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Índice

Lista de figuras ........................................................................................................................... v


Lista de Símbolos .....................................................................................................................vii
1 Tarefa técnica CRV 1.......................................................................................................xii
1.1 Esquema cinemático ..................................................................................................xii
1.5 Gráfico das cargas Medias ...................................................................................... xiii
2 Introdução .......................................................................................................................... 1
2.1 Objectivos Específicos ................................................................................................ 1
2.2 Objectivos Gerais ........................................................................................................ 1
2.3 Medotologia Usada ..................................................................................................... 1
2.4 Destino e campo de aplicação ..................................................................................... 1
3 Calculo Cinematico ............................................................................................................ 2
3.1 Cálculo do número de Caçambas ................................................................................ 2
3.2 Cálculo dos esforços máximos e mínimos .................................................................. 2
3.3 Determinação da força tangencial que se transmite à cadeia ...................................... 2
3.4 Cálculo da potência do veio motor .............................................................................. 2
3.5 Escolha da cadeia ........................................................................................................ 3
3.6 Determinação da carga de rotura calculada................................................................. 3
3.7 Determinação do diâmetro circunferência divisora da roda estrelada motriz ............. 3
3.8 Frequência de rotações da roda estrelada .................................................................... 3
3.9 Escolha do tipo do motor eléctrico .............................................................................. 3
3.10 Cálculo do rendimento global do accionamento ..................................................... 3
3.11 Cálculo da Potência do Motor Eléctrico .................................................................. 3
3.12 Escolha dos Parâmetros do motor Eléctrico ............................................................ 4
3.13 Cálculo da Relação de Transmissão geral do accionamento ................................... 4
3.14 Partição da Relação de Transmissão ....................................................................... 4
3.15 Análise dos Resultados ............................................................................................ 5
3.16 Cálculo da Potência em cada veio desde o órgão motor até ao órgão executivo .... 5
3.17 Potência do veio motor eléctrico ............................................................................. 6
3.18 Potência do veio movido pela transmissão por correia ........................................... 6

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3.19 Potência do veio à entrada do redutor ..................................................................... 6
3.20 Potência do veio movido pela transmissão por cadeia ............................................ 6
1.1.1 Cálculo da frequência de rotação de cada veio de accionamento ........................ 6
3.21 Frequência de rotação do veio movido pela transmissão por correia ...................... 6
3.22 Frequência de rotação do veio a entrada do redutor ................................................ 6
3.23 Frequência de rotação do veio a saída do redutor ................................................... 6
3.24 Cálculo do torque sobre os veios ............................................................................. 6
3.25 Torque sobre o veio do motor eléctrico ................................................................... 6
3.26 Torque sobre veio movido pela transmissão por correia ......................................... 7
3.27 Torque sobre o veio a entrada do redutor ................................................................ 7
3.28 Torque sobre veio movido pela transmissão por cadeia .......................................... 7
4 Cálculo prático da transmissão por correia trapezoidal ..................................................... 8
4.1 Escolha do diâmetro de cálculo da polia menor e da potência por cada correia
( ) 8
4.2 Cálculo da velocidade linear da correia ...................................................................... 9
4.3 Cálculo do diâmetro da polia maior ............................................................................ 9
4.4 Correção da relação de transmissão e frequência de rotações do veio movido .......... 9
4.5 Cálculo da distância interaxial .................................................................................... 9
4.6 Cálculo do comprimento da correia ............................................................................ 9
4.7 Correcção da distância interaxial para o comprimento normalizado da correia ....... 10
4.8 Verificação do ângulo de abraçamento da polia menor pela correia ........................ 10
4.9 Verificação da frequência de passagens .................................................................... 10
4.10 Determinação da potência a transmitir por cada correia ....................................... 10
4.11 Cálculo do número de camadas da correia trapezoidal ......................................... 11
4.12 Cálculo da força de tensão inicial em cada correia ............................................... 11
4.13 Determinação da força tangencial (força útil) em cada correia ............................. 11
4.14 A força tangencial para cada correia será: ............................................................. 11
4.15 Determinação da tensão máxima resultante na correia ......................................... 12
4.16 Longevidade da correia ......................................................................................... 13
4.17 Material para as polias ........................................................................................... 13
5 Cálculo de projecção da transmissão de parafuso sem fim/coroa.................................... 13
5.1 Escolha do número de entradas do parafuso sem-fim:.............................................. 14
5.2 Cálculo dos momentos torsores no parafuso sem-fim na roda coroa ........................ 14

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5.3 Cálculo do valor estimado da velocidade de deslizamento ....................................... 14
5.4 Escolha do material e do tratamento térmico ............................................................ 14
5.5 Tensão admissível ao contacto .................................................................................. 14
5.6 Tensão admissível à flexão ....................................................................................... 14
5.7 Tensões admissíveis máximas................................................................................... 14
5.8 Escolha do coeficiente de diâmetro ........................................................................... 15
5.9 Cálculo da distância interaxial .................................................................................. 15
5.10 Cálculo do módulo................................................................................................. 15
5.11 Recálculo da tensão admissível ao contacto .......................................................... 17
5.12 Cálculo testador as tensões de flexão .................................................................... 18
5.13 Cálculo do rendimento real da transmissão ........................................................... 18
5.13.1 Recálculo do accionamento ............................................................................... 19
5.13.2 Recálculo da velocidade de deslizamento.......................................................... 20
5.13.3 Tensão admissível ao contacto: ......................................................................... 20
5.13.4 Tensão admissível à flexão ................................................................................ 20
5.13.5 Tensões admissíveis máximas ........................................................................... 20
5.13.6 Verificação da velocidade de deslizamento ....................................................... 21
5.13.7 Recálculo da tensão admissível ao contacto ...................................................... 21
5.13.8 Cálculo da tensão real ao contacto ..................................................................... 21
5.13.9 Cálculo testador as tensões de flexão................................................................. 21
5.13.10 Cálculo de resistência da transmissão sob acção da carga máxima ............... 22
5.13.11 Cálculo das dimensões principais da transmissão de parafuso sem-fim/coroa
22
5.14 Cálculo térmico...................................................................................................... 23
5.14.1 Cálculo do calor libertado .................................................................................. 23
Temperatura do óleo ................................................................................................................ 23
5.15 Cálculo da quantidade de óleo no redutor ............................................................. 24
6 CÁLCULO DA PROJECÇÃO DA TRANSMISSÃO POR CADEIA ........................... 24
7 Forças no engrenamento da transmissão do redutor ........................................................ 28
8 Determinação das forças em consola ............................................................................... 28
9 Cálculo Projetivo dos Veios............................................................................................. 29
9.1 Escolha do material do veio ...................................................................................... 29
9.2 Determinação dos parâmetros geométricos dos escalões dos veios .......................... 29

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9.3 Veio a entrada do redutor .......................................................................................... 30
9.4 Escolha preliminar dos rolamentos ........................................................................... 31
9.5 Esquema de carregamento do veio a entrada do redutor ........................................... 31
9.6 Para o veio a saída do redutor ................................................................................... 35
9.7 Esquema de carregamento do veio a saída do redutor .............................................. 36
10 CÁLCULO E ESCOLHA DOS ROLAMENTOS .......................................................... 40
10.1 Cálculo à capacidade de carga estática .................................................................. 40
10.2 Cálculo à capacidade de carga dinâmica ............................................................... 40
10.3 Cálculo dos rolamentos do veio à entrada do redutor ........................................... 41
10.4 Cálculo testador da capacidade de resistência à carga dinâmica do apoio A ........ 42
10.5 Cálculo testador da capacidade de resistência à carga dinâmica do apoio B ........ 43
10.6 Cálculo dos rolamentos do veio à saída do redutor ............................................... 43
10.7 Para o veio executivo ............................................................................................. 44
11 CÁLCULO TESTADOR DOS VEIOS ........................................................................... 45
11.1 Cálculo testador à fadiga ....................................................................................... 45
11.1.1 Cálculo testador à fadiga do veio à entrada do redutor ...................................... 46
11.1.2 Cálculo testador à fadiga do veio à saída do redutor ......................................... 47
11.2 Cálculo testador à carga estática ............................................................................ 48
11.3 Cálculo testador à carga estática do veio de saída do redutor ............................... 48
11.4 Cálculo testador à rigidez dos veios ...................................................................... 49
11.4.1 Cálculo testador à rigidez do veio a entrada do redutor..................................... 49
11.4.2 Cálculo testador à rigidez do veio a saída do redutor ........................................ 51
11.5 Cálculo testador as vibrações ................................................................................ 52
12 Cálculo e escolha das chavetas ........................................................................................ 53
12.1 Materiais para chaveta ........................................................................................... 54
13 PROJECTO DO CORPO E DA TAMPA DO REDUTOR ............................................. 55
14 FUNDAMENTOS ........................................................................................................... 58
15 LUBRIFICAÇÃO ............................................................................................................ 59
16 Conclusões e Recomendações ......................................................................................... 61
17 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 62

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Lista de figuras

Figura 1. Esquema cinemático .................................................................................................xii


