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(21) 3176-1072 ou 2203-1072

QAA/AFN – CAP e CPA

PROCEDIMENTOS
MARINHEIROS
SUMÁRIO
1 - EMBARCAÇÕES MIÚDAS
1.1 – Generalidades .................................................................................................................................. 001
1.2 – Classificação das embarcações miúdas ......................................................................................... 001
1.3 – Propulsão ..........................................................................................................................................001
1.4 – Palamenta das embarcações ........................................................................................................... 001
1.5 – Cuidados com o equipamento das embarcações ...........................................................................002
1.6 – Arrumação das embarcações a bordo ........................................................................................... 002
1.7 – Arriar uma embarcação ................................................................................................................. 002
1.8 – Conduzir uma embarcação miúda de propulsão a motor............................................................ 003
1.8.1 – O uso do leme
1.8.2 – Manobrando em mar
1.8.3 – Atracação
1.8.4 – Desatracação
1.9 – Içar uma embarcação ......................................................................................................................006
1.10 – Observações complementares ...................................................................................................... 006
1.11 – Comunicações ................................................................................................................................ 007

ANEXO A - APRESENTAÇÃO MARINHEIRA


1 – Generalidades ..................................................................................................................................... 007
2 – Orientações básicas ............................................................................................................................ 008
3 – Falhas mais comuns quanto à apresentação marinheira ................................................................ 008

ANEXO B - SEGURANÇA DA TRIPULAÇÃO A BORDO


1 – Generalidades ..................................................................................................................................... 010
2 – Precauções de segurança nas fainas marinheiras ............................................................................011
2.1 – Cuidados quando trabalhando com espias e
2.2 – Fainas de transferência no
2.3 – Faina de reboque (rebocador e rebocado)
2.4 – Fainas de recolhimento de homem ao mar e náufragos
2.5 – Embarque e desembarque de prático
2.5.1 – Estado de Conservação e Segurança
2.5.2 – Localização
2.5.3 – Operação
2.5.4 – Fixação
2.5.5 – Iluminação
2.5.6 – Boias salva-vidas
2.5.7 – Embarque e desembarque
2.5.8 – Homologação
3 – Vias de acesso ...................................................................................................................................... 016
4 – Serviços de pintura ............................................................................................................................. 016
5 – Trabalho em locais elevados .............................................................................................................. 016
6 – Perigos da irradiação eletromagnética ............................................................................................. 017
6.1– Perigos Para o Homem
6.2 – Perigo da irradiação eletromagnética para o armamento (HERO
6.3 – Perigo da irradiação eletromagnética para o combustível (HERF)
6.4 – Laser (light amplification by stimulated emission of radiation)
6.5 – Perigos da energia eletromagnética em relação a outros equipamentos
6.6 – Perigos de irradiação eletromagnética para aeronaves durante pouso e decolagem
7 – Manutenção de equipamentos eletrônicos ....................................................................................... 019
7.1 – Precauções gerais de segurança
7.2 – Válvulas radioativas
7.3 – Precauções no manuseio de válvulas de raios catódicos (VRC)
8 – Manutenção de equipamentos elétricos ............................................................................................021
9 – Tanques e espaços vazios ................................................................................................................... 022
10 – Ampolas de gás comprimido ........................................................................................................... 022
11 – Materiais perigosos (fluídos aquecidos, tóxicos ou inflamáveis) .................................................. 022
12 – Medidas para reduzir riscos de incêndio a bordo ......................................................................... 022
13 – Precauções de segurança nas operações aéreas ............................................................................. 023
13.1 – Normas gerais de segurança nas operações aéreas
13.2 – Segurança na plataforma de pouso e hangar
13.3 – Abastecimento da aeronave
13.4 – Manobra do navio e manobra do helicóptero
14 – Precauções de segurança durante os períodos de manutenção .................................................... 025
14.1 – Recomendações gerais
14.2 – Prevenção de incêndio
15 – Precauções gerais de segurança do pessoal .................................................................................... 026

EXERCÍCIO ................................................................................................................................................. 027

GABARITO ................................................................................................................................................. 040


PROCEDIMENTOS MARINHEIROS CURSO ASCENSÃO
PROCEDIMENTOS MARINHEIROS
1 - EMBARCAÇÕES MIÚDAS

1.1 – GENERALIDADES - Neste capítulo serão


abordados alguns aspectos relativos às embarcações
miúdas existentes a bordo.

1.2 – CLASSIFICAÇÃO DAS EMBARCAÇÕES


MIÚDAS - Nos navios, encontraremos diversos tipos de
embarcações miúdas que, de acordo com o tipo de
construção, são classificadas como lanchas, baleeiras,
botes infláveis, embarcações de casco semi-rígido,
chalanas e balsas salva-vidas. Cada uma delas tem
características próprias e emprego específico.
Figura 1 - Baleeiras são embarcações com a proa e popa semelhantes, finas e
elevadas. Em razão de sua forma, são muito seguras para o mar.
Das citadas, as embarcações de casco semi-rígido são de introdução mais recente na MB. Apresentam vantagens
significativas em relação às embarcações tradicionais. Com casco em fibra de vidro e flutuadores de borracha
infláveis, foram adotadas com o propósito de contribuir para reduzir pesos altos a bordo e permitir o emprego de
aparelhos de carga menos robustos e mais leves. Apresentam as seguintes vantagens quando comparadas às
embarcações tradicionalmente encontradas a bordo:
- manuseio mais rápido e fácil (são rapidamente retiradas do berço e colocadas na água);
- podem operar em condições piores de mar;
- desenvolvem velocidades superiores à maioria das lanchas tradicionais; e
- apresentam boa manobrabilidade, além de conferirem ao patrão amplo campo de visão.

1.3 – PROPULSÃO - Conforme a propulsão empregada, as embarcações miúdas podem ser:


- a motor,
- a vela, ou
- a remos.
As embarcações de propulsão a motor, utilizadas nos navios
podem ser do tipo motor fixo (localizado no interior da
embarcação) ou removível (localizado fora da embarcação, como
o motor de popa dos botes). Os motores fixos podem ser centrais,
caso em que se acoplam ao hélice através de um eixo longo; ou
“de rabeta”, instalados no interior do casco, na popa. Neste último
caso, a embarcação não possui leme, e as mudanças de rumo são
obtidas mediante o giro do conjunto do hélice em torno de um
eixo vertical (à semelhança dos motores de popa).
Figura 2 - Embarcação inflável de casco semi-rígido. Nota-se que
a propulsão emprega motor de rabeta, dispensando o uso de leme.
Existem outros tipos de propulsão de pouco uso nas embarcações miúdas encontradas a bordo, como a propulsão a
jato de água (idêntico ao utilizado em “jet ski”) ou com o hélice sobre a embarcação, girando no ar, como o sistema
utilizado nos “hovercraft” e nas embarcações de fundo chato empregadas em áreas pantanosas.
ATENÇÃO - As embarcações infláveis de casco rígido ou semi-rígido não são projetadas para abarrancar ou
abicar e podem ser esperados danos à embarcação em caso de encalhe.

1.4 – PALAMENTA DAS EMBARCAÇÕES - Encontra-se no Arte Naval a descrição de itens pertencentes à
palamenta de uma embarcação miúda e, mais especificamente para a MB, o CAAML 1212 – Manual de
Sobrevivência no Mar descreve a palamenta básica para embarcações orgânicas empregadas para salvamento e
sobrevivência, e embarcações de casco semi-rígido ou infláveis (botes).
As demandas específicas de material referentes ao emprego das embarcações em determinadas tarefas deverão
constar das publicações e instruções que versem sobre o assunto.

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PROCEDIMENTOS MARINHEIROS CURSO ASCENSÃO
1.5 – CUIDADOS COM O EQUIPAMENTO DAS EMBARCAÇÕES - A guarnição da embarcação miúda é
responsável pelo seu equipamento. Perdas ou danos ao material devem ser informados imediatamente ao patrão da
embarcação e ao oficial de serviço. Alguns cuidados, apresentados a seguir, devem ser observados para a manutenção
do material:
- verificar constantemente o estado e a validade da palamenta da embarcação;
- reparar ou informar pequenos danos imediatamente (isto economizará tempo em futuros reparos);
- arejar os coletes salva-vidas após tempo úmido, ou quando forem molhados;
- manter o motor de popa em base segura, peiado de maneira que o jogo do navio não ocasione danos ao equipamento
e verificar o cumprimento do SMP; e
- manter o material livre de sujeira, corrosão e ferrugem.
1.6 – ARRUMAÇÃO DAS EMBARCAÇÕES A BORDO - As embarcações são conduzidas nos picadeiros ou nos
turcos, de modo a serem arriadas rapidamente.
Elas são içadas e arriadas por meio de turcos, lanças ou guindastes. Os turcos são aparelhos montados aos pares,
servindo apenas às embarcações por eles sustentadas. As chalanas e botes podem ser manobrados por um turco
singelo, ou mesmo sem o auxílio destes.
As lanças e os guindastes podem servir às diversas embarcações que moram em picadeiros próximos.

Figura. 3 - Exemplos de guindastes utilizados para içar e arriar embarcações miúdas


1.6.1 – Tipos de turcos
a) comum - Constituídos por ferro redondo (maciço ou oco) ou por perfis retangulares, podendo ser recurvado na
parte superior ou possuir ângulo de 90 graus (no caso de perfis). Gira em torno de seu eixo vertical ou pode ser fixo,
dependendo de sua base.
b) de rebater - Semelhante em construção ao tipo comum, mas em vez de girar em torno de seu eixo vertical, é
rebatido para dentro, movendo-se em torno de um eixo horizontal na sua base, paralelo ao costado.
c) quadrantal - O turco é recolhido ou disparado inclinando-se sobre um setor dentado que constitui seu pé e engraza
numa cremalheira sobre o convés.
d) rolante ou deslizante - É constituído por dois braços montados
com rodetes sobre duas calhas (trilhos). Estas são paralelas e
dispostas num plano perpendicular ao costado do navio. O turco é
disparado por gravidade, sob ação do peso da embarcação. O
movimento de disparar é dado por uma alavanca que libera e solta o
freio do sarilho, onde está enrolado o cabo que iça a embarcação.
Neste primeiro movimento, o braço e a embarcação descem sobre a
calha até ficar totalmente disparada. A seguir, a embarcação desce
até ficar ao nível do convés (a meia talha), para embarque dos
passageiros ou do material. Um terceiro movimento da alavanca do
freio, permite que a embarcação seja arriada até a superfície da água.
Figura 4 - Turco do tipo rolante. No desenho, observa-se o emprego de cabos guia (“sea jackstay”) onde o chicote superior é fixado em olhal na base
do turco e sua outra extremidade no costado do navio, junto a linha d´água. Tais cabos servem para atenuar o movimento pendular da embarcação
durante a faina, reduzindo a intensidade de eventuais choques com o navio, os quais podem ocorrer em determinadas situações de balanço,
causando avarias. As Fragatas da Classe Niterói dispõem de pontos para a fixação desses cabos guia no costado.

1.7 – ARRIAR UMA EMBARCAÇÃO - A faina para arriar uma embarcação é mais rápida, segura e precisa, se sua
guarnição executar a manobra de forma coordenada e disciplinada.
Os preparativos para a faina são realizados seguindo uma lista de verificação abrangendo todas as ações a serem
tomadas pelo pessoal que executa a manobra. O instante crítico da faina de arriar uma embarcação, normalmente,
ocorre quando ela atinge a superfície do mar e ainda está presa ou sendo liberada dos cabos dos turcos. Portanto,
quanto mais rápida e atenta for essa manobra, menor será o risco de acidente.

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a) O contramestre:
- solicita ao oficial de serviço permissão para reunir o pessoal para a manobra da lancha (quando necessário);
- verifica se foi cumprida a lista de verificação da embarcação pelo patrão da lancha;
- verifica se os equipamentos a serem utilizados na manobra foram alimentados, tais como, motores, guinchos etc.;
- verifica se o pessoal envolvido na faina está utilizando equipamento de proteção individual (EPI) adequado;
- providencia, caso determinado, o disparo do pau de surriola e manda arriar a escada de portaló;
- verifica os andorinhos;
- verifica a boça de viagem;
- verifica as boças de proa e popa e as catarinas, quando aplicável; e
- coordena o embarque de pessoal e material na embarcação.
b) O patrão:
- providencia a palamenta completa da embarcação;
- tampona os bueiros com os bujões de rosca;
- verifica a apresentação marinheira da lancha, corrigindo as discrepâncias;
- verifica o cumprimento das precauções de segurança por parte da guarnição (utilização de coletes de flutuabilidade
permanente, capacetes e luvas);
- verifica a cana do leme (operação em emergência);
- testa as comunicações (transceptor portátil); e
- exige correção de atitudes e apresentação pessoal da guarnição (a apresentação da guarnição da lancha deve ser
impecável, qualquer que seja o uniforme; chama-se a atenção para a limpeza dos coletes salva-vidas, dos tênis
brancos e dos bonés).
c) O proeiro e o popeiro:
- verificam se estão a bordo as boças reservas;
- quando a embarcação estiver tocando a água e os cabos de aço solecados, mediante ordem do patrão, retiram os
gatos das catarinas dos arganéis da embarcação e largam as boças, de proa e de popa (o popeiro o faz em primeiro
lugar). Nesta ocasião, a lancha é mantida em posição pela boça de viagem, cujo comprimento deve ser ajustado de
modo a manter a embarcação no correto alinhamento com as catarinas do turco. A finalidade da boca de viagem é dar
um seguimento a vante à embarcação, possibilitando o governo. Assim, o patrão poderá afastá-la do costado evitando
os impactos indesejáveis;
- o proeiro larga a boça de viagem (após ser largada, a boça fica pendurada por um cabo, em uma altura safa para ser
recolhida pelo proeiro, quando a lancha aproximar-se para atracar).
d) O motorista (MO):
- verifica o nível de óleo e combustível a bordo;
- verifica os equipamentos de combate a incêndio;
- verifica o kit de ferramentas;
- parte o motor da lancha; e
- cumpre as determinações do patrão da lancha em relação ao regime de máquinas.
Relembra-se que nos navios da MB, as lanchas podem ser arriadas / içadas com o navio em movimento
dependendo do estado do mar. Nos casos das baleeiras, a velocidade limite para essa faina é de 5 nós. Nas demais
embarcações orgânicas os limites de velocidade devem ser claramente estabelecidos em Procedimentos Operativos
específicos.
Da mesma forma, os limites de estado do mar e vento para operação e manobra com embarcações orgânicas
deverão constar dos Procedimentos Operativos para cada classe de navio, e da Listas de Verificação das estações
envolvidas na faina.
Nas situações em que o navio esteja fundeado ou atracado e não haja corrente expressiva a boça de viagem pode
ser dispensada, usando-se apenas as boças de proa e popa.
Destaca-se, ainda, que independente do tipo as embarcações (lanchas ou botes) ao atracarem a contrabordo devem
receber as boças de proa e de popa passadas pelo navio e ao desatracarem, os proeiros / popeiros, devem largá-las
dos cunhos (das lanchas) ou dos estropos com trambelho (dos botes) para que o navio as recolham. As boças reservas
das embarcações servem para atracação em outros atracadores ou como cabos de reboque.
NOTA - Recomenda-se que os militares componentes da tripulação da embarcação miúda devam ter sido aprovados em Teste de Aptidão
Física de natação.

1.8 – CONDUZIR UMA EMBARCAÇÃO MIÚDA DE PROPULSÃO A MOTOR - Manobrar uma embarcação
miúda a motor é muito diferente de manobrar um barco a remo ou a vela, devido ao movimento de rotação do hélice,
que exerce um efeito considerável sobre os esforços de governo do leme, não só quando ela está se deslocando, como
também quando parada ou tenha perdido o governo. O grau em que o governo da embarcação é afetado depende do
número de hélices, de suas dimensões, da direção na qual está girando, da velocidade de rotação, da distância ao leme
e da sua forma.

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A direção de rotação do hélice, denominada passo, pode ser direita ou esquerda; o passo é direito quando a rotação
é no sentido horário, com o hélice visto da parte de ré e é esquerdo quando, nas mesmas condições, esse sentido é
anti-horário. A maioria das embarcações (miúdas ou navios) possuem o hélice com passo direito. No caso de
embarcações com dois eixos, pode-se encontrar aquelas em que os hélices giram no mesmo sentido, por causa das
instalações padrão, que são empregadas para cada eixo ou as que os eixos giram para fora, ou seja o de boreste para a
direita e o de bombordo para a esquerda.
A manobra de qualquer tipo de embarcação miúda é governada, em geral, pelas regras do bom senso marinheiro,
mas o método de manobra aplicado a uma pode diferir consideravelmente daquele aplicado a outra, devido a
diferenças no formato de seus cascos, do número de hélices e do tipo de seus lemes. As regras a seguir, no entanto,
são de emprego geral.

1.8.1 – O uso do leme - O efeito de guinada causado pelo leme, quando o barco está em movimento, aumenta com a
sua velocidade e com o ângulo de leme (ângulo entre o leme e a linha de centro da embarcação), este último atinge
seu valor máximo em 35º. Além desse valor, o efeito de guinada decresce e o efeito de freamento aumenta
rapidamente. Por esses motivos, o ângulo de leme de uma embarcação é limitado a 35º.
Quando o barco guina por efeito do seu leme, ele gira em torno de um ponto, denominado pivô, que está,
normalmente, localizado acerca de um terço do comprimento, a partir da proa. Este ponto deve ser memorizado e
considerado quando desatracando de uma escada de portaló ou de um cais, porque se o leme é carregado de modo a
fazer a proa girar para fora, a popa deve girar em direção à escada ou cais, podendo avariar o barco ou a escada.
Quando em alta velocidade e o leme for carregado fortemente, a embarcação deslizará lateralmente sobre a água e
para fora enquanto guina, antes de adquirir seguimento em direção na qual aponta sua proa; isso é tanto mais
marcante quanto menor for o calado da embarcação. Enquanto o barco desliza, a resistência da água, sobre o costado
aderna a embarcação para fora, cujo ângulo dependerá do tipo de barco, da velocidade, da carga; será mais marcante
naquelas de maior calado ou carregadas com peso alto.
Portanto, o leme nunca deve ser usado drasticamente, particularmente nas embarcações que transportem pessoas ou equipamentos,
ou em mar picado, ocasiões em que a velocidade do barco deve ser reduzida antes de se alterar o rumo.
Quando em alta velocidade a embarcação é muito sensível até mesmo a leves toques no leme, assim um grande
ângulo de leme só deve ser usado em emergência. Exceto em uma emergência ou em baixa velocidade, o uso drástico
do leme indica uma falta de previdência ou de julgamento, traduzida como prática marinheira de má qualidade.
No entanto, quando em baixa velocidade ou manobrando em águas restritas, será, usualmente, necessário usar todo
leme.
O trim de uma embarcação exerce grande efeito em seu governo; tanto de proa como de popa dificultará a
manobra e as pessoas e a carga devem ser, tanto quanto possível, distribuídas uniformemente a meia nau.
1.8.2 – Manobrando em mar aberto - Quando correndo com o mar, ou rebocando, a embarcação deve ter trim de
popa a fim de manter seu hélice imerso, e assim melhorar seu governo. Quando correndo com uma vaga que pareça
estar se movendo com a mesma velocidade da embarcação, reduza a velocidade imediatamente e, se necessário e
possível, reboque uma âncora flutuante. Caso contrário a mesma pode ser carregada pela vaga e emborcar. Quando
correndo com o mar ou vaga pela alheta tenha atenção com a onda quebrando a barlavento que poderá alagar a
embarcação.
Quando o mar ou a onda estão pela proa, ataque as maiores ondas de frente e reduza a velocidade como
necessário. A alteração de velocidade em mar aberto tem grande influência sobre o comportamento da embarcação,
portanto ajuste a velocidade para compatibilizá-la com o estado do mar.
1.8.3 – Atracação
a) Em escada de portaló. Nessa situação com corrente de maré evite inclinar demais a lancha em relação ao rumo da
corrente, recebendo-a pela bochecha externa; caso isso ocorra a embarcação pode ser jogada pela corrente sob a parte
de vante da escada, podendo até mesmo adernar e submergir. Quando atracada à escada contra a corrente, passe a
boça pela bochecha interna e governe a embarcação de modo a que ela porte pela boça, com o costado afastado cerca
de meio metro da escada.

Fig. 5.1 Erros nas atracações a contrabordo


Na fig. 5.1 (a), o proeiro não apanhou a boça de vante, enquanto o popeiro agüentou com o croque a embarcação
junto à escada; esta ação aliada ao efeito da corrente entrando pela parte interna, abriu a proa.
Corretivo: Deixar a embarcação cair avante e depois a ré, dar adiante e vir a contrabordo outra vez.

