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A SEGURANÇA EM EMBARCAÇÕES RIBEIRINHAS

INTRODUÇÃO:

Este trabalho foi desenvolvido através de pesquisas feito em


diversos locais como: biblioteca do CIABA; Sindicatos de categorias
profissionais, e etc..
Pesquisador:
Sr. Roberto Raimundo Chaves Failache (Bacharel em
Ciências Náuticas, Técnico de Segurança do Trabalho e Técnico em
Sinistros, Professor e Membro dos seguintes órgãos:
(sintespa, fenatest, sest/senat, contset, cntc, , coretest).

A QUÍMICA DA ÁGUA

Os Químicos ficam admirados com ela.


A vida na terra depende dela. Nosso corpo compõe-se
principalmente dela.
De que se trata?
Da água, naturalmente.
Mas além de suas propriedades benéficas, a água também é
atraente. Ela satisfaz nossos sentidos e nos dá trabalho e prazer.
Milhões de pessoas, em todo o mundo, afluem regularmente aos
locais onde existe água para divertir-se e entreter-se. No entanto, não
importa quão agradável seja, ela também pode ser perigosa.
No Estado do Amazonas a massa de água ocupam o primeiro
lugar, e assim também como locais fáceis de ocorrências de
acidentes.
Mas a consciência dos perigos é manter-se o devido respeito
pela água pois com isso se pode limitar os riscos , e continuar a
torná-las uma fonte de diversão e de trabalho.
Quais são alguns dos perigos, e como podemos enfrentá-los ?

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FATORES DO RISCO NA NAVEGAÇÃO

Uma das formas mais populares de se usufruir da água é andar


de barco.
De 1986 até hoje, as estimativas revelaram que cerca de R$ 4,5
bilhões foram gastos, nesta área de trabalho apenas nos Estados da
Região Norte.
No entanto, estatísticas mais tenebrosas também revelam que
mais de 5.000 pessoas foram feridas, com a relação as atividades
exercidas em embarcações.
O que se pode fazer para que trabalhar embarcado seja algo
seguro ?
Ao passo que há muitas causas para os acidentes em
embarcações, recentemente pesquisas feitas pela MARINHA DO
BRASIL indicam que parte da culpa talvez caiba aos fatores de
STRESS. Seus estudos demonstram que três a quatro horas de
exposição aos elementos da navegação , tais como:
O RUÍDO, O VENTO, A VIBRAÇÃO, o SOL e a LUZ forte, podem
provocar uma espécie de HIPNOSE DO NAVEGADOR ou FADIGA. É
por isso que um dia passado na água pode ser exaustivo, mesmo se
a pessoa pouco se esforçar, fisicamente.
É especialmente digno de nota, porém, que os reflexos da
pessoa podem ser reduzidos quase que ao ponto de suas reações
serem semelhantes às de uma pessoa legalmente embriagada, muito
embora ela não esteja bebendo.
E, caso se consumam bebidas alcoólicas, intensifica-se o efeito
de tais fatores estressantes.
Assim , isto sublinha ser MISTER manter-se alerta e descansar,
quando necessário.
E, ao passo que sempre deve haver moderação na ingestão de
bebidas alcoólicas, é preciso ter cautela extra ao se andar ou
trabalhar embarcado.
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Com demasiada frequência , a atitude despreocupada quando
se está na água reflete-se no manejo da embarcação . tal atitude
apática ajuda a explicar por que as colisões são os tipos de acidentes
mais frequentemente mais notificados.
A maioria das colisões é atribuída ao descuido e à falta de
atenção.

O seguinte é um caso representativo. O PILOTO de uma


embarcação navegava com uma certa velocidade em uma área que
não apresentava esteiras de outras embarcações quando a
embarcação dele se chocou com outra, ferindo mortalmente dois de
seus tripulantes . qual é a razão?
O piloto culpado tinha outra pessoa ao seu lado conversando e
distraindo sua atenção, obstruindo lhe parcialmente sua visão, e ele
não estava prestando atenção ao ambiente em sua volta.
Lembre-se exatamente como ao dirigir um carro, ou estar no
controle de uma embarcação traz responsabilidades.

