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Este material tem como objetivo apresentar aos futuros marinheiros de forma
clara e objetiva a Arte Naval, onde são apresentadas as partes dos navios, suas peças
constituintes, seus compartimentos e acessórios mais comuns encontrados na maioria
das embarcações.
É mostrado, ainda, neste material a arte marinheira onde é apresentado aos
futuros marinheiros os principais equipamentos e serviços executados a bordo para uma
boa operação e manutenção das embarcações.
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Sumário
1 ASPECTOS BÁSICOS SOBRE A CONSTRUÇÃO DAS EMBARCAÇÕES 5
3 AMARRAÇÃO DO NAVIO 38
6 PINTURA E CONSERVAÇÃO 59
REFERÊNCIAS 83
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1 ASPECTOS BÁSICOS SOBRE A CONSTRUÇÃO DAS EMBARCAÇÕES
Uma embarcação é uma estrutura feita de madeira, concreto, ferro, aço ou uma
combinação desses e de outros materiais, projetada para flutuar e transportar pessoas
e mercadorias sobre a água.
Fonte: https://www.marinetraffic.com/en/ais/details/ships/shipid:714100
Fonte: https://seagirl.pt/navios/proa-de-bolbo/
5
A popa é a parte traseira do navio. A água flui para as cavidades que o navio cria
à medida que se move, e a forma é adequada para o movimento eficiente do leme e da
hélice.
Fonte: https://tnpetroleo.com.br/casco-da-p-74-realiza-primeira-manobra-para-conversao/
Os bordos são as duas partes onde o casco é dividido por um plano diametral.
Esses são os lados do navio. O lado direito é chamado de Boreste (BE) e o lado esquerdo
é chamado de Bombordo (BB). Isso pressupõe que o observador está olhando para a
proa.
Fonte: https://ministeriodadefesablog.wordpress.com/2016/03/04/6-termos-utilizados-a-
bordo-dos-navios-da-marinha-que-voce-precisa-conhecer/
6
Fonte: https://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-superestrutura-no-petroleiro-image67738378
Fonte: https://JairoPatricio1/elementos-estruturais-de-navios-arranjo-e-nomeclatura-
construcao-naval-1
O través uma posição aproximada à meio navio, corresponde aos 090° para o
través de BE e aos 270° para o través de BB.
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Fonte: https://www.eboat.com.br/nautica/download/marinharia.pdf
As obras vivas correspondem a parte do costado que fica imersa, abaixo da linha
d’água;
Fonte: https://www.azoresuperyachtservices.pt/Lisbon_Sailing_Center.pdf
8
Fonte: https://agencia-estoque.panthermedia.net/m/imagens-royalty-free/274846/jan-mayen/
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=pVnJLY1C6L4
9
A boca é a largura da seção transversal a que se referir; a palavra boca, sem
referência à seção em que foi tomada, significa a maior largura do casco. Meia boca é a
metade da boca.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=pVnJLY1C6L4
10
Nos navios modernos de qualquer classe se adota a quilha chata. Além da
simplicidade de construção, tem as vantagens de evitar um aumento de calado e dar
menor resistência do casco aos movimentos de avanço do navio. Entretanto, a quilha
chata torna mais fácil o movimento de balanço do navio e dá ao casco maior amplitude
de balanço. Para minimizar este inconveniente, pode-se empregar, em algumas
embarcações bolinas ou quilhas de balanço.
Fonte: https://www.marinha.mil.br/dpc/sites/www.marinha.mil.br.dpc/files/Cap6_2005.pdf
Fonte: https://www.marinha.mil.br/dpc/sites/www.marinha.mil.br.dpc/files/Cap6_2005.pdf
11
As sicordas são as longarinas do convés e das cobertas.
Fonte: https://www.marinha.mil.br/dpc/sites/www.marinha.mil.br.dpc/files/Cap6_2005.pdf
Fonte: https://www.marinha.mil.br/dpc/sites/www.marinha.mil.br.dpc/files/Cap6_2005.pdf
Fonte: https://www.marinha.mil.br/dpc/sites/www.marinha.mil.br.dpc/files/Cap6_2005.pdf
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As hastilhas são as partes das cavernas que fazem a ligação entre a quilha e o
bojo da embarcação. As hastilhas são, na sua forma mais simples, constituídas por uma
chapa vertical estendendo-se desde a quilha até a curvatura do bojo do casco.
