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Atividade de atenção e organização

executiva

Lagarto
1:00
Os lagartos, como os demais répteis, são animais que apresentam corpo
coberto por escamas, 4 membros e cauda. Eles fazem parte da ordem
dos Escamados juntamente com as serpentes. São ovíparos mas alguns
são onívoros, como o Teiú. Apresentam grande variação de tamanho desde
poucos centímetros até mais de 1 metro da cabeça à ponta da cauda. Existem
mais de 3 mil espécies de lagartos, distribuídos em 45 famílias. Dentre os
lagartos mais conhecidos, podemos destacar
as iguanas, camaleões e lagartixas.

Habitat
Os lagartos são animais de sangue frio. Por isso, a maioria deles procura
lugares quentes para viver. Muitas espécies habitam regiões tropicais
úmidas ou desertos secos. Os lagartos vivem debaixo da terra, sobre o chão ou
em árvores e plantas. Algumas espécies passam parte do tempo na água.

Características físicas
Os lagartos variam mais de tamanho e de forma que qualquer outro grupo de
répteis. Alguns medem apenas alguns centímetros. Mas o maior lagarto de
todos, o dragão-de-komodo, pode chegar a 3 metros de comprimento. A
maioria dos lagartos possui quatro pernas fortes, mas alguns não têm pernas.
Assim, ficam parecidos com cobras ou serpentes e frequentemente são
confundidos com elas. Porém, eles possuem pálpebras e aberturas auriculares,
isto é, ouvidos. Geralmente também têm a cauda longa.
A maioria dos lagartos tem escamas secas cobrindo o corpo. As escamas são
pequenas placas lisas ou rugosas, com frequência marrons, verdes ou
cinzentas.
Muitos lagartos possuem características singulares. Alguns têm chifres ou
espinhos. Outros têm uma placa óssea em volta do pescoço. Essas
características os ajudam a amedrontar seus inimigos e a mantê-los a
distância. Algumas espécies possuem pregas de pele adicional nas laterais do
corpo; quando as abrem, elas parecem asas, e esses lagartos conseguem
planar de uma árvore para outra.
Três espécies de lagartos são venenosos: o monstro-de-gila, que é muito
vistoso e vive no sudoeste dos Estados Unidos, o lagarto-de-contas,
do México,e o dragão-de-komodo. O veneno deles é forte o suficiente para
matar uma pessoa.
Comportamento
A maioria dos lagartos é ativa durante o dia e repousa à noite. As lagartixas,
porém, geralmente são ativas do anoitecer até o raiar do dia. Os diferentes
tipos de lagarto se locomovem de maneiras diversas. A maioria corre sobre
quatro pernas, mas alguns correm mais velozmente sobre as patas traseiras,
apenas levantando a parte da frente do corpo. Os lagartos sem pernas se
locomovem do mesmo modo que as serpentes.
Muitos lagartos conseguem mudar sua coloração escura e discreta por uma cor
mais viva e forte. Fazem isso quando tentam atrair um lagarto do sexo
oposto ou assustar outro animal. Para alguns lagartos, a mudança de cor é um
meio de comunicar-se com outros lagartos, faz parte de sua linguagem. A
temperatura e a luz também afetam as mudanças de cor.
Os lagartos passam boa parte do tempo procurando alimento. A maioria deles
se alimenta de insetos, mas alguns comem sementes e plantas. Os lagartos
podem escavar a terra em busca de alimento, mas também podem aguardar
sua presa se aproximar e então avançar de repente para agarrá-la.
A maioria dos lagartos foge de seus inimigos. Mas às vezes é impossível evitar
um deles. Quando isso acontece, ele se infla de ar e fica ereto. Isso faz o
lagarto parecer maior e mais assustador.
Muitos lagartos usam a cauda para escapar de seus inimigos. Ela
se desprende do corpo quando é tocada e então fica se retorcendo no chão. A
cauda em movimento distrai a atenção do inimigo e, enquanto isso, o lagarto
escapa. Geralmente uma cauda nova se desenvolve no lugar da que caiu.

Reprodução
A maioria dos lagartos se reproduz botando ovos. As fêmeas da maioria das
espécies botam vários ovos de uma vez, mas as de alguns tipos de lagartos
põem apenas um ou dois ovos. A casca deles é resistente, lembrando couro.
Os lagartos costumam enterrá-los ou escondê-los debaixo de folhas. Em
algumas poucas espécies, as fêmeas ficam vigiando os ovos até eles
eclodirem, mas a maioria dos lagartos abandona-os depois de botá-los. Alguns
poucos tipos de lagartos dão à luz filhotes vivos, em vez de botar ovos.

Os lagartos e os seres humanos


Em algumas partes do mundo, as pessoas comem lagartos grandes,
como iguanas, ou, em caso de necessidade, até espécies menores, como
os calangos. Muitos lagartos pequenos são úteis às pessoas porque se
alimentam de insetos.
As atividades humanas vêm ameaçando a sobrevivência de algumas espécies
de lagarto. A derrubada de árvores para criar espaço para construções destruiu
o habitat de alguns lagartos. Outro fator que reduz seu número é a captura e a
venda de lagartos para servir de animais de estimação. O grande dragão-de-
komodo da Indonésia, por exemplo, foi quase exterminado; hoje ele é protegido
por lei.[1
Formiga
As formigas são insetos pertencentes à família Formicidae da
ordem Hymenoptera.[1][2] São insetos particularmente populares por serem muito
comuns e tidos como altamente organizados. De fato, figuram entre os animais
que atingiram um grau de organização biológica chamado de eusocialidade.
[3]
 Todas as formigas são insetos eusociais, assim como diversos
outros himenópteros como algumas vespas e abelhas. São descritas cerca de
18.000 espécies[4] distribuídas por 334 gêneros em 17 subfamílias. Formigas
podem ser encontradas por todas as regiões do planeta, exceto nos polos. As
formigas podem ser consideradas como o grupo de animais de maior sucesso
ecológico, considerando-se que representam de 15% a 20% de toda
a biomassa animal vivente.[5] De fato, estima-se que o peso de todas as
formigas do planeta supera o peso de toda a humanidade.[6][7] Assim, estima-se
que existam 1016 formigas (dez quatrilhões) na Terra.[8]
O estudo das formigas denomina-se de Mirmecologia sendo uma área
especializada de estudos em que o Brasil tem uma atuação de grande
destaque científico internacional.[9]
Acredita-se que o surgimento das formigas na Terra tenha se dado durante o
período Cretáceo (há cerca de 140 milhões de anos), passando por um grande
evento de diversificação durante o período Jurássico com o aparecimento de
linhagens de plantas com flores.

