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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA


Projecto mecânico

AUTOR: DOCENTES:
Chiziane, Alberto Matico Arone Prof. Doutor Eng.º Rui Vasco Sitoe
Eng.º Horácio Ernesto
Eng.º Mocomoque Domingos Júlio
Eng.º Luís Cristóvão

Maputo, Março de 2014


ÍNDICE
.............................................................................................................................................. 13
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 14
2. OBJECTIVOS.................................................................................................................. 15
2.1. Objectivos gerais ....................................................................................................... 15
Objectivos específicos ......................................................................................................... 15
3. METODOLOGIA USADA ............................................................................................. 15
4. DESTINO E CAMPO DE APLICAÇÃO DO ACCIONAMENTO ............................... 15
5. CÁLCULO CINEMÁTICO DO ACCIONAMENTO E ESCOLHA DO MOTOR
ELÉCTRICO............................................................................................................................ 16
5.1. Cálculo da força no ramal tenso ................................................................................ 16
5.2. Cálculo da força no ramal frouxo .............................................................................. 16
5.3. Cálculo da força tangencial ....................................................................................... 16
5.4. Cálculo da potência no veio do motor da roda estrelada do transportador ............... 16

5.5. Cálculo da carga de ruptura .................................................................................... 16


5.6. Cálculo do diâmetro da roda estrelada motriz ........................................................... 16
5.7. Cálculo da frequência de rotações do veio da roda estrelada .................................... 17
5.8. Cálculo da potência calculada ................................................................................... 17
5.9. Determinação da potência em cada veio do acionamento......................................... 19
5.9.1. Veio do motor eléctrico ..................................................................................... 19
5.9.2. Veio de entrada do redutor ................................................................................. 19
5.9.3. Veio intermédio do redutor ................................................................................ 19
5.9.4. Veio de saída do redutor .................................................................................... 19
5.9.5. Potência útil ....................................................................................................... 19
5.10. Cálculo Da frequência de rotação nos veios de acionamento ............................... 19
5.10.1. Veio do motor eléctrico .................................................................................. 19
5.10.2. Veio de entrada do redutor ................................................................................. 19
5.10.3. Veio intermédio do motor .............................................................................. 19
5.10.4. Veio de saída do redutor (veio de entrada do transportador) ............................. 20
5.10.5. Calculo do desvio da relação de transmissão ..................................................... 20

2
5.11. Cálculo do torque nos veios................................................................................... 20
5.11.1. Veio do motor eléctrico .................................................................................. 20
5.11.2. Veio de entrada do redutor ............................................................................. 20
5.11.3. Veio intermédio do redutor ............................................................................ 20
5.11.4. Veio de saída do redutor................................................................................. 20
5.12. Resultados do cálculo cinemático do acionamento ............................................... 21
6. CÁLCULO DA TRANSMISSÃO POR CORREIA PLANA ......................................... 21
6.1. Dados de entrada ....................................................................................................... 22
6.2. Cálculo do diâmetro da polia motriz ......................................................................... 22
6.3. Cálculo da velocidade linear da correia .................................................................... 22
6.4. Cálculo do diâmetro aproximado da polia movida ................................................... 22
6.5. Valor corrigido da relação de transmissão ................................................................ 22
6.6. Distância interaxial .................................................................................................... 23
6.7. Cálculo do ângulo de abraçamento ........................................................................... 23
6.8. Cálculo do comprimento da correia .......................................................................... 23
6.9. Cálculo da frequência de passagem .......................................................................... 23
6.10. Cálculo da tensão útil admissível .......................................................................... 23
6.11. Dimensionamento das polias ................................................................................. 25
6.11.1. Escolha dos materiais ..................................................................................... 25
6.11.2. Parâmetros geométricos da polia motriz ........................................................ 25
6.11.2.1. Largura........................................................................................................ 25
6.11.2.2. Espessura .................................................................................................... 25
6.11.2.3. Diâmetro do cubo ....................................................................................... 25
6.11.2.4. Comprimento do cubo ................................................................................ 26
6.11.2.5. Espessira dos raios da roda ......................................................................... 26
6.11.3. Parâmetros geométricos da polia movida .......................................................... 26
6.11.3.1. Largura........................................................................................................ 26
6.11.3.2. Espessura .................................................................................................... 26
6.11.3.3. Diâmetro do cubo ....................................................................................... 26
6.11.3.4. Comprimento do cubo ................................................................................ 26

3
6.11.3.5. Espessura dos raios da roda ........................................................................ 26
7. CÁLCULO DO PROJECTO DE ENGRENAGENS ...................................................... 26
7.1. Escolha de material e tipo de tratamento para as rodas............................................. 27
7.2. Determinação das tensões admissíveis de contacto .................................................. 27
7.3. Primeiro Escalão De Engrenagens ............................................................................ 30
7.3.1. Cálculo da resistência ao contacto sob a acção da carga máxima para a primeira
transmissão:...................................................................................................................... 30
7.3.2. Calculo das tensões admissíveis de flexão......................................................... 33
7.3.3. Cálculo testador da transmissão a fadiga ........................................................... 35
7.3.4. Cálculo testador da transmissão pela resistência á fadiga por contacto ................. 36
7.3.4. Cálculo da força tangencial específica ............................................................... 36
7.3.6. Cálculo do erro ....................................................................................................... 37
7.3.7. Cálculo testador a fadiga por tensões de flexão ..................................................... 38
7.3.8. Cálculo da resistência ao contacto sob acção da carga máxima. ........................... 39
7.3.9. Cálculo da Geometria da transmissão .................................................................... 40
7.3.10. Cálculo de forças da transmissão ......................................................................... 41
Tabela dos parâmetros geométricos da transmissão. ....................................................... 42
Tabela de valores do cálculo testador. ............................................................................. 42
7.4. Cálculo Do Segundo Escalão .................................................................................... 42
7.4.1. Calculo das tensões admissíveis de flexão......................................................... 45
7.4.2. Cálculo testador da transmissão a fadiga ........................................................... 48
7.4.3. Cálculo testador da transmissão pela resistência á fadiga por contacto ............. 48
7.4.4. Cálculo da força tangencial específica ............................................................... 48
7.4.5. Cálculo do erro ................................................................................................... 49
7.4.6. Cálculo testador a fadiga por tensões de flexão ................................................. 50
7.4.7. Cálculo da resistência ao contacto sob acção da carga máxima. ....................... 51
7.4.8. Cálculo da Geometria da transmissão ................................................................ 52
7.4.9. Cálculo de forças da transmissão ....................................................................... 53
8. CÁLCULO PROJECTIVO DOS VEIOS ........................................................................ 55
8.1. Esquema espacial ................................................................................................... 55

4
8.2. Veio de entrada do redutor ........................................................................................ 56
8.2.2. Escolha dos materiais do veio ............................................................................ 56
8.2.3. Escolha de tensões admissíveis a torção ............................................................ 56
8.2.4. Determinação dos parâmetros geométricos dos escalões dos veios .................. 56
8.2.5. Determinação do ponto de aplicação das forças sobre o rolamento .................. 58
8.2.6. Cálculo das reações de apoio ............................................................................. 58
8.2.7. Cálculo testador do veio de entrada do redutor ................................................. 61
8.3. Veio intermédio do redutor ....................................................................................... 63
8.3.2. Escolha do material ............................................................................................ 63
8.3.3. Escolha de tensões admissíveis a torção ............................................................ 63
8.3.4. Determinação dos parâmetros geométricos dos escalões dos veios .................. 63
8.3.5. Escolha preliminar de rolamentos ...................................................................... 65
8.3.6. Cálculo das reacções de apoio no veio intermedio ............................................ 65
8.3.7. Cálculo testador do veio intermédiodo redutor .................................................. 69
8.4. Veio de saída do redutor............................................................................................ 71
8.4.2. Escolha de tensões admissíveis a torção ............................................................ 71
8.4.3. Determinação dos parâmetros geométricos dos escalões dos veios .................. 71
8.4.4. Determinação do ponto de aplicação das forças sobre o rolamento .................. 73
8.4.5. Cálculo das reações de apoio ............................................................................. 73
8.4.6. Cálculo testador do veio de saída do redutor ..................................................... 77
8.5. Dimensionamento do veio executivo .................................................................... 78
8.5.1. Escolha de tensões admissíveis a torção ............................................................ 78
8.5.2. Determinação dos parâmetros geométricos dos escalões dos veios .................. 78
9. CÁLCULO TESTADOR DOS ROLAMENTOS ........................................................... 80
9.1. Cálculo da capacidade de carga dinâmica dos rolamentos ....................................... 80
9.2. Cálculo dos rolamentos para o veio de entrada do redutor ....................................... 81
9.3. Cálculo dos rolamentos para o veio intermédio do redutor ...................................... 82
9.4. Cálculo dos rolamentos para o veio de saida do redutor ........................................... 83
10. CONSTRUÇÃO DO CORPO E TAMPA DO REDUTOR ......................................... 84
10.1. Construção dos parafusos, órgãos dos rolamentos e conjunto do redutor ............. 86

5
11. CÁLCULO TESTADOR DOS VEIOS DO REDUTOR ............................................. 87
11.1. Cálculo testador à fadiga dos veios ....................................................................... 87
11.2. Cálculo do teste a fadiga do veio de entrada do redutor .................................... 88
11.3. Cálculo do teste a fadiga do veio intermédio do redutor ................................... 90
11.4. Cálculo do teste a fadiga do veio de saída do redutor........................................ 91
11.5. Cálculo testador à carga estática dos veios ............................................................ 92
11.5.1. Cálculo testador à carga estática do veio de entrada do redutor .................... 93
11.5.2. Cálculo testador à carga estática do veio intermédio do redutor.................... 93
11.5.3. Cálculo testador à carga estática do veio de saída do redutor ........................ 93
11.6. Calculo testador à rigidez dos veios ...................................................................... 94
11.6.1. Cálculo testador à rigidez ao veio de entrada do redutor ............................... 94
11.6.2. Cálculo testador à rigidez para veio de saída do redutor................................ 99
As equações dos momentos flectores passam a ser ....................................................... 100
11.7. Calculo Testador Às Vibrações ........................................................................... 103
11.7.1. Cálculo testador ao veio de entrada do redutor ............................................ 104
11.7.2. Cálculo testador ao veio de saída do redutor................................................ 104
12. CÁLCULO DAS CHAVETAS .................................................................................. 104
12.1. Veio de entrada do redutor .................................................................................. 105
12.2. Veio intermédio do redutor.................................................................................. 105
12.3. Veio de saída do redutor ...................................................................................... 105
13. ESCOLHA DA UNIÃO ELÁSTICA ......................................................................... 106
14. LUBRIFICAÇÃO ....................................................................................................... 106
15. FUNDAMENTO......................................................................................................... 108
16. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .................................................................. 109
17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................ 110

6
ISTA DE FIGURAS
Figura 1: Ciclograma de carregamento ................................................................................................. 12
Figura 2: Esquema Cinemático.............................................................................................................. 13
Figura 3: Esquema Espacial ................................................................................................................... 55
Figura 4: Reacções de Apoio XZ veio de entrada .................................................................................. 58
Figura 5: Reacções de apoio YZ veio de entrada .................................................................................. 60
Figura 6: Diagrama de momentos flectores do veio pinhao................................................................. 61
Figura 7: Diagrama dos momentos flectores do veio intermédio ........................................................ 69
Figura 8: Diagrama dos momentos flectores do veio de saida ............................................................. 77

LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Motores selecionados ........................................................................................................... 17
Tabela 2. Motor electrico escolhido ..................................................................................................... 18
Tabela 3: resultados do cálculo cinemático .......................................................................................... 21
Tabela 4: dados do redutor................................................................................................................... 27
Tabela 5: Escolha de Material ............................................................................................................... 27
Tabela 6: Parâmetros geométricos do primeiro escalão ...................................................................... 42
Tabela 7: Resultados do cálculo testador ............................................................................................. 42
Tabela 8: Parâmetros geométricos do segundo escalão ...................................................................... 54
Tabela 9: Resultados do cálculo testador ............................................................................................. 55
Tabela 10: Dados do rolamento do veio de entrada ............................................................................ 57
Tabela 11: Dados dos rolamento do veio intermédio .......................................................................... 65
Tabela 12: Dados dos rolamentos do veio de saída ............................................................................. 73
Tabela 13: Derivadas parciais do veio de entrada ................................................................................ 95
Tabela 14: derivadas parciais do veio de saída ................................................................................... 102

LISTA DE SÍMBOLOS

ltr Comprimento [m]

K dia Coeficiente de utilização durante o dia

K ano Coeficiente de utilização durante o ano

7
L Vida útil [anos]

Ft Forca tangencial útil [kN ]

S max Forca de tensão máxima [kN ]

S min Forca de tensão mínima [kN ]

F1 Esforço no ramal tenso [kN ]


F2 Esforço no ramal frouxo [kN ]
P Potência [kW ]
Ks Coeficiente de segurança da potência
C ir Coeficiente de irregularidade de distribuição da carga
Fr Carga de ruptura [kN ]
[ Fr ] Carga de ruptura admissível [kN ]
D0 Diâmetro da circunferência divisora da roda estrelada motriz [mm]
Z Número de dentes da roda estrelada
nre Frequência de rotações do veio da roda estrelada [rpm]
v Velocidade da cadeia m
[ ]
s
Ks Coeficiente normativo de segurança da resistência
g Rendimento global do accionamento
ug Relação de transmissão geral
 cor Rendimento da transmissão por correia
eng Rendimento da transmissão por engrenagens de dentes rectos
 rol Rendimento dos rolamentos
un.el Rendimento da união elástica
n Frequência de rotações [rpm]
n1 Frequência de rotações do veio do motor eléctrico [rpm]
n2 Frequência de rotações do veio movido da transmissão por [rpm]
correia
n3 Frequência de rotações do veio da saída do redutor [rpm]
n4 Frequência de rotações útil [rpm]
P1 Potência do veio do motor eléctrico [kW ]
P2 Potência do veio movido da transmissão por correia [kW ]
P3 Potência do veio da saída do redutor [kW ]
Putil Potência útil [kW ]

