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Insetos:

- Cupins: cuja fêmea alada ou tanajura, pode aparecer, em clareiras e relvados. Tiradas as asas,
podem ser comidas cruas ou fritas em gorduras, tendo o sabor de castanhas torradas.

- Gafanhotos e grilos

- Escaravelhos: que são pequenas lagartas riscadas de verde e preto, podendo ser achados no
interior de paus secos ou arvores caídas. Depois de secos ao fogo, ou fritos na gordura, podem
ser comidos.

- Alimento vegetal:
Além de mais comuns, são poucas as plantas silvestres que produzem efeito mortal em
quantidade diminuta.

Se não conhece, cozinhe primeiro uma amostra, pois, (com exceção dos cogumelos), o veneno
dos vegetais é tornado inócuo pelo cozimento.

Ponha a amostra na boca, mastigue e conserve a porção na boca durante 5 minutos.

Se apresentar um gosto que queima, abrasivo, ou um gosto amargo que causa enjoo e
náuseas, não coma.

- Dúvida? Cozinhe

- Gosto amargo ou leitosas? Não coma!

- Amigo? Cozinhe, pois é indigesto do contrário.

- O rebento de todos os brotos vegetais são encaracolados e quase todos são cobertos de
fiapos que lhe dão um gosto amargo.

- Preparo: Tirar os fiapos esfregando-os dentro da agua.

Ferver os brotos durante 10 minutos

Trocar a agua e ferver por mais 30 a 40 minutos.

- Palmeira – Árvore da Providência (arvore que você aproveita tudo):

- Talos: Poderão ser cozidos como outros alimentos.

- A bainha (capsula) nova da semente: Poderá ser cortada em fatias e comida como uma
verdura qualquer.

- Sementes: Seu gosto poderá ser amargo, mas, são muito nutritivas, poderão ser secadas ao
sol e esfregadas entre duas pedras, para fazer farinha.

- O Palmito: A parte do tronco onde se deve tirar o palmito (miolo), está situada entre o início
das folhas e o topo.
- Folhas: Abrigo.

FOGO:
- Aquecer, se manter seco, sinalizar, cozinhar e purificar a agua pela fervura.

- Fogueiras pequenas, menos combustível, controlável e calor concentrado, e duram muito


mais tempo que as grandes. (Melhor que fazer grandes fogueiras)

- Limpar a área antes de iniciar uma fogueira (principalmente para não espalhar o fogo)

- Como acender o fogo e o uso do combustível:

- Gravetos finos e bem secos, casca de arvores bem secas, folhas de palmeiras, raminhos secos,
musgo solto, capim seco, e fetos de samambaias.

- Pode-se acender a fogueira com fósforos ou isqueiro e até mesmo com o cartucho
pirotécnico sinalizador.

- Acendendo a fogueira sem fósforos:

- Pederneira (ou pedra dura) de Aço: Golpeando uma pedra dura com uma faca ou pedaço de
aço, resultarão faíscas que, atingindo a isca, produzirão fogo.

- Lente de vidro: A chama poderá ser obtida fazendo-se incidir na isca os raios solares, através,
da lente de um binóculo, de uma câmera fotográfica, de uma lente de óculos de hipermetropia
(miopia e astigmatismo não da) e etc.

- Taquara de Bambu: faça uma cava na madeira que lhe servira de batente. Produza com a
parte lisa do bambu movimentos de quem está serrando. Imprima continuidade ao movimento
e alimente a proximidade da cava com a isca até a obtenção de fogo.

- Faísca elétrica: se você ficar junto a aeronave e se sua bateria funcionar, produza faíscas,
provocando curto circuito pelo atrito das extremidades dos fios da bateria, provocando faíscas.

Cozimento indireto sob o fogo:

- Pedras quentes: aqueça várias pedras dentro de uma fogueira e deixe-as até desaparecerem
as chamas e restarem brasas. Coloque o alimento a ser cozido sobre e entre as pedras
aquecidas e cubra tudo com folhas e plantas.

- Fervura (pedras quentes): prepare uma vasilha com alimento e agua, coloque pedras
aquecidas ao rubro (vermelho, brasa), até que ferva. Cubra a vasilha com folhas grandes pelo
período de uma hora.

- Nós de bambu: os nós de bambu constituem boas vasilhas, aquecendo-os até carbonizarem
parcialmente. (Para a vasilha ficar arredondada e não machucar a boca)

- Cozimento indireto sob o fogo: uma vez aberto o buraco que deverá ser raso forre o mesmo
com folhas de plantas ou então envolva o alimento nas folhas, antes de colocá-los no fundo do
buraco. Cubra o buraco com uma camada de areia ou terra e acenda o fogo bem em cima
dessa camada.
- Moqueado (mais usado): consiste em se armar sobre uma fogueira uma grade de madeira
verde (ou bambu) distando do fogo cerca de 50cm. A grade poderá ser uma tripeça portátil ou
um retângulo montado sobre 4 forquilhas fincadas no chão.

