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Afogamento
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CONCEITOS
Para a Organização Mundial de Saúde, afogamento é definido como ‘’o processo de passar pelo
comprometimento respiratório a partir da submersão/ imersão em líquido’’. Submersão é definido
como ‘’o corpo todo, incluindo as vias aéreas, estão abaixo da superfície da água’’, enquanto
imersão é quando ‘’a água respingou ou passa pelo rosto e vias respiratórias e permite que ocorra
afogamento por aspiração’’.
FATORES DE RISCO
Para bebês e crianças, o principal fator de risco é a supervisão inadequada e para adolescentes e
adultos, o comportamento de risco e o uso de drogas. Outros fatores de risco são:
• Habilidade de nadar;
• Blecaute em águas rasas: não raro, alguns nadadores hiperventilam intencionalmente
antes de mergulhar para diminuir a pressão parcial de dióxido de carbono (PaCO2) – com
a PaCO2 diminuída, diminui-se também o feedback para o centro respiratório no
hipotálamo para respirar enquanto segura a respiração. No entanto, a pressão parcial de
oxigênio arterial (PaO2) não se altera significativamente com a hiperventilação, e a sua
diminuição (uma vez que o indivíduo está debaixo d’água e continua por mais tempo com
a PaCO2 reduzida) pode causar uma possível perda de consciência e hipóxia cerebral;
• Imersão acidental em água gelada: as alterações fisiológicas que ocorrem na imersão em
água fria podem ter um resultado desastroso ou um efeito protetivo no corpo, dependendo
de muitas circunstâncias. Resultados adversos são mais comuns, provindos de colapso
cardiovascular e morte súbita dentro de minutos na imersão em água fria.
• Idade: sabe-se que as crianças com menos de 1 ano têm a mais alta taxa de afogamento.
• Sexo: o sexo masculino representa mais da metade das vítimas de submersão, com dois
picos de incidência de idade – o primeiro acontece com meninos de 2 anos, baixa até os 10
anos e depois sobe rapidamente novamente com um pico aos 18 anos. Esse segundo pico
pode ser explicado pela maior exposição relacionada com atividades aquáticas, maior
consumo de álcool em locais com água e comportamento mais arriscado.
• Localização: acontecem tipicamente em piscinas domésticas e no mar, mas também
acontecem em baldes.
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MECANISMOS DE LESÃO
Um cenário comum de imersão com a cabeça para fora da água ou incidente de submersão
de corpo inteiro começa com uma situação que cria pânico, levando a retenção da respiração, falta
de ar e aumento da atividade física em um esforço para ficar na superfície d’água. Conforme
continua o incidente de submersão, um esforço inspiratório reflexo traz água para faringe e laringe,
causando uma resposta de engasgo e laringoespasmo. O início do laringoespasmo representa o
primeiro passo para sufocamento e hipóxia cerebral, que por sua vez causa a perda de consciência
e submerge a vítima ainda mais.
Tem sido demonstrado que não há diferenças reais entre o afogamento seco ou molhado e
entre aspiração de água doce salgada. Para os provedores de atendimento pré-hospitalar, o
denominador comum desses quatro cenários de submersão é hipóxia cerebral causada pelo
laringoespasmo ou por aspiração de água. O processo inteiro de afogamento desde a imersão ou
submersão até a hipoxemia, a apneia, a perda de consciência que leva à parada cardíaca, a atividade
elétrica sem pulso e a assistolia geralmente ocorre em segundos até alguns minutos. Para as vítimas
que sobrevivem, o gerenciamento do local deve ser de rapidamente reverter a hipóxia nesses
pacientes, prevenindo parada cardíaca.
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SALVAMENTO NA ÁGUA
As seguintes diretrizes são recomendadas para o resgaste da vítima na água com segurança:
• Alcance: tente realizar o resgate com um mastro, vara ou um remo, ou qualquer coisa que
mantenha o socorrista em terra ou em barco. Use precaução para evitar que seja puxado
inadvertidamente para a água.
• Jogue: quando não conseguir alcançar a vítima, jogue algum objeto para vítima.
• Reboque: uma vez que a vítima consiga se segurar no objeto de resgaste, reboque-a para
um lugar seguro.
• Reme: se precisar entrar na água, é aconselhado que se faça de barco ou prancha e se use
dispositivo de flutuação pessoal.
PREDICADORES DE SOBREVIVÊNCIA
Existem alguns fatores que são preditivos para o resultado da reanimação de uma pessoa que se
afogou:
• 11 a 25 minutos = 88%
• Maior que 25 minutos = 100%
AVALIAÇÃO
TRATAMENTO
REFERÊNCIAS
2. MARTINS, Herlon Saraiva; BRANDÃO NETO, Rodrigo Antonio; VELASCO, Irineu Tadeu.
Medicina de emergência: abordagem prática. [S.l: s.n.], 2016.
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