8
T Torque sobre o veio [Nm]
T1 Torque sobre o veio do motor eléctrico [Nm]
T2 Torque sobre o veio movido da transmissão por correia [Nm]
T3 Torque sobre o veio da saída do redutor [Nm]
Tutil Torque útil [Nm]
d1 Diâmetro da polia menor [mm]
v Velocidade linear da correia m s
d2 Diâmetro da polia movida [mm]
i Valor corrigido da relação de transmissão
a Distância interaxial [mm]
 Ângulo de abraçamento da polia menor []
l Comprimento da correia [mm]
U Frequência de passagens s 1
[ t ] Tensão útil admissível [MPa]
C Coeficiente do ângulo de abraçamento da polia menor
Cv Coeficiente que tem em conta a velocidade real da correia
Cr Coeficiente de regime de carregamento
C0 Coeficiente que considera o método de tensionamento da correia
 Espessura da correia [mm]
A Área da secção transversal da correia [ mm 2 ]
HB1 Dureza do pinhão
HB2 Dureza da roda movida
r Limite de resistência [MPa]
e Limite de escoamento [MPa]
H Tensões de contacto [MPa]
[ H ] Tensões de contacto admissíveis [MPa]
 H lim Limite de fadiga por contacto [MPa]
ZR Coeficiente que leva em conta a rugosidade das superfícies dos
dentes conjugados
Zv Coeficiente que leva em conta a velocidade tangencial
KL Coeficiente que leva em conta a lubrificação
K xH Coeficiente que leva em conta as dimensões da roda dentada
SH Coeficiente de segurança
K HL Coeficiente de longevidade
NH0 Número básico de ciclos de variação das tensões
9
N HE Número equivalente de ciclos de variação das tensões
 F lim Limite à fadiga por flexão dos dentes [MPa]
YR Coeficiente que leva em conta a rugosidade a rugosidade da
superfície de transição dos pés dos dentes
YS Coeficiente que leva em conta o gradiente das tensões e a
sensibilidade do material à concentração de tensões
K xF Coeficiente que leva em conta as dimensões da roda dentada
SF Coeficiente de segurança
 F0 lim Limite de fadiga dos dentes à flexão
K Fg Coeficiente que leva em conta a influência da rectificação da
superfície de transição dos pés dos dentes
NF0 Número básico de ciclo de tensões
N FE Número equivalente da variação de tensões
N Número total de ciclos de variação de tensões
Kd Coeficiente auxiliar
T1H Torque sobre o pinhão [Nm]
K H Coeficiente que leva em conta a irregularidade da distribuição da
carga pela largura da coroa dentada
 bd Coeficiente da largura da roda dentada
m Módulo [mm]
z1 Número de dentes do pinhão
z2 Número de dentes da roda movida
ZM Coeficiente que considera as propriedades mecânicas dos
materiais das engrenagens
Z Coeficiente que leva em conta o comprimento total das linhas
em contacto dos dentes
ZH Coeficiente que tem em conta a forma das superfícies
conjugadas dos dentes no polo de engrenamento
 F1 Tensões de flexão sobre o pinhão [MPa]
 F2 Tensões de flexão sobre a roda movida [MPa]
 Coeficiente de sobreposição frontal
 Ht Força tangencial específica N / m
KH Coeficiente que leva em conta a distribuição da carga entre os
pares de dentes em engrenamento simultâneo
K Hv Coeficiente que tem em conta a carga dinâmica que surge no
engrenamento
g0 Coeficiente que leva em conta a influência da variação dos
passos circulares do pinhão e da roda movida
10
d w1 Diâmetro primitivo do pinhão [mm]
d w2 Diâmetro primitivo da roda movida [mm]
aw Distância interaxial [mm]
YF Factor de forma de dente
Fr Força radial [N ]
d a1 Diâmetro da crista do pinhão [mm]
da2 Diâmetro da crista da roda movida [mm]
d b1 Diâmetro de base do pinhão [mm]
db2 Diâmetro de base da roda movida [mm]
d f1 Diâmetro de fundo do pinhão [mm]
df2 Diâmetro de fundo da roda movida [mm]

ENUNCIADO DA TAREFA TÉCNICA


Tarefa técnica “ ADC6”, gráfico 4

Projectar o acionamento de uma estação de elevação de alimentos líquidos, numa linha de


processamento industrial, que tem um transportador de cadeia horizontal, para os dados
abaixo. A velocidade deve ser baixa para não agitar demasiadamente os alimentos. A força a
exercer é dada abaixo, função do comprimento do transformador ltr. A cadeia tem placas
horizontais montadas no topo para conter os alimentos.

Tipo de redutor: Bi-escalonar em, ECDA


Força por metro : 32N/m
Velocidade: 0.4m/s
Ltr : 25m
Kdia: 0,4
Kano: 0,85
L (Vida Util): 8anos

11
Kd: 1,2

Gráfico n.º 4

Figura 1: Ciclograma de carregamento

Figura 1: Ciclograma de carregamento

12
ESQUEMA CINEMÁTICO

Figura 2: Esquema Cinemático

LEGENDA

1. Veio do motor eléctrico;


2. Veio de entrada do redutor;
3. Veio intermédio do redutor;
4. Veio de saídado redutor;
5. União elástica;
6. Veio motor do transportador;
I. Motor Eléctrico;
II. Transmissão por correia plana;
III. Primeiro escalão de transmissão por engrenagens;
IV. Segundo escalão de transmissão por engrenagens;
V. Transportador de cadeia de placas

13
1. INTRODUÇÃO

Uma das habilidades do engenheiro adquiridas na sua formação, é a elaboração de projectos,


os engenheiros mecânicos em particolar fazem projectos de máquinas, entre outros
dispositivos para realizar trabalho. O projecto mecânico é uma disciplina que consolida os
conhecimentos adquiridos nas disciplinas subsequentes, do ramo de construção mecânica e
culmina com a elaboração de um projecto de acionamento de um dado mecanismo.
O presente projecto é a variante ADC6, que consiste no dimensionamento do accionamento
de um transportador de cadeia de placas para transportar alimentos líquidos. No respectivo
relatório serão apresentados a escolha do esquema cinemático adequado, cálculo, cálculos
projectivos assim como cálculo testador dos veios. Será apresentado um relatório com todos
os procedimentos efectuados assim como os desenhos correspondentes às peças
dimensionadas.

14
2. OBJECTIVOS
2.1. Objectivos gerais
O presente trabalho tem como objectivo geral, consolidar os conhecimentos adquiridos nas
disciplinas curriculares do projecto, deste modo avaliar as capacidades dos futuros
engenheiros na projecção de máquinas.

Objectivos específicos
O presente projecto mecânico tem como objectivo especifico projectar o acionamento de um
transportador de cadeia de placas, partindo da determinação dos esforços existentes, escolha
do motor, elaboração de um sistema cinemático e cálculo de todos os parâmetros envolvidos.

3. METODOLOGIA USADA
Partindo dos dados a principio apresentados, o projecto seguiu a metodologia usada no guião
da disciplina, na sua sequencia lógica, de forma seguinte:

1. Determinação do sistema cinemático e realização do respectivo cálculo, escolha


do motor eléctrico;
2. Cálculo da transmissão por correia plana à entrada do redutor;

3. Cálculo das transmissões por engrenagens em dois escalões constituntes do


redutor;
4. Cálculo projectivo e testador dos veios do corpo redutor;
5. Desenhos das peças assim como de montagem do corpo redutor.´

4. DESTINO E CAMPO DE APLICAÇÃO DO


ACCIONAMENTO
O transportador de cadeias tem diversidade de aplicações no ramo industrial, podendo servir
para o transporte de carga a granel, líquidos em industrias de processamento, assim como de
embalamento dos produtos, como por exemplo na empresa Coca-Cola, Cervejas de
Mocambique, nas açucareiras.
O transportador a dimensionar será aplicado na fábrica Maeva, que se dedica a produção de
vários produtos, com particular destaque para o óleo que será o produto a transportar.

15
5. CÁLCULO CINEMÁTICO DO ACCIONAMENTO E
ESCOLHA DO MOTOR ELÉCTRICO
5.1. Cálculo da força no ramal tenso
S max  F1  Fmetro  Ltr  32  25  800 N

5.2. Cálculo da força no ramal frouxo


Smin  F2  0.15  F1  0.15  800  120N

5.3. Cálculo da força tangencial


Ft  F1  F2  800  120  680 N  0.68 KN

5.4. Cálculo da potência no veio do motor da roda estrelada do


transportador
Para este cálculo, multiplicar-se-á a força tangencial por dois, considerando o uso de duas
cadeias.

P  K s  2 Ft  v  1.1 1.36  0.4  0.60 kW

O passo da cadeia a usar é de t = 200mm.

Este valor é escolhido tomando em consideração a opinião dos construtores, segundo eles o
passo das cadeias para transportadores de placas não deve ser menor que 200.mm

O número de dentes da roda estrelada motriz é de z = 7 copreendido no intervalo de numero


de dentes das rodas estreladas existentes para transportadores não suspensos que varia de
z  5...8

5.5. Cálculo da carga de ruptura


Fr  S max  k s  Cir

F r 0.8  8 1.25  8kN

5.6. Cálculo do diâmetro da roda estrelada motriz


O diâmetro da roda estrelada motriz calcula-se pela seguinte expressão:

16
t 200
Do    364mm
 180º   180 
sen  sen 
 z   7 

Na normalização usa-se Do = 370mm

5.7. Cálculo da frequência de rotações do veio da roda estrelada


60000  v 60000  0.4
nre    20.65rpm
  Do   370

5.8. Cálculo da potência calculada


P 0.6
Pcalc    0.73kW
g 0.887

Onde rendimento global é:

 g  cor eng
2
rol
4
un

 g  0.96  0.992  0.9924  0.992  0.877

Para a potência calculada encontrada, os motores que podem ser usados segundo o
catálogo Motors_Selection_Range_Fenner são os seguintes:

N Designação do motor Potência Frequência de rotação (rpm)


nominal (kW)
Síncrona nsinc Assíncrona n

1 170D*208 0.75 3000 2875

2 170D*408 0.75 1500 1370

3 170E*608 0.75 1000 920


4 170F*808 0.75 750 700
Tabela 1: Motores selecionados

Com os motores pré-selecionados, calcula-se a relação de transmissão geral para cada motor,
o que permitira escolher o melhor motor para o presente transportador. A equação a usar é:

n
ug 
nsaida

17
2875 1370
u g1   139.17rpm ug 2   66.32rpm
20.6 20.6

920 700
ug 3   44.53rpm ug 4   33.88rpm
20.6 20.6

Para escolher o motor adequado, toma-se em consideração as recomendações de evitar


escolher os valores máximos das relações de transmissões dos redutores assim como motores
de baixas frequência de rotação sempre que possível.

Para o primeiro caso, de frequência assíncrona de 2875rpm, a partição da relação de


transmissão pode ser:

u g  ucor  u a  ub  139.17

u g  3.92  6.3  5.3  139

onde u a e ub são relações de transmissão do primeiro e segundo escalão do redutor,


respectivamente.

Observa-se que os valores obtidos estão na faixa dos máximos para o tipo de redutor a usar,
assim testa-se outra hipótese.

Para o segundo caso de frequência assíncrona de 1370rpm, a partição da relação de


transmissão pode ser:

u g  ucor  u a  ub  66.32

u g  3.68  4  4.5  66.24  66.32

A partição apresenta bons resultados, dentro da faixa de relações de transmissão médias para
o tipo de redutor a usar, sendo que não é necessário usar motores com menor frequência de
rotações.
Deste modo o motor escolhido é:

N Designação do motor Potência Frequência de rotação (rpm)


nominal (kW)
Síncrona nsinc Assíncrona n

2 170D*408 0.75 1500 1370


Tabela 2. Motor electrico escolhido

18
5.9. Determinação da potência em cada veio do acionamento.

5.9.1. Veio do motor eléctrico


P1 = Pme = 0.75kW

5.9.2. Veio de entrada do redutor


P2 = P1*ηcor= 0.72kW

5.9.3. Veio intermédio do redutor


P3 = P2* ηrol*ηeng = 0.70kW

5.9.4. Veio de saída do redutor


P4 = P3* ηrol*ηeng = 0.677kW

5.9.5. Potência útil


Putil = P4*ηrol* ηuni = 0.66kW

5.10. Cálculo Da frequência de rotação nos veios de acionamento


Para o redutor de engrenagens cilíndricas bi-escalonar e transmissão por correia na entrada,
usa-se a seguinte partição da relação de transmissão normalizada:

u g  3.68  4  4.5  66.24

5.10.1. Veio do motor eléctrico


n1 = nme = 1370rpm

5.10.2. Veio de entrada do redutor


n2 1370
n3    372.28rpm
ucor 3.68

5.10.3. Veio intermédio do motor


n2 372.3
n3    93.07rpm
ua 4.5

19
5.10.4. Veio de saída do redutor (veio de entrada do transportador)
n3 93.07
n4    20.68rpm
ub 4

5.10.5. Calculo do desvio da relação de transmissão


u g  u gcal 64.32  64.24
  100%   100  0.12%
u gcal 64.24

5.11. Cálculo do torque nos veios


Pi
Este cálculo será feito a partir da equação Ti  9550 
ni

5.11.1. Veio do motor eléctrico


T1 =5.23N.m

5.11.2. Veio de entrada do redutor


T2 = 19.24N.m

5.11.3. Veio intermédio do redutor


T3 = 76.96N.m

5.11.4. Veio de saída do redutor


T4 = 346.3N.m

20
5.12. Resultados do cálculo cinemático do acionamento
Tipo de motor: 170E*608 Potência: 0.75kW Frequência nominal: 1370rpm

Parâmetro Veio Fórmula Valores

Motor eléctrico Pme 0.75


Potência P Entrada do redutor P2 = P1*ηcor 0.72
Em kW Intermedio do redutor P3 = P2*ηrol*ηeng 0.70

Saída do redutor P4 = P3* ηrol*ηeng 0.66

Motor eléctrico n1 = nme 1370

Frequência de Entrada do redutor n2 = n1/ucor 372.28


rotação n em rpm
Intermedio do redutor n3 = n2/ub ua = 4.5 93.07

Saída do redutor n4 = n3/ua ub = 4 20.68

Motor eléctrico P1 5.22


T1  9550 
n1

Entrada do redutor P2 19.23


T2  9550 
n2
Momento torsor
Intermedio do redutor P3 76.95
T em N.m T3  9550 
n3

Saída do redutor P4 346.3


T3  9550 
n4

Tabela 3: resultados do cálculo cinemático

6. CÁLCULO DA TRANSMISSÃO POR CORREIA PLANA


As transmissões por correia tem como forma de transmissão de potência o atrito. Esta
transmissão é composta por uma polia motriz, que recebe o movimento do motor eléctrico,
outra polia que é a polia movida, que recebe o movimento transmitido pela polia motriz,
através do elemento flexível que é a correia. A polia movida por sua vez transmite
movimento ao veio de entrada do redutor.

Para o presente projecto, foi escolhida a transmissão por correia plana (aberta), devido a faixa
de velocidades a aplicar cujos cálculos serão apresentados a posterior e trata-se de correia
cauchutada.

21
6.1. Dados de entrada
Pme  0.75 kW

T1  5.23N  m

n1  1370rpm

u cor  3.68

6.2. Cálculo do diâmetro da polia motriz


d1  (52...64)  T1

d1 min  52  5.23  90.25mm , d1 max  64  5.23  111.07mm

O diâmetro normalizado no intervalo calculado é de:

d1  100mm

6.3. Cálculo da velocidade linear da correia


O intervalo recomendado de velocidades para esta transmissão é v  (10...20)m / s

  n1  d1 3.14 1370 100


v   7.16m / s
60000 60000
O resultado encontrado está a baixo do intervalo, assim, segundo as recomendações,
aumentou-se o diâmetro da polia para d1  140mm e recalculou-se a velocidade.

  n1  d1 3.14  1370  140


v   10.03m / s
60000 60000

6.4. Cálculo do diâmetro aproximado da polia movida


d 2  u cor  d1

d1  3.68 140  515.2mm

O valor normalizado é:

d 2  500mm

6.5. Valor corrigido da relação de transmissão


Calculado sem considerar o deslizamento
22
d 2 500
i   3.57
d1 140

6.6. Distância interaxial


A distância interaxial é calculada pela fórmula:

a  2  (d 2  d1 )

a  2  (500  140)  1280mm

6.7. Cálculo do ângulo de abraçamento


O cálculo do ângolo de abraçamento é somente feito para a polia menor, que não deve ser
inferior a 150º.

d 2  d1 500  140
  180  57   180  57   163.96mm
a 1280
  180    16.04º

6.8. Cálculo do comprimento da correia


O cálculo do comprimento é feito pela fórmula:

d 2  d1
l  2  a  0.5    (d 2  d1 ) 
4a

500  160
l  2  1280  0.5    (500  140)   3560.87mm
4  1280

6.9. Cálculo da frequência de passagem


v 10.03 1
U   2.82
l 3.56 s

6.10. Cálculo da tensão útil admissível


Esta tensão é dada pela formula:

 t    t 0  C  Cv  Cr  C0
 t 0 é um valor tabelado, para a sua consulta seguem-se os procedimentos seguintes:

23
d
Recomendação  30

d 140
   4.66 , dos valores de espessura normalizados toma-se   4.5
30 30

d 140
Deste modo   31.11
 real 4.5

Assim, da tabela tem-se  0  2.18MPa

Coeficiente do ângulo de abraçamento da polia menor:

C  1  0.003  (180   )  0.95

Coeficiente que tem em conta a velocidade real da correia:

Cv  1.04  0.0004  v 2  0.99

Coeficiente do regime carregamento, que considera o efeito das variações periódicas da carga
na longevidade da correia:

Cr  0.9 para regime com vibrações moderadas

Coeficiente que considera o método de tensionamento da correia e o ângulo de inclinação da


linha de centro da transmissão relativamente ao plano horizontal.