Desenvolvimento
Dependendo da espécie, as formigas-rainhas podem gerar 300 novas formigas
em apenas uma semana.
As formigas nascem sempre a partir de ovos, e desenvolvem-se por meio
de metamorfose completa, ou seja, nascem como larvas e passam por
profundas mudanças morfológicas pelo estágio de pupa para enfim emergirem
como insetos adultos.
As larvas de formigas nunca tem pernas e são alimentadas pelas obreiras.
Geralmente possuem uma coloração amarela ou esbranquiçada, e crescem ao
longo de uma série de mudas de pele (chamadas de estágios larvais). O
número de estágios larvais mais frequentemente registrado em formigas é de
três, havendo, entretanto, muitas espécies com quatro estágios larvais.[10] As
larvas de formigas exercem papel fundamental na biologia destes insetos, pois
auxiliam na digestão de alimentos dado que formigas adultas apenas ingerem
líquidos,[11] desta forma geralmente se alimentam de alimentos sólidos ricos em
proteínas. As larvas de diferentes estágios larvais (chamados de ínstares)
podem apresentar adaptações especiais e morfologia distinta, de acordo com a
espécie.[12] Por exemplo, algumas larvas de formigas possuem espinhos, assim
como estruturas de fixação nas paredes dos formigueiros.[13]
As larvas e pupas desenvolvem-se dentro de uma faixa de temperatura
adequada que é comportamentalmente ajustada pelas obreiras, que as
transferem ao longo dos dias dentre câmaras e regiões diferentes do
formigueiro, de acordo a temperatura externa e seus estágios de
desenvolvimento. Este fenomeno é bem conhecido de formigueiros de
formigas lava-pés que realizam a migração vertical das larvas e rainhas de
acordo com a temperatura e umidade externa em relação à exposição ao sol.
A diferenciação em castas é, em algumas espécies, determinada pelo tipo de
alimento que recebem nos diferentes estágios larvais e as mudanças
morfológicas que caracterizam cada casta normalmente aparecem durante o
desenvolvimento do último ínstar larval.[14][15]
No momento da pupação, algumas espécies podem tecer um casulo, enquanto
a maioria das espécies de formigas tem pupas expostas (exaratas).[16]

Tempo de vida
De 6 e 10 semanas é o ciclo de vida da formiga entre a fase ovípara até se
tornarem adultas. Em geral, as operárias podem viver alguns meses, com
algumas espécies podendo viver aproximadamente 3 anos. As rainhas vivem
mais do que as operárias, sendo que a maior longevidade foi registrada na
espécie Pogonomyrmex owyheei, que atingiu uma idade de 30 anos.
As formigas aparentemente vivem mais quando são alimentadas com o mel de
rainha.

Formiga ordenhando afídeo

Algumas espécies de afídeos segregam um líquido doce que normalmente é


desperdiçado, mas as formigas recolhem-no e, ao mesmo tempo, protegem os
afídeos de predadores e chegam a transportá-los para locais com melhor
comida.
Uma relação parecida existe com as lagartas mirmecófilas (“amigas das
formigas”) que são criadas por algumas formigas. Estas levam-nas a “pastar”
durante o dia e recolhem-nas ao formigueiro à noite. As lagartas têm
uma glândula que segrega igualmente um líquido doce que as formigas
“mungem”, massageando o local onde está a saída da glândula.
Ao contrário, existem microorganismos mirmecófagas (que comem formigas):
estas lagartas segregam uma feromona que faz as formigas pensarem que a
lagarta é uma das suas larvas, levam-nas para o formigueiro, onde as lagartas
se alimentam das larvas das formigas.
Humanos e formigas

Um tipo de formiga doméstica que costuma formar seu ninho em eletrodomésticos como vídeo


cassete ou computador por causa da temperatura, podendo muitas vezes danificá-los. Elas
costumam habitar partes ocas na parede da casa.

As formigas são úteis porque podem ajudar a exterminar outros


insetos daninhos e a aerificar o solo. Por outro lado, podem tornar-se
uma praga quando invadem as casas, jardins e campos de cultivo. As
“formigas-carpinteiras” destroem a madeira furando-a para fazer os seus
ninhos.[20]
Algumas espécies, chamadas “formigas-assassinas”, têm a tendência de
atacar animais muito maiores que elas, quer para se alimentarem, quer para se
defenderem. É raro atacarem o homem, mas podem dar picadas muito
dolorosas e, se forem em grandes números, podem causar dano permanente
ou matar por alergia grave.
Formigas possuem alto valor nutricional[21] e são empregadas na alimentação
humana (entomofagia). A farofa de içá (fêmea da saúva) é um prato tradicional
do interior do Estado de São Paulo.[22]
As formigas encontram-se em muitas fábulas e histórias infantis
da cultura ocidental, representando o trabalho e esforço cooperativo, assim
como agressividade e espírito de vingança. Em partes de África, as formigas
são consideradas mensageiras dos deuses. Algumas religiões dos índios norte-
americanos, como os hopis, consideram as formigas como os primeiros
habitantes do mundo. Outras usam picadas de formigas em cerimônias de
iniciação, como teste de resistência.

Abelha
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Abelhas são insetos voadores, conhecidos pelo seu importante papel
na polinização. Pertencem à ordem Hymenoptera, da superfamília Apoidea,
subgrupo Anthophila, e são aparentados das vespas e formigas.
O representante mais conhecido é a Apis mellifera, oriunda do Velho Mundo,
criada em larga escala para a produção de mel, própolis, geleia real e veneno.
As espécies de abelhas nativas das Américas e Oceania são conhecidas como
abelhas sem ferrão (ASF) e possuem ferrão atrofiado, sendo, portanto, menos
agressivas. As abelhas com ferrão encontradas comumente no Brasil são
espécies híbridas de abelhas europeias e africanas, criadas para maior
produtividade e resistência. As abelhas sem ferrão encontradas comumente no
Brasil são espécies do gênero Meliponini e a mais conhecida é a Jataí
(Tetragonisca angustula).
Há mais de 25 000 espécies de abelhas conhecidas em sete famílias biológicas
reconhecidas. Elas são encontradas em todos os continentes, exceto a
Antártida, em todos os habitats do planeta onde existam plantas de flores
polinizadas por insetos.
Existem abelhas que vivem socialmente em colônias e também existem
abelhas solitárias, ambas importantíssimas para o equilíbrio ambiental.
Elas estão adaptadas a uma alimentação de néctar e pólen, o primeiro
principalmente como uma fonte de energia e os últimos principalmente pelas
proteínas e outros nutrientes. A maioria do pólen é usado como o alimento para
as larvas que as tem definido como um insecto herbívoro mas que estudos
recentes podem obrigar a reconsiderar essa posição científica, catalogado-as
antes como omnívoras, pois foi percebida a importância alimentar das
proteínas microbianas existentes no interior do mesmo pólen.[1]
A polinização que as abelhas fazem é importantíssima, tanto ecologicamente
como comercialmente; o declínio em abelhas selvagens aumentou o valor da
polinização por colmeias, geridas comercialmente, de abelhas melíferas.
As abelhas variam em tamanho desde minúsculas espécies de abelhas sem
ferrão cujas obreiras são inferiores a 2 milímetros de comprimento, como
a Perdita Minima,[2] até à Chalicodoma Plutão, a maior espécie de abelha
cortadeira, cujas fêmeas podem atingir um comprimento de 39 milímetros. As
abelhas mais comuns no hemisfério norte são as Halictidae; são pequenas e
muitas vezes confundidas com vespas ou moscas. Vertebrados predadores de
abelhas incluem aves como os abelharucos; insetos incluem besouros
(abelheiro), vespas e libélulas.
A apicultura tem sido praticada há milênios, desde pelo menos os tempos
do Antigo Egito e da Grécia Antiga. Além do mel e da polinização, as abelhas
produzem cera de abelha, geléia real e própolis. As abelhas têm aparecido na
mitologia e folclore, através de todas as fases da arte e da literatura, desde os
tempos antigos até os dias atuais.