- Vestuário:

Mantenha sempre (dentro do possível) sua roupa limpa, pois é melhor isolante limpa do que
suja e dura mais tempo.

Roupas sempre secas (arme cavaletes em frente a fogueira)

Não coloque o calcado demasiadamente próximo ao fogo, porque isso ressecara e endurecera
o couro, que se rachara em pouco tempo.

Mantenha o corpo coberto para:

- Evitar picada de mosquitos portadores de malária e outras doenças.

- Proteger sua pele contra possíveis infecções causada por arranhões de espinhos ou folha de
capim navalha.

- evitar queimaduras do sol, em terreno descoberto.

- Use roupas compridas, introduza as extremidades das calcasa dentro dos canos das meias e
amarre bem nas junções ou improvise perneiras, para suportar o calor, vista roupas mais
frouxas.

- Mantenha sua roupa sempre lavada e a noite, seca, para não sofrer com a umidade.

- Caça:
- Caça de espera:

- Caçar pela manhã bem cedo ou à noitinha

- Caçar em lugar onde os bichos que for caçar possam matar a sede ou pastar (nas clareiras das
florestas e nas orlas dos bosques)

- Observar trilhas, vegetação rasteira pisada e excrementos (coco).

- Muitas espécies vivem em buracos no chão ou em arvores.

- Em troncos ocos, vedar todos os buracos e, deixando apenas um, mexer dentro da arvore
com uma vara flexível a fim de fazer o animal sair da toca.

- Esfole (tirar a pele) a caça grande, sangre-a completamente e extraia as vísceras de todo
animal que caçar.

- Removida as vísceras (que devem ser jogadas fora, de preferência enterradas para não juntar
moscas e fedor), lave a carne em agua pura.

- Sangre e limpe (remova as vísceras) todos os pássaros que caçar, esfole pássaros maiores
(remova a pele).

- Aves que comem carniça (urubus), não são agradáveis ao paladar humano.

- Aves que se alimentam de peixe tem a carne com odor e gosto de puro óleo de peixe.
- A melhor carne do lagarto é a do traseiro e do rabo.

- As pernas das rãs podem ser comidas.

- Nas tartarugas, a melhor carne é a das patas, do pescoço e do rabo também a parte entre a
carapaça grande e o ventre.

- Todas as rãs e cobras devem ser esfoladas (remover a pele). A pele, a cabeça e as vísceras
devem ser jogadas fora.

- A caça ou a pesca noturna sempre dao bom resultado, de vez que a maior parte dos animais
se movimentam a noite.

- Laços, armadilhas e mundéus:


- Todos os laços e armadilhas devem ser de construção simples e devem ser armados após
construído o acampamento e antes de cair a noite.

Arapuca, mundéu...

- Pesca:
- Caso não exista equipamento para pesca, deverá ser improvisado com alfinetes, grampos ou
arames e cordões, fios elétricos ou linha de roupa.

- Quanto as iscas, poderão ser utilizados insetos, carnes, vísceras de qualquer animal, iscas
artificiais, panos coloridos, penas de cores vivas ou fragmentos de algum metal brilhante.

- Peixes fluviais (de rio) perigosos:


- Bagres e Mandis: São constituídos de três ferroes nas nadadeiras peitorais e dorsal, tendo
uma ferroada muito dolorosa, o que resulta em inflamação e às vezes febre.

- Piranhas: é carnívoro e muito comum no brasil. É considerado o peixe mais perigoso que
existe (quando se trata de peixes fluviais, peixes de rio). Vive em cardumes e são três os
tipos: branca, preta e vermelha ou acaju (mais perigosa).

- Arraias: são peixes cartilaginosos que possuem o corpo romboidal, comprido de cima para
baixo, com a cauda muito delgada e armada por um ferrão, bifapeado, com aspa retorsas em
forma de punhal. Causa uma ferida de difícil cura pela irregularidade do corte e porque o
ferrão deixa dentro um produto viscoso que ajuda a inflamar mais ainda a ferida.

- Baiacu: Seu tamanho varia. Tem pele flácida de cor verde-malva no dorso e esbranquiçado na
barriga, guarnecidos por minúsculos acúleos, boca pequena, a parte inferior do ventre
complementar. (Peixe boca de papagaio)

- Poraquê: é conhecido como peixe elétrico devido ao efeito produzido por uma descarga
elétrica relativamente acentuada, dependendo do tamanho. A descarga elétrica utilizada por
ele é um meio de autodefesa. Habitam nas regiões da Amazônia, Pará e mato grosso.

- Candiru: é um minúsculo peixe que pode ate ter 3cm de comprimento. A maior
particularidade desse peixe é a facilidade de penetração no ânus e uretra das pessoas que se
banham nos rios onde eles habitam.
- NÃO SE DEVE COMER PEIXES QUE TENHAM PELE ESPINHOSA E LISA, SOMENTE OS QUE
TIVEREM ESCAMA DE REVESTIMENTO.