C 0  1 para tranmissões com regulação automática.

Assim:

 t   2.18  0.95  0.99  0.9 1  1.87 MPa

Para determinação da secção transversal, primeiro calcula-se a força tangencial:

P 750
Ft    74.68N
v 10.03
Ft 74.68
A   40mm 2
 t  2.18

A
A  b   onde b   31.11mm

O valor tabelado e normalizado mais próximo é 30. Assim tem-se:

Areal  bnorm   norm  30  4.5  135 mm


24
Para a tensão inicial  0  1.8MPa , valor usado para as correias planas de diversos materiais,

tem-se F0   0  A  1.8  135  243 N

A força radial é determinada da seguinte forma:

   16.04 
Fr  2  F0  cos   2  243  cos   481.25N
2  2 

A força centrífuga determina-se pela formula:

Fv    A  v 2

  é a massa específica da ta tela cauchutada e seu valor é:   1250 kg / m 3

Fv  1250  135  10 .03  17 N valor desprezado.

6.11. Dimensionamento das polias

6.11.1. Escolha dos materiais


O presente caso é referente a polias que funcionam com velocidades abaixo de 30m / s ,
paraestes casos a recomendação é o uso de polias de ferro fundido. Estas polias tem como
vantagens o baixo custo e a capacidade de resistir em algumas atmosferas corrosivas, a sua
desvantagem é o peso que é praticamente o dobro das polias de aço com mesmas capacidades
e dimensões.

6.11.2. Parâmetros geométricos da polia motriz

6.11.2.1.Largura
A largura da polia é tida à partir da largura da correia, para b  30mm tem-se a largura da
polia B  40mm

6.11.2.2.Espessura
A espessura é tomada em função do diâmetro e a largura, determina-se pela seguinte fórmula:

  0.003  (d1  2  B)  6.6mm , toma-se o valor normalizado   6.7mm

6.11.2.3.Diâmetro do cubo
d c  1.6  d me  30 .4mm , o valor noemalizado é d c  32 mm

25
d me  19 mm , diâmetro do motor eléctrico

6.11.2.4.Comprimento do cubo
lc  1.2...1.5  d me  1.3  d me  24 .7 mm , o valor normalizado é lc  25 mm .

6.11.2.5.Espessira dos raios da roda


  1.2...1.3    1.25  6.7  8.375mm o valor normalizado é   8.5mm .

6.11.3. Parâmetros geométricos da polia movida

6.11.3.1.Largura
Largura da polia movida é igual a da polia motriz, portanto B  40mm .

6.11.3.2.Espessura
 2  0.003  (d 2  2  B)  17.4mm o valor normalizado é  2  18mm

6.11.3.3.Diâmetro do cubo
Este valor depende do diâmetro do veio de entrada do redutor, cálculos apresentados a
posterior.

d c  1.6  d1red  1.6  20  32 mm

6.11.3.4.Comprimento do cubo
lc  1.2...1.5  d1red  1.3  d1red  26 mm

6.11.3.5.Espessura dos raios da roda


  1.2...1.3   2  1.25 18  24mm

7. CÁLCULO DO PROJECTO DE ENGRENAGENS


Esta engrenagem é parte integrante do accionamento, constituído por dois escalões do
redutor. Para o dimensionamento das engrenagens foram seguidas as recomendações do
manual de Calculo de transmissões por engrenagem 2 Edição de autores Ivan Victorovitch
IATSINA, Rui SITOE´´1989-2005, e para este cálculo são considerados vários coeficientes
maior parte dos quais tabelados ou apresentados em gráficos e alguns recomendados. As
tabelas e fórmulas e figuras indicadas encontram-se no manual Cálculo de transmissões por
engrenagens.

26
Dados do redutor

Número Potencia (kW) Frequência (rpm) Torque (N.m)

2 0.72 372.28 19.23

3 0.70 93.07 76.95

4 0.67 20.68 346.3


Tabela 4: dados do redutor

7.1. Escolha de material e tipo de tratamento para as rodas


Os materiais para as engrenagens são escolhidos da tabela 2 do manual para cálculo de
engrenagens.

Roda Material Tratamento Dureza Limite de Limite de Combinação


térmico HB resistência escoamento de tratamento
[MPa] σr [MPa] σe [MPa] térmico
1 Pinhão Aço 45X Melhoramento 180 736 490 Amaciamento

2 Movida Aço 45 Melhoramento 170 687 392 Amaciamento

3 Motriz2 Aço 45X Melhoramento 180 736 490 Amaciamento

4 Movida Aço 45 Melhoramento 170 587 333 Amaciamento


Tabela 5: Escolha de Material

7.2. Determinação das tensões admissíveis de contacto


 HC    lim  Z r  Z v  K L  K XH  / S H
Considerando a precisão de 4º grau, tem-se os seguintes dados
ZR = 0.9
ZV = 1
KL = 1
KXH = 1
SH = 1.2

Z r  Z v  K L  K XH  0,9

O valor σHlim determina-se pela fórmula (25.1):

 H lim   H lim b  K HL

27
Pelas fórmulas da tabela 5 determina-se o limite de fadiga  H lim b , do pinhão e das rodas
movidas tendo em conta a dureza média e o método de tratamento levados em consideração
anteriormente:

 H lim b  2  HB  70

 H lim b,1  2 180  70  430 MPa

 H lim b, 2  2 170  70  410 MPa

 H lim b,3  2 180  70  430 MPa

 H lim b, 4  2 170  70  410 MPa

O número básico de ciclos de variações correspondentes ao limite de fadiga prolongado


determina-se de:

N H 0  30  HB 2, 4

Os resultados para todas as rodas dentadas são apresentados na tabela.

NOH1 7,75.106

NOH2 6,76.106

NOH3 7,75.106

NOH4 6,76.106

O número equivalente de ciclos das tensões para um ciclograma do tipo escalonado


determina-se pela fórmula (28), dado que trata-se de carga constante.

N E  N HE  60  n  c  t

O número de engrenamentos simultâneos da roda [c] é escolhido em função do tipo de dentes


das engrenagens, para o presente caso de dentes angulares tem-se:

c2
O tempo em horas, calcula-se considerando o coeficiente de carga por dia e por ano:

t  L  365  24  K dia  K ano

t  8  365  24  0.4  0.85  23827.2h


Os valores da frequência de rotação n são já conhecidos
Os resultados de NHE são apresentados na tabela a baixo:
28
NHE1 10.64*108

NHE2 2.66*108

NHE3 2.66*108

NHE4 0.59*108

O coeficiente de longevidade KHL para cargas constantes determina-se pela fórmula:

N HO
K HL  24 , de onde se tem os seguintes resultados:
N HE

KHL1 1.227

KHL2 1.165

KHL3 1.158

KHL4 1.094

Na tabela a baixo, são apresentados os resultados do cálculo do limite de fadiga com base na
fórmula:

 H lim   H lim b  K HL

σHlim1 527.86

σHlim2 477.78

σHlim3 498.24

σHlim4 448.76

Com os dados já existentes, volta-se a equação (1) para o cálculo das tensões admissíveis de
contacto.

 HC i   lim i  Z r  Z v  K L  K XH / S H
i σHlim i [σHC], Mpa

1 427.86 395.9

2 477.78 358.34

3 498.24 373.68

29
4 448.76 336.57

7.3. Primeiro Escalão De Engrenagens


Para o primeiro par de engrenagens, o valor de tensão admissivel de fadiga para contacto
[σHC] é dado por:
[σHC] = 0,45 × ([σHC]1 + [σHC]2).
[σHC] = 0.45 x (395.9 + 358.34) =339.4MPa
Que é limitado pelo valor:
[σHC] ≤ 1,23x[σHC]2 = 1,23x358.34= 440.76MPa
Assim tem-se
[σHC] = 339.4≤ 440.76[MPa]

7.3.1. Cálculo da resistência ao contacto sob a acção da carga


máxima para a primeira transmissão:
Para comparar as tensões de contacto calculadas "σHmáx", em MPa, com as tensões
admissíveis "[σHC]máx" também, em MPa, deve-se cumprir a seguinte condição:
σHCmáx ≤ [σHC]máx

Pela fórmula a baixo determina-se o valor de orientação do diâmetro do círculo primitivo, em


mm:

T1H  K H  u  1
d w1  K d  3
 bd   HC 2  u

Onde:
Para rodas dentadas com dentes helicoidais ou angulares Kd = 680 [MPa]1/3

T1H = 19.23N.m (torque no veio de entrada do redutor)

 bd  0,8 1,4  Para disposição assimétrica das rodas em relação aos apoios e tendo em

conta a dureza HB  350 , toma-se  bd  1.2 (tabela 17)

K H  1,18 (tabela 16 para disposição assimétrica do pinhão)

30
u  4

19.23 1.18  (4  1)
d w1  3  40.11mm
1.2  339.4 2  4

Diâmetro da roda dentada movida1

d w 2  d w1  u

d w 2  40 .11  4  160 .45 mm 

Calcula-se a largura da roda dentada pela formula:

bw   bd  d w1

bw  1.2  40 .11  48 .14 mm o valor normalizado a usar é bw  50 mm

É de referenciar que considerou-se b1  b2 e tem-se bw  b1  b2  2b

Determina-se o módulo normal mn e mt. Pela tabela 19 escolhe-se ψ = (30…25) (redutor com
veios rígidos)
Tem-se:

bw
mn 
m

 (1.6...2)mm
50
mn 
30 25
O valor normalizado é escolhido da tabela 20. Escolheu-se na 1ª série m n  2

Conhecido o módulo dos dentes determinam-se todos os restantes parâmetros da transmissão


por:
(d  cos  )
z1  1
mn
z 2  z1  u
mn  z 2
d2 
cos 
Segundo recomendações    1.1 e deve ter números inteiros, então toma-se    2

Da fórmula (35) calcula-se o ângulo de inclinação dos dentes:

31
 2
sen min    mn   2 *  2   0.50
bw 2 50
Assim, tem-se  min  arcsen(0.50)  30º

Pelas recomendações para dentes angulares,   (25...40º )

Com os dados já existentes, pela fórmula (36) calcula-se o número de dentes do pinhão:

d w1  cos  40  cos(28)
Z1    17.02 , O que corresponde a 18 dentes
mn 2

Com base no numero inteiro de dentes, recalcula-se o ângulo de inclinação dos mesmos pela
expressão:

Z1  mn
cos  
d w1

Z1  mn
O valor do ângulo é:   cos 1 ( )  27º
d w1

Calcula-se o diâmetro da engrenagem movida pela expressão:

Z 2  Z1  u  18  4  72 dentes

Recalculando os diâmetros das rodas motriz e movida em função do diâmetro, tem-se:

Z1  mn
d w1   40.4mm
cos 

Z 2  mn
d w2   161.6mm
cos 

É determinada a distância interaxial, como sendo:

d 2  d1 40  160
aw    100mm
2 2
A seguir são achados os valores precisos das tensões admissíveis:

 HC    H lim  Z r  Z V  Z L  K XH  / S H
  lim1  573.35Mpa e   lim 2  511.73Mpa , estes valores foram anteriormente
determinados.

Para 9º grau de precisão; Z r  1,05

Calcula-se a velocidade linear no engrenamento pela fórmula (41):

32
  d w,1  n1
v
60000

Onde:

n1  Frequência de rotações de pinhão;

  40.4  372.28
v  2.87 m / s 
60000

Para v  5 m / s e Z V  1

Como d w, 2  161 mm  700 mm; K XH  1

KL  1

S H  1.25

Da fórmula (40) calcula-se os valores precisos das tensões admissíveis de contacto:


 HC 1  548 .14  1,05  1  1  1 / 1,25  460 .44Mpa 
 HC 2  489 .23  1,05  1  1  1 / 1,25  410 .95 Mpa 

Pela fórmula (30) determina-se a tensão admissível de contacto calculada:


 HC   0,45   HC 1   HC 2 
 HC   0.45  443 .4  401 .34   380 .13Mpa 

7.3.2. Calculo das tensões admissíveis de flexão


As tensões admissíveis de flexão são determinadas pela seguinte fórmula:
 HC    F lim  Yr  Ys  K XF  / S F
Onde:

 F lim - É o limite a fadiga por flexão dos dentes corresponde ao número equivalente de
ciclos de variação das tensões, em Mpa e é, dado pela seguinte formula
 F lim  0
F lim b  K Fg  K Fd  K FL

33
Yr  É o coeficiente que leva em conta a rugosidade da superfície de transição dos pés
dos dentes.
YS  É o coeficiente que leva em conta o gradiente da sensibilidade do material e a
concentração das tensões.

K XF  Coeficiente que leva em conta as dimensões da roda dentada.

S F  Coeficiente de segurança.

 F0 lim b  É o limite de fadiga dos dentes a flexão correspondente ao número básico de


ciclos de variação das tensões;

K Fg  Coeficiente que leva em conta a influência da rectificação da superfície de


transição dos pés dos dentes; K Fg  1 Para engrenagens com a superfície de
rectificação dos pés dos dentes não rectificada;
K Fd  É o coeficiente que leva em conta a influência do endurecimento por
deformação ou do tratamento electroquímico da superfície de transição dos pés dos
dentes; K Fd  1 para rodas dentadas sem endurecimento por deformação ou para
tratamento electroquímico da superfície de transição;
K FC  É o coeficiente que toma em conta a dureza das superfícies activas dos dentes
das engrenagens;

Calcula-se segundo a tabela 10, o limite de fadiga dos dentes pela expressão:
 F0 lim b,1  1,35  HB  100

Para o pinhão, tem-se:

 Fo lim b,1  1,35 180  100  343Mpa

Para a roda movida tem-se:

 F0 lim b, 2  1,35 170  100  329.5Mpa

K FL É determinado pela fórmula seguinte:

NF0
K FL  mf
N FE

34
Como HB1 e HB2 <350, m f  6

N F 0  4  106 Para todas as marcas de aço

N FEi  N HEi  60  n  c  t , Valores anteriormente calculados.

N HE 1  26 .30  10 8 ciclos

N HE 2  4.69  10 8 ciclos

Então tem-se:

N FE ,1  N F 0 e N FE , 2  N F 0 portanto K FL ,1  K FL , 2  1

O cálculo de limite de fadiga é feito pela expressão:

 F lim,1   F0 lim,1  K Fd  K FC  K FL,3  343 1111  343 Mpa

 F lim, 2   F0 lim, 2  K Fd  K FC  K FL,3  329.5 1111  329.5 Mpa

YR = 1,2 - para melhoramento e normalização;

Y2  1,08 (tabela 8, para m n  2mm );

K XF  1,0 da tab. 9

Portanto das tabela 10 de 3 , para melhoramento ou normalizado, S F  1,65 .

Então da expressão

 HC    F lim  Yr  Ys  K XF  / S F Tem-se:

 FC 1  343 1.2 1.08 1 / 1.65  265 .66 Mpa 


 FC 2  383 .5 1.2 1.08 1 / 1.65  255 .21 Mpa 

7.3.3. Cálculo testador da transmissão a fadiga


O cálculo testador da transmissão a fadiga por contacto faz-se sob duas vertentes:
- O cálculo testador da transmissão a fadiga por contacto e
- O cálculo testador da transmissão a fadiga por flexão.