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Na figura 5.1 (b), a embarcação ultrapassou a escada, o proeiro guarneceu a boça de vante e a corrente, agindo na
parte bochecha externa, forçou a embarcação para baixo da escada; o popeiro não consegue trazer a embarcação para
junto da escada.
Corretivo: Cair a ré com as máquinas e reinvestir para nova atracação.
Na figura 5.1 (c), o proeiro guarneceu a boça de vante, mas a embarcação caiu muito para vante e o patrão
esqueceu de usar o leme, fazendo a embarcação girar e atingir o costado do navio. O popeiro ficou impossibilitado de
puxar a popa para junto da escada.
Corretivo: Carregar o leme para boreste até que a proa gire para fora, então dirigir a embarcação de modo a que
fique paralela ao costado do navio. Se a proa não girar para fora, a embarcação deve ser trazida alguns metros para ré.
Na figura 5.1 (d), o proeiro guarneceu a boça de vante e o popeiro agüentou a popa junto da escada, mas o patrão
esqueceu de usar o leme para manter a embarcação paralela ao costado do navio.
Corretivo: Cair a ré. Carregar o leme para bombordo até que a embarcação adquira seguimento contra a corrente e
afastada da escada; então dirigir a mesma até que ela vá para contrabordo da escada suavemente.
b) No cais. Quando atracando ao cais, avalie a direção e intensidade do vento e da corrente e, sempre que possível,
atraque contra o vento ou corrente; se em diferente direções, aquele que provocar maior efeito sobre a embarcação.
Uma corrente de 1 nó equivale, aproximadamente, a um vento de força 3 a 4 e uma corrente de 2 nós a um vento de
força 5 ou 6. Se o cais estiver perpendicular ao vento ou corrente e houver opção de escolha, dê preferência à
sotavento.
Faça a aproximação, sempre, em baixa velocidade e mantenha a embarcação em uma posição safa, considerando
uma falha quando for usar a máquina para quebrar o seguimento.
Ao aproximar-se de um cais ou local de atracação desconhecidos, proceda em baixa velocidade e, utilizando o
croque, sonde os fundos pela proa.
Uso das boças
Na fig. 5.2 (a) deu-se volta em uma boça a bordo como lançante de
proa, assim a lancha poderá ser trazida para contrabordo, tanto com
máquina a ré devagar, como pelo efeito do vento ou da corrente. Na fig.
5.2 (b), a boça foi usada como espringue de proa, fixado a bordo da
embarcação ao lado do pivô. Com as máquinas devagar adiante e o
lema para boreste, a popa encostará no cais.
Uma vez a contrabordo, particularmente quando afilado ao vento ou
a corrente, as bocas de vante e de ré devem ser passadas com espringues
(fig. 5.3 (a)); eles serão mais efetivos em manter a embarcação atracada
Fig. 5.2 Uso das boças durante a atracação
e estarão prontos para a desatracação como descrito a seguir.
1.8.4 – Desatracação
Do pau de surriola. Quando desatracando de uma posição interna de um pau de surriola onde haja outras
embarcações, com corrente de maré pela proa, caia a ré para safar as embarcações de fora; se for tentado dar adiante
para passar pela proa das outras, o efeito da corrente tenderá a deixá-la perpendicular às proas das demais, com risco
de avaria.
De um cais. Quando desatracando de um cais, antes de usar a máquina, sempre procure utilizar-se dos efeitos
naturais de modo a que afastem a embarcação do cais; se ela estiver muito pesada para afastar-se, tente auxiliar a
manobra usando os espringues e, somente em último caso empregue a máquina nesta fase da desatracação.
Usando os espringues. Na presença de vento ou corrente de proa, a proa da embarcação pode ser aberta
carregando-se o leme para boreste e largando o espringue de vante. Quando a proa abrir o suficiente, dê máquinas
adiante devagar com o leme a meio e largue o espringue de ré. (fig. 5.3 (b)).
Quando houver pouco ou nenhum vento, pode-se abrir a popa largando-se o espringue de ré, carregando-se o leme
para bombordo e com máquinas adiante devagar (fig. 5.3 (c)); ou então aguentando-se o espringue de ré, carregando-
se o leme para boreste e máquina a ré devagar, até que a proa abra o suficiente (fig. 5.3 (d));

Fig. 5.3 Uso dos espringues para desatracação

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1.9 – IÇAR UMA EMBARCAÇÃO - Recebida a ordem para içar a embarcação o patrão a conduz para a posição
sob o turco, onde as talhas já estão arriadas. Com o motor desengrazado passa-se a boça de viagem (que deverá estar
ajustada ao comprimento correto) e, com o auxílio do leme, o patrão a mantém afastada do costado. Com a lancha em
posição, o proeiro e o popeiro engatam os gatos de escape nos arganéis e passam a barbela na boca dos gatos. Para os
içamentos em navio com velocidade expressiva, passa-se, adicionalmente, uma boça na popa. Feito isso, guarnecem
os andorinhos e iça-se a embarcação. Os bujões são retirados com a embarcação fora d’água.

Figura 6 - Atracação empregando-se a boça de viagem.

1.10 – OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES - Ao içar ou arriar uma embarcação em condições adversas de


mar é recomendável a utilização de estropos de segurança e de mau tempo (Figura 4). Tais recursos têm o propósito
de aumentar a distância do aparelho de força que sustenta a embarcação (catarina) da área de trabalho do pessoal da
lancha (proeiro, popeiro) e assim, reduzir o risco de acidentes de pessoal nas condições adversas mencionadas.
As embarcações que possuem dispositivos de desengate rápido devem possuir estropo de segurança que deverá ser
destalingado quando a mesma estiver em altura segura, antes de tocar a água, durante o arriamento, e talingado assim
que a embarcação começar a ser içada. Tal medida visa proporcionar maior segurança à embarcação e sua tripulação,
durante o período que a mesma estiver em altitude na qual uma queda, provocada pela abertura inesperada do sistema
de desengate rápido, possa provocar danos ao pessoal e ao material.
Durante a faina de arriar e içar todo o pessoal na embarcação guarnece os andorinhos.
As embarcações são o espelho do asseio e cuidado observado na unidade a que pertencem. Deve-se exigir a
manutenção da tradição de boa apresentação marinheira das embarcações miúdas. Recomenda-se:
a) içar, baldear e limpar a embarcação, logo que terminado seu serviço, como exercícios e conduções;
b) içar a chalana logo que terminar o serviço para o qual foi arriada;
c) evitar que as embarcações fiquem atracadas por longo período ao portaló dos navios ou às escadas do cais (devem
ficar ao largo ou amarradas ao surriola, atracando somente quando preciso e pelo tempo necessário); e
d) manter a guarnição completa a bordo das embarcações em serviço, quando afastadas do navio, e quando atracadas
ao cais ou a outro navio (o patrão não pode ausentar-se da embarcação).
Quanto à apresentação, as falhas mais frequentes observadas nas lanchas são: capas sujas e mal arrumadas;
paineiros sujos e maltratados; croques e demais palamentas sujos e sem verniz; suportes para a palamenta faltando ou
com a fixação folgada; guarnição displicente ou mal apresentada.
Embarcações Miúdas pouco utilizadas tendem a falhar quando são solicitadas. Assim, recomenda-se arriá-las
periodicamente para teste e adestramento das suas guarnições. Tais adestramentos permitirão qualificar um maior
número de militares na sua condução.
A experiência indica que as falhas de manutenção dos turcos constituem a causa preponderante, juntamente com as
deficiências de adestramento, dos problemas encontrados nas fainas de arriar ou içar uma lancha. Imagine os
problemas que advirão se, em um local isolado e sem possibilidade de auxílio externo, o navio não puder recolher a
embarcação.
É mandatório cumprir as rotinas de manutenção dos turcos e das lanchas, especialmente os testes de carga dos
turcos, olhais e acessórios da estação de manobra da lancha.
Recomenda-se estabelecer programas de adestramento específicos para os patrões das embarcações, incluindo os
assuntos de Navegação e Segurança da Navegação – aí incluída a condução de embarcações utilizando equipamentos
de navegação, sistemas de balizamento e RIPEAM - e Manobra da Embarcação.
Recomenda-se que, sempre antes do lançamento de embarcações, principalmente quando em deslocamento para
terra ou quando se tratar de área fora do porto-sede do navio, seja realizado um briefing com o patrão, no qual ele seja
instruído quanto aos perigos à navegação existentes no local e às características da área e da tarefa a ser executada.
Nos casos de navegação em águas restritas ou na navegação fluvial, pode-se ainda confeccionar um croqui da
navegação a fim de orientar o patrão, proporcionando-lhe maior segurança.

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PROCEDIMENTOS MARINHEIROS CURSO ASCENSÃO
1.11 – COMUNICAÇÕES - Antes de uma embarcação ser arriada, é fundamental que se tenha um canal de
comunicação confiável entre a Manobra do Navio, a estação de onde será arriada e a própria embarcação. Desta
forma, a manobra não poderá autorizar seu afastamento do navio sem ter certeza de que poderá manter comunicação
com a mesma durante todo o período em que permanecer fora do navio.
Mesmo que a embarcação possua um rádio comunicador orgânico, é recomendável que o patrão leve consigo,
também, um transceptor portátil (PRC) como reserva. Caso não haja um meio de comunicação orgânico na lancha, o
patrão deverá levar dois PRC.
Durante a operação da embarcação, caso o Navio necessite orientar a navegação da mesma, deverá fazê-lo, através
do rádio, informando a direção a ser adotada em código de horas, correspondendo as marcações relativas às posições
do ponteiro do relógio.
Um método simples e eficiente que pode ser empregado pela Manobra para se comunicar com a estação da lancha
ou do bote, ou com a própria embarcação, tanto para o arriamento quanto para o içamento, é a utilização de bandeiras
nas proximidades da asa do Passadiço e da estação da embarcação empregada, conforme tabela a seguir:
Esta comunicação visual também poderá ser empregada quando a situação tática restringir as comunicações via
rádio com a embarcação, ou nos casos de recolhimento da mesma quando por algum motivo se tenha perdido a
capacidade de estabelecer comunicações.
ARRIANDO UMA EMBARCAÇÃO RECEBENDO E IÇANDO UMA EMBARCAÇÃO
Bandeira encarnada na Preparar para arriar a Bandeira encarnada na Receber a embarcação a
Manobra embarcação Manobra contrabordo
Bandeira encarnada na Preparando a embarcação Bandeira encarnada na Embarcação a contrabordo,
Estação para ser arriada Estação preparando para ser içada
Bandeira verde na Estação Embarcação pronta para Bandeira verde na Embarcação pronta para
ser arriada Estação ser içada
Bandeira verde na Arriar a embarcação Bandeira verde na Içar a embarcação
Manobra Manobra

ANEXO A - APRESENTAÇÃO MARINHEIRA

1 – GENERALIDADES - Os homens do mar, há muitos


séculos, vêm criando nomes para identificar as diversas partes
dos navios e suas ações, que pela repetição, tornaram-se
costumes. Naturalmente, muitas particularidades e expressões
da tradição naval lembram, às vezes, aspectos da vida
doméstica ou de atividades em terra firme.
Pertencemos, todos nós que abraçamos a carreira do mar, a
uma fraterna classe de costumes e tradições comuns. Ao
marinheiro, não passará despercebido que a vida nas Marinhas
do mundo inteiro é parecida. Encontramos semelhanças no
uniforme, nos costumes, nas palavras, nos gestos e no modo de
agir. É que os homens do mar, por enfrentarem o mesmo tipo
de vida e por se ajudarem mutuamente, passaram a constituir
uma classe de espírito muito forte. Figura 1 - Inspeção de licenciados a bordo do NE Benjamim Constant - 1914.
As exigências quanto à apresentação marinheira dos navios, e também de seus homens, não estão ligadas apenas a
razões estéticas, mas, principalmente, a razões de ordem prática. O bom aspecto interno e externo de nossos navios
constitui uma das mais nobres das tradições navais, que sempre distinguiu a Marinha do Brasil em relação às demais
instituições nacionais e às Marinhas estrangeiras.
Tal tradição extrapola ao próprio navio, pois, como diziam ilustres Chefes Navais do passado, as embarcações
miúdas são o espelho da unidade a que pertencem, servindo como cartão de visita aos que as vêem navegando ou
atracadas. Hoje, tal tradição também deve ser estendida às viaturas, que também levam longe a imagem da OM a que
pertencem.
De maneira geral, despende-se muito tempo a bordo corrigindo falhas relacionadas com a apresentação do navio,
as quais se manifestam de maneira repetitiva.
É comum que ocorram as “viradas” às vésperas de eventos importantes, sacrificando-se, desnecessária-mente, a
tripulação.
Além disso, observa-se que, muitas vezes, exige-se do subordinado coisa que ele não sabe ser sua obrigação
realizar, ou que não tem conhecimento suficiente para fazê-la corretamente; e que há padrões diferentes de
aceitabilidade quanto ao nível de limpeza e apresentação.
Principalmente nos navios com comissões freqüentes, a degradação da apresentação mostra-se quase como
inevitável. Assim, há necessidade de educar-se a tripulação para que as metas almejadas quanto à boa apresentação
marinheira sejam alcançadas com eficiência, por meio de um engajamento de todos a bordo.
Recomenda-se, portanto, que o programa de adestramento interno inclua o assunto “apresentação marinheira”.
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PROCEDIMENTOS MARINHEIROS CURSO ASCENSÃO
2 - ORIENTAÇÕES BÁSICAS - Entre outros aspectos, devem ser consideradas as seguintes orientações:
a) No porto, durante o expediente, os Encarregados de Divisão, o Mestre e o Sargento-Polícia inspecionarão
freqüentemente o navio, verificando a limpeza, arrumação dos compartimentos e aspecto marinheiro. Após o
expediente, o Oficial de Serviço e o Sargento-Polícia inspecionarão o navio, empregando o quarto de serviço para
mantê-lo limpo e com boa apresentação marinheira;
b) Em viagem o Mestre, o Contramestre de Quarto e o Sargento-Polícia exercerão, no que couber essas atribuições,
empregando o Grupo de Limpeza e Fainas Marinheiras a manutenção da limpeza e aspecto marinheiro do navio;
c) Os sinais de rotina, como os de rancho, de uniforme etc., entre a alvorada e o silêncio deverão ser executados por
apito, com correção e os quartos marcados pelo sino de bordo;
d) Não se admite que um tripulante suje o navio ou não colabore com a manutenção de sua limpeza. Não é demérito
para nenhum militar de bordo, qualquer que seja a sua antigüidade, abaixar-se para recolher um trapo, um resto de
cigarro ou outro detrito que algum descuidado deixou cair no piso e levá-lo à lixeira; e
e) Nem mesmo o fato de o navio encontrar-se em PMG justifica a degradação na sua apresentação a um nível
indesejável.
O sumário a seguir exprime o resultado de observações sobre falhas freqüentes no aspecto marinheiro, as quais
depõem desfavoravelmente quanto à apresentação de qualquer unidade naval. Tais observações, longe de
representarem apenas o respeito às tradições, estão associadas à segurança, à manutenção de um grau de prontidão
elevado, à preservação da saúde da tripulação etc. Mesmo se em um ou outro caso identificarmos apenas razões
estéticas ou tradicionais, lembremos que o navio é um lugar em que passamos uma boa parte de nossas vidas, que
merece ser esteticamente agradável e que o apego às tradições constitui um fator agregador.

3 - FALHAS MAIS COMUNS QUANTO À APRESENTAÇÃO MARINHEIRA


a) Serviço de pintura descuidado, deixando as marcações, vidros, partes envernizadas, borrachas de portas, vigias e
cabos elétricos borrados pela tinta das anteparas;
b) Amarelos limpos, porém com a pintura adjacente borrada, devido ao extravasamento do preparado de limpeza
(kaol ou similar);
c) Graxa em excesso nas graxeiras e outros locais, sujando a pintura;
d) Parafusos, porcas, grampos, orelhas de portas, válvulas e vigias de combate emperrados pela tinta indevidamente
aplicada;
e) Cabos jogados em desalinho pelo navio ou pelas bordas, fiéis de toldos dependurados, chicotes de cabos sem
falcaça ou esfiapados. Boças e cabos descochados, desengaiados ou desforrados. Capas e sanefas sujas ou
maltratadas;
f) Talhas, aparelhos de laborar e acessórios semelhantes dependurados em vez de estarem colhidos ou guardados nos
lugares apropriados,
g) Defensas esquecidas dependuradas no costado;
h) Tampas de tomadas (quando estas não estão em uso) fora do lugar ou dependuradas; fiéis de tomadas, contrapinos
e outros acessórios inexistentes;
i) Cosedura das uniões de seções de toldos, do toldo aos vergueiros da borda, e sanefas feitas incorretamente. Os
amarilhos do toldo devem ser passados pelo redondo do vergueiro e virem dar meias-voltas de fiel junto aos ilhoses
de pano, ficando a cosedura pelo redondo. A cosedura parecendo espinha de peixe é imprópria e de mau aspecto
marinheiro;
j) Amarração dobrada deficientemente, de modo que a tração não se distribui igualmente pelas pernadas. Amarração
folgada (nos casos extremos, até mesmo tocando na água). Deve-se recorrer a amarração e colher o brando nas
variações de maré significativas, de modo a evitar o mau aspecto;
k) Folga nos trincafios das espias e rateiras abertas por causa das variações de mares;
l) Lágrimas de ferrugem escorrendo pelos escovéns, anteparas e costado, Lavar o cinzento logo que as âncoras
estiverem em cima e aboçadas; em simples chumaço na borda interna dos escovéns impedirá que as águas do convés
causem tão mau aspecto;
m) Pintura do costado manchada pela água de baldeação ou da chuva (em alguns navios, uma causa freqüente deste
mau aspecto é esquecer os bicos de pato rebatidos); ou por detritos líquidos e sólidos lançados pela borda. A água das
poças, ao secar, também pode manchar a pintura do convés. Por este motivo, as poças devem ser eliminadas
imediatamente após as baldeações ou chuva;
n) Costado com a linha d’água marcada por uma camada de limo. Limpar diariamente o costado é o suficiente para
desaparecer essa prova de pouco cuidado;
o) Costado com pintura avariada, revelando o lançamento de restos de comida pela borda;
p) Partes altas do navio desarrumadas; bem como roupas, trapos e outros objetos estendidos nas bordas e lugares
semelhantes;
q) Bandeira Nacional, do Cruzeiro, Pavilhões e Flâmula de Comando não-atopetados ou enroscados nos respectivos
mastros e adriças. O rondar do vento ou o rabeio do navio não isentam o Oficial de Serviço, o Contramestre e o
Sinaleiro, da responsabilidade pelo mau aspecto;