Fonte: https://www.marinha.mil.br/dpc/sites/www.marinha.mil.br.dpc/files/Cap6_2005.pdf
Fonte: http://salvador-nautico.blogspot.com/2020/03/antepara.html
13
Os prumos e travessas são os reforços das anteparas. Tal como os chapeamentos
dos conveses e o exterior do casco, as anteparas recebem um sistema de reforços, para
limitar a flexão. Estes reforços devem correr numa só direção, isto é, ou são verticais
(prumos) ou são horizontais (travessas). Sempre que possível, os prumos devem estar
em linha com uma sicorda ou uma longitudinal do fundo. Do mesmo modo, as travessas
devem estar em linha com as longitudinais dos costados. Isto permite que eles sejam
adequadamente engastados nos extremos.
Fonte: https://www.marinha.mil.br/dpc/sites/www.marinha.mil.br.dpc/files/Cap6_2005.pdf
14
Fonte: https://www.marinha.mil.br/dpc/sites/www.marinha.mil.br.dpc/files/Cap6_2005.pdf
Fonte: https://www.nauticexpo.com/prod/posidonia-srl/product-33212-244812.html
O cunho é uma peça de metal, em forma de bigorna, que se fixa nas amuradas
do navio, nos turcos, ou nos lugares por onde possam passar os cabos de laborar, para
dar-se volta neles.
Fonte: https://www.marinedocksystems.com.au/cleats.htm
15
O olhal é um anel de metal; pode ter haste, e é aparafusado, cravado ou soldado
no convés no costado, ou em qualquer parte do casco, para nele ser engatado um
aparelho ou amarrado um cabo.
Arganéu é um olhal tendo no anel uma argola móvel, que pode ser circular ou
triangular.
Fonte: https://martijnscheerman.nl/portfolio/koekoek/
Âncora é peça do equipamento que, lançada ao fundo do mar, faz presa nele e
aguenta o navio a que se acha ligada por meio da amarra.
Fonte: https://www.indiantelevision.com/afterimpression/81142
16
Amarra é uma corrente especial constituída por elos com malhete (estai)
utilizada para talingar a âncora com que se aguenta o navio num fundeadouro.
Fonte: https://www.nauticexpo.es/fabricante-barco/cadena-ancla-35108-_2.html
Fonte: https://www.marinha.mil.br/dpc/sites/www.marinha.mil.br.dpc/files/Cap6_2005.pdf
17
Fonte: https://www.nauticexpo.fr/prod/mac-gregor/product-30588-496214.html
Fonte: https://docplayer.com.br/75619108-Marinha-do-brasil-colegio-naval.html
18
Fonte: http://www.estiva-es.com.br/pdf/renan.pdf
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2015/03/
Fonte: https://pt.pngtree.com/freepng/porthole-round-silver-window-with-rivets-ship-metal-
frame_5194566.html
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Gateiras são aberturas feitas no convés por onde as amarras passam para o paiol.
Escovém é cada um dos tubos ou mangas de ferro por onde gurnem as amarras
do navio, do convés para o costado.
Fonte: https://docplayer.com.br/72808091-Introducao-a-ciencia-nautica.html
Fonte: https://www.amazon.com.br/Acess%C3%B3rios-hardware-barco-marinho-
inoxid%C3%A1vel/dp/B09GC5V7JZ
20
Portaló é a abertura feita na borda, ou passagem nas balaustradas, ou, ainda,
aberturas nos costados dos navios mercantes de grande porte, por onde o pessoal entra
e sai do navio, ou por onde passa a carga leve. Há um portaló de BB e um portaló de BE.
Fonte: http://lmcshipsandthesea.blogspot.com/2015/04/escada-do-portalo.html
Fonte: https://id.linkedin.com/in/edy-yuswanto-91a7b8169
21
Fonte: https://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/transpetro-conheca-nossos-principais-
tipos-de-navios.htm
Fonte: https://www.eboat.com.br/nautica/download/marinharia.pdf
22
Fonte: https://wilsonroque.blogspot.com/2017/05/marinha-sem-marinheiros.html
Fonte: http://santosshiplovers.blogspot.com/2011/11/nm-maestra-pacifico-elrj6-em-sua.html
Fonte: https://www.portosenavios.com.br/noticias/navegacao-e-marinha/ano-de-incertezas-2
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Compartimentos Habitáveis são os compartimentos onde vivem os tripulantes
de um navio. São eles: camarotes, câmara do comandante, refeitórios, etc.
Fonte: https://docplayer.com.br/46443034-Desenho-de-construcao-naval.html
Fonte: http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/000018/00001815.pdf
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2 CABOS, NÓS E VOLTAS
Fonte: http://legislacao.bombeiros.ms.gov.br/wp-
content/uploads/2019/06/BG2222016_05_12_2016_SUP01.pdf
25
Fonte: http://legislacao.bombeiros.ms.gov.br/wp-
content/uploads/2019/06/BG2222016_05_12_2016_SUP01.pdf
Fonte: http://legislacao.bombeiros.ms.gov.br/wp-
content/uploads/2019/06/BG2222016_05_12_2016_SUP01.pdf
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(para os cabos cochados para a direita), a partir da maior, não ficando bem unidas, de
modo que a aducha apresente um tamanho bem maior do que realmente vai ter.
