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- Primeiros socorros:
a) Generalidades:
1- Para tratar uma vítima apenas a aplicação de soro antiofídico poderá anular o efeito da
peçonha.
No entanto, somente poderá ser realizado por pessoal habilitado e com equipamento
especifico, pois, as complicações que podem advir da soroterapia serão potencialmente mais
fatias que a própria peçonha inoculada no indivíduo.
2- Somente uma equipe de saúde poderá reverter as complicações que são comuns na
administração de soro antiofídico, através de procedimentos médicos específicos (intubação
endotraqueal, utilização de adrenalina, corticoides etc.). Entre as complicações está o choque
anafilático que engloba: edema de glote, alteração de consciência, hipertensão, braquicardia,
apneia etc.
3- O tratamento médico realizado até seis horas após o acidente com ofídios, normalmente,
não deixa sequelas e não é fatal em seres humanos (exceto nos debilitados e nos que possuem
pequeno peso corporal, como as crianças). Se a inoculação da peçonha ocorrer em local muito
vascularizado os riscos serão maiores, pois os efeitos serão mais precoces.
4- Não romper lesões bolhosas (que surgem, normalmente, após seis a doze horas da picada),
pela possibilidade de gerar uma infecção secundaria de origem bacteriana.
7- Não fazer sangria pois a peçonha altera o tempo de coagulação e poderá provocar uma
grande hemorragia, gerando um choque anafilático.
10- Havendo a possibilidade de evacuar, em até seis horas, o indivíduo acidentado até um local
onde possa receber tratamento médico especializado, isto deverá ser feito de imediato.
11- Não havendo condições de evacuar o acidentado até um centro médico no prazo de seis
horas ele deverá continuar bebendo agua. Caso não haja a expectativa de resgate ou
evacuação em menos de doze horas e não tenha náuseas ou vômitos o indivíduo poderá
consumir alimentos leves, visando fortalece-lo.
12- De qualquer forma, mesmo que tenha passado o prazo de seis horas, todos os esforços
devem ser feitos no sentido de evacuar o acidentado para o Centro Médico.
- Aranhas:
- Equipamentos de flutuação:
De acordo com normas da organização da aviação civil internacional (OACI ou ICAO) que
tratam de equipamentos de flutuação, todas as aeronaves que efetuarem voos transoceânicos
(além de 370KM do litoral), deverão dispor de equipamentos individuais (tem que ser coletes
não pode ser só os assentos) e coletivos de flutuação. Aeronaves que efetuarem voos costeiros
(rotas de até 370KM do litoral) deverão, obrigatoriamente, portar apenas equipamentos
individuais de flutuação.
- Coletes salva-vidas:
Possuem duas câmaras de flutuação, que serão infladas, por uma capsula de ar comprimido.
Em caso de falha no sistema de inflação, os coletes poderão ser inflados por sopro através de
um tubo acoplado a cada câmara. Possuem ainda uma tira ajustável para ser presa na altura da
cintura. (Na criança prende no ombro e no meio das pernas).
Na altura do ombro, entre as câmaras, há uma lâmpada localizadora (ou sinalizadora) que é
alimentada por uma bateria ativada a base de agua. O tempo de duração da lâmpada do colete
é de oito horas, aproximadamente.
Cada câmara suporta, em média, um peso de 60kg. No entanto, inflar somente uma câmara
será o suficiente para mantê-lo flutuando. Com duas câmaras infladas, você se sentira
desconfortável e os seus movimentos na água serão dificultados.
Instruir os passageiros para que vistam o colete sem se levantarem de seus assentos e orienta-
los para que não inflem o colete no interior da aeronave, mas somente na área da soleira das
portas, ao abandonar a aeronave ou sobre a asa.
- Assentos Flutuantes:
São assentos de aspecto normal que possuem uma placa interna de poliuretano rígido que os
tora flutuantes.
Possuem duas câmaras principais de flutuação e estão equipados com rampas de acesso, alças
de embarque, toldo, montantes infláveis ou metálicos, facas flutuantes, luzes localizadoras,
ancora, corda de amarração, corda com anel de salvamento e kit de sobrevivência no mar.
Uma vez removidos de seus alojamentos, os barcos deverão ser levados para as saídas que
estejam acima do nível da agua. No entanto, so deverão ser levados para cima da asa ou
jogados para fora da aeronave após terem sido fixados por meio da corda de amarração a
alguma parte fixa da aeronave.
Caso o barco seja retirado através de uma janela, a fixação deverá ser feita na argola existente
no encaixe da referida saída.
Antes de o barco ser jogado na água deve se observar, além das condições adversas (arestas
metálicas, combustível e fogo), também a direção do vento, a favor do qual o barco devera ser
jogado.
- Escorregadeira-barco (Slide-raft)
** Qual o lado do toldo que é o lado correto para captar agua? O lado azul.
- A ancora, com o mar calmo, libera toda a extensão da corda, com o mar agitado libera só
metade.
- Tubo de venturi: Equipamento que aspira 60% do ar responsável pela inflação do bote.
Se por alguma razão, não houver lugar para todos os sobreviventes dentro de algum
equipamento coletivo de flutuação, deverá ser feito um rodizio, colocando os excedentes
presos ao redor do bote ou escorregadeira.
Amarre as extremidades das tiras dos coletes daqueles que ficarão na agua as tiras laterais de
salvamento do bote.