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r) As bandeiras e galhardetes são colocados nas adriças para serem içados e retirados tão logo arriados. Não se admite
a colocação da Bandeira Nacional e a do Cruzeiro amarfanhadas na base de seus mastros, aguardando o içamento; a
manutenção do galhardete “Prep” e das “substitutas” panejando presos às adriças, após cessado o motivo de sua
utilização; ou, por ocasião do Cerimonial, a Bandeira Nacional tocar o convés, ou ser portada amarfanhada ou nos
ombros do militar responsável por seu içamento. Recomenda-se indicar um militar para participar do Cerimonial de
08001, içando o Pavilhão Nacional, que será portado pelo Ronda;
s) Galhardetes e Bandeiras-Insígnias enrascadas em adriças, quando içadas, comprometem o aspecto marinheiro da
Organização Militar. Quando se trata do Pavilhão Nacional, isto passa a ser inaceitável;
t) As bandeiras, se atopetadas, devem sê-lo, rigorosamente, até “beijar”. Durante seu hastear, é necessário a devida
atenção à direção do vento, para que não fiquem enrascadas;
u) Torneiras e chuveiros pingando e mangueiras e tomadas de recebimento de água vazando demonstram desleixo e
desperdício dos recursos da Marinha. A bordo, além disso, os vazamentos podem causar limitações operativas ao
navio em viagem;
v) Cabos elétricos e afins passados sem cuidado, não respeitando as rotas. A passagem de cabos, por ocasião do
acréscimo de novos equipamentos e de adaptações, deve observar o mesmo padrão de construção do navio, seguindo
as rotas adequadas. Não se deve admitir cabos coloridos ou passados fora do alinhamento das rotas. As instalações
provisórias, como iluminação de festa, cabo telefônico de conexão à tomada em terra, cabo de energia de terra etc,
também merecem cuidado quanto ao aspecto marinheiro;
w) Serviços que sujam ou machucam o convés, como faina de óleo, recebimento de gêneros, preparo de tinta e
outros, devem ser feitos em cima de plásticos, lonas, papel, ou outra proteção. O convés deve ser protegido por tábuas
ou folhas de compensado quando por ele for transitar material pesado. Não se deve admitir a realização de tais fainas
sem a precaução de se defender o convés;
x) Do mesmo modo, o costado deve ser protegido quando da atracação de batelão, chatas e outras embarcações que
utilizam pneus como defensas e que, conseqüentemente, sujarão a pintura. É oportuno lembrar que as defensas de
bordo deverão ser ajustadas à altura da embarcação que irá atracar, bem como poderá haver necessidade de ajustá-las
ao longo da faina de carga ou descarga, em função de variação do calado da embarcação atracada;
y) Trapos utilizados como tapetes improvisados causam má impressão. Se determinado local precisa freqüentemente
ser protegido para evitar que as pessoas sujem o piso, devido aos conveses externos estarem molhados pelo orvalho
ou pela chuva, ou por ser trajeto entre o banheiro e a coberta, deve ser providenciada uma andaina de passadeiras ou
tapetes apropriados;
z) Etiquetas ou marcações de equipamentos, material das incumbências e placas de advertência (ligado, desligado,
perigo, área isolada para limpeza, etc.) confeccionadas com desleixo. Os recursos disponíveis atualmente permitem
que mesmo os avisos improvisados sejam confeccionados com capricho;
aa) Embarcações miúdas:
I) As falhas mais freqüentes são capas sujas e mal arrumadas; paineiros sujos e maltratados; croques e demais
palamentas sujos; suportes para a palamenta faltando ou com a fixação folgada, guarnição displicente ou mal
apresentada;
II) Embarcações não devem ser mantidas atracadas ao portaló dos navios ou às escadas do cais; devem ficar ao largo
ou amarradas ao surriola, atracando somente quando preciso e pelo tempo necessário;
III) Embarcações em serviço, afastadas do navio, e quando junto ao cais ou a outro navio, deverão ter a guarnição
completa a bordo; o patrão não pode ausentar-se da embarcação;
IV) Toldos de escaler depois de regular tempo de uso aumentam suas dimensões primitivas; devem, por isso, ser
reajustados a fim de que, postos no lugar, fiquem bem armados e em posição horizontal;
V) Os toldos devem ser primeiramente tesados para depois então serem arriados. Entretanto, ordinariamente, vê-se tal
operação executada de maneira inversa;
VI) O auxílio da lancha ao navio na faina de amarrar à boia, via de regra, se faz de modo que está ausente o espírito
marinheiro. É conveniente que se embarque um contramestre na lancha. É preciso que o contramestre e o patrão saibam
claramente o que vão fazer, saibam como abordar o navio, como receber a espia ou retinida, como colher seio da espia na
lancha, como abordar a boia, etc.; e
VII) Os escaleres, terminado o serviço diário, como compras, exercício, conduções, etc., devem ser logo içados,
baldeados e convenientemente limpos. A chalana não é embarcação que possa permanecer a noite arriada, deve ser
içada todas as tardes.
ab) Pessoal:
I) Continência aos navios ou às embarcações que passam deve ser feita com correção, ao apito respectivo;
II) A continência é feita por todos que estejam cobertas acima, corretamente, e por tempos. No caso da guarnição
estar em formatura, só o mais antigo faz a continência individual; os demais ficam em “sentido”. Quando está sendo
efetuado o cumprimento pelo outro navio, apenas o militar mais antigo presente responde à continência;

1
Sugere-se designar o Cabo-Auxiliar do quarto de 00 às 04h para este fim.

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III) O Oficial de Serviço, contramestre, sinaleiro, ou vigia do mar devem estar atentos à aproximação de embarcações
miúdas com autoridades embarcadas, para as quais as honras de passagem são devidas;
IV) A apresentação da guarnição da lancha deve ser impecável, qualquer que seja o uniforme. Atenção para limpeza
dos coletes salva-vidas, dos tênis brancos e caxangás;
V) Nas mudanças de posição no cais, pessoal guarnecendo Detalhe Especial para o Mar (DEM) na proa/popa com
uniformes diferentes (macacões, ou de ginástica ou com uniforme do dia); e
VI) Militares debruçados nas balaustradas e/ou sentados nos acessórios do convés.
ac) O não cumprimento, por ocasião do quarto d’alva / pôr-do-sol do regime de luzes;
ad) Nas mudanças de posição no cais, pessoal guarnecendo DEM na proa/popa com uniformes diferentes (macacões,
ou de ginástica ou com o uniforme do dia);
ae) Vergueiros da balaustradas solecados;
af) Pontos e lágrimas de ferrugem nas proximidades dos amarelos devido a utilização de palhas de aço (bombril) na
aplicação de líquidos para polimento de metais, principalmente nos “olhos de boi” das portas estanques. A palha de
aço decompõe-se em partes imperceptíveis a olho nu, que oxidam-se com a ação do tempo.
ag) Toldos sujos, mal envergados, com excesso de água, denotam desleixo por parte do pessoal, além de perderem
resistência, podem furar e adquirir elasticidade excessiva.
ah) Navios com banda e trim.
ai) Cais defronte ao navio limpo e arrumado. Quaisquer objetos posicionados no cais devem ser arrumados.
aj) O portaló é o “cartão de visita” do navio, e como tal, tem que estar rigorosamente limpo e arrumado, sem
concentração de pessoal não afeto ao serviço nas proximidades da prancha / escada de portaló, e guarnecido por
militares de serviço impecavelmente uniformizados.

ANEXO B - SEGURANÇA DA TRIPULAÇÃO A BORDO

1 – GENERALIDADES - A preocupação com a segurança envolve um amplo espectro, desde o projeto do ambiente
de trabalho, ou seja, o navio, à sinalização apropriada (como, por exemplo, placas indicando que o compartimento
adjacente é um paiol de munição etc.); da utilização de material de consumo aprovado às técnicas de manutenção e
estocagem apropriadas; do controle de ruído ambiental à educação dos tripulantes, de modo a possibilitar a adoção de
normas e procedimentos capazes de criar e manter condições de trabalho saudáveis e seguras a bordo.
Como regra geral, o projeto de um navio incorpora a experiência acumulada ao longo dos anos, no que se refere à
melhoria das condições de trabalho. Neste campo, é reduzida a capacidade de manobra de um Comandante. Mas a
atividade é ampla no que se refere à manutenção das condições de segurança, tanto pela preservação das
características de construção, quanto pela adoção coletiva de procedimentos apropriados, de modo a tornar as
precauções de segurança parte do cotidiano da tripulação.
A segurança do pessoal e do material merece atenção especial, seja durante a realização de uma faina,
adestramento, ou simplesmente nos eventos de rotina em um navio atracado ou em viagem. Qualquer um que
constatar que a segurança está ou pode vir a ser ameaçada, deve comunicar o fato imediatamente ao mais antigo
presente, para que tome as providências cabíveis, que podem significar, até mesmo, a interrupção da faina ou
exercício, até que a situação de perigo seja afastada.
Chama-se à atenção, em especial, para fainas como: de munição, transferência de combustível, transferência de
carga, reboque, operações aéreas, exercícios de tiro e etc.
Todas devem ser precedidas de “briefings”, onde os principais aspectos de segurança sejam enfatizados. Após
cada evento, realiza-se uma reunião de crítica (“debriefing”), onde os acertos são realçados e os erros apontados.
Deste modo, colhem-se ensinamentos que aprimorarão a execução de tais fainas no futuro.
Outras recomendações importantes: Todo o material a ser empregado ou que possa ser empregado em uma
faina, deve ser rigorosamente verificado e testado antes de seu início, bem como ser posicionado de modo a estar à
mão quando for necessário.
Deve ser mantida atualizada na enfermaria, na estação Central do Cav e no Portaló, a relação dos materiais
perigosos existentes a bordo, por categoria, discriminando local, precauções para armazenagens, manuseio e
procedimentos a serem adotados (no mar e em terra) no caso de contaminação do pessoal. O pessoal a bordo deve
manter-se adestrado nos procedimentos de emergência, especialmente os relativos aos materiais que empregam
combustíveis especiais (por exemplo: torpedos e mísseis), berilio, halon e outros.

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2 - PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA NAS FAINAS MARINHEIRAS - As fainas marinheiras devem ser
realizadas sem conversas paralelas. Quem conduz a faina tem que manter o controle da mesma durante todo o tempo.
Nas fainas marinheiras em conveses abertos, o uso do colete de flutuabilidade permanente (tradicionalmente
conhecido como colete de paina) ou auto-inflável é obrigatório.
Nas fainas marinheiras em que houver a necessidade de uso de capacetes, estes deverão seguir a codificação de
cores abaixo especificada:
COR FUNÇÃO
BRANCO Oficiais
BRANCO COM UMA CRUZ VERDE Oficial de Segurança
BRANCO COM UMA CRUZ VERMELHA Enfermeiro
AMARELO Sr. Mestre
VERDE Raqueteiro / Telefonista
VERMELHO Lançador de rebolo /fuzil lança-retinida
MARROM Operador do cabrestante /guincho /CAv
PÚRPURA Reparador
AZUL Laboradores de cabos / Faxina do Mestre
LARANJA Verificador / Inspetor / Pessoal de fornecimento
CINZA Outros
2.1 - Cuidados quando trabalhando com espias e cabos - Os seguintes procedimentos aumentam a segurança da
faina:
a) usar luvas do tipo “raspa de coco” ou de vaqueta quando laborando cabos;
b) o pessoal envolvido deve remover anéis, relógios, pulseiras e outras peças que possam ser inadvertidamente
“fisgadas” pelos dispositivos, cabos e carga;
c) não exercer muito esforço em um cabo que já tenha trabalhado próximo a sua carga de ruptura ou em serviço
contínuo;
d) não permitir a presença de pessoal nas proximidades de cabos sob tensão;
e) nenhuma pessoa deve ficar pelo lado interno (vivo) dos cabos que estejam laborando por qualquer retorno;
f) o primeiro homem que guarnece qualquer cabo sob tensão deve manter um socairo seguro de um cabrestante,
cabeço, buzina, rodete ou de qualquer outro aparelho ou equipamento por onde o cabo seja tracionado ou laborado;
g) o pessoal envolvido nas fainas de dobrar a amarração ou de clarear o convés, mesmo após a volta do DEM, deverá
permanecer com o colete adequadamente vestido, até o pronto da faina, posto que, no caso de algum
acidente/incidente (como por exemplo: partir um cabo, arrebentar a balaustrada, etc), que acarrete queda do homem
ao mar, será mais uma proteção; e
h) Todas as espias e cabos de reboque devem possuir fusível.
Quando laboramos cabos e espias, devemos observar quatro regras de segurança, independente do material de
fabricação:
I - Não se deve ficar por dentro de cabo laborando ou na direção em que ele é tracionado;
II - Não se deve aumentar a carga (esforço) num cabo depois de se travar ou de se ter dado volta num cunho, cabeço
ou similar;
III - É imperativo a presença de um observador de segurança em todos os casos em que se laboram cabos; e
IV - Manter socairo mínimo de 2 metros.

Figura 1

2.2 - Fainas de transferência no mar - Os seguintes aspectos devem ser observados durante essas fainas:
a) manter um enfermeiro disponível na estação, bem como um oficial com a função de Oficial de Segurança;
b) observar precauções de perigos de irradiação eletromagnética. Navios transferindo munição por reabastecimento
conectados devem estar sob a mesma condição de silêncio devido ao manuseio de munição sensível;
c) pessoal que trabalha com a carga não deve pisar em um estropo da rede que estiver talingado no gato;
d) o pessoal envolvido no reabastecimento deve portar a palamenta de segurança exigida;
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e) todo o pessoal deve estar atento a um possível movimento da carga devido ao jogo do navio. Ninguém deve se
posicionar entre a carga e a borda do navio;
f) teques, “spanwires”, cabos de sustentação de aço devem ser presos ao tambor do guincho por uma presilha ou
grampo especialmente projetado, para minimizar a possibilidade de danos se um desengajamento em emergência for
necessário;
g) a balaustrada não deve ser arriada a não ser que absolutamente necessário. Se abaixada, uma balaustrada de
segurança temporária deve ser montada usando neste caso o cabo específico;
h) o pessoal de cada estação deve remover anéis, relógios, pulseiras e outras peças que possam ser inadvertidamente
ser “fisgadas” pelos dispositivos, cabos e carga;
i) todo o pessoal deve estar adestrado para: manter-se afastado de retornos, seios de cabo, guarnecer os cabos se
posicionando para dentro de bordo e, se praticável, permanecer a pelos menos 1,8 m de distância de moitões, cunhos,
sarilhos, cabrestantes etc. por onde os cabos gurnem. Todo o pessoal que guarnece a montagem do dispositivo, o cabo
de distância, o cabo telefônico entre estações devem estar avante e no lado de dentro de bordo. Se necessário ficar à
ré, o pessoal deve permanecer atento ao risco em potencial;
j) usar corretamente os contrapinos nas patolas. Não forçar a abertura excessiva de contrapinos.
k) todo pessoal deve ser alertado para manter-se afastado de cargas suspensas e de pontos de fixação de dispositivos
até que toda a carga esteja segura no convés. Todo o pessoal deve estar atento e nunca virar as costas para a carga que
se aproxima;
l) O pessoal trabalhando em mastros ou superestruturas ou por fora da borda livre ou balaustrada, deve usar cintos de
segurança e cabos de segurança;
m) os cabos de fixação devem ser passados imediatamente quando da montagem do dispositivo para se preparar para
um possível desengajamento em emergência;
n) as projeções móveis, localizadas no bordo da faina, devem ser rebatidas e peiadas;
o) os cabos devem ser colhidos de forma clara para correrem livremente;
p) o convés, nas proximidades da estação de transferência, deve ser tratado com material antiderrapante;
q) deve existir material para combate a incêndio pronto para uso na estação (somente nas fainas de transferência de
óleo combustível) e todo o pessoal deve estar apto a operá-lo;
r) cumprir os procedimentos de segurança relativos à passagem da retinida, visando à proteção da guarnição do outro
navio;
s) somente destalingar o span-wire (ou cabo de sustentação) quando ele tiver sido folgado, e por ordem do
fornecedor;
t) nas fainas de transferência de óleo pelo método STREAM, o recebedor somente solicitará ao fornecedor que
tensione o span-wire após receber autorização da Manobra (que posicionará o navio na distância mínima de 140 pés).
u) todos os olhais e acessórios das estações de transferência têm que sofrer teste de carga.
2.3 - Faina de reboque (rebocador e rebocado) - Para a faina de reboque as precauções são as seguintes:
a) manter à mão as ferramentas adequadas para uso imediato na estação de reboque e para o desengajamento em
emergência;
b) proibir o trânsito pelo convés na área de passeio do cabo de reboque; se imprescindível, fazê-lo agachado por fora
do horse-bar, e mantendo o cabo à vista, de modo a proteger-se em uma emergência (aplicável aos navios dotados de
máquina de reboque - NSS, NA, rebocadores e corvetas Classe “Imperial Marinheiro”);
c) manter um enfermeiro com “kit” de primeiros socorros na área;
d) o Comando deve ser mantido informado da direção e esforço sobre o mensageiro do cabo de reboque, a fim de,
entre outros aspectos, evitar risco para o pessoal no convés;
e) os homens da manobra da amarra devem estar cientes dos procedimentos para largar o cabo de reboque em
emergência; e
f) nas manobras de atracação/desatracação, somente dar o pronto para o início da puxada após os militares que deram
a volta do cabo de reboque pelos cabeços terem se abrigado.
2.4 - Fainas de recolhimento de homem ao mar e náufragos
a) Os homens que guarnecem as estações para o recolhimento devem portar coletes de flutuabilidade permanente ou
auto-infláveis e luvas;
b) A balaustrada de segurança em viagem deve estar passada;
c) Os homens, que trabalham por fora da balaustrada de segurança, devem usar cinto de segurança;
d) O nadador deve vestir a roupa de neoprene e a sua palamenta completa (sling, colete salva-vidas inflável, faca,
nadadeiras, máscara, esnorquel e lanterna tipo “flashlight”);
e) O nadador reserva deve estar com a palamenta completa, pronto a entrar em ação caso necessário;
f) Por ocasião de recolhimento noturno, o nadador deve possuir um “cyalume” preso ao “sling”, pela parte posterior,
próximo ao engate do gato do cabo de recolhimento (se possível, também uma lanterna estroboscópica fixada ao
punho, para auxiliar na sinalização para a estação);
g) Usar cabo de recolhimento de flutuabilidade positiva (polipropileno);

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h) Em situação de guerra, no caso de recolhimento de inimigo, manter homens armados postados em local elevado e
próximo à estação de recolhimento, de modo a prevenir-se contra eventual ação adversa (não esquecer de revistar os
náufragos rigorosamente, tão logo cheguem a bordo, independentemente do estado de saúde aparente); e
i) Um atirador armado com fuzil guarnecerá a estação de recolhimento ou a lancha, pronto a atirar em tubarões que se
aproximem do homem sendo recolhido.
2.5 - Embarque e desembarque de prático
Os práticos, por vezes, embarcam e desembarcam em condições adversas e perigosas. Por este Motivo, foram
estabelecidas normas nacionais e internacionais que visam prover segurança nas fainas de embarque e desembarque
de práticos, as quais estão consolidadas nas Normas da Autoridade Marítima para a Navegação em Mar Aberto,
NORMAM-01/DPC.
2.5.1 - Estado de Conservação e Segurança
A escapa de prático deve ser homologada pela Diretoria de Portos e Costas e mantida segura e em bom estado.
A escada de prático deve permitir o embarque seguro do prático e também pode ser utilizada por outras pessoas,
por ocasião da entrada ou saída de um navio.
2.5.2 - Localização
A escada de prático deve ter a possibilidade de ser instalada em qualquer dos bordos, numa posição segura em que
haja o risco de receber descargas eventuais provenientes do navio. Deverá estar suficientemente afastada, na medida
do possível, das arestas do navio e situar-se, preferencialmente, na parte plana do costado a meia-nau.
2.5.3 - Operação
a) Para receber o prático, a escada deverá ser lançada a sotavento.
b) Para que possa ter acesso ao navio, com segurança e comodidade, o prático não deverá subir menos do que 1,5 m,
nem mais do que 9 m;
c) Quando a altura a ser escalada pelo Prático for superior a 9 m, a subida a bordo, a partir da escada de prático, deve
ser efetuada com o auxílio da escada se portaló;
d) Em caso de necessidade, devem ser mantidas prontas para serem usadas duas boças, solidamente amaradas ao
navio, tendo pelo menos 32 mm de diâmetro;
e) Se o navio estiver em movimento, o embarque ou desembarque do prático deve ser feito com máquinas adiante e
velocidade máxima de 5 a 6 nós; e
f) A escada deve ser montada por militar capacitado e sob a supervisão de um Oficial.
2.5.4 - Fixação
Os navios devem ser providos de dispositivos apropriados para permitir a passagem de maneira segura e cômoda
do topo da escada de prático para o convés ou escada de portaló. Quando esta passagem se efetuar por meio de uma
escada de borda-falsa, esta deve ser solidamente fixada à balaustrada da borda-falsa. Os dois balaústres devem ter um
afastamento entre 70 e 80 cm, ser fixados rigidamente ao convés do navio, ficando no mínimo a 1,20 m acima da
parte superior da borda-falsa e serem construídos de aço ou material equivalente com, no mínimo, 44 mm de
diâmetro.
2.5.5 - Iluminação
À noite, o local de embarque deve ser provido de iluminação, de modo que a parte superior da escada, a parte
intermediária, bem como a posição em que o prático aborda o navio fiquem devidamente iluminadas. A iluminação
deverá ser instalada em uma posição que não ofusque a vista do prático.
2.5.6 - Boias salva-vidas
Deve ser mantida, junto à escada de prático, uma boia salva-vidas, provida de um dispositivo flutuante de iluminação
automática e retinida flutuante de comprimento igual ao dobro da altura na qual ficará estivada, acima da linha de
flutuação na condição de navio leve, ou 30 metros, o que for maior, e ter seu chicote a bordo.
2.5.7 - Embarque e desembarque
Quando do embarque de práticos, estes devem ser recebidos a bordo e acompanhados ao passadiço por Oficial. O
mesmo tratamento deve ser dispensado por ocasião do desembarque.
2.5.8 - Homologação
As escadas de prático homologadas pela DPC constam do Catálogo de Material Homologado para embarcações e
plataformas. O Catálogo está disponível na página da DPC na intranet e internet.
As figuras a seguir ilustram a montagem da escada de prático em navios com borda-livre até 9 m; a montagem da
escada de prático combinada com a escada de portaló para borda-livre maior que 9 m; discrepâncias que devem ser
identificadas e evitadas na montagem da escada; posicionamento do guincho; e iluminação noturna.

