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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3
2. PÁTIOS ............................................................................................................3
2.1. Tipos de desvios .................................................................................................. 3

Figura 1 ............................................................................................................................ 4

2.2. Áreas de pátios .................................................................................................... 4

2.3. Localização dos pátios ....................................................................................... 4

3. PROJETO DO PÁTIO ......................................................................................5


Figura 2 – Arranjo geral do terminal ............................................................................ 6

4. CARACTERÍSTICAS DA VIA PERMANETE E DOS AMV’S ........................... 7


4.1. Definições dos elementos que compõe os AMV’s ......................................... 7

4.2. Pera ferroviária..................................................................................................... 8

Figura 4 – Pera ferroviária............................................................................................. 8

4.3. Triângulo de reversão ......................................................................................... 9

Figura 5 – Triângulo ferroviário .................................................................................... 9

5. DIMENSIONAMENTOS DOS AMV’S............................................................. 10


5.1. Dimensionamento para n=8 ............................................................................. 11

5.1.1. Ângulo do Coração........................................................................................ 11

5.1.2. Ângulo de desvio ........................................................................................... 11

5.1.3. Contra agulha ................................................................................................. 12

5.1.4. Raio de curvatura na saída da agulha ....................................................... 12

5.1.5. Distância do talão da agulha ao coração................................................... 12

5.1.6. Raio de curvatura na saída do coração ..................................................... 13

5.1.7. Distância da ponta do coração ao marco de desvio ................................ 13

5.1.8. Arco do trilho antes do coração................................................................... 13

5.1.9. Arco do trilho após o coração ...................................................................... 14

5.1.10. Comprimento total da pera ferroviária ....................................................... 14

5.1.11. Comprimento total do terminal de granéis................................................ 14


2

5.1.12. Comprimento total do terminal de granéis líquidos ................................. 14

5.1.13. Comprimento total do desvio morto, acesso da oficina:......................... 15

5.2.1. Ângulo do Coração........................................................................................ 15

5.2.2. Ângulo de desvio ........................................................................................... 15

5.2.3. Contra agulha ................................................................................................. 16

5.2.4. Raio de curvatura na saída da agulha ....................................................... 16

5.2.5. -Distância do talão da agulha ao coração ................................................. 16

5.2.6. -Raio de curvatura na saída do coração .................................................... 17

5.2.7. - Distância da ponta do coração ao marco de desvio .............................. 17

5.2.8. - Arco do trilho antes do coração ................................................................ 17

5.2.9. - Arco do trilho após o coração.................................................................... 18

5.2.10. -Comprimento total do triangulo de reversão........................................... 18

6. QUANTIDADE DE TANQUES PARA ARMAZENAMENTO DOS GRANÉIS 19


7. ORÇAMENTO DOS AMV’S ........................................................................... 19
Tabela 7- Planilha de custos (US$) ........................................................................... 19

AMV No 6 completo ................................................................................................. 19

AMV No 8 completo ................................................................................................. 19

AMV No 10 completo ............................................................................................... 19

AMV No 12 completo ............................................................................................... 19

TOTAL........................................................................................................................ 19

CUSTO/km .................................................................................................................... 19
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1. INTRODUÇÃO

A logística na construção de um pátio ferroviário é fundamental para o sucesso do


transporte das cargas. Praticidade, eficiência e economia de movimentos devem ser
estudadas profundamente para viabilizar o transporte ferroviário.
Neste documento será apresentado o projeto do pátio do terminal ferroviário de
Rondonópolis, localizado entre as cidades de Rondonópolis e Itiquira. Para entender a
logística do projeto do pátio de Rondonópolis, haverá uma explicação teórica a respeito
dos pátios, instalações, acesso dos terminais e acesso à rodovia. Será mostrado também
o memorial de cálculo para o detalhamento dos AMV’s (Aparelho de mudança de via),
juntamente com o embasamento teórico dos elementos que o compõe.
Os dados utilizados para o projeto do pátio foram disponibilizados pelo professor da
disciplina de ferrovias, Luiz Miguel De Miranda.