Figura 2. Gráfico de cargas médias........................................................................................ xiii
Figure 3. Correia trapezoidal ..................................................................................................... 8
Figure 4. Veio a entrada do redutor ......................................................................................... 29
Figura 5. Esquema de carregamento do veio a entrada do redutor .......................................... 32
Figura 6. Veio a entrada do redutor no plano YOZ ................................................................. 32
Figura 7. Veio a entrada do redutor-plano XOZ ...................................................................... 33
Figura 8. Diagrama de momento flector .................................................................................. 34
Figura 9. Veio a saída do redutor ............................................................................................. 36
Figura 10. Esquema de carregamento do veio a saída do redutor ........................................... 36
Figura 11. Veio a saída do redutor no plano YOX .................................................................. 37
Figura 12. Veio a saída do redutor no plano ZOX ................................................................... 38
Figura 13. Momento flector do veio a saída do redutor ........................................................... 39
Figura 14. Veio a entrada do redutor ....................................................................................... 41
Figura 15. Veio a saída do redutor ........................................................................................... 43
Figura 16. Chavetas prismáticas .............................................................................................. 54
Figura 17. Fundamentos........................................................................................................... 58

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Dados de partida......................................................................................................... 2


Tabela 2. Características do motor eléctrico .............................................................................. 4
Tabela 3. Partição da relação de transmissão............................................................................. 5
Tabela 4. Escolha preliminar do motor eléctrico ....................................................................... 5
Tabela 5. Resultados do cálculo cinematico .............................................................................. 7
Tabela 6. Parâmetro da correia trapezoidal de secção B ........................................................... 8
Tabela 7. Resultados do cálculo da transmissão por correia ................................................... 13
Tabela 8. Dados iniciais da transmissão por cadeia ................................................................. 24
Tabela 9. Resultados do cálculo das transmissões por cadeia ................................................. 27
Tabela 10. Forças no engrenamento ........................................................................................ 28
Tabela 11. Forças em consola .................................................................................................. 29
Tabela 12. Parâmetro do rolamento de alta velocidade ........................................................... 31
Tabela 13. resultados dos escalões dos veios de alta e baixa velocidade ................................ 31
Tabela 14. Reacções do veio de alta velocidade -plano YOZ ................................................. 32
Tabela 15. Cálculo dos esforços internos do veio de alta velocidade no plano YOZ.............. 32
Tabela 16. Cálculo das reacções do veio de alta velocidade no plano XOZ ........................... 33
Tabela 17. Cálculo dos esforços interno do veio de baixa velocidade no plano YOZ ............ 33
Tabela 18. Cálculo das reacções do veio de baixa velocidade no plano YOX ........................ 37
Tabela 19. Cálculo dos esforços internos do veio de baixa velocidade no plano YOX .......... 37
Tabela 20. Cálculo das reacções do veio de baixa velocidade no plano ZOX ........................ 38
Tabela 21. Cálculo dos esforços internos do veio de baixa velocidade no plano ZOX ........... 38
Tabela 22. Parâmetros do rolamentos do veio a entrada do redutor ........................................ 42
Tabela 23. Parâmetros do rolamento do veio a saída do redutor ............................................. 44
Tabela 24. Momentos no plano YOZ do veio a entrada do redutor ........................................ 50
Tabela 25. Momentos no plano XOZ do veio a entrada do redutor ....................................... 50
Tabela 26. Momentos no plano YOX do veio a saída do redutor............................................ 51
Tabela 27. Momentos no plano ZOX do veio a saída do redutor ........................................... 52
Tabela 28. Projecto do corpo e da tampa do redutor ............................................................... 55

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Lista de Símbolos
Kdia_coeficiente de utilização do accionamento (Por dia)
Kano _coeficiente de utilização do accionamento (por ano)
L _Tempo de utilização do accionamento, em anos
T∑ _Tempo de funcionamento do mecanismo, em horas
Pmax _Peso máximo da carga
Smax_Força máxima
Fr _Força de ruptura
ks _Coeficiente normativo de segurança da resistência
ζr _Tensão de ruptura
dc _Diâmetro
ηg _ Rendimento global do accionamento
ηcor _Rendimento da correia
ηrol _Rendimento dos rolamentos
Ncal _Potência calculada do motor eléctrico
Ug _Relação de transmissão geral
Ucor _Relação de transmissão da transmissão por correia
Ueng _Relação de transmissão da transmissão por engrenagens (parafuso sem-fim/coroa)
n1 _Frequência de rotação do motor eléctrico
n2 _Frequência de rotação do veio movido
N1 _Potência do veio motor eléctrico
N2 _Potência na transmissão por correia
N3 _Potência a saída do redutor
n3 _Freqência de rotação do veio do tambor
T1 _Torque do veio do motor eléctrico
T2 _Torque do veio movido
T3 _Torque a saída do redutor
dc1 _Diâmetro da polia motriz da transmissão por correia

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Po _Potência por cada correia trapezoidal
V_ velocidade linear da correia
dc2 _Diâmetro da polia movida da transmissão por correia
acor _distância interaxial da transmissão por correia
lc _Comprimento da correia
α _Ângulo de abraçamento
U _ Frequência de passagens
Pc _Potência transmissível por cada correia trapezoidal
Cα _Coeficiente do ângulo de abraçamento
Cl _Coeficiente de comprimento da correia
Cr _Coeficiente do regime de carregamento
Ci _Coeficiente da relação de transmissão
Z _Número de correias (quantidade de correias)
Cz _Coeficiente de número de correia
Fv _Força centrífuga
Fr _Força resultante
Ft _Força tangencial
F0 _Força de tensão inicial
T _Longevidade da correia
K1 _ Coeficiente de regime de carga
K2 _coeficiente que considera as condições climáticas
N1eng _Potência de entrada no redutor
z1 _Número de entrada do parafuso sem-fim
z2 _Número de dentes da roda coroa
u _Realação de transmissão
Vs _Velocidade de deslizamento
T1eng _Torque do veio motor do redutor
T2eng _Torque do veio movido do redutor
ζe _Limite de escoamento do material da roda coroa

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ζr _Limite de ruptura do material da roda coroa
[ζH]_ Tensões admissíveis ao contacto
[ζF]_ Tensões admissíveis a flexão
ζH_ Tensões reais de flexão
q _Coeficiente de diâmetro
Ered _Módulo de elasticidade reduzido
E1 _Módulo de elasticidade aço
E2 _Módulo de elasticiadade do Bronze
aw _Distância interaxial da transmissão de parafuso sem-fim/coroa
m _Módulo do dente/filete na secção axial do parafuso sem-fim
x _Coeficiente de deslocamento da ferramenta
d1 _Diâmetro primitivo de referência do parafuso sem-fim
dw1 _Diâmetro primitivo de funcionamento do parafuso sem-fim
v1 _ velocidade periférica tangencial do parafuso sem-fim
v2_velocidade perif’erica tangencial da roda-coroa
γ _Ângulo de subida da hélice do parafuso sem-fim
γw _Ângulo de elevação primitivo
δ _Ângulo de abraçamento
εα _Coeficiente de sobreposição frontal
d2 _Diâmetro primitivo de referência da roda-coroa
dw2 _diâmetro primitivo de funcionamento da roda-coroa
ζH _Tensões reaias de contacto
kβ _Coeficiente de concentração de carga
kv _Coeficiente de carga dinâmica
kH _Coeficiente de carga de carga
ξ _Coeficiente de redução da zona de contacto
αw _Ângulo de pressão
Ft2 _Força tangencial na roda-coroa
mn _Módulo normal do dente do parafuso sem-fim

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b2 _Largura da roda coroa
b1_ comprimento da parte roscada do parafuso sem-fim
da1_Diâmetro de crista (externo ou cabeça) do parafuso sem-fim
da2_ Diâmetro de crista da roda-coroa
df1 _Diâmetro de raiz (de fundo) do parafuso sem-fim
df2 _ Diâmetro de raiz (de fundo) da roda-coroa
Zv _Número virtual de dentes
YF _Coeficiente de forma do dente da roda-coroa
ηeng _Rendimento da transmissão de parafuso sem-fim/coroa
φ’_Ângulo reduzido de atrito
f’_Coeficiente reduzido de atrito
daM2 _Diâmetro máximo da roda-coroa
Φ _Calor gerado pela transmissão
Φ1 _Calor dissipado para o meio-ambiente
K _Coeficiente térmico
A _Área do corpo de troca de calor com o ambiente
t1_Temperatura do óleo ou a temperatura interna do corpo da transmissão
t0 _Temperatura do meio circundante
[t1max] _Temperatura máxima admissível do óleo
Ft1_Força tangencial no parafuso sem-fim
Fa1_Força axial no parafuso sem-fim
Fa2_Força axial na roda coroa
Fr_Força radial comum ao parafuso e à coroa
Fn_Força normal

tensão equivalente

[ ] tensão normal admissível do material

é a força axial, em kN

é o coeficiente de segurança à flexão

é o coeficiente de segurança à torção

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amplitude das tensões normais;

amplitude das tensões tangenciais;

tensões normais médias;

tensões tangenciais médias;

limite de fadiga à flexão do material;

limite de fadiga ao cisalhamento do material;

é o tempo de vida dos rolamentos, em horas

é a força radial, em kN

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1 Tarefa técnica CRV 1
Projectar o accionamento de uma estação de elevação de carvão moido, por meio de um
elevador de baldes. O elevador tem uma cadeia vertical com baldes aparafusadas com
espaçamento à escolha do estudante-, entre 80 e 120 cm. A velocidade de elevação é dada e a
altura de elevação ( ou a comprimento do transportador htr) também. Os baldes vazios têm
massa de 22kg cada e os baldes cheios têm 47kg. A força a exercer para traccionar o
transportador é função da altura de elevação. O passo da cadeia é seleccionado de catálogos.
A roda estrelada motriz deve ter 8 dentes.