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PROCEDIMENTOS MARINHEIROS CURSO ASCENSÃO

Figura 1 -Montagem da escada em navios com borda-livre até 9 m

Figura 2 -Montagem da escada em navios com borda-livre maior 9 m

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PROCEDIMENTOS MARINHEIROS CURSO ASCENSÃO

Figura 4 – Características do dispositivo da escada de prático

Figura 3 -Montagem da escada em navios com borda-livre maior 9 m

Figura 5 - Requisitos para fixação da escada de prático ao costado

Figura 6 - Iluminação da escada de prático

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PROCEDIMENTOS MARINHEIROS CURSO ASCENSÃO
3 - VIAS DE ACESSO
a) Colocar redes de segurança sob as pranchas utilizadas para entrada ou saída de bordo, como proteção adicional
para o pessoal em trânsito;
b) A condição de fechamento do material estabelecida pelo CAV deve ser rigorosamente mantida (é importante
conscientizar toda a tripulação quanto à necessidade de se conservar a condição de fechamento do material; a Central
de CAV controla a abertura/fechamento dos acessórios estanques);
c) É proibido obstruir escotilhões, agulheiros, portas estanques e escapes de emergência, que devem ser conservados
sempre em condições de uso;
d) Como requisito de segurança, em caso de obstrução de uma rota pela execução de algum serviço, mantém-se uma
rota alternativa para escape em emergência, devidamente identificada e do conhecimento do pessoal envolvido (esta
providência é particularmente importante nos períodos de manutenção);
e) Isolar com cabos/ corrimões os locais em que chapas do convés ou estrados forem removidos;
f) Iluminar adequadamente conveses e passagens (na falta de energia, devem ser empregadas lanternas de emergência
devidamente posicionadas para garantir o trânsito do pessoal);
g) Indicar adequadamente as rotas de acesso aos locais importantes, como enfermaria, postos de primeiros socorros
etc.; e
h) Sempre que possível, as setas indicadoras de trânsito ou direções devem ser de material fosforescente ou retro-
reflexivos a fim de serem facilmente identificadas no escuro.

4 - SERVIÇOS DE PINTURA
a) Restos de tintas, trapos, estopas etc. devem ser armazenados em locais designados e removidos ao término de cada
serviço;
b) Colocar sinalização de segurança (proibido fumar, proibido serviços de corte e solda etc.) alusiva ao serviço;
c) Utilizar iluminação à prova de explosão nas fainas de pintura em compartimentos fechados;
d) A quantidade de tinta e solvente armazenada na área de trabalho deve ser a correspondente para, no máximo, um
dia de consumo;
e) O local do serviço deve estar provido de extintores de incêndio;
f) A Central do CAV deve ser informada das fainas de pintura que estão sendo realizadas a bordo;
g) Os compartimentos fechados devem ser ventilados e ter a concentração de gases monitorada durante o período de
pintura;
h) Os envolvidos na pintura de compartimentos confinados utilizarão máscara (filtro nasal);
i) Ter sempre um supervisor de segurança no convés para acompanhar a faina e reposicionar o flutuante. O militar
que estiver no flutuante deverá estar portando colete de paina, uma faca de marinheiro de pronto uso e cinto de
segurança amarrado a um ponto fixo no convés;
j) Utilizar um cabo (fiel) para descer o material necessário para pintura; e
k) Manter sempre a lata de tinta com um fiel passado. Caso o flutuante “jogue”, evitará que se derrame tinta no mar.

5 - TRABALHO EM LOCAIS ELEVADOS - O trabalho em locais elevados reveste-se de cuidados especiais, tanto
pela segurança do próprio homem que exerce a tarefa, como das pessoas que transitam sob a área de trabalho. Um
choque elétrico poderá provocar a relaxação involuntária das mãos e, consequentemente, queda do mantenedor ou de
uma ferramenta, que poderá atingir alguém no convés.
As seguintes providências são mandatórias, quando se trabalha em mastros e chaminés:
a) tenha sempre um observador de segurança no convés;
b) utilize cinto de segurança, amarrado em local apropriado;
c) planeje o serviço de modo que não precise descer para pegar ferramentas ou sobressalentes (assim estará evitando
repetir duas fases perigosas da faina que são subir e descer do mastro, além de, obviamente, obter maior eficiência na
execução da tarefa);
d) utilize um cabo (fiel) para prender as ferramentas, evitando que elas caiam, atrasando o serviço ou atingindo
alguém;
e) tenha atenção à fumaça emanada das chaminés (ela pode provocar mal-estar, perda de consciência e queda);
f) assegure-se de que radares e transmissores estejam desligados (dos navios a contrabordo, inclusive), bem como os
equipamentos etiquetados com plaquetas de advertência “PERIGO - NÃO LIGUE”, ou similar cumprindo o
“HAZARD BOARD” (quando existir), uma vez que:
I) as antenas energizadas podem provocar choque elétrico ou queimaduras se tocadas;
II) a energia eletromagnética pode induzir eletricidade estática em acessórios não aterrados do mastro e em
ferramentas, que provocarão choque se tocados;
III) as antenas de radar, girando, poderão derrubar um homem, ou suas ferramentas de trabalho; e
IV) se um homem for exposto a energia eletromagnética, dependendo das circunstâncias, pode sofrer queimaduras
externas e internas.

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As providências descritas se aplicam, no que couber, aos trabalhos em compartimentos de “pé direito elevado”, no
costado, e serviços de convés com o navio no dique e, em alguns casos, flutuando (exemplo: serviços sob o convoo,
no costado do NAe SÃO PAULO), circunstâncias em que o mantenedor deve usar cinto de segurança.

6 - PERIGOS DA IRRADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA - Neste tópico, abordaremos apenas os perigos


relacionados à irradiação proveniente de uma fonte eletromagnética, ou seja, restrita ao espectro de radiofrequência.
6.1- Perigos Para o Homem - O desenvolvimento de transmissores de alta potência, associados a antenas de elevado
ganho, aumentou a possibilidade de que as pessoas, trabalhando na vizinhança destes sistemas, sofram danos físicos.
Um campo eletromagnético induz eletricamente corpos condutores, como cabos de aço, estais, aeronaves
estacionadas, turcos, guindastes e outros acessórios da superestrutura nas proximidades de antenas de transmissão (os
equipamentos e acessórios de grandes dimensões verticais são particularmente sujeitos à indução eletromagnética,
devido à polarização vertical ser a predominante nos sistemas irradiantes de bordo). O contato físico com tais itens
pode causar um choque e até mesmo queimaduras na pele. É quase impossível que ocorra um ferimento significativo,
mas é provável que a dor ou o choque seja suficiente para que uma pessoa caia da escada ou do mastro, sofra uma
contração involuntária da musculatura (o que pode provocar um ferimento por impacto), ou largue a sua ferramenta
de trabalho, com sérias consequências. Por outro lado, queimaduras graves podem ocorrer no contato direto da pele
com antenas transmissoras irradiando.
Quando um corpo é submetido a radiação eletromagnética, a energia absorvida ocasiona um aumento na
temperatura do corpo, em consequência da fricção intermolecular. A intensidade do efeito vai depender da
frequência, potência, tempo de exposição, dimensões do corpo exposto, propriedades elétricas dos tecidos e a
capacidade do órgão afetado em dissipar energia. A energia eletromagnética tem alto poder de penetração e sua ação
se desenvolve em órgãos internos, em um processo idêntico ao cozimento que se processa dentro de um forno de
microondas. Note-se que os efeitos no organismo não são uniformes, variando de órgão para órgão.
A profundidade de penetração e os efeitos de aquecimento no corpo humano dependem da frequência. Abaixo de 1
GHz a energia penetra profundamente. Acima de 3 GHz, o efeito de aquecimento ocorre próximo à superfície, na
pele (nesta faixa, o alarme é imediato, pois a pele sente imediatamente os efeitos da elevação de temperatura). Na
faixa intermediária, temos vários graus de penetração.
A bordo, são fontes de energia eletromagnética: transmissores e transceptores de comunicações, radares, radares
de direção de tiro e sistemas de guiagem de mísseis.
As seguintes providências evitam a exposição do pessoal à irradiação acima dos limites toleráveis:
a) não olhe na direção do lóbulo de transmissão de uma antena irradiando;
b) não permaneça estacionado dentro dos limites de segurança estabelecidos para cada antena;
c) “feed horns”, terminais abertos de guias de onda e de linhas de transmissão somente podem ser inspecionados
visualmente se houver certeza de que o equipamento está desalimentado;
d) empregue cargas fantasmas nos testes de equipamento, em vez de alimentar a antena, sempre que possível;
e) nunca dirija o feixe de transmissão de um radar, que irradia com elevada potência, para áreas em que existam
pessoas trabalhando; e
f) adotar sinalização apropriada, indicando a possível existência de radiação eletromagnética (todos a bordo devem
conhecer e respeitar tais sinais de aviso).
As seguintes providências reduzem as ocorrências de indução eletromagnética, capazes de causar queimaduras e
incidentes:
a) utilize, quando possível, cabos de aço revestidos com material isolante;
b) utilize ligações (links) com isolamento de fibra de vidro entre o cabo de aço do guindaste e o gato;
c) reposicione as antenas, se possível;
d) aterre o equipamento ou antena em que vai trabalhar, antes de começar a manutenção, prevenindo-se contra um
eventual choque (atenção: primeiro se faz a ligação à terra; depois ao objeto; não esquecer de remover o aterramento
após o serviço);
e) use materiais não-metálicos, onde for viável;
f) altere os procedimentos operacionais (exemplo: reduzindo a potência de transmissão, ou mesmo não emitindo,
quando estiver manuseando carga);
g) proíba o acesso às áreas perigosas, a não ser que possa desalimentar o transmissor; e
h) quando não for possível eliminar totalmente o perigo, utilize avisos de advertência.

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6.2 - Perigo da irradiação eletromagnética para o armamento (hazard of eletromagnetic radiation to ordnance
- HERO) - Os perigos da irradiação eletromagnética para o armamento estão relacionados aos sistemas elétricos de
iniciação (estopilhas e espoletas). Os dispositivos eletroexplosivos utilizados podem se deflagrados, detonar ou
degradar-se quando expostos a um campo eletromagnético. Tais dispositivos são mais susceptíveis durante a
montagem, desmontagem, manuseio, carregamento e descarregamento. O projeto de instalação de um armamento,
obviamente, leva em conta as necessidades de que uma arma não seja sensível à indução eletromagnética
(observância dos diagramas de irradiação, uso de filtros, de conectores especiais etc.), mas, ainda assim, nem sempre
se obtém sucesso pleno.
Cada tipo de armamento apresenta suas precauções específicas quanto ao tema e devem ser motivo de
preocupação do pessoal envolvido diretamente na sua operação e manuseio.
Como exemplo, certas granadas de CHAFF são susceptíveis a induções eletromagnéticas de determinadas
frequências e, neste caso, é recomendado a colocação de radares desta Banda em silêncio até o término da faina de
manuseio de munição. A bandeira “L” deve ser empregada durante a faina.
6.3 - Perigo da irradiação eletromagnética para o combustível (hazard of eletromagnetic radiation to fuel -
HERF) - A possibilidade de ignição do combustível por ação de radiofrequência é remota, na medida em que o
desenvolvimento dos requisitos de projeto dos navios (como, localização das antenas não-interferindo com estações
de abastecimento ou suspiros de tanques), a adoção de procedimentos e equipamentos de abastecimento mais seguros
e de combustíveis menos voláteis (JP-5, por exemplo) reduziram a possibilidade deste tipo de ocorrência.
Entretanto, ainda há algum risco no manuseio de gasolina, particularmente a de aviação.
As precauções de segurança para minimizar a possibilidade de acidentes são as seguintes:
a) não alimente qualquer transmissor (radar ou de comunicações) nas proximidades de aeronave ou veículo sendo
abastecido (ao menos 15 metros afastado);
b) nunca dirija o feixe radar na direção de aeronave ou veículo sendo abastecido;
c) não faça ou desfaça o aterramento ou qualquer outra conexão elétrica de uma aeronave ou veículo sendo
abastecido (ou nas suas proximidades). Faça a conexão antes de começar o abastecimento e a desfaça após o término
da faina; e
d) não coloque tanques portáteis de combustível perto de antenas.
6.4 - Laser (light amplification by stimulated emission of radiation) - O emprego do Laser é crescente no meio
militar, para determinação de distâncias e altitude, localização de alvos e comunicações. A radiação corresponde à
faixa dos raios ultravioleta (visível) e infravermelho. A energia é transmitida através de um feixe estreito, mas de alta
potência. Quando a energia é absorvida por um “alvo”, produz calor.
Os sistemas atuais oferecem risco à visão, pois podem causar danos ao globo ocular.
Os efeitos podem ser agravados se o raio for potencializado através de binóculos ou dispositivos semelhantes.
A segurança do pessoal é assegurada mantendo-se as tripulações bem-informadas dos riscos e das precauções
necessárias, como o uso de filtros e equipamentos de proteção individual.
6.5 - Perigos da energia eletromagnética em relação a outros equipamentos - As transmissões com elevada
potência são capazes de danificar, degradar ou interferir no emprego de equipamentos de comunicações, fonoclama,
equipamentos médicos, de aeronaves, de controle da máquina etc. Tais ocorrências podem causar problemas
significativos, afetando a capacidade operativa e administrativa do navio e a segurança do pessoal. É importante
conhecer os possíveis efeitos do uso de equipamentos transmissores a bordo, de modo que se possa administrar e
priorizar o seu emprego nas várias situações, bem como adotar medidas corretivas onde se fizer necessário.
6.6 - Perigos de irradiação eletromagnética para aeronaves durante pouso e decolagem - Ocorrências relatadas
ao final de comissões, constam que, foram verificadas as seguintes interferências com aeronaves AH-11A:
a) durante o acionamento dos motores ocorreram indicações erráticas nos instrumentos, levando o piloto a abortar a
partida;
b) estando a ANV engrazada no convoo, ocorreu queda da indicação da quantidade de combustível de 200 para 50
kg, sem consequências para o prosseguimento do vôo;
c) estando a ANV engrazada no convoo ocorreram indicações erráticas nos instrumentos, indicando ao piloto
necessidade de corte imediato dos motores; e
d) estando a ANV engrazada no convoo, ocorreram três incidentes aeronáuticos de deflagração espontânea do
“cartridge do Crash Position Indicator (CPI)”, acarretando seu alijamento não comandado e indisponibilizando a
ANV para vôo.
O Comando-em-Chefe da Esquadra estabeleceu restrições quanto à transmissão em HF, pelos navios, durante as
operações aéreas, quando houver ANV AH-11A embarcada, nas seguinte situações:
1) no momento em que for autorizado acionar motores até a decolagem; e
2) quando a aeronave estiver na aproximação final ou orbitando nas proximidades do navio até o corte dos motores.

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7 - MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS
7.1 - Precauções gerais de segurança - O operador e o mantenedor de equipamentos eletrônicos devem ter em
mente que manuseiam equipamentos capazes de provocar sérios acidentes de pessoal. Chama-se a atenção para os
seguintes aspectos:
a) inspecionar, empregando pessoal habilitado, os equipamentos eletrônicos portáteis, mesmo aqueles de recreação,
ao serem embarcados e periodicamente, a fim de avaliar se estão sendo mantidas as suas características de trabalho e
segurança;
b) qualquer equipamento eletrônico só pode ser alimentado com a devida autorização e por pessoal qualificado;
c) ao alimentar um equipamento, verifique se as indicações estão normais;
d) só utilize equipamentos de teste confiáveis e aferidos;
e) antes de conectar as pontas de prova, observe se elas estão em bom estado;
f) para efetuar as medições, coloque em primeiro lugar a ponta de prova do terra (preta) para a terra, e em seguida,
conecte a ponta viva (encarnada) ao ponto a ser medido (assegure-se que as está conectando corretamente);
g) para desfazer a medição, faça o processo inverso, ou seja, inicialmente retire a ponta viva e depois o terra;
h) só remova ou substitua um fusível, cartão ou unidade após desalimentar o equipamento;
i) ao substituir um fusível, verifique se é apropriado ao circuito ou equipamento (amperagem, tamanho, tipo (anti-
surge, por exemplo)), utilize o saca-fusível quando o fusível for do tipo faca ou cartucho;
j) a remoção de cartões deverá ser feita, normalmente, com o equipamento desalimentado e utilizando o saca-cartão
apropriado;
k) ao recolocar um cartão no seu local, verifique se é o cartão correto (nunca utilize uma força maior do que o
necessário - “lembre-se, o material tem sempre razão”);
l) ao medir circuitos que tenham uma alimentação acima de 300 volts, adote precauções especiais, como:
I) desalimente o equipamento, se possível;
II) descarregue os capacitores de alta tensão com uma ponta de curto;
III) verifique se o equipamento de teste está corretamente regulado para a medida que vai executar;
IV) utilize pontas de prova de alta tensão, caso necessário;
V) coloque-se em uma posição que facilite a leitura que for efetuar;
VI) se o equipamento tiver de ser alimentado durante a medição, determine ao seu auxiliar que o faça, enquanto você
faz a leitura; e
VII) caso seja necessário realizar outras medidas com o equipamento desalimentado ou que por segurança, deva estar
desalimentado, volte ao item (I).
m) remover os fusíveis de alimentação do equipamento que sofrerá manutenção, a fim de evitar que seja alimentado
inadvertidamente;
n) adicione ou retire interruptores e “interlocks” sempre com apenas uma das mãos;
o) mantenha sempre o corpo e roupas secos (quando estiver trabalhando em locais molhados ou úmidos, utilize uma
plataforma seca);
p) desalimente o equipamento antes de conectar terminais tipo “jacaré” a qualquer ponto do circuito;
q) use luvas de borracha ao acessar partes internas de qualquer equipamento, quando desconhecer a tensão utilizada
ou estas forem elevadas;
r) utilize luvas em bom estado;
s) utilize placas ou avisos de advertência nos equipamentos que se encontram em reparo;
t) ao terminar um reparo, recoloque no lugar todos os fusíveis e disjuntores retirados; e
u) se houver necessidade de reparar um equipamento alimentado, adote os seguintes procedimentos:
I) ilumine bem o local;
II) não use anéis, relógios, pulseiras ou qualquer objeto metálico que possa tocar no equipamento;
III) utilize tapetes de borracha como isolante entre o reparador e o piso; e
IV) nunca trabalhe sozinho.
7.2 - Válvulas radioativas
a) É frequente o uso de válvulas radioativas em equipamentos eletrônicos. Uma vez mantidas intactas, não oferecem
nenhum perigo. No seu manuseio, deverão ser observadas as seguintes precauções:
I) não as remova da embalagem até o momento da instalação;
II) após retirá-las de um equipamento, coloque-as em uma embalagem apropriada a fim de evitar que se quebrem; e
III) não carregue válvulas radioativas no bolso ou em qualquer outro lugar não protegido.
b) Caso uma válvula radioativa venha a se quebrar, as seguintes providências deverão ser obedecidas:
I) informe imediatamente a seu Encarregado de Divisão, ao médico ou ao enfermeiro de bordo;
II) isole a área de trabalho a fim de evitar a contaminação de outras pessoas;
III) impeça o contato do material contaminado com qualquer parte do seu corpo;
IV) procure não aspirar qualquer vapor ou pó que se tenha liberado em função da quebra da válvula;

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V) utilize uma pinça para remover os fragmentos grandes da válvula quebrada (os menores devem ser retirados com
um pano úmido, porém só passe o pano num único sentido, nunca de um lado para o outro);
VI) coloque todo o material usado na limpeza dentro de um saco plástico, caixa de papelão grosso ou vidro com
tampa. Esse material deverá ser acondicionado dentro de uma caixa de aço até posterior retirada;
VII) não traga bebida ou comida para as proximidades da área contaminada;
VIII) após deixar a área, retire as peças de roupa que estiverem contaminadas, lave as mãos e braços com água e
sabão, e enxágue com água limpa;
IX) caso tenha se ferido com uma válvula radioativa, procure auxílio médico, force um pequeno sangramento,
apertando os lados da ferida (nunca use a boca para chupar o sangue); e
X) se a ferida for do tipo profunda com área pequena, o médico deverá fazer uma incisão de modo a permitir
sangramento, a fim de facilitar a lavagem e limpeza da ferida.
A válvula TWT utilizada no radar 910 do Sistema GWS-25 (SEA WOLF) das Fragata Classe Greenhalgh possui
sobre a superfície de deu corpo uma camada de um composto denominado óxido emissor que é, em geral, formado
por uma mistura de óxidos tais como o óxido de bário, cálcio e estrôncio ou berílio, dos quais o berílio apresenta um
substância carcinogênica em sua composição. Na eventualidade da substituição da referida válvula, devem-se tomar
medidas preventivas evitando a quebra das partes de vidro por choque mecânico, o que, se ocorrer, irá ocasionar
exposição do mantenedor ao óxido de berílio.
Neste caso extremo, os seguintes procedimentos de Primeiros Socorros deverão ser tomados:
 Informe imediatamente a seu Encarregado de Divisão, ao médico ou ao enfermeiro de bordo;
 Isole a área de trabalho a fim de evitar a contaminação de outras pessoas;
 Impeça o contato do material contaminado com qualquer parte do seu corpo;
 Procure não aspirar qualquer vapor ou pó que se tenha liberado em função da quebra da válvula;
 Utilize uma pinça para remover os fragmentos grandes da válvula quebrada (os menores devem ser retirados com
um pano úmido, porém só passe o pano num único sentido, nunca de um lado para o outro);
 Coloque todo o material usado na limpeza dentro de um saco plástico, caixa de papelão grosso ou vidro com
tampa. Esse material deverá ser acondicionado dentro de uma caixa de aço até posterior retirada;
 Não traga bebida ou comida para as proximidades da área contaminada;
 Após deixar a área, retire as peças de roupa que estiverem contaminadas, lave as mãos e braços com água e sabão,
e enxágue com água limpa;
 Caso tenha se ferido com uma válvula radioativa, procure auxílio médico, force um pequeno sangramento,
apertando os lados da ferida (nunca use a boca para chupar o sangue);
 Se a ferida for do tipo profunda com área pequena, o médico deverá fazer uma incisão de modo a permitir
sangramento, a fim de facilitar a lavagem e limpeza da ferida;
 Colocar máscara respiratória, luvas e avental ou macacão.
Caso tenha havido contaminação de algum tripulante, os seguintes procedimentos são recomendados:
- contato com os olhos - lavar imediatamente os olhos com água em abundância por no mínimo quinze minutos, de
tempos em tempos, levantando as pálpebras superior e inferior;
- Contato com a pele - evitar o contato com a pele em regiões com cortes e arranhões. Se tal contato, ocorrer, lavar
imediatamente com água em abundância e esfregar bastante para remover as partículas sólidas do óxido de berílio;
- Aspiração - remover o pessoal do local de exposição; - transferir a pessoa imediatamente para instalação médica
especializada se qualquer efeito nos pulmões for observado. Para o caso de elevadas exposições a observação médica
por 1 ou 2 dias é recomendada devido à possibilidade de retardo do sintomas sérios.
7.3 - Precauções no manuseio de válvulas de raios catódicos (VRC) - As VRC têm de ser manuseadas com grande
cuidado, devido ao vácuo existente no seu interior. Caso uma delas seja quebrada, a pressão externa elevada, quando
comparada com a interna, causará uma implosão, com o consequente lançamento de fragmentos com alta velocidade
em todas as direções. Tome as seguintes precauções quando manusear tais válvulas:
a) use óculos de segurança e luvas de lona reforçada;
b) ao trocar válvulas não as balance ou fique com o rosto em frente à face da válvula;
c) não deixe a válvula velha ou avariada em cima de bancadas, piso etc.; guarde-a imediatamente na embalagem da
que a substituiu; e
d) quando não houver embalagem apropriada, deixe a válvula velha ou avariada em local seguro para posterior
deposição (de preferência em alto mar).

