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Exercı́cios - 2021/2022

Análise Matemática II e Cálculo Diferencial e Integral II

Ana Rute Domingos e Ana Cristina Barroso

Ficha Introdutória

Ficha 1 - Funções vectoriais de uma variável real

Ficha 2 - Cálculo Diferencial em Rn

Ficha 3 - Cálculo Integral em Rn

Ficha 4 - Análise Vectorial

1
A lista de exercı́cios referentes ao programa das disciplinas Análise Matemática II (DM) e Cálculo
Diferencial e Integral II (DF) encontra-se estruturada em cinco fichas. Alguns destes exercı́cios serão
discutidos ao longo das aulas teórico-práticas. Os alunos são encorajados a resolver, de forma autónoma,
todos os que não forem abordados nas aulas. Sempre que surgirem dúvidas ou dificuldades estas devem
ser colocadas aos docentes das disciplinas nos horários de atendimento. No final de cada ficha são
disponibilizadas soluções de alguns exercı́cios.

Uma circunferência é um conjunto de pontos, num plano, que estão a uma distância R de um ponto
fixo C. Damos a R e a C, respectivamente, o nome de raio e de centro da circunferência.
Aprende-se, no ensino secundário, que o gráfico das funções quadráticas x 7→ ax2 + bx + c (com
a 6= 0) é uma parábola. Numa calculadora gráfica (ou num software gráfico) observa-se que o gráfico
cartesiano da função x 7→ x4 é muito semelhante ao da função x 7→ x2 . Também é uma parábola?
A resposta à pergunta anterior é dada através da definição rigorosa de parábola, feita na ficha
introdutória, que introduz a definição das chamadas linhas cónicas (parábola, elipse, hipérbole). Os
conteúdos desta ficha, com excepção das coordenadas polares, não serão alvo de avaliação directa.
Pretende-se apenas que os alunos tomem contacto com os conceitos abordados e adquiram familia-
rização com os mesmos.

Nas restantes fichas os exercı́cios seguem a ordem pela qual a matéria é abordada nas aulas teóricas,
têm vários nı́veis de dificuldade e são de tipologias diversas: exercı́cios de aplicação e consolidação
dos conceitos, demonstrações de resultados importantes que complementam os leccionados nas aulas
teóricas e que podem ser usados na resolução de problemas. Exercı́cios de ı́ndole teórica e de dificuldade
acrescida podem estar assinalados com (*).

Ana Rute Domingos e Ana Cristina Barroso


Fevereiro de 2022

2
Exercı́cios de Análise Matemática II e Cálculo Diferencial e Integral II

Ficha Introdutória

Parábola
Considere-se uma recta ` e um ponto F exterior à recta.
Ao conjunto dos pontos P equidistantes do ponto F e da recta ` chamamos parábola.

` `
A recta ` chama-se directriz, o ponto F chama-se o foco da parábola. A recta perpendicular a ` que
passa em F chama-se o eixo da parábola e o ponto de intersecção do eixo com a parábola designa-se
por vértice da parábola.

Elipse
Considerem-se dois pontos F1 e F2 e um número k maior do que a distância entre os pontos.

Ao conjunto dos pontos P para os quais a soma k das distâncias aos pontos F1 e F2 (os focos)
é constante chamamos elipse,
d(P, F1 ) + d(P, F2 ) = k.

Hipérbole
Considerem-se dois pontos F1 e F2 e um número k menor do que a distância entre os pontos.

Ao conjunto dos pontos P para os quais o módulo k da diferença das distâncias aos pontos F1 e F2 (os
focos) é constante chamamos hipérbole,
|d(P, F1 ) − d(P, F2 )| = k.

AM II e CDI II Ficha Introdutória

3
1. (a) (Parábola com vértice na origem e foco no eixo Oy) Sejam c ∈ R, c 6= 0, ` a recta
de equação y = −c e F o ponto de coordenadas (0, c). Mostre que os pontos P (x, y) com a
propriedade
d(P, F ) = d(P, `)
satisfazem a equação cartesiana
x2 = 4cy.