Evolução
A história evolutiva dos insetos mostra que os primeiros insetos aparecem por
volta de 480 milhões de anos, no período Ordoviciano, e os insetos voadores
por volta de 400 milhões de anos, no período Devoniano.[3]
Estudos genéticos sugerem que as abelhas provêm, como as formigas, da
especialização de vespas predadoras da família Crabronidae.[4] Supõe-se que
evoluiram a partir de espécies que se alimentavam de insetos cobertos de
polén, o qual teriam passado a preferir.[5]

Descoberta em 2006, a Melittosphex burmensis, fossilizada em âmbar

Os mais antigos fósseis de abelhas foram encontrados presos em âmbar.


Estas abelhas pertencem a espécies e gêneros agora extintos. O fóssil mais
antigo descoberto, até hoje, é o Melittosphex burmensis: com 100 milhões de
anos; essa minúscula espécie descoberta em 2006 na Birmânia tinha grãos de
pólen nos pés Esta descoberta confirma a origem comum de vespas e abelhas
e a idade da coevolução entre as "abelhas" e angiospermas. Essa descoberta
sugere que as primeiras abelhas vegetarianas surgiram de ancestrais de
vespas insetívoros.[6] O gênero Electrapis viveu no Cretáceo Superior, há cerca
de 70 milhões de anos, na atual região báltica e tinha uma forma muito
semelhante à da abelha melífera contemporânea. A vida delas está ameaça
por uso de inseticidas que matam a microbiota intestinal delas e as torna mais
suscetíveis a pegarem parasitas.[7][8][9][10][11][12]

Diversidade
A maior parte das espécies de abelhas são solitárias, não fabricam mel nem
constroem colmeias; todas têm, no entanto, um papel muito importante na
polinização.
Uma abelha da pequena espécie Tetragonisca angustula paira de guarda à entrada do ninho. Não
tem ferrão, produz um mel de sabor delicado.

Ao longo de milhares de anos de evolução, em que se espalharam por todo o


mundo, adaptaram-se a diversos habitats e criaram uma espantosa
diversidade. Algumas espécies desprezam o néctar, outras (exemploː Rediviva
emdeorum) especializaram-se em óleos florais.[16]
Algumas abelhas, como a Andrena Fulva ou a Andrena Cinerária, constroem
ninhos no subsolo. As abelhas carpinteiras - como a Xylocopa violacea ou
a Xylocopa caerulea -constroem ninhos na madeira morta ou em caules ocos.
As abelhas "pedreiras" - como a Osmia bicornis ou a Osmia lignaria - fazem
paredes de barro para formar compartimentos em seus ninhos.[16]
A Lestrimelitta limao (iratim), encontrada no Brasil e Panamá, possui o hábito
de saquear o alimento (néctar e pólen) de outras colônias de abelhas. Produz
mel tóxico para os humanos.[17] As abelhas "abutres" são um pequeno grupo de
três espécies de abelhas sem ferrão americanas do gênero Trigona que se
alimentam de carne putrefacta em vez de pólen ou néctar.[18]
Do ponto de vista humano e para a exploração do mel e produtos derivados
das abelhas, no momento existem cerca de apenas meia dúzia de espécies
que apresentam interesseː a Tetragonula carbonaria australiana, sem ferrão,
a Tetragonisca angustula sem ferrão, a indonésia Megachile pluto, e
principalmente as do género Apis - Apis cerana japonica, Apis dorsata
labriosa dos Himalaias, a dominante Apis mellifera, e a mais feroz de todas, a
africanizada Apis mellifera scutella. Porém, há amplos trabalhos a respeito das
abelhas do gênero Meliponini e estudos apontam que há por volta de 400 a 500
espécies de abelhas deste gênero nas Américas com 20 delas até agora
conhecidas com potencial para exploração de mel, pólen, própolis e outros
produtos, com aumento cada vez maior dos meliponicultores no mundo,
principalmente nas Américas, em especial no Brasil.[19][20][21]
A abelha-rainha e as operárias

Os indivíduos adultos se alimentam geralmente de néctar e são os mais


importantes agentes de polinização. As abelhas geralmente polinizam flores de
todos os tipos, embora algumas espécies se especializem em determinadas
flores.[5]
Uma abelha visita dez flores por minuto em busca de pólen e do néctar. Ela
faz, em média, quarenta voos diários, tocando em 40 mil flores. Com a língua,
as abelhas recolhem o néctar do fundo de cada flor e guardam-no numa bolsa
localizada na garganta. Depois voltam à colmeia e o néctar vai passando de
abelha em abelha. Desse modo a água que ele contém se evapora, ele
engrossa e se transforma em mel. A maioria das abelhas transporta uma carga
eletrostática, que ajuda-as na aderência ao pólen.[22][23]
As abelhas, como grande parte dos insetos, têm cinco olhos. Três são
pequenos, no topo da cabeça, os chamados "olhos simples" ou ocelos, que
apenas detectam mudanças de intensidade da luz; os dois olhos compostos,
maiores, com milhares de lentes minúsculas, estão na parte frontal da cabeça e
detectam luz polarizada.[24]
As abelhas precisam coletar o néctar de aproximadamente 4 milhões de flores para obtenção de
apenas 1 kg de mel.