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8 - MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS - Em qualquer caso de reparo em equipamentos
elétricos ou eletrônicos, ou avarias que atinjam cabos ou equipamentos elétricos, há sempre o perigo de choques se o
circuito não for desalimentado.
Em casos de grandes avarias, torna-se normalmente necessário desalimentar todos os cabos que atravessam a área
atingida, a fim de evitar curtos, capazes de provocar incêndios.
A tensão alternada padrão a bordo (440 volts, 60 ciclos, trifásica) é capaz de matar um homem, devendo ser
tomadas as precauções de segurança necessárias.
O circuito de iluminação de 115 volts também é capaz de causar a morte, em determinadas condições.
Chama-se atenção particular aos equipamentos elétricos portáteis empregados a bordo, pois estão relacionados
com inúmeros acidentes causados por choque elétrico.
Recomenda-se que tais equipamentos sejam inspecionados pelo Departamento de Máquinas ao serem embarcados
e periodicamente, a fim de avaliar se estão sendo mantidas as suas características de trabalho e segurança.
Poucas pessoas estão familiarizadas com os riscos potenciais envolvidos nas operações de armazenamento, carga e
manuseio de baterias, secas ou não. Quando em carregamento, a reação química entre a solução eletrolítica e as
placas da bateria gera hidrogênio, cuja concentração pode se tornar explosiva. A solução eletrolítica é capaz de
produzir queimaduras em contato com a pele e destruir o tecido do vestuário. Baterias à base de lítio ou mercúrio
inutilizadas constituem lixo tóxico.
São as seguintes as principais precauções de segurança:
a) não toque em condutor elétrico para certificar-se que está desenergizado, a menos que já o tenha testado;
b) considere que todos os circuitos elétricos são perigosos, independentemente da voltagem;
c) leia as precauções de segurança específicas de cada equipamento;
d) preferencialmente trabalhe em equipamentos desenergizados, de qualquer modo, cumprir rigorosamente os
procedimentos de segurança (uso de luvas isolantes, tapetes de borracha, acompanhamento por mais uma pessoa, pelo
menos);
e) encaminhe para reparo os equipamentos elétricos que estiverem “dando choque”, mesmo de pouca intensidade;
f) cuidado com as ferramentas portáteis e equipamentos molhados ou úmidos devido à exposição à água, ao vapor ou
às intempéries;
g) mantenha as caixas de distribuição, painéis, controladores, terminais e tomadas com as suas tampas fechadas;
h) não utilize mangueiras de água doce ou salgada nas proximidades de equipamentos elétricos;
i) sempre que desalimentar uma chave ou disjuntor para trabalhar em um equipamento, marque-o com uma etiqueta
(em encarnado) do tipo:
“PERIGO - NÃO ALIMENTAR”;
j) não remova fusíveis de circuitos de 440 V de painéis alimentados, pois a abertura de um arco pode matar um
homem;
k) não use fusíveis de capacidade superior à prevista no projeto (o que deve estar indicado no painel);
l) nunca substitua o fusível apropriado por “gatilhos”, pois o circuito perderá a proteção, podendo ocasionar incêndios
em caso de sobrecarga;
m) manter os cabos de energia de terra adequadamente instalados e em boas condições de segurança;
n) aquecer os equipamentos elétricos que permanecerão longo tempo sem funcionar para evitar baixas na resistência
de isolamento (durante os períodos de manutenção, por exemplo), pois isso protegerá o equipamento e indiretamente
reduzirá a probabilidade de incidentes;
o) utilizar ferramentas manuais eletricamente isoladas nas manutenções em instalações elétricas;
p) não utilizar ferramentas elétricas com invólucros rachados;
q) não utilizar ferramentas ou equipamento que, quando posto em funcionamento, cause abertura de fusíveis;
r) não utilizar cabos elétricos desencapados nas ligações provisórias e exigir que as emendas sejam perfeitamente
isoladas, de acordo com a boa técnica;
s) não utilizar tomadas rachadas ou avariadas, conexões frouxas ou improvisadas, e fios de alimentação de
equipamentos ligados diretamente à tomada, por ausência do terminal apropriado;
t) não utilizar lâmpadas portáteis sem grade de proteção ou, nos casos em que estiverem sujeitas a entrar em contato
com água ou óleo, ou a ser empregada em espaços confinados, que sejam à prova d’água;
u) quando realizando carga de baterias, verifique a ventilação do compartimento e afixe em local visível o aviso (em
encarnado):
“PROIBIDO FUMAR - CARGA DE BATERIA EM ANDAMENTO”
v) antes de armazenar ou transportar baterias, cubra os terminais com material isolante;
w) armazene baterias em local fresco e arejado;
x) utilize equipamento de proteção apropriado (que proteja os olhos e a pele) quando trabalhando com baterias à base
de líquido ou manuseando a solução eletrolítica; e
y) respeite os avisos de perigo.

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PROCEDIMENTOS MARINHEIROS CURSO ASCENSÃO
9 - TANQUES E ESPAÇOS VAZIOS – Recomendações:
a) antes de trabalhar no interior de tanques e espaços vazios, verificar se estão limpos, desgaseificados e ventilados;
b) as redes e suspiros de tanques e espaços, que tenham armazenados líquidos inflamáveis, devem ser limpos e
desgaseificados antes da realização de qualquer reparo envolvendo serviços de corte e solda;
c) a iluminação nesses compartimentos deve ser adequada para garantir o trânsito e o trabalho seguros, se utilizado
um cabo portátil, a lâmpada deve ser adequadamente protegida de modo a evitar que se quebrem, o que pode causar
explosões em ambientes contaminados por gases;
d) por norma, um homem não entra sozinho em um tanque ou espaço vazio (deve ser escalado um observador de
segurança do lado de fora do compartimento, devidamente familiarizado com as recomendações quanto à prevenção
de acidentes e administração de primeiros socorros); e
e) os tanques e espaços vazios devem ser mantidos com seus acessos fechados ou isolados quando não há faina em
andamento.
10 - AMPOLAS DE GÁS COMPRIMIDO
a) Armazenar as ampolas de gás comprimido sempre nos locais apropriados, afastadas de óleo, gases ou fontes de
calor.
b) O usuário deve ser qualificado para operações com ampolas de gás comprimido.
c) O pessoal deve doutrinado quanto à proibição do manuseio de ampolas com as mãos ou luvas untadas de óleo.
d) É proibido o posicionamento de ampolas de oxigênio e/ou acetileno no interior de espaços confinados (exceção
feita à ampola de oxigênio da Enfermaria).
e) Substituir as ampolas com vazamento ou reprovadas no teste hidrostático.
f) Assegurar-se de que os dispositivos de segurança (válvulas, manômetro, etc.) estejam funcionando corretamente.
g) Não expor as ampolas ao sol por muito tempo.
11 - MATERIAIS PERIGOSOS (FLUÍDOS AQUECIDOS, TÓXICOS OU INFLAMÁVEIS)
a) A existência desses itens deve se limitar às necessidades previsíveis do navio. Nos períodos de reparo, retirar de
bordo os materiais perigosos dispensáveis: óleos combustíveis, gasolina, querosene de aviação, munição (mesmo a do
armamento portátil exceto a necessária ao pessoal de serviço) etc.
b) Escolher um local apropriado para a guarda dos tanques de pronto uso de gasolina para as moto-bombas e motores
de popa.
c) Posicionar as descargas de motores e bombas portáteis safos de locais onde existam materiais perigosos ou
aspirações das ventilações do navio.
d) Prover proteção e isolamento para as redes de recebimento de vapor de terra.
12 - MEDIDAS PARA REDUZIR RISCOS DE INCÊNDIO A BORDO - Os navios de guerra caracterizam-se por
possuírem grande autonomia, ou seja, são capazes de permanecer afastados de suas bases, sem apoio logístico, por
longos períodos.
Essa particularidade faz com que transportem uma enorme quantidade de itens, como gêneros alimentícios,
combustíveis, inflamáveis e munição. A presença desses materiais coexistindo com um ambiente onde podem estar
presentes elevadas temperaturas, ocorrer descargas elétricas e até mesmo explosões decorrentes de manuseio de
munição ou concentração de gases explosivos, impõe regras para a utilização e o armazenamento, além de requerer
rigorosas medidas preventivas para evitar ou, pelo menos, reduzir a ocorrência de incêndios.
As tripulações devem possuir um adestramento específico para evitar e enfrentar um incêndio e se conscientizarem
da necessidade de se cumprir os requisitos que aumentam a segurança.
Em tempo de paz, os incêndios podem ser atribuídos a avarias, falha humana, inobservância dos cuidados na
manutenção e operação de equipamentos e sistemas e, principalmente, não-observância de medidas preventivas
destinadas a impedir condições propícias para os princípios de incêndio. Estas são particularmente importantes nos
grandes períodos de manutenção, onde há o acúmulo de serviços potencialmente perigosos, ao mesmo tempo em que
se reduz a disponibilidade dos equipamentos de combate a incêndio.
As normas mais comuns para se prevenir um incêndio são:
a) não lançar cigarros ou fósforos mal apagados em local impróprio;
A solução depende da conscientização da tripulação de que fumar a bordo, além de trazer grandes prejuízos à
saúde, pode representar risco de incêndio, sendo aplicáveis as seguintes recomendações:
I) não fumar deitado, considerando-se a possibilidade do sono chegar antes do cigarro terminar;
II) não fumar em locais proibidos, ou quando trabalhando com inflamáveis, ou quando disseminada no fonoclama
essa proibição;
III) jogar o cigarro em cinzeiros, que devem ser preferencialmente de metal, certificando-se de que foi apagado (não
lançá-lo em cestas de lixo);
IV) não fumar em locais proibidos como praças de máquinas, paióis de munição, tanques e porões; e
V) não lançar cigarro aceso por barlavento.
b) manter os equipamentos de combate a incêndio sempre em boas condições;

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c) manter a Estação Central de CAv informada de todos os serviços em andamento que possam comprometer o
sistema de combate a incêndio ou comprometer vidas em caso de sinistro (redes e válvulas retiradas para reparo,
bombas inoperantes, “by pass”, pessoal trabalhando em local de difícil acesso etc), particularmente nos períodos de
manutenção;
d) adestrar a tripulação, pois todos a bordo devem conhecer os procedimentos a adotar ao ser detectado um incêndio a
bordo;
e) remover as estopas e trapos sujos de óleo dos porões e acumulados nas latas de lixo. O risco de incêndio em praça
de máquinas é grande, devido a fatores como elevadas temperaturas, espaços confinados e com possíveis vazamentos
de material combustível. Para reduzir a ocorrência desses incêndios é fundamental impedir o armazenamento de
produtos inflamáveis nas praças de máquinas, bem como mantê-las sem vazamentos e com os porões limpos e secos,
mesmo nos períodos de manutenção;
f) remover o óleo e gordura que se acumulam nas telas e dutos de extração da cozinha. O cumprimento de uma
rigorosa rotina de limpeza impede que se acumulem excessos de gordura e óleo, os quais, sendo combustíveis, podem
entrar em ignição pelas altas temperaturas passíveis de ocorrer nesses ambientes. A existência das telas dificulta que
esse material combustível se acumule no interior dos dutos. Os navios, que dispõem de sistemas específicos para
extinguir esses incêndios, devem mantê-los em perfeitas condições de funcionamento;
g) serviços de corte e solda elétrica e oxiacetilênica caracterizam-se pela presença de altas temperaturas, centelhas e
material incandescente. Sendo assim, merecem uma série de cuidados específicos que incluem remoção de
inflamáveis das proximidades, o estabelecimento de vigias no compartimento em que é executado o serviço e nos
adjacentes, disponibilização de material de pronto uso para extinguir princípios de incêndio. Deve-se considerar,
ainda, que as fagulhas podem atingir locais de difícil acesso onde materiais combustíveis podem estar acumulados.
Outro ponto importante a ser considerado é quando esse serviço envolver redes e tanques, pois podem existir gases
inflamáveis acumulados, capazes de causar explosões.
As providências contra riscos de incêndio quando se executam serviços de corte, solda ou aquecimento de redes e
equipamentos devem ser rigorosamente implementadas, chamando-se a atenção para os seguintes aspectos:
I) estabelecer um serviço de vigilância no compartimento adjacente, quando uma antepara for cortada, soldada ou
aquecida;
II) manter a vigilância na área do serviço, bem como na área limítrofe, até, ao menos, 25 minutos após ter sido terminado
um trabalho com calor;
III) manter atualizado um registro de todos os locais onde estão sendo realizados serviços de corte, solda e trabalhos com
calor;
IV) as ordens de fogo são expedidas mediante autorização do oficial-de-serviço, do Encarregado do CAV ou seu substituto
legal, que assinam a papeleta de autorização;
V) os cabos das máquinas de solda elétrica devem ser adequados e as mesmas devem estar conectadas à terra; e
VI) antes de iniciar qualquer serviço de corte/solda ou trabalho com calor em tanques, redes e suspiros, espaços vazios ou
compartimentos que tenham contido materiais inflamáveis ou tóxicos, deve ser verificado se a área de trabalho está limpa
e a atmosfera isenta de gases inflamáveis. Se não estiver, adotar providências corretivas (remoção do material, arejamento
do compartimento etc.), como necessário.
h) equipamentos elétricos avariados ou com instalações inadequadas, equipamentos com baixa de isolamento,
fusíveis contornados, disjuntores travados, instalações improvisadas (de fortuna), motores e circuitos elétricos
sobrecarregados e condução inadequada podem ser a origem de incêndios.
i) determinados materiais, como solventes, gasolina, tinta e álcool exigem cuidados especiais para sua utilização e
armazenamento.
Além disso, deve-se limitar a presença de material combustível a bordo, bem como exercer rigoroso controle e
fiscalização do uso deste material, considerando-se as situações de guerra e de paz. Sob esse enfoque citamos:
I) eliminação do material desnecessário à operação militar do navio; e
II) especificação do material de bordo, evitando-se a utilização de equipamentos e acessórios compostos de material
combustível (exemplo: utilizar sempre latas de lixo metálicas).
m) manutenção do navio nas melhores condições de resistência ao fogo.

13 - PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA NAS OPERAÇÕES AÉREAS - O Agente de Segurança de Aviação


(ASAv) assessora diretamente o Comandante nos assuntos relativos à segurança de aviação de sua OM, respondendo
por todas as atividades desenvolvidas em cumprimento ao Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
(PPAA), de acordo com o preconizado por instrução normativa específica.
O piloto mais antigo do Destacamento Aéreo Embarcado (DAE) é o responsável direto pela segurança de sua
aeronave e da tripulação orgânica. Em caso de dúvida, cabe ao piloto mais antigo do Destacamento a decisão final
sobre a segurança de vôo da aeronave, tripulantes e passageiros.

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PROCEDIMENTOS MARINHEIROS CURSO ASCENSÃO
13.1 - Normas gerais de segurança nas operações aéreas
a) Não se usa cobertura ou qualquer outro tipo de material solto que possa “voar” com o vento, tais como papéis,
pedaços de pano etc., no convés de vôo ou nos locais abertos que lhe dão acesso.
b) Cuidado com canhões e paus de carga. Quando houver possibilidade de que o helicóptero possa ser atingido pelo
movimento de torretas, lançadores de mísseis, paus de carga e equipamentos de manobra, manter tais equipamentos
desalimentados, exceto por ordem em contrário do Comandante do navio.
c) Os helicópteros são extremamente sensíveis a avarias por efeito de sopro produzido pelos disparos de canhões
localizados nas proximidades da plataforma. Antes do início do tiro, posicionar a aeronave fora da área de efeito de
sopro (preferencialmente hangarada), com as portas e janelas abertas.
d) É terminantemente proibido fumar no hangar e na plataforma. Cartazes de advertência deverão ser colocados no
hangar.
e) Todos os componentes das equipes que operam na plataforma usam, obrigatoriamente, óculos de proteção,
abafador de ruídos, coletes salva-vidas e botas especiais de convoo.
f) Componentes perigosos e setor de aproximação:
- as pás do rotor principal, devido as suas características de flexibilidade e mobilidade (principalmente durante as
partidas e paradas do rotor), podem flexionar-se (flapar) e atingir quem se aproxime;
- o rotor de cauda - devido a sua baixa altura; e
- a descarga do motor - devido às altas temperaturas dos gases.
Considerando-se as áreas perigosas indicadas e o setor visual do piloto, as zonas de aproximação de um
helicóptero resumem-se a um setor de 45º para cada um dos bordos, em relação à proa da aeronave.
g) A rede de proteção permanece içada durante a movimentação da aeronave do hangar para a plataforma
(espotagem) ou da plataforma para o hangar (hangaragem), e enquanto estiverem sendo executados serviços na
aeronave sem virada de motor (inclusive dobragem e desdobragem das pás). Quando da partida de motor e operação
de pouso e decolagem, arriá-la. Assim deverá permanecer, até a parada dos motores e rotores.
h) A plataforma deve estar corretamente demarcada, acordo normas em vigor.
i) Por ocasião da partida do motor, um componente da Equipe de Manobra e Crache guarnece um extintor portátil e
mantém-se próximo à descarga do motor.
j) Antes do início (aproximadamente quinze minutos) e durante as operações aéreas é terminantemente proibido jogar
lixo no mar, para evitar a concentração de aves.
k) Antes do início das operações aéreas noturnas é necessário um período de adaptação dos pilotos e das equipes,
durante o qual este pessoal não deve transitar por compartimento iluminado. O trajeto dos pilotos até o hangar deve
ser feito por compartimentos iluminados com luz de polícia.
l) Todo o pessoal envolvido em operações aéreas deve estar conscientizado e instruído para observar e alertar ao OLP
quanto a sinais de avaria no helicóptero, como fumaça, vazamentos de combustível e fluído hidráulico.
m) Em Operações Aéreas, todas as portas, escotilhões, agulheiros e escadas que dão acesso à plataforma de vôo,
devem possuir placas com informações proibindo a passagem do pessoal.
13.2 - Segurança na plataforma de pouso e hangar - As áreas descobertas de meia nau para ré e, especialmente,
a plataforma de pouso e o hangar, devem ser inspecionados antes do início das operações aéreas, sendo recolhidos os
detritos e objetos estranhos (DOE).
13.3 - Abastecimento da aeronave
a) Antes e durante o abastecimento avisar pelo fonoclama:
“ABASTECIMENTO DE AERONAVE - É PROIBIDO FUMAR”.
b) Mangueiras de abastecimento devem estar com fio terra passado na aeronave e, esta, com terra passado para o
convés, antes da colocação do bico da mangueira na tomada da aeronave.
c) Durante as fainas de abastecimento, a Equipe de Crache deve estar a postos, com equipamento de combate a
incêndio pronto para ser usado.
d) O combustível de aviação não deve ser manuseado com vasilhame aberto.
e) Panos e trapos, contendo combustível de aviação, devem ser retirados da plataforma e hangar logo que terminado
seu uso.
f) A transferência de combustível de aviação só pode ser iniciada após notificação ao Oficial de CAV do navio.

