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Descrição

A espécie M. kaempferi é um grande caranguejo, de


coloração corporal alaranjada e manchas brancas ao
longo de cada pernas,.[4] que apresente a maior
envergadura entre os artrópodes conhecidos,
atingindo 3,8 m cada perna, de quela a quela. A
largura da carapaça pode atingir os 40 cm, com uma
massa corporal de 19 kg.[3] Os machos têm
quelípodos mais alongados[5] do que as fêmeas,
cujos quelípodos, além de muito mais curtos, não
ultrapassam o comprimento do par de pernas
imediato.[6]

Para além do seu tamanho notável, M. kaempferi


difere dos restantes caranguejos em muitos
aspectos, entre os quais por os primeiros pleópodes
dos machos são invulgarmente torcidos e as suas
larvas terem aparência primitiva.[1]
Apesar do seu aspecto feroz que lhe é dado pelas
longas quelas, é pouco agressivo.[4]

Stomatopoda (ou estomatópode), chamados


popularmente de tamarutacas ou de lacraias-do-
mar no Brasil, é uma ordem de crustáceos marinhos
da subclasse Hoplocarida, que agrupa cerca de 400
espécies, caracterizadas principalmente pela
morfologia da segunda pata torácica, que é
modificada em apêndice subquelado, lembrando
uma pata de louva-a-deus.[2]

Descrição
Os estomatópodes são predadores ativos que
caçam presas com o auxílio de um sentido de visão
muito apurado e capaz de interpretar polarização
no espectro ultravioleta e infravermelho).
Apresentam uma grande variação de tamanho, que
pode ir de poucos milímetros até aproximadamente
40 cm nas espécies maiores. Eles vivem em fundo
consolidado, lodoso ou ainda arenoso, onde cavam
seus buracos ou aproveitam-se dos orifícios
deixados por outros animais para neles se instalar.
São animais exclusivamente carnívoros,
alimentando-se de camarões, caranguejos,
moluscos, peixes e até mesmo outros da mesma
ordem. O segundo par de patas, muito
desenvolvido, é usado tanto para atacar a presa
como para se defender. O urópodo, quando aberto,
também funciona para defesa, como um escudo,
fechando a galeria em que o animal esteja instalado.
A fêmea desova no local onde se abriga e, em caso
de perigo, enrola os ovos como uma bola,
prendendo-os junto ao corpo até encontrar um
abrigo mais protegido.

Também conhecidas como esquilas ou lagosta-


boxeadora, espalhadas pelas costas dos mares
tropicais e subtropicais. Além das patas, elas
apresentam uma silhueta característica, devido ao
grande comprimento aparentemente de seu
abdómen. Os ovos ficam ligados por uma massa
gelatinosa que a mãe carrega contra o ventre até
que eclodem, limpando-os sem parar.

São animais que apresentam comportamentos


sociais muito variados, desde ameaças visuais
contra predadores até comportamentos de côrte.
De acordo com a anatomia da sua pata raptorial é
possível distinguir entre dois grupos funcionais, as
perfuradoras (spearers) ou as esmagadoras
(smashers), sendo que cada um dos tipos apresenta
sua própria variação comportamental e até mesmo
de habitat.

As maiores esmagadoras, tais como exemplares de


Odontodactylus scyllarus, são capazes de desferir
um dos mais rápidos e violentos golpes do reino
animal, um soco que pode apresentar a velocidade
de um tiro calibre .22 (equivalente a 720 km/h) e
uma pressão de impacto de 600 N/cm².[3] Essa
força esmagadora é a responsável pelo seu título de
"lagosta-boxeadora" e é capaz de facilmente
quebrar a carapaça de um caranguejo, as conchas
duras e calcificadas de gastrópodes ou até mesmo
quebrar o vidro reforçado de um aquário.[4][5]

Estomatópodes podem ser encontrados em quase


todo o litoral brasileiro, mas não são animais fáceis
de se observar pelos seus hábitos mais furtivos.
Devem ser manuseados com muita cautela pois são
animais preparados para se defender com força,
caso sejam incomodados.

Visão
Esses animais possuem o mais complexo sistema de
visão de cores do mundo animal, pois enxergam 12
cores primárias, correspondentes aos 12 pigmentos
distintos presentes em sua retina.

Nossos olhos possuem três tipos desses receptores -


que correspondem à luz azul, verde e vermelha -,
que nos permitem perceber o espectro de cores que
vemos. Os cães contam com apenas dois tipos de
cones (verde e azul), e é por isso que eles vêm tons
de azul, verde e um pouco de amarelo. Muitos
anfíbios, répteis, aves e insetos possuem quatro tipo
de cones, o que significa que espécies dessas classes
conseguem ver cores que o nosso cérebro é incapaz
de processar. Algumas espécies específicas de
borboletas e possivelmente pombos possuem cinco
cones de percepção de cor, o que aumenta ainda
mais a quantidade de pigmentos que eles são
capazes de perceber. O sistema de visão dos
estomatópodes possui doze cones sensíveis à luz e
outros quatro que filtram a luz (16 cones no total), o
que lhes permite ver cores polarizadas e imagens
multiespectrais.[6]

Como cada cone pode ver cerca de 100 cores, os


estomatópodes são capazes de ver 1024 cores, ou
seja, 1 septilhão de cores. Em comparação, o olho
humano vê 106 cores, ou seja, 1 milhão de cores
apenas. A visão dos estomatópodes é sensível à luz
ultravioleta, mas ainda é desconhecido se ela pode
distinguir a luz infravermelha.[7]

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