(b) Aplicando a translacção associada ao vector (a, b) à parábola anterior, observe que se obtém
a parábola com vértice em (a, b) e com a equação cartesiana

(x − a)2 = 4c(y − b).

Mostre que, neste caso, as coordenadas do foco são (a, b + c) (observe que a primeira coor-
denada do vértice e do foco coincidem) e indique uma equação da directriz da parábola.

2. (a) (Parábola com vértice na origem e foco no eixo Ox) Sejam c ∈ R, c 6= 0, e ` a recta
de equação x = −c e F o ponto de coordenadas (c, 0). Mostre que os pontos P (x, y) com a
propriedade
d(P, F ) = d(P, `)
satisfazem a equação cartesiana
y 2 = 4cx.

(b) Aplicando a translacção associada ao vector (a, b) à parábola anterior, observe que se obtém
a parábola com vértice em (a, b) e com a equação cartesiana

(y − b)2 = 4c(x − a).

Mostre que, neste caso, as coordenadas do foco são (a + c, b) (observe que a segunda coor-
denada do vértice e do foco coincidem) e indique uma equação da directriz da parábola.

3. Desenhe e indique uma equação cartesiana da parábola com:

(a) vértice em (0, 0) e foco em (2, 0);


(b) vértice em (−1, 3) e foco em (−1, 0);
(c) foco em (1, 1) e directriz y = −1;
(d) foco em (2, −2) e directriz x = −5.

4. Determine o vértice, o foco, o eixo e a directriz das parábolas que se seguem, desenhando-as
também:
(a) y 2 = 2x; (b) 2y = 4x2 − 1; (c) (x + 2)2 = 12 − 8y; (d) x = y 2 + y + 1.

√ Considere a > c > 0, F1 e F2 com coordenadas (−c, 0) e (c, 0), respectivamente. Seja
5. (Elipse)
b = a2 − c2 . Mostre que os pontos P (x, y) com a propriedade

d(P, F1 ) + d(P, F2 ) = 2a

satisfazem a equação cartesiana


x2 y 2
+ 2 = 1.
a2 b

AM II e CDI II Ficha Introdutória

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Os pontos (±a, 0), (0, ±b) dizem-se os vértices da elipse (são os pontos de intersecção da elipse
com os eixos coordenados). Os segmentos de recta que ligam os dois primeiros e os dois últimos
vértices dizem-se os eixos da elipse. O eixo que contém os focos diz-se o eixo maior (com
comprimento 2a, neste caso, ou seja a distância entre os dois primeiros vértices) e o outro diz-
se o eixo menor (com comprimento 2b, neste caso, ou seja a distância entre os dois últimos
vértices). O ponto médio de [F1 F2 ] (ponto de intersecção dos dois eixos) diz-se o centro da elipse
(neste caso (0, 0)); é também o ponto médio entre os dois primeiros e os dois últimos vértices.