Quando se chegar ao chicote, que fica no centro da aducha, unem-se as voltas menores
e gira-se o conjunto, de modo a ir unindo todas as voltas anteriormente dadas.
Fonte: http://legislacao.bombeiros.ms.gov.br/wp-
content/uploads/2019/06/BG2222016_05_12_2016_SUP01.pdf
Colher em cobros – Começa-se pelo seio do cabo (ou por um dos chicotes, se
ambos estiverem livres), dando-se dobras sucessivas que vão sendo colocadas
paralelamente umas às outras, até ser atingido o chicote. A essas dobras chama-se
cobros. As correntes e amarras são sempre colhidas em cobros, quando colocadas sobre
o convés para limpeza ou pintura. As espias de grande bitola também são colhidas desta
maneira. Como regra geral, quando se colhe um cabo à manobra, ou em cobros, deve-
se deixar para cima o chicote, ou o seio, conforme o exija a utilização imediata mais
provável do cabo.
Fonte: http://www.splashmaritime.com.au/Marops/data/text/Seamantex/Introtex.htm
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2.3 Uso e conservação dos cabos
Nunca se deve tentar um esforço máximo no cabo que já tenha sofrido uma única
vez uma tensão próxima de sua carga de ruptura, nem no cabo que já tenha sido usado
em serviço contínuo, sob esforços moderados, isso porque, em razão do limite de
elasticidade, as fibras escorregam um pouco umas sobre as outras, apesar da cocha, e
às vezes se partem.
Quando chover, as espias deverão ser colhidas sobre um xadrez de madeira mais
alto que o convés, e os tiradores das talhas colocados nos cunhos dos turcos ou na
balaustrada de modo que, estando molhados, possa a água escorrer e eles receberem
ventilação.
Nas baldeações, evite que os cabos sejam molhados pela água salgada; a
umidade aumenta de 10% a resistência dos cabos de fibra e a manilha resiste bem à
ação corrosiva da água, o que, entretanto, não implica molhar os cabos.
Não se deve alar os cabos arrastando-os sobre um chão áspero, arenoso ou sobre
pedras; isto faz cortar algumas fibras externas, enfraquecendo o cabo. Se uma espia
ficou suja de lama, deve-se lavá-la com água doce. Não deixe que os cabos fiquem
coçando uns aos outros, ou num balaústre, ou em arestas; não permita que trabalhem
em roldanas de tamanho menor que o indicado.
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Alar de lupada – Alar aos puxões, com os intervalos necessários para que o
pessoal mude a posição das mãos ao longo do cabo. Lupada é cada um dos puxões
dados.
Alar de mão em mão – Alar o cabo seguidamente, sem o pessoal sair do lugar,
pagando-o alternadamente com uma ou outra mão.
Brandear – Folgar um cabo, uma espia, uma amarra etc.; tornar brando um cabo;
dar seio a um cabo que esteja portando.
Colher o brando – Alar um cabo que esteja com seio até que fique sem folga;
rondar um cabo.
Enrascar – Diz-se dos cabos, velas etc. que se embaraçam entre si de modo a não
poderem trabalhar regularmente.
Espia – Cabo grosso que se lança de um navio para terra ou para outro navio, a
fim de amarrá-lo.
Fiéis – Cabos finos com que se prendem quaisquer objetos, tais como as fundas
dos escaleres, as defensas etc.
Gurnir – Meter um cabo num gorne, olhal etc., ou passá-lo num cabrestante ou
num retorno.
Peias – Nome que tomam os cabos quando prendem a bordo quaisquer peças
ou objetos, a fim de evitar que eles se desloquem com o jogo do navio. Pear é prender
qualquer objeto o amarrando com peias.
Rondar – É alar um cabo ou o tirador de uma talha até que fique portando.
Safar cabos – Colher os cabos nos seus respectivos lugares depois de concluída
uma manobra, para desembaraçar ou safar o navio; deixar os cabos claros à manobra.
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2.5 Nós e voltas
são os diferentes entrelaçamentos feitos a mão e pelos quais os cabos se
prendem pelo chicote ou pelo seio. Se dados corretamente aumentam de resistência
quando se porta pelo cabo; entretanto, podem ser desfeitos com facilidade pela mão do
homem. Se maldados, podem recorrer no momento em que é aplicado um esforço
sobre o cabo, e são às vezes difíceis de desfazer, por ficarem mordidos.