1.1 Esquema cinemático

Figura 1. Esquema cinemático

1.2
Legenda:

1. Motor eléctrico
2. Correia trapezoidal
3. Veio a entrada da transmissão por correia
4. Polia movida
5. Polia motriz
6. Veio a entrada ao redutor
7. Redutor mono-escalonar com parafuso sem-fim
8. Transmissão por cadeia
9. Veio a saída do redutor
10. Cadeia motora

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1.3 Gráfico das cargas Medias
Tempo de vida do accionamento

Figura 2. Gráfico de cargas médias

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2 Introdução
Projecto mecânico é uma disciplina leccionada no Departamento de Engenharia Mecânica. O
Projecto Mecanico têm um amplo objectivo cujo o principal é a construção de máquinas, com
base nos conhecimentos adquiridos nas disciplinas precedentes como Órgãos de Máquinas I
e II, Resistência dos Materiais, entre outras não especificadas.

O presente trabalho versa sobre-- projecção de um accionamento de uma estação de elevação


de carvão moido, por meio de uma elevador de baldes.

2.1 Objectivos Específicos


Projectar um accionamento de uma estação de elevação de carvão moido;

2.2 Objectivos Gerais


Consolidar os conhecimentos adquiridos das disciplinas precedentes, que servirão de auxilio
para a projecção de Máquinas;

2.3 Medotologia Usada


No presente projecto, é inicialmente feito o esquema cinemático do accionamento, em
seguida, com o auxílio dos dados de partida faz-se o cálculo cinemático. Após o calcúlo
cinemático, será feito o cálculo projectivo dos diferentes tipos de transmissões que compõem
o accionamento

2.4 Destino e campo de aplicação


O accionamento em causa, será usado em uma estação com o objectivo de elevar carvão
moido, por meio de um elevador de baldes. Terá como destino para a mineradora Vale de
Moçambique.

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3 CÁLCULO CINEMÁTICO DO ACCIONAMENTO E ESCOLHA DO MOTOR
ELÉCTRICO

Tabela 1. Dados de partida

Variante Tipo de redutor Velocidade, Altura de Kdia Kano Vida Kd Diagrama


v (m/s) elevação.,htr útil,
L
anos
9 Monoescalonar, 0,55 25 0,75 0,5 4 1,5 4
PSF, com
correia
trapezoidal

3.1 Cálculo do número de Caçambas

Cada lado terá 25 caçambas, logo o número total de caçambas será 50

3.2 Cálculo dos esforços máximos e mínimos


Para o cálculo dos esforços máximos e minimos, toma-se em consideração o peso da
cachambas tendo em conta o peso existente nelas. Para o esforço máximos usar-se-à a massa
máxima e vice versa.

3.3
Determinação da força tangencial que se transmite à cadeia

3.4 Cálculo da potência do veio motor

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3.5 Escolha da cadeia
Segundo opiniões de construtores, o passo das cadeias para transportadores de placas não
deve ser menor 200 mm. Para o presente caso, escolhe-se um passo de 250 mm.

A roda estrelada motriz tem 8 dentes.

3.6 Determinação da carga de rotura calculada

A Cadeia escolhida é: M160-2-250-1

3.7 Determinação do diâmetro circunferência divisora da roda estrelada motriz

3.8 Frequência de rotações da roda estrelada

3.9 Escolha do tipo do motor eléctrico


A escolha do tipo de motor eléctrico faz-se segundo a potência desenvolvida no veio motor
do accionamento , em kW, que se determina com base na potência no veio motor da
máquina para a qual se calcula o accionamento, contando com o rendimento global do
accionamento

Onde: N: é a potência no veio motor da máquina accionada;

ηg: rendimento global do accionamento

3.10 Cálculo do rendimento global do accionamento

3.11 Cálculo da Potência do Motor Eléctrico

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 3


3.12 Escolha dos Parâmetros do motor Eléctrico
Para a escolha do motor eléctrico, usaremos as tabelas 8 e 9 do manual do cálculo cinemático,
tendo em conta a potência do motor eléctrico calculado que é de 8,99kW, usaremos o valor
maior que esteja mais proxima ao valor da potência calculada. Os possíveis tipos de motor
são:

Tabela 2. Características do motor eléctrico

Variante Designação do Potência Frequência de Rotação [rpm]


motor Nominal [kW] Síncrona ηsinc Assíncrona
ηassinc
1 4A132M2Y3 11,0 3000 2900
2 4A132M4Y3 11,0 1500 1460
3 4A160S6Y3 11,0 1000 975
4 4A160M8Y3 11,0 750 730

3.13 Cálculo da Relação de Transmissão geral do accionamento


Com base com as características do motor eléctrico, para cada variante calcula-se a relação de
transmissão geral, para cada tipo de frequência de rotação seleccionado, através da fórmula:

3.14 Partição da Relação de Transmissão


Onde:

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Tabela 3. Partição da relação de transmissão

Designação Variante
1 2 3 4
180,56 90,90 60,70 45,45
16 16 16 16
2,5 2,5 2,5 2,5
4,514 2,2725 1,5175 1,13625

3.15 Análise dos Resultados


Feita a análise para a escolha da frequência de rotação, verifica-se que as variantes 1, 2 e 3
não são viáveis. As variantes 1 e 2 não s

+ão viáveis sobre ponto de vista da relação da transmissão, como sobre ponto de vista dos
preços do motor ( os dois motores são os maiores). A variante 1 possui uma relação de
transmissão da correia trapeizodal de 4,514 que é ligeiramente maior que o recomendado
(2…4) mas muito menor que a máxima admissível (8), enquanto que a variante-2 apresenta
uma relação de transmissão de 2,2725 que está dentro dos valores admissíveis ( 2…4). Por
causa dessas condições, usar-se-à o motor da variante-2 que apresenta uma frequência de
rotação síncrona de 1500 rpm.
Tabela 4. Escolha preliminar do motor eléctrico

Variante Designação do Potência Frequência de rotação


motor nominal Síncrona Assíncrona
2 4A132M4Y3 11 1500 1460

3.16 Cálculo da Potência em cada veio desde o órgão motor até ao órgão
executivo

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3.17 Potência do veio motor eléctrico

3.18 Potência do veio movido pela transmissão por correia

3.19 Potência do veio à entrada do redutor

3.20 Potência do veio movido pela transmissão por cadeia

1.1.1 Cálculo da frequência de rotação de cada veio de accionamento


Frequência de rotação do veio do motor eléctrico

3.21 Frequência de rotação do veio movido pela transmissão por correia

3.22 Frequência de rotação do veio a entrada do redutor

3.23 Frequência de rotação do veio a saída do redutor

3.24 Cálculo do torque sobre os veios

3.25 Torque sobre o veio do motor eléctrico

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 6


3.26 Torque sobre veio movido pela transmissão por correia

3.27 Torque sobre o veio a entrada do redutor

3.28 Torque sobre veio movido pela transmissão por cadeia

Tabela 5. Resultados do cálculo cinematico

Parâmetro Veio Fórmula Valor


Motor eléctrico 9,70
Potência, P[kW] Potência do veio 9,22
movido pela
transmissão por
correia
Entrada do redutor 7,30

Saída do redutor 6,99


Cadeia executora 6,973
Motor eléctrico 1460
Frequência de Veio movido pela 642,46
rotação, n [rpm] transmissão por
correia
Veio a entrada do 40,15
redutor
Saída do redutor 16,06

Sobre o motor 63,47


Torque sobre os eléctrico
veios Veio movido pela 137,02
[ ] transmissão por
correia
Entrada do redutor 1727,7

Saída do redutor 4146,48

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 7


4 Cálculo prático da transmissão por correia trapezoidal

Figure 3. Correia trapezoidal

Dados de partida

Tabela 6. Parâmetro da correia trapezoidal de secção B

Secção Parâmetro Símbolo Valor


Largura de cálculo da correia [ ] 14
Largura máxima da correia [ ] 17
Altura total da secção transversal [ ] 10,5
Altura de cálculo, a partir da linha [ ] 4,0
B neutra
Área da secção transversal da [ ] 138
correia
Diâmetro mínimo recomendado [ ] 800-6300
das polias
Comprimento limite de cálculos [ ] 12,5
Torque transmitido [ ] 40-186

4.1 Escolha do diâmetro de cálculo da polia menor e da potência por cada


correia ( )
A escolha do diâmetro de cálculo da polia menor e a obtenção da potência por cada correia,
será feita com base na figura 12.26 do [2]. Estima-se um diâmetro de 125mm e obtém-se uma
potência de 3kW que é obtido a partir do grafico 12.26 cuja a secção é B, no ponto de
interseção entre o número de rotações e o diâmetro da polia menor estimado.

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 8


4.2 Cálculo da velocidade linear da correia

4.3 Cálculo do diâmetro da polia maior

O valor próximo normalizado do diâmetro da polia maior é , o valor esse extraído da


tabela A3 do [2].

4.4 Correção da relação de transmissão e frequência de rotações do veio movido

| |

Não é preciso fazer o recálculo dos diâmetro das polias pois o erro da relação de transmissão
não excede a 5 %.

4.5 Cálculo da distância interaxial


A distância interaxial é escolhido em função da relação de transmissão. Como que a relação
de transmissão é aproximadamente a 2, tem-se:

4.6 Cálculo do comprimento da correia

O valor normalizado do comprimento mais próximo da correia é 1600 mm.

