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Lagarto
1:00
Os lagartos, como os demais répteis, são animais que apresentam corpo
coberto por escamas, 4 membros e cauda. Eles fazem parte da ordem
dos Escamados juntamente com as serpentes. São ovíparos mas alguns
são onívoros, como o Teiú. Apresentam grande variação de tamanho desde
poucos centímetros até mais de 1 metro da cabeça à ponta da cauda. Existem
mais de 3 mil espécies de lagartos, distribuídos em 45 famílias. Dentre os
lagartos mais conhecidos, podemos destacar
as iguanas, camaleões e lagartixas.
Habitat
Os lagartos são animais de sangue frio. Por isso, a maioria deles procura
lugares quentes para viver. Muitas espécies habitam regiões tropicais
úmidas ou desertos secos. Os lagartos vivem debaixo da terra, sobre o chão ou
em árvores e plantas. Algumas espécies passam parte do tempo na água.
Características físicas
Os lagartos variam mais de tamanho e de forma que qualquer outro grupo de
répteis. Alguns medem apenas alguns centímetros. Mas o maior lagarto de
todos, o dragão-de-komodo, pode chegar a 3 metros de comprimento. A
maioria dos lagartos possui quatro pernas fortes, mas alguns não têm pernas.
Assim, ficam parecidos com cobras ou serpentes e frequentemente são
confundidos com elas. Porém, eles possuem pálpebras e aberturas auriculares,
isto é, ouvidos. Geralmente também têm a cauda longa.
A maioria dos lagartos tem escamas secas cobrindo o corpo. As escamas são
pequenas placas lisas ou rugosas, com frequência marrons, verdes ou
cinzentas.
Muitos lagartos possuem características singulares. Alguns têm chifres ou
espinhos. Outros têm uma placa óssea em volta do pescoço. Essas
características os ajudam a amedrontar seus inimigos e a mantê-los a
distância. Algumas espécies possuem pregas de pele adicional nas laterais do
corpo; quando as abrem, elas parecem asas, e esses lagartos conseguem
planar de uma árvore para outra.
Três espécies de lagartos são venenosos: o monstro-de-gila, que é muito
vistoso e vive no sudoeste dos Estados Unidos, o lagarto-de-contas,
do México,e o dragão-de-komodo. O veneno deles é forte o suficiente para
matar uma pessoa.
Comportamento
A maioria dos lagartos é ativa durante o dia e repousa à noite. As lagartixas,
porém, geralmente são ativas do anoitecer até o raiar do dia. Os diferentes
tipos de lagarto se locomovem de maneiras diversas. A maioria corre sobre
quatro pernas, mas alguns correm mais velozmente sobre as patas traseiras,
apenas levantando a parte da frente do corpo. Os lagartos sem pernas se
locomovem do mesmo modo que as serpentes.
Muitos lagartos conseguem mudar sua coloração escura e discreta por uma cor
mais viva e forte. Fazem isso quando tentam atrair um lagarto do sexo
oposto ou assustar outro animal. Para alguns lagartos, a mudança de cor é um
meio de comunicar-se com outros lagartos, faz parte de sua linguagem. A
temperatura e a luz também afetam as mudanças de cor.
Os lagartos passam boa parte do tempo procurando alimento. A maioria deles
se alimenta de insetos, mas alguns comem sementes e plantas. Os lagartos
podem escavar a terra em busca de alimento, mas também podem aguardar
sua presa se aproximar e então avançar de repente para agarrá-la.
A maioria dos lagartos foge de seus inimigos. Mas às vezes é impossível evitar
um deles. Quando isso acontece, ele se infla de ar e fica ereto. Isso faz o
lagarto parecer maior e mais assustador.
Muitos lagartos usam a cauda para escapar de seus inimigos. Ela
se desprende do corpo quando é tocada e então fica se retorcendo no chão. A
cauda em movimento distrai a atenção do inimigo e, enquanto isso, o lagarto
escapa. Geralmente uma cauda nova se desenvolve no lugar da que caiu.
Reprodução
A maioria dos lagartos se reproduz botando ovos. As fêmeas da maioria das
espécies botam vários ovos de uma vez, mas as de alguns tipos de lagartos
põem apenas um ou dois ovos. A casca deles é resistente, lembrando couro.