35
7.3.4. Cálculo testador da transmissão pela resistência á fadiga por
contacto
 HT  u  1 
 H  Z H  Z M  Z     FC 
d w,1  u 

Z H  Coeficiente que toma em conta a forma das superfícies conjugadas dos dentes no polo
de engrenamento; Z H  1,6 Pela tabela 21 para   27º e x  0

Z M  É o coeficiente que leva em conta o comprimento da linha de contacto dos


dentes Z M  275 Mpa1/ 2 Pela tabela 15, para um par de engrenamento aço-aço;

Tendo o módulo normalizado recalcula-se o grau de recobrimento   , correspondente a


largura da roda:

bw  sen
   1.74
2    mn

   1,88  3,21 / Z1  1 / Z 2  cos 

   1,88  3,2  1 / 18  1 / 72  cos 27  1.48

1
Z   0.82


7.3.4. Cálculo da força tangencial específica


F 
 HT   Ht   K H  K H  K HV N / mm
 bw 

Onde:

T1H
FHT  2 103
d w,1

 959.24 N 
19.23
FHT  2 103
40.4
Pela tabela 23 escolhe-se o 9° grau de precisão para a transmissão.

K H  Coeficiente que leva em conta a distribuição da carga entre pares de dentes em


engrenamento simultâneo; K H  1,13 (tabela 22);

36
K H  Coeficiente que leva em conta a irregularidade da distribuição da carga pela largura
dos dentes; K H  1,01 ;

HV  bw
K HV  1 
FHt  K H  K H
48.2
Força tangencial dinâmica específica:

aw
 HV   H  g 0  v 
u

 H  0,002 (tabela 25)

g 0  73 (tabela 26, para o 9° grau de precisão)

 1.87 N / mm
90
 HV  0,002  73  2.72
4

Substituindo os valores em (48.2) tem-se:

1.87  50
K HV  1   1.06
959.24 1.13 1.01
Donde:

 959.24 
 HT     1.13  1.01  1.02  29.15N / mm
 50 
A tensão de contacto calcula-se, assim pela fórmula (44), e será:

29.15  4  1 
 H  1,6  275  0,81    345.4 Mpa   FC 
40.4  4 

7.3.6. Cálculo do erro


  10%


 HC    H
 HC 
380.13  345.4
 100%
380.13
  9.1%
Tem-se o presente caso em que  H   HC  e o erro encontrado esta dentro dos parâmetros
recomendados,   10% , logo verifica-se a resistência a fadiga por contacto.
37
7.3.7. Cálculo testador a fadiga por tensões de flexão
Faz-se o cálculo testador a fadiga por tensões de flexão pela fórmula:

 F   YF  Y  Y  FT / m   HC 
Calcula-se o número de dentes da roda virtual pela formula:

Zi
Z v ,i 
cos3 

18
Z v ,1   20.05
cos3 27º

Pela tabela 27, tem-se o coeficiente YF ,1  3.81

72
Z v,2   80.8
cos3 27º

Pelo diagrama para a escolha do coeficiente de forma do dente YF ecolheu-se: YF , 2  3.6

Y  1


Y  1 
140
27
Y  1   0,8
140
O valor da força tangencial específica calcula-se da fórmula 31:

FFt T
 Ft  K F  K F  K Fv   2000  1F  K F  K F  K Fv
b b  d1

O grau de precisão é n = 9

4     1  n  1
K F 
4  

4  1,48  1  9  1
K F   1.32
4 1,48

Pela tabela 16, K F  1

 FV b w d w,1
K FV  1 
2000  T1F  K F  K F

38
A força dinâmica tangencial especifica é calculada pela fórmula:

aw
FV   F  g 0  V 
u

Da tabela 25 tem-se:  F  0.006

Da tabela 26 tem-se g 0  73 para m  2

90
Assim,  FV  0.006  73  2.72   5.63
4

5.63  50  40.4
K FV  1   1.1
2000  4.36  1.36  1
O valor da força tangencial especifica é:

19.23
 Ft  2000  1.36 11.13  29.16 [ N / mm ]
50  40
Determinam-se então as tensões de flexão:

 Ft
 F  YF  Y  Y    FC  Mpa
m

 48.37Mpa
29.16
 F1  3.811 0.821
2

 42.36Mpa
29.16
 F 2  3.6 1 0.825 
2

7.3.8. Cálculo da resistência ao contacto sob acção da carga máxima.


Para o cálculo da resistência a carga máxima, usa-se a seguinte condição:

T2,max
 H max   H    HC max
T2

 HC max  2,8   e 53.1; Para engrenagens cujos dentes foram submetidos ao melhoramento
e normalização

7.3.8.1. Para o pinhão


Tem-se:

 HC max  2,8  540  1512 Mpa 

39
Tmax
 2,3
T

 H max  342.9  2,3  520.04 Mpa

 H , max 1   HC max 1

Para a roda movida

 HC max,2  2,8   e  2,8  392  1097.6 Mpa


Tmax
 2,3
T
 H max   HC max,2

Verifica-se a condição de resistência ao contacto sob acção da carga máxima.

7.3.9. Cálculo da Geometria da transmissão


Para o cálculo dos parâmetros geométricos da transmissão, toma-se como ponto de partida os
seguintes dados.

m n  2 , Z1  18 , Z 2  72 , x1  x2 ,   27 º

7.3.9.1. Diâmetros primitivos ou divisores das rodas dentadas


mn  Z1
d1  d w,1   40.4 mm da normalização tem-se 40mm
cos 

mn  Z 2
d 2  d w, 2   161.6 mm o normalizado é 160mm
cos 

7.3.9.2. Diâmetros exteriores


d a ,1  2  mn  d1  44mm

d a , 2  2  mn  d 2  164 mm

40
7.3.9.3. Diâmetros interiores
d f ,1  d1  2,5  mn  35 mm

d f , 2  d 2  2,5  mn  155 mm

7.3.9.4. Diâmetros do círculo de base


d b,1  d1  cos   40  cos 20  37.58mm toma-se   20º

d b, 2  d 2  cos  205  cos 20  192.63mm

7.3.9.5. Passo normal e tangencial do engrenamento


Pn    m n  3.14  2  6.28mm 

  mn
Pt   7.05 mm
cos 

7.3.10. Cálculo de forças da transmissão

A figura ilustra a representação das forças na transmissão.

7.3.10.1. Força tangencial


 260.66 N 
T1 19.23
Ft  2   2
d w,1 40

7.3.10.2. Força Radial


Ft  tg 260.66  tg 20
Fr    106.47 N 
cos  cos 27

7.3.10.2. Força axial


A força axial é nula, dado que trata-se de rodas dentadas em espinha de peixe.

41
Tabela dos parâmetros geométricos da transmissão.
Parâmetro Símbolo Valor

Distância interaxial a 100

Módulo m 2

Largura do pinhão bw1 50

Largura da roda movida bw 2 50

Ângulo de inclinação dos dentes  27

Diâmetro da circunferencia divisoria do pinhão d1 40

Diâmetro da circunferencia divisoria da roda movida d2 160

Número de dentes do pinhão Z1 18

Número de dentes da roda movida Z2 72

Tipo de dentes Angulares

Diâmetro da circunferencia externa do pinhão d a1 44

Diâmetro da circunferencia externa da roda movida da2 164

Diâmetro da circ. da raiz dos dentes do pinhão d f1 35

Diâmetro da circ. da raiz dos dentes da roda movida df2 155

Tabela 6: Parâmetros geométricos do primeiro escalão

Tabela de valores do cálculo testador.


Parâmetro Valor admissível Valor calculado Desvio

Tensão de contacto, em [Mpa] H 380.13 345.3 9.1%

Tensão de flexão, em [Mpa]  F1 265.66 48.37 451.7%

 F2 255.21 42.36 460.9%

Tabela 7: Resultados do cálculo testador

7.4. Cálculo Do Segundo Escalão


Tensão admissivel para o cálculo à fadiga das superfícies de contacto.

42
[σHC] = 0,45 × ([σHC]3 + [σHC]4).
[σHC] = 0.45 x (373.68+ 336.57) = 319.6MPa
Que é limitado pelo valor:
[σHC] ≤ 1,23x[σHC]4 = 1,23x336.77= 413.85MPa
Assim tem-se
[σHC] = 319.6≤ 413.85[Mpa]
Pela fórmula a baixo determina-se o valor de orientação do diâmetro do círculo primitivo, em
mm:

T1H  K H  u  1
d w3  K d  3
 bd   HC 2  u

Onde:
Kd = 680 [MPa]1/3
T3H = 76.95.N.m

 bd  1.3 (tabela 17)

K H  1,1.23 (tabela 16 para disposição assimétrica do pinhão)

u  4.5

76.95 1.23  4.5  1


d w3  680  3  63.24mm
1.3  319.6 2  4.5

Diâmetro da roda dentada movida1

d w3  d w3  u

d w 4  63  4.5  284 mm  É normalizado.

Calcula-se a largura da roda dentada pela formula:

bw   bd  d w3

bw  1.3  63  82 .22 mm , o valor normalizado é 85mm

Determina-se o módulo normal mn e mt. Pela tabela 19 escolhe-se ψ = (30…25) (redutor com
veios rígidos)
Tem-se:

43
bw
mn 
m

 (2.8 3.4)mm
85
mn 
30 25
O valor normalizado é escolhido da tabela 20. Escolheu-se na 1ª série mn  3

Segundo recomendações    1.1 e deve ter números inteiros, então toma-se    2

bw  b1  b2 considerou-se b1  b2

Da fórmula (35) calcula-se o ângulo de inclinação dos dentes:


sen min    mn   0.44
b2
Assim, tem-se  min  arcsen(0.44)  26º

Pelas recomendações para dentes angulares,   (25...40º )

Número de dentes do pinhão:

d w3  cos 
Z3   18.78 , o que corresponde a 19 dentes
mn

Tendo o número de dentes Z 3  19 calcula-se o valor do ângulo de inclinação dos dentes do


círculo divisor.

Z 3  mn
cos    0.9
d w3

  26º

Dentro do intervalo recomendado.


Recalcula-se então o diâmetro do pinhão.

Z 3  mn
d w3   63.4mm Normalizado é 63mm
cos 

Calcula-se o diâmetro da engrenagem movida pela expressão:

Z 4  Z 3  u  19  4.5  85 .5 , o numero inteiro de dentes é 86

Recalculando o diâmetro da roda movida, tem-se:

Z 4  mn
d w4   285.38mm
cos 

44
É determinada a distância interaxial, como sendo:

d 4  d3
aw   174mm
2
A seguir são achados os valores precisos das tensões admissíveis:

 HC    H lim  Z r  Z V  Z L  K XH  / S H
  lim 3  343 MPa  e   lim 4  343MPa, estes valores foram anteriormente determinados.

Para 9º grau de precisão; Z r  1,05

Calcula-se a velocidade linear no engrenamento pela fórmula (41):

  d w,3  n1
v
60000
Onde:

n1  Frequência de rotações de pinhão, n1  93rpm

v  0.30 m / s

Para v  5 m / s e Z V  1

Como d w, 4  285 mm  700 mm ; K XH  1

KL  1

S H  1.35

Da fórmula (40) calcula-se os valores precisos das tensões admissíveis de contacto:

 HC 1  510 .17  1,05  1  1  1 / 1,35  396 .8MPa 


 HC 3  448 .63 1,05 111 / 1,35  348 .9 MPa 

Pela fórmula (30) determina-se a tensão admissível de contacto calculada:

 HC   0,45   HC 3   HC 4 
 HC   0.45  396 .80  348 .96   335 .5 MPa 

7.4.1. Calculo das tensões admissíveis de flexão


As tensões admissíveis de flexão são determinadas pela seguinte fórmula:

45
 FC    F lim  Yr  Ys  K XF  / S F
Onde:

 F lim - É o limite a fadiga por flexão dos dentes corresponde ao número equivalente de ciclos
de variação das tensões, em Mpa e é, dado pela seguinte formula
 F lim  F0 lim b  K Fg  K Fd  K FL

Yr  É o coeficiente que leva em conta a rugosidade da superfície de transição dos pés dos
dentes.

YS  É o coeficiente que leva em conta o gradiente da sensibilidade do material e a


concentração das tensões.

K XF  Coeficiente que leva em conta as dimensões da roda dentada.

S F  Coeficiente de segurança.

 F0 lim b  É o limite de fadiga dos dentes a flexão correspondente ao número básico de ciclos
de variação das tensões;

K Fg  Coeficiente que leva em conta a influência da rectificação da superfície de transição


dos pés dos dentes; K Fg  1 Para engrenagens com a superfície de rectificação dos pés dos
dentes não rectificada;

K Fd  É o coeficiente que leva em conta a influência do endurecimento por deformação ou do

tratamento electroquímico da superfície de transição dos pés dos dentes; K Fd  1 para rodas
dentadas sem endurecimento por deformação ou para tratamento electroquímico da superfície
de transição;

K FC  É o coeficiente que toma em conta a dureza das superfícies activas dos dentes das
engrenagens;

Calcula-se segundo a tabela 10, o limite de fadiga dos dentes pela expressão:

 F0 lim b,1  1,35  HB  100

Para o pinhão, tem-se:

 Fo lim b,3  1,35 180  100  343Mpa

Para a roda movida tem-se:

 F0 lim b, 4  1,35 170  100  329.5Mpa

46
K FL É determinado pela fórmula seguinte:

NF0
K FL  mf
N FE

Como HB3 e HB4 <350, m f  6

N F 0  4  106 Para todas as marcas de aço

N FEi  N HEi  60  n  c  t , Valores anteriormente calculados.

N HE 3  13.82  108 Ciclos

N HE 4  1.72  10 8 Ciclos

Deste modo tem-se:

N FE ,3  N F 0 e N FE , 4  N F 0 portanto K FL ,3  K FL , 4  1

O cálculo de limite de fadiga é feito pela expressão:

 F lim,3   F0 lim,3  K Fd  K FC  K FL,3  343 1111  343 Mpa

 F lim, 4   F0 lim, 4  K Fd  K FC  K FL, 4  329.5 1111  329.5 Mpa

YR = 1,2 - para melhoramento e normalização;

YS  1,02 (tabela 8, para mn  2.5 mm );

K XF  1,0 da tab. 9

Portanto das tab. 10 de 3 , para melhoramento ou normalizado, S F  1,65 .

Cálculo de tensões admissíveis de flexão

 FC    F lim  Yr  Ys  K XF  / S F Tem-se:

 FC 3  343 1.2 1.02 1 / 1.65  254 .44 MPa 


 FC 4  329 .5 1.2 1.02 1 / 1.65  244 .42 Mpa 

47
7.4.2. Cálculo testador da transmissão a fadiga
O cálculo testador da transmissão a fadiga por contacto faz-se sob duas vertentes:
- O cálculo testador da transmissão a fadiga por contacto e
- O cálculo testador da transmissão a fadiga por flexão.

7.4.3. Cálculo testador da transmissão pela resistência á fadiga por


contacto
Z H  Coeficiente que toma em conta a forma das superfícies conjugadas dos dentes no polo
de engrenamento; Z H  1,74 Pela tabela 21 para   26 e x  0.001

Z M  É o coeficiente que leva em conta o comprimento da linha de contacto dos


dentes Z M  275 Mpa1 / 2 Pela tabela 15, para um par de engrenamento aço-aço;

Tendo o módulo normalizado recalcula-se o grau de recobrimento   , correspondente a


largura da roda:

bw  sen
   1.91
2    mn

   1,88  3,21 / Z1  1 / Z 2  cos 

   1,88  3,2  1 / 32  1 / 256   cos 25 .8  1.69

1
Z   0.76


7.4.4. Cálculo da força tangencial específica


F 
 HT   Ht   K H  K H  K HV N / mm
 bw 

Onde:

T3 H
FHT  2 103
d w,3

 2426.94 N 
76.95
FHT  2 103
63

48
Pela tabela 23 escolhe-se o 9° grau de precisão para a transmissão.

K H  Coeficiente que leva em conta a distribuição da carga entre pares de dentes em


engrenamento simultâneo; K H  1,13 (tabela 22);

K H  Coeficiente que leva em conta a irregularidade da distribuição da carga pela largura


dos dentes; K H  1,01 ;

 HV  bw
K HV  1 
FHt  K H  K H

Força tangencial dinâmica específica:

aw
 HV   H  g 0  v 
u

 H  0,002 (tabela 25)

g 0  73 (tabela 26, para o 9° grau de precisão)

 1.13 N / mm
100.5
 HV  0,002  73  0.3
4.5

Substituindo os valores em (48.2) tem-se:

K HV  1.033

Donde:

HT  34.82 N / mm

A tensão de contacto calcula-se, assim pela forma (44), e será:

 HT  u  1 
 H  Z H  Z M  Z     FC 
d w, 3  u 

 H  307 .28 Mpa    FC 

7.4.5. Cálculo do erro


A tensão de contacto calcula-se, assim pela forma (46), e será:
  10%


 HC    H
 HC 

49
335.5  307.28
 100
335.5
  7.3%

Tem-se o presente caso em que H


   HC  e o erro encontrado esta dentro dos parâmetros
recomendados,   10% , logo verifica-se a resistência a fadiga por contacto.

