja estanque à
água.
• Deverá ter espaço para conter uma maca com uma
pessoa nela deitada.

81
Pag.48

81

27
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

RESGATE COM UTILIZAÇÃO


DE EMBARCAÇÃO
A tripulação que compõe o grupo de resgate deve passar por
um treinamento de certificação muito específico, de modo a
proceder a um bom resgate quando necessário.

Deve‐se levar em consideração que, muitas vezes, as vítimas


de queda de uma unidade no mar poderão se encontrar
traumatizadas no momento do resgate, apresentando fraturas,
inclusive de coluna. Por essa razão é que se torna necessário que a
equipe de resgate, seja bastante eficiente e treinada, a fim de
minimizar os riscos de agravamento da situação do náufrago, a
qual poderá levá‐lo inclusive a morte.

82
Pag.49

82
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

RESGATE PELA ÁGUA

Recuperação da vítima

83
Pag.49

83
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

RESGATE COM UTILIZAÇÃO DE HELICÓPTERO


A utilização do helicóptero como meio de resgate no mar, na área
offshore, está restrita ao emprego de helicópteros da Força Aérea
Naval (Marinha do Brasil), por razões técnicas.
Para a utilização dos helicópteros empregados no transporte na
atividade offshore, é necessário que estes tenham um equipamento
denominado HOST – Guincho de Resgate. Além da presença deste
equipamento complementar, a aeronave deverá ter em sua tripulação,
um mergulhador de resgate, que é o tripulante especializado para
saltar no mar para prender o náufrago à alça de resgate (eslinga) para
posterior embarque na aeronave.

84
Pag.49

84

28
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Existem 4 importantes regras 
durante o processo de 
içamento por helicóptero:

1. Deixar o cabo aterrar 
(descarregar a eletricidade 
estática);
2. Não sentar no cabo;
3. Manter o cinto e o cabo do 
guincho a sua frente; HOST
(ESLINGA)

4. Não tentar ajudar o tripulante 
durante o embarque no 
helicóptero, pois isso pode causar a 
sua queda do cinto.

85
Pag.50
Pag.50

85
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Conforme NORMAM 1, capítulo I, seção II, item f, todo pessoal embarcado
nas plataformas fixas e móveis, FPSO, FSO e navios‐sonda deverá receber
treinamento nos procedimentos para sobrevivência por meio de exercícios
de abandono e de incêndio. Esses exercícios deverão ser conduzidos 
semanalmente,
de modo a que todos a bordo participem pelo menos uma
vez por mês. Os exercícios deverão ser conduzidos de modo a assegurar
que todas as pessoas estejam cientes das suas estações de emergência e
sejam capazes de executar rápida e corretamente as ações que lhes forem
atribuídas na Tabela de Postos de Emergência nos seguintes eventos:

‐ Incêndio a bordo;
‐ Colisão e/ou outros acidentes sérios;
‐ Tempestade e estado de mar muito severo;
‐ Homem ao mar; e
‐ Abandono da embarcação.

86
Pag.50

86
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA EMBARQUE


E DESEMBARQUE EM HELICÓPTEROS

Por ser um meio de transporte seguro, comparado às


alternativas disponíveis na indústria offshore, o helicóptero é
bastante eficiente e útil.
OCUPAÇÃO DA AERONAVE
Ao ocupar um helicóptero para a viagem sobre o mar,
deve‐se, antes de tudo, colocar o colete salva‐vida.
Após adentrar a aeronave e ocupar a poltrona, colocar
corretamente o cinto de segurança, bem justo ao corpo, de
modo a evitar que, no caso de algum impacto, venha a sofrer,
por exemplo, uma ruptura de algum órgão interno, produzida
pelo cinto frouxo.

87
Pag.50

87

29
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

OCUPAÇÃO DA AERONAVE

Se o embarque / desembarque se der com o rotor principal girando,


obrigatoriamente deve‐se de fazê‐lo no sentido perpendicular ao eixo
longitudinal da aeronave.
Isto se deve ao perigo presente na área da proa da aeronave
devido à flapagem (oscilação) que a asa rotativa produz, podendo
produzir acidente em quem, inadvertidamente, passar neste setor.

88
Pag.51

88
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

OCUPAÇÃO DA AERONAVE

O perigo também está presente na área da cauda, pela


presença do rotor de cauda que, em alto giro, geralmente não é
percebido, razão pela qual se costuma pintar com uma cor
chamativa a ponta do rotor.
Durante a permanência numa aeronave, qualquer objeto
de forma pontiaguda ou que possa vir a provocar lesões perfuro‐
cortantes como, por exemplo, caneta, óculos, lápis etc. deverão
ser guardados. Esses objetos podem se transformar em mísseis
no caso de impactos, pois estarão soltos e livres durante esses
eventos.

89
Pag.51

89
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

OCUPAÇÃO DA AERONAVE

Também durante o embarque / desembarque, objetos


soltos como coberturas (chapéu, boné etc.), papéis, ou coisas
que possam ser lançadas ou engolidas por turbinas deverão ser
evitadas.