Os lagartos costumam enterrá-los ou escondê-los debaixo de folhas. Em
algumas poucas espécies, as fêmeas ficam vigiando os ovos até eles
eclodirem, mas a maioria dos lagartos abandona-os depois de botá-los. Alguns
poucos tipos de lagartos dão à luz filhotes vivos, em vez de botar ovos.
Desenvolvimento
Dependendo da espécie, as formigas-rainhas podem gerar 300 novas formigas
em apenas uma semana.
As formigas nascem sempre a partir de ovos, e desenvolvem-se por meio
de metamorfose completa, ou seja, nascem como larvas e passam por
profundas mudanças morfológicas pelo estágio de pupa para enfim emergirem
como insetos adultos.
As larvas de formigas nunca tem pernas e são alimentadas pelas obreiras.
Geralmente possuem uma coloração amarela ou esbranquiçada, e crescem ao
longo de uma série de mudas de pele (chamadas de estágios larvais). O
número de estágios larvais mais frequentemente registrado em formigas é de
três, havendo, entretanto, muitas espécies com quatro estágios larvais.[10] As
larvas de formigas exercem papel fundamental na biologia destes insetos, pois
auxiliam na digestão de alimentos dado que formigas adultas apenas ingerem
líquidos,[11] desta forma geralmente se alimentam de alimentos sólidos ricos em
proteínas. As larvas de diferentes estágios larvais (chamados de ínstares)
podem apresentar adaptações especiais e morfologia distinta, de acordo com a
espécie.[12] Por exemplo, algumas larvas de formigas possuem espinhos, assim
como estruturas de fixação nas paredes dos formigueiros.[13]
As larvas e pupas desenvolvem-se dentro de uma faixa de temperatura
adequada que é comportamentalmente ajustada pelas obreiras, que as
transferem ao longo dos dias dentre câmaras e regiões diferentes do
formigueiro, de acordo a temperatura externa e seus estágios de
desenvolvimento. Este fenomeno é bem conhecido de formigueiros de
formigas lava-pés que realizam a migração vertical das larvas e rainhas de
acordo com a temperatura e umidade externa em relação à exposição ao sol.
A diferenciação em castas é, em algumas espécies, determinada pelo tipo de
alimento que recebem nos diferentes estágios larvais e as mudanças
morfológicas que caracterizam cada casta normalmente aparecem durante o
desenvolvimento do último ínstar larval.[14][15]
No momento da pupação, algumas espécies podem tecer um casulo, enquanto
a maioria das espécies de formigas tem pupas expostas (exaratas).[16]
Tempo de vida
De 6 e 10 semanas é o ciclo de vida da formiga entre a fase ovípara até se
tornarem adultas. Em geral, as operárias podem viver alguns meses, com
algumas espécies podendo viver aproximadamente 3 anos. As rainhas vivem
mais do que as operárias, sendo que a maior longevidade foi registrada na
espécie Pogonomyrmex owyheei, que atingiu uma idade de 30 anos.
As formigas aparentemente vivem mais quando são alimentadas com o mel de
rainha.
Formiga ordenhando afídeo
Abelha
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Abelhas são insetos voadores, conhecidos pelo seu importante papel
na polinização. Pertencem à ordem Hymenoptera, da superfamília Apoidea,
subgrupo Anthophila, e são aparentados das vespas e formigas.
O representante mais conhecido é a Apis mellifera, oriunda do Velho Mundo,
criada em larga escala para a produção de mel, própolis, geleia real e veneno.
As espécies de abelhas nativas das Américas e Oceania são conhecidas como
abelhas sem ferrão (ASF) e possuem ferrão atrofiado, sendo, portanto, menos
agressivas. As abelhas com ferrão encontradas comumente no Brasil são
espécies híbridas de abelhas europeias e africanas, criadas para maior
produtividade e resistência. As abelhas sem ferrão encontradas comumente no
Brasil são espécies do gênero Meliponini e a mais conhecida é a Jataí
(Tetragonisca angustula).
Há mais de 25 000 espécies de abelhas conhecidas em sete famílias biológicas
reconhecidas. Elas são encontradas em todos os continentes, exceto a
Antártida, em todos os habitats do planeta onde existam plantas de flores
polinizadas por insetos.
Existem abelhas que vivem socialmente em colônias e também existem
abelhas solitárias, ambas importantíssimas para o equilíbrio ambiental.