7.4.6. Cálculo testador a fadiga por tensões de flexão


Faz-se o cálculo testador a fadiga por tensões de flexão pela fórmula (29)
 F   YF  Y  Y  FT / m   HC  :
Cálculo do número de dentes virtuais

Zi
Z v ,i 
cos3 

19
Z v ,3   19.68
cos3 26º

Pela tabela 27, tem-se o coeficiente YF ,3  3.81

86
Z v,4   88.59
cos3 26º

Pelo diagrama para a escolha do coeficiente de forma do dente YF ecolheu-se: YF , 2  3.6

Y  1


Y  1 
140
25
Y  1   0,81
140
O valor da força tangencial específica calcula-se da fórmula 31:

FFt T
 Ft  K F  K F  K Fv   2000  1F  K F  K F  K Fv
b b  d1

O grau de precisão é n = 9

4  (   1)  (n  1)
K F 
4 
50
4  1,69  1  9  1
K F   4.82
4 1,69

Pela tabela 16, K F  1

 FV b w d w,1
K FV  1 
2000  T1F  K F  K F

A força dinâmica tangencial especifica é calculada pela fórmula (34)

aw
FV   F  g 0  V 
u

Da tabela 25 tem-se:  F  0.006

Da tabela 26 tem-se g 0  73 para m  3

Assim,  FV  0.67

K FV  1.004

O valor da força tangencial especifica é:

 Ft  96 .94 [ N / mm ]

Determinam-se então as tensões de flexão:

 Ft
 F  YF  Y  Y    FC  MPa
m

 F 3  107 .35MPa 

 F 4  95.25MPa

7.4.7. Cálculo da resistência ao contacto sob acção da carga máxima.


Para o cálculo da resistência a carga máxima, usa-se a seguinte condição:

T2,max
 H max   H    HC max
T2

 HC max  2,8   e ; Para engrenagens cujos dentes foram submetidos ao melhoramento e


normalização

7.4.7.1. Para o pinhão


Tem-se:
51
 HC max  2,8  490  1372 MPa 
Tmax
 2,3
T

 H max  275  2,3  534.34 MPa

 H , max 1   HC max 1

7.4.7.2. Para a roda movida


 HC max,2  2,8   e  2,8  333  932.4 MPa
Tmax
 2,3
T
 H max   HC max,2

Verifica-se a condição de resistência ao contacto sob acção da carga máxima.

7.4.8. Cálculo da Geometria da transmissão


Para o cálculo dos parâmetros geométricos da transmissão, toma-se como ponto de partida os
seguintes dados.

mn  3

Z 3  19

Z 4  86

x1  x2

  26º

7.4.8.1. Diâmetros primitivos ou divisores das rodas dentadas


mn  Z 3
d 3  d w, 3   63 mm
cos 

mn  Z 4
d 4  d w, 4   285 mm
cos 

7.4.8.2. Diâmetros exteriores


d a ,3  2  mn  d 3  69mm

52
d a , 4  2  mn  d 4  291mm

7.4.8.3. Diâmetros interiores


d f ,3  d 3  2,5  mn  60mm

d f , 4  d 4  2,5  mn  368.2 mm

7.4.8.4. Diâmetros do círculo de base


d b ,3  d 3  cos   59.2 mm toma-se   20º

d b, 4  d 4  cos   268.17mm

7.4.8.5. Passo normal e tangencial do engrenamento


Pn    mn  9.42mm

  mn
Pt   10.48mm
cos 

7.4.9. Cálculo de forças da transmissão

7.4.9.1. Força tangencial


 2426.98 N 
T3
Ft  2 
d w, 3

7.4.9.2. Força Radial


Ft  tg
Fr   982.81 N 
cos 

7.4.9.3. Força axial


As forças axiais são nulas

7.4.9.4. Força na união de entrada do redutor


A força na união 1, a entrada do redutor, varia da forma seguinte:

Funi1  50  T1 ...125  T1  131.05...327.6 N 

53
7.4.9.5. Força na união à saída do redutor
A força na união 2, a saída do redutor, é a seguinte seguinte:

Funi2  250  T4  4652.348 N 

Tabela dos parâmetros geométricos da transmissão.


Parâmetro Símbolo Valor

Distância interaxial a 157.5

Módulo m 3

Largura do pinhão bw 3 85

Largura da roda movida b4

Ângulo de inclinação dos dentes  26

Diâmetro da circunferencia divisoria do pinhão d3 63

Diâmetro da circunferencia divisoria da roda movida d4 285

Número de dentes do pinhão Z3 19

Número de dentes da roda movida Z4 86

Tipo de dentes Angulares

Diâmetro da circunferencia externa do pinhão d a3 69

Diâmetro da circunferencia externa da roda movida d a4 291

Diâmetro da circ. da raiz dos dentes do pinhão df3 56

Diâmetro da circ. da raiz dos dentes da roda movida df4 277.5

Tabela 8: Parâmetros geométricos do segundo escalão

54
Tabela de valores do cálculo testador.

Parâmetro Valor admissível Valor calculado Desvio

Tensão de contacto, em [MPa] H 331.45 307.28 7.3%

Tensão de flexão, em [MPa]  F1 254.44 107.35 55.6%

 F2 244.42 95.25 56.37%

Tabela 9: Resultados do cálculo testador

8. CÁLCULO PROJECTIVO DOS VEIOS

8.1. Esquema espacial

Figura 3: Esquema Espacial

55
8.2. Veio de entrada do redutor

8.2.2. Escolha dos materiais do veio


Os veios dos redutores são na sua generalidade feitos de aços de construção temperáveis,
sendo de aços de médio teor de carbono assim como de liga. Tipicamente tem-se os aços 45 e
40X.

Para o presente caso já se tem o material do veio de entrada do redutor, dado que este é ligado
ao pinhão, o material é Aço 40X.

8.2.3. Escolha de tensões admissíveis a torção


O presente caso é referente a veio de redutor, as tensões admissíveis à torção tem a seguinte
variação:

   (10)12...1520 Mpa
8.2.4. Determinação dos parâmetros geométricos dos escalões dos
veios
O diâmetro médio do veio calcula-se pela expressão:

T  103 19.23  103


d1  3   19.48mm
0.2    0.2  13

Das dimensões normalizadas da série Ra40, tem-se d1  20mm .

O comprimento l1 é calculado em função do diâmetro de entrada:

l1  1.5  d1  30mm

Cálculo do diâmetro 2:

d 2  d1  2  t  20  2  2  24mm , O coeficiente t é obtido da tabela complementar a tabela


7.1, para o intervalo de d  (17...24)mm .
56
Cálculo do comprimento 2:

l2  1.5  d 2  36mm

O chanfro correspondente é f  1mm para o intervalo de d1  (17...24)mm

Cálculo do diâmetro 3:

d 3  d 2  3.2  r  41 .12 mm , Onde tem-se r  1.6 , ta tabela complementar a tabela 7.1. o


valor normalizado é d 3  42 mm

O diâmetro d 4 obtém-se da igualdade:

d 4  d 2  24mm este valor é alterado dado que é onde são fixados os rolamentos, usa-se um
valor correspondente ao diâmetro interno normalizado dos rolamentos portanto toma-se:
d 4  d 2  25mm

O comprimento l3 é calculado considerando que trata-se de um redutor bi-escalonar e que o


pinhão esta disposto em posição assimétrica em relação ao veio.

l3  x  bw1  x  bw3  x

x - É a folga de separação entre os corpos rolantes e as paredes do redutor. Do intervalo


recomendado de x  8...10mm , tomou-se x  9mm

l3  9  50  9  85  9  162 mm normalizado é l3  160 mm

Da série de rolamentos SKF para o diâmetro interno de 25mm, escolhe-se preliminarmente o


rolamento:

d (mm) D (mm) B (mm) C (N) Co (N) Pu (N) r/min Designação

25 47 12 11200 6550 275 15000 6005


Tabela 10: Dados do rolamento do veio de entrada

Assim tem-se o valor do comprimento 4. Levando em conta que no presente caso não existem
esforços axiais.

l4  B  12mm

57
8.2.5. Determinação do ponto de aplicação das forças sobre o
rolamento
Para determinar a distância entre os dois rolamentos esféricos, usa-se a seguinte equação:

l AB  L  B

L  l3  2 * B  160  2 * 12  184 mm

l AB  184  12  172mm

8.2.6. Cálculo das reações de apoio


Toma-se como ponto de partida os esforços calculados para o pinhão do veio de entrada.

Fr  106.47 N

Ft  260 .66 N

Fab  481 .25 N

l1  B ( B  bw1 )
a  l 2  45mm , b   x  40mm , c  l AB  b  132mm
2 2
Cálculo das forças no plano XZ

Figura 4: Reacções de Apoio XZ veio de entrada

Equações de equilíbrio

F X 0 Fab  R AX  Fr  RBX  0

M B 0 Fab  (a  b  c)  R AX  (b  c)  Fr  c  0

RAX  688.87 N e RBX  101.146 N

Esforços internos no plano XZ


1ª Secção
58
M I 0, M f  Fab  z  0

Para z  0 tem-se M f  0

Para z  a M f  21.65N  m

2ª Secção

M II 0, M f  RAX  z  Fab  (a  b)  0

Para z  0 tem-se M f  21.65

Para z  b M f  13.35 N  m

3ª Secção

M III  0, M f  RBX  0

Para z  0 tem-se M f  0

Para z  b M f  13.35 N  m

Cálculo das forças no plano YZ


59
Figura 5: Reacções de apoio YZ veio de entrada

Equações de equilíbrio

F Y 0 R AY  Ft  RBY  0

M B 0 R AY  (b  c)  Ft  c  0

RAY  200.04 N e RBY  60.61N

Esforços internos no plano XZ


1ª Secção:

M I 0, M f  R AX  z  0

Para z  0 tem-se M f  0

Para z  b M f  8N  m

2ª Seção:

M II 0, M f  RBX  z  0

Para z  0 tem-se M f  0
60
Para z  c M f  8 N  m

Cálculo do momento torsor no veio de entrada do redutor

M t  T1  6.86 N  m

Diagrama dos momentos no veio

Figura 6: Diagrama de momentos flectores do veio pinhao

8.2.7. Cálculo testador do veio de entrada do redutor


Depois de obtidos os diagramas dos momentos flectores nos planos X e Y, segue-se ao
cálculo dos momentos flectores resultantes. Este cálculo é feito na secção mais perigosa, que
é a mais carregada.

Verifica-se a secção mais carregada no ponto A, no apoio onde se tem reacção RAX, dado
que apresenta maiores valores de momentos flectores.

M res  M X2  M Y2  0 2  21.652  21.65N  m

61
Tendo o momento resultante, calcula-se o momento reduzido no veio de entrada.

M red  M res
2
   T12

α – é o coeficiente que toma em consideração os concentradores de tensão, o seu valor varia


de 0 a 1.

  1 quando não há concentradores de tensão;


  0.75 quando tem-se um escatel;
  0.58 quando temos dois escatéis ou um escatel de ressalto.

M red  21.652  0.75 19.232  27.32 N  m

Cálculo do diâmetro crítico na secção mais carregada.

M red
d crit  3
 
0.1   f

   
Onde:  f  (60...90)MPa , toma-se  f  60MPa

Apôs o cálculo do diâmetro crítico, faz-se a comparação com o diâmetro médio calculado,
onde deve-se verificar a condição: d1  d medio  d crit , o desvio entre os dois não pode exceder
50…60%

d crit  16 .57 mm

Verifica-se a condição d1  d crit , 20  16.57mm

Verificação do desvio

d1  d crit
  100%  17%
d1

62
8.3. Veio intermédio do redutor

8.3.2. Escolha do material


Este veio é feito do material com o qual é feito o pinhão 3 do segundo escalão do redutor,
dado que constituem o mesmo corpo. O seu materil é Aço 45X.

8.3.3. Escolha de tensões admissíveis a torção


Para o caso de veio de redutor, que cosntitui o presente, as tensões admissíveis à torção tem a
seguinte variação:

   (10)12...1520 Mpa
8.3.4. Determinação dos parâmetros geométricos dos escalões dos
veios
O diâmetro médio do veio calcula-se pela expressão:

T 10 3
d1  3
0.2   

76.95  103
d1  3  30.93mm , para garantir que o diâmetro critico seja menor que o
0.2  13
admissível, o valor normalizado é d1  34mm

O comprimento l1 corresponse à largura do rolamento, portanto, l1  B .

O diâmetro d2 queé onde são colocados a roda movida 2 e o pinhão 3 calcula-se pela
expressão:
63
d 2  d1  3.2  r
Da tabela complementar a tabela 7.1, para a faixa de diâmetros correspondente a
d1  (25...30)mm , são retirados os seguintes dados:

t  2.2 , r  2 , e f  1

d 2  25  3.2  2  44.4mm . Da série Ra40 de valores normalizados toma-se d 2  40mm

O seu respectivo comprimento é l 2  x  bw1  59 mm . O normalizado é l2  60mm

O diâmetro no espaço entre o pinhão 2 e o apoio é calculado pela expressão:

d 3 d 2  3.2  r  64 .6mm , o valor normalizado é 65mm, o seu respectivo comprimento


corresponde ao espaço de separação.

l3  x  9mm

O diâmetro do espaço onde é colocado o pinhão do segundo escalão é:

d 4  d 2  40mm

O comprimento é:

l4  d w3  x  94 mm , o valor normalizado é 95mm.

O diâmetro do apoio D tem o mesmo valor com o do outro apoio, tem-se:

d 5  d1  35 mm

O comprimento corresponde ao comprimento do outro apoio que é igual ao comprimento do


rolamento.

l5  l1  B

Da série SKF escolhe-se preliminarmente dos rolamentos com d  35mm o que tem a largura
B  15mm

l1  l5  B  15 mm

O comprimento total do veio no interior do redutor calcula-se da forma seguinte.

L  2  l1  l 2  l3  l 4  193 mm o valor normalizado é 190mm.

64
8.3.5. Escolha preliminar de rolamentos
Conforme já havia sido escolhida a largura do rolamento, os parâmetros do rolamento são os
seguintes:

d (mm) D (mm) B (mm) C (N) Co (N) Pu (N) r/min Designação

35 62 14 15900 10200 440 12000 6007


Tabela 11: Dados dos rolamento do veio intermédio

lCD  L  B , onde:

lCD  153  15  138 mm

8.3.6. Cálculo das reacções de apoio no veio intermedio


Para o cálculo das reacções de apoio, tomam-se como ponto de partida os seguintes dados:

Fr1  212.22N , Ft1  528 .44 N , Fr 2  632.90 N , Ft 2  1575 .96 N

B  bw2 b b
a  x  41mm , b  w1  x  w3  76.5mm , c  lCD  a  b  58 .5mm
2 2 2

Reacções no plano XZ

Equaçoes de equilíbrio:

F X  0 RCX  Fr1  Fr 2  RDX  0

M C o  Fr1  a  Fr 2  (a  b)  RDX  (a  b  c)  0

RCX  1507 .67 N e RDX  631.33N


65
Reacções de apoio no plano YZ

Equações de equilíbrio

F Y  0 , RCY  Ft1  Ft 2  RDY  0

M C  o ,  Ft1  a  Ft 2  (a  b)  RDY  (a  b  c)  0

RCY  606 .75 N e RDY  1559.57 N

Esforços internos no plano XZ

1ª Secção

M I  0 , M f  RCX  z  0

Para z  0 , tem-se M f  0

Para z  a , tem-se M f  61.51N  m

66
2ª Secção:

M II  0 , M f  RCX  z  Fr1  b  0

Para z  0 , tem-se M f  8.14 N  m

Para z  a  b , tem-se M f  169.N  m

3ª Secção

M III  0 , M f  RDX  c  0

Para z  0 , tem-se M f  0 N  m

Para z  c , tem-se M f  36.93N  m

Esforços internos no plano YZ

1ª Secção

M I  0 , M f  RCY  z  0

Para z  0 , tem-se M f  0

Para z  a , tem-se M f  24.87 N  m


67
2ª Secção

M II  0 , M f  RCY  z  Ft1  b  0

Para z  0 , tem-se M f  19.94 N  m

Para z  a  b , tem-se M f  91.23N  m

3ª Secção

M III  0 , M f  RDX  c  0

Para z  0 , tem-se M f  0 N  m

Para z  c , tem-se M f  91.23N  m

68
Diagrama dos momentos no veio

Figura 7: Diagrama dos momentos flectores do veio intermédio

8.3.7. Cálculo testador do veio intermédiodo redutor


Depois de obtidos os diagramas dos momentos flectores nos planos X e Y, segue-se ao
cálculo dos momentos flectores resultantes. Este cálculo é feito na secção mais perigosa, que
é a mais carregada.