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 9


4.7 Correcção da distância interaxial para o comprimento normalizado da
correia

* √[ ] +

* √[ ] +

4.8 Verificação do ângulo de abraçamento da polia menor pela correia

( )

( )

O ângulo de abraçamento é maior que o mínimo admissível [ ] para correias


trapezoidais, por isso não é preciso alterar a distância interaxial ou usar um dispositivo tenso
ou desviador.

4.9 Verificação da frequência de passagens

O número de passagens encontra-se dentro dos valores recomendados, ou seja é menor que
, por isso, não será necessário aumentar a distância interaxial.

4.10 Determinação da potência a transmitir por cada correia

Onde:

é o coeficiente do ângulo de abraçamento:

é o coeficiente do comprimento da correia:

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 10


é o coeficiente de relação de transmissão:

: é o coeficiente de regime de carregamento: : para carga com vibrações


moderadas, [3]

4.11 Cálculo do número de camadas da correia trapezoidal

utilizou se para garantir [ ]

4.12 Cálculo da força de tensão inicial em cada correia

185,21N

Onde:

é a força centrifuga que surge nas zonas da correia que abraçam as polias durante o
deslocamento;

é a densidade aproximada para as correias trapezoidais ( [ ]

é à área da secção transversal da correia (tabela A2) do [2]

4.13 Determinação da força tangencial (força útil) em cada correia

4.14 A força tangencial para cada correia será:

Cálculo dos esforços nos ramais de cada correia

No ramal frouxo

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 11


No ramal tenso

4.15 Determinação da tensão máxima resultante na correia

Onde:

Cálculo da força sobre os veios

- é o ângulo entre os ramais da correia

Para o caso de Z correias, multiplica-se a força por Z

Para Z= 5

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 12


4.16 Longevidade da correia
A vida útil da correia é calculada para regime de exploração médio ( com vibrações
moderadas) para o qual se tem horas.

Onde:

4.17 Material para as polias

Tabela 7. Resultados do cálculo da transmissão por correia

Parâmetro Valor Parâmetro Valor


Tipo de correia Trapezoidal Freqüência de passagens[ ] 6,60
Distância interaxial [ ] 451 Diâmetro da polia motriz, 140
[ ]
Espessura da correia[ ] Diâmetro da polia movida[ ] 315
Largura da correia[ ] Tensão máxima[ ] 3,15
Largura da polia[ ] Força inicial de tensão, [ ] 185,21
Comprimento da 1608 Tensão inicial na correia[ ] 1,34
correia[ ]
Ângulo de abraçamento da 157,89 Força da correia sobre os veios, 1817,76
polia menor [ ]

5 Cálculo de projecção da transmissão de parafuso sem fim/coroa

Para o cálculo deste tipo de transmissão são geralmente considerados os seguintes dados:

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 13


5.1 Escolha do número de entradas do parafuso sem-fim:
Segundo recomendações do [2], para uma relação de transmissão que esteja no intervalo de
15…30, escolhe-se um parafuso sem-fim de duas entradas, isto é, .

Em seguida, calcula-se o número de dentes da roda coroa usando a fórmula do psf-1 do [2] e
compara-se o resultado ao valor mínimo recomendado: .

5.2 Cálculo dos momentos torsores no parafuso sem-fim na roda coroa

5.3 Cálculo do valor estimado da velocidade de deslizamento

√ √

5.4 Escolha do material e do tratamento térmico


Segundo o valor da velocidade de deslizamento, o material a ser escolhido é bronze ao
alumínio e ferro ƂpA Ж 9-4, para tal é imperioso que o parafuso sem-fim tenha alta dureza
(não inferior a HRC 45). Este material possuí as seguintes propriedades mecânicas:

O parafuso é feito de aço 40X, temperado para dureza HRC 45, com filetes rectificados e
polidos. As tensões admissíveis deste material são:

5.5 Tensão admissível ao contacto


[ ]

[ ]

5.6 Tensão admissível à flexão


[ ]

[ ]

5.7 Tensões admissíveis máximas


As tensões admissíveis máximas são usadas no cálculo da transmissão à carga máxima. Estas
tensões são calculadas usando as seguintes relações:

Ao contacto

[ ]

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 14


[ ]

À flexão

[ ]

[ ]

5.8 Escolha do coeficiente de diâmetro

Escolhe-se o coeficiente de diâmetro normalizado, e verifica-se se satisfaz a seguinte


condição:

O coeficiente de diâmetro escolhido é menor que máximo recomendável.

5.9 Cálculo da distância interaxial

( ) √
[ ]

( ) √
( ⁄ )

Onde

A distância interaxial normalizada escolhida é: 200 mm

5.10 Cálculo do módulo

Dentre os valores normalizados escolhe-se m =10 mm.

Em seguida, calcula-se o coeficiente de deslocamento usando a seguinte fórmula:

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 15


Segundo recomendações, o valor do coeficiente de deslocamento encontra-se fora do valores
admissíveis | | , então, manipula-se o número de dentes , tendo em
conta os limites admissíveis, resultando em:

O desvio da relação de transmissão será:

Como que o resultado é admissível, visto que , então, calculam-se os diâmetros


:

Verificação da velocidade de deslizamento

Onde:

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 16


A escolha inicial do material e da tensão admissível á fadiga mantém-se válida, pois a
velocidade de deslizamento mantém-se menor que 4…5 m/s.

5.11 Recálculo da tensão admissível ao contacto


[ ]

Onde é:O coeficieente de sobreposição


É o coeficiente que considera a redução da zona de contacto devido ao facto deste contacto
não se verificar num plano.

Para achar o coeficiente de carga de cálculo, para tensões de contacto, é necessário calcular a
velocidade periférica da roda coroa, para posterior obter o valor de ; .

O coeficiente Éo coeficiente de concentração e depende do tipo de carga e do coeficiente


de diâmetro.

A velocidade periférica da roda-coroa será:

Dado que a velocidade periférica é menor que 3 m/s, usaremos . ;

Substituindo esses valores na equação da tensão ao contanto, teremos:

[ ]

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 17


A resistência ao contacto é verificada com uma margem de cerca de 7,5% relativamente as
tensões reais. Então, os valores das dimensões construtivas são aceites segundo a resistência
ao contacto.

5.12 Cálculo testador as tensões de flexão


O cálculo testador as tensões de flexão são feitas usando a seguinte expressão:

Onde:

Largura da roda coroa:

;e
para z1=1 ou 2.

Número virtual de dentes da roda coroa:

Com o número virtual de dentes da roda coroa, tira-se o valor do coeficiente de forma do
dente, .

O cálculo testador as tensões a flexão são:

5.13 Cálculo do rendimento real da transmissão


Calcula-se o rendimento real da transmissão e compara-se e compara-se com o valor
arbitrado do rendimento do parafuso sem-fim.

Extraí-se da tabela da página 15, do manual de Órgãos de Máquinas II, do capítulo das
transmissões por parafuso sem-fim/coroa. Este coeficiente extraí-se em função da velocidade
de deslizamento. Para

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 18


O valor do desvio dos valores dos rendimentos estimados e o real é:

Dado que o rendimento estimado do parafuso sem-fim/coroa foi de 80%, que dá um erro na
margem de 7%, menor que o arbitrado. Por causa desta margem do desvio do rendimento
estimado, recalcula-se a transmissão usando o rendimento real.

5.13.1 Recálculo do accionamento

Procede-se ao cálculo da potência calculada

Mantém-se a escolha do motor, visto que a potência calculada não tem uma significância
diferença com a potência calculada anteriormente.

Cálculo das potências nos veios

Recálculo do torque nos veios

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 19


Dados de partida:

5.13.2 Recálculo da velocidade de deslizamento

√ √

Segundo o valor da velocidade de deslizamento, o material a ser escolhido é bronze ao


alumínio e ferro ƂpA Ж 9-4, para tal é imperioso que o parafuso sem-fim tenha alta dureza
(não inferior a HRC 45). Este material possuí as seguintes propriedades mecânicas:

O parafuso é feito de aço 40X, temperado para dureza HRC 45, com filetes rectificados e
polidos. As tensões admissíveis deste material são:

5.13.3 Tensão admissível ao contacto:


[ ]

[ ]

5.13.4 Tensão admissível à flexão


[ ]

[ ]

5.13.5 Tensões admissíveis máximas


As tensões admissíveis máximas são usadas no cálculo da transmissão à carga máxima. Estas
tensões são calculadas usando as seguintes relações:

Ao contacto

[ ]

[ ]

À flexão

[ ]

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 20


[ ]

5.13.6 Verificação da velocidade de deslizamento

Onde:

A escolha inicial do material e da tensão admissível á fadiga mantém-se válida, pois a


velocidade de deslizamento mantém-se menor que 4…5 m/s.

5.13.7 Recálculo da tensão admissível ao contacto


[ ]

5.13.8 Cálculo da tensão real ao contacto


Condição: [ ]

[ ]

A resistência ao contacto é verificada com uma margem de cerca de 6% relativamente as


tensões reais. Então, os valores das dimensões construtivas são aceites segundo a resistência
ao contacto.

5.13.9 Cálculo testador as tensões de flexão


O cálculo testador as tensões de flexão são feitas usando a seguinte expressão:

Onde:

O cálculo testador as tensões a flexão será:

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 21


5.13.10 Cálculo de resistência da transmissão sob acção da carga máxima
Carga de resistência estática das siperfícies dos dentes

Onde: é uma característica do motor escolhido (tabela 8 do manual do


cálculo cinemático de accionamentos da cadeira de projecto mecânico).