6. (Elipse) Sejam a, b, c, c1 , c2 ∈ R, com a > c > 0 e b = a2 − c2 . Mostre que uma equação
cartesiana da elipse com focos (c1 + c, c2 ) e (c1 − c, c2 ), eixos maior e menor com comprimento,
respectivamente, 2a e 2b é
(x − c1 )2 (y − c2 )2
+ = 1.
a2 b2
Observe que (c1 , c2 ) é o centro da elipse. Determine as coordenadas dos vértices.
7. Indique uma equação cartesiana da elipse com:
(a) focos em (−1, 0) e em (1, 0) e eixo maior com comprimento 6;
(b) focos em (1, 3) e em (1, 9) e eixo menor com comprimento 8;
(c) centro em (2, 1) e vértices em (2, 6) e em (1, 1);
(d) foco em (6, 2) e vértices em (1, 7) e em (1, −3).
8. Determine o centro, os vértices, os focos e o comprimento dos eixos maior e menor das elipses
que se seguem, desenhando-as também:
(a) x2 /4 + y 2 /9 = 1 ; (b) 4y 2 + 3x2 − 12 = 0; (c) 16(x − 3)2 + (y + 2)2 = 64;
(d) x2 + 4x + y 2 − 10y = 7; (e) 2x2 − 4x + 3y 2 + 12y = 4.
9. (Hipérbole com focos no eixo dos√xx) Considere c > a > 0, F1 e F2 com coordenadas (−c, 0) e
(c, 0), respectivamente. Seja b = c2 − a2 . Mostre que os pontos P (x, y) com a propriedade
|d(P, F1 ) − d(P, F2 )| = 2a
satisfazem a equação cartesiana
x2 y 2
− 2 = 1.
a2 b
Os pontos (±a, 0) dizem-se os vértices da hipérbole (são os pontos de intersecção da hipérbole
com a recta onde estão os focos). O segmento de recta que une os vértices chama-se o eixo
transverso. O ponto médio do eixo transverso chama-se o centro da hipérbole (neste caso o
b
ponto (0, 0)). As rectas y = ± x dizem-se as assı́ntotas da hipérbole.
a
10. (Hipérbole com focos no eixo dos√yy) Considere c > b > 0, F1 e F2 com coordenadas (0, −c) e
(0, c), respectivamente. Seja a = c2 − b2 . Mostre que os pontos P (x, y) com a propriedade
|d(P, F1 ) − d(P, F2 )| = 2b
satisfazem a equação cartesiana
y 2 x2
− 2 = 1.
b2 a
Determine as coordenadas dos vértices da hipérbole.

11. (Hipérbole) Sejam a, c, c1 , c2 ∈ R, c > a > 0 e b = c2 − a2 . Mostre que uma equação cartesiana
da hipérbole com focos (c1 + c, c2 ) e (c1 − c, c2 ) e eixo transverso com comprimento 2a é
(x − c1 )2 (y − c2 )2
− = 1.
a2 b2
Observe que (c1 , c2 ) é o centro da hipérbole. Determine as coordenadas dos vértices.
AM II e CDI II Ficha Introdutória

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12. Indique uma equação cartesiana da hipérbole com

(a) focos em (−5, 0) e em (5, 0) e eixo transverso com comprimento 6;


(b) focos em (0, −13) e em (0, 13) e eixo transverso com comprimento 10;
(c) focos em (−1, −1) e em (−1, 1) e eixo transverso com comprimento 21 .

13. Determine o centro, os vértices, os focos, o comprimento do eixo transverso e as assı́ntotas das
hipérboles que se seguem, desenhando-as também:
(a) x2 /9 − y 2 /16 = 1 ; (b) y 2 − x2 = 1; (c) (x − 1)2 /16 − (y − 3)2 /9 = 1;
2 2
(d) 4x − 8x − y + 6y − 1 = 0; 2 2
(e) −3x + y − 6x = 0.

14. Determine o centro, os vértices, os focos e o comprimento do eixo transverso da hipérbole xy = 1.


(Sugestão: Considere um novo sistema de coordenadas XY com x = X − Y e y = X + Y .)

15. (Coordenadas polares)


O propósito das coordenadas é fixar posições relativamente a um sistema de referência. No
caso das coordenadas cartesianas, em R2 , o sistema de referência é constituı́do por um par de
rectas perpendiculares que se intersectam num ponto a que chamamos origem. No sistema de
coordenadas polares o sistema de referência é constituı́do por um ponto O a que chamamos
pólo do qual emana um raio a que chamamos eixo polar.

eixo polar
Dizemos que um ponto P(r, θ) (ou [r, θ]), com r ∈ [0, +∞[, θ ∈ [0, 2π[ está dado em coordenadas
polares se r é a distância do ponto ao pólo e se P está sobre a semi-recta com origem no pólo e
que faz um ângulo orientado θ, no sentido directo, com o eixo polar.
Considerando que O é a origem do sistema de coordenadas cartesianas e que o eixo polar coincide
com o semi-eixo positivo Ox, mostre que a relação entre as coordenadas polares (r, θ) e as
cartesianas (x, y) de um ponto do plano é dada por

x = r cos θ, y = r sin θ,
p
com r = x2 + y 2 e θ o ângulo orientado, no sentido directo, que o vector (x, y) faz com o
semi-eixo positivo Ox.

