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UE 5.0 – Conscientização de Proteção
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CONSCIENTIZAÇÃO DE PROTEÇÃO.
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5.1.1 Reconhecimento da importância da
conscientização de todos a bordo em relação à
proteção.
Sem a efetiva participação de todos não haverá sucesso
no que se refere à proteção da unidade. O ditado mais
apropriado é: “Estamos todos no mesmo barco”.
A proteção de navios/plataformas e instalações
portuárias é diretamente proporcional à capacidade de
se perceber antecipadamente qualquer intenção ilícita e
desestimular ou mesmo interceptar e capturar os
potenciais executores antes que possam concretizar
qualquer uma dessas ações nocivas.
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5.1.2 Descrição de como informar um incidente de
proteção, incluindo pirataria e roubo armado.
Incidente de proteção significa qualquer ato suspeito
ou situação que ameace a segurança de um navio,
inclusive de uma unidade móvel de perfuração
“offshore”, de uma embarcação de alta velocidade, de
uma instalação portuária, de uma plataforma, de
qualquer interface navio/porto ou de qualquer atividade
de navio para navio ou navio para a plataforma.
Falha de proteção significa a observação de uma
irregularidade que poderia gerar um incidente de
proteção.
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A bordo, as seguintes providências devem ser
cumpridas individualmente ou em conjunto:
• Alertar embarcações ou pessoas que se aproximem
do navio de forma suspeita com holofotes ou
lanternas, sinais visuais, megafone ou rádio;
• Acender todas as luzes;
• Soar o alarme geral, caso estabelecido no plano de
proteção;
• Chamar por ajuda;
• Determinar as pessoas que não estejam envolvidas
na proteção que saiam do convés e se dirijam para os
locais abrigados previstos para este tipo de situação;
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No caso de um incidente de proteção, o navio deverá
cumprir os procedimentos do seu plano de proteção e
planos contingentes de forma a reagir e minimizar as
consequências que poderiam decorrer desse evento.
No caso de uma falha de proteção, medidas imediatas
deverão ser tomadas para corrigir as deficiências
constatadas.
O Coordenador de Proteção da Companhia (CSO) e as
autoridades marítimas e portuárias da área deverão ser
imediatamente informadas.
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5.1.3 Definição, termos e elementos relativos à
proteção marítima.
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5.1.4 Legislação Nacional e Internacional de
Proteção Marítima.
As normas internacionais referentes à temática da
proteção marítima encontram-se em convenções
internacionais e resoluções da ONU e da IMO.
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2002 - Conferência Diplomática para a Proteção
Marítima introduzindo modificações na Convenção
SOLAS:
- Capítulo V - Regra 19 – estabeleceu o Sistema
de Identificação Automática – AIS;
- Capítulo XI-1 - Regra 3 – estabeleceu o número
de Identificação do Navio e a Regra 5 - estabeleceu o
Registro Contínuo de Dados (RCD);
- Capítulo XI-2 – Regra 6 – estabeleceu o Sistema
de Alerta de Proteção do Navio (SSAS), a adoção do
código ISPS; e
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- Regra 9.1 – estabeleceu o controle de navios no
porto – limitada à verificação da existência de um
Certificado Internacional de Proteção do Navio.
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Para os Navios:
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Para os Portos:
Uma série de resoluções emitidas pela CONPORTOS
(Comissão Nacional de Segurança nos Portos,
Terminais e Vias Navegáveis) normatiza o código ISPS
nos portos brasileiros através de várias resoluções.
Destaca-se a Resolução nº 002 de 02/12/2002, a qual
aprovou o Plano Nacional de Segurança Pública
Portuária (PNSP), que objetiva aperfeiçoar o sistema
de segurança pública nos portos, terminais e vias
navegáveis, visando reprimir e prevenir o crime e a
impunidade, aumentando a segurança e a tranquilidade
dos mesmos.
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1. assegurar a execução de todas as tarefas relacionadas
com a proteção do navio;
2. controlar o acesso ao navio;
3. controlar o embarque de pessoas e seus pertences;
4. monitorar áreas de acesso restrito a fim de assegurar
que somente pessoas autorizadas tenham acesso às
mesmas;
5. monitorar áreas de convés e em torno do navio;
6. supervisionar o manuseio de cargas e de provisões do
navio; e
7. assegurar que informações relativas à proteção estejam
prontamente disponíveis.
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Os planos de contingência são concebidos para uma
determinada situação e estabelecem procedimentos
para os navios/plataformas reagirem num caso de
emergência e se recuperarem no menor tempo e com
as menores consequências possíveis.
Visam complementar o plano de proteção.
- Pirataria e ataques armados
- Terrorismo e sequestro
- Ameaça de bomba e alarmes falsos
- Busca por bombas
- Proteção antissequestro
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5.1.7 Responsabilidades do Governo, da Companhia
(CSO) e das Pessoas (SSO e sua equipe) sobre
Proteção.
A responsabilidade sobre proteção recai em diversos atores
governamentais, nas empresas e na própria tripulação das
unidades.
Os Governos
• Estabelecer os níveis de proteção aplicáveis;
• Aprovar os planos das instalações portuárias e
navios/plataformas;
• Testar os planos aprovados; e
• Informar a IMO e às indústrias portuárias e de navegação.
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A Companhia
Deverá assegurar que seus navios/plataformas
possuam um plano de proteção aprovado e sejam
certificados.