Elas estão adaptadas a uma alimentação de néctar e pólen, o primeiro
principalmente como uma fonte de energia e os últimos principalmente pelas
proteínas e outros nutrientes. A maioria do pólen é usado como o alimento para
as larvas que as tem definido como um insecto herbívoro mas que estudos
recentes podem obrigar a reconsiderar essa posição científica, catalogado-as
antes como omnívoras, pois foi percebida a importância alimentar das
proteínas microbianas existentes no interior do mesmo pólen.[1]
A polinização que as abelhas fazem é importantíssima, tanto ecologicamente
como comercialmente; o declínio em abelhas selvagens aumentou o valor da
polinização por colmeias, geridas comercialmente, de abelhas melíferas.
As abelhas variam em tamanho desde minúsculas espécies de abelhas sem
ferrão cujas obreiras são inferiores a 2 milímetros de comprimento, como
a Perdita Minima,[2] até à Chalicodoma Plutão, a maior espécie de abelha
cortadeira, cujas fêmeas podem atingir um comprimento de 39 milímetros. As
abelhas mais comuns no hemisfério norte são as Halictidae; são pequenas e
muitas vezes confundidas com vespas ou moscas. Vertebrados predadores de
abelhas incluem aves como os abelharucos; insetos incluem besouros
(abelheiro), vespas e libélulas.
A apicultura tem sido praticada há milênios, desde pelo menos os tempos
do Antigo Egito e da Grécia Antiga. Além do mel e da polinização, as abelhas
produzem cera de abelha, geléia real e própolis. As abelhas têm aparecido na
mitologia e folclore, através de todas as fases da arte e da literatura, desde os
tempos antigos até os dias atuais.
Evolução
A história evolutiva dos insetos mostra que os primeiros insetos aparecem por
volta de 480 milhões de anos, no período Ordoviciano, e os insetos voadores
por volta de 400 milhões de anos, no período Devoniano.[3]
Estudos genéticos sugerem que as abelhas provêm, como as formigas, da
especialização de vespas predadoras da família Crabronidae.[4] Supõe-se que
evoluiram a partir de espécies que se alimentavam de insetos cobertos de
polén, o qual teriam passado a preferir.[5]
Diversidade
A maior parte das espécies de abelhas são solitárias, não fabricam mel nem
constroem colmeias; todas têm, no entanto, um papel muito importante na
polinização.
Uma abelha da pequena espécie Tetragonisca angustula paira de guarda à entrada do ninho. Não
tem ferrão, produz um mel de sabor delicado.
Uma abelha produz cinco gramas de mel por ano. Para produzir um quilo de
mel, as abelhas precisam visitar cerca de 4 milhões de flores[25] e consomem
cerca de 6 a 7 gramas de mel para produzirem 1 grama de cera.[26]
Uma colmeia abriga de 60 a 80 mil abelhas. Tem uma rainha, cerca de
400 zangões e milhares de operárias. Se nascem duas ou mais rainhas ao
mesmo tempo, elas lutam até que sobre apenas uma rainha. A abelha-rainha
vive até 5 anos, enquanto as operárias vivem de 28 a 48 dias.[26]
Apenas as abelhas fêmeas trabalham. Os machos podem entrar em qualquer
colmeia ao contrário das fêmeas. A principal função dos machos é fecundar a
rainha. O zangão também tem a função de proteger a colmeia de outros
insetos que possam ameaçá-la. Apesar de não possuir ferrão, as suas presas
servem para atacar outros insetos que tentem invadir a colmeia, como vespas
ou formigas. A abelha rainha, logo após sair de seu casulo (e vencer outra
jovem rainha) sai da colmeia e voa o mais alto possível e é fecundada pelo
macho que consegui ir até ela, no chamado "voo nupcial." Depois de
cumprirem essa missão em particular, os machos não são mais aceitos na
colmeia. No fim do verão, ou quando há pouco mel na colmeia, o número de
operárias cai.[26]
Tarântula
Theraphosidae é uma família de aranhas, que inclui as espécies conhecidas
pelos nomes comuns de tarântulas (português europeu) ou caranguejeiras (português brasileiro), que
se caracterizam por terem pernas longas com duas garras na ponta,
e corpo revestido de cerdas. As tarântulas habitam as regiões temperadas e
tropicais das Américas, Ásia, África e Oriente Médio. Enquanto crescem, têm
uma fase de troca de pele chamada ecdise. Apesar do tamanho e aspecto
sinistro, as tarântulas não são perigosas para a espécie humana, uma vez que
não produzem toxinas nocivas aos humanos, por isso são eventualmente
criadas como animais de estimação. Uma de suas defesas são os
pêlos urticantes de suas costas e abdômen, que irritam a pele do possível
predador.