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13.4 - Manobra do navio e manobra do helicóptero
a) Salvo em situação de grande emergência e levando-se em consideração os aspectos de segurança envolvidos, o
navio não muda de rumo enquanto um helicóptero estiver: pousando ou decolando / engrazando ou
desengrazando rotor / sendo manobrado no hangar e/ou plataforma de pouso.
b) Considerações que envolvem a segurança dos homens do convoo e da aeronave:
- o Orientador ocupa posições definidas na plataforma, de maneira que permaneça no visual do piloto que
efetivamente estiver nos comandos da aeronave;
- após o pouso do helicóptero, os calços e peias devem ser imediatamente colocados, ficando a aeronave nesta
condição até o próximo lançamento;
- antes da decolagem, as peias, ao serem retiradas, são mostradas ao piloto pelos calçadores;
- o orientador e o fiel da aeronave têm que estar presentes sempre que o helicóptero for movimentado no hangar e/ou
plataforma de pouso; e
- antes do início de qualquer manobra de espotagem, o orientador solicita autorização ao Oficial de Quarto e
cientifica-se de que o Navio não vai manobrar durante a faina. Cuidados especiais devem ser tomados sempre que as
condições meteorológicas forem adversas.

14 - PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA DURANTE OS PERÍODOS DE MANUTENÇÃO - Durante os


períodos de manutenção, os cuidados com a segurança devem ser redobrados, considerando-se que o navio fica mais
vulnerável, devido à grande quantidade de equipamentos e sistemas, inclusive de CBINC, que são retirados para
reparo, além dos diversos serviços que são realizados simultaneamente.
14.1 - Recomendações gerais
a) Afixar em locais visíveis instruções visando à prevenção de acidentes.
b) Instituir uma comissão encarregada da segurança e prevenção de acidentes, constituída ao início do período de
manutenção e integrada pelos Imediato, CHEMAQ, CHEOP, CHEARM, ENCAv e Oficial Médico.
c) Incluir nos contratos celebrados com firmas, itens definindo claramente as responsabilidades quanto à segurança e
à integridade dos funcionários civis, segundo a legislação em vigor, enquanto estiverem trabalhando a bordo.
14.2 - Prevenção de incêndio - As providências de rotina devem ser intensificadas, considerando as peculiaridades
do período, como, por exemplo:
a) instituir uma turma de prevenção de incêndio com pessoal devidamente qualificado;
b) os serviços de corte e solda devem ser específica e efetivamente autorizados e controlados;
c) manter disponíveis bombas de incêndio portáteis prontas para serem acionadas, em caso de falha ou inexistência de
pressão na rede de incêndio de bordo ou do cais;
d) o navio deve ser mantido limpo, seco (praças de máquinas e porões), isento de resíduos e produtos inflamáveis
armazenados de maneira imprópria;
e) quando possível, manter pressão na rede de incêndio de bordo, ou em seus “bypass”;
f) os “by-pass” da rede de incêndio devem ser instalados com segurança, com as mangueiras em boas condições;
g) caso o Sistema Fixo de CO2 tenha sido retirado das praças de máquinas e paióis, devem ser providenciados
extintores portáteis substitutos em quantidade suficiente;
h) a Estação Central do CAv deve manter atualizada a situação da rede de incêndio de bordo no tocante a trechos ou
válvulas retiradas que possam comprometer o combate a um incêndio;
i) devem ser mantidos os serviços de Patrulhas de CAv e Vigias de Bravos, com pessoal qualificado, para percorrer
os compartimentos do navio e praças de máquinas, durante os períodos em que a guarnição está licenciada; e
j) manter, pelo menos, um reparo de CAv pronto para ser guarnecido em caso de incêndio a bordo (este reparo deve
ser do conhecimento de toda a tripulação).

15 - PRECAUÇÕES GERAIS DE SEGURANÇA DO PESSOAL - A listagem a seguir resume as precauções


gerais de segurança de pessoal, as quais, em alguns casos, repetem aspectos já mencionados em tópicos ou capítulos
anteriores. O cumprimento dessas precauções diminui consideravelmente os riscos de acidente:
a) conhecer e memorizar todas as saídas, inclusive as de emergência, do alojamento ou local de trabalho, bem como a
localização das Máscaras de Escape Rápido e sua correta utilização;
b) verificar se todo o material está bem armazenado, guardado e peiado;
c) ao transportar volumes, procurar manter uma das mãos livre;
d) subir ou descer escadas, segurando o corrimão com uma das mãos;
e) conhecer os procedimentos de parada em emergência dos equipamentos com os quais trabalhe;
f) garantir que as saídas e escapes não estejam bloqueados por materiais, nem travadas, de modo a impedir a sua
abertura por dentro;
g) garantir que dutos de ventilação estejam limpos, com aspirações e descargas desbloqueadas;
h) anéis, relógios, chaveiros, e outros itens que podem se prender em extremidades não devem ser utilizados a bordo;

CAP e CPA 25 CURSOASCENSAO.COM.BR


PROCEDIMENTOS MARINHEIROS CURSO ASCENSÃO
i) utilizar equipamentos de proteção individual como capacetes, luvas, sapatos ou botas, cintos de segurança, óculos e
vestimentas adequados ao serviço a realizar;
j) utilizar o colete salva-vidas apropriado, sempre que trabalhar em conveses abertos em situações onde existe a
possibilidade de queda no mar; nas fainas mais críticas, utilizar um cinto de segurança preso à balaustrada ou outro
local apropriado;
k) utilizar capacete onde haja possibilidade de quedas/choques com objetos como quando no fundo do dique, em
fainas marinheiras e durante grandes reparos em praça de máquinas;
l) utilizar, preferencialmente, roupas de algodão (inclusive meias e roupas de baixo);
m) portar o colete salva-vidas inflável, lanterna de bolso estanque, luvas e capuz antiexposição (“anti-flash”), em
situação de cruzeiro de guerra;
n) limitar o uso de óculos escuros aos conveses abertos;
o) caminhar rápido, se necessário, mas não correr a bordo;
p) conhecer a localização das balsas, especialmente a sua balsa, e os caminhos a utilizar desde o seu alojamento ou
local de trabalho para a mesma, em uma emergência;
q) conhecer a localização e utilização dos equipamentos de combate a incêndio existentes no seu alojamento ou local
de trabalho;
r) fumar apenas nos locais permitidos;
s) operar equipamentos apenas se for qualificado na sua operação;
t) abrir os acessórios que devam permanecer fechados (em função da condição de fechamento estabelecida) somente
com autorização da Estação Central de CAV (fechá-los corretamente, após terminada a necessidade);
u) não se inclinar pela borda apoiado na balaustrada ou vergueiros;
v) não permitir a existência de conveses ou estrados escorregadios; se inevitável, colocar um aviso, informando a
existência de situação de risco;
w) quando abertos escapes, escotilhas, portas de visita ou outro acesso do convés normalmente fechado, prover área
de segurança delimitada por cabos/balaustres, devidamente seguros e sinalizados;
x) não passar entre/sobre cabos colhidos/dobrados durante fainas pois estes podem ser laborados;
y) nunca passar sobre espias, cabos e amarras tensionados;
z) nunca operar equipamentos com sistemas de segurança defeituosos;
aa) nunca operar chaves, disjuntores elétricos ou válvulas sem autorização/qualificação para tal;
ab) avisar a Central do CAv quando for trabalhar em compartimentos isolados e sem fonoclama, principalmente
quando a tripulação estiver licenciada;
ac) não lançar material pela borda (nunca fazê-lo com o navio docado);
ad) quando for imprescindível efetuar reparos em equipamentos elétricos ou eletrônicos energizados, fazê-lo sempre
acompanhado;
ae) quando trabalhando em mastros, chaminés e costados, usar cinto de segurança/dispositivos que impeçam a queda
de ferramentas, mantendo sempre vigia pronto a auxiliá-lo.
af) fiscalizar o cumprimento das normas referentes à segurança do trabalho realizado por qualquer tripulante, zelando
pela segurança de todos a bordo;
ag) inspecionar rotineiramente o cabo de energia de terra e sua rota ao longo do convés, tendo atenção à correta
fixação dos seus terminais, e aos possíveis contatos do cabo com acessórios do convés, protegendo-o de cantos vivos.
A inspeção deve ser rigorosa principalmente quando houver troca de cabos entre os navios; e
ah) as ferramentas manuais devem ser apropriadas ao uso a que se destinam, sendo vedado o emprego de ferramentas
defeituosas, danificadas ou improvisadas.

CAP e CPA 26 CURSOASCENSAO.COM.BR


PROCEDIMENTOS MN CURSO ASCENSÃO
PROCEDIMENTOS MARINHEIROS - EXERCÍCIO
1 - EMBARCAÇÕES MIÚDAS 6 - As embarcações de cascos semi-rígido são as mais
recentes na MB. Têm o propósito de contribuir para
1 - Nos navios encontramos vários tipos de embarcações reduzir pesos altos a bordo e permitir o emprego de
que são classificadas de acordo com o tipo de aparelhos de carga menos robustos e mais leves. Diante
construção. Das citadas abaixo, qual que não se encontra dessas informações, assinale a alternativa INCORRETA,
nos navios: quanto às vantagens apresentadas por esse tipo de
A) Baleeiras. embarcação miúda.
B) Chalanas. A) Manuseio mais rápido.
C) Escaler. B) Desenvolvem velocidades superiores à maioria das
D) Botes. lanchas tradicionais.
E) Balsas salva-vidas. C) Embora seja embarcações resistentes, só operam em
águas abrigadas.
2 - “São embarcações com a proa e a popa semelhantes, D) Apresentam boa manobrabilidade.
finas e elevadas. Em razão de sua forma, são muito
E) Conferem amplo campo de visão ao Patrão.
seguras para o mar.” A definição acima refere-se a:
A) Vedeta.
B) Embarcação de casco semi-rigido. 7 - Como é classificado o motor fixo, onde se acoplam
C) Baleeiras. ao hélice através de um eixo longo:
D) Hovercrafts. A) De rabeta.
E) Botes infláveis. B) Removível.
C) Central.
3 - Apresentam vantagens significativas em relação às D) Hidrofoil.
embarcações tradicionais e são de introdução mais E) Leme.
recente em nossa Marinha. Trata-se da(o)?
A) Chalana. 8 - Constituídos por ferro redondo (maciço ou oco) ou
B) Embarcação de casco semi-rígido. por perfis retangulares, podendo ser recurvado na parte
C) Baleeira. superior ou possuir ângulo de 90º graus (no caso de
D) Bote inflável. perfis). Gira em torno de seu eixo vertical ou pode ser
E) Hovercraft. fixo, dependendo de sua base.
A) Comum.
B) De rebater.
4 - As embarcações miúdas utilizadas a bordo, que
C) Quadrantal.
contribuem para reduzir pesos altos, permitem o
D) Rolante ou deslizante.
emprego de aparelhos de carga menos robustos, são de
E) Duplo.
manuseio rápido e fácil, além de operar em condições de
mar desfavorável, e de desenvolver boa manobrabilidade
9 - Turco semelhante em construção ao tipo comum, mas
e velocidades superiores à maioria das lanchas
em vez de girar em torno de seu eixo vertical, é rebatido
tradicionais, são denominadas de:
para dentro, movendo-se em torno de um eixo horizontal
A) baleeiras.
no pé dele, paralelo ao costado.
B) embarcações tipo chalana.
A) Comum.
C) Embarcações de casco semi-rígido.
B) De rebater.
D) Balsas salva-vidas.
E) Lanchas de ataque rápido (LAR). C) Quadrantal.
D) Rolante ou deslizante.
5 - As embarcações de casco semi-rígido são de E) Lambadeiro.
introdução recente na MB e apresentam vantagens
significativas em relação às embarcações tradicionais.
Assinale a opção que apresenta uma dessas vantagens:
A) Desenvolvem velocidades superior a todas as lanchas
tradicionais.
B) Podem utilizar propulsão a motor ou a remo.
C) Podem operar com motores de popa ou rabeta.
D) Podem operar em qualquer condição de mar.
E) Podem ser rapidamente retiradas do berço e colocadas
na água.
CAP e CPA 27 CURSOASCENSAO.COM.BR
PROCEDIMENTOS MN CURSO ASCENSÃO
10 - Quanto aos tipos de turcos, correlacione: 14 - Com relação a faina de arriar ou içar as lanchas com
1 - QUADRANTAL o navio em movimento, é correto afirmar:
2 - DESLIZANTE A) É proibido executar esta manobra com o navio em
movimento.
3 - COMUM
B) Pode executar a faina, independente do estado do mar.
4 - REBATER
C) Só arriar as lanchas com o navio em movimento
(....) Constituídos por ferro redondo (maciço ou oco)
somente em situações de emergência.
ou por perfis retangulares, podendo ser recurvado na
parte superior ou possuir ângulo de 90º graus (no caso D) Só faz essa manobra quando tocar Postos de
de perfis). Gira em torno de seu eixo vertical ou pode Abandono.
ser fixo, dependendo de sua base. E) Os navios podem arriar ou içar as lanchas com o
(....) É constituído por dois braços montados com navio em movimento dependendo do estado do mar.
rodetes sobre duas calhas (trilhos). Estas são paralelas
e dispostas num plano perpendicular ao costado do 15 - A faina para arriar uma embarcação é mais rápida,
navio. O turco é disparado por gravidade, sob ação do segura e precisa, se sua guarnição executar a manobra de
peso da embarcação. forma coordenada e disciplinada. Portanto, é correto
(....) Turco semelhante em construção ao tipo comum, afirmar que o instante mais crítico da faina de arriar uma
mas em vez de girar em torno de seu eixo vertical, é embarcação, normalmente, ocorre quando:
rebatido para dentro, movendo-se em torno de um eixo A) o pessoal envolvido na faina desconhece os
horizontal no pé dele, paralelo ao costado. procedimentos de segurança.
(....) O turco é recolhido ou disparado inclinando-se B) o navio está com um seguimento abaixo de 5 nós.
sobre um setor dentado que constitui seu pé e engraza C) a embarcação atinge a superfície do mar e ainda está
numa cremalheira sobre o convés. presa ou sendo liberada dos cabos dos turcos.
A) ( 1 ) ( 4 ) ( 2 ) ( 3 ) D) a embarcação está sendo arriada através do turco
B) ( 3 ) ( 4 ) ( 2 ) ( 1 ) quadrantal, em um estado de mar agitado.
E) na aproximação da embarcação para pegar a boça de
C) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )
viagem e se posicionar sob os turcos, situação
D) ( 3 ) ( 2 ) ( 4 ) ( 1 ) agravada pelo fato de o navio está em movimento.
E) ( 4 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 )
16 - Em relação às embarcações miúdas, classifique as
11 - ______ são cabos fixados no costado do navio, que
opções abaixo com (V) verdadeira ou (F) falsa:
têm o propósito de atenuar o movimento pendular da
embarcação durante a faina, de arriar ou içar. É que (....) Nos nossos navios as lanchas podem ser arriadas /
somente as ______ dispõem de pontos para fixação içadas com o navio em movimento dependendo do
desses cabos guia no costado: estado do mar.
A) Sea Jack stay / Corvetas (....) Nos casos das baleeiras a velocidade limite para
B) boças de viagem / Fragata classe Niterói essa faina é de 5 nós e, nessa situação é fundamental
C) Sea Jack Stay / Fragata classe Niterói que a boça de viagem esteja perfeitamente ajustada
D) andorinhos / Corvetas para que a lancha ao parar máquinas e portar por essa
boça esteja exatamente sob o turco.
E) patarrazes / Fragata classe Greenhalgh
(....) Em situações em que o navio esteja fundeado ou
12 - Quando a embarcação estiver tocando na água, atracado e não haja corrente expressiva a boça de
mediante a ordem de quem, o proeiro e o popeiro retiram os viagem pode ser dispensada, usando-se apenas as
gatos das catarinas dos arganéis da embarcação e largam as boças de proa e popa.
boças de proa e de popa:
(....) Sejam quais forem as embarcações (lanchas ou
A) Contramestre.
botes) ao atracarem a contrabordo estas devem receber
B) Mestre
as boças de proa e popa passadas pelo navio e ao
C) EGA.
desatracarem, os proeiros / popeiros, devem largá-las
D) Patrão.
dos cunhos (das lanchas) ou dos estropos com
E) Imediato.
trambelho (dos botes) para que o navio as recolham.
13 - A lista que consta todas as ações a serem tomadas (....) As boças reservas das embarcações servem para
pelo pessoal que executa a manobra de arriar uma atracação em outros atracadores ou como cabos de
embarcação, chama-se: reboque.
A) Lista de inflamáveis. A) ( F ) ( V ) ( V ) ( V ) ( V )
B) Check list. B) ( V ) ( F ) ( V ) ( V ) ( V )
C) Briefing. C) ( V ) ( V ) ( V ) ( V ) ( V )
D) Palamenta. D) ( V ) ( V ) ( V ) ( F ) ( V )
E) Lista de verificação. E) ( V ) ( V ) ( V ) ( V ) ( F )
CAP e CPA 28 CURSOASCENSAO.COM.BR
PROCEDIMENTOS MN CURSO ASCENSÃO
17 - Para executar a faina de arriar a lancha o 20 - Correlacione as nomenclaturas do navio de acordo
contramestre pede autorização ao ______, afim de reunir com o Arte Naval às suas respectivas definições
o pessoal para a manobra da lancha. apresentadas abaixo e assinale, a seguir, opção correta.
A) EGA SITUAÇÃO
B) Comandante I - Na figura, o proeiro não apanhou a boça de vante,
C) Oficial de serviço enquanto o popeiro aguentou com o croque a
D) Mestre embarcação junto à escada; esta ação aliada ao efeito da
E) Enc. da 1ª ou 2ª divisão corrente entrando pela parte interna abriu a proa.

18 - O aviso Rio Negro foi escalado para conduzir os


militares do NDCC Garcia D’ávila ao Boqueirão, fim
realizar exercício de tiro. O navio encontrava-se atracado
no AMRJ, local em que o vento e a corrente influenciam II - Na figura, a embarcação ultrapassou a escada, o
muito na atracação. Devido à falta de cais vago, o Patrão proeiro guarneceu a boça de vante e a corrente, agindo na
decidiu atracar na escada de portaló do navio. Então, parte bochecha externa, forçou a EM para baixo da
pediu autorização ao oficial de serviço do navio para escada; o popeiro não consegue trazer a embarcação para
iniciar a manobra, a qual foi lhe dado sinal verde, assim junto da escada.
ele iniciou a aproximação, todavia, a embarcação
ultrapassou a escada, o proeiro guarneceu a boça de
vante e a corrente, agindo na parte bochecha externa,
forçou a EM para junto da escada. Diante de tal situação,
qual o procedimento a ser adotado pelo Patrão para
corrigir o erro observado na sua atracação? III - Na figura, o proeiro guarneceu a boça de vante, mas
A) Cair a ré, carregar o leme para bombordo até a EM a embarcação caiu muito para vante e o patrão esqueceu-
adquira seguimento contra a corrente e afastada da se de usar o leme, fazendo a embarcação girar e atingir o
escada; então dirigir a EM paralela ao costado. costado do navio. O popeiro ficou impossibilitado de
B) Carregar o leme para boreste até que a proa gire para puxar a popa para junto da escada.
fora, então dirigir a EM de modo que fique paralela ao
costado do navio. Se a proa não girar para fora, a EM
deve ser trazida alguns metros para ré.
C) Deixar a EM cair avante e depois a ré, dar adiante e
vir a contrabordo outra vez. IV - Na figura, o proeiro guarneceu a boça de vante e o
D) Cair a ré com máquinas e reinvestir para nova popeiro aguentou a popa junto da escada, mas o patrão
atracação. esqueceu-se de usar o leme para manter a EM paralela ao
E) Carrega-se o leme para bombordo e com máquinas costado do navio.
adiante devagar até que a proa abra o suficiente.