Cálculo da resistência estática à flexão

5.13.11 Cálculo das dimensões principais da transmissão de parafuso sem-


fim/coroa
Para o parafuso sem-fim (com deslocamento da ferramenta x = -0,5), tem-se:

Determina-se:

Para módulo que se encontram entre 10 à 16 mm, aumenta-se em 35…40 mm a largura do


parafuso sem-fim. 39.4 =138 mm.

Onde: Os coeficientes para a definição do comprimento da parte roscada do parafuso


sem-fim, dependem do número de entradas do parafuso sem-fim e do coeficiente de
deslocamento. Dados esses foram extraídos no manual de Órgãos de Máquinas II na pagina
12.

Para a roda coroa (com deslocamento da ferramenta x=-0,5), tem-se:

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 22


[31+2-2 ]

( )

Segundo recomendações da tabela 9.2 do manual de OMII-Parafuso sem-fim/coroa, escolhe-


se de precisão.

5.14 Cálculo térmico


O cálculo térmico é muito importante que se faça numa máquina, pois durante o
funcionamento da transmissão por parafuso sem-fim, liberta-se uma certa quantidade de calor
que pode influenciar negativamente na capacidade de lubrificação do óleo, como
consequência, pode levá-lo à gripagem da transmissão.

5.14.1 Cálculo do calor libertado


1.
2. Cálculo da quantidade de calor que se pode dissipar à temperatura máxima
recomendada do óleo. Para tal, escolhe-se: k=8W/(m2.oC)

A área de troca de calor do corpo redutor será:

Esse valor, monstra que o calor gerado na transmissão não pode ser dissipado por
convecção livre, somente por convecção forçada, caso contrário, o óleo aquecerá até
acima da temperatura máxima admissível, portanto, escolhe-se outro valor de k.

k=16:

Esta quantidade de calor que pode ser dissipado é aceite, dado que Portanto,
o calor gerado na transmissão pode ser dissipado por uma ventilação intensiva.

Temperatura do óleo

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 23


[ ]

5.15 Cálculo da quantidade de óleo no redutor

6 CÁLCULO DA PROJECÇÃO DA TRANSMISSÃO POR CADEIA


Para o cálculo projectivo da transmissão por cadeia, tem-se os seguintes dados iniciais
Tabela 8. Dados iniciais da transmissão por cadeia

t (mm) P(kW)
250 40,15 7,26 2,25 1727,7

Cálculo do número de dentes:

A escolha do número de dentes faz-se respeitando as recomendações. Em função da relação


de transmissão, o número mínimo de dentes das rodas estreladas das cadeias de rolos escolhe-
se com a seguinte fórmula empírica:

Onde: é o número de dentes mínimos da roda estrelada motriz.

Sob ponto de vista do desgaste, é preferível construir rodas com um número de dentes ímpar
(especialmente a roda estrelada motriz). E segundo as seguintes recomendações:

i 1…2 2…3 3…4 4…5 5…6


30…27 27…25 25…23 23…21 21…17 17…15

Com a relação de transmissão da transmissão por cadeia igual 2,25, escolhe-se

Verficação da relação de transmissão:

O desvio da relação de transmissão é aproximadamente a 1 %, portanto, a escolha da relação


de transmissão é válida.

Potência calculada

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 24


[ ]

Onde:


 é o coeficiente de carga dinámica. Para cargas suaves
 é o coeficiente de coeficiente da cadeia.
 é o coeficiente de inclinação da transmissão relativamente ao plano horizontal.
Para
 é o coeficiente de regulação da tensão da cadeia.

 é o coeficiente que considera o carácter da lubrificação;


 é o coeficiente que tem em conta o regime de trabalho da transmissão. Para o
trabalho em 2 turnos tem-se:
 é o coeficiente da temperatura do meio. Para temperaturas entre -25oC…150oC.

Cálculo do :

Em seguida, escolhe-se o passo em função da frequência de rotaçao a entrada da transmissão


por cadeia e da potência máxima admissível (Pc = 10,5kW), que é maior que a potência
calculada = 17,66Kw.

A cadeia escolhida é a seguinte:

Com capacidade para 22,9 kW, passo real e com


q=10,5kg/m

Cálculo da distância interaxial

A distância interaxial calcula-se com base do passo pela seguinte expressão:

Cálculo da velocidade de deslocamento da cadeia

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 25


Cálculo do comprimento da cadeia em termos de número de elos

( )

( )

Recálculo da distância interaxial

[ √( ) ( ) ]

[ √( ) ( ) ]

Como que a cadeia deve ter uma certa flecha, i.e., deve estar ligeiramente frouxa para evitar o
surgimento de altas cargas sobre os veios devidas ao peso e ao batimento radial das rodas
estreladas, deve se multiplicar o valor da distância interaxial por .

[ ]

Escolhe-se

Diâmetros de cálculo das rodas estreladas

( ) ( )

( ) ( )

Cálculo das forças na transmissão:

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 26


Onde:

m- é a massa de cálculo da roda estrelada e dos elos unidos, reduzida á articulação da cadeia,
considerando os momentos de inércia em relação ao eixo de rotação da roda estrelada.

- é a velocidade angular da roda estrelada mandante;

Procedendo a substituição, temos:

Cálculo da frequência de ressonância

√ √

Não há ressonancia porque a é menor que a frequência a entrada da transmissão por


cadeia.
Tabela 9. Resultados do cálculo das transmissões por cadeia

Designação do parâmetro Símbolo Unidade Valor


Número de dentes da roda estrelada motriz 25
Número de dentes da roda estrelada movida 63
Relação de transmissão [mm] 2,52
Comprimento da cadeia [mm] 125
Distancia interaxial [mm] 2028
Diâmetro primitivo da roda estrelada motriz [mm] 405
Diâmetro primitivo da roda estrelada movida [mm] 1019
Força tangencial [kN] 8,54
Força devida à gravidade [kN] 1,25
Força centrífuga [N] 7,58
Força dinâmica [N] 0,06
Velocidade de deslocamento da cadeia [m/s]
Potência calculada [kW]
Frequência de ressonância rpm 16,85

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 27


7 Forças no engrenamento da transmissão do redutor
Durante o funcionamento, fazem-se sentir os seguintes tipos de força: forças tangenciais,
forças axiais, radiais e mormais.

Cálculo da força tangencial sobre a roda coroa (força axial no parafuso sem-fim)

Cálculo da força radial no parafuso sem-fim, que é igual à força radial na roda coroa:

Cálculo da força axial da roda movida ( força tangencial no parafuso sem-fim)

Tabela 10. Forças no engrenamento

Tipo de transmissão Força no Valor da força, em N


engrenamento Pinhão (parafuso Roda movida
sem-fim)
Tangencial 2537 11900
De parafuso sem-fim Radial 4335 4335
Axial 11900 2537

8 Determinação das forças em consola


O seguinte accionamento terá uma transmissão por correia trapezoidal e uma transmissão por
cadeia. Estes elementos fazem surgir cargas em consola nas extremidades salientes dos veios.

Para transmissão por correia trapezoidal:

Para transmissões por cadeia:

Onde: para inclinações até .

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 28


Tabela 11. Forças em consola

Tipo de transmissão Dirreção da força Valor da força, em N


aberta Pinhão Roda movida
Por correias Radial 1818
trapezoidais
Por cadeias Radial 12300

9 Cálculo Projetivo dos Veios


Veios são membros giratórios, normalmente com secção circular, que suportam vários tipos
de elementos de máquinas tais como rodas dentadas, polias, tambores, rodas estreladas,
cames, volantes e outros.

9.1 Escolha do material do veio


Os veios dos redutores são geralmente feitos de aços de construção temperáveis, sendo tanto
aços de médio teor de carbono como aços de liga. Os aços que são usados na construção de
veios são aço 45 e 40X. Não é muito conveniente escolher aços com alto teor de carbono ou
aços de alto teor de liga para os veios devido à sensibilidade à concentração de tensões. Os
veios podem ser feitos de aços de baixo teor de carbono mas as superfícies de trabalho dos
mesmos devem ser endurecidas por cementação ou outro tipo de tratamento termoquímico.

9.2 Determinação dos parâmetros geométricos dos escalões dos veios


Os veios de redutores constituem corpos cilíndros escalonados. A quantidade e as dimensões
dos escalões dependem da quantidade e dimensões das peças que se montam sobre o veio.

Figure 4. Veio a entrada do redutor

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 29


9.3 Veio a entrada do redutor
Parâmetros do primeiro escalão:

√ √
[ ]

53

Como valor normalizado, escolhe-se 80 mm. Valor esse extraído no [4], pagina 20

Em função do diâmetro , escolhe-se o valor de t que corresponde a altura de


ressalto para o segundo escalão.

Para o segundo escalão, têm-se os seguintes valores de diâmetro e comprimento:

Segundo recomendações da normalização, escolhe-se

Em função do diâmetro escolhe-se o valor de r, que corresponde a altura do


ressalto para o terceiro escalão.

r= 3 mm

Parâmetros do terceiro escalão

Obtém-se graficamente na composição esboçada do redutor.