Em média atingem de 15 cm a 25 cm de comprimento com as pernas
estendidas, mas existem espécies que podem chegar até 30 cm, como é o
caso da tarântula-gigante-comedora-de-pássaros (Theraphosa blondi)
da América do Sul.
Etimologia
A aranha originalmente chamada de "tarântula" foi a espécie Lycosa tarantula,
uma aranha lobo da família Lycosidae nativa da Europa mediterrânica. O nome
deriva da cidade portuária do sul da Itália, Tarento, região onde estas aranhas
são facilmente encontradas e que, posteriormente, foi aplicado a quase todas
as espécies de aranhas de grande porte, especialmente a família
das Mygalomorphae, das regiões mais quentes da América e as theraphosidae.
Durante muito tempo acreditou-se, no sul da Europa, que uma pessoa picada
pela tarântula seria tomada de extrema melancolia e poderia mesmo morrer se
não se entregasse a uma dança frenética, a tarantela
Características
Ciclo de vida
As tarântulas têm um ciclo de vida longo e levam de 2 a 5 anos para atingir a
maturidade sexual. Os machos morrem normalmente após o acasalamento,
alcançando 5 a 7 anos de vida. Antes de se tornarem adultas, as tarântulas têm
de comer diariamente, exceto no período de sua troca de pele, quando há
um jejum de, em média, dez dias antes e de sete dias depois. Quando já são
adultas podem passar por longos períodos sem comer. Foram registrados
casos de longevidade de fêmeas em cativeiro com até 25 anos.
Hábitos
As tarântulas são animais solitários e noctívagos. Alimentam-se de pequenos
animais, que nas espécies maiores podem incluir pequenos pássaros, roedores
ou anfíbios. Todas as espécies de tarântulas apresentam canibalismo.
Uma Brachypelma smithi.
Toca
A maioria das Tarântulas não se afasta de sua toca, nem mesmo para se
alimentar, pois sentem a presença das presas pela vibração do solo. O macho
normalmente é quem faz as viagens mais longas para encontrar as fêmeas.
As tocas são normalmente subterrâneas, geralmente aproveitadas de outras
aranhas ou roedores. São forradas com sua teia formando uma seda, o que
arrefece o esconderijo. Geralmente ficam próximas a raízes de árvores e
pedras, e podem chegar até 1 metro de profundidade.
Existem espécies que também são arbóreas — não necessitam ir ao solo
durante toda sua vida, e fazem tocas em buracos nas árvores.
Reprodução
O acasalamento das tarântulas é como o da maioria das aranhas. Uma
diferença é que o macho tem ganchos para prender as presas das fêmeas no
ato sexual. Os machos têm seus pedipalpos modificados para a cópula.
Normalmente o macho foge logo após o ato, antes que a fêmea recobre seu
apetite, e morre poucos meses depois, devido a seu curto ciclo de vida. A
fêmea armazena o esperma vivo num órgão especial, até chegar a época de
botar os ovos.
As fêmeas depositam entre 50 a 200 ovos num saco de seda que incubam por
cerca de 6 semanas. Os ovos são bem grandes, e o saco pode chegar a ficar
do tamanho de um limão. Os filhotes já nascem com um bom tamanho. Após o
nascimento as pequenas tarântulas não recebem cuidados parentais, ficam
pouco tempo na toca e logo depois se dispersam.
Preservação
A tarântula é espécie ameaçada devido principalmente à destruição do
seu habitat, proporcionando um número elevado de atropelamentos e a caça
para criação como animal de estimação. Em contrapartida, é uma das aranhas
mais criadas em cativeiro.
Musca domestica - Mosca
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Descrição
Os espécimes adultos de M. domestica podem medir cerca de 5-8 mm de
comprimento. Apresenta coloração cinzenta no tórax, com quatro linhas
longitudinais no dorso. A parte inferior do abdómen é amarelada. O corpo é
recoberto de pelos relativamente longos.
Os olhos compostos são de cor avermelhada.
As fêmeas são um pouco maiores que os machos e apresentam um
espaçamento maior entre os olhos.
Apresentam duas asas funcionais, com o outro par convertido
em balanceiros (ou halteres) que estabilizam o voo.