A experiência mostra que não há dois acidentes iguais


envolvendo aeronaves, dessa forma é impossível planejar cada
contingência. No entanto, o treinamento é de suma importância
para aumentar as chances de sobrevivência no caso de um
sinistro, embora não garanta completamente a sobrevivência das
pessoas se houver queda do helicóptero.

90
Pag.51

90

30
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

ESTUDOS DE ACIDENTES OCORRIDOS


DEMONSTRAM QUE OS SEGUINTES FATORES
AGRAVAM A SITUAÇÃO DOS ENVOLVIDOS:

‐ Pânico

‐ Desorientação

‐ Ignorância ou falta de conhecimento do equipamento de 
segurança a bordo e do procedimento de emergência.

Falta de entendimento dos procedimentos de evacuação 
submersa.

91
Pag.52

91

• Existem, hoje, treinamentos específicos para orientação de evacuação


Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

submersa, aumentando muito as chances de sobrevivência.


• A Figura abaixo apresenta a sequência de um pouso forçado de um
helicóptero, em meio líquido, quando a tendência após o pouso é o seu
emborcamento. Isso acontece pela conjugação dos fatores:

‐ Entrada de água na cabine (perda da flutuabilidade) e o peso do motor.


‐ Rotor sobre a mesma (perda da estabilidade).

Portanto, a ação de tripulantes e passageiros é a de evacuar antes que isso


aconteça, mas caso não haja tempo para o abandono, todos devem saber como
agir para com a aeronave submersa e emborcada.

92
Pag.52

92
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

PARA AJUDAR NUMA EMERGÊNCIA, LEMBRE‐SE:

Conhecimento e treinamento preparam;

Atitude positiva e confiança em sua própria habilidade aliviam as


tensões;

Use o medo para trabalhar a ser favor e não contra.

A combinação desses pontos forma o triângulo de segurança:

93
Pag.53

93

31
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

IMPORTANTE

O conhecimento adquirido durante o


treinamento aumenta as chances de sobrevivência em
um acidente de helicóptero. A atitude decidirá, no final
das contas, se você sobreviverá até o resgate. Qualquer
atalho reduzirá suas chances de sobrevivência.

94
Pag.53

94
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

TÉCNICAS DE SOBREVIVÊNCIA NO MAR

EQUIPAMENTOS DE SALVATAGEM
E SOBREVIVÊNCIA

As unidades marítimas são dotadas de vários tipos de


equipamentos para assegurar uma eficiente evacuação ou
abandono das unidades marítimas.
Veremos, a seguir, como são e de que dispõem esses
equipamentos para garantir a sobrevivência humana no mar.

95
Pag.54

95
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

BÓIAS SALVA-VIDAS

 Retinida flutuante;
• Dispositivo de iluminação automática (facho
holmes);
• Sinal fumígeno flutuante laranja.

96
Pag.54

96

32
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

BÓIAS SALVA-VIDAS
 As bóias salva-vidas que são usadas a bordo das
plataformas offshore, têm um dimensionamento próprio,
40 cm de diâmetro interno e 80 cm de diâmetro externo.
Estão dispostas de 24 em 24 metros de modo a que o
usuário se desloque menos que doze metros para lançar
mão de uma delas.
 São confeccionadas para resistir a uma queda na
água da altura em que estiverem estivadas até a linha de
flutuação, com o navio na condição de viagem mais leve,
ou de uma altura de 30 m, a que for maior, sem prejudicar
a capacidade de funcionamento dos seus componentes.
São providas de cabos retinidas de 9,5 mm, cujo
comprimento deverá ser igual ao dobro da altura dela
estivada ou 30 metros, o que for maior.

97
Pag.54

97
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

COLETES SALVA VIDAS

As embarcações nacionais, e as estrangeiras


operando em AJB, em função do seu porte, área de
navegação e serviço, dotarão coletes salva-vidas
homologados pela Autoridade Marítima – DPC,
mediante expedição de Certificado de Homologação,
devendo estar em bom estado de conservação e
dentro dos prazos de validade ou de revisão, quando
aplicável.

dbwAngler.mpeg

98
Pag.55

98
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Para os coletes salva-vidas de origem estrangeira


empregados a bordo de embarcações nacionais , para os
quais as Convenções e Códigos Internacionais exijam
ser do “tipo aprovado”, serão aceitos os documentos
respectivos emitidos pela Autoridade Marítima do país
de origem, desde que esses declarem explicitamente que
o colete salva-vidas foi aprovado de acordo com os
requisitos ou regras estabelecidas na convenção ou
código Internacional à qual está vinculado.

Caso o certificado emitido não seja redigido em


Inglês, deverá conter em apenso uma tradução para o
Português.