Fonte: https://www.istockphoto.com/de/vektor/square-knoten-gm165029055-1073033
Nó Direito Alceado como o Nó Direito simples é utilizado para unir dois cabos da
mesma espessura, porém possuí uma alça que desata o nó quando puxada. Geralmente
é usado quando o nó direito não é permanente e precisará ser desfeito mais tarde.
Fonte: https://sites.google.com/a/qi64.com/sempre-alerta/tecnicas-escoteiras/nos-e-
amarraras
31
Nó de Escota utiliza-se para unir dois cabos de diferente espessura.
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/16357888/
Fonte: https://www.google.com/search?sxsrf=AJOqlzUMNtd1KPkxAtYok-20VeQlBrr-
CQ:1677767915607&q=nocorredicodesbravadores
Fonte: https://www.google.com/search?sxsrf=AJOqlzUMNtd1KPkxAtYok-20VeQlBrr-
CQ:1677767915607&q=nocorredicodesbravadores
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Volta da Ribeira utilizado para prender um cabo a um bastão (tronco, galhos,
etc.) depois mantê-la sob tensão.
Fonte: https://www.google.com/search?sxsrf=nudo+vuelta+de+braza&as
Fonte: https://www.google.com/search?sxsrf=AJOqlzUMNtd1KPkxAtYok-20VeQlBrr-
CQ:1677767915607&q=nocorredicodesbravadores
Catau utiliza-se para reduzir o comprimento de uma corda sem cortá-la. Serve
também para isolar alguma parte danificada do cabo, sem deixá-la sob tensão.
Fonte: https://www.google.com/search?sxsrf=AJOqlzUMNtd1KPkxAtYok-20VeQlBrr-
CQ:1677767915607&q=nocorredicodesbravadores
33
Nó Aselha é utilizado para fazer uma alça fixa no meio de um cabo.
Fonte: https://www.google.com/search?sxsrf=AJOqlzUMNtd1KPkxAtYok-20VeQlBrr-
CQ:1677767915607&q=nocorredicodesbravadores
Nó de Arnez é utilizado para fazer uma alça fixa no meio de um cabo (sem utilizar
as pontas).
Fonte: https://www.google.com/search?sxsrf=AJOqlzUMNtd1KPkxAtYok-20VeQlBrr-
CQ:1677767915607&q=nocorredicodesbravadores
Balso pelo Seio serve para fazer duas alças fixas do mesmo tamanho em um
cabo.
Fonte: https://3gec-saopedro.webnode.com.br/nos-voltas-e-amarras/balsa-pelo-seio/
34
Fateixa serve para prender um cabo a uma argola.
Fonte: http://www.lanchasavenda.com.br/conhecimentos/fateixa.html
Lais de Guia utilizado para fazer uma alça fixa (e bastante segura) tendo em mãos
apenas uma ponta do cabo.
Fonte: https://roperescuetraining.com/knots_bowline.php
Volta Redonda com Cotes utilizado para prender uma corda a um bastão.
Fonte:
https://sites.google.com/site/tropaviking139/home/escotismo/especialidades/habilidades-
escoteiras/pioneiria/nos/redonda-com-cotes
35
Volta do Salteador utilizado para prender uma corda a um bastão, com uma
ponta fixa e outra que quando puxada desata o nó.
Fonte: http://acampamento.wikidot.com/no-volta-do-salteador
36
Fonte: http://www.cabosdeacocablemax.com.br/estropos-eslingas-laco-de-cabo-de-aco.html
Olhal tipo 2 - Trançado flamengo prensado com presilha de alumínio. Este olhal
apresenta as mesmas características do olhal tipo 1, porém não é recomendado sua
utilização em altas temperaturas, em contato com águas salgadas e em contato com
superfícies abrasivas.
Fonte: http://www.cabosdeacocablemax.com.br/estropos-eslingas-laco-de-cabo-de-aco.html
Fonte: http://www.cabosdeacocablemax.com.br/estropos-eslingas-laco-de-cabo-de-aco.html
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3 AMARRAÇÃO DO NAVIO
Fonte: https://stepinportugal.com/TmpFiles/28586.pdf
38
de modo a permitir que qualquer uma delas seja retirada em primeiro lugar sem
interferir com a outra.
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5 - Receber o pronto do estabelecimento de comunicações entre as estações
envolvidas (proa, popa e manobra) nos circuitos de comunicações interiores e no canal
de segurança;
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7 - Verificar a corrente, a variação de maré e o vento verdadeiro no local (carta
de correntes de maré, efeitos visíveis da corrente em bóias, tábua de marés etc.);
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4 POLEAME, APARELHOS DE LABORAR E ACESSÓRIOS
Poleame é o conjunto de todas as peças que servem para fixar ou dar retorno
aos cabos do aparelho de um navio. Qualquer peça do poleame de laborar consiste em
uma caixa de madeira ou de metal, de forma oval, dentro da qual uma roda com um
goivado na periferia (roldana) pode girar livremente em torno de um eixo fixo (perno).