Cada fêmea pode pôr cerca de 8 000 ovos brancos, com cerca de 1,2 mm de
comprimento. Decorridas 24 horas após a postura, ocorre a eclosão das larvas,
as quais se alimentam de restos orgânicos ricos em nutrientes. Apresentam
uma coloração pálida e 3 a 9 mm de comprimento, fusiformes, com a boca
terminal e sem patas. Quando a alimentação é suficiente, transformam-se
em pupas com cerca de 8 mm de comprimento e coloração que varia de
vermelho a castanho. Ao concluir a metamorfose, o adulto rompe um dos
extremos da pupa com um corte circular, emerge e voa em busca de
congéneres para acasalar e concluir o seu ciclo vital. Os adultos podem viver
uma quinzena em estado selvagem, podendo atingir períodos de vida mais
longos em laboratório.
O ciclo de vida completo de uma mosca no meio natural varia de 25 a 30 dias.
A mosca doméstica apresenta 12 cromossomos.
Existem pelo menos duas espécies muito semelhantes a esta:
Moscas e humanos
A espécie convive facilmente com os humanos, com tendência a agregar-se,
ainda que sejam insectos pouco sociais. As moscas-domésticas podem ser
portadoras de enfermidades infecto-contagiosas que podem transmitir ao
alimentarem-se sobre alimentos humanos que contaminam.
A via de contaminação dos alimentos é dupla: por contacto das patas e do
aparelho bucal ductor, particularmente através dos fluidos gástricos e restos de
alimento anteriormente ingerido que regurgitam antes de se alimentarem.
Algumas das doenças susceptíveis de transporte vectorial por M.
domestica são febres tifoides, cólera, salmoneloses, disenteria por
bacilos, tuberculose, carbúnculo e também alguns vermes parasitas.
Excepcionalmente também pode ocasionar miíase.
Algumas variedades podem ser imunes a insecticidas. Estes insectos são
considerados uma das piores pragas domésticas, superando
os mosquitos, formigas e baratas. Apesar de existirem métodos caseiros de
tentar-se mantê-las afastadas, a desinsetização por empresas especializadas
ainda é o método mais eficaz de controle dessa praga urbana.
A sua larva é muito útil na medicina legal e na pesca. O estado de
desenvolvimento da larva pode ajudar na determinação do tempo decorrido
desde a morte de uma pessoa. Uma vez que a larva só se alimenta de carne
morta e alimentos podres, surgiram experiências, em ambiente controlado,
para introduzir a larva em feridas, eliminando a carne putrefata, evitando
a gangrena.
Subespécies
São consideradas taxonomicamente válidas as seguintes subespécies:[2]
Barata
Blattaria é uma subordem de insetos cujos representantes são popularmente
conhecidos como baratas. O nome cascuda também pode se referir a baratas
ou coleoptera de maneira genérica.[1][2]
É um grupo cosmopolita, sendo que algumas espécies (menos de 1%) são
consideradas como sinantrópicas. Entre os principais problemas que as
baratas podem ocasionar aos seres humanos está a sua atuação como vetores
mecânicos de diversos patógenos
(bactérias, fungos, protozoários, vermes e vírus). As baratas domésticas são
responsáveis pela transmissão de várias doenças, através das patas
e fezes pelos locais onde passam. Por isso são consideradas perigosas para
a saúde dos seres humanos.[3]
Entre as espécies mais conhecidas estão a barata-americana, Periplaneta
americana, que mede cerca de 30 milímetros de comprimento, a barata-
alemã, Blattella germanica, com cerca de 15 milímetros de comprimento,
a barata-asiática, Blattella asahinai, também com cerca de 15 milímetros de
comprimento, e a barata-oriental, com cerca de 25 milímetros. As baratas
tropicais são muitas vezes muito maiores, e os parentes extintos das baratas
são as 'roachoids', como o Archimylacris Carbonífero e o Permiano
Apthoroblattina que não eram tão grandes como as maiores espécies
modernas.[3]
Existentes há mais de 300 milhões de anos, as baratas já somam cerca de
5000 espécies no mundo. O corpo das baratas tem formato ovular e deprimido.