99
Pag.55

99

33
COLETE SALVA-VIDAS INFLÁVEL
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

• Existem cinco classes de coletes salva-vidas, a saber:


• Classe I - Solas (cumpre com todas as exigências da
Convenção citada)

As demais classes, devido ao tipo de navegação ou ao


serviço, permitiu que a Autoridade Marítima brasileira
abrandasse as exigências da Convenção SOLAS, como:

•Classe II – navegação em mar aberto (cabotagem), não


SOLAS
• Classe III - navegação interior
• Classe IV - trabalho
•Classe V – esportivo

100
Pag.55

100
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

COLETES
CLASSE II: Águas jurisdicionais brasileiras
(cabotagem), não tem luz.

CLASSE III: Águas abrigadas (não tem capacidade de


giro).

101
Pag.55

101
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

• CLASSE IV: - Serviço

• CLASSE V: Para uso na navegação interior em


embarcações de esporte e/ou recreio

102
Pag.55

102

34
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

CARACTERÍSTICASPRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS:

– COLETE SOLAS CLASSE I

1) Não continuar a queimar após 2 segundos envolvido


totalmente em chamas;
2) Todos possam vesti-lo corretamente em menos de 1
minuto sem ajuda;
3) Ser confortáveis para usar;
4) O usuário ao pular de uma altura de 4,5 metros, não
deverá sofrer ferimentos e nem o colete sair do
lugar, ou seja danificado;
5) Manter a boca do usuário, exausto ou inconsciente,
a uma distância não inferior a 12 cm e o corpo
inclinado para trás em um ângulo não inferior a 20;
103
Pag.55

103

COLETE SALVA-VIDAS INFLÁVEL


Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Os utilizados a bordo de embarcações e de


acionamento automático, onde o acionamento se faz
através de uma pastilha de sal, bastando para isto, o
contato direto com a água e vem em um caso de
impedimento do usuário para acioná-lo, fazê-lo
automaticamente.
Os utilizados em aeronaves, tendo aí a necessidade
de um acionamento manual, através de acionadores
localizados na base do colete e também por via oral, a
partir do momento em que o enchimento não se dê com
o auxílio da garrafa de CO2.

104
Pag.56

104
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

6) Girar o corpo do usuário inconsciente na água, de


qualquer posição, para outra em que a sua boca
fique afastada da água, no máximo em 5 segundos;
7) A flutuabilidade não deverá ser reduzida em mais de
5%, após 24 horas de submersa;
8) Ter uma fonte de energia capaz de prover
intensidade luminosa de 0,75 candelas por um
período mínimo de 8 horas;

105
Pag.56

105

35
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

9)Deverá ser dotado de um apito preso por


cabo, fitas retro-refletidas e incrições
contendo o porto de registro da embarcação;

10) Possuir marcas visíveis indicando as


informações relativas à sua aprovação,
inclusive a Administração que os aprovou.

106
Pag.56

106
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

CUIDADOS COM O COLETE SALVA VIDAS:

‐ Os coletes salva‐vidas deverão ser estivados de modo a


estarem prontamente acessíveis, e sua localização deverá
ser bem indicada em conformidade com o Plano de
Segurança da embarcação;
‐ Os coletes salva‐vidas da embarcação deverão ser guardados
em local arejado e com temperatura ambiente;
‐ Para maior durabilidade e segurança, não colocar objetos
pesados sobre os coletes salva‐vidas, nem utilizá‐los para
outra finalidade;
‐ Após seu uso lavar os coletes salva‐vidas com água doce e
deixá‐los secar antes de guardá‐los.

107
Pag.56

107
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

EMBARCAÇÕES QUE PODEM SER UTILIZADAS


PARA ABANDONO E SOBREVIVÊNCIA
Baleeira
- Embarcação de sobrevivência - Embarcação capaz de
preservar a vida das pessoas em perigo, a partir do
momento em que abandonam uma embarcação.

108
Pag.57

108

36
BALEEIRA
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Tanto as baleeiras como as cápsulas possuem, ainda,


outras características que as elevam à categoria de embarcações
seguras, capazes de retirar o pessoal com total segurança durante
emergências perigosas. São elas:

• Capacidade de suportar elevadas temperaturas, contando, para


estes casos, de um sistema de sprinklers para ser ativado nestas
condições.

• Permitem serem lançadas, pela ativação de um sistema interno;


também possuem um sistema capaz de permitir a sua desconexão
(máximo 4,5 metros) com os gatos de sustentação, sem necessitar
que para isso alguém vá ao lado externo.

• São dotadas de um sistema que permite seu lançamento em


queda livre, no caso de haver uma parada durante seu lançamento.

109
Pag.58

109

BALEEIRA
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Sistema de ar autônomo Sistema de borrifo

110
Pag.58

110

BALEEIRA
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

111
Pag.58

111

37
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Os símbolos que identificam alguns dos


equipamentos citados estão ilustrados abaixo:

112
Pag.58

112

BALEEIRA
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Baleeira do tipo FREE FALL - São embarcações que


não precisam, para serem lançadas, da ajuda de cabos
de sustentação. Seu turco nada mais é do que uma
rampa com uma certa inclinação e onde está colocada
a baleeira que desliza sobre ela e atinge a água
livremente.