Uma abelha produz cinco gramas de mel por ano. Para produzir um quilo de
mel, as abelhas precisam visitar cerca de 4 milhões de flores[25] e consomem
cerca de 6 a 7 gramas de mel para produzirem 1 grama de cera.[26]
Uma colmeia abriga de 60 a 80 mil abelhas. Tem uma rainha, cerca de
400 zangões e milhares de operárias. Se nascem duas ou mais rainhas ao
mesmo tempo, elas lutam até que sobre apenas uma rainha. A abelha-rainha
vive até 5 anos, enquanto as operárias vivem de 28 a 48 dias.[26]
Apenas as abelhas fêmeas trabalham. Os machos podem entrar em qualquer
colmeia ao contrário das fêmeas. A principal função dos machos é fecundar a
rainha. O zangão também tem a função de proteger a colmeia de outros
insetos que possam ameaçá-la. Apesar de não possuir ferrão, as suas presas
servem para atacar outros insetos que tentem invadir a colmeia, como vespas
ou formigas. A abelha rainha, logo após sair de seu casulo (e vencer outra
jovem rainha) sai da colmeia e voa o mais alto possível e é fecundada pelo
macho que consegui ir até ela, no chamado "voo nupcial." Depois de
cumprirem essa missão em particular, os machos não são mais aceitos na
colmeia. No fim do verão, ou quando há pouco mel na colmeia, o número de
operárias cai.[26]

Biologia das Meliponídeas ("sem ferrão")


Tetragonisca spp. (abelhas "sem ferrão")

As abelhas do grupo Meliponini produtoras de mel pertencem geralmente aos


gêneros Trigona, Scaptotrigona, Melipona, embora existam outros gêneros
contendo espécies que produzem algum mel aproveitável. Elas são cultivadas
na meliponicultura da mesma forma que as abelhas com ferrão do
gênero Apis são cultivadas na apicultura.[27]
Embora o tamanho das colônias da maioria dessas abelhas seja muito menor
que o das abelhas europeias e africanas do gênero Apis, em certas espécies a
produtividade de mel por abelha pode ser bastante elevada, com colônias
contendo menos de mil insetos sendo capazes de produzir até 3 ou 4 litros de
mel por ano. Provavelmente a campeã mundial em produtividade, a manduri
vive em enxames com apenas cerca de 300 indivíduos, mas mesmo assim
pode produzir até 3 litros de mel por ano nas condições adequadas. Ela é uma
das menores entre todas as abelhas do gênero Melipona, com comprimento de
6 a 7 mm, e está sendo usada em alguns países como o Japão e a Alemanha
como polinizadoras em estufas.
Uma colônia, a depender da espécie, pode abrigar entre 300 (Manduri, por
exemplo) e 80 mil indivíduos (Saranhão, por exemplo).[28] Algumas espécies
possuem mais de uma rainha. A abelha-rainha pode viver até 2,5 anos,
enquanto as operárias vivem em média 60 dias. Composta por diversas castas,
que incluem uma rainha (ou mais de uma em algumas espécies), abelhas
operárias, zangões e princesas, que são as rainhas ainda não fecundadas. Ao
contrário das abelhas com ferrão, as operárias da tribo Meliponini podem
também colocar ovos férteis, dos quais em geral nascem apenas zangões.
Contudo, já foi observado em mais de uma espécie a ocorrência de fecundação
de operárias pelos zangões, e nestes casos as operárias passam a ser
capazes de colocar ovos fecundados produzindo outras fêmeas.
Diferentemente do que ocorre no gênero Apis, nas abelhas do
gênero Melipona a determinação da casta das fêmeas obedece a fatores
genéticos e não a alimentação especial das larvas selecionadas para serem
rainhas. Este grupo, portanto, não produz a geleia real. Já nas espécies da
tribo Trigonini geralmente é a quantidade de alimento ingerido pelas larvas que
determina a evolução destas como rainhas, e por isso as operárias constroem
favos maiores para acomodar as larvas quando é época de multiplicação da
colônia ou se uma nova rainha se tornar necessária. Tais favos de grande
tamanho são chamados "células reais".[29]

Tarântula
Theraphosidae é uma família de aranhas, que inclui as espécies conhecidas
pelos nomes comuns de tarântulas (português europeu) ou caranguejeiras (português brasileiro), que
se caracterizam por terem pernas longas com duas garras na ponta,
e corpo revestido de cerdas. As tarântulas habitam as regiões temperadas e
tropicais das Américas, Ásia, África e Oriente Médio. Enquanto crescem, têm
uma fase de troca de pele chamada ecdise. Apesar do tamanho e aspecto
sinistro, as tarântulas não são perigosas para a espécie humana, uma vez que
não produzem toxinas nocivas aos humanos, por isso são eventualmente
criadas como animais de estimação. Uma de suas defesas são os
pêlos urticantes de suas costas e abdômen, que irritam a pele do possível
predador.
Em média atingem de 15 cm a 25 cm de comprimento com as pernas
estendidas, mas existem espécies que podem chegar até 30 cm, como é o
caso da tarântula-gigante-comedora-de-pássaros (Theraphosa blondi)
da América do Sul.

Etimologia
A aranha originalmente chamada de "tarântula" foi a espécie Lycosa tarantula,
uma aranha lobo da família Lycosidae nativa da Europa mediterrânica. O nome
deriva da cidade portuária do sul da Itália, Tarento, região onde estas aranhas
são facilmente encontradas e que, posteriormente, foi aplicado a quase todas
as espécies de aranhas de grande porte, especialmente a família
das Mygalomorphae, das regiões mais quentes da América e as theraphosidae.
Durante muito tempo acreditou-se, no sul da Europa, que uma pessoa picada
pela tarântula seria tomada de extrema melancolia e poderia mesmo morrer se
não se entregasse a uma dança frenética, a tarantela

Características
Ciclo de vida
As tarântulas têm um ciclo de vida longo e levam de 2 a 5 anos para atingir a
maturidade sexual. Os machos morrem normalmente após o acasalamento,
alcançando 5 a 7 anos de vida. Antes de se tornarem adultas, as tarântulas têm
de comer diariamente, exceto no período de sua troca de pele, quando há
um jejum de, em média, dez dias antes e de sete dias depois. Quando já são
adultas podem passar por longos períodos sem comer. Foram registrados
casos de longevidade de fêmeas em cativeiro com até 25 anos.
Hábitos
As tarântulas são animais solitários e noctívagos. Alimentam-se de pequenos
animais, que nas espécies maiores podem incluir pequenos pássaros, roedores
ou anfíbios. Todas as espécies de tarântulas apresentam canibalismo.

Uma Brachypelma smithi.