16. Determine as coordenadas polares dos pontos cujas coordenadas√ cartesianas são:
(a) (x, y) = (−3/2, 0); (b) (x, y) = (2, −2); (c) (x, y) = (− 3, 1); (d) (x, y) = (0, 1).

17. Determine as√coordenadas cartesianas dos pontos cujas coordenadas polares são:
(a) (r, θ) = ( 3, π/6); (b) (r, θ) = (4, 5π
4 ); (c) (r, θ) = (3, 3π
2 ); (d) (r, θ) = (2, 0).

18. Escreva em coordenadas polares as equações que se seguem:


(a) x = 2; (b) 2xy = 1; (c) (x2 + y 2 )2 = x2 − y 2 ; (d) (x − 5)2 + (y + 2)2 = 16; (e) y = 3x2 .

19. Nos casos que se seguem, identifique as curvas e escreva a equação em coordenadas cartesianas:
2
(a) r = 2; (b) r = 3 cos θ; (c) r sin θ = 4; (d) tan θ = 2; (e) r = 1−cos θ.

(Sugestão: Em (e) verifique que a curva é a parábola com foco na origem e directriz x = −2.)

AM II e CDI II Ficha Introdutória

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Exercı́cios de Análise Matemática II e Cálculo Diferencial e Integral II

Ficha 1 - Funções vectoriais de uma variável real


√ √ !
log(1 + t) t+7− 7 sin(2t)
1. Considere a função r(t) = , , .
t t t

(a) Determine o seu domı́nio natural.


(b) Calcule lim r(t). É possı́vel prolongar por continuidade r ao ponto t = 0?
t→0
!
t2 − 1 4
2. Sendo r(t) = , t cos(t + 1), , para t 6= −1, calcule
t+1 1 + 4t2
Z 1
(a) lim r(t); (b) r(t) dt; (c) r0 (t).
t→−1 0

3. Sejam u, v : D ⊆ R → Rn , f : D ⊆ R → R e g : E ⊆ R → R tal que g(E) ⊆ D. Mostre que

(a) se u, v e f são contı́nuas em a ∈ D, o mesmo sucede a kuk, u+v, f u e u·v, onde · representa
um produto interno;
(b) se g é contı́nua em a ∈ E e u é contı́nua em g(a) ∈ D, então u ◦ g é contı́nua em a.

4. Sejam a, b ∈ R, u, v : ]a, b[ → Rn , f : ]a, b[ → R e c ∈ R. Supondo que u, v e f são diferenciáveis


em ]a, b[, mostre que para cada t ∈ ]a, b[, se tem
d
(a) (u(t) + v(t)) = u0 (t) + v 0 (t);
dt
d
(b) (cu(t)) = cu0 (t);
dt
d
(c) (f (t)u(t)) = f 0 (t)u(t) + f (t)u0 (t);
dt
d
(d) (u(f (t))) = f 0 (t)u0 (f (t)).
dt
5. Sejam I um intervalo de R e f, g : I → Rn funções vectoriais diferenciáveis. Mostre que para
todo o t ∈ I,

(a) [f (t) · g(t)]0 = f 0 (t) · g(t) + f (t) · g 0 (t), onde · representa o produto interno canónico em Rn ;
d f (t) · f 0 (t)
(b) se f (t) 6= 0, então (kf (t)k)0 = kf (t)k = .
dt kf (t)k
Conclua que se a função t 7→ kf (t)k é constante, então f 0 (t) é ortogonal a f (t);
(c) (kf (t)k2 )0 = 2f 0 (t) · f (t).