2. PÁTIOS

Os pátios servem de apoio ao sistema de transporte ferroviário, desempenhando


diversas funções essenciais para o funcionamento do sistema, atuando em alguns casos
como ponto de integração com outros sistemas de transporte. Os pátios podem
desempenhar as seguintes funções:

a) classificação e pré-classificação dos vagões;


b) carregamento e/ou descarregamento de mercadorias;
c) embarque e/ou desembarque de passageiros;
d) cruzamento de trens;
e) abastecimento de locomotivas;
f) regularização do tráfego;
g) revisão e manutenção de locomotivas e/ou vagões;
h) transbordo de mercadoria ou troca ou alargamento de truques devido à
mudança de bitola.

2.1. Tipos de desvios

a) Desvio vivo - Tem uma entrada e uma saída.


b) Desvio morto - É aquele em que só há uma entrada.
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Figura 1

2.2. Áreas de pátios

a) Área de recebimento de trens: aquela onde os trens que adentram o pátio


são desviados da linha principal e temporariamente armazenados antes de
serem desmembrados e classificados. Nesse intervalo de tempo ocorre
também a inspeção da composição, sendo que conforme a necessidade os
vagões avariados são marcados para serem separados e então destinados
ao conserto.

b) Área de classificação: onde os vagões são separados e reagrupados em


blocos segundo um destino comum, que pode ser o destino final da carga ou
outro pátio subsequente.

c) Área de formação de trens: aquela onde os trens são formados e


armazenados enquanto aguardam outras operações que irão permitir a sua
partida, ou seja, o retorno para a linha principal. Entre essas operações estão
a inspeção da composição para a partida, a preparação da documentação fiscal
do transporte das cargas e o próprio licenciamento da movimentação pela
linha principal.

2.3. Localização dos pátios

A localização de um pátio deve ser estudada afim de facilitar todo o processo de


chegada de carga pela rodovia, pela descarga dos granéis, e pelas manobras das
locomotivas. Há também a necessidade de implantação de um pátio em polos geradores
de receitas, entroncamentos ferroviários e núcleos habitacionais de importância.
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Para que os trens sejam abastecidos de maneira rápida e eficiente, deve haver
diversos desvios de manobra (desvios vivos e mortos) para permitir uma maior mobilidade
ao trem para receber os granéis.
Também é importante prever uma demanda futura de mercadoria, para que o pátio,
silos e tanques de armazenagem sejam dimensionados para prever tal demanda.
Há outros fatores a serem vistos na construção de um pátio, entre eles estão: maior
planicidade possível, solos resistentes às cargas atuantes da ferrovia, evitar
desapropriações, facilidade de drenagem na água pluvial, evitar impactos ambientais.

3. PROJETO DO PÁTIO

Os pátios ferroviários são dimensionados seguindo determinados parâmetros de


projeto, segundo o tráfego previsto, função do volume de transporte para o horizonte de
projeto. Porém, dada a dinâmica da atividade, algumas vezes os volumes verificados
superam em muito os volumes previstos, o que torna necessária a reavaliação da sua
infraestrutura a fim de garantir o atendimento da demanda de transporte, na medida em
que os pátios, na maioria das vezes, constituem-se nos maiores gargalos operacionais.

Para o projeto de um pátio devem-se obedecer as seguintes etapas:

Tabela 1 – Etapas de um projeto


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Nos parâmetros básicos na otimização do pátio ferroviário entre Rondonópolis e


Itiquira, foram adotadas as seguintes informações:

a) Primeiro desvio vivo com comprimento útil de 2.500 m;

b) Segundo desvio vivo com comprimento útil de 2.450 m;

c) Um desvio morto para acesso ao terminal de granéis líquidos derivado do desvio


principal, de acordo com o esquema fornecido, de 600 m;

d) Um desvio morto para acesso à oficina de locomotivas, comprimento útil de 300


m;

e) Pera ferroviária de raio de 200 m;

f) Um triângulo de reversão para acesso à pedreira;

O esquema geral do pátio está mostrado na figura abaixo.