113
Pag.59

113

BALEEIRA
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Todas as baleeiras possuem uma palamenta a bordo, que


garante a sobrevivência de seus ocupantes . A palamenta é
todo o material destinado ao uso em sobrevivência, que
dotam as embarcações de sobrevivência rígidas ou
infláveis e que são compostas de material de manutenção
e reparo, equipamentos de sinalização e comunicação
assim como ração, líquida e sólida, material de pesca,
primeiros socorros, de movimentação, etc.

114
Pag.59

114

38
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

BALSA SALVA-VIDA

Meio secundário de sobrevivência, formado por dois


flutuadores sobrepostos.

Na sua parte inferior, estão instaladas quatro ou


mais bolsas de estabilidade que são preenchidas com a
própria água em que esteja flutuando.

Ainda na parte inferior, encontra(m)-se instalada(s)


a(s) garrafa(s) contendo a mistura gasosa CO2 + N2.
Na parte superior encontra-se a capuchana, ou
cobertura.

115
Pag.59

115

BALSAS SALVA-VIDAS - ACESSÓRIOS DE


EMBARQUE

116
Pag.60

116
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

BALSA SALVA-VIDA

Também aí, encontra-se instalado um conjunto


de duas calhas e um furo, o qual tem contato com o
interior da balsa e que tem como função o
recolhimento de água da chuva.
Em balsas com capacidades maiores, existem a
cobertura e o subteto. Este conjunto tem a função de
proporcionar maior conforto térmico aos ocupantes, já
que existe, entre as duas coberturas, um colchão de ar.
Pelo mesmo princípio, as balsas possuem um
duplo fundo cuja finalidade é fazer o isolamento
térmico dos ocupantes quando a água estiver com
temperatura baixa, utilizando-se para tal o auxílio de
uma bomba manual.

117
Pag.60

117

39
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

BALSAS SALVA-VIDAS
ACESSÓRIOS DE EMBARQUE

Em resumo, as balsas salva-vidas têm como


características principais:

– Possui duas câmaras de flutuação estanques;


– Piso inflável;
– Rampa de embarque semi-rígida e escada;
– Pode ser desemborcada por uma pessoa;
– Resiste à exposição de 30 dias ao tempo, flutuando
em qualquer condição de mar;

118
Pag.60

118
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

BALSAS SALVA-VIDAS
ACESSÓRIOS DE EMBARQUE

– Resiste a repetidos saltos de uma altura de 4,5


metros;

– Sua cobertura deve proporcionar proteção contra o


frio e o calor;

– Com capacidade p/ mais de 8 pessoas, devendo,


neste caso, ter 2 entradas.

– Sua cobertura é dotada de, pelo menos, 1 vigia,


como meio de coletar água da chuva;

119
Pag.61

119
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

QUANTO AO SEU ACIONAMENTO

As balsas instaladas a bordo de navios e plataformas de um


modo geral estão colocadas e amarradas sobre um berço
soldado à estrutura .

Instalação de balsa salva‐vidas à bordo. Na foto menor, detalhe


da liberação hidrostática.

120
Pag.61

120

40
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

QUANTO AO SEU ACIONAMENTO

Em plataformas semi-submersível, jack up, FPSO


e navios, a amarração das balsas é feita com a adoção
de uma válvula hidrostática, cuja a finalidade é liberar o
casulo, se houver afundamento destas unidades, com
posterior acionamento da balsa, chegando esta à
superfície totalmente inflada.

Obs: As balsas de marca Viking, atualmente


realizam um pré-lançamento da âncora flutuante quando
inflando, com a finalidade de dar oportunidade dos
náufragos realizarem a abordagem quando esta atingir a
superfície, já que diminuem a deriva.

121
Pag.61

121
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

QUANTO AO SEU ACIONAMENTO

As balsas também podem ser acionadas manualmente,


isto é, desatrelando a amarração e lançando o casulo ao mar,
pega‐se o cabo de acionamento que está fixado à válvula
hidrostática (que continua presa ao berço), tira‐se o excesso de
cabo do casulo e quando este ficar tenso, dá‐se um tranco,
acionando assim a válvula da(s) garrafa(s) que injetará a
mistura gasosa CO2 + N2 nos flutuadores, inflando a balsa.
Também existe a balsa turcada, que encontra‐se fixada
ao berço, da mesma maneira que a balsa de lançamento
manual e, portando, tendo também uma válvula hidrostática,
possibilitando assim que esta também se infle
automaticamente.

122
Pag.61

122
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

QUANTO AO SEU ACIONAMENTO

A balsa turcada, quando instalada, deverá ter o


apoio de um turco. O procedimento de inflagem se dá
do seguinte modo:
- Retirar a tampa de neoprene da janela do casulo e a
fita que o prende ao berço;
- Descobrir o anel pera, conectando-o ao gato do
turco;
- Girar o turco para fora do costado;
- Manter os dois cabos de aproximação a bordo e
seguros por
duas pessoas;
- Disparar o cabo de acionamento;

123
Pag.61

123

41
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

- Inflada a balsa, aproximar-se do convés e, então,


proceder à ocupação da balsa;

-Em seguida, acionar a empunhadura do contrapeso do


turco para que a balsa comece a descer;

- No mar, aciona-se a empunhadura de abertura do gato


e, assim, libera-se a balsa, afastando-a do contrabordo
para uma posição distante e segura, à espera de
resgate.