Um estropo, ou uma ferragem, sustenta a caixa, a fim de amarrá-la a um ponto fixo ou
sustentar um peso. O poleame de laborar é empregado para dar retorno aos cabos de
laborar, e consta de moitões, cadernais, patescas, polés, lebres e catarinas.
Fonte: https://www.pescadorprofissional.com.br/pdf/arte-naval-cap-09.pdf
42
cabo qualquer, sendo muito usada para este fim no tirador de um aparelho de
laborar.
Fonte: https://www.pescadorprofissional.com.br/pdf/arte-naval-cap-09.pdf
Fonte: https://www.pescadorprofissional.com.br/pdf/arte-naval-cap-09.pdf
As roldanas são rodas com um goivado em sua periferia, para sobre elas
trabalharem os cabos.
43
Fonte: https://www.pescadorprofissional.com.br/pdf/arte-naval-cap-09.pdf
Fonte: https://www.pescadorprofissional.com.br/pdf/arte-naval-cap-09.pdf
44
Teque – Formado por um par de moitões, um fixo e outro móvel. Tirador
e arreigada fixa num mesmo moitão. Multiplicação de potência teórica
(desprezando o atrito) 2 ou 3 vezes, conforme o tirador gurna no moitão fixo ou
no moitão móvel.
Fonte: https://www.pescadorprofissional.com.br/pdf/arte-naval-cap-09.pdf
45
Fonte: https://www.pescadorprofissional.com.br/pdf/arte-naval-cap-09.pdf
Fonte: https://www.pescadorprofissional.com.br/pdf/arte-naval-cap-09.pdf
46
Fonte: https://www.pescadorprofissional.com.br/pdf/arte-naval-cap-09.pdf
Fonte: https://www.pescadorprofissional.com.br/pdf/arte-naval-cap-09.pdf
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5 APARELHOS DE FUNDEAR E SUSPENDER
O aparelho de fundear e suspender é constituído pelo conjunto de
âncoras, amarras, máquinas de suspender e todos os acessórios das amarras,
como manilhas, escovéns, gateiras, mordentes, boças etc.
49
Fonte: https://www3.dpc.mar.mil.br/arte_naval/Capitulos/Cap10_2005.pdf
Particularidades principais:
(1) possui cepo, disposto perpendicularmente aos braços; o peso do cepo é cerca
de 1/4 do peso da âncora;
50
Fonte: https://www3.dpc.mar.mil.br/publicacoes/arte_naval/Capitulos/Cap10_2005.pdf
Particularidades principais:
(2) a haste é articulada aos braços, geralmente por um pino que trabalha
numa cavidade feita na cruz.
(3) as superfícies das duas patas são largas e situadas no mesmo plano
pelos braços. As patas seguem uma direção paralela ou quase paralela à haste e
ficam bem junto à cruz.
(4) a parte inferior dos braços, que constitui a base da âncora, é saliente,
formando a palma, isto é, uma aresta que, apoiando-se no fundo do mar, fica
segura, obrigando os braços a se dirigirem para baixo quando houver esforço
sobre a amarra num sentido horizontal ou quase horizontal; e
51
A desvantagem das âncoras de tipo patente de ter menor poder de unhar
é compensada dando-se um pouco mais de filame à amarra, nos fundos que não
sejam de boa tença.
Fonte: https://www3.dpc.mar.mil.br/publicacoes/arte_naval/Capitulos/Cap10_2005.pdf
52
Manilhas - Manilhas com cavirão de tipo especial, ligando os quartéis entre si e
à âncora.
Tornel - Peça formada por um olhal, um parafuso com olhal, porca cilíndrica e
contrapino. O parafuso constitui um eixo em torno do qual gira o olhal. Permite à amarra
girar em relação à âncora.
Quartel do tornel - Em cada amarra há um tornel para permitir que ela possa
girar em relação à âncora. Este tornel não pode gurnir na coroa do cabrestante.
Quartel longo - Nas amarras cujos quartéis são ligados por manilhas, costuma-
se usar um quartel longo (quartel de 40 braças = 73,2 metros) logo a seguir ao quartel
do tornel. Deste modo, durante as manobras de fundear e suspender, é pouco provável
que qualquer manilha passe pelo cabrestante enquanto a âncora estiver a pique,
suspensa pela amarra.
