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RESUMOS

AFOGAMENTO

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AFOGAMENTO
Conceito:

A (OMS) em 2002, durante o I Congresso Mundial Sobre Afogamentos trouxe uma


nova definição para afogamento: “aspiração de líquido não corporal por submersão (abaixo da
superfície do líquido) ou imersão (água na face)”.
Se a vítima é resgatada e o processo é interrompido, o que é denominado um
afogamento não fatal, se evoluir a óbito será considerado afogamento fatal.

 EPIDEMIOLOGIA
• Afogamento é uma das principais causas evitáveis de morte acidental.
• Acomete sobretudo jovens.
• Um dos seus maiores fatores contribuintes é o abuso do álcool, além da imprudência
decorrente do excesso de confiança da vítima em suas habilidades de natação.
o Em casos envolvendo crianças, a negligência dos pais é o maior fator.
o Também podem ser precipitados por convulsão, traumatismos, doenças
cardiopulmonares e acidentes de mergulho.
• O Afogamento é a principal causa de morte por ferimentos entre crianças com menos de
15 anos de idade.
o Ocorrendo > 500.000 mortes por afogamento/ano, representando 0,7% de todas
as mortes.
o Embora esse número seja mais uma subestimação, pois muitos óbitos por
afogamento não são classificados dessa forma.
• O maior pico é em crianças com menos de 5 anos, o segundo maior pico é naquelas com
idade de 15 e 24 anos e o terceiro está em idosos

 FISIOPATOLOGIA
• A maioria dos casos de afogamento acontece pela incapacidade da vítima de manter a sua
via aérea acima da superfície da água, mas outras condições que podem ter levado a
vítima a afogar-se devem ser ativamente de nadar:
o Incapacidade de nadar.
o Comportamento de risco.
o Hiperventilação.
o Falta de supervisão adulta.
o Hipotermia.
o Intoxicação alcoólica (observada em até 70% dos casos).
o Infarto agudo do miocárdio.
o Arritmia.
o Hemorragia subaracnóidea.
o Acidente Vascular cerebral (AVC).
o Epilepsia (15 a 20 vezes maior risco de afogamento).
o Trauma (principalmente se associado a história de mergulho em águas rasas).
o Suicídio (adolescentes e adultos) e homicídio (crianças).
• A resposta imediata é tentar segurar a respiração, mas após um minuto a água é aspirada
para as vias aéreas e a tosse ocorre como uma resposta reflexa.

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• Em raras situações pode ocorrer laringoespasmo, mas o principal dano ocorre por asfixia
com hipóxia do SNC.
• A grande maioria dos pacientes chegam ao hospital com sinais cardiovasculares estáveis e
função neurológica alerta desperta e sobrevive com incapacidade mínima.
• Aqueles que chegam com função cardiovascular e coma apresentam desfechos ruins por
causa da provável lesão hipóxico-isquêmica, representando 15 a 20% dos pacientes.
• A aspiração de substâncias como material estranho contaminado, bactérias, vômitos ou
irritantes químicos podem afetar a eventual recuperação pulmonar.
• A água nos alvéolos provoca a inativação do surfactante.
o O volume aspirado em vítimas não fatais é, em geral, de 3 a 4m/Kg.
• A aspiração de água salgada e doce causa graus similares de lesão.
o Em ambos os tipos de afogamento o efeito osmótico na membrana alvéolo-capilar
é deletério por consequente perda de função.
• As alterações na membrana alvéolo-capilar cursam com edema pulmonar, que diminui
principalmente a troca de oxigênio.
o É necessária a aspiração de mais de 22ml/Kg para que haja alteração de eletrólitos
• As anormalidades eletrolíticas raramente são significativas e geralmente transitórias,
exceto se houver hipóxia significativa, depressão do SNC, lesão renal por hemoglobinúria
ou mioglobinúria.

 CLASSIFICAÇÃO

 PCR POR AFOGAMENTO


• O tratamento de uma vítima de afogamento envolve quatro fases distintas, mas
interrelacionadas entre si:
o O resgate na água.
o Suporte básico de vida.
o Suporte avançado de vida.
o Cuidados pós-ressuscitação.
• O resgate e a ressuscitação de uma vítima de afogamento envolvem equipe
multiprofissional.

 CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA
• Prevenção.
• Reconhecer o afogado.
• Pedir para ligarem 193.

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• Fornecer flutuação.
• Evitar a submersão.
• Remover a vítima da água (se for seguro).
• Suporte de vida.
• Hospital se necessário.

 RESGATE NA ÁGUA
• Certifique-se da sua segurança, e minimize os riscos para si e para a vítima.
• Sempre que possível, salve a vítima de afogamento sem entrar na água.
• Se entrar na água for essencial para o resgate da vítima, pegue um resgate flutuante ou
algum objeto flutuante.
• É mais seguro entrar na água com dois socorristas do que sozinho.
• Nunca afunde a cabeça primeiro na água, pois você pode perder contato visual com a
vítima e corre o risco de uma lesão espinhal.
• A imobilização da coluna cervical não é indicada, a menos que sinais de injúria severa
sejam aparentes ou se a história for consistente.
o A incidência de lesão de coluna cervical em vítimas de afogamento é muito baixa
(aproximadamente 0,5%).
o Imobilização da coluna pode ser difícil dentro da água e pode retardar a remoção.
o Colares cervicais mal posicionados podem causar obstrução da via aérea em
pacientes inconscientes.
• Se a vítima está em apneia e sem pulso, remova-a da água o mais rápido possível,
enquanto tenta limitar a flexão e extensão do pescoço

 SUPORTE BÁSICO DE VIDA NO AFOGAMENTO


• Ventilação de resgate.
• Compressões Torácicas.
• Desfibrilador Externo Automático.
• Regurgitação durante a Ressuscitação Cardiopulmonar.

 SUPORTE AVANÇADO DE VIDA NO AFOGAMENTO


• Via Aérea e Respiração.
• Circulação e Desfibrilação.
• Descontinuação dos esforços de ressuscitação.
• Cuidados Pós-Ressuscitação: Injúria Pulmonar.
• Hipotermia após Afogamento.

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