124
Pag.62

124
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

BALSA RÍGIDA

A Balsa Rígida é um outro tipo de balsa.

125
Pag.62

125
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

EMBARCAÇÃO DE SALVAMENTO

DEFINIÇÃO:

Embarcação de salvamento é uma embarcação


concebida para salvar pessoas em perigo e conduzir as
embarcações de sobrevivência.

126
Pag.62

126

42
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

PONTOS DE REUNIÃO E ESTAÇÕES DE ABANDONO

Ponto de reunião são locais predeterminados onde 
se reúnem as pessoas não envolvidas nas fainas de 
emergência. Essas pessoas são orientadas pelo líder
da equipe, conforme instruções do coordenador geral da 
emergência, de forma ordenada e segura. 

Postos de abandono são os locais previamente definidos para 
a concentração das pessoas que abandonarão a unidade; 
normalmente esses postos estão localizados o mais próximo 
possível das embarcações de sobrevivência (baleeiras e 
balsas). 
São locais seguros e adequados para se iniciar uma ação de 
abandono durante uma emergência.
127
Pag.63

127
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

PROCEDIMENTOS DENTRO DA ÁGUA

PROCEDIMENTOS DE ABANDONO

O ato de abandonar uma embarcação significa que se perdeu


por completo o controle sobre a emergência presente. Neste
momento, deve-se deixar para trás bens e afeições as coisas
materiais.
Se tiver de levar algo para bordo das embarcações de
sobrevivência, que sejam coisas que possam trazer mais chances de
sobrevivência, tais como: barras de chocolate, doces embalados,
água, roupas abrigadas etc. Portanto, não se deve levar mala cheia
de pertences, pois ocupará espaço e não trará benefício algum.

Sempre que se fizer um abandono, deve-se utilizar as


embarcações ali presentes e que foram projetadas para
sobrevivência, oferecendo conforto e segurança.

128
Pag.65

128

PROCEDIMENTOS DE ABANDONO
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

O salto na água, como meio de abandonar a unidade, é DESACONSELHÁVEL E

INDESEJÁVEL.
A altura do salto pode causar lesões nas pessoas.
Além disso, tem-se o problema da hipotermia, considerada a maior causa de
mortes em sobrevivência no mar.

O salto na água só é aconselhável, quando se é


pego de surpresa, quando a pessoa se sente cercada
por uma emergência qualquer e que tenha de se
lançar na água.
Antes de fazê-lo, verifique, nas proximidades, a
presença de uma bóia salva-vidas, lance-a à água e
posteriormente faça um salto reto e de pé. Na água,
utilize a bóia convenientemente.
129
Pag.65

129

43
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

130
Pag.65

130
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

PROCEDIMENTOS DE ABANDONO

Na ausência da bóia, verifique nas


imediações, a existência de qualquer material que possa
lhe dar apoio de flutuabilidade, tais como bombonas
vazias, um saco plástico, pedaços de madeira, isopor
etc., e o lance na água.

Não havendo nenhuma destas alternativas, e se tiver


necessidade, salte na água. Utilizando sua calça
improvise uma bóia, dando um nó em cada perda da
calça e fazendo entrar pela cintura uma quantidade de ar
que venha a inflar a mesma; ao se esvair o ar, volte a
fazer a manobra até a chegada do resgate.

131
Pag.65

131

A ALTURA DO SALTO PODE CAUSAR LESÕES


Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Se o salto na água se der a mais de 4,5 metros, para evitar lesões,


deve‐se grupar para este salto, ou seja, deve‐se colocar os dedos polegar
e indicador para fechar as narinas e, com a mesma mão, fecha‐se a boca;
com o braço desocupado, passa‐se por cima do que está sendo
empregado e segura‐se o colete (se estiver vestido com ele) de modo a
evitar um movimento vertical do mesmo, ficando assim exposto a
ferimentos que serão produzidos pelos tirantes que passam entre as
pernas. Sem o colete, o procedimento é o mesmo, porém será
necessário cruzar o braço de modo a diminuir a área de impacto contra a
superfície do mar.

132
Pag.65

132

44
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Náufrago na Água
A maior causa de morte em emergências no mar é a
hipotermia por imersão, que pode ser definida como a
diminuição da temperatura do corpo causada pela
exposição do náufrago a ambientes frios, principalmente
no caso de imersão em água fria.
Dependendo da temperatura da água, a imersão de
alguns minutos pode ser suficiente para matar uma
pessoa por hipotermia.

Hipotermia por imersão: Caracteriza-se a hipotermia


através da diminuição da temperatura interna do
corpo, causada por uma exposição excessiva ao
ambiente frio.