Toca
A maioria das Tarântulas não se afasta de sua toca, nem mesmo para se
alimentar, pois sentem a presença das presas pela vibração do solo. O macho
normalmente é quem faz as viagens mais longas para encontrar as fêmeas.
As tocas são normalmente subterrâneas, geralmente aproveitadas de outras
aranhas ou roedores. São forradas com sua teia formando uma seda, o que
arrefece o esconderijo. Geralmente ficam próximas a raízes de árvores e
pedras, e podem chegar até 1 metro de profundidade.
Existem espécies que também são arbóreas — não necessitam ir ao solo
durante toda sua vida, e fazem tocas em buracos nas árvores.
Reprodução
O acasalamento das tarântulas é como o da maioria das aranhas. Uma
diferença é que o macho tem ganchos para prender as presas das fêmeas no
ato sexual. Os machos têm seus pedipalpos modificados para a cópula.
Normalmente o macho foge logo após o ato, antes que a fêmea recobre seu
apetite, e morre poucos meses depois, devido a seu curto ciclo de vida. A
fêmea armazena o esperma vivo num órgão especial, até chegar a época de
botar os ovos.
As fêmeas depositam entre 50 a 200 ovos num saco de seda que incubam por
cerca de 6 semanas. Os ovos são bem grandes, e o saco pode chegar a ficar
do tamanho de um limão. Os filhotes já nascem com um bom tamanho. Após o
nascimento as pequenas tarântulas não recebem cuidados parentais, ficam
pouco tempo na toca e logo depois se dispersam.

Preservação
A tarântula é espécie ameaçada devido principalmente à destruição do
seu habitat, proporcionando um número elevado de atropelamentos e a caça
para criação como animal de estimação. Em contrapartida, é uma das aranhas
mais criadas em cativeiro.
Musca domestica - Mosca
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Musca domestica Linnaeus, 1758, conhecida pelos nomes comuns de mosca-


doméstica, mosca-de-casa,[1] é uma espécie de díptero braquícero (moscas)
da família Muscidae. É um dos insectos mais comuns e uma presença habitual
na maioria dos climas da Terra. A mosca pode pousar em comida,
contaminando-a com bactérias, sendo responsável pela propagação de
numerosas doenças.

Descrição
Os espécimes adultos de M. domestica podem medir cerca de 5-8 mm de
comprimento. Apresenta coloração cinzenta no tórax, com quatro linhas
longitudinais no dorso. A parte inferior do abdómen é amarelada. O corpo é
recoberto de pelos relativamente longos.
Os olhos compostos são de cor avermelhada.
As fêmeas são um pouco maiores que os machos e apresentam um
espaçamento maior entre os olhos.
Apresentam duas asas funcionais, com o outro par convertido
em balanceiros (ou halteres) que estabilizam o voo.
Cada fêmea pode pôr cerca de 8 000 ovos brancos, com cerca de 1,2 mm de
comprimento. Decorridas 24 horas após a postura, ocorre a eclosão das larvas,
as quais se alimentam de restos orgânicos ricos em nutrientes. Apresentam
uma coloração pálida e 3 a 9 mm de comprimento, fusiformes, com a boca
terminal e sem patas. Quando a alimentação é suficiente, transformam-se
em pupas com cerca de 8 mm de comprimento e coloração que varia de
vermelho a castanho. Ao concluir a metamorfose, o adulto rompe um dos
extremos da pupa com um corte circular, emerge e voa em busca de
congéneres para acasalar e concluir o seu ciclo vital. Os adultos podem viver
uma quinzena em estado selvagem, podendo atingir períodos de vida mais
longos em laboratório.
O ciclo de vida completo de uma mosca no meio natural varia de 25 a 30 dias.
A mosca doméstica apresenta 12 cromossomos.
Existem pelo menos duas espécies muito semelhantes a esta:

 A mosca-de-estábulo, Stomoxys calcitrans, possui aparelho bucal do


tipo picador-sugador rígido, não tão retráctil, o que torna essa
espécie hematófaga; a veia média das asas é ligeiramente curva;
 A Fannia canicularis, ligeiramente menor, mais delgada e com a veia
média das asas recta.

Moscas e humanos
A espécie convive facilmente com os humanos, com tendência a agregar-se,
ainda que sejam insectos pouco sociais. As moscas-domésticas podem ser
portadoras de enfermidades infecto-contagiosas que podem transmitir ao
alimentarem-se sobre alimentos humanos que contaminam.
A via de contaminação dos alimentos é dupla: por contacto das patas e do
aparelho bucal ductor, particularmente através dos fluidos gástricos e restos de
alimento anteriormente ingerido que regurgitam antes de se alimentarem.
Algumas das doenças susceptíveis de transporte vectorial por M.
domestica são febres tifoides, cólera, salmoneloses, disenteria por
bacilos, tuberculose, carbúnculo e também alguns vermes parasitas.
Excepcionalmente também pode ocasionar miíase.
Algumas variedades podem ser imunes a insecticidas. Estes insectos são
considerados uma das piores pragas domésticas, superando
os mosquitos, formigas e baratas. Apesar de existirem métodos caseiros de
tentar-se mantê-las afastadas, a desinsetização por empresas especializadas
ainda é o método mais eficaz de controle dessa praga urbana.
A sua larva é muito útil na medicina legal e na pesca. O estado de
desenvolvimento da larva pode ajudar na determinação do tempo decorrido
desde a morte de uma pessoa. Uma vez que a larva só se alimenta de carne
morta e alimentos podres, surgiram experiências, em ambiente controlado,
para introduzir a larva em feridas, eliminando a carne putrefata, evitando
a gangrena.

Subespécies
São consideradas taxonomicamente válidas as seguintes subespécies:[2]