Parâmetros do quarto escalão


Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 30
Onde: é a largura do rolamento

9.4 Escolha preliminar dos rolamentos


Segundo recomendações do [5], da tabela 7.2, para a transmissão de parafuso sem-fim para o
veio de alta velocidade, tendo a distância interaxial , escolhe-se apoios de
rolos cónicos do tipo 27000 de série média, com um ângulo de contacto de , Tendo um
esquema de montagem 3, (com um apoio fixo).Tabela 1 Parâmetros dos rolamentos do veio
de alta velocidade
Tabela 12. Parâmetro do rolamento de alta velocidade

Parâmetro d(mm) D(mm) B(mm) C(kN) Co(kN) a Designação


Valor 60 130 31 90 65,5 55 7312B.
TVP

Tabela 13. resultados dos escalões dos veios de alta e baixa velocidade

Escalão do veio e seus Veio- parafuso sem-fim Veio da roda movida


parâmetro d e l
Primeiro escalão (mm) 53 75
(mm) 80
Segundo escalão (mm) 60 85
(mm) 90 105
Terceiro escalão 71 100
(mm) 280 140
Quarto escalão (mm) 60 85
(mm) 27,25 29

9.5 Esquema de carregamento do veio a entrada do redutor


O esquema de carregamento dos veios destina-se a auxiliar a determinação das das reacções e
dos esforços internos que agem sobre o veio.

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 31


Ray Rby Y
Ft1
Fab

Fa1
Z
T2,
n2
Fr1 X
Rax Rbx
lab l1 l2

Figura 5. Esquema de carregamento do veio a entrada do redutor

Onde:

Lab = 75 mm

L1= L2= 195 mm

Cálculo das reacções de apoio no plano YOZ do veio do PSF

Figura 6. Veio a entrada do redutor no plano YOZ

Tabela 14. Reacções do veio de alta velocidade -plano YOZ

Condição de Equação de Equilíbrio Resultado (N)


equilíbrio

Estudo dos esforços internos no plano YOZ do veio do PSF


Tabela 15. Cálculo dos esforços internos do veio de alta velocidade no plano YOZ

Esquema Equações dos esforços Valores limites (Nmm)

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 32


1o RAY
trecho M(S1)

S1

2o RAY
Fa1

trecho Fr1 M(S2)

195 S2

Cálculo das reacções de apoio no plano do XOZ do veio do PSF

Fab Rax Ft1 RBx


Z
75 195 195
X

Figura 7. Veio a entrada do redutor-plano XOZ

Tabela 16. Cálculo das reacções do veio de alta velocidade no plano XOZ

Condição de Equação de Equilíbrio Resultado (N)


equilíbrio

Estudo dos esforços internos no plano XOZ do veio do PSF


Tabela 17. Cálculo dos esforços interno do veio de baixa velocidade no plano YOZ

Esquema Equações dos esforços Valores limites (Nmm)


1o Fab

trecho M(S1)

S1

2o Fab Rax

trecho
M(S2)
75 S2

Em seguida, faz-se os diagramas do momento flector

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 33


Ray Ft1 Rby Y
Fab

Fa1

T2,
n2
Fr1 X
Rax Rbx
Fab
Rax Ft1 RBx

A D B
C
136,332Nm
MX(Nm) +
-
-179,160Nm
Fa1 Rby
Ray

Fr1
C A D B
720,4Nm

124,9Nm
My(Nm) 0 + 0

Figura 8. Diagrama de momento flector

Depois de ter-se encontrado os diagramas dos momentos flectores em cada um dos planos,
calcula-se o momento flector resultante. Para este caso verificara-se no ponto D, pois é o caso
mais carregado.

√ √

Para essa secção, calcula-se o momento reduzido que toma em conta a acção conjunta dos
momentos flectores. É dado pela seguinte fórmula:

√ √

Onde:

é o coeficiente que toma em conta a concentração de tensões nas secções transversais


consideradas.

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 34


Em seguida, calcula-se o diâmetro crítico:

√ √
[ ]

Toma-se valor normalizado .

9.6 Para o veio a saída do redutor


Parâmetros do primeiro escalão:

√ √
[ ]

Em função do , escolhe-se o valor de t, que corresponde a altura do ressalto para


o segundo escalão.

t=3,5 mm

Parâmetros do segundo escalão

Normaliza-se o valor do diâmetro para .

Normaliza-se para

Parâmetros do terceiro escalão

Segundo recomendações da normalização, .

Parâmetro do quarto escalão

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 35


29 140 105 95

Ø100

Ø85

Ø75
Ø85

Figura 9. Veio a saída do redutor

9.7 Esquema de carregamento do veio a saída do redutor


O esquema de carregamento do veio destina-se a auxiliar a determinação das reacções nos
apoios bem como os esforços internos que actuam sobre o veio.

Ft2 Fr2
X
T3
Z
Rdz Fab'
Rcz Fa2 Rdy

Rcy
L3 L4 Lab'

Figura 10. Esquema de carregamento do veio a saída do redutor

Onde:

Lab,= 222mm

L3= L4 = 71 mm

Cálculo das reacções de apoio do veio no plano XOY

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 36


Rcy Rdy Y

Fr2
50

Fa2
71 71 222

Figura 11. Veio a saída do redutor no plano YOX

Tabela 18. Cálculo das reacções do veio de baixa velocidade no plano YOX

Condições de Equações de equilíbrio Resultados (N)


equilíbrio

Estudo dos esforços internos no plano XOY do veio a saída do redutor

Com as reacções de apoio determinadas, passa-se ao estudo dos esforços internos


Tabela 19. Cálculo dos esforços internos do veio de baixa velocidade no plano YOX

# Esquema Equações dos esforços Valores-limites


(Nmm)
M(0) = 0

1o M(71) = -124875,8
Trecho

Rcy M(0) = -217305,4

2o Fr2
M(S2)
50

Trecho
Fa2
71 S2
M(71)= 0

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 37


Rcy Rdy M(0) = 0

3o Fr2
M(S3)

50
Trecho M(222) = 0
Fa2
71 71 S3

Cálculo das reacções de apoio no plano XOZ do veio a saída do redutor

Rcz Rdz Fab'


Ft2

X
71 71 222
Z
Figura 12. Veio a saída do redutor no plano ZOX

Tabela 20. Cálculo das reacções do veio de baixa velocidade no plano ZOX

Condições de Equações de equilíbrio Resultados


equilíbrio

Estudo dos esforços internos no plano XOZ do veio à saída do redutor

Tabela 21. Cálculo dos esforços internos do veio de baixa velocidade no plano ZOX

# Esquema Equações dos esforços Valores-limites


M(0) = 0

1o M(71) = -1792064
Trecho

2o Rcz M(0) = -1792064


Trecho Ft2
M(71)= -2738518
M(S2)
71 S2

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 38


Os momentos flectores no veio são apresentados no diagrama abaixo.

Ft2 Fr2
X
T3
Z
Rdz Fab'
Rcz Fa2 Rdy

Rcy
My
-
(Nm) -124,8
-217,3
Mz 0
(Nm)
-

-1792
-2738,5

Figura 13. Momento flector do veio a saída do redutor

Em seguida, calcula-se o momento flector no plano resultante. Este cálculo tem a virtude de
ilustrar o ponto mais solicitado.

O momento resultante na secção das forças (ponto P) é:

√ √

√ √

Conforme o que verifica-se, a secção onde se encontra o apoio D é a mais carregada.


Portanto, para essa secção, calcula-se o momento reduzido .

Em seguida, procede-se ao cálculo do diâmetro crítico do veio:

√ , escolhe-se como valor normalizado

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 39


Conforme nota-se: o diâmetro médio é maior que o diâmetro crítico do veio
, o que melhora as condições de funcionamento do veio.

10 CÁLCULO E ESCOLHA DOS ROLAMENTOS


Os cálculos dos rolamentos baseiam-se em dois critérios: Cálculo à capacidade de carga
estática e cálculo à capacidade de carga dinâmica (cálculo da longevidade) ou cálculo à
fadiga. Estes cálculos têm a função de verificar a não possibilidade de destruição por fadiga e
deformações plásticas dos rolamentos.

10.1 Cálculo à capacidade de carga estática


Este cálculo é feito para os rolamentos cujo movimento relativo dos anéis não ultrapasse 10
rpm, pois quando isso acontece, considera-se que estes estão estaticamente carregados. A
condição de trabalho para este caso é a seguinte:

[ ]

Onde:

é a capacidade de carga estática calculada, em Kn

[ ] é a capacidade de carga estática nominal (tabelada), em kN

Para o cálculo da capacidade de carga estática, usamos a seguinte fórmula:

Onde:

é o índice de carregamento estático;

é a carga estática equivalente, em Kn

10.2 Cálculo à capacidade de carga dinâmica


A maioria dos rolamentos estão sujeitas à cargas dinâmicas, isto é, tem anéis com movimento
relativo. Para estas circunstâncias e sendo a frequência de rotação superior a 10 voltas por
minutos, os rolamentos são calculados à segurança contra a fadiga prematura dos materiais
das pistas e dos corpos rolantes. Se a carga aplicada for superior à recomendável ou se as
condições de lubrificação não forem adequadas pode ocorrer uma fadiga prematura. A
condição de trabalho é a limitação da carga dinâmica e é expressa por:

[ ]

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 40


Onde:

é a capacidade de carga dinâmica do rolamento (calculada), em kN

[ ] é a capacidade de carga dinâmica do rolamento (tabelada), em kN

A capacidade de carga dinâmica do rolamento ( calculada), calcula-se usando a seguinte


fórmula:

Onde:

é a carga dinâmica equivalente, em kN

é a longevidade do rolamento, em milhões de volta

é o expoente de longevidade:

Para rolamentos de esfera

Para rolamentos de rolos

A longevidade do rolamento é expressa por:

Onde:

é a frequência de rotação do rolamento, em rpm

é o tempo de vida dos rolamentos, em horas

10.3 Cálculo dos rolamentos do veio à entrada do redutor


A B

Figura 14. Veio a entrada do redutor

As reacções nos apoios são:

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 41


√ √

√ √

Em seguida, calcula-se a longevidade dos rolamentos:

Tabela 22. Parâmetros do rolamentos do veio a entrada do redutor

Parâmetro d(mm) D(mm) B(mm) C(kN) Co(kN) a Designação


Valor 60 130 31 90 65,5 55 7312B. TVP

10.4 Cálculo testador da capacidade de resistência à carga dinâmica do apoio A


A carga dinâmica equivalente para o apoio A, pode ser determinada pelas seguintes
expressões:

Onde:

é a força radial, em kN

é a força axial, em kN

Logo,

A capacidade de carga dinâmica do rolamento ( calculada), será:

Verifica-se a condição de resistência

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 42


10.5 Cálculo testador da capacidade de resistência à carga dinâmica do apoio B
A carga dinâmica equivalente para este apoio pode ser determinada pelas seguintes
expressões correspodentes a um par de rolamentos.