19 - Com relação ao uso do leme em embarcações


miúdas, é correto afirmar
A) É limitado a um ângulo de 40 graus. CORRETIVO
B) O grande ângulo de leme só pode ser usado em (....) Cair a ré com as máquinas e reinvestir para nova
condições severas de mar. atracação.
C) O uso drástico do leme é uma prática de boa (....) Deixar a EM cair avante e depois a ré, dar
qualidade. adiante e vir a contrabordo outra vez.
D) O governo de uma embarcação é indiferente ao seu (....) Cair a ré. Carregar o leme para bombordo até que
trim. a EM adquira seguimento contra a corrente e afastada
E) Manobrando em águas restritas será normal usar todo da escada; então dirigir a EM até que ela vá para
o leme. contrabordo da escada suavemente.
(....) Carregar o leme para boreste até que a proa gire
para fora, então dirigir a embarcação de modo a que
fique paralela ao costado do navio. Se a proa não girar
para fora, a embarcação deve ser trazida alguns
metros para ré.
A) ( II ) ( I ) ( IV ) ( III )
B) ( II ) ( IV ) ( III ) ( I )
C) ( III ) ( I ) ( II ) ( IV )
D) ( IV ) ( III ) ( II ) ( I )
E) ( I ) ( III ) ( IV ) ( II )
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PROCEDIMENTOS MN CURSO ASCENSÃO
21 - Quando desatracando de uma escada de portaló ou 25 - Como é denominado o cabo colocado nos navios,
de um cais, devemos ter conhecimento do pivô da com a finalidade de facilitar o içamento das lanchas,
embarcação por conta do uso do leme. Assim dentre as posicinando-as embaixo da estação de recolhimento?
alternativas abaixo, qual que melhor define “Pivô de uma A) Cabos guias.
embarcação”? B) Boça de viagem.
A) É o efeito de guinada causado pelo leme, quando o C) Cabos de contrabalanço.
barco está em movimento.
D) Bocas reservas.
B) É o ângulo formado entre o leme e a linha de centro
da embarcação. E) Estropo de mau tempo.
C) É um ponto localizado a cerca de 1/3 do comprimento
a partir da proa da embarcação. 26 - As embarcações são o espelho do asseio e cuidado
D) Quando o barco guina por efeito do seu leme em torno observado na unidade a que pertencem. Deve-se exigir a
de um ponto localizado a cerca de 1/3 do manutenção da tradição de boa apresentação marinheira
comprimento, a partir da popa. das embarcações miúdas. Recomenda-se:
E) É quando o efeito da guinada decresce. A) Içar, mas não baldear e limpar a EM, logo que
terminado seu serviço, caso ela venha a ser usada no
22 - Recebida ordem para içar a embarcação o patrão a dia seguinte.
conduz para a posição sob o turco, onde as talhas já estão B) Içar e pintar a EM, logo que terminado seu serviço,
arriadas. Com o motor ______ passa-se a boça de como exercícios e conduções.
viagem (que deverá estar ajustada ao comprimento C) Içar e destanquear a EM, logo que terminado seu
correto) e, com o auxílio do leme, o patrão a mantém serviço, como exercícios e conduções.
afastada do costado. Com a lancha em posição, o proeiro D) Içar, baldear e limpar a EM, logo que terminado seu
e o popeiro engatam os ______ nos arganéis e passam a serviço, como exercícios e conduções.
barbela na boca dos gatos. Para os içamentos em navio
E) Manter somente o Patrão a bordo das embarcações em
com velocidade expressiva, passa-se, adicionalmente,
serviço, quando afastadas do navio, e quando
uma boça na popa. Feito isso, guarnecem os ______ e
atracadas ao cais ou a outro navio.
iça-se a embarcação. Os bujões são retirados com a
embarcação fora d’água.
Quais os termos abaixo completam as lacunas, 27 - Ao içar ou arriar uma embarcação em condições
respectivamente? adversas de mar é recomendável a utilização de ______ e
de mau tempo Tais recursos têm o propósito de aumentar
A) Engrazado / gatos de escape / andorinhos.
a distância do aparelho de força que sustenta a
B) Parado / gatos / remos. embarcação (catarina) da área de trabalho do pessoal da
C) Desengrazado / andorinhos / gatos de escape. lancha (proeiro, popeiro) e assim, reduzir o risco de
D) Desengrazado / gatos de escape / andorinhos. acidentes de pessoal nas condições adversas
E) Parado / gatos de escape / bujões. mencionadas.
A) estropos de segurança
B) estropo de mau tempo
23 - Com a lancha em posição, o proeiro e o popeiro C) cabo de contrabalanço
engatam os gatos de escape nos arganéis e passam a?
D) cabo guia
A) Volta do fiador.
E) boça de viagem
B) Barbela.
C) Contrapino. 28 - Um método simples e eficiente que pode ser
D) Patola. empregado pela Manobra para se comunicar com a
E) Trava de segurança. estação da lancha ou do bote, ou com a própria
embarcação, tanto para o arriamento quanto para o
24 - Durante a faina de arriar e içar a embarcação, todo o içamento, é a utilização de bandeiras
pessoal embarcado na mesma guarnece: A) içadas no mastro principal.
A) estropo de mau tempo. B) içadas no mastro de Combate.
C) içadas na estação da embarcação.
B) cabo de contrabalanço.
D) içadas no mastro principal e na estação da
C) cabo guia.
embarcação.
D) boça de viajem. E) nas proximidades da asa do Passadiço e da estação da
E) os andorinhos embarcação empregada.

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PROCEDIMENTOS MN CURSO ASCENSÃO
34 - No porto, após o expediente, o Oficial de Serviço e
ANEXO A - APRESENTAÇÃO MARINHEIRA o Sargento Polícia inspecionarão o navio verificando a
29 - Com relação às exigências quanto à apresentação limpeza e o aspecto marinheiro do mesmo. Para tal,
marinheira, é correto afirmar que: quem eles empregarão nesta faina?
A) estão ligadas somente a razões estéticas. A) Os militares residentes.
B) não extrapolam ao próprio navio. B) Todos os militares que se encontrarem a bordo.
C) estão ligadas somente a razões de ordem prática. C) A faxina do Mestre.
D) exigem somente o engajamento da Faxina do Mestre. D) O pessoal de retém.
E) abrangem o navio, a tripulação, as embarcações
E) O quarto de serviço.
miúdas e as viaturas.
30 - No porto, durante o expediente, quais os militares 35 - Os sinais de rotina, como os de rancho, de uniforme
inspecionarão frequentemente o navio, verificando a etc., entre a alvorada e o silêncio deverão ser executados
limpeza, arrumação dos compartimentos e aspectos por?
marinheiros? A) Apito.
A) Os Encarregados de Divisão, o Mestre e o Sargento B) Corneta.
Polícia. C) Sino.
B) O Imediato e o Mestre. D) Apito e Sino.
C) Os Ajudantes de Divisão, o Mestre e o Sargento E) Apito e corneta.
Polícia.
36 - Dentre as alternativas abaixo, segundo o Manual de
D) O Oficial de Serviço e o Mestre.
Procedimentos Marinheiro 3002 do CAAMML, é
E) Os Encarregados de Divisão e o Mestre. considerado uma falha comum quanto à apresentação
marinheira:
31 - No porto, após o expediente, quais os militares que A) Portaló limpo e arrumado, sem acumulo de pessoal
inspecionarão o navio? não afeto ao serviço.
A) O Oficial de Serviço e o Mestre. B) Defensas içadas após o suspender.
B) O Oficial de Serviço e o Sargento Polícia. C) Poças d’águas provenientes da chuva ou baldeação do
C) O Imediato, o Mestre e o Sargento Polícia. convés.
D) Os Encarregados de Divisão e o Mestre. D) Bicos de patos disparados.
E) Os Ajudantes de Divisão, o Mestre e o Sargento E) Embarcações atracadas ao surriola.
Polícia.
37 - De acordo com a publicação CAAML-3002,
32 - No porto, durante o expediente, os Encarregados de assinale a opção que corresponde a uma das falhas mais
Divisão, o Mestre e o Sargento-Polícia inspecionarão comuns à apresentação marinheira:
frequentemente o navio, verificando A) cozedura das uniões de seções de toldos e sanefas
A) o cumprimento da rotina, a manutenção de CAV e o feitas utilizando cabos emendados.
aspecto marinheiro. B) Trincafios das espias e rateiras muito justos por causa
B) A limpeza, a existência de pessoas estranhas a bordo e das variações de marés.
a condição de segurança de compartimentos C) Amarração dobrada com a tração distribuída
perigosos. igualmente pelas pernadas.
C) A limpeza, a arrumação dos compartimentos e o D) Etiquetas ou marcações de equipamentos
aspecto marinheiro. confeccionadas com materiais improvisados.
D) O costado, a arrumação dos compartimentos e a E) Bandeiras e galhardetes colocados nas adriças para
rendição do serviço de praças. serem içados.
E) A limpeza, a arrumação dos compartimentos e o
cumprimento da rotina. 38 - Dentre as alternativas abaixo, segundo o Manual de
Procedimentos Marinheiros é uma falha comum quanto à
33 - De acordo com o Manual de procedimentos apresentação marinheira?
Marinheiros, CAAML-3002, em viagem, quem exerce,
no que couber, as atribuições de inspecionar para A) Portaló limpo e arrumado sem acumulo de pessoal
assegurar a manutenção da limpeza, arrumação dos não afeto ao serviço.
compartimentos e apresentação marinheira do navio? B) Defensas arriadas após o suspender.
A) Oficial de Quarto e o Sargento-Polícia. C) Inexistência de poças d’àguas provienientes da chuva
B) Contramestre de Quarto, Sr. Mestre e o Sargento- ou baldeação no convés.
Polícia. D) Costado limpo e pintado.
C) Oficial de Quarto e o Contramestre de Quarto. E) Embarcações atracadas ao surriola.
D) Cabo Auxiliar e o Contramestre de Quarto.
E) Oficial de Quarto e o Mestre.
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39 - A Bandeira Nacional e a flâmula de comando não ANEXO B - SEGURANÇA DA TRIPULAÇÃO A
atopetadas ou enroscadas nos respectivos mastros e BORDO
adriças, é uma falha comum quanto ao aspecto
marinheiro, assim mesmo o rondar do vento, não isenta a 42 - Qualquer um que constatar que a segurança está ou
responsabilidade de corrigir do(s): pode vir a ser ameaçada, deve comunicar o fato
A) Mestre e sinaleiro. imediatamente ao?
B) Sinaleiro e ronda. A) Imediato.
C) Oficial de serviço, contramestre e o sinaleiro. B) Comandante.
D) Sinaleiro e cabo de dia da divisão de operações. C) Mais antigo presente.
E) Contramestre e sargento policia. D) Oficial de Serviço.
E) Contramestre.
40 - As exigências quanto à apresentação marinheira dos
navios, e também de seus homens, não estão ligadas
43 - Qualquer um que constatar que a segurança está ou
apenas a razões estéticas, mas principalmente a razões de
pode vir a ser ameaçada deve comunicar o fato
ordem prática.
imediatamente ao mais antigo presente, para que tome as
I - O aspecto marinheiro das embarcações miúdas não providências cabíveis, que podem significar, até mesmo,
servem como referência, quanto à apresentação a interrupção da faina, até que a situação de perigo seja
marinheira das OM de origem. afastada. Chama-se a atenção, em especial, para fainas
II - A apresentação marinheira está diretamente passíveis de acidentes EXCETO:
associada não somente ás tradições navais, mas à A) Faina de munição.
segurança, à manutenção de um grau de prontidão
B) Faina de mantimento.
elevado e à preservação da saúde da tripulação.
C) Faina de transferência de combustível.
III - Nas OM de apoio, são as viaturas que espelham a
apresentação marinheira da unidade de origem. D) Faina de transferência de carga.
IV - Nos navios com frequentes comissões, a melhor E) Faina de reboque.
alternativa para melhorar o padrão de limpeza à bordo,
é a educação da tripulação, sua conscientização, 44 - Quanto à segurança da tripulação a bordo, deve ser
quanto a boa apresentação marinheira. mantido atualizada na enfermaria, na estação Central do
A) As afirmativas I e V são falsas. Cav e ______, a relação dos materiais perigosos
B) Todas as afirmativas são verdadeiras. existentes a bordo, por categoria, discriminando local,
precauções para armazenagens, manuseio e
C) Somente a afirmativa II é falsa.
procedimentos a serem adotados (no mar e em terra) no
D) Somente a afirmativa III é falsa. caso de contaminação do pessoal. O pessoal a bordo
E) Todas as afirmativas são falsas. deve manter-se adestrado nos procedimentos de
emergência, especialmente os relativos aos materiais que
41 - As alternativas abaixo são exemplos de falhas mais empregam combustíveis especiais (por exemplo:
comuns quanto à apresentação marinheira. Marque a torpedos e mísseis), berilio, halon e outros.
alternativa que responsabiliza o Oficial de Serviço, A) no Portaló
Contramestre e o Sinaleiro.
B) no COC
A) A manutenção do galhardete “Prep” e das
“substitutas” panejando presos às adriças, após C) no passadiço
cessado o motivo de sua utilização. D) no tijupá
B) Folga nos trincafios das espias e rateiras abertas por E) na escoteria
causa da variação da maré.
C) Bandeira Nacional tocando o convés ou sendo portada 45 - As fainas marinheiras devem ser realizadas sem
amafanhada ou nos ombros do militar responsável por conversas paralelas. Quem conduz a faina tem que
seu içamento. manter o controle da mesma durante todo o tempo. Nas
D) Torneiras e chuveiros pingando e mangueiras e fainas marinheiras em conveses abertos, quais tipos de
tomadas de recebimento de água vazando. coletes que devem ser usados obrigatoriamente?
E) Bandeira Nacional, do Cruzeiro, Pavilhões e Flâmulas A) O auto-inflável e o inflável.
de Comando não atopetados ou enroscados nos B) O de flutuabilidade permanente e o inflável.
respectivos mastros e adriças.
C) O de flutuabilidade permanente e o auto-inflável.
D) Somente o de flutuabilidade permanente.
E) Não se deve usar coletes neste tipo de faina para não
atrapalhar a mobilidade dos militares.

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46 - Os coletes salva-vidas de flutuabilidade permanente 50 - A fim de aumentar a segurança quando tracionando
(''de paina'') devem ser utilizados em que tipo de cabos, todas as espias e cabos de reboque devem
atividade, quando o navio estiver no mar? possuir?
A) Todas as fainas em conveses fechados. A) Tornel.
B) Todas as fainas em conveses abertos. B) Madre.
C) Fainas de desembarque. C) Seio.
D) Fainas de embarque. D) fusível.
E) Fainas na Praça de Máquinas. E) Pequena bitola.

47 - Quando laborando com espias, segundo o Manual de 51 - Quando laboramos cabos e espias, devemos
Procedimentos Marinheiro, devemos dar uma distância observar quatro regras de segurança, independentemente
de segurança entre o aparelho onde o cabo labora e o do material de fabricação. Dentre elas podemos destacar?
operador (socairo), e essa distância deve ser de: A) Não se deve ficar por dentro de cabo laborando ou na
A) No máximo 2 metros. direção em que ele é tracionado.
B) Deve-se aumentar a carga (esforço) num cabo depois
B) No mínimo 3 metros.
de se travar ou de se ter dado volta num cunho,
C) Entre 1 metro e 2 metros. cabeço ou similar.
D) No mínimo 2 metros. C) É desejável a presença de um observador de
E) 2 metros. segurança em todos os casos em que se laboram
cabos.
D) Manter socairo mínimo de 3 metros.
48 - Alguns procedimentos aumentam a segurança da
E) Não usar luvas para evitar que elas sejam fisgadas
faina a bordo. Quando laborando cabos, qual o tipo de
pelo cabo que labora no aparelho.
luvas que se deve usar?
A) Emborrachada. 52 - Assinale a opção que corresponde a uma das regras
B) Raspa de coco. de segurança que deve ser observada quando se labora
C) Não se deve usar luvas pois, podem ser fisgadas pelo cabos e espias, independentemente do material de
cabo que labora no aparelho. fabricação.
D) De algodão, pois são mais arejadas, evitando a A) Não se deve ficar por fora do cabo laborando ou na
transpiração nas mãos. direção em que ele é pago.
B) Deve-se aumentar a carga (esforço) num cabo
E) Malha de aço. somente depois de se travar ou de se ter dado volta em
um cunho, cabeço ou similar.
49 - Considere certo (C) ou errado (E) quanto aos C) É imperativa a presença de um observador de
cuidados quando trabalhando com espias e cabos: segurança em todos os casos em que se laboram
(....) Todas as espias, exceto os cabos de reboque, cabos.
devem possuir fusível. D) Manter socairo mínimo de 5 metros.
E) É proibido o uso de fusível nos cabos de reboque, já
(....) Quando laboramos cabos e espias, devemos
que os mesmos reduzem a resistência mecânica do
observar quatro regras de segurança, independente do
material.
material de fabricação.
(....) Não se deve ficar por dentro de cabo laborando ou 53 - Manter um enfermeiro disponível na estação e um
na direção em que ele é tracionado. oficial com a função de Oficial de Segurança é um
(....) Não se deve aumentar a carga (esforço) num cabo aspecto a ser observado durante:
depois de se travar ou de se ter dado volta num cunho, A) as fainas de recolhimento de homem ao mar.
cabeço ou similar. B) as fainas de reboque.
(....) É imperativo a presença de pelo menos dois C) as fainas de embarque e desembarque prático.
observadores de segurança em todos os casos em que D) as fainas de transferências no mar.
se laboram cabos. E) o detalhe especial para o mar.
A) ( E ) ( C ) ( E ) ( C ) ( C )
B) ( C ) ( E ) ( E ) ( C ) ( C )
C) ( C ) ( C ) ( E ) ( C ) ( E )
D) ( C ) ( C ) ( C ) ( E ) ( C )
E) ( E ) ( C ) ( C ) ( C ) ( E )

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54 - Marque Verdadeiro ou Falso nas afirmações abaixo 57 - Nas fainas de transferência no mar, somente
que detalham os procedimentos que aumentam a devemos destalingar o span-wire (ou cabo de
segurança da faina: sustentação) quando ele tiver sido folgado, e por ordem
(....) usar luvas do tipo “raspa de coco” quando do?
laborando cabos. A) Fornecedor.
(....) exercer muito esforço em um cabo que já tenha B) Recebedor.
trabalhado próximo a sua carga de ruptura ou em C) Comandante.
serviço contínuo. D) Imediato.
(....) permitir a presença de pessoal nas proximidades E) Encarregado Geral do Armamento.
de cabos sob tensão.
(....) nenhuma pessoa deve ficar pelo lado externo 58 - De acordo com a Publicação 3002-Manual de
(vivo) dos cabos que estejam laborando por qualquer Procedimentos Marinheiro- todas as fainas consideradas
retorno. especiais devem ser precedidas de briefings, visando ao
(....) o primeiro homem, que guarnece qualquer cabo aspecto da segurança. Especificamente nas fainas de
sob tensão, deve manter um socairo (distancia) seguro Transferência no mar, assinale a alternativa
de um cabrestante, cabeço, buzina, rodete ou de INCORRETA, quanto aos critérios de segurança a serem
qualquer outro aparelho ou equipamento por onde o observados durante tal faina?
cabo seja tracionado ou laborado. A) O pessoal envolvido no reabastecimento deve portar a
A) ( F ) ( F ) ( V ) ( V ) ( V ) palamenta de segurança exigida.
B) ( V ) ( F ) ( F ) ( F ) ( V ) B) O pessoal trabalhando em mastros ou superestruturas
C) ( V ) ( V ) ( F ) ( F ) ( F ) ou por fora da borda livre ou balaustrada, deve usar
D) ( F ) ( V ) ( V ) ( V ) ( F ) cintos de segurança e cabos de segurança.
E) ( F ) ( F ) ( F ) ( V ) ( V ) C) Os cabos devem ser colhidos de forma clara para
correrem livremente.
55 - Quando trabalhando com espias e cabos, os
D) Todo o pessoal deve estar atento a um possível
seguintes procedimentos aumentam a segurança da faina; movimento da carga devido ao jogo do navio.
EXCETO: Ninguém deve se posicionar entre a carga e a borda
A) Não se deve aumentar a carga(esforço) num cabo do navio.
depois de se travar ou de se ter dado volta num cunho,
cabeço ou similar. E) Somente destalingar o span-wire (cabo de
sustentação) quando o mesmo tiver sido folgado.
B) Não permitir a presença de pessoal nas proximidades
de cabos sob tensão.
C) Usar luvas do tipo “raspa de coco” quando laborando 59 - Com relação à faina de Recolhimento de Homem ao
cabos. mar e náufragos, julgue as sentenças abaixo e marque a
D) O pessoal de cada estação deve remover anéis, alternativa CORRETA:
relógios, pulseiras e outras peças que possam ser (....) Os homens que guarnecem as estações para o
inadvertidamente ser “fisgadas” pelos dispositivos, recolhimento devem portar coletes de flutuabilidade
cabos e carga. permanente ou coletes infláveis, luvas e capacetes.
E) O primeiro homem, que guarnece qualquer cabo sob (....) A borda falsa de segurança em viagem deve estar
tensão, deve manter um socairo seguro de um passada.
cabrestante, cabeço, buzina, rodete ou de qualquer (....) Dois atiradores armados com fuzil guarnecerá a
outro aparelho ou equipamento por onde o cabo seja estação de recolhimento ou a lancha, pronto a atirar em
tracionado ou laborado. tubarões que se aproximem do homem sendo recolhido.
(....) Usar cabo de recolhimento de flutuabilidade
56 - Nas fainas de transferência de óleo pelo método positiva (nylon).
STREAM, o recebedor somente solicitará ao fornecedor A) ( V ) ( V ) ( V ) ( V )
que tensione o span-wire, após receber autorização da B) ( F ) ( V ) ( F ) ( V )
Manobra, que posicionará o navio em qual distância C) ( F ) ( F ) ( F ) ( V )
mínima? D) ( V ) ( V ) ( F ) ( F )
A) 140 metros. E) ( F ) ( F ) ( F ) ( F )
B) 150 pés.
C) 180 pés.
D) 150 milhas.
E) 140 pés.