CAIR DE UMA EMBARCAÇÃO OU EMBARCAÇÃO


ADERNANDO

Dois maiores perigos que confrontam quem trabalha ou anda


em embarcação são cair da embarcação e a embarcação adernar.
Combinados, eles são responsáveis por cerca de 65% das
mortes, a maioria desses acidentes envolvem pequenas embarcações
com menos de 16 pés ( 5 metros).
Mas saber por que ocorrem pode ajudá-lo a evitar a ocorrência.
A maioria das embarcações quando adernam se deve ao
excesso de passageiros ou de carga.
Mas mesmo que uma embarcação não esteja superlotada existe
perigo, se a carga não for distribuída eqüitativamente.
Até mesmo grandes navios adernam devido à carga mudar de
lugar ou terem os passageiros corrido subitamente para um só bordo.
Em pequenas embarcações, tais como canoas e barcos a motor,
é importante manter bem baixo o centro de gravidade.
Se tiver de movimentar-se, é melhor fazê-lo em posição
agachada e segurar-se nos bordos, em vez de ficar em pé.
No caso de homem ao mar ou da embarcação adernar, o que se
deve fazer:

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1. Faça um esforço consciente de não entrar em pânico;

2. Se não estiver usando um salva – vidas , tente pegar um;

3. Visto que a maioria das embarcações tem dispositivo de flutuação


que dificulta seu afundamento, é melhor permanecer junto a
embarcação , será mais fácil de ser encontrado por socorristas;

4. Caso a água esteja fria, manter-se fora d'água o máximo de seu


corpo que puder, e permaneça imóvel para evitar a Hipotermia.

O corpo se resfria a 25 vezes mais rápido na água do que no ar,


e a perda de calor é cerca de 1/3 maior se, se debater na água.
Muitos afogamentos ocorrem quando pessoas tentam nadar até
a praia, uma vez que a praia muitas vezes está mais distante do que
parece. E, quando mais fria estiver a água, tanto mais rápido você se
cansará.
Caso se veja na água sem um colete salva – vidas, e não haja
nenhuma embarcação ou outro objeto ao qual se agarrar, pode-se
usar a roupa para flutuar. Aconselha a MARINHA DO BRASIL.
Enquanto estiver com camisa, abotoe-a até o colarinho e
segure-a firme no pescoço.
Incline a cabeça para frente, puxe a frente da camisa até o rosto
soprando ar entre o segundo e o terceiro botões.
Segure firme o colarinho para vedar a saída do ar.
O ar continuará dentro da camisa, e formará uma bolha de ar em
suas costas. Pelo menos disporá de um salva – vidas temporário que
poderá ajudá-lo a flutuar e a não desperdiçar energia.
É interessante que a MARINHA DO BRASIL, passe a informar se
os acidentes com embarcações foram reduzidos em pelo menos uns
75%, se as pessoas apenas usassem um colete salva – vidas.
No entanto, a maioria das pessoas considera seu uso muito
limitativo, desconfortável ou deselegante.
Outros se recusam, imaginando-se bons nadadores .
Visto que a maioria das leis exige apenas que haja salva vidas a
bordo das embarcações, e que não estejam sendo usados, é uma
questão de preferência pessoal.
No entanto, não resta dúvida de que ficará mais seguro se usar
um.

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OUTRAS PREOCUPAÇÕES

Prevenção contra queda de homem ao mar:

1. Não permitir que tripulantes ou pessoas usem passagens


perigosas ou em condições precárias.

2. Colocar avisos proibitivos e isolar os locais perigosos sempre que


for possível.