Quartéis comuns - Nas amarras com elos patentes não há vantagem em usar o
quartel de 40 braças. Todos os quartéis têm o comprimento padrão, exceto o quartel do
tornel. O comprimento padrão dos quartéis é, como já dissemos, 15 braças (27,5 metros,
aproximadamente).
Os quartéis da amarra são marcados para que se saiba o quanto de amarra está
fora do navio na manobra de fundeio. Há duas maneiras de marcar os quartéis:
53
Bóia de arinque - Bóia cônica de pequeno tamanho, empregada para marcar o
local em que foi fundeada a âncora. Um dos vértices tem arganéu. Um cabo fino de fibra,
chamado arinque, é amarrado a este arganéu e à âncora.
Fonte: https://www3.dpc.mar.mil.br/publicacoes/arte_naval/Capitulos/Cap10_2005.pdf
Na figura acima, o ferro está unhado, ou seja, a pata está enterrada no fundo do
mar prendendo o navio. Unhar é quando o ferro prende no fundo do mar com sua unha
enterrada no fundo.
54
Fundos de boa tença – areia dura, lodo macio e lodo com areia.
Fonte: https://myloview.com.br/adesivo-o-mecanismo-do-molinete-com-uma-corrente-na-
proa-do-navio-no-4C72E2A
55
5.5 Aparelho de fundear e suspender
Compreende a máquina de suspender (cabrestante ou molinete utilizado para
içar a âncora) e os acessórios que aguentam a amarra, tais como a abita, o mordente e
a boça da amarra.
Fonte: https://www.nauticexpo.com/pt/prod/dmt-marine-equipment-sa/product-69579-
514893.html
56
Fonte: http://www.strauhs.com.br/server.php/br/prod_det/equipamentos_navais_-
_offshore/guinchos_e_equipamentos_de_conves/molinetes-guinchos_de_atracacao_combinados16
Fonte:
https://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Fwww.strauhs.com.br%2Fserver.php%2Fbr%2Fp
rodutos%2Fequipamentos_navais_-_offshore%2Fguinchos_e_equipamentos_de_conves
- PRONTO PARA LARGAR - A amarra está presa apenas pelo freio do molinete ou
cabrestante;
- LARGAR O FERRO - O freio é aberto e o ferro cai. A saída da amarra vai sendo
controlada pelo freio do molinete ou cabrestante;
57
- AGUENTA - O freio é passado;
SUSPENDENDO O FERRO
- VIRA OU ENTRA COM O FERRO – A amarra vai entrando devagar com os quartéis
entrados sendo informados ao passadiço;
- AMARRA “DIZENDO” PARA - Vante, ré, a pique, a pique de estai, pelo través etc.
58
6 PINTURA E CONSERVAÇÃO
Corrosão, incrustação e osmose
6.1 Corrosão
A corrosão é o desgaste natural de materiais como resultado da ação química ou
eletroquímica do meio ambiente, que pode ou não estar relacionada a estresse
mecânico.
A corrosão pode afetar diversos materiais, sejam eles metálicos, como aço e
ligas de cobre, ou não metálicos, como plásticos, cerâmicas ou concreto. O foco aqui
descrito é a corrosão de materiais metálicos, conhecida como corrosão metálica.
Corrosão eletroquímica
59
• Em temperaturas abaixo do ponto de orvalho, a maioria das quais em
temperatura ambiente.
• Durante a formação de uma pilha eletrolítica pela circulação de elétrons
em uma superfície metálica.
Fonte: https://www.unifacvest.edu.br/assets/uploads/files/arquivos/25983-tcc-ederson-gean-
da-luz-eng.-mecanica-2018.pdf
Corrosão química
60
• Falta de água líquida.
• Temperatura, geralmente, alta e sempre acima do ponto de orvalho.
• Interação direta entre o meio corrosivo e o metal.
Meios corrosivos
Atmosfera:
Solo:
Água do mar:
Estas águas contêm quantidades significativas de sais. Devido ao seu alto teor de
sal, a água do mar é um excelente eletrólito. Outros ingredientes, como gás dissolvido,
podem acelerar os processos de corrosão.
61
Produtos químicos:
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Detalhe, quando os animais perecem, suas cascas permanecem ancorado no casco da
embarcação.
Fonte: https://pt.dreamstime.com/close-up-da-col%C3%B4nia-das-cracas-de-bolota-no-litoral-
image101509224
6.3 Osmose
Quimicamente, "Osmose é o movimento do solvente (água) através de uma
membrana semipermeável do meio menos concentrado para o meio mais concentrado,
de modo a igualar as concentrações em ambos os lados. Denomina-se de pressão
osmótica a pressão que deveria ser aplicada à solução para que fosse interrompida a
entrada de água."