Daí que:

Logo:

A capacidade de carga dinâmica do rolamento B ( calculada), será:

A condição de resistência a carga dinâmica é satisfeita, pois [ ] .

10.6 Cálculo dos rolamentos do veio à saída do redutor


O esquema de colocação dos rolamentos no veio à saída do redutor, está apresentado na
figura abaixo:

C D

Figura 15. Veio a saída do redutor

As reacções nos apoios são:

√ √

√ √

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 43


A longevidade dos rolamentos será:

Tabela 23. Parâmetros do rolamento do veio a saída do redutor

Parâmetro d(mm) D(mm) B(mm) C(kN) Co(kN) a T(mm) c r Designação


Valor 85 130 29 143 228 28 29 22 1,5 32017X

10.7 Para o veio executivo

Para o primeiro escalão têm-se os seguintes valores de diâmetro e comprimento:

√ √
[ ]

Comprimento:

Escolhe-se 120 mm como valor normalizado

Em função do diâmetro escolhe-se o valor de , que corresponde a altura do


ressalto para o segundo escalão.

Para o segundo escalão têm-se os seguintes valores de diâmetro e comprimento:

 Diâmetro:
 Comprimento:

Em função do diâmetro escolhe-se o valor de , que corresponde a altura do


ressalto para o terceiro escalão.

Para o terceiro escalão têm-se:

 Diâmetro:
 O comprimento será dado a partir do diâmetro da circunferência divisora da
roda estrelada:
, onde ; logo:

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 44


Para o quarto escalão têm-se:

 Diâmetro:
 O comprimento

11 CÁLCULO TESTADOR DOS VEIOS


O cálculo testador do veio consiste em fazer os seguintes cálculos:

- Cálculo de resistência à fadiga;

- Cálculo de resistência à carga estática;

- Cálculo de resistência à rigidez;

- Cálculo de resistência às vibrações; e

- Cálculo à resistência térmica

11.1 Cálculo testador à fadiga


O cálculo testador de resistencia à fadiga é o cálculo principal dos veios, pois na prática
verifica-se que estes falham por fadiga devido ao elevado número de ciclos de variação de
tensões que o veio experimenta durante o seu funcionamento. Este cálculo consiste em
determinar os coeficientes de segurança nas secções mais perigosas do veio.

A condição de resistência à fadiga é:

[ ]

Onde:

é o coeficiente de segurança à flexão

é o coeficiente de segurança à torção

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 45


Onde:

amplitude das tensões normais;

amplitude das tensões tangenciais;

tensões normais médias;

tensões tangenciais médias;

limite de fadiga à flexão do material;

limite de fadiga ao cisalhamento do material;

coeficiente de sensibilidade do material à assimetria do ciclo de variação das tensões


normais;

coeficiente de sensibilidade do material à assimetria do ciclo de variação das tensões


tangenciais;

coeficiente de escala;

coeficiente de rugosidade;

coeficiente efectivo de concentração das tensões tangenciais;

coeficiente efectivo de concentração das tensões tangenciais.

11.1.1 Cálculo testador à fadiga do veio à entrada do redutor


Nesta fase, calculam-se as tensões normais e tangenciais das secções mais perigosas.
Usando a seguinte fórmula, temos:

Para o aço 40X, escolhido para o fabrico do veio, tem-se: e

Os limites de fadiga são:

Em seguida, calcula-se o coeficiente de segurança a flexão e a torção:

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 46


[ ]

11.1.2 Cálculo testador à fadiga do veio à saída do redutor


Para este veio, faz-se o cálculo para o seguinte escalão:

As amplitudes das tensões são:

Da tabela 15.1 de [4] têm-se:

Das figuras 15.5 e 15.6 de [4] têm-se:

Então, têm-se respectivamente:

Logo:

[ ]

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 47


11.2 Cálculo testador à carga estática
este cálculo serve para verificar a resistência dos veios à deformação plástica ou destruição
devido a sobrecargas. Para o cálculo à carga estática usam-se tensões equivalentes que
incluem tanto a flexão e a torção.

√ [ ]

tensão equivalente

[ ] tensão normal admissível do material

A tensão admissível calcula-se usando a seguinte fórmula:

[ ]

Sendo assim, podemos proceder ao cálculo testador à carga estática do veio a entrada do
redutor.

[ ]

√ [ ]

Onde:

√ [ ]

O veio a entrada do redutor resiste à carga estática.

11.3 Cálculo testador à carga estática do veio de saída do redutor

√ [ ]

Onde:

O veio à saída do redutor resiste à carga estática.

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 48


11.4 Cálculo testador à rigidez dos veios
O deslocamento elástico do veio tem efeitos negativos no funcionamento dos órgãos
agregados ao veio: apoios, rodas dentadas. A deformação do veio provoca concentração de
tensões nas rodas dentadas, por meio da distribuição irregular da carga ao longo do
comprimento dos dentes. Nas máquinas ferramentas, a deformação dos veios pode ter um
efeito negativo na precisão e rugosidade das peças.

Os requisitos de rigidez do veio dependem da aplicação concreta. As recomendações gerais


são:

 Para veios de transmissão dentadas a flecha devida à deflexão do veio sob a roda é
[ ] para rodas cilíndricas;
 [ ] para rodas dentadas cónicas, hipóides e globóides,

Onde: m é o módulo do engrenamento.

O ângulo de rotação mútuo dos veios sob a engrenagem é:

Na construção de máquinas geralmente recomenda-se uma flecha para veios:

[ ]

Onde:

é a distância entre apoios.

O ângulo de rotação do veio sob mancais deslizantes é [ ] e para


rolamentos radiais de esfera [ ]

Para o cálculo testador a rigidez deve-se verificar as seguintes condições:

[ ] deslocamento elástico (flecha);

[ ] ângulo de deflexão; e

[ ] ângulo de torção.

Segundo recomendações têm-se os seguintes valores admissíveis:

[ ]

11.4.1 Cálculo testador à rigidez do veio a entrada do redutor


No plano YOZ temos o seguinte:

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 49


Fa1 Rby
Ray
Y

A MFr1 Fr1 B Z
S1 S2 S3
Tabela 24. Momentos no plano YOZ do veio a entrada do redutor

` Momentos flectores ( )
Limites
2 0 0 0 0……195
3 1 r 0……195

O deslocamento devido a força radial é:

[∫ ]

Para o plano XOZ, temos o seguinte:

Fab Rax Ft1 RBx


MFab MFt1 Z
75 195 195
S1 S2 S3 X

Tabela 25. Momentos no plano XOZ do veio a entrada do redutor

k Momentos flectores ( )
Limites
1 -1 0 0 0…75
2 -1 0 0 0…195
3 -1 -1 0…195

O deslocamento elástico devido à força será:

[∫ ∫

∫ ]

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 50


O veio do parafuso sem-fim garante a resistência a rigidez.

11.4.2 Cálculo testador à rigidez do veio a saída do redutor


Para o plano XOY, temos:

Rcy Rdy
Y
MFr2
X
S2 S3
Fr2
S1

Tabela 26. Momentos no plano YOX do veio a saída do redutor

K Momentos flectores ( )
Limites
1 0 0 0……71
2 -1 0……71
3 -1 0……222

O deslocamento devido a força radia será:

[∫ ( )

∫ ]

Para o plano XOZ, temos:

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 51


Rcy Rdy Fab'
Ft2
MFab'
MFt2 X
71 71 222
Z
S3 S2 S1
Tabela 27. Momentos no plano ZOX do veio a saída do redutor

K Momentos flectores ( )
Limites
1 1 0 0 0……222
2 1 0 0 0……71

3 1 1 0……71

O deslocamento elástico devido a força será:

[∫ ( )

∫( ) ( )

∫[ ] ]

O veio movido garante a resistência a rigidez.

11.5 Cálculo testador as vibrações


A análise da vibração dos veios é feita do mesmo modo que a análise de um sistema
elementar. A vibração forçada de um sistema com um grau de liberdade pode ser descrita por:

( )
( )

Onde:

é o deslocamento da massa m, na vibração forçada;

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 52


é a amplitude da força perturbadora. é tal que a variação temporal da força tem o
seguinte aspecto genérico:

é a velocidade angular (ou frequência angular) da força perturbadora ou a frequência da


vibração forçada do sistema;

é a frequência angular das vibrações livres (ou frequência natural) do sistema.