- Manter-se bem afastado da aeronave sinistrada (mas não em excesso) até que esta afunde;
- Proceder a uma busca rigorosa em toda área onde pousou a aeronave, pois poderão existir
sobreviventes flutuando sem sentidos ou em estado de semi-afogamento. Se for verificada a
existência de sobreviventes no mar, regata-los aplicando os procedimentos de ‘recuperação de
homem ao mar’’:
- Ações subsequentes:
f) Armar o toldo: Armar o toldo para proteger os sobreviventes dos raios solares e dos salpicos
de agua do mar, e também para captar a agua da chuva e do orvalho (lado azul do toldo). Para
a colocação dos mastros, deverão ser designados os sobreviventes que estiverem sentados
próximos aos encaixes dos mesmos no assoalho.
g) Os ocupantes do bote deverão manter os seus coletes inflados e as criancinhas deverão ser
amarradas a um de seus pais ou responsáveis, a fim de garantir a sobrevivência, caso o barco
vire (ou enquanto as pessoas estiverem dormindo, elas não corram o risco de cair).
h) Movimente-se com regularidade para manter a circulação ativa, isto o aquecerá e evitará
feridas nos pés e nas nádegas.
i) Proteja-se contra os raios solares, por meio de toldo, de vestes, de óculos, de cera protetora
de lábios.
Convencer os sobreviventes de que não precisarão ingerir agua ou alimento no primeiro dia.
Mesmo que haja suprimento de agua, esta deverá ser reservada para as crianças (se houver),
pois elas se desidratam rapidamente e para feridos graves.
Não deixe de usar uma biruta d’água, ligada ao bote. Não dispondo da mesma, improvise-a por
meio de um balde de lona, uma camisa ou um pedaço de lona. Ela manterá o bote próximo ao
local
- Sinalização:
O agente sinalizador do lado diurno é fumaça de cor alaranjada, e o lado noturno fogo de
magnésio.
Identifica-se o lado noturno por pontos em alto relevo na tampa, saliências na borda e uma
argola presa ao mecanismo de acionamento.
Deve-se manter o cartucho pirotécnico numa posição que forme um ângulo de 45 graus em
relação a linha do horizonte, para fora do bote e a favor do vento. Evite que esse material
provoque incêndio no barco.
Caso o lado diurno seja acionado e o cartucho irromper em chamas, deve-se mergulha-lo em
agua até começar a sair fumaça (não deixa-lo em baixo da agua, apenas mergulhar para apagar
o fogo e sair a fumaça)
Quando na utilização do lado noturno, cuidar para que os pingos de magnésio não caiam sobre
as bordas ou no interior do bote. Não utilizar o cartucho contra o vento ou apontado para
dentro do bote, pois poderá provocar sufocamento ou queimaduras .
- Corantes de marcação: deverão ser usados durante o dia (são na cor verde). É um saco de
pano (o saco é da cor laranja) contendo um produto químico que reage na agua, alterando o
“ph”, produz uma mancha sinalizadora que permanece ativa durante 3 horas
aproximadamente e pode ser vista a uma distância de 10 milhar náuticas (18,5km). Deve ser
utilizado somente quando ouvir ruído ou avistar aeronave nas proximidades. Enquanto não
forem utilizados, deverão ser mantidos embrulhados e protegidos da umidade.
- Sinais luminosos a noite, por meio de lanternas elétricas de mão. Qualquer luz pode ser
percebida sobre as aguas a distância de muitas milhas.
- Água:
- Se falta agua você morre mais rápido, se falta comida você vive mais, já no caso da agua você
vive pouco. (se beber agua salgada morre)
- Numa situação de sobrevivência no mar, talvez a única agua natural disponível seja a agua
da chuva, que nem sempre satisfaz a sede, pois não dispõe dos sais minerais necessários ao
corpo humano. Ao chover, deve-se procurar armazenar a maior quantidade possível de agua,
tendo o cuidado para não contamina-la com a agua do mar. Durante a chuva deve-se beber
agua tanto quanto possível, sem que se sinta mal. Vale lembrar que a agua coletada
diretamente da chuva não necessita ser purificada.
- Agua de constituição: é a agua que está dentro dos alimentos, por exemplo da melancia.
- Quantidade mínima de agua para que o corpo humano possa manter suas funções é de mais
ou menos ¹/² (meio) litro de agua por dia.
- Alimentação:
- O sobrevivente deve ter em mente que, dispondo de agua, o seu organismo é capaz de
suportar algumas semanas sem alimentos sólidos. Entretanto, sobrevive apenas alguns dias se
não dispuser de água.
- Pesca:
- Caso o naufrago tenha uma boa reserva de agua, devera redirecionar seus esforços para a
obtenção de alimentos.
- Os peixes mordem mais as iscas em movimento do que as paradas. Intestinos de aves são
excelentes iscas. Pequenos peixes são atraídos pela sombra proporcionada pela embarcação.
- A noite, o facho de luz de uma lanterna projetada na agua, ou no reflexo da lua numa
superfície refletora (espelho de sinalização), costuma atrair peixes e lula. Muitos dos peixes
podem, atraídos pela luz, cair dentro do bote. Capturando o peixe, mate-o com uma pancada
na cabeça, de preferência antes de traze-lo para bordo.