TRIÂNGULO

DE
AMV linha corrida (No 12)
REVERSÃO
AMV pátio (ver tabela de Nº 8)
CUI SAN
ABÁ TOS

TERMINAL DE

SILOS OFICINA GRANÉIS

LÍQUIDOS

PÊRA

PÁTIO DE CAMINHÕES
PÁTIO DE
TANQUES
CAMINHÕES

ITIQUIRA
BR-163
RONDONÓPOLIS
Figura 2 – Arranjo geral do terminal
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4. CARACTERÍSTICAS DA VIA PERMANETE E DOS AMV’S

4.1. Definições dos elementos que compõe os AMV’s

Agulhas - são peças laminadas de perfis de trilhos cuja ponta se adapta ao encosto
do trilho para direcionar o friso da roda. As agulhas são retilíneas, e o seu comprimento
varia de acordo com as características da linha. A abertura da agulha define o ângulo do
desvio.

Contra agulha - são peças semelhantes às agulhas que recebem a face destas
quando são movimentadas para direcionar o friso das rodas.

Aparelho de manobra -é o sistema de comando da agulha, composto por um


conjunto de peças e articulações que movimentam as agulhas. Geralmente, os aparelhos
de manobra na linha corrida são comandados eletricamente, enquanto nos terminais e
pátios são operados manualmente.

Trilhos de ligação – são trilhos curvos que unem o talão da agulha com o coração
do AMV.É neles que ocorre a curvatura para acesso ao desvio.

Coração ou jacaré - é a parte principal do AMV, geralmente constituída de uma


peça fundida, com as seções dos trilhos e canais por onde passam os frisos das rodas.

Figura 3 – Ângulo do coração do AMV

Contra trilho – são trilhos que são colocados junto dos trilhos externos, cuja
finalidade é evitar o atrito do friso da outra roda com a ponto do coração e mantê-lo
confinado para evitar descarrilamentos, uma vez que o impacto da mudança de direção
facilita que o friso da outra roda escale o boleto consumando assim a desestabilização do
movimento.
8

Calços - São peças de ferro fundido, aparafusadas entre os trilhos e contratrilhos,


ou entre a agulha e contra-agulha e têm por finalidade de manter invariável o afastamento
entre eles.

Coxins - Chapas colocadas sob as agulhas do AMV, e mantidas sempre


lubrificadas, pois sobre elas deslizam as agulhas, quando movimentadas.

4.2. Pera ferroviária

São desvios fechados contendo um raio de curvatura compatíveis com a


locomotiva, comprimento útil do trem e velocidade de trajeto. Esse desvio é responsável
pela mudança de trajetória da composição e de facilitar o acesso do trem aos terminais
desejados.

Figura 4 – Pera ferroviária


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4.3. Triângulo de reversão

Um triângulo de reversão consiste em uma bifurcação em duas linhas, com


possibilidade de passagem em todos os sentidos. Ela é composta por três aparelhos de
mudança de via ligando as duas linhas em uma linha de concordância entre elas. O raio
de curvatura tem de ser adequado para operação da locomotiva de pátio, para evitar algum
tipo de acidente e desgaste excessivo do trilho.

Figura 5 – Triângulo ferroviário


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5. DIMENSIONAMENTOS DOS AMV’S

Na via corrida será utilizado coração número 12, e para os AMV’S do pátio serão
utilizados os parâmetros correspondentes ao número 8.
Para o dimensionamento do projeto temos as características gerais:

- bitola : 1,60m
- carga por eixo : 30,0 t
- trilho : TR- 68
- tensão máxima admissível : 1.500 kg/cm2
- temperatura máxima : 60º C
- temperatura mínima : 10º C
- fixações : elásticas tipo pandrol
- largura do boleto do trilho : 74,6 mm
- Entrelinha :3,5 m
-Número do coração :8 - 12

Tabela 2 – Quadro de características do projeto da via permanente (Variáveis do projeto)

Grupo 12
Parâmetros

Entrelinha, (m) 3,0

No do coração 8/12

Velocidade de projeto, km/h 85

Raio de curvatura da pera, (m) 200

De acordo com o número do AMV determinado anteriormente, o comprimento da


agulha é atribuído de conforme a tabela 3.