- Jornada sobre a terra:


- Antes de qualquer coisa, organize-se, e tenha certeza que é melhor sair do que permanecer
onde está.

- Deixe um aviso na aeronave que indique a direção seguida (visível do ar)

- Retire da aeronave a bussola e o altímetro (pois eles funcionam sem bateria)

- Siga o caminho mais fácil e mais seguro, mesmo que seja mais longo.

- Poupe suas energias, contorne obstáculos e não suba em linha reta um aclive.

- Ritmo normal de marcha. Caminhe durante 3 horas e descanse uma, iniciando a marcha pela
manhã. Procura acampar antes do amanhecer (as 17h já anoitece, procurar lugar para
acampar a partir das 15h).

- As correntes de agua e as picadas (trilhas) abertas pelos animais são as estradas do sertão.

- Tempestade ou neblina, acampe logo até a visibilidade se normalizar.

- Sinalize o caminho seguido.

- Marca-se a direção a ser seguida a partir do local do acidente.

- Caso seja necessário mudar de direção, sinaliza-se o local em que se efetua a mudança.

- Sempre que for feita a leitura da bussola, deve-se certificar de que a mesma não está sob
influência de alguma força magnética externa (imã, ferro, aparelho elétrico)

- Uma bússola nunca diz o lugar onde se está e sim o lugar para onde se vai.

- A bússola da aeronave poderá ser utilizada, desde que se retire os magnetos (parafusos de
compensação, parafusos que compensam a bússola, pois dentro da aeronave tem
equipamentos que desestabilizam ela).

- Orientação por bússola:


- Orientação pelo sol:
- Estenda o braço direito na direção que o sol nasce, que é o Leste; desta forma, o
sobrevivente terá o Oeste na direção do seu braço esquerdo; o Norte estará à sua frente, e, o
Sul estará atrás dele.

- Orientação pela Ursa Maior:


- A Estrela Polar é uma estrela que fica no hemisfério Norte, e, que nunca se afasta mais do
que 1º do Pólo Norte Celeste, isto é, do Norte Verdadeiro. (Isso só serve no hemisfério norte,
então não é o nosso caso, pois não temos a mesma visão do céu)
- Pode ser localizada através das constelações da grande ursa (ou ursa maior) e da cassiopéia,
que ficam próximas do Pólo Norte Celeste.

- Há duas estrelas mais agastadas, que são os indicadores, já que mostram a direção da estrela
polar.

- Orientação pelo cruzeiro do Sul:


- É a constelação que melhor se distingue no hemisfério Sul.

- Uma linha imaginaria passando pelo eixo longo do cruzeiro do Sul aponta para o Polo Sul.

- O cruzeiro do Sul possui 5 estrelas, sendo que uma é excêntrica. Destas 5 estrelas, duas estão
entre as mais brilhantes que existem, são as dos braços sul e leste da cruz; as dos braços norte
e oeste, embora brilhantes, são menores.

- Orientação pelo “Método da Estaca”:


- Crave no chão uma pequena estaca na posição vertical, em terreno mais plano quanto for
possível.

- Algum tempo antes do meio dia, comece a marcar a posição da extremidade, correspondente
a cada hora. Continue a marcar até que a sombra da estaca fique mais longa.

- A hora em que a sombra aparece mais curta no chão, é o momento exato em que o sol
atravessa o meridiano local, isto é, o meio dia local.

(O lugar que a sombra ficar menor é o meio dia, são mais ou menos 6 horas que já se passaram
e 6 horas para o sol se pôr)

(Com o meio dia da estaca você consegue descobrir o meridiano norte e o meridiano sul,
subindo vai dar no Norte e descendo vai dar no Sul)

- Orientação por relógio:


- Coloque o nº12 do mostrador do relógio na direção do sol. A bissetriz (metade) do ângulo
entre o 12 e o ponteiro de horas indicará aproximadamente o Norte a qualquer hora do dia,
com variações consideráveis dependendo da época do ano.

- Navegação Terrestre Diurna:


- 1º Homem-ponto: Será aquele lançado a frente para servir de ponto de referência. Portara
um facão para abrir a picada de roupa clara para ser avistado com maior facilidade.

- 2º Homem-bússola: Será o portador da bússola, que se deslocara imediatamente a


retaguarda do homem ponto. Deverá manter a bússola presa ao corpo para não a perder e,
quando não estiver sendo utilizada deverá estar fechada.

- 3º Homem-passo: Será aquele que se deslocara atrás do homem-bússola com a missão de


contar os passos percorridos e transforma-los em metros. Para desempenhar esta função
deverá ter o passo aferido com antecedência.

- 4º Homem-carta: Será o que conduzirá a acarta (se houver) e auxiliará na identificação de


pontos de referência ao mesmo tempo que nela lançará outros que mereçam ser locados.

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