133
Pag.65

133
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

134
Pag.65

134
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

EXPECTATIVA DE SOBREVIVÊNCIA DE UMA


PESSOA IMERSA NA ÁGUA, SEM A
PROTEÇÃO ADEQUADA

ESTIMATIVA DO TEMPO DE
TEMPERATURA DA ÁGUA
SOBREVIVÊNCIA DE UMA
(º C)
PESSOA IMERSA NO MAR
(HORAS/MINUTOS)
ABAIXO DE 1,6 MENOS DE 15 MINUTOS
4,4 MENOS DE 1h 30m
MENOS DE 3h (SÓ 50% DAS
10 PESSOAS CONSEGUEM
SOBREVIVER POR MAIS DE 1
HORA
15,6 MENOS DE 6h
21,1 MENOS DE 12h (DEPENDENDO
DA RESISTÊNCIA INDIVIDUAL)
ACIMA DE 21,1 INDEFINIDO (DEPENDENDO DA
FADIGA DO HOMEM)

135
Pag.66

135

45
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Sendo assim, a pessoa que estiver dentro da água


também deve adotar os procedimentos adequados com
o objetivo de reduzir a perda de calor do seu corpo.
Para preservar o calor do corpo, quando na água, a
pessoa deverá assumir a posição HELP (High Scape
Listem Position), visto que em algumas áreas do corpo,
a circulação periférica ainda se faz presente, mesmo em
águas de temperatura baixa. A posição vista na figura
31, é própria para a pessoa que se encontra sozinha na
água.
POSIÇÃO HELP

POSIÇÃO HELP ATUAL

136
Pag.67

136
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Quando houver um grupo de pessoas na água, aconselha‐se


que permaneçam em posição HUDDLER ou CÍRCULO DE
SOBREVIVÊNCIA, de modo a preservarem a temperatura do
corpo, como pode ser visto abaixo:

Posição bem formada, com Posição mal formada, com as


disposição compactada pessoas dispersas

137
Pag.67

137
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

138
Pag.67

138

46
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Em situações de emergências reais,  para prevenir  manifestações 
negativas de desespero e pânico, o encarregado da faina deverá 
estar habilitado a aplicar técnicas de controle de pânico, tais como:

‐ manter‐se em frente das pessoas (tripulantes, passageiros e 
visitantes);
‐ falar claramente, em tom um pouco acima do normal (evitar gritar;
caso tenha que gritar, faça‐o em poucas palavras);
‐ gesticular ou direcionar os tripulantes somente com as palmas
das mãos abertas, para evitar interpretação de agressividade;
‐ manter‐se à vista das pessoas;
‐ manter contato com as equipes de resgate, se possível;
‐ manter as pessoas informadas do evento se possível;
‐ atribuir pequenas tarefas para as pessoas que compõem o grupo
de náufragos.

139
Pag.68

139
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Uma conduta confiante e positiva do líder da


sobrevivência é fundamental para manter os demais
integrantes do grupo focados em suas atribuições.
Os principais perigos que correm os náufragos em uma
embarcação de salvatagem são os seguintes:

Afogamento,
Pânico,
Solidão,
Exposição ao calor, (queimaduras) e ao frio,
Sede e fome,
Enjoo,
Água salgada, entre outros.

140
Pag.68 a 72

140
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

PROCEDIMENTOS COM A
CESTA DE TRANSBORDO

Rotineiramente, o uso da Cesta de Transbordo se faz quando


é necessária a transferência de pessoal de uma para outra
unidade e para uma embarcação.
No entanto, esse equipamento também pode ser usado por
ocasião de uma evacuação, onde então é transferido todo o
pessoal que não tem compromisso no combate a emergência,
para uma outra unidade ou embarcação até que seja
efetivamente controlada a situação de emergência.

141
Pag.72

141

47
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

PROCEDIMENTOS COM A
CESTA DE TRANSBORDO

O correto procedimento para o uso de uma cesta de


transbordo, seja da unidade para a embarcação ou vice‐versa, é:

‐ segurar na rede, colocando um dos pés na base da cesta,


mantendo o outro no convés até que seja dada a ordem para
que o operador do guindaste erga a cesta do convés;

‐ só então, após este primeiro movimento, embarca‐se o outro


pé colocando‐o junto ao que está na base da cesta. Neste
mesmo instante, cruzam‐se os braços por entre as redes da
cesta.

142
Pag.72

142
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

PROCEDIMENTOS COM A
CESTA DE TRANSBORDO

Obs: Embarcando os dois pés juntos na cesta, se estiver a


bordo de uma embarcação que se mantenha pouco estável
devido ao estado do mar, você também apresentará pouca
estabilidade. Além disso, você poderá encontrar um operador
pouco cuidadoso, e da maneira que você se encontra e tendo ele
uma máquina nova e com bastante velocidade de ascensão, você
poderá ser catapultado ou sofrer uma compressão na coluna
vertebral, acarretando uma lesão na mesma.