Tabela 3 - Projeto das agulhas

No do AMV Comprimento da agulha (m)

8 5,029

12 6,706
11

5.1. Dimensionamento para n=8

5.1.1. Ângulo do Coração

O ângulo do coração é calculado através da fórmula:


1
=2∙ , :
2
α → ângulo do coração (°)
N → número do coração
De acordo com os parâmetros adotados na tabela 2 para o número 09, tem-se:
1
=2∙ → = ° ′ , ′′
2∙8

5.1.2. Ângulo de desvio

Com o comprimento da agulha especificado na tabela 3, tem-se o ângulo de desvio


calculado através da fórmula seguinte:
= , :

β → ângulo de desvio (°)
h → comprimento da agulha (m)
i → afastamento entre agulha e contra-agulha (m), que é calculado da seguinte
forma:
= + , :
f → Talão da agulha (mm)
c → largura do boleto (mm)

Tabela 4 – Dimensões padrão dos trilhos

O trilho selecionado foi o TR – 68 e de acordo com a Tabela 4 - Dimensões padrão


dos trilhos, largura correspondente do boleto é de 74,6 mm, e considerando um talão da
agulha com 100 mm, tem-se:
12

= 0,10 + 0,0746 → = ,

De acordo com a Tabela 26 – Parâmetros dos Aparelhos de mudança de via, o


comprimento da agulha para um número igual a 08 (oito) é de 5029 mm, ou seja, de 5,029
m.
Logo:
0,1746
= → = ° , ′′
5,029

5.1.3. Contra agulha

A contra agulha é dimensionada através da seguinte equação:


=ℎ∙ , :
m → contra agulha (m);
h → comprimento da agulha (m);

= 5,029 1°59 22,67 → = ,

5.1.4. Raio de curvatura na saída da agulha


Já o raio de curvatura deve ser dimensionado da seguinte forma:
− ∙ −
= , :

R → raio de curvatura na saída da agulha (m);
α → ângulo do coração (°)
β → ângulo de desvio (°),
t → medida da entrada do coração (m),
B → bitola do rodeiro (m), onde:
= + → = 1,6 + 0,0746 → = ,
b → bitola (m)
c → largura do boleto (m)

1,6746 − 2 ∙ 7°09′ 09,61′′ − 0,1746


= → = ,
s1°59 22,67 − 7°09′ 09,61′′

5.1.5. Distância do talão da agulha ao coração


Esta grandeza é calculada da seguinte forma:
= − + ∙ , :
R → raio de curvatura na saída da agulha (m);
l → distância do talão da agulha ao coração (m),
α → ângulo do coração (°)
β → ângulo de desvio (°)
t → medida da entrada do coração (m)
13

= 174,249 7°09′ 09,61′′ − 1°59 22,67 +2∙ 7°09′ 09,61′′ →


= ,

5.1.6. Raio de curvatura na saída do coração


Para o raio de curvatura na saída do coração temos:
− ∙

= , :

R’ → raio de curvatura na saída do coração (m)
n → medida da entrada do coração (m);
E → Entrelinha (m)
α → ângulo do coração (°)
β → ângulo de desvio (°)

Segundo Tabela 01 – Características da via permanente, a Entrelinha de


projeto é de 3,0 m, sendo assim:

3,0 − 2 ∙ 7°09′ 09,61′′



= → ′
= ,
,
7°09′ 09,61′′ ∙
° ′ ′′

5.1.7. Distância da ponta do coração ao marco de desvio



= , +: ′

2
l’ → distância da ponta do coração ao marco de desvio (m);
E → Entrelinha (m)
α → ângulo do coração (°)
R’ → raio de curvatura na saída do coração (m)

3,0 7°09′ 09,61′′



= + 353,500 ∙ → ′
=
7°09′ 09,61′′ 2

5.1.8. Arco do trilho antes do coração


∙ ∙
= , :
180
R → raio de curvatura na saída da agulha (m);
= −

∙ 174,249 ∙
= → = ,
180
14

5.1.9. Arco do trilho após o coração


π∙ ′∙α
= , :
180
R’ → raio de curvatura na saída do coração (m)