A frequência de rotações na qual se verifica a ressonância, designa-se frequência crítica:

Onde:

é o deslocamento da massa m, na vibração forçada;

é a aceleração de gravidade

Frequência crítica 1

Frequência crítica 2

Portanto, a zona crítica encontra-se será:

O veio resiste a vibração, visto que o motor em uso é de 1500 rpm.

12 Cálculo e escolha das chavetas


As chavetas são elementos de máquinas utilizados tanto para fixação de peças como para a
transmissão de movimento entre peças. Os exemplos típicos de peças unidas por chavetas são
veios e cubos de polias, engrenagens, e outros.

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 53


Figura 16. Chavetas prismáticas

12.1 Materiais para chaveta


As chavetas são feitas com aços ao carbono ou aços de liga com limite de resistência
As tensões admissíveis dependem do material do cubo e do veio, regime de
funcionamento e ajustamentos entre o cubo e o veio.

Para ligações chavetadas comuns pode ser usados os seguintes valores:

 Para ligações fixas, ajustamentos incertos: [ ]


 Para ligações fixas, ajustamentos com aperto: [ ]

Toma-se [ ]

 Para o parafuso sem-fim

Usa-se a seguinte fórmula:

[ ]

A chaveta resiste ao esmagamento.

 Para a roda coroa

Usa-se a seguinte fórmula:

[ ]

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 54


A chaveta resiste ao esmagamento.

13 PROJECTO DO CORPO E DA TAMPA DO REDUTOR


Tabela 28. Projecto do corpo e da tampa do redutor

# Designação do parâmetro Fórmula Valor (mm)

Espessura da parede do  0,045·aω+ (1... 3) mm   0,045·200+ (1... 3)


corpo e da tampa do redutor
1
() = 11

Espessura dos rebordos da s1  1,5· s1  1,5·11


tampa do redutor (s1)
2 s1 = 16,5

Espessura dos rebordos s  s1+2...5 mm s16,5+2...5


(flanges do redutor) (s)
3 s = 19

4 Espessura das patas do t  2· t  2·11


redutor (t)
t=22

Espessura das nervuras do


corpo e da tampa do redutor
(c) c c = 11

Diâmetro dos parafusos do df =0,036·aw+12 mm df =0,036·200+12


fundamento (df)
6 df =19,2

Diâmetro do parafuso de dt.c.r  0,75·df dt.c.r  0,75·19


fixação da tampa do redutor
7 ao corpo perto dos dt.c.r =14
rolamentos (dt.c.r)

Diâmetro do parafuso de dt  0,5·df dt  0,5·19,2


fixação da tampa do redutor
8 no corpo (dt) dt  10

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 55


Diâmetro do parafuso de dt.r  ( 0,7 ... 1,4)· dt.r12
fixação da tampa do
rolamento ao corpo (dt.r) dt.r  ( 0,7 ... 1,4)·11
9 dt.r  ( 0,7 ... 1,4)· dt.r  7...14

dt.r  10

Largura das abas das x 2·dt.r x 2.10


tampas dos rolamentos (x)
x=20

Diâmetro dos parafusos de


fixação da tampa de
10 inspecção (dt.i) d t .i  6 .... 10 mm

Diâmetro da rosca do bujão


drenagem do óleo do cárter
11 do redutor (db)

Largura dos rebordos


(flanges) de união da tampa
12 e do corpo do redutor (K’)

Largura das patas do corpo


do redutor (K)
13

Folga lateral entre a parede


interna do corpo do redutor
e o cubo da coroa (y)
14

Distância entre a parede


interna da tampa do redutor
15 e do diâmetro externo da y1  
coroa (y1)

Distância entre o eixo do

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 56


16 parafuso sem-fim e a
parede inferior interna do
fundo do corpo do redutor
(y2)

18 Espessura da tampa do
rolamento junto com o
vedante embutido (x1 e x2)

a) A distância entre pontos


de aplicação das reacções
dos rolamentos do veio de
entrada (2·a1) depende da
construção e apoio do
19 parafuso sem-fim.

a2  y + 0,5·lc a2 =5+0,5·75

b) Para o veio de saída

a2=42,5 mm

Comprimento do redutor

20
Largura do redutor Bred = 353 mm

Altura do redutor Hred δ+y2+aw+0,5·daM2+y1+δ+8…12

Hred =545 mm

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 57


14 FUNDAMENTOS
Os fundamentos são componentes das construções dos accionamentos que servem para
apoio e posicionamento mútuo das unidades orgânicas do próprio accionamento. Estas
unidades podem ser motores eléctricos, redutores, variadores, veios executivos e outros.

Os fundamentos transmitem as cargas de trabalho ao soalho e absorvem as vibrações. Para


além da resistência mecânica, os fundamentos devem ser rígidos para que as cargas que
ocorrem no funcionamento dos órgãos não causem deslocamentos inadmissíveis. As cargas
podem ser provenientes das forças de trabalho das transmissões (forças tangencias), forças de
aperto, forças de aperto, forças radiais, forças nas uniões de veios, forças nos ramais das
transmissões com órgãos flexíveis, choques, peso dos componentes, momentos activos e
reactivos nas peças e forças nos órgãos executivos ( como por exemplo, nas ferramentas de
corte). Para além do efeito de suporte, os fundamentos podem ter a capacidade de dissipar
calor dos elementos da transmissão. Os fundamentos das máquinas podem ter outros usos,
para além dos citados.

Figura 17. Fundamentos

A espessura mínima das paredes externas é:

Onde:

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 58


O valor mínimo de é de 7 mm;

é a largura média do fundamento.

Da tabela 10.1, da ficha dos apontamentos de órgãos de máquinas, escolhe-se a altura mínima
dos ressaltos das sapatas:

Para um comprimento máximo ou altura das peças de 250…500 mm, escolhe-se h=4 mm.

Os furos de fixação dos elementos de accionamento devem ser atravessantes a profundidade


de roscamento ( comprimento da rosca) deve ser:

Na superfície de fixação do fundamento à base faz-se uma flange ao longo perímetro, com
largura:

A espessura da flange será:

15 LUBRIFICAÇÃO
A lubrificação reduz as perdas de potência por atrito, reduz o desgaste, reduz as tensões de
contacto nas superfícies, refrigera as peças, remove os produtos do desgaste das superfícies,
reduz as vibrações e ruídos, e aumenta a longevidade.

A lubrificação dos redutores geralmente é feita de modo contínuo, empregando óleos


líquidos em cárter. Este é praticável para velocidades entre 0,3 e 12,5 m/s.

Para redutores monoescalonares, o banho de óleo contém 0,4…0,8 l/kW de potência


transmitida.

A profundidade de mergulho é:

Para redutores de parafuso sem-fim:

Mergulho da roda maior:

Onde:

é o módulo

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 59


Mergulho do parafuso sem-fim:

Geralmente o nível do banho de óleo deve coincidir com o centro do corpo rolante (esfera
ou rolo) quando este está na sua posição inferior.

O volume do óleo no redutor será:

Para e velocidade de deslizamento , escolhe-se o


lubrificante com viscosidade 100cSt (100*10-6m2/s).

Lubrificação dos rolamentos

Neste caso pode se garantir a lubrificação dos rolamentos usando o mesmo óleo que garante
a lubrificação da transmissão. Esta lubrificação ocorre quando o óleo é projectado para a
tampa do redutor e conduzido aos rolamentos por canais já projectados.

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 60


16 Conclusões e Recomendações

Devido á normalização de algumas dimensões das peças, nota-se algum


sobredimensionamento das mesmas e também alguma desproporcionalidade o que acaba
constituindo uma dificuldade no dimensionamento e havendo assim a necessidade de fazer
alguns recálculos no projecto.

Os rolamentos escolhidos para o veio de saída do redutor, embora tenham sido escolhidos os
de série ligeira, eles são sobredimensionados.

Devido aos custos que os veios acarretam, é preferível que se destruam as chavetas no lugar
dos veios. Portanto, as chavetas a serem usadas nos veios devem ter uma resistência mecânica
inferior a dos veios, para evitar em casos de acidentes, possíveis destruições dos veios. Prever
manutenção e não sobrecarregar o transportador, isto é, respeitar a capacidade de carga, pode
contribuir na manutenção da longevidade dos veios.

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 61


17 BIBLIOGRAFIA
[1] I.V. Iatsina, Rui V. Sitoe, Guia para o cálculo cinemático de accionamentos,
Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Eduardo Mondlane, Maputo,
Setembro 1996;

[2] Associação Brasileira De Normas Técnicas, Cabo de aço para uso geral, segunda
edição, 2004, Rio de Janeiro, Brasil;

[3] EMCÉ, Catálogo De Cabrestante e tabela de conteúdos;

[4] Rui V. Sitoe, Apontamentos de Órgãos de Máquinas II, Departamento de Engenharia


Mecânica da Faculdade de Engenharia da Universidade Eduardo Mondlane, Maputo,
2005.

[5] Catálogo de rolamentos FAG

[6] Excertos

[7] D. N. Reshetov, Atlas de Construção de Máquinas, Volumes I, II e III, Renovada


Livros Culturais, Rio de Janeiro, 1979.

Chambal, Deutério Queiróx Paulo Página 62

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