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Lição 23
OBJETIVOS:
1) Citar pelo menos dois tipos comuns de traumas associados aos acidentes na
água;
2) Conceituar o termo “afogamento”;
3) Descrever dois problemas específicos relacionados com os acidentes de
mergulho em grandes profundidades.
INTRODUÇÃO
TIPOS DE ACIDENTES:
Os afogamentos podem ser ocasionados por diversos tipos de acidentes, tais como
mergulhos em águas rasas, abusos de álcool antes de entrar no mar, cãibras ou
desmaios durante a prática de natação em águas profundas, acidentes com
veículos aquáticos, quedas de pontes, etc.
AFOGAMENTO:
Podemos conceituar o afogamento como uma sufocação em meio líquido.
Esta sufocação pode ser provocada pela inundação das vias aéreas ou pelo
fechamento da epiglote, estimulada pela presença de líquidos (espasmo de laringe).
Nos dois casos, o resultado final será a asfixia (hipóxia) resultante da falta de
oxigênio. As células nervosas são as primeiras a sofrer com a privação de oxigênio,
morrendo em poucos minutos.
ATENÇÃO!
Não tente fazer um salvamento na água, a menos que você tenha sido treinado para
isso, seja um bom nadador e haja outras pessoas para ajudá-lo. Nunca tente fazer
um salvamento na água sozinho ou sem recursos. Caso contrário, ao invés de ser
uma pessoa que fará o salvamento, você provavelmente se tornará uma vítima!
ACIDENTES DE MERGULHO
Acidentes de mergulho a grandes profundidades podem produzir bolhas de gás no
sangue (embolia) ou a doença da descompressão.
Obs. Nesses casos espere uma reação tardia, normalmente os sinais e sintomas
aparecem de 1 a 48 horas após o acidente.
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR:
paciente da água sozinho. Sempre que possível tente apoiar as costas do paciente e
manter o pescoço apoiado e alinhado. Todos os pacientes que sofrerem acidente na
água devem receber cuidados para prevenir o choque (hipoperfusão). Mantenha-os
o mais aquecido possível, sem exagerar.
A maioria das vítimas de afogamento, quer seja de água doce ou salgada, aspira
apenas uma pequena quantidade de água, a qual é rapidamente absorvida dos
pulmões para a circulação. Além disso, cerca de 10 a 15% das vítimas não aspiram
água devido a ocorrência de um laringoespasmo (lembrar que a laringe é
extremamente sensível a qualquer material estranho e pode produzir um espasmo
que nada mais é do que uma resposta irritativa imediata que fecha a passagem das
vias aéreas) e da apnéia.
Os vômitos nos afogados submetidos a RCP, permanecem como principal fator de
complicação durante e após a ressuscitação. Ao contrário do que se preconizava
anos atrás, a posição da vítima de afogamento em água salgada e que necessita
manobras de ressuscitação na areia, deve ser paralela a linha do mar, de forma a
evitar vômitos e aspirações, que ocorrem com maior freqüência com a posição
cefálica mais baixa. A indicação anterior objetivava drenar água dos pulmões da
vítima por gravidade, mas não é mais recomendada.
Muitas vezes, o paciente tem água no estômago. Isto poderá fazer resistência aos
seus esforços ventilatórios. Quando isto acontecer, você deve lembrar que parte do
ar de suas ventilações vai para o estômago do paciente, mesmo que você tente
ajustar suas ventilações. As regras atuais, da Associação Americana do Coração
(American Heart Association) e da Cruz Vermelha Americana, pedem para que o
socorrista não tente retirar a água ou o ar do estômago do paciente (a menos que
tenha um aspirador portátil disponível), devido ao risco de levar o material do
estômago para as vias aéreas e provocar uma obstrução ou aspiração. Quando
ocorrer uma distensão gástrica, reposicione as vias aéreas e continue a
ressuscitação, tendo certeza de que as ventilações feitas são lentas e profundas.
Quase todas as vítimas de afogamento apresentam algum grau de hipotermia.
AVALIAÇÃO
AFOGAMENTOS E ACIDENTES DE MERGULHO