3. Colocar boias amarradas com corda ao longo dos acessos, estas


boias devem ser atiradas ao homem sob risco de afogamento;

4. Tornar obrigatório o uso de coletes salva - vidas quando aparentar


risco eminente de queda n`água e afogamento, principalmente para
pessoas que não saibam nadar;

5. Caso de acontecer acidentes quando a embarcação estiver


navegando, recomenda-se:

 Vestir o colete salva – vidas;

 Antes de pular verificar se a superfície da água está livre de


objetos, naquele local;

 Colocar uma das mãos cobrindo a boca e nariz e a outra mão


sobre o ombro oposto, colocar os cotovelos para baixo,
procurando fixar o colete salva vidas sobre o peito;

 Respirar profundamente, saltando de pé, com as pernas cruzadas


e os pés juntos;

 As pessoas devem ter orientação sobre os riscos e evitar, bem


como, sobre o comportamento dócil que a pessoa em risco de
afogamento deve ter ao ser socorrida, a fim de facilitar seu próprio
salvamento;

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 Em toda embarcação deve haver extintores de incêndio
adequados, instalados em locais visíveis e de fácil acesso;

 Os materiais transportados em embarcações devem ser


firmemente presos e calçados, a fim de evitar que se movam;

 Calce todo o material pesado, use cabos de segurança;

 Não deixe equipamentos no convés ou em passagens de acesso;

 Inspecione os equipamentos de bordo através de um programa


regular;

 Investigue qualquer acidente ocorrido e determine suas causas e


maneiras de sana-los;

 Não use ferramentas faiscantes próximas a gases ou materiais


inflamáveis;

 Quando a embarcação estiver atracada efetuando descarga de


materiais, não permita que tripulantes ou passageiros transitem
pela área;

 Suspenda a carga a uma altura mínima necessária, use amarração


para evitar oscilações da mesma;

 Assegure-se que apenas tripulantes que saibam nada bem,


trabalhem próximo à borda e sempre que possível evite empregar
tripulantes desajeitados. Quando houver homens trabalhando
próximo as bordas mantenha uma rede de carga perto deles, para
o caso de queda ao mar.

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 Use areia no convés escorregadio, o lodo proveniente dos rios ou
mar pode tornar o chão perigoso;

 Nunca utilize cabos de resistência duvidosa, lembre-se que cabos


novos ou molhados são rígidos, podendo soltar facilmente os
ganchos ou as amarrações quando frouxas;

O COMPROMETIMENTO DA ESTABILIDADE SE DA
QUANDO:

1. Em nenhum caso haverá ser permitido ultrapassar a capacidade de carga ou


realizar operações que ponham em risco a estabilidade da embarcação;

2. As embarcações destinadas a transporte de passageiros não poderão trafegar


com excesso de lotação, a capacidade máxima da embarcação deve estar
fixada em local visível;

3. Em pequenas embarcações, o peso dos passageiros deve ser distribuído da


forma mais uniforme possível, evitando-se trocas de posição desnecessária
que possam alterar o equilíbrio;

NAS EMBARCAÇÕES EQUIPADAS COM GUINDASTES

 Deverão ser observados os limites estabelecidos para ângulo de


giro e comprimento de lança, para carga a carga na ponta da lança;

 O operador deve ter perfeito conhecimento destes limites;

 Se necessário deverão ser usados dispositivos que impeçam a


lança de atingir posições que ponham em risco a estabilidade da
embarcação;

 Sob condições desfavoráveis (ondas altas, fortes ventos,


tempestades, etc..) é aconselhável a suspensão imediata dos
trabalhos;

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 As partes móveis dos equipamentos devem ser fixadas por cabos
de segurança;

 Se ocorrer entrada de água nos porões, ela deverá ser


continuamente esgotada;