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60 - A Nas fainas de recolhimento de homem ao mar e 63 - A escada de prático deve ter a possibilidade de ser
náufragos, os homens que guarnecem as estações para o instalada ________, numa posição segura em que não
recolhimento devem portar qual material para sua haja o risco de receber descargas eventuais provenientes
proteção individual? do navio. Deverá estar suficientemente ________, na
A) coletes de flutuabilidade permanente ou auto-infláveis medida do possível, das arestas do navio e situar-se,
e luvas. preferencialmente, na ________.
B) coletes de flutuabilidade permanente, luvas e Quais os termos abaixo completam as lacunas,
capacetes. respectivamente?
C) luvas e capacetes. A) a boreste / afastada / parte plana do costado a meia-
D) coletes auto-infláveis, luvas e capacetes. nau
E) coletes de flutuabilidade permanente ou auto- B) a bombordo / afastada / parte plana do costado a meia-
infláveis. nau
C) em qualquer dos bordos / afastada / parte plana do
61 - Por ocasião de recolhimento noturno, que é que o costado na proa
nadador deve possuir preso ao “sling”, pela parte D) em qualquer dos bordos / afastada / parte plana do
posterior, próximo ao engate do gato do cabo de costado a meia- nau
recolhimento? E) em qualquer dos bordos / afastada / parte plana do
A) Uma lanterna estroboscópica. costado na popa
B) Um gato de escape.
64 - Os práticos, por vezes, embarcam e desembarcam
C) Um cabo de flutuabilidade positiva (polipropileno).
em condições adversas e perigosas. A escada de prático
D) Um “cyalume” tem que ser instalada em um dos bordos, que é?
E) Um apito. A) Sotavento.
B) Oposto ao da atracação.
62 - Marque Verdadeiro ou Falso nas afirmações abaixo
que detalham os procedimentos de operação no C) O que tiver maior facilidade de acesso ao convés.
recebimento do prático. D) Barlavento.
(.....) Para receber o prático, a escada deverá ser lançada E) Boreste.
a barlavento.
(.....) Para que possa ter acesso ao navio, com segurança 65 - Para que possa ter acesso ao navio, com segurança e
e comodidade, o prático não deverá subir menos do que comodidade, o Prático não deverá subir a que alturas
1,50 m, nem mais do que 9 m. respectivamente?
(.....) Quando a altura a ser escalada pelo Prático for igual A) Não deverá subir menos que 2,5 m e nem mais que 9
ou superior a 9 m, a subida a bordo, a partir da escada de metros.
prático, deve ser efetuada com o auxílio da escada de B) Não deverá subir menos que 3,5 m e nem mais que 19
portaló. metros.
(.....) Em caso de necessidade, devem ser mantidas C) Não deverá subir menos que 1 m e nem mais que 9
prontas para serem usadas duas boças, solidamente metros.
amarradas ao navio, tendo pelo menos 22 mm de D) Não deverá subir menos que 1,5 m e nem mais que 9
diâmetro. metros.
(.....) Se o navio estiver em movimento, o embarque ou E) Não deverá subir menos que 1 m e nem mais que 8
desembarque do prático deve ser feito com máquinas metros.
adiante e velocidade máxima de 5 a 6 nós.
(.....) A escada deve ser montada por militar capacitado e 66 - Se o navio estiver em movimento, como deve ser o
sob a supervisão de um Oficial. embarque ou desembarque do Prático?
A) ( F ) ( F ) ( V ) ( V ) ( V ) ( F ) A) Deve ser feito com máquinas paradas.
B) ( F ) ( V ) ( F ) ( F ) ( V ) ( V ) B) Deve ser feito com máquinas adiante e velocidade
máxima de 6 a 7 nós.
C) ( V ) ( V ) ( F ) ( F ) ( F ) ( V )
C) Deve ser feito com máquinas adiante e velocidade
D) ( F ) ( V ) ( V ) ( V ) ( F ) ( F )
máxima de 5 a 6 nós.
E) ( F ) ( F ) ( F ) ( V ) ( V ) ( F ) D) Não se deve embarcar o Prático com o navio em
movimento.
E) Deve ser feito com máquinas a ré e velocidade
máxima de 5 a 6 nós.

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67 - Dentre as precauções de segurança, para o embarque 70 - Os práticos, por vezes, embarcam em condições
e desembarque do prático, relacionadas nas “Normas e adversas e perigosas. Por esse motivo, forma
Procedimentos para a Navegação Marítima”, aprovada estabelecidas normas internacionais que visam prover
pela Portaria 005, de 15 de janeiro de 1997, da DPC, segurança nas fainas de embarque e desembarque, as
indique entre as afirmativas abaixo, a que não quais estão estabelecidas na coletânea “Normas e
corresponde a este procedimento: Procedimentos para a Navegação Marítima”, aprovada
A) para que possa ter acesso ao navio, com segurança e pela portaria 005, de 15 de janeiro de 1997, da DPC.
comodidade, o Prático não deverá subir menos que 1, Quanto aos procedimentos mais importantes durante a
5 m e nem mais que 9 metros. faina de embarque e desembarque dos práticos, assinale a
B) a escada deve ser montada por pessoal adestrado e sob alternativa que está em desacordo com o preceituado na
a supervisão de um Oficial. coletânea “Normas e Procedimentos para a Navegação
C) 4 boças amarradas à embarcação, tendo pelo menos Marítima”.
65 mm de circunferência, e um cabo de segurança A) A boia salva-vidas deve ser atada a um cabo flutuante
devem estar prontos para serem usados em caso de para em caso de emergência quando arremessada, ter
necessidade. seu chicote a bordo.
D) os dois balaústres de pega devem ter um afastamento B) Quando do embarque de práticos, estes devem ser
entre 70 e 80 cm e serem fixados rigidamente ao recebidos a bordo e acompanhados ao passadiço por
casco do navio. Oficial. O mesmo tratamento deve ser dispensado por
ocasião do desembarque.
E) o local de embarque deve ser provido de iluminação à
C) Para que possa ter acesso ao navio, com segurança e
noite, de modo que a parte superior da escada, bem
comodidade, o Prático não deverá subir menos que 1,
como a posição em que o prático aborda a
5m e nem mais que 9 metros.
embarcação fique devidamente iluminada. A luz
D) Os dois balaústres de pega devem ter um afastamento
deverá ficar em uma posição que não ofusque a vista
entre 70 e 80 cm e serem fixados rigidamente ao
do Prático.
casco do navio.
E) Uma boia salva-vidas, provida com um dispositivo
68 - Os navios devem ser providos de dispositivos flutuante de iluminação automática e um sinal
apropriados para permitir a passagem de maneira segura fumígeno flutuante.
e cômoda do topo da escada de prático para o convés ou
escada de portaló. Quando esta passagem se efetuar por 71 - Quem deve homologar a escada de prático?
meio de uma escada de borda-falsa, esta deve ser A) DHN
solidamente fixada à balaustrada da borda-falsa. Os dois B) CON
balaustres devem ter um afastamento entre ________, ser C) DPC
fixados rigidamente ao convés do navio, ficando no
mínimo a ________ acima da parte superior da borda- D) DGMM
falsa e serem construídos de aço ou material equivalente E) DGN
com, no mínimo, ________de diâmetro.
72 - Em uma faina de pintura, o militar que estiver no
Quais os termos abaixo completam as lacunas,
flutuante deverá estar portando:
respectivamente?
A) Colete auto-inflável, uma faca de marinheiro de
A) 50 e 60 cm / 1,20m / 40
pronto uso e cinto de segurança amarrado a um ponto
B) 60 e 70 cm / 1,20m / 50
fixo no convés.
C) 70 e 80 cm / 1,20m / 44
B) Colete de flutuabilidade permanente, uma faca de
D) 70 e 80 cm / 1,10m / 50
marinheiro de pronto uso e cinto de segurança
E) 70 e 80 cm / 1,50m / 40
amarrado a um ponto fixo no convés.
C) Uma faca de marinheiro de pronto uso e cinto de
69 - Quando do embarque de práticos, os dois balaústres segurança amarrado a um ponto fixo no convés.
de pega devem ter um afastamento entre ______ e serem D) colete de paina, uma faca de marinheiro de pronto uso
fixados rigidamente ao casco do navio. e cinto de segurança amarrado ao flutuante.
A) 80 e 90 cm E) Colete de paina e cinto de segurança amarrado a um
B) 70 e 80 cm ponto fixo no convés.
C) 60 e 70 cm
D) 50 e 60 cm 73 - Nos serviços de pintura, a quantidade de tinta e
E) 70 e 90 cm solvente armazenada na área de trabalho deve ser a
correspondente para, no máximo, quantos dias de
consumo?
A) 1.
B) 1,5.
C) 2.
D) 5.
E) Quantos dias forem previstos para durar a faina.
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74 - O trabalho em locais elevados reveste-se de 78 - Nos testes de equipamento, em vez de alimentar a
cuidados especiais, tanto pela segurança do próprio antena, sempre que possível, deverá se empregar?
homem que exerce a tarefa como das pessoas que A) Cargas falsas.
transitam sob a área de trabalho. Assinale a alternativa B) Cargas altas.
INCORRETA quanto aos procedimentos quando C) Cargas fantasmas.
trabalhando em locais elevados: D) Cargas baixas.
A) Utilize um fiel para prender as ferramentas, evitando E) Cargas sensíveis.
que elas caiam, atrasando o serviço ou atingindo
alguém. 79 - A possibilidade de ignição do combustível por ação de
B) Ao trabalhar em compartimentos de pé direito radiofreqüência é remota,entretanto,ainda há algum risco
elevados é mandatório o uso do cinto de segurança. no manuseio de gasolina, particularmente a de aviação.
C) Assegurar-se de que radares e transmissores estejam Assim devemos observar algumas precauções de segurança
desligados (inclusive dos navios a contrabordo), bem ao abastecermos aeronaves. Dentre as alternativas abaixo,
como os equipamentos etiquetados com plaquetas de qual está INCORRETA quanto a tais procedimentos de
advertência. segurança, quando realizando abastecimento de aeronaves:
D) Ao trabalhar em compartimentos de pé direito A) Não alimente qualquer transmissor (radar ou de
elevados, devem ser observadas na íntegra, todas as comunicações) nas proximidades de aeronave (ao menos
providências relacionadas a trabalhos em locais 15 metros afastado).
elevados. B) Nunca dirija o feixe radar na direção de aeronave sendo
E) Utilizar cinto de segurança quando em serviços sob o abastecida.
convôo, no costado do NAe São Paulo. C) Não faça ou desfaça o aterramento ou qualquer outra
conexão elétrica de uma aeronave sendo abastecida (ou
75 - A profundidade de penetração e os efeitos de nas suas proximidades).
aquecimento no corpo humano dependem da frequência. D) Não coloque tanques portáteis de combustíveis perto das
Abaixo de ______ a energia penetra profundamente. antenas.
Acima ______, o efeito de aquecimento ocorre próximo E) O aterramento das aeronaves ou veículos deve ser feito
à superfície, na pele. durante o abastecimento e desfeito somente após o
A) 3 GHz / 1 GHz término da faina.
B) 1 GHz / 2 GHz
C) 2 GHz / 3 GHz 80 - O desenvolvimento de transmissores de alta
D) 1 GHz / 5 GHz potência, associados às antenas de elevado ganho,
E) 1 GHz / 3 GHz aumentou a possibilidade de que as pessoas trabalhando
na vizinhança destes sistemas sofram danos físicos.
76 - Certas granadas de CHAFF são susceptíveis a Analise as sentenças abaixo e marque a opção correta.
induções eletromagnéticas de determinadas frequências (....) Os perigos da irradiação eletromagnética para o
e, neste caso, é recomendada a colocação de radares armamento estão relacionados aos sistemas elétricos
desta Banda em silêncio até o término da faina de de iniciação (estopilhas e espoletas).
manuseio de munição. Qual bandeira deve ser (....) A possibilidade de ignição do combustível por
empregada durante a faina com munição? ação de radiofrequência é remota, entretanto, ainda há
A) “M”. algum risco no manuseio de gasolina, particularmente
B) “L”. o JP-5, por ser altamente volátil.
C) “C”. (....) A energia eletromagnética em relação a outros
D) “H”. equipamentos, pode causar problemas significativos
E) “A”. afetando a capacidade operativa e administrativa do
77 - Com referência ao perigo da irradiação navio e a segurança do pessoal.
eletromagnética para o combustível (hazard of (....) A bordo são fontes de energia eletromagnética:
eletromagnetic radiation to fuel - HERF) - A transmissores e transceptores de comunicações,
possibilidade de ignição do combustível por ação de radares, radares de direção de tiro e sistemas de
radiofrequência é remota. Entretanto, ainda há algum guiagem de mísseis.
risco no manuseio de gasolina, particularmente a de A) ( F ) ( F ) ( F ) ( F )
aviação. Uma das precauções de segurança para B) ( V ) ( F ) ( V ) ( F )
minimizar a possibilidade de acidentes é não alimentar C) ( V ) ( F ) ( V ) ( V )
qualquer transmissor (radar ou de comunicações) nas
D) ( V ) ( V ) ( V ) ( F )
proximidades de aeronave ou veículo sendo abastecido,
ao menos quantos metros afastados? E) ( V ) ( V ) ( V ) ( V )
A) 05.
B) 10.
C) 15.
D) 20.
E) 25.

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81 - Analise as seguintes sentenças em relação ao 84 - Antes de se entrar em tanques e espaços vazios,
Eletromagnetismo: devemos verificar?
I - O desenvolvimento de transmissores de alta A) se estão limpos, pintados e ventilados.
potência, associados a antenas de elevado ganho, B) se a iluminação está funcionando.
aumentou a possibilidade de que as pessoas, que
trabalhem próximos a estes sistemas sofram danos C) se estão limpos, desgaseificados e ventilados.
físicos. D) se estão limpos e ventilados.
II - A irradiação em baixa frequência causa maior dano E) se estão limpos.
ao corpo humano.
III - As transmissões eletromagnéticas são capazes de 85 - No manuseio de ampolas de gás comprimido o
danificar, degradar ou interferir no emprego de pessoal deve ser doutrinado quanto à proibição do
equipamentos de comunicações, fonoclama, manuseio com as mãos ou luvas?
equipamentos médicos, de aeronave, etc.
A) Secas.
IV - Ao manobrar com munição, a mesma pode
defragar, por conta da indução eletromagnética. B) Sujas de tinta.
A) Todas as afirmativas são verdadeiras. C) Untadas de óleo.
B) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. D) Aquecidas.
C) As afirmativas II, III e IV são falsas. E) Frias.
D) Somente a afirmativa III é falsa.
E) Somente a afirmativa II é falsa. 86 - Em relação as ampolas de gás comprimido, analise as
afirmativas abaixo e marque a alternativa que apresenta
82 - No tocante aos perigos de irradiação somente as verdadeiras.
eletromagnética para aeronaves durante pouso e I - Armazena-las sempre nos locais apropriados, afastadas
decolagem a aeronave, existem relatos ao final de de óleo, gases ou fontes de calor.
comissões que foram constatadas interferências com as II - O usuário deve ser qualificado para operações com
aeronaves? ampolas de gás comprimido.
A) SH-3A. III - O pessoal deve ser doutrinado quanto à proibição do
B) VF-1. manuseio de ampolas com as mãos ou luvas untadas de
C) UH-14. óleo.
IV - As ampolas de oxigênio e/ou acetileno devem ser
D) AH-11 B.
posicionadas no interior de espaços confinados (exceção
E) AH-11 A. feita à ampola de oxigênio da Enfermaria).
V - Substituir as ampolas com vazamento ou reprovadas
83 - Nas fainas de manutenção de equipamentos no teste hidrostático, e assegurar-se de que os dispositivos
eletrônicos devemos observar alguns procedimentos de de segurança estejam funcionando corretamente.
segurança. Coloque V ou F nas afirmativas abaixo. A) ( I ) ( II ) ( III ) ( IV ) ( V )
(....) Inspecionar, empregando pessoal habilitado, os B) ( II ) ( III ) ( IV ) ( V )
equipamentos eletrônicos portáteis, exceto aqueles C) ( I ) ( II ) ( IV ) ( V )
dirigidos a recreação. D) ( I ) ( II ) ( III ) ( V )
(....) Qualquer equipamento eletrônico só pode ser E) ( I ) ( II ) ( III ) ( IV )
alimentado com a devida autorização e por qualquer
militar. 87 - As providências contra riscos de incêndio quando se
(....) Ao alimentar um equipamento, verifique se as executam serviços de corte, solda ou aquecimento de
indicações estão normais. redes e equipamentos devem ser rigorosamente
(....) Só utilize equipamentos de teste confiáveis e implementadas, chamando-se a atenção para manter a
aferidos. vigilância na área do serviço, bem como na área
(....) Antes de conectar as pontas de prova, observe se limítrofe, até, ao menos quantos minutos?
elas estão em bom estado. A) 05.
(....) Para efetuar as medições, coloque em primeiro B) 15.
lugar a ponta de prova viva (encarnada) para a terra, e
C) 25.
em seguida, conecte a ponta de prova do terra (preta)
ao ponto a ser medido. D) 35.
A) ( F ) ( F ) ( V ) ( V ) ( V ) ( F ) E) 45.
B) ( F ) ( V ) ( V ) ( V ) ( V ) ( F )
C) ( F ) ( F ) ( F ) ( V ) ( V ) ( F )
D) ( F ) ( F ) ( V ) ( F ) ( F ) ( F )
E) ( V ) ( F ) ( V ) ( V ) ( V ) ( F )

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PROCEDIMENTOS MN CURSO ASCENSÃO
88 - Nos serviços de corte e solda as ordens de fogo são
expedidas mediante autorização do?
A) Imediato, do Encarregado do CAV ou seu substituto
legal.
B) Oficial de serviço.
C) Comandante do Navio.
D) Chefe de Máquinas.
E) Oficial de serviço, do Encarregado do CAV ou seu
substituto legal.

89 - Quanto às precauções de segurança nas operações


aéreas, assinale a alternativa que define a função do
Agente de Segurança de Aviação?
A) É o responsável direto pela segurança de sua aeronave
e da tripulação orgânica.
B) Assim chamado, por ser o piloto mais antigo
embarcado, o qual decidirá sobre a segurança de voo
da aeronave, tripulantes e passageiros, em caso de
dúvida.
C) Deve estar sempre presente durante a espotagem ou
hangaragem da aeronave.
D) Responsável por autorizar o abastecimento da
aeronave e responder por todas as atividades
desenvolvidas em cumprimento ao PPAA.
E) Assessora diretamente o Comandante nos assuntos
relativos à segurança de aviação de sua OM,
respondendo por todas as atividades desenvolvidas em
cumprimento ao Programa de Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos.

90 - Em situações de pousando, decolando, desengrazando,


ou engrazando rotor, manobrando no hangar ou plataforma
de pouso, o navio não pode:
A) Aumentar a velocidade.
B) Diminuir a velocidade.
C) Mudar o rumo.
D) Manter o rumo.
E) Fundear.
91 - Assinale a opção que descreve corretamente uma
precaução de segurança que deve ser seguida visando
proteção da tripulação a bordo:
A) Em tanques e espaços vazios é terminantemente
proibido o uso de iluminação.
B) É proibido o posicionamento de ampola de oxigênio
na enfermaria (espaço confinado).
C) Ao subir ou descer escadas, é obrigatório segurar o
corrimão com ambas as mãos.
D) Não lançar cigarro aceso por sotavento e sim por
barlavento.
E) Em deslocamentos, caminhar rápido, se necessário,
mas não correr a bordo.

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PROCEDIMENTOS MN - EXERCÍCIO CURSO ASCENSÃO

GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
C C B C E C C A B D C D E E C C C D E A C D B E B
26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
D A E E A B C B E A C D B C D E C B A C B D B E D
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75
A C D B D E A E E A D B D A D C C C B E C B A D E
76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91
B C C E C A E A C C D C E E C E

CAP e CPA 40 CURSOASCENSAO.COM.BR

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