π ∙ 353.500′ ∙ 7,1527
= → = ,
180

5.1.10. Comprimento total da pera ferroviária


Por fim, o comprimento total do desvio e dado a seguir:
=2 + + ′ + , :
L → comprimento total do desvio (m),
m → contra agulha (m)
l → distância do talão da agulha ao coração (m),
l’ → distância da ponta do coração ao marco de desvio (m);
lw → comprimento da composição ferroviária

De acordo com projeto, a pera ferroviária tem 2500m de comprimento,


sendo assim:
= 2 3,348 + 16,088 + 54,000 + 2500 → = . ,

5.1.11. Comprimento total do terminal de granéis


Por fim, o comprimento total do desvio e dado a seguir:
=2 + + ′ + , :
L → comprimento total do desvio (m),
m → contra agulha (m)
l → distância do talão da agulha ao coração (m),
l’ → distância da ponta do coração ao marco de desvio (m);
lw → comprimento da composição ferroviária

De acordo com projeto, o terminal de granéis tem 650m de comprimento,


sendo assim:
= 2 3,348 + 16,088 + 54 + 650 → = ,

5.1.12. Comprimento total do terminal de granéis líquidos


Por fim, o comprimento total do desvio e dado a seguir:
=2 + + ′ + , :
L → comprimento total do desvio (m),
m → contra agulha (m)
l → distância do talão da agulha ao coração (m),
l’ → distância da ponta do coração ao marco de desvio (m);
lw → comprimento da composição ferroviária
15

De acordo com projeto, o terminal de granéis líquidos possui 600 m de


comprimento, sendo assim:
= 2 3,348 + 16,088 + 54 + 600 → = ,

5.1.13. Comprimento total do desvio morto, acesso da oficina:


Por fim, o comprimento total do desvio e dado a seguir:
= + + ′ + , :
L → comprimento total do desvio (m),
m → contra agulha (m)
l → distância do talão da agulha ao coração (m),
l’ → distância da ponta do coração ao marco de desvio (m);
lw → comprimento da composição ferroviária

= 3,348 + 16,088 + 54 + 300 → = ,

5.2. DIMENSIONAMENTO PARA N=12

5.2.1. Ângulo do Coração


O ângulo do coração é calculado através da seguinte formula:
1
=2∙ , :
2
α → ângulo do coração (°)
N → número do coração
De acordo com os projetos – Características das vias de acesso rápido, o
número do coração é igual a 12 (doze), logo:
1
=2∙ → = ° ′ , ′′
2 ∙ 12

5.2.2. Ângulo de desvio


Já o ângulo de desvio é calculado através da seguinte formula:
= , :

β → ângulo de desvio (°)
h → comprimento da agulha (m)
i → afastamento entre agulha e contra-agulha (m), que é calculado da seguinte
forma:
= + , :
f → Talão da agulha (mm)
c → largura do boleto (mm)

O trilho selecionado foi o TR – 68 e de acordo com a Tabela XX –


Dimensões padrão dos trilhos, largura correspondente do boleto é de 70,5 mm, e
considerando um talão da agulha com 100 mm, tem-se:
= 0,10 + 0,0746 → = ,
16

De acordo com a Tabela 26 – Parâmetros dos Aparelhos de mudança de


via, o comprimento da agulha para um número igual a 12 (seis) é de 6706 mm, ou
seja, de 6,706 m.
Logo:
0,1746
= →→ = ° , ′′
6,706

5.2.3. Contra agulha


A contra agulha é dimensionada através da seguinte equação:
=ℎ∙ , :
m → contra agulha (m);
h → comprimento da agulha (m);
= 6,706 ∙ 1°29 31,32′′ → = ,

5.2.4. Raio de curvatura na saída da agulha

Já o raio de curvatura deve ser dimensionado da seguinte forma:


− ∙ −
= , :

R → raio de curvatura na saída da agulha (m);
α → ângulo do coração (°)
β → ângulo de desvio (°),
t → medida da entrada do coração (m),
B → bitola do rodeiro (m), onde:
= + → = 1,6 + 0,0746 → = ,
b → bitola (m)
c → largura do boleto (m)
1,6746 − 2 ∙ 4°46′ 18,8" − 0,1746
= → = ,
cos 1°29 31,00′′ − 4°46′ 18,8′′