Verifica-se a secção mais carregada no meio o pinhão do segundo escalão, dado que
apresenta maiores valores de momentos flectores.

69
M res  M X2  M Y2  192 N  m

Tendo o momento resultante, calcula-se o momento reduzido no veio de entrada.

M red  M res
2
   T32

  0.75 quando tem-se um escatel;


M red  203 .29 N  m

Cálculo do diâmetro crítico na secção mais carregada.

M red
d crit  3
 
0.1   f

   
Onde:  f  (60...90)MPa , toma-se  f  70MPa

Apôs o cálculo do diâmetro crítico, faz-se a comparação com o diâmetro médio calculado,
onde deve-se verificar a condição: d1  d medio  d crit , o desvio entre os dois não pode exceder
50…60%

d crit  30 .7 mm

Verifica-se a condição d1  d crit , 34  30.73mm

Verificação do desvio

d1  d crit
  100%  9.59%
d1

70
8.4. Veio de saída do redutor

8.4.2. Escolha de tensões admissíveis a torção


Para o caso de veio de redutor, que cosntitui o presente, as tensões admissíveis à torção tem a
seguinte variação:

   (10)12...1520 Mpa
8.4.3. Determinação dos parâmetros geométricos dos escalões dos
veios
O diâmetro médio do veio calcula-se pela expressão:

T4 103
d1  3
0.2   

346.3  103
d1  3  48.69mm o valor normalizado é d1  50mm
0.2  13

O comprimento l1 é calculado em função do diâmetro de entrada:

l1  1.4  d1  70mm o diâmetro normalizado é 71mm

O chanfro correspondente é f  1.6mm para o intervalo de d1  (42...50)mm

Cálculo do diâmetro 2:

d 2  d1  2  t  50  2  2.8  55.6mm , O coeficiente t é obtido da tabela complementar a


tabela 7.1, para o intervalo de d  (42...50)mm . O valor normalizado é d 2  55mm

Cálculo do comprimento 2:
71
l2  1.5  d 2  82.5mm

Cálculo do diâmetro 3:

d 3  d 2  3.2  r  64 .5mm , Onde tem-se r  3 , da tabela complementar a tabela 7.1. o valor


normalizado é d 3  65 mm

Cálculo do diâmetro 4:

O diâmetro d 4 obtém-se da igualdade:

d 4  d 2  55mm

Cálculo do comprimento 3:

O comprimento l3 corresponde ao comprimento total do veio no interior do redutor, é


calculado considerando que trata-se de um redutor bi-escalonar e que o pinhão esta disposto
em posição assimétrica em relação ao veio.

l3  x  bw1  x  bw3  x

x - É a folga de separação entre os corpos rolantes e as paredes do redutor. Do intervalo


recomendado de x  8...10mm , tomou-se x  9

l3  9  50  9  85  9  162 mm normalizado é l3  160 mm

Este comprimento é dividido em 3 partes devido ao escalão de encosto da roda movida,


portanto passa-se a ter os comprimentos l5 , l 6 e l 7

Cálculo do comprimento 5:

l5  bw3  85 mm

Cálculo do diâmetro 5:

O escalão do diâmetro 5 tem como objectivo encostar a roda dentada dentada em um dos
lados do veio.

d 5  d 3  3.2  r  65  3.2  3  674 .6mm , o valor normalizado é 75mm

72
Cálculo do comprimento 6:
Este comprimento tem como recomendação o seguinte:

l6  0.4  d 4  0.4  55  22 mm

Cálculo do comprimento 7:

l7  l3  l5  l6  53mm

Da série de rolamentos SKF para o diâmetro interno de 25mm, escolhe-se preliminarmente o


rolamento:

d (mm) D (mm) B (mm) C (N) Co (N) Pu (N) r/min Designação

55 90 18 28100 21200 900 7500 6011


Tabela 12: Dados dos rolamentos do veio de saída

O comprimento l 4 , corresponde ao apoio e seu valor é igual ao da largura do rolamento,


portanto, l4  B  18mm

8.4.4. Determinação do ponto de aplicação das forças sobre o


rolamento
Para determinar a distância entre os dois rolamentos esféricos, usa-se a seguinte equação:

l EF  L  B

L  l3  2 * B  166 mm

lEF  166  18  178mm

8.4.5. Cálculo das reações de apoio


Toma-se como ponto de partida os esforços calculados para o pinhão do veio de entrada.

Fr  982.81N

Ft  2426 .98 N

Funi  4652 .34 N

B  bw3 l1  B
a  l EF   x  117.5mm , b  lEF  a  60.5mm , c  l2  111mm
2 2

73
Reacçoes de apoio no plano XZ

Equações de equilíbrio

F X  0 REX  Fr  RFX  0

M E 0  Fr  a  RFX  (a  b)  0

REX  648.77 N e RFX  334.04 N

Reacções de apoio no plano YZ

Equações de equilíbrio

F Y  0  REY  Ft  RFY  Funi  0

M E 0  Ft  a  RFY  (a  b)  Funi  (a  b  c)  0

REY  3726.09 N e RFY  5951.44 N

Esforços internos no plano XZ

74
1ª Secção:

M I  0 , M f  REX  z  0

Para z  0 , tem-se M f  0

Para z  a , tem-se M f  39.25 N  m

2ª Secção:

M II  0 , M f  RFX  z  0

Para z  0 , tem-se M f  0

Para z  b , tem-se M f  39.25 N  m

Esforços internos no plano YZ

1ª Secção:

M I  0 , M f  REY  z  0

Para z  0 , tem-se M f  0

75
Para z  a , tem-se M f  437.81N  m

2ª Secção:

M II  0 , M f  RFY  z  Funi  ( z  c)  0

Para z  0 , tem-se M f  516.41N  m

Para z  b , tem-se M f  437.81N  m

3ª Secção:

M III  0 , M f  Funi  z  0

Para z  0 , tem-se M f  0

Para z  c , tem-se M f  516.41N  m

76
Diagrama dos momentos no veio

Figura 8: Diagrama dos momentos flectores do veio de saida

8.4.6. Cálculo testador do veio de saída do redutor


Verifica-se a secção mais carregada no meio o pinhão do segundo escalão, dado que
apresenta maiores valores de momentos flectores.

M res  M X2  M X2  517.9 N  m

Tendo o momento resultante, calcula-se o momento reduzido no veio de entrada.

M red  M res
2
   T42

  0.75 quando tem-se um escatel;


M red  598 .47 N  m

77
Cálculo do diâmetro crítico na secção mais carregada.

M red
d crit  3
 
0.1   f

   
Onde:  f  (60...90)MPa , toma-se  f  90MPa

Apôs o cálculo do diâmetro crítico, faz-se a comparação com o diâmetro médio calculado,
onde deve-se verificar a condição: d1  d medio  d crit , o desvio entre os dois não pode exceder
50…60%

346.3 103
d crit  3  40.5mm
0.1 70

Verifica-se a condição d1  d crit , 50  40.5mm

Verificação do desvio

d1  d crit
 100%  16.7%
d1

8.5. Dimensionamento do veio executivo

8.5.1. Escolha de tensões admissíveis a torção


Para o caso de veio de redutor, que cosntitui o presente, as tensões admissíveis à torção tem a
seguinte variação:

   (10)12...1520 Mpa
8.5.2. Determinação dos parâmetros geométricos dos escalões dos
veios
O diâmetro médio do veio calcula-se pela expressão:

T4 103
d1  3
0.2   

346.3  103
d1  3  48.69mm o valor normalizado é d1  50mm
0.2  13

O comprimento l1 é calculado em função do diâmetro de entrada:

78
l1  1.5  d1  75mm

O chanfro correspondente é f  1.6mm para o intervalo de d1  (42...50)mm

Cálculo do diâmetro 2:

d 2  d1  2  t  50  2  2.8  55.6mm , O coeficiente t é obtido da tabela complementar a


tabela 7.1, para o intervalo de d  (42...50)mm . O valor normalizado é d 2  55mm

Cálculo do comprimento 2:

l2  1.25  d 2  68.75mm o normalizado é l2  71mm

Para veios executivos, o comprimento l 2 (onde se assenta o apoio) é repartido em duas partes,
que são:

l2 ´ 30mm

Tem-se:

d 2 ´ d1  2  t  50  2  2.5  60mm

l2 ´´ 71  30  41mm

Cálculo do diâmetro 3:

d 3  d 2  3.2  r  64 .5mm , Onde tem-se r  3 , da tabela complementar a tabela 7.1. o valor


normalizado é d 3  65 mm . Corresponde ao escalão onde é assentada uma das rodas
estreladas.

O comprimento l3 corresponde a largura da placa

Cálculo do diâmetro 4:

O diâmetro d 4 serve para impedir o deslocamento das rodas estreladas para o interior do
veio:

d 4  70mm

d 5  d 2 ´ 60 mm

l5  l2 ´ 30 mm

d 6  d 2  55 mm

l6  B , onde B é a largura do rolamento


79
9. CÁLCULO TESTADOR DOS ROLAMENTOS
O calculo testador dos rolamentos é baseado em dois critérios, que são:

1. Cálculo à capacidade de carga estática, que é feito para rolamentos que tem
frequência de rotações muito baixas que é praticamente rolamento estacionário. A sua
frequência de rotações varia de 1…10[rpm].

2. Cálculo à capacidade de carga dinâmica, que é o cálculo de longevidade ou


cálculo a fadiga, feito para frequências de rotação maiores que 10[rpm].

Estes cálculos tem por objectivo determinar a carga que pode ser suportada pelos rolamentos
escolhidos durante o cálculo testador dos veios, assim como verificar o tempo de vida útil em
conformidade com o regime de funcionamento do mecanismo a projectar, evitando que
aconteçam deformações plásticas ou destruição por fadiga nos rolamentos.

Para o presente caso só será feito o cálculo a capacidade de carga dinâmica, dado que a
menor frequência no de rotações nos rolamentos do acionamento é de 20[rpm].

9.1. Cálculo da capacidade de carga dinâmica dos rolamentos


O método de cálculo empregue consiste na determinação da vida útil do rolamento
selecionado, à carga a qual está sujeito.
A limitação de trabalho e a limitação da carga dinâmica é expressa pala condição:
A capacidade de carga dinâmica do rolamento não seve ser superioe a capacidade admissível.
p
C 
C  C  , Onde: C  P  L , proveniente de L10  L   
P

P
L  É o tempo de vida do rolamento, em milhões de revoluções;

P  Carga dinâmica reduzida que actua sobre o rolamento;

p  Expoente de cálculo, para o caso de rolamentos esféricos usa-se p  3

O tempo de vida útil do rolamento é dado por:

60  n  Lh
L ; [milhões de voltas]
106
Onde:

Lh  Tempo de vida dos rolamentos em horas;

n  Frequência de rotação do rolamento;

80
A carga dinâmica reduzida é calculada pela formula:

P  ( X  V  Fr  Y  Fa )  K S  K T

Onde:

V  Coeficiente que toma em conta a rotação de um dos aneis:

 V  1  Quando gira o anel interno do rolamento;

 V  1.2  Quando gira o anel externo do rolamento.

K S  coeficiente de segurança do rolamento;

 K S  1  Para cargas suaves e vida útil curta;

 K S  1.3...1.4  Para cargas que tem vibrações  até 50%, vida útil média;

 K S  1.7...2  Para cargas grandes, vibrações e vida útil longa;

K T  Coeficiente de temperatura do rolamento.

X e Y – São os factores de carga radial e axial respectivamente, toma-se da tabela quando se


cupre uma das condições abaixo:

Fa
 e ; Para o caso, X  1 e Y  0 , P  Fr  1.12  Y  Fa
V X  Fr

O tempo de funcionamento do mecanismo já foi determinado anteriormente portanto:

Lh  23827 .2

9.2. Cálculo dos rolamentos para o veio de entrada do redutor


d (mm) D (mm) B (mm) [C] (kN) Co (kN) Pu (kN) r/min e Designação

25 47 12 11.200 6.550 0.275 15000 0.08 6005

Para este cálculo, primeiro calculam-se as resultantes dos esforços no rolamento.

RA  RAX
2
 RAY
2
 717.33N

RB  RBX
2
 RBY
2
 117.92 N

81
n  372.3rpm

Verifica-se que o apoio mais carregado é o “A”, é nesse ponto onde serão feitos os cálculos.

Cálculo testador à carga dinâmica do rolamento do apoio A

Para transmissões com rodas dentadas com dentes angulares, a força axial “Fa” é nula, dai
que:

Fa
 0  e  0.08
VX  Fr

P  RA  717.33N

60  n 60  372.3
L 6
 Lh  6
 23827.2  532.22 106 voltas
10 10

C  P  P L  5813.27 N

C  C  , 5813.27  11200

Verifica-se a condição de resistência do rolamento a carga dinâmica nos apoios.

Cálculo do desvio

11200  5813.27
  48%
11200

9.3. Cálculo dos rolamentos para o veio intermédio do redutor


d (mm) D (mm) B (mm) C (N) Co (N) Pu (N) r/min Designação

35 62 14 15900 10200 440 12000 6007

Cálculo das resultantes dos esforços no rolamento.

RC  RCX
2
 RCY
2
 1625.18N

RD  RDX
2
 RDY
2
 1682.5 N

n  93rpm

Verifica-se que o apoio mais carregado é o “D”, é nesse ponto onde serão feitos os cálculos.

82
Cálculo testador à carga dinâmica do rolamento do apoio D

Para transmissões com rodas dentadas com dentes angulares, a força axial “Fa” é nula, dai
que:

Fa
 0  e  0.13
V X  Fr

P  RD  1682.5N

60  n 60  93
L 6
 Lh   23827.2  133 106 voltas
10 106

C  P  P L  1682 .5  3 133  8589 .5 N

C  C  , 8589.5  15900N

Verifica-se a condição de resistência do rolamento a carga dinâmica nos apoios.

Cálculo do desvio

15900  8589.5
  45.9%
15900

9.4. Cálculo dos rolamentos para o veio de saida do redutor


d (mm) D (mm) B (mm) C (N) Co (N) Pu (N) r/min Designação

55 90 18 28100 21200 900 7500 6011

Cálculo das resultantes dos esforços no rolamento.

RE  REX
2
 REY
2
 3741.03N

RF  RFX
2
 RFY
2
 5986.7 N

n  20.68rpm

Verifica-se que o apoio mais carregado é o “F”, é nesse ponto onde serão feitos os cálculos.