OUTRAS CONSIDERAÇÕES

Não importa quanto agradável possa ser a superfície da água,


muitos ficam intrigados por que bons nadadores também se afogam,
as autoridades muitas vezes ficam perplexas diante de casos em que
um tripulante que é por natureza um bom nadador ao cair da
embarcação sem aparentar qualquer ferimento , e simplesmente
desaparece.
No entanto, de acordo com informações tornadas disponíveis
mediante a MARINHA DO BRASIL, as reações fisiológicas diante da
água gelada podem fornecer algumas das respostas.
Pode ocorrer uma labirintite térmica em resultado de a água
gelada subitamente penetrar nos canais auditivos.
Isto pode provocar vertigem fazendo que a vítima talvez tente nadar
para baixo, em vez de para cima, ficando por fim sem fôlego.
Outra possibilidade é o reflexo de hiperventilação.
A súbita exposição à água gelada pode provocar uma
respiração incontrolavelmente rápida.
Caso ocorra quando a cabeça está submersa, a pessoa pode
afogar-se a dor pode ser outro fator contribuinte.
A exposição súbita à água gelada pode ser tão dolorosa que a
vítima entra em estado de choque, ou sofra uma ataque cardíaco.
Qual a lição disso?
Trate a água com muito respeito.

Trate a água gelada com mais respeito ainda.

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NORMAS TÉCNICAS UTILIZADAS A BORDO DE
EMBARCAÇÕES
CB – 7 : COMITÊ BRASILEIRO DE CONSTRUÇÃO NAVAL:

1. NB-151:Cálculo de Níveis de Iluminamento em Navios;

2. NB-295:Posicionamento de vigias para construção naval;

3. NB-356:Imersão de hélice;

4. NB-357:Conversão dos calados lidos no costado para as perpendiculares e seção de meio navio;

5. NB-358:Cálculo do deslocamento a partir dos calados;

6. NB-359:Cálculo do trim. e dos calados nas perpendiculares;

7. NB-374:Converção de sinais em arquitetura naval;

8. EB-401:Vigia para construção naval;

9. EB-405:Âncoras;

10.EB-407:Amarras de aço soldadas a topo para uso naval;

11.EB-451:Manilhas;

12.PB-360: Âncora:

13.NB-655:Curvas cruzadas de estabilidade;

14.EB-687:Bujão de fundo;

15.EB-1150:Escadas inclinadas de aço para o convés

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16.'TB-161: Planos e linha de referência.

17.NRB- 14276: Plano de abandono, homem ao mar

18.NRB- 14277: Incêndio e Explosão a bordo.

EQUIPAMENTOS DE BORDO

1. Balsa Salva Vidas : Temos embarcações que possuem balsas


com capacidade para 06 pessoas, do tipo inflável , acondicionadas
em containers com toso os equipamentos exigidos;

2. Bóias Salva Vidas : Temos também instaladas bóias salva vidas


em número exigido conforme plano de segurança fixadas em
suportes tipo gancho, dotadas de dispositivos auto iluminativo e
fumigeno, retinida de 27,5 metros;

3. Coletes Salva Vidas : Serão fornecidos coletes salva vidas do


tipo aprovado para a tripulação ou passageiros;

4. Mangueiras de incêndio : As quantidades deverão estar de


acordo com as Normas e Regras e dispostas de acordo com o
plano de segurança;

5. Sistema de Incêndio : Toda a rede de incêndio será de aço


galvanizado, com acessórios de bronze. Será servida pela bombas
de incêndio e serviços gerais, possuirá aspiração direta das caixas
de mar. A rede será equipada com uma válvula de segurança,
capaz de manter constante a sua pressão.

6. Ventilação : A ventilação de bordo, será feita por ventiladores tipo


pescoço de ganso, instalados no convés um de cada lado, a
exaustão será feita por grade fixada na antepara da galuta, com
tampa estanque para abafamento.

7. Extintor de Incêndio : Temos vários tipos e modelos como:

 ÁGUA GÁS, DIOXIDO DE CARBONO ( CO2 )


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 ÁGUA PRESSURIZADA PÓ ABC,
 PÓ QUÍMICO SECO,
 PÓ QUÍMICO ESPECIAL;
 ESPUMA QUÍMICA,
 ESPUMA MECÂNICA,

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