 Musca domestica domestica


 Musca domestica vicina

Barata
Blattaria é uma subordem de insetos cujos representantes são popularmente
conhecidos como baratas. O nome cascuda também pode se referir a baratas
ou coleoptera de maneira genérica.[1][2]
É um grupo cosmopolita, sendo que algumas espécies (menos de 1%) são
consideradas como sinantrópicas. Entre os principais problemas que as
baratas podem ocasionar aos seres humanos está a sua atuação como vetores
mecânicos de diversos patógenos
(bactérias, fungos, protozoários, vermes e vírus). As baratas domésticas são
responsáveis pela transmissão de várias doenças, através das patas
e fezes pelos locais onde passam. Por isso são consideradas perigosas para
a saúde dos seres humanos.[3]
Entre as espécies mais conhecidas estão a barata-americana, Periplaneta
americana, que mede cerca de 30 milímetros de comprimento, a barata-
alemã, Blattella germanica, com cerca de 15 milímetros de comprimento,
a barata-asiática, Blattella asahinai, também com cerca de 15 milímetros de
comprimento, e a barata-oriental, com cerca de 25 milímetros. As baratas
tropicais são muitas vezes muito maiores, e os parentes extintos das baratas
são as 'roachoids', como o Archimylacris Carbonífero e o Permiano
Apthoroblattina que não eram tão grandes como as maiores espécies
modernas.[3]
Existentes há mais de 300 milhões de anos, as baratas já somam cerca de
5000 espécies no mundo. O corpo das baratas tem formato ovular e deprimido.
Seu tamanho pode variar de alguns milímetros até quase 10 centímetros.[4] A
cabeça é curta, subtriangular, apresentando olhos compostos grandes e
geralmente dois ocelos (olhos simples). Em geral são de coloração
parda, marrom ou negra, porém existem espécies coloridas. Nas zonas
tropicais, predominam as de cor marrom avermelhada, além das
cores verde e amarela.[3]
O formato e o tamanho variam dependendo da espécie, mas
em gênero podemos dizer que as fêmeas são maiores que os machos, porém
os machos têm as asas mais desenvolvidas. A alimentação é variada.[4] As
baratas são insetos onívoros, ou seja, comem qualquer coisa, tendo principal
atração por doces, alimentos gordurosos e de origem animal.[4] Uma curiosidade
é que podem viver uma semana sem beber água, até um mês sem comer e
também semanas sem a cabeça.[5] Conseguem perceber o perigo através de
mudanças na corrente do ar à sua volta. Elas possuem pequenos pelos nas
costas que funcionam como sensores, informando a hora de correr.[3][4]

Espécies
 Blatella germanica (barata-alemã)
 Blatella orientalis (barata-oriental)
 Gromphadorhina portentosa (barata de Madagascar)
 Periplaneta americana (barata-americana)
 Periplaneta australasiae (barata-australiana)
 Periplaneta fuliginosa (barata-fuliginosa ou barata-marrom-fuligem,
banda-marrom ou banda-café)
 Supella longipalpa (barata-de-faixa-marrom)

Origem
Os registros mais antigos de baratas datam do período Carbonífero (há 320
milhões de anos). Elas foram reconhecidas basicamente pelas impressões
deixadas por suas asas, num tipo de fossilização onde apenas o relevo das
nervuras foi preservado. O padrão destas nervuras é característico de cada
uma das espécies, permitindo assim sua identificação/classificação.  As mais
antigas baratas da América do Sul pertencem ao final do Carbonífero (280
milhões de anos) e também foram reconhecidas somente por suas asas.
Porém, existem algumas exceções: nas rochas calcárias de Formação Santana
(datada em 112 milhões de anos, período Cretácio Inferior), região de Santana
do Cariri, Ceará, foram encontrados insetos extraordinariamente preservados.
Neste período, inclusive, as baratas foram contemporâneas dos dinossauros. 
As baratas atuais, quando comparadas a suas ancestrais, demonstram uma
enorme capacidade de adaptação às mudanças ambientais, apresentando
pequenas variações morfológicas. Desde a sua origem até hoje, as
modificações mais acentuadas ocorridas nos corpos destes insetos foram:
variação no padrão e número das nervuras das asas e espinhos das patas.
Não foram, no entanto, elucidados quais os benefícios que estas alterações
possam ter trazido para o processo de adaptação.  O curioso é que no
Cretáceo da Formação Santana foram encontradas baratas com
grande ovipositor (tubo por onde saem os ovos das fêmeas), chegando a 1/3
do comprimento total do corpo, além de outras espécies de insetos
com ooteca (bolsa de ovos). Dentre todos eles, somente as baratas
permaneceram e, provavelmente, sobreviverão mantendo suas características
por muito tempo. 
do que as fêmeas.[7]

Comportamento
Barata em um arbusto.

Gostam de lugares quentes e úmidos, sendo encontradas na: serrapilheira, sob


pedras, cascas de árvores, em ninhos de himenópteros e isópteros, no interior
das edificações humanas (principalmente na cozinha), e na rede de esgoto. Há
algumas espécies semi-aquáticas e aquáticas (Epilampra - Blaberidae), e
outras que vivem em desertos e cavernas.[8]
A maioria das espécies é solitária, com algumas espécies apresentando hábito
gregário (exemplificadas pelas espécies domésticas), sendo Cryptocercus
punctulatus considerada como uma espécie subsocial, que vive em árvores e
como os cupins possuem simbiontes intestinais.[9] Em geral apresentam hábito
noturno (principalmente as de ambiente urbano), sendo que neste período
procuram por alimento e parceiros(as) para o acasalamento, e realizam
oviposição e dispersão. Durante o período diurno permanecem escondidas.
[9]
 Quando as baratas urbanas aparecem durante o período diurno, está
ocorrendo: uma alta densidade populacional (para cada barata encontrada,
pode haver mil escondidas) e/ou a falta de alimento e água. As espécies
diurnas são frequentemente coloridas e arborícolas.[9] As baratas gastam 75%
de seu tempo descansando, no qual assumem uma posição característica:
antenas voltadas para frente com um ângulo entre elas de 60º e as pernas
mantém o corpo rente à superfície.[10]

Alimentação
Muitas espécies silvestres participam da cadeia alimentar como saprófagos,
por se alimentarem de material animal e vegetal morto, carnívoros e
herbívoros.[11] As espécies do gênero Panesthia (Blaberidae)
e Cryptocercus (Cryptocercidae) possuem bactérias e protozoários em seu
tubo digestivo, que auxiliam na digestão da celulose.[11] Mas a maioria das
espécies é onívora, como por exemplo, as espécies existentes em ambientes
urbanos. As baratas urbanas são capazes de viver três dias sem água e dois
meses sem comida.[11] Mas várias baratas conseguem sobreviver cerca de um
mês sem comida e sem água e aproximadamente dois meses só com a água.[12]

Reprodução
Uma fêmea Blatella germanica com a ooteca.