Cálculo testador à carga dinâmica do rolamento do apoio F


83
Para transmissões com rodas dentadas com dentes angulares, a força axial “Fa” é nula, dai
que:

Fa
 0  e  0.26
V X  Fr

P  RF  5986.7 N

60  n 60  20.68
L 6
 Lh   23827.2  29.56 106 voltas
10 106

C  P  P L  5986 .7  3 29 .56  18512 .39 N

C  C  , 18512.39  28100N

Verifica-se a condição de resistência do rolamento a carga dinâmica nos apoios.

Cálculo do desvio

28100  18512.39
  34.11%
28100

10. CONSTRUÇÃO DO CORPO E TAMPA DO


REDUTOR
Para a construção do corpo redutor, se obedece a seguinte sequencia de cálculo:

1. Espessura da parede do corpo redutor:

  0.025  a  1...5mm

O presente redutor é bi-secalonar portanto tem-se:

a  a1  a 2  274 mm

  0.025  247.5  3  9.85mm o valor normalizado é 10mm.


2. Espessura da parede da tampa do redutor:

 1  0.02  a  1...5  0.02  247 .5  3  8.48 mm , toma-se o valor normalizado


1  8.5mm

3. Espessura dos rebordos (flanges) do corpo redutor:

S  1.5    15mm

4. Espessura dos rebordos da tampa do redurtor:

84
S1  1.5  1  12.75mm toma-se S1  13mm

5. Espessura das patas do redutor (flange inferior do redutor):

t  (2...2.5)    20mm o é valor normalizado

6. Espessura das nervuras do reforço do redutor:

C  0.85  8.5mm
7. Diâmetro dos parafusos do fundamento:

d f  (1.5...2.5)    15mm

8. Largura das flanges de fixação do redutor ao fundamento:

K1  2.1  d f  31.5  32mm

9. Diâmetro dos parafusos que fixam a tampa do redutor no corpo:

d t  (0.5...0.6)  d f  7.5mm o diâmetro normalizado é d t  8mm

10. Largura das flanges que unem o corpo à tampa do redutor na zona dos rolamentos:

K  3  d t  22 .5mm o normalizado é K = 22mm

11. Diâmetro dos parafusos que unem a tampa eo corpo do redutor na zona dos
rolamentos:

d t .c.r  0.75  d f  11.25mm o normalizado é d t .c.r  12 mm

12. Diâmetros dos parafusos das tampas dos rolamentos do redutor:

d t .r  (0.7...1.4)  10 mm

13. Diâmetro dos pinos de centragem:

O valor é arbitrado na faixa 8…16mm, sendo os maiores valores para redutores


grandes.
Toma-se 10mm
14. Diâmetro dos parafusos da tampa de inspencção:

d t .i  6...10 mm , toma-se d t .i  8mm

15. Diâmetro da rosca do bujão do redutor:

d b  (1.6...2.2)    18 mm

85
10.1. Construção dos parafusos, órgãos dos rolamentos e conjunto do
redutor
1. Folga lateral entre a parede do corpo e a roda movida ou pinhão :
y  (0.5...1.5)    10mm

2. Folga entre as cabeçs dos dentes e a parede do redutor (corpo e tampa):

y1  (1.5...3)    20mm

Para garantir uma dimensão suficiente do caracter do redutor recomenda-se que a


distância entre as coroas dos dentes da roda movida e o fundo seja:

y1´ (3...4)    30mm

3. Os comprimentos das consolas dos veios rápidos e lentos tomam-se de:

l  (1.5...2)  d veio

l1  1.5  25  36mm

l2  1.5  40  51mm

l  1.5  55  82.5mm
4. A largura das abas das tampas dos rolamentos é dada por:

X  2  d t .r  20 mm

O comprimento dos escalões do veio que ficam sobre o vedante são considerados:

l1´ l2 ´ 1.5  Bmax  1.5  18  27 mm

A distância desde a face do rolamento até ao cubo do pinhão é:

l1 ' '  8...10mm  9mm

A medida axial da tampa de rolamento do veio de entrada é:

l1 ' ' '  8...18mm  14mm

A medida axial da tampa do rolamento no veio intermédio é:

l2 ' '  8...25mm  13mm

A medida axial da tampa do rolamento no veio de saída é:

l3 ' '  8...25 mm  11mm

86
5. A distância desde o ponto de aplicação da força até ao ponto de aplicação dos apoios
é:
- para o veio de saída:

a 2  y  0.5  lc  52 .5mm normalizado é a2  53mm

Onde lc é o comprimento do cubo

- para o veio de entrada (subentende-se que lc  b2 )

a1  y  0.5  lc  35 mm

Onde b1 é a largura do pinhão (subentende-se que não há cubo ou que lc  b1 )

6. Dimensões de exteriores do redutor ( Lred , Bred e H red )

São obtidas computando as dimensões dos elementos montados.

11. CÁLCULO TESTADOR DOS VEIOS DO REDUTOR


O cálculo testador dos veios do redutor é tem como finalidade a verificação da
resistência dos veios às várias solicitações a que estão sujeitos, que são:
 A resistência à fadiga;
 A resistência à carga estática;
 A rigidez dos veios;
 As vibrações dos veios e
 A resistência térmica.

Dado que a maioria dos veios trabalham a temperaturas inferiores a 100ºC, considera-
se a mesma situação no presente caso e assim, é dispensável o cálculo a resistência
térmica.

11.1. Cálculo testador à fadiga dos veios


Este calculo consiste em determinar a resistência do veio nas secções mais carregadas
por momentos reduzidos mais elevados e nas secções onde há concentradores de
tensões que são as ranhuras, transições de escalões, bem como nos troços roscados.

A condição de resistência à fadiga, consiste na avaliação do coeficiente de segurança


do seguinte modo:

s  s
87
Onde:

s  s
s
s2  s2

s  é coeficiente de segurança.

s  (1.5...2.5)  é coeficiente de segurança admissível.


s  é o coeficiente de segurança de resistência à fadiga por tensões de flexão.

s  é o coeficiente de segurança de resistência a fadiga por tensões tangenciais.

 1
s 
 a  K
    m
Kd  KF

 1
s 
 a  K
    m
Kd  KF

 a  é a amplitude das tensões normais.

 m  são tensões normais médias.

 1  é o limite de fadiga admissível à flexão do material.

   é o coeficiente da sensibilidade do material à assimetria do ciclo de variação das


tensões tangenciais.

 m  são tensões tangenciais médias.

11.2. Cálculo do teste a fadiga do veio de entrada do redutor


O cálculo é feito na secção mais carregada do veio. Conforme é possível verificar no
diagrama dos momentos flectores, a secção mais carregada é no apoio A.

11.2.1. Determinação das amplitudes normal e tangencial


M res 21.65
a m    13.86MPa
0.1 d 3
0.1 (25 10 3 ) 3

0.5  T
a   3.07MPa
0.2  d 3

88
11.2.2. Limite de fadiga admissível a flexão do material

O material do veio aço 45X tem como limite de ruptura o seguinte valor:  r  736MPa .

 1  (0.4...0.5)   r  0.4  736  294.4MPa

 1  (0.2...0.3)   r  3.4  736  147.2MPa

11.2.3. Factor de concentração de tensões


Estes factores são tabelados, e para a sua retirada, é preciso ter em conta os seguintes dados:

D  44mm , d  35mm , r  2 , t  2.2

D r
 1.25 ,  0.06
d d

Da tabela, para valores de  r  700...1000 , são achados por intrpolação K   1.725 e


K  1.325 .

O coeficiente dimensional de escala K d é retirado graficamente, considerando a existência de


concentrações detensões: K d  0.8 .

O coeficiente de rugosidade K F é retirado graficamente, considerando torneamento de


acabamento: K F  0.8

Os coeficientes de correcção são os correspondentes a aços de liga:

   0.15 e    0.1

11.2.4. Determinação das amplitudes normal e tangencial

s  7.46

s  22 .03

s  s
s  7.07
s2  s2

s  s  , 7.07  1.5 , logo verifica-se que o veio de entrada do redutor resiste a fadiga.

89
11.3. Cálculo do teste a fadiga do veio intermédio do redutor
O cálculo é feito na secção mais carregada do veio. Conforme é possível verificar no
diagrama dos momentos flectores, a secção mais carregada é no ponto onde actuam as
forças tangencial e radial do pinhão do segundo escalão.

11.3.1. Determinação das amplitudes normal e tangencial


M res 192
a  m    30MPa
0.1  d 3
0.1  (40  10 3 ) 3

0.5  T
a   3MPa
0.2  d 3

11.3.2. Limite de fadiga admissível a flexão do material

O material do veio aço 45X tem como limite de ruptura o seguinte valor:  r  736MPa .

 1  (0.4...0.5)   r  0.4  736  294.4MPa

 1  (0.2...0.3)   r  3.4  736  147.2MPa

11.3.3. Factor de concentração de tensões


Estes factores são tabelados, e para a sua retirada, é preciso ter em conta os seguintes dados:

D  48mm , d  40mm , r  2 , t  2.2

D r
 1.22 ,  0.08
d d

Da tabela, para valores de  r  700...1000 , são achados por intrpolação K   1.725 e


K  1.325 .

O coeficiente dimensional de escala K d é retirado graficamente, considerando a existência de


concentrações detensões: K d  0.8 .

O coeficiente de rugosidade K F é retirado graficamente, considerando torneamento de


acabamento: K F  0.8

Os coeficientes de correcção são os correspondentes a aços de liga:

   0.15 e    0.1

90
11.3.4. Determinação das amplitudes normal e tangencial

s  3.44

s  22 .56

s  s
s  3.4
s2  s2

s  s  , 3.4  1.5 , logo verifica-se que o veio intermédio do redutor resiste a fadiga.

11.4. Cálculo do teste a fadiga do veio de saída do redutor


O cálculo é feito na secção maiscarregada do veio. Conforme é possível verificar no
diagrama dos momentos flectores, a secção mais carregada é no ponto de actuação das forças
radial e tangencial, ao meio da largura da roda movida.

11.4.1. Determinação das amplitudes normal e tangencial

M res
a  m   18.85MPa
0.1  d 3

0.5  T
a   3.15MPa
0.2  d 3

11.4.2. Limite de fadiga admissível a flexão do material

O material do veio aço 45X tem como limite de ruptura o seguinte valor:  r  736MPa .

 1  (0.4...0.5)   r  0.4  736  294.4MPa

 1  (0.2...0.3)   r  3.4  736  147.2MPa

11.4.3. Factor de concentração de tensões


Estes factores são tabelados, e para a sua retirada, é preciso ter em conta os seguintes dados:

d  60mm , r  3

r
 0.05
d

91
Da tabela, para valores de  r  700...1000 , são achados por intrpolação K   1.975 e
K  1.476 .

O coeficiente dimensional de escala K d é retirado graficamente, considerando a existência de


concentrações detensões: K d  0.55 , valor obtido por interpolação.

O coeficiente de rugosidade K F é retirado graficamente, considerando torneamento de


acabamento: K F  0.8

Os coeficientes de correcção são os correspondentes a aços de liga:

   0.15 e    0.1

11.4.4. Determinação das amplitudes normal e tangencial

s  3.36

s  13 .51

s  s
s  3.26
s2  s2

s  s  , 3.26  1.5 , logo verifica-se que o veio de saída do redutor resiste a fadiga.

11.5. Cálculo testador à carga estática dos veios


Neste cálculo irá se verificar so os veios resistem a deformação plástica ou destruição devido
a sobrecargas. Serão usadas para este cálculo tensões equivalentes que incluem a flexão assim
como a torção.

 eq   2f  3  2   

M T
f  , 
0.1  d 3 0.2  d 3
M e T são momentos flector e torsor, respectivamente.

O valor da tensão admissível será calculado com base no limite de escoamento  e

   0.8   e

92
11.5.1. Cálculo testador à carga estática do veio de entrada do
redutor
Dos cálculos efectuados no cálculo testador à fadiga, tem-se os seguintes valores.

 f   a  13.86MPa

   a  3.07 MPa

 eq   2f  3  2  14.85MPa

   0.8   e  0.8  490  392 MPa


 eq    , verifica-se que o veio de entrada do redutor resiste à carga estática.

11.5.2. Cálculo testador à carga estática do veio intermédio do


redutor
Dos cálculos efectuados no cálculo testador à fadiga, tem-se os seguintes valores.

 f   a  30MPa

   a  3MPa

 eq   2f  3  2  30.45MPa

   0.8   e  0.8  490  392 MPa


 eq    , verifica-se que o veio intermédio do redutor resiste à carga estática.

11.5.3. Cálculo testador à carga estática do veio de saída do redutor


Dos cálculos efectuados no cálculo testador à fadiga, tem-se os seguintes valores.

 f   a  18.85MPa

   a  3.15 MPa

 eq   2f  3  2  19.63MPa

   0.8   e  0.8  490  392 MPa


 eq    , verifica-se que o veio de entrada do redutor resiste à carga estática.
93
11.6. Calculo testador à rigidez dos veios
Este cálculo tem como objectivo verificar a resistência dos veios ao deslocamento estático
dado que este tem efeitos negativos aos órgãos agregados ao veio, tais como: rodas tentadas,
apoios que são referentes ao presente caso.

A deformação do veio provoca concentração nas rodas dentadas por meio da distribuição
irregular da carga ao longo do comprimento dos dentes. Por outro lado, grandes ângulos de
rotação dos veios nos apoios podem ultrapassar os limites admissíveis para os apoios e causar
encravamento.

Os requisitos de rigidez do veio ependem da aplicação concreta, as recomendações gerais


são:

- Para veios de transmissões dentadas a flecha devida a deflexão do veio sob a roda é
y  0.01 m , para rodas dentadas cilíndricas é y  0.005  m . Onde m é modulo do
engranamento.

- O ângulo de rotação (inclinação) mútua dos veios sob engrenamento é   0.001 rad.

- É recomendado geralmente na construção de máquinas a seguinte flecha para veios


y  (0.0002...0.0003)  l , onde l é a distância entre os apoios.
- O ângulo de rotação do veio sob rolamentos radiais de esferas    0.005 rad.