Seu tamanho pode variar de alguns milímetros até quase 10 centímetros.[4] A
cabeça é curta, subtriangular, apresentando olhos compostos grandes e
geralmente dois ocelos (olhos simples). Em geral são de coloração
parda, marrom ou negra, porém existem espécies coloridas. Nas zonas
tropicais, predominam as de cor marrom avermelhada, além das
cores verde e amarela.[3]
O formato e o tamanho variam dependendo da espécie, mas
em gênero podemos dizer que as fêmeas são maiores que os machos, porém
os machos têm as asas mais desenvolvidas. A alimentação é variada.[4] As
baratas são insetos onívoros, ou seja, comem qualquer coisa, tendo principal
atração por doces, alimentos gordurosos e de origem animal.[4] Uma curiosidade
é que podem viver uma semana sem beber água, até um mês sem comer e
também semanas sem a cabeça.[5] Conseguem perceber o perigo através de
mudanças na corrente do ar à sua volta. Elas possuem pequenos pelos nas
costas que funcionam como sensores, informando a hora de correr.[3][4]
Espécies
Blatella germanica (barata-alemã)
Blatella orientalis (barata-oriental)
Gromphadorhina portentosa (barata de Madagascar)
Periplaneta americana (barata-americana)
Periplaneta australasiae (barata-australiana)
Periplaneta fuliginosa (barata-fuliginosa ou barata-marrom-fuligem,
banda-marrom ou banda-café)
Supella longipalpa (barata-de-faixa-marrom)
Origem
Os registros mais antigos de baratas datam do período Carbonífero (há 320
milhões de anos). Elas foram reconhecidas basicamente pelas impressões
deixadas por suas asas, num tipo de fossilização onde apenas o relevo das
nervuras foi preservado. O padrão destas nervuras é característico de cada
uma das espécies, permitindo assim sua identificação/classificação. As mais
antigas baratas da América do Sul pertencem ao final do Carbonífero (280
milhões de anos) e também foram reconhecidas somente por suas asas.
Porém, existem algumas exceções: nas rochas calcárias de Formação Santana
(datada em 112 milhões de anos, período Cretácio Inferior), região de Santana
do Cariri, Ceará, foram encontrados insetos extraordinariamente preservados.
Neste período, inclusive, as baratas foram contemporâneas dos dinossauros.
As baratas atuais, quando comparadas a suas ancestrais, demonstram uma
enorme capacidade de adaptação às mudanças ambientais, apresentando
pequenas variações morfológicas. Desde a sua origem até hoje, as
modificações mais acentuadas ocorridas nos corpos destes insetos foram:
variação no padrão e número das nervuras das asas e espinhos das patas.
Não foram, no entanto, elucidados quais os benefícios que estas alterações
possam ter trazido para o processo de adaptação. O curioso é que no
Cretáceo da Formação Santana foram encontradas baratas com
grande ovipositor (tubo por onde saem os ovos das fêmeas), chegando a 1/3
do comprimento total do corpo, além de outras espécies de insetos
com ooteca (bolsa de ovos). Dentre todos eles, somente as baratas
permaneceram e, provavelmente, sobreviverão mantendo suas características
por muito tempo.
do que as fêmeas.[7]
Comportamento
Barata em um arbusto.
Alimentação
Muitas espécies silvestres participam da cadeia alimentar como saprófagos,
por se alimentarem de material animal e vegetal morto, carnívoros e
herbívoros.[11] As espécies do gênero Panesthia (Blaberidae)
e Cryptocercus (Cryptocercidae) possuem bactérias e protozoários em seu
tubo digestivo, que auxiliam na digestão da celulose.[11] Mas a maioria das
espécies é onívora, como por exemplo, as espécies existentes em ambientes
urbanos. As baratas urbanas são capazes de viver três dias sem água e dois
meses sem comida.[11] Mas várias baratas conseguem sobreviver cerca de um
mês sem comida e sem água e aproximadamente dois meses só com a água.[12]
Reprodução
Uma fêmea Blatella germanica com a ooteca.