Em geral, o acasalamento entre as baratas se inicia com os machos sendo


atraídos por feromônios sexuais emitidos pelas fêmeas. Quando há o encontro,
o casal inicia um contato físico por meio de uma intensa antenação. [13] O macho
eleva as asas, expondo uma glândula localizada na superfície dorsal do
abdome, que secreta uma substância da qual a fêmea se alimenta.[13] Enquanto
a fêmea sobe no macho para se alimentar da substância, por baixo o macho
tenta introduzir a sua genitália na da fêmea, para iniciar a cópula. Quando
ambos estão ligados pelas genitálias, o macho vira-se 180º, e assumem a
posição conhecida como “end-to-end”. A cópula pode durar uma hora ou mais,
[14]
 e durante este processo o macho transfere o espermatóforo para a fêmea.
[13]
 Os espermatozoides são armazenados na espermateca, ficando ativos por
um longo período. Não apenas estímulos químicos estão envolvidos no
acasalamento, mas também sonoros como na espécie Nauphoeta cinerea,
cujos machos estridulam durante o ato, emitindo sons de 60 dB.[14] Os machos e
as fêmeas podem copular uma ou mais vezes.[15]
Nas baratas podem ser encontrados três tipos de oviposição: Oviparidade (o
mais comum entre os insetos, com a formação de ovos que se desenvolverão
externamente à fêmea,[13] contidos ou não na ooteca. Exemplos: P.
americana, B. orientalis e B. germanica), Ovovivipariedade (os ovos ou ooteca
permanecem dentro da fêmea.[14] Exemplo: Blaberus) e Viviparidade (a ooteca
permanece dentro da fêmea, sendo a sua formação incompleta, permitindo a
troca de nutrientes com a fêmea durante o desenvolvimento embrionário.
Exemplo: Diploptera punctata).[15]

Desenvolvimento

Blaberus craniifer adulto (alado, no alto) e ninfas

Na maioria das espécies, os ovos estão contidos em um estojo denominado


de ooteca. Esta estrutura, dependendo da espécie, pode variar quanto à forma,
tamanho e número de ovos (de 4 a 50 ovos).[17] Dependendo também da
espécie, as fêmeas antes de depositar a ooteca em um local, podem carregá-la
durante algumas horas ou dias, e em alguns casos, durante toda a fase
embrionária, podendo com as mandíbulas auxiliar as ninfas a emergirem dos
ovos.[17] A ooteca é depositada geralmente em locais abrigados, como fendas
nas paredes das casas, sob pedras e na vegetação, e muitas vezes sendo
recobertos com detritos, para manter a umidade e evitar possíveis predadores.
A duração do estágio de ovo varia dependendo da espécie e da temperatura.
[17]
 Por exemplo, a duração desta fase na barata americana a 29 °C é de
aproximadamente 5 semanas. Em algumas espécies de baratas ocorre
a partenogênese (do tipo telétoca, com a formação de apenas fêmeas), com os
óvulos desenvolvendo-se sem serem fertilizados pelo espermatozoide, como
por exemplo, na espécie Pycnoscelus surinamensis.[15]
A duração e o número de instares varia também quanto à espécie, sexo e das
condições ambientais; condições desfavoráveis ocasionam um maior número
de instares.[18] Para a barata americana, a duração do estágio ninfal a 29 °C é
de aproximadamente 8 meses, apresentando entre 11 e 12 instares.[18] A
diferença entre as ninfas e os adultos reside: basicamente 'nas asas', ausente
nas ninfas, e por estas se desenvolverem externamente nos últimos instares
(como brotos alares); e quanto à 'maturação dos órgãos sexuais', não
desenvolvidos nas ninfas.[18]

Inimigos naturais
Existem muitos inimigos naturais (predadores e parasitas) que atacam as
baratas, como por exemplo, osgas (lagartixas), bactérias, formigas, vermes,
fungos, protozoários, artrópodes (ácaros, aranhas, besouros, escorpiões,
hemípteros e himenópteros) e vertebrados.[19] Dentre os himenópteros, seis
famílias se desenvolvem em ovos (exemplo: Evaniidae, Encyrtidae, Chalcididae
e Eulophidae), e na família Sphecidae, principalmente as ninfas de baratas são
paralisadas e colocadas no ninho destas vespas para servirem como alimento
para as larvas.[20]

Lagartixa-doméstica-tropical
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A lagartixa-doméstica-tropical ou lagartixa de parede, denominada


cientificamente Hemidactylus mabouia (do grego hemi = metade; dactylos =
referente às lamelas dos dedos; mabouia = sentimento de medo e repulsa,
derivada da linguagem de tribos nativas da América),[1] é uma espécie de
lagarto de pequenas dimensões frequentemente encontrada nos lares
brasileiros. Dependendo da região do Brasil, ela também pode ser conhecida
como: briba, víbora, lapixa, crocodilinho de parede, maria-joaquina, lambioia,
taruíra, labigó, tiquiri, osga e camaleão. Não é um animal venenoso e possui
alta capacidade para escalar superfícies.[2]
Considerada uma espécie exótica de origem africana, tem como distribuição
geográfica a África, América do Sul, América Central e América do Norte. É
muito comum em áreas urbanas, entretanto também pode ser encontrada em
ambientes naturais.[3] Geralmente se alimenta de insetos, possuindo uma
grande importância ecológica como agente biológico no controle de pragas
urbanas. É de hábito noturno, vive aproximadamente entre dois e cinco anos e
a fêmea costuma colocar até dois ovos por ninhada.[4] Apresenta como
característica cores claras, quase transparentes, cabeça arredondada e pele
sem escamas. Esse animal também possui uma grande capacidade de
regeneração após “soltar” sua cauda, um fenômeno chamado
de autotomia caudal. Há também outras espécies do
gênero Hemidactylus conhecidas como lagartixa-doméstica, entre elas
a Hemidactylus frenatus.

Uma das peculiaridades das lagartixas é a presença de “adesivos” nas pontas


dos dedos: além das garras utilizadas para escalar superfícies, as lagartixas
também possuem lamelas na parte ventral destes dedos, onde estão presentes
centenas de estruturas adesivas menores ainda, que permitem que elas se
fixem em substratos lisos como vidros, por exemplo. Dessa forma, quando a
lagartixa escala uma superfície, essas estruturas se abrem gerando aderência,
por isso é muito comum encontrar esses animais nos tetos e paredes. Essa
aderência pode ser explicada por forças intermoleculares, chamadas na física
de ligações de Van Der Waals.[6][11]
Ilustração esquemática das ligações de Van Der Waals em Gekkonidae.