5.2.5. -Distância do talão da agulha ao coração

Esta grandeza é calculada da seguinte forma:


= − + ∙ , :
R → raio de curvatura na saída da agulha (m);
l → distância do talão da agulha ao coração (m),
α → ângulo do coração (°)
β → ângulo de desvio (°)
t → medida da entrada do coração (m)

= 426,459 4°46′ 18,8" − 1°29 31,00′′ + 2 ∙ 4°46′ 18,8" →


= ,
17

5.2.6. -Raio de curvatura na saída do coração

Para o raio de curvatura na saída do coração temos:


− ∙

= , :

R’ → raio de curvatura na saída do coração (m)
n → medida da entrada do coração (m);
E → Entrelinha (m)
α → ângulo do coração (°)
β → ângulo de desvio (°)

Segundo Tabela 01 – Características da via permanente, a Entrelinha de


projeto é de 3,5 m, sendo assim:
3,0 − 2 ∙ 4°46′ 18,8"

= → ′= ,
° ′ , "
4°46 18,8" ∙

5.2.7. - Distância da ponta do coração ao marco de desvio


= + ,′

:
2
l’ → distância da ponta do coração ao marco de desvio (m);
E → Entrelinha (m)
α → ângulo do coração (°)
R’ → raio de curvatura na saída do coração (m)

3,0 4°46′ 18,8′′



= + 817,500 ∙ → ′
=
4°46′ 18,8′′ 2

5.2.8. - Arco do trilho antes do coração

∙ ∙
= , :
180
R → raio de curvatura na saída da agulha (m);
= −

∙ 424,068 ∙
= → = ,
180
18

5.2.9. - Arco do trilho após o coração

π∙ ′∙α
= , :
180
R’ → raio de curvatura na saída do coração (m)

π ∙ 817,500′ ∙ 4,7719
= → = ,
180

5.2.10. -Comprimento total do triangulo de reversão

O comprimento total do desvio e dado a seguir:


=2 + + ′ + , :
L → comprimento total do desvio (m),
m → contra agulha (m)
l → distância do talão da agulha ao coração (m),
l’ → distância da ponta do coração ao marco de desvio (m);
lw → comprimento da composição ferroviária

De acordo com projeto, o desvio principal tem 2500 m de comprimento,


sendo assim:
= 2 6,703 + 26,366 + 82 + 2500 → = . ,

Dados do projeto:

Tabela 5 – dados dos AMV’s


Símbolo Unidade Valor

Bitola b m 1,600
Trilho TR-68
Largura do boleto c mm 74,6
Entrelinha E m 3,00
Raio de curvatura da pera m 200
AMV n° 8
Comprimento da agulha h m 5,029
Folga do talão f m 0,10
Parte reta anterior do coração t m 2,00
Parte reta posterior do coração n m 2,00
AMV n° 12
Comprimento da agulha h m 6,706
Folga do talão f m 0,10
Parte reta anterior do coração t m 2,00
Parte reta posterior do coração n m 2,00
19

6. QUANTIDADE DE TANQUES PARA ARMAZENAMENTO DOS GRANÉIS

A capacidade de armazenagem dos granéis foi calculada para armazenar os


granéis durante um dia.

Tabela 6 – Quantificação dos tanques

7. ORÇAMENTO DOS AMV’S

O orçamento do projeto dos AMV foi calculado tendo por base os preços unitários
fornecidos. O orçamento foi realizado para o comprimento útil do pátio, que é da ordem de
27.000 Km. Os custos unitários dos materiais e serviços, custos totais e a relação Custo/Km
são os seguintes:

Tabela 7- Planilha de custos (US$)


N Discriminação Un Quant Custos (US$)
Unitários Totais
01 AMV No 6 completo un 0 26.000,00 0
02 AMV No 8 completo un 7 31.000,00 217.000,00
03 AMV No 10 completo un 0 43.000,00 0
04 AMV No 12 completo un 7 53.000,00 371.000,00
TOTAL 588.000,00
CUSTO/km 21.777,78

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