143
Pag.72

143
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

PROCEDIMENTOS EM EMBARCAÇÕES
DE SOBREVIVÊNCIA

--
Vista roupas adicionais, de preferência roupas de lã.
Não esqueça do colete salva-vidas;

-Verifique se é possível armazenar mais água potável;

-Leve mais sinalizadores (fumígenos e pirotécnicos),


normalmente existe um conjunto de reserva;

-Embarcar com calma, dando preferência ao embarque


direto (utilizando escada de quebra-peito, escada
rígida);

- Cortar o cabo de acionamento que prende a balsa à


unidade (procure salvar a maior quantidade de cabo
possível);
144
Pag.73

144

48
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

PROCEDIMENTOS EM EMBARCAÇÕES
DE SOBREVIVÊNCIA

- Iniciar o afastamento;

- Procurar por náufragos dentro d’água e, localizando-


os, promover o salvamento;
-Prestar os primeiros socorros a quem necessitar;
- Lançar a âncora flutuante;
- Unir as embarcações de sobrevivência por meio de
cabos, de modo a aumentar o alvo de detecção para
as equipes de busca e salvamento

145
Pag.73

145
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

PROCEDIMENTOS EM EMBARCAÇÕES
DE SOBREVIVÊNCIA

- Funcionar a EPIRB e o SART;


- Verificar possíveis furos na balsa. Localizando-os,
promover o reparo de emergência, pois o gás que infla a
balsa é asfixiante (dióxido de carbono);
- Enxugar o fundo da balsa;
- Secar as roupas;
- Distribuir tarefas e ler manuais;

146
Pag.73

146
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

PROCEDIMENTOS EM EMBARCAÇÕES
DE SOBREVIVÊNCIA

- Distribuir pílulas anti-enjôo;

- Estabelecer serviço de vigia, com duração máxima de


duas horas;
- Escalar a pessoa responsável pela guarda das rações;

- Distribuir as rações apenas após 24 horas do início da


sobrevivência;

- O encarregado deverá proceder à guarda dos


pirotécnicos e fumígenos;
- Estabelecer procedimentos de terapia ocupacional.

147
Pag.73

147

49
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

EQUIPAMENTO DE COMUNICAÇÃO
E SINALIZADORES

EPIRB – RADIOBALIZA INDICADORA DE POSIÇÃO EM


EMERGÊNCIA
EMERGENCY POSITION INDICATOR RADIO
BEACON – EPIRB, é um equipamento instalado a
bordo de navios e plataformas, em local aberto, sem
que tenha nenhum obstáculo em sua parte superior,
que o impeça, em caso de naufrágio, de vir a atingir a
superfície, já acionado e mandando sinais (Figura 33).

148
Pag.74

148
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

Sua instalação se dá com a aplicação de um


cabide, provido de uma válvula hidrostática, o que
permite sua liberação automática em caso de
naufrágio.
Cada uma dessas unidades, navio ou
plataforma, possui apenas um EPIRB.

149
Pag.74

149
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

EQUIPAMENTO DE COMUNICAÇÃO
E SINALIZADORES

Ao adquirir uma EPIRB, seu proprietário fornece ao


órgão administrador todos os dados referentes à
embarcação, seja ela navio ou plataforma. São dados
como IRIN – Código Internacional de Sinais da
embarcação, Nome da Companhia Armadora,
Telefone de contato, Número de pessoas que a
unidade é capaz de abrigar, Nome da embarcação,
Porto de Registro e outros dados pertinentes. É
implantado então, na placa eletrônica do aparelho, um
código de identificação.

150
Pag.74

150

50
EQUIPAMENTO DE COMUNICAÇÃO
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

E SINALIZADORES

EPIRB - Todo país signatário deste sistema, como o


Brasil o é, e que tem o Canadá como Administrador, terá
que possuir uma estrutura:
Estação rastreadora (Estação de Tanguá, etc),
MCC – Centro de Controle de Missão (no Brasil –
BRMCC),
RCC – Centro de Controle de Resgate – No Brasil,
SALVAMAR BRASIL (Marinha do Brasil) e Para SAR
(Força Aérea Brasileira).

151
Pag.74

151
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

EQUIPAMENTO DE COMUNICAÇÃO
E SINALIZADORES

Por outro lado, tem-se à disposição para este tipo de


serviço, uma rede de satélites, que varrem o globo terrestre e
que são do tipo COSPAS SARSAT e IMARSAT e que têm como
principal missão, detectar os sinais emitidos em forma de código
pelo aparelho, repassá-lo para a antena da estação LUT,
posteriormente enviando para o MCC, que o identifica e o
localiza em questão de 10 minutos, tomando a iniciativa de
acionar os meios cabíveis para resgate, aeronaves de asa
rotativa ou de asa dura ou embarcações, seja ela mercante ou
de guerra .