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/osmose.htm
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quebrar a cadeia molecular da embarcação. No processo, são formados resíduos que,
sob pressão osmótica, criam bolhas na superfície externa do casco.
Uma das dúvidas mais comuns é quando essas bolhas podem aparecer no casco,
mas isso depende da qualidade dos produtos utilizados na pintura e a forma como foi
aplicado. A osmose pode levar vinte anos ou mesmo apenas dois anos para ocorrer.
Fonte: http://hidrolavadoras.com.ar/aplicaciones.php
• Pintura
• Revestimento metálico
• Proteção Catódica
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6.6 Métodos de preparação da superfície
Lixamento manual
Deve ser feito com lixas à prova de água (que não se desmancham quando
molhadas). Os movimentos de lixamento devem ser circulares, cobrir toda a superfície
a ser limpa e a lixa trocada assim que se perceber que foi desgastada na operação.
Escovamento manual
Escovas rotativas
São utilizadas sobre aço novo ou enferrujado ao grau C da norma sueca. Não são
recomendadas para aço com carepa intacta, pois a carepa é mais dura dos que as cerdas
de aço das escovas.
Lixadeiras rotativas
Pistola de agulhas
Fonte: http://www.metaljetbrasil.com.br/manutencao-pintura-torres-eolicas.html
Abrasivos
O tempo em que a superfície jateada pode ficar sem pintura, depende das
condições de clima e de localização do ambiente onde a superfície ficará exposta.
Os tempos acima são apenas indicativos, pois cada situação particular deve ser
avaliada quanto aos contaminantes presentes na atmosfera.
Fonte: http://mkestruturasmetalicas.com.br/mk-
manuais/Manual_Tratamento_Superficie_Pintura.pdf
A homogeneização das tintas antes do seu uso é fundamental, pois as tintas são
constituídas de produtos em suspensão e que pela força da gravidade se sedimentam
formando duas fases distintas. Uma parte líquida superior com o veículo (solvente +
resina + aditivos líquidos) e a outra inferior, a sedimentação, (pigmento sedimentado +
cargas e aditivos sólidos). Os pigmentos das tintas são partículas muito pequenas, da
ordem de 0,1 a 1,0 micrometros, mas possuem massa e acabam se depositando no
fundo da lata. Por isso, é necessário mexer bem a tinta, com cuidado para que todo o
pigmento seja redisperso. A homogeneização é fundamental para que a tinta fique em
condições de uso.
Fonte: https://pt.slideshare.net/luanafavaretto/cbca-pintura
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Fonte:
Vida útil da mistura
Vida útil da mistura ou "pot life" é o tempo que o pintor tem para usar a tinta
bicomponente depois que as duas partes, A e B foram misturadas.
Feita a mistura, as resinas dos dois componentes começam a reagir e após este
tempo à tinta gelatiniza ou endurece e não é mais possível a sua utilização.
O pintor deve verificar a área a ser pintada, para não preparar quantidade de
tinta a mais do que é capaz de aplicar dentro do período de vida útil da mistura. Deve
verificar também, se a área já está limpa e pronta para receber a tinta e se todo o
equipamento a ser utilizado está em ordem.
Uma das perguntas mais frequentes que o pintor faz: Qual é o intervalo entre as
demãos? Ou qual é o tempo para a aplicação da demão subsequente? ou ainda, qual é
o tempo para repintura desta tinta?
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Antes do intervalo: Nunca deve ser aplicada antes do intervalo mínimo
especificado, pois o solvente da demão anterior não evaporou totalmente ainda e
aplicando outra demão, a tinta fica como se estivesse com espessura exagerada. Poderá
haver escorrimentos em superfícies verticais, demora para secar, enrugamento ou até
fissuras ou trincas durante a secagem da tinta.
Após o intervalo: Nem sempre é possível evitar a aplicação fora do prazo, mas se
isto ocorrer e nenhuma providencia for tomada, a fusão das camadas pode não ocorrer.
Neste caso, a aderência é prejudicada e poderá haver destacamentos entre as demãos.
Diluição
As tintas em geral são fornecidas mais grossas (alta viscosidade) e devem ser
diluídas ou afinadas no momento do uso. A viscosidade mais alta serve para manter os
pigmentos em suspensão.
Muitas tintas podem ser aplicadas a pincel ou a rolo sem necessidade de diluição.
Já a pistola não consegue pulverizar a tinta se ela estiver muito grossa. A diluição afina
a tinta permitindo que o ar comprimido transforme o líquido em micro gotas (spray) que
são jogadas contra a superfície.