Desenvolvimento
Inimigos naturais
Existem muitos inimigos naturais (predadores e parasitas) que atacam as
baratas, como por exemplo, osgas (lagartixas), bactérias, formigas, vermes,
fungos, protozoários, artrópodes (ácaros, aranhas, besouros, escorpiões,
hemípteros e himenópteros) e vertebrados.[19] Dentre os himenópteros, seis
famílias se desenvolvem em ovos (exemplo: Evaniidae, Encyrtidae, Chalcididae
e Eulophidae), e na família Sphecidae, principalmente as ninfas de baratas são
paralisadas e colocadas no ninho destas vespas para servirem como alimento
para as larvas.[20]
Lagartixa-doméstica-tropical
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Habitat
A lagartixa-doméstica-tropical é extremamente comum em áreas urbanas e,
como o seu nome popular sugere, ela vive geralmente dentro de casas, porém
também pode ocorrer em ambientes naturais não antrópicos (locais sem
interferência humana), como a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, incluindo
as restingas, o Cerrado, a Caatinga e algumas ilhas da costa brasileira.[18] Seus
hábitats incluem áreas arenosas, áreas de mata perto de praias, troncos de
árvores e as paredes externas de casas.[19]
H. mabouia é dita como uma espécie exótica e atualmente existem duas
hipóteses de como essa espécie originária do continente africano chegou às
demais localidades: uma sugere que esses animais chegaram à América
através de balsas naturais movidas pela corrente marítima e outra que essa
migração aconteceu juntamente com navios que traziam pessoas no período
da escravidão.[20]
Alimentação
H. mabouia predando um inseto.
Reprodução
Esses animais apresentam como estratégia reprodutiva a poliginandria, que
consiste na existência de uma relação exclusiva de dois ou mais machos com
duas ou mais fêmeas, onde geralmente os machos estão em menor número.[22]
O reconhecimento do sexo oposto para iniciar a cópula envolve um sistema de
percepção multifatorial para integrar as informações, como odores e sinais
visuais. Machos emitem sons e feromônios que atraem as fêmeas, que podem
ou não demonstrar receptividade.[23] Se as fêmeas rejeitam o cortejo esse sinal
é demonstrado mordendo e chicoteando suas caudas nos machos.[24] Caso a
fêmea aceite o cortejo, ocorre a cópula: como a fertilização é interna, as
fêmeas permitem serem montadas e os machos introduzem
seu hemipênis (órgão copulatório presente na cloaca, característico de
lagartos) na região cloacal das fêmeas.[25] A reprodução de H. mabouia ocorre
durante todo o ano, contudo em estações úmidas a fêmea aumenta a sua
frequência reprodutiva.[26] O período de incubação dessa espécie ainda é
desconhecido e o intervalo máximo já registrado entre o encontro dos ovos até
a eclosão foi de 77 dias,[27] sendo o tempo médio de eclosão de 56 dias.[28]
Ovos de Gekkonidae.
Comportamento
Lagartixas são répteis, portanto são animais ectotérmicos, ou seja, que utilizam
fontes externas de calor para aquecer seus corpos e desempenhar suas
funções fisiológicas.[32] O ambiente térmico noturno é mais homogêneo e
oferece um conjunto limitado de micro-hábitats para a regulação da
temperatura corpórea dos lagartos, por isso esses animais devem fazer um
balanço entre a escolha dos melhores locais de forrageamento e de
termorregulação contra os riscos que são associados com a predação.[33] A
família a que pertence Hemidactylus mabouia, a Gekkonidae, apresenta modo
de forrageamento sedentário, conhecido como “senta e espera”, entretanto
alguns comportamentos de predação ativa já foram observados para essa
espécie.[34]
Muitas vezes o comportamento das lagartixas depende do sexo e da idade. Os
machos costumam arquear suas costas, morder e agitar a língua para cortejar
a fêmea. As fêmeas costumam agitar suas caudas mais frequentemente que os
machos. Um estudo demonstrou que machos adultos costumam estar
localizados no solo durante a alimentação, enquanto os juvenis ficam em
posição mais alta. Neste caso, tal característica seria explicada porque
lagartixas são territorialistas e os jovens evitariam conflitos com os mais velhos
para obtenção de alimento.[35]
Os sinais químicos (feromônios) são usados por esses lagartos para
comunicação, geralmente para demarcação de território, sinalização de
dominância e quando a fêmea está pronta para acasalar, por exemplo.
[36]
Lagartixas podem emitir sons, que variam de cliques até assobios, cacarejos
suaves e notas mais agudas.[6] Os machos costumam emitir sons durante o
cortejo, seguido da liberação de feromônios.[37]
Durante brigas, os machos, principalmente, apresentam como comportamento
entrelaçar suas mandíbulas e tentar afogar a cabeça do oponente. Isso pode
ser seguido de mordidas, movimentações da cauda e saltos. [38] Além disso, eles
emitem um chiado de baixa frequência durante o ato