152
Pag.74

152
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

153
Pag.75

153

51
EQUIPAMENTO DE COMUNICAÇÃO
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

E SINALIZADORES

Obs: Existem similares na aviação, como o TLE


aeronáutico e de aplicação pessoal, o PLB.
A EPIRB possui também as seguintes características:
-Radiobaliza de localização via satélite em 406 MHz;
-Freqüência utilizada por grupos de resgate em 121.5
MHz;
- Autonomia de 48 horas após ativação;
- Luz Xenon de alta intensidade para visualização à
distância com 23 flashes por minuto;
- Válvula Hidrostática para liberação automática;
- Programada com MMSI – Número de Identificação do
Serviço Móvel Marítimo.
154
Pag.75

154
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

SART – SEARCH AND RESCUE TRANSPONDER

É um equipamento respondedor radar, e que


funciona até uma distância útil de 5 milhas náuticas. O
aparelho emite uma resposta para um radar de banda X,
em forma de uma linha contendo 12 pontos. De acordo
com a aproximação do navio ou aeronave de resgate do
alvo, esta linha se transforma em arcos. Quando estiver a
menos de 1.5 milhas náuticas estes arcos acabam se
transformando em círculos concêntricos. A embarcação ou
aeronave de resgate, já estará bem próximo da
embarcação de sobrevivência.

155
Pag.76

155
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

SART - SEARCH AND RESCUE TRANSPONDER

156
Pag.76

156

52
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

SINALIZADORES MANUAIS
ESPELHO HELIOGRÁFICO
Sinalizador manual, constituído de uma superfície
metálica de forma quadrada ou redonda, com alto poder de
reflexão, tendo um furo ao centro ou tendendo a um dos
vértices, constituído de um fino cabo, onde se encontra
fixado um palheta de madeira ou plástico, também com um
furo (Figura 36). Este conjunto, só deverá ser usado em
dias de Sol bastante brilhante. Para o seu pleno uso, o Sol
deverá estar localizado em quadrantes contíguos à
embarcação a qual queremos chamar a atenção,
enquadrando esta embarcação nos dois furos simultâneos
(espelho e palheta) e fazendo incidir no furo da palheta, o
reflexo dos raios captados pelo espelho.

157
Pag.77

157
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

SINALIZADORES MANUAIS

Para se ter uma idéia do poder de reflexão com


este tipo de espelho, se estiver ao nível do mar, a
distância útil para sinalização é de 10 milhas náuticas.
Em caso de aeronave, se esta estiver a uma altitude
de 9.000 à 10.000 pés, esta distância se amplia para
45 milhas náuticas.

ESPELHO HELIOGRÁFICO

158
Pag.77

158
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

FUMÍGENOS
FUMÍGENO DE 3 MINUTOS – FUMAÇA LARANJA :
Este tipo de fumígeno sinalizador (Figura 37) deverá
ser empregado quando se tiver durante o dia, uma
embarcação nas proximidades ou uma aeronave,
também nas proximidades, mas a baixa altitude. Seu
tempo útil é de 3 minutos e apresenta uma fumaça de
cor laranja.
Sua dotação nas embarcações de
sobrevivência é de quatro unidades.
Obs: Verificar sempre seu prazo de vencimento.

159
Pag.77

159

53
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

FACHO MANUAL

FACHO MANUAL DE LUZ VERMELHA: Este tipo de


pirotécnico deverá ser empregado durante a noite, para
sinalizar para uma embarcação nas proximidades ou uma
aeronave nas proximidades e a baixa altitude.
Seguindo as instruções de uso que estão no corpo
do próprio pirotécnico, sempre acioná-lo por sotavento,
principalmente se estiver a bordo de uma balsa, de modo
que os respingos resultantes da queima, não venham a
furar os flutuadores da mesma. Seu tempo útil de uso é de
60 segundos e durante esta queima, exibirá uma luz com
15.000 candelas ou velas .

160
Pag.78

160

SINALIZADORES
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

FOGUETES
FOGUETE DE ESTRELA VERMELHA COM PARA-QUEDAS
Este tipo de pirotécnico, deverá ser empregado para
sinalizar para embarcações e aeronaves que estiverem à
distância, de dia ou a noite.
Seguindo as instruções de uso que estão no corpo
do pirotécnico, sempre acioná-lo segurando-o na vertical,
em frente aos olhos, e ao fazê-lo, sempre desviar o olhar.
Em caso de explosão, não afetará seus olhos. Ao ser
acionado, ele lançará um foguete que subirá a
aproximadamente 300 metros, onde ejetará um pára-
quedas, que virá descendo durante uns 50 segundos
exibindo uma luz vermelha de 30.000 candelas ou velas .

161
Pag.78

161
Resolução A 1079 (28) e NORMAM  24 

RÁDIO VHF – TWO WAY

Rádio VHF a prova d’água, provido de dois


canais, sendo o canal 16 de chamada e um outro canal
para tráfego, geralmente o canal 6.
Existe na sala de rádio, um número destes rádios
destinados ao uso em baleeiras ou balsas infláveis,
durante um abandono.

162
Pag.78

162

54

Você também pode gostar