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O uso de diluente diferente do recomendado na ficha técnica pode causar
defeitos na tinta e na pintura. É conveniente que o diluente seja o indicado e fornecido
pelo mesmo fabricante da tinta, para evitar incompatibilidades com os solventes da
tinta ou com a sua resina.
Os melhores pincéis para a pintura industrial com tintas anticorrosivas são feitos
geralmente com pelos de porco ou de orelha de boi. Os de pelos sintéticos como os de
polipropileno e nylon são indicados para tintas à base de água. A escolha do tipo de
pincel depende do trabalho a ser executado.
Pintura a rolo
Os rolos podem ser fabricados com pele de carneiro ou lã sintética (acrílica) para
tintas à base de água ou de solventes e de espuma de poliuretano somente para tintas
à base de água (incham e se desmancham quando usados com tintas à base de solventes
orgânicos).
Pistola convencional
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Para se obter melhor desempenho com a pistola convencional é necessário que
o operador seja treinado e conscientizado para regular a pressão, e a abertura do leque,
de acordo com a peça a ser pintada. Dependendo do tipo de peça, pode ocorrer perda
de até 60% de tinta.
Pistola HVLP
HVLP quer dizer alto volume e baixa pressão (High Volume, Low Pressure).
É uma pistola com ar comprimido que por uma mudança no seu desenho interno,
utiliza uma pressão de pulverização menor, porém um volume de ar alto. Por este
motivo, consegue uma taxa de transferência de tinta melhor do que as pistolas
convencionais. A pressão de pulverização é em torno de 10 libras (0,7 kg/cm), enquanto
pistolas convencionais ficam em torno de 40 a 50 libras (2,8 a 3,5 kg/cm). Este sistema
produz menor nuvem de pulverização e o aproveitamento da tinta é muito mais
eficiente. A pulverização é mais silenciosa. No entanto é importante saber que a pistola
HVLP não proporciona aumento de produtividade. É mais econômica e produz um
acabamento muito bom, mas o rendimento em termos de peças produzidas por tempo
é inferior ao da pistola convencional a ar comprimido.
A pressão no pistão hidráulico chega até cerca de 4.000 lb/pol, enquanto nas
pistolas convencionais a pressão no tanque fica por volta de 30 a 50 lb/pol.
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Pistola Airless assistida
Como o próprio nome indica, neste método de aplicação estão envolvidas cargas
eletrostáticas.
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6.9 Pintura de embarcações
Tinta é um produto líquido ou em pó que, quando aplicado a um substrato, forma
uma película opaca com propriedades técnicas protetoras, decorativas ou especiais.
Fonte: https://pt.slideshare.net/luanafavaretto/cbca-pintura
Solventes
Resinas
Pigmentos
Estes são pós muito finos. Podem ser brancos, pretos, coloridos, incolores,
metálicos, anticorrosivos e inertes.
Aditivos
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São compostos adicionados em pequenas quantidades, da ordem de 0,1-1,0%,
que são utilizados para aprimorar a fabricação, conservação e tingimento.
Tinta que é aplicada em primeiro lugar, tem contato direto e afinidade com o
substrato metálico (o aço). Por este motivo deve conter pigmentos anticorrosivos, e ser
compatível com a intermediária e/ou o acabamento.
Tinta intermediária
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• Qual é a superfície a ser protegida?
• Como é o Micro-Ambiente?
- Contínuo ou intermitente.
- No caso de obras novas, as peças já devem ser enviadas para o local, jateadas
e pintadas com o primer.
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comprometida. Para estas situações é necessário e imprescindível o jateamento ao grau
Sa 3.
Quanto mais se exige de uma pintura, mais rigoroso deve ser o preparo da
superfície e vice-versa, ou seja, quanto melhor o reparo da superfície, mais durabilidade
pode-se esperar da pintura.
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micrometros, com rolo serão necessárias duas demãos. Com rolo se consegue em torno
de 60 micrometros e com técnica adequada pode-se chegar a 80 micrometros por
demão.
• Intervalo entre cada demão e tempo para a cura final antes de colocar o
equipamento ou a estrutura em operação.
Considerações:
6.12 Manutenção
Na manutenção, como a própria palavra indica, deveriam ser mantidas as
mesmas tintas do esquema original. Portanto nos trabalhos periódicos de retoques, o
sistema inicial deve, na medida do possível, ser recomposto.
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remoção da pintura antiga, se ela estiver comprometida. É importante também que os
sistemas novos e os antigos sejam compatíveis entre si.
• Limpeza da superfície
• Lixamento
• Cores
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• Lixar com lixa 100 ou 120, ou com manta não tecida do tipo Scotch brite grosso,
para remover a ferrugem (se houver) ou para melhorar a aderência da tinta de fundo
(primer)
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REFERÊNCIAS
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