Deverá assegurar que o plano de proteção inclua uma
declaração explícita enfatizando a autoridade do
comandante, que o mesmo tem autoridade absoluta,
sendo responsável por tomar decisões relativas á
segurança e proteção do navio e de solicitar a
assistência da Companhia ou de qualquer Governo
Contratante conforme necessário.
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As Instalações Portuárias
As instalações portuárias deverão tomar as medidas
requeridas pelos níveis de proteção estabelecidos pelo
Governo Contratante e cumprir os procedimentos
estabelecidos em seus respectivos planos de proteção.
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Outras Pessoas
Todas as outras pessoas dos navios/plataformas ou
instalações portuárias devem ter conhecimento e estar
familiarizadas com as disposições relevantes dos
respectivos planos de proteção (SSP/ PFSP).
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AMEAÇAS À PROTEÇÃO.
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- Técnicas utilizadas para burlar as medidas de
proteção:
• Emprego de documentos falsos
• Tentativa ilegal de embarque de pessoas
• Disfarces
• Inserção de bombas, produtos tóxicos,
armamentos e/ou drogas
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• Armas Longas
São armas de fogo com cano longo, com maior alcance
e precisão, mas menos mobilidade para tiros rápidos.
Ex: fuzil, carabina, espingarda, metralhadora, lançador
propelente de granada (LPG/RPG).
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5.2.3 Reconhecimento de Pessoas que Apresentem
Potenciais Ameaças à Proteção, Incluindo
Elementos que Possam se Relacionar a Pirataria e a
Roubo Armado.
A proteção da unidade requer que todos estejam
permanentemente atentos ao cenário que os envolve.
A proteção contra atos de terrorismo requer mais
conhecimento que é possível de ser passado no curso.
O objetivo é a conscientização de todos sobre os
possíveis riscos e como agir num caso de um ato ilícito.
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Alguns perfis característicos de determinados
tipos de malfeitores, que podem possibilitar a
identificação de um potencial criminoso:
• Ladrões, a sua motivação é o lucro financeiro. Nesse
sentido, tenderão a evitar confrontos e a priorizar sua
segurança pessoal.
• Assassinos e sabotadores sem motivação ideológica,
são movidos normalmente pelo desejo de vingança.
• Os mentalmente perturbados, podendo ser
neuróticos, psicóticos ou psicopatas.
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• Os neuróticos sofrem de depressão e conflitos, ficam
ainda ligados na realidade e não chegam a ser
insanos. Com este tipo de malfeitor é possível
conduzir uma negociação.
• Os psicóticos podem sofrer delírios. Por momentos
podem vivenciar a realidade e sentir culpa, nesse
momento podem agir com alguma racionalidade.
• Os psicopatas, sem sentimentos de culpa, com
certezas absolutas e convicção que podem vencer o
sistema, dificilmente cederão.
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Ativistas Radicais:
O que os distingue dos demais é agirem em nome de
um ideal. Tem, tipicamente, as seguintes motivações:
Os apenas ideologicamente motivados visam com a
ação, um resultado diferente da ação em si. Pode ser
apenas propaganda de sua causa, ou a libertação de
prisioneiros ou a desmoralização de certas autoridades.
Estes, normalmente, procurarão sobreviver.
Os radicais propriamente ditos querem “dar o troco”,
agem em nome de uma causa. Estes nem sempre
procurarão sobreviver, e podem se tornar terroristas
suicidas.
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5.2.4 Procedimentos a Seguir quando Detectar
qualquer Ameaça à Proteção.
• Soar o alarme;
• Alimentar luzes e sinalizar aos possíveis atacantes
que eles já foram percebidos;
• Informar ao Comandante, Gerente da Plataforma,
Oficial de Proteção ou Oficial de Serviço;
• Chamar por auxílio, e;
• Seguir os procedimentos estabelecidos pelo ISPS e
recebidos por ocasião do seu embarque.
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- Informações sensíveis relacionadas à proteção e
comunicações
Os navios/plataformas podem se tornar presas fáceis de
espiões ou hackers com consequências desastrosas
para as suas vítimas. Possíveis atacantes irão buscar
obter o maior número de informações possíveis sobre
um navio/plataforma.
Para evitar que tais informações caiam em mãos
erradas, cada um deve se conscientizar da importância
de observar sigilo sobre as informações sensíveis e
evitar falar, comentar, enviar mensagens escritas ou
faladas que possam vir a ser usadas pelos bandidos.
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5.2.5 Forma Correta de Lidar com Informações
Sensíveis e com as Comunicações Relativas à
Proteção, como nos Reportes de Incidentes de
Proteção.
As informações sobre os reportes dos incidentes de
proteção devem ser divulgadas a todos para que não
haja dúvidas das ações a serem seguidas em tais
situações.
Um modelo para relatar possíveis incidentes de
proteção deverá estar disponível nos locais chaves de
operação do navio ou plataforma.
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5.2.6 Exigências Relativas à Instrução e aos
Exercícios Periódicos de Adestramento Previstos
pelas Convenções, Códigos e Circulares da IMO.
O Código ISPS estabelece que o CSO, SSO e PFSO
tenham sua formação de proteção ministrada sob
currículo aprovado pelo Governo Contratante.
Os treinamentos e exercícios deverão ser conduzidos
com a presença do SSO pelo menos uma vez a cada
três meses ou quando houver uma troca de tripulantes
envolvendo uma parte significante da tripulação, no
sentido de assegurar a execução do Plano de Proteção
do Navio/Plataforma.
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