11.6.1. Cálculo testador à rigidez ao veio de entrada do redutor


Plano XZ

Equações dos momentos flectores:

Trecho 1: M ( z1 )  Fab  z1  M f 2

Trecho 2: M ( z 2 )  Fab  (45  z 2 )  RAX  z 2  M f 2

Trecho 3: M ( z3 )  Fab  (84  z3 )  R AX (39  z3 )  Fr1  z3  M f 2

94
Reacções de apoio

217  Fab  132  Fr1


RAX 
172
45  Fab  34  Fr1
RBX 
172
Assim, nas equações de momentos flectores passa-se a ser:

M ( z1 )  Fab  z1  M f 2

 45  132
M ( z 2 )  Fab   45   z2    Fr1  z 2  M f 2
 172  172

 5985  45z3   5187  305z3 


M ( z3 )     Fab     Fr  M f 2  M f 1
 172   172 

Tabela das derivadas parciais

k M k M k M k M k limites
Fab Fr1 M f 1 M f 2
1 z1 - - - 0 – 45
2  45  132 - -1 0 – 40
 45   z2    z2
 172  172
3  5985  45z3   5187  305z3  -1 - 0 – 132
   
 172   172 
Tabela 13: Derivadas parciais do veio de entrada

No escalão do pinhão

 132 40 45 132   


     Fab  (45  z2 )   Fr1  z 2  z 2 dz 2   
W 1  172 0  172 172   
y1x    
Fr EI
  F   5985  45 z3   F   5187  305z3     5187  305z3   dz  
132

 0  ab  172 
r1
 172 
  172 
3
 

 268728377.5
y1x 
EI

E  2.135 105 N / mm 2

95
  d 34 3.14  354
Ix    73624.414mm 4
64 64

y1x  0.017 mm

Ângulo de deflexão

W 1   5985  45 z3   5187  305 z 3  


132
1 y   2   ( Fab    Fr1   )dz3 
M f 1 EI  0  172   172  

1
1 y   1006509.24
EI

1 y  0.000064rad

Deslocamento na polia

W   45  133   45 
45 40
1
Fab EI 0   F
yab   ( Fab  z1  z1  dz1  ab   45  z 2   Fr1  z 2    45  z 2 dz 2 
0  172  172   172 

 5985  45 z3 5187  305z3   5985  45 z3 


132
   F
0
ab 
172
 Fr1 
172

  172
)dz3

22216564.8
y ab  ,
EI

W   45  132 
45 40
1
 ab   (  Fab  z1dz1    Fab   45  z 2   Fr1  z 2 dz 2 
M fab EI 0 0  172  172 

 5985  45 z3 5187  305z3 


132
   Fab   Fr1  )dz3
0 
172 172

2103726
 ab   0.00125
213500  7850
O momento de inércia calcula-se usando o diâmetro do escalão da polia.

  d14
3.14  20 4
Ix    22216564.81mm 4
64 64

22216564.8
yab   0.013mm
213500  7850

96
Plano YZ

Equações dos momentos flectores

Trecho 1: M ( z1 )  0

Trecho 2: M ( z2 )  RAY  z2

Trecho 3: M ( z3 )  RAY  (39  z3 )  Ft  z3  M f 1

Reacções de apoio

 132  Ft1
RAY 
172
 40  Ft1
RBY 
172

As equações dos momentos flectores passam a ser:

Trecho 1: M ( z1 )  0

 132  Ft1
Trecho 2: M ( z 2 )   z2
172

 5187 305 
Trecho 3: M ( z3 )   Ft1     z3   M f 1
 172 172 

Tabela das derivadas parciais

k M k M k limites
Ft1 M f 1

1 0 - 0 – 45
2 132 - 0 – 40
 z2
172

97
3  5187 305  -1 0 –132
  z2 
 172 172 

Deslocamento no escalão do pinhão

1   5187  305z3  
2
W
2
 132 
40 132
y1 y     Ft1     z 2 dz2   Ft1   dz3 
2

Ft1 EI  0  172  0  172  

6665831.14
y1 y   0.000424mm
213500  73625.4

Ângulo de deflexão:

W  5187  305z 2 
132
1
1 y  
M f 1 EI F
0
t1 
 172
dz3

5235175.76
1 y   0.000333rad
213500  73625.4
Não calculou-se o deslocamento no escalão da polia dado que os esforços actuam apenas num
sentido.

Determinação das resultantes dos deslocamentos


No escalão do pinhão

y1  y12x  y12y  0.017 2  0.0004242  0.0171mm   y   0.02mm

1  12x  12y  0.0000642  0.0003332  0.000339mm     0.005rad

No escalão da polia

y ab  y abx
2
 y aby
2
 0.0132  0 2  0.013mm   y   1mm

 ab   abx
2
  aby
2
 0.00125  0  0.00125mm     0.005rad

A comparação os valores obtidos nos cálculos com os valores admissíveis mostra que o veio
resiste à rigidez.

98
11.6.2. Cálculo testador à rigidez para veio de saída do redutor
Para o veio de saída tem-se os seguintes valores:

Fr 4  982.82N

Ft 4  2426 .98 N

Funi  4652 .35 N

Momento de inércia parao escalão da engrenagem

  d 34 3.14  652
Ix    875796.3mm 4
64 64
Momento de inércia parao escalão da união

  d14 3.14  50 2
I xuni    306640.6mm 4
64 64

Plano XZ

Equações dos momentos flectores

Trecho 1: M ( z1 )  REX  z1

Trecho 2: M ( z 2 )  REX  (117.5  z 2 )  Fr 4  z 2  M f 1

Trecho 3: M ( z3 )  0

Reacções de apoio

Fr 4  60.5
REX 
178

99
117.5  Fr 4
RFX 
178

As equações dos momentos flectores passam a ser


60.5
Trecho 1: M ( z1 )   Fr 4  z1
178

 7108.75  111.5 z 2 
Trecho 2: M ( z 2 )     Fr 4  M f 1
 178 
Trecho 3: M ( z3 )  0

Tabela das derivadas parciais

k M k M k limites
Fr 4 M f 1

1 60.5 - 0 – 117.5
 z1
178
2  7108.75  111.5 z 2  -1 0 – 60.5
 
 178 
3 0 - 0 – 111

No escalão da engrenagem

1  
2 2
W  60.5   7108.75  111.5  z 2 
117.5 60.5
y3 x      Fr 4  z1 dz   Fr 2     dz 2 
2

Fr 2 EI   175   178  


 0 0 

61429466.71
y3 x   0.000329mm
213500  875796.3

Ângulo de deflexão

W  7108.75  111.5 z 2 
60.5
1
3x  
M f 1 EI  F
0
r4 
 178
dz 2

 1247962.95
3x   0.00000667rad
213500  875796.3
100
Plano YZ

Equações dos momentos flectores


Trecho 1: M ( z1 )   REY  z1

Trecho 2: M ( z 2 )   REX  (117.5  z 2 )  Ft 4  z 2  M f 2

Trecho3: M ( z3 )  Funi  z3  M f 3

Reacções de apoio
 Ft 4  60.5  Funi 111
REX 
178
 Ft 4 117.5  Funi  289
RFY 
178

As equações dos momentos flectores passam a ser:

  F  60.5  Funi 111 


Trecho 1: M ( z1 )   t 4   z1
 178 
(7108.75  117.5 z 2 ) (13042.5  111z 2 )
Trecho 2: M ( z 2 )   Ft 4   Funi  Mf2
178 178
Trecho 3: M ( z3 )   Funi  z3  M f 3

Tabela das derivadas parciais


k M k M k M k M k limites
Funi Ft 4 M f 2 M f 3
1 111 60.5 - - 0 – 117.5
 z1  z1
178 178

101
2 (13042.5  111z 2 ) (7108.75  117.5 z 2 ) -1 - 0 – 60.5

178 178
3  z3 - - -1 0 – 111

Tabela 14: derivadas parciais do veio de saída

No escalão da engrenagem

117.5   Ft 4  60.5  Funi  111  60.5 2 


     z1 dz1  
 0  178  178 
W 1  
y3 y  

Ft 4 EI 60.5 
  7108.75  117.5 z 2 13042.5  111z 2   7108.75  117.5 z 2  
    Ft 4  ( )  Funi  ( )   dz 2 
 0  178 178   178  

 670466941.35
y3 y   0.00358mm
213500  875796.28

Deslocamento angular

W  7108.75  117.5 z 2   13042.5  111z 2 


60.5
1
3 y 
M f 3

EI
  ( F
0
t4 
 178
  Funi  
  178
)dz 2

563399826.6
3 y   0.00301rad
213500  875796.28

No escalão da união

117.5   Ft 4  60.5  Funi 111  111 2 


     z1 dz1  
 0  178  178 
W  7108.75  117.5 z 2 13042.5  111z 2   13042.5  111z 2  
    Ft 4  (
60.5
1
y3uni   )  Funi  ( )  dz 2 
Funi EI  0  178 178   178  
 111 
 z  (13042.5  111z 3 ) dz 
  3 3

 0 178 

 908761823.23
y3uni   0.0138mm
213500  306640.63

Deslocamento angular
102
W
111
1
 3uni  
M f 3 EI   z dz
0
3 3

 6160.5
 3uni   4.03 10 14
213500  306640.63

Determinação das resultantes dos deslocamentos


No escalão do pinhão

y3  y32x  y32y   0.003282  (0.00358) 2  0.0048mm   y   0.03mm

 3   32x   32y   0.00000662  0.003012  0.00301mm     0.005rad

No escalão da união

y3uni  yunix
2
 yuniy
2
 0  (0.0138) 2  0.0138mm   y   1mm

 3uni   unix
2
  uniy
2
 0  (4.03 10 14 ) 2  4.03 10 14 mm     0.005rad

Pelos resultados obtidos, constata-se que o veio resiste à rigidez.

11.7. Calculo Testador Às Vibrações


O cálculo testador às vibrações dos veios, consiste na determinação crítica do mesmo, sob o
qual possam ocorrer vibrações que tendam ao infinito, causando o à ressonância.

A faixa de recomendações de limite de vibrações é de frequência de funcionamento


n  0.7  ncr para veios rígidos e n  1.3  ncr para veios flexíveis.

A frequência de rotações crítica é determinada pela fórmula:

ncr 
30

k
rpm
 m

P m g
k  , assim tem-se:
y y

30 g
ncr  
 y

Onde:
y  é o deslocamento da massa m na vibração forçada, o valor é convertido de mm para m.

103
k  é a constante de rigidez do veio

11.7.1. Cálculo testador ao veio de entrada do redutor


Para o escalão da correia

30 9.81
ncr    8236.4rpm
 0.0132 10 3
Para o escalão da engrenagem

30 9.81
ncr    6935.9rpm
 0.017 10 3
Logo conclui-se que o veio resiste, dada a frequência máxima no redutor que é de 372rpm.

11.7.2. Cálculo testador ao veio de saída do redutor


Para o escalão da união

30 9.81
ncr    8083.8rpm
 0.0138 10 3
Para o escalão da engrenagem

30 9.81
ncr    13572.4rpm
 0.00486 10 3
Logo conclui-se que o veio resiste, dada a frequência máxima no redutor que é de 372rpm.

12. CÁLCULO DAS CHAVETAS


As chavetas tem a função de fixar as peças nos veios para a transmissão de movimento.
As chavets tem como maior solicitação as tensões de esmagamento, que são objecto de
cálculo.

  esm 
2T
 esm 
h 
d    lc 
2 
Onde:
h
 t 2  profundidade da ranhura para a chaveta no tubo
2

104
l c  comprimento de cálculo da chaveta, quando as extremidades da chaveta são
arredondadas. lc  l  2  r

 esm   80 ...150 Mpa para ligações fixas, ajustamentos incertos

12.1. Veio de entrada do redutor


Tem-se os seguintes dados das chavetas normalizadas:
dveio(mm) b (mm) h (mm) t1 (mm) l (mm)
20 6 6 2.6 25

lc  l  2  r  25  3  22

2  19.23  103
 esm   32Mpa   esm 
6 
20    22 
2 

12.2. Veio intermédio do redutor


Tem-se os seguintes dados das chavetas normalizadas:
dveio(mm) b (mm) h (mm) t1 (mm) l (mm)
40 12 8 3.3 56

lc  l  2  r  56  12  44

2  76.95 103
 esm   21.86Mpa   esm 
8 
40    44 
2 

12.3. Veio de saída do redutor


Para o escalão da união
dveio(mm) b (mm) h (mm) t1 (mm) l (mm)
50 16 10 4.3 63

lc  l  2  r  63  16  47

105
2  346.3 103
 esm   58.9Mpa   esm 
 10 
50    47 
2 
Para o escalão da engrenagem
dveio(mm) b (mm) h (mm) t1 (mm) l (mm)
65 20 12 4.9 80

lc  l  2  r  80  20  60

2  346.3 103
 esm   22.2Mpa   esm 
 12 
65    80 
2 

13. ESCOLHA DA UNIÃO ELÁSTICA


A união elástica é responsável pela ligação entre o veio de saída do redutor e o veio de
entrada do transportador.
Do manual atlas de construção mecânica tem-se a seguinte união normalizada:
Design Mt. (m.kg) n. d D L D1 D2 l l1 l2 Ang M CD2
Do r.p.m
torç. (kg) Kg.m2
Acopl.
nom max max de à 402 244 260 175 95 50 153 5.5º 90 3.4
26 – 1 150 450 1600 40 100

14. LUBRIFICAÇÃO
A lubrificação é um factor muito importante e indispensável para a longevidade dos
elementos do corpo redutor, reduzindo o desgaste, remove o produto de desgaste das
superfícies. Esta por sua vez cria um funcionamento suave, reduzindo as perdas de potencia,
vibrações, ruídos.

A capacidade de trabalho à gripagem é garantida através da escolha adequada do óleo


lubrificante e do seu volume no corpo redutor.

Para redutores cilíndricos que é o presente caso, as profundidades do mergulho são:


106
Roda maior:
m  hm  0.25  d 2

3  hm  0.25  285  71 .5mm

Toma-se hm  70 mm

Pinhão:
hm  (0.1...0.5)  d1 hmin  2.2  m

hm  (0.1...0.5)  40  4...20 mm

Toma-se hm  10 mm

A altura calculada não permite que o primeiro escalão seja lubrificado, tal que é calculada a
segunda altura para somar na primeira.
m  hm  0.25  d 2

2  hm  0.25 164  41mm

Toma-se hm 2  40 mm

hm  70  40  110 mm

O Volume do óleo no carter do redutor determina-se pela fórmula a seguir:


V  (0.4...0.8)  P , onde P é a poténcia transmitida.

V  (0.4...0.8)  0.75  0.3...0.6l

Considerando que trata-se de um redutor bi-escalonar, toma-se o valor máximo:


V  0.6l

107
15. FUNDAMENTO
O fondamento tem a função de fixar o corpo redutor, o órgão executivo e para o presente caso
também a transmissão por correia plana.
Considerando o gabarito da transmissão por correia plana, assim como o facto de se tratar de
um único transportador a montar, é mais económico usar fundamento soldado. Para a
conjugação com as flanges do corpo redutor, o melhor perfil é o laminado em U.
Tomam-se as seguintes indicações para a construção do fundamento, considerando o
diâmetro do parafuso d  M 16
O comprimento da sapata será:
l avesso  700 mm

As dimensões recomendadas das anilhas inclinadas função do diâmetro são:


d parafuso d1 H1 H B

16 17 0.43 5.7 6 30

Parâmetros do perfil inclinado em U


Designação h b S t R r A
Mínima do perfil
14 140 58 4.9 8.1 8 3 35

As dimensões nas tabelas são medidas em milímetros.

108
16. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Efectuado o projecto, foi conclui-se que a elaboração de um projecto é uma tarefa bastante
complexa, é necessário para a tomada de decisões seguir adequadamente as recomendações
caso contrário corre-se o risco de as peças resistirem ao cálculo testador contududo é
necessário como engenheiro saber tomar decisões sempre que necessário.
Foi possível ter uma noção do funcionamento das peças, os fenómenos que originam a perda
de capacidade de trabalho, que devem ser previstos durante a fase de realização do projecto.
Outro factor de grande importância é que verificou-se a extrema importância de
familiarização com os manuais, assim como a pesquisa por diversas fontes bibliográficas para
alem das que foram fornecidas durante o leccionamento da disciplina.
Recomenda-se que no acto de construção do transportador recalcule-se a velocidade, porque
pode ter havido uma diferença de pequena magnitude com a velocidade solicitada nos dados,
como consequência da aplicação de três relações de transmissões, mas esta pode ser
compensada numa escolha adequada da largura do transportador, para manter a mesma
quantidade de carga a transportar.
Recomenda-se também que se observe atentamente o factor lubrificação, pela fórmula o
volume de óleo calculado aparenta ser muito reduzido, que pode ser melhor determina-lo por
medição para maior segurança.

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17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] SITOE, Rui Vasco; Guia para o Cálculo Cinematico de Accionamentos, Departamento de
Engenharia Mecânica da Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, 1996;
[2] SITOE, Rui Vasco; Apontamentos da disciplina de Órgãos de Maquinas II (Correias),
Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, 2004-
2006;
[4] SITOE, Rui Vasco; Guia de Projecto dos veios do redutor, Departamento de Engenharia
Mecânica da Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, 2006;
[5] RESHETOV, D. N.; Atlas de Construção de Maquinas; Volumes I, II e III, Renovada
Livros Culturais, Rio de Janeiro, 1979.
[6]. Catálogo da SKF, ROLAMENTOS ,Publicação 6270. Abril 2007
[7] SITOE, Rui Vasco; Lubrificação, Departamento de Engenharia Mecânica da
Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, 2011;
[8] SITOE, Rui Vasco; Guia de corpo do redutor, Departamento de Engenharia Mecânica da
Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, 1996;
[9] IATSINA, I. V.; SITOE, Rui Vasco; Cálculo de Transmissões por Engrenagens,
Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, 1991;
[9] Catálogo 255_Motors_Selection_Range - fenner

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