Esses animais não possuem pálpebras, apenas uma membrana, e hidratam


seus olhos com o auxílio da língua.[14] Devido ao modo de vida noturno, as
lagartixas possuem adaptações ópticas, como olhos maiores e pupilas mais
largas.[15].
H. mabouia não apresenta diferenças significativas de tamanho entre machos e
fêmeas (do focinho a cloaca), nem em seu padrão de coloração ou peso
corporal. Já o tamanho da cabeça está relacionado com o dimorfismo
sexual desta espécie. Um estudo demonstrou que os machos possuem maior
tendência de possuírem cabeças maiores e mandíbulas mais proeminentes,
característica que poderia ser explicada por algumas hipóteses: um macho com
cabeça maior teria mais vantagem em uma luta do que um macho de menor
tamanho;[8] os machos poderiam consumir presas maiores e mais difíceis de
serem consumidas pelas fêmeas (diminuindo a competição intersexos);
cabeças maiores com mandíbulas também maiores permitiriam que durante a
cópula a mordida do macho na fêmea fosse mais eficiente, garantindo a
fertilização.[8] Além disso, outra maneira de diferenciá-los é que os machos
podem apresentar um maior número de poros femorais (estrutura relacionada a
glândulas secretoras que liberam feromônios para atrair parceiros ou marcar
território) em relação às fêmeas, entretanto esses poros são difíceis de se
observar a olho nu.[8]
Diferentemente de alguns répteis, que possuem determinação sexual regulada
pela temperatura, em H. mabouia a determinação sexual é por fatores
genéticos. As fêmeas possuem a capacidade de armazenar espermatozoides,
[16]
 o que é considerado uma característica ancestral de Squamata.[17]

Habitat
A lagartixa-doméstica-tropical é extremamente comum em áreas urbanas e,
como o seu nome popular sugere, ela vive geralmente dentro de casas, porém
também pode ocorrer em ambientes naturais não antrópicos (locais sem
interferência humana), como a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, incluindo
as restingas, o Cerrado, a Caatinga e algumas ilhas da costa brasileira.[18] Seus
hábitats incluem áreas arenosas, áreas de mata perto de praias, troncos de
árvores e as paredes externas de casas.[19]
H. mabouia é dita como uma espécie exótica e atualmente existem duas
hipóteses de como essa espécie originária do continente africano chegou às
demais localidades: uma sugere que esses animais chegaram à América
através de balsas naturais movidas pela corrente marítima e outra que essa
migração aconteceu juntamente com navios que traziam pessoas no período
da escravidão.[20]

Alimentação

H. mabouia predando um inseto.

Em ambientes urbanos esses animais se alimentam principalmente


de artrópodes como aranhas, besouros, traças, moscas e mosquitos que
podem ser capturados próximos de lâmpadas e na parede, por exemplo.
Os dípteros e himenópteros (insetos, ambos de grupos alados) tendem a ser
atraídos pela iluminação artificial das residências e costumam ser os mais
predados. As populações não urbanas apresentam um comportamento
generalista e oportunista, alimentando-se de qualquer variedade de insetos que
esteja disponível; estudos demonstram que aranhas, ortópteros, homópteros e
larvas eruciformes (lagartas) são importantes fontes de alimentação nesses
ambientes. O canibalismo é uma prática que já foi registrada para esta espécie,
entretanto os fatores que podem influenciar neste ato ainda não foram
estabelecidos.[21]

Reprodução
Esses animais apresentam como estratégia reprodutiva a poliginandria, que
consiste na existência de uma relação exclusiva de dois ou mais machos com
duas ou mais fêmeas, onde geralmente os machos estão em menor número.[22]
O reconhecimento do sexo oposto para iniciar a cópula envolve um sistema de
percepção multifatorial para integrar as informações, como odores e sinais
visuais. Machos emitem sons e feromônios que atraem as fêmeas, que podem
ou não demonstrar receptividade.[23] Se as fêmeas rejeitam o cortejo esse sinal
é demonstrado mordendo e chicoteando suas caudas nos machos.[24] Caso a
fêmea aceite o cortejo, ocorre a cópula: como a fertilização é interna, as
fêmeas permitem serem montadas e os machos introduzem
seu hemipênis (órgão copulatório presente na cloaca, característico de
lagartos) na região cloacal das fêmeas.[25] A reprodução de H. mabouia ocorre
durante todo o ano, contudo em estações úmidas a fêmea aumenta a sua
frequência reprodutiva.[26] O período de incubação dessa espécie ainda é
desconhecido e o intervalo máximo já registrado entre o encontro dos ovos até
a eclosão foi de 77 dias,[27] sendo o tempo médio de eclosão de 56 dias.[28]

Ovos de Gekkonidae.

As fêmeas colocam de um a dois ovos por gestação, os quais possuem


tamanho médio de 1 cm; as cascas são de carbonato de cálcio, arredondadas
e brancas, com função de proteger o embrião contra a dessecação. Os ovos
costumam ser macios e grudentos e são depositados em fendas, o que se
acredita ajudar a prevenir a predação. Uma característica interessante é que é
possível identificar os ovos na superfície ventral das fêmeas, pois a pele dessa
região é praticamente transparente.[29][30]
Os filhotes das lagartixas tropical têm peso ao nascer de 0,20-0,35 g, com
média de 0,24 g, apresentam comprimento médio (focinho a abertura cloacal)
de 2,31 cm. Demora de 6 a 12 meses para ambos os sexos atingirem a
maturidade sexual, sendo a maturidade baseada no tamanho e não na idade
dos indivíduos.[31]

Comportamento
Lagartixas são répteis, portanto são animais ectotérmicos, ou seja, que utilizam
fontes externas de calor para aquecer seus corpos e desempenhar suas
funções fisiológicas.[32] O ambiente térmico noturno é mais homogêneo e
oferece um conjunto limitado de micro-hábitats para a regulação da
temperatura corpórea dos lagartos, por isso esses animais devem fazer um
balanço entre a escolha dos melhores locais de forrageamento e de
termorregulação contra os riscos que são associados com a predação.[33] A
família a que pertence Hemidactylus mabouia, a Gekkonidae, apresenta modo
de forrageamento sedentário, conhecido como “senta e espera”, entretanto
alguns comportamentos de predação ativa já foram observados para essa
espécie.[34]
Muitas vezes o comportamento das lagartixas depende do sexo e da idade. Os
machos costumam arquear suas costas, morder e agitar a língua para cortejar
a fêmea. As fêmeas costumam agitar suas caudas mais frequentemente que os
machos. Um estudo demonstrou que machos adultos costumam estar
localizados no solo durante a alimentação, enquanto os juvenis ficam em
posição mais alta. Neste caso, tal característica seria explicada porque
lagartixas são territorialistas e os jovens evitariam conflitos com os mais velhos
para obtenção de alimento.[35]
Os sinais químicos (feromônios) são usados por esses lagartos para
comunicação, geralmente para demarcação de território, sinalização de
dominância e quando a fêmea está pronta para acasalar, por exemplo.
[36]
 Lagartixas podem emitir sons, que variam de cliques até assobios, cacarejos
suaves e notas mais agudas.[6] Os machos costumam emitir sons durante o
cortejo, seguido da liberação de feromônios.[37]
Durante brigas, os machos, principalmente, apresentam como comportamento
entrelaçar suas mandíbulas e tentar afogar a cabeça do oponente. Isso pode
ser seguido de mordidas, movimentações da cauda e saltos. [38] Além disso, eles
emitem um chiado de baixa frequência durante o ato

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