6. Sejam a, b ∈ R, com a < b, u, v : [a, b] ⊆ R → Rn funções contı́nuas, α ∈ R e c ∈ Rn um vector


constante. Mostre que
Z b Z b Z b
(a) u(t) + v(t) dt = u(t) dt + v(t) dt;
a a a
Z b Z b
(b) α u(t) dt = α u(t) dt;
a a
Z b Z b !
(c) c · u(t) dt = c · u(t) dt , onde · representa um produto interno em Rn .
a a

AM II e CDI II Funções vectoriais de uma variável real

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7. A curva descrita por um ponto da circunferência fronteira de um disco a rolar, sem deslizar, sobre
uma linha recta, no plano, chama-se ciclóide.

(a) Suponha que o disco rola sobre o eixo dos xx, que tem raio R e que o ponto se encontra
inicialmente na origem O do sistema dos eixos coordenados. Considere a figura que se segue

Depois do disco rolar um pouco da esquerda para a direita, o ponto (que descreve a ciclóide)
encontra-se numa posição com coordenadas (x, y) assinalada por P 0 . Seja P o ponto da
circunferência que se encontra sobre o eixo dos xx e C a posição do centro do disco nesse
mesmo instante. Considere θ o ângulo ao centro P CP 0 e S o ponto de intersecção da recta
CP com a recta horizontal que passa em P 0 . Observando que OP é igual ao comprimento
do arco P P 0 (pois o disco roda sem deslizar), ou seja OP = Rθ, mostre que as coordenadas
do ponto P 0 são dadas por
x = R(θ − sin θ), y = R(1 − cos θ), θ ∈ [0, 2π].
(b) Seja r(θ) = (x(θ), y(θ)) = (R(θ − sin θ), R(1 − cos θ)), θ ∈ [0, 2π]. Calcule
Z 2π Z 2π
kr0 (θ)k dθ e y(θ)x0 (θ) dθ.
0 0

8. Classifique os objectos matemáticos das alı́neas que se seguem com as designações “linha para-
metrizada” ou “curva”, atendendo às respectivas definições.
(a) γ(t) = (6t − et , 3t + t7 ), t ∈ R;
(b) {(x, y) ∈ R2 : 7x2 + 8y 2 = 56};
(c) a circunferência de centro (1, 8), raio 2, percorrida duas vezes, no sentido horário, em duas
horas, a partir do ponto (3, 8);
(d) a recta do plano que passa nos pontos (1, 2) e (4, 5).
9. Indique quais dos caminhos que se seguem são simples
(a) γ(t) = (6, 2 sin t, 2 cos t), com t ∈ [0, 5π];
(b) γ(t) = (t2 , 2t), com t ∈ [−2, 2];
(c) γ(t) = (3 cos t, 4 + sin t), com t ∈ [0, 2π].
10. Para cada uma das seguintes curvas determine o ponto mais próximo da origem das coordenadas:
(a) segmento de recta definido por (1, 0, 0) e (0, 1, 1);
(b) segmento de recta definido por (1, 0, 0) e (1, 1, 1).
11. Considere as linhas γ1 , γ2 : R → R2 , com γ1 (t) = (t, 3t2 − 4) e γ2 (t) = (t5 , 3t10 − 4).
(a) Mostre que o traço de γ1 coincide com o traço de γ2 .
(b) Designando por C o traço das linhas anteriores, determine uma terceira parametrização
para C.

AM II e CDI II Funções vectoriais de uma variável real

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12. Determine uma parametrização para
(a) a semi-recta com origem em (1, 2) que contém o ponto (−3, 0);
(b) o segmento de recta com inı́cio no ponto (1, 2, 3) e fim no ponto (−1, 0, 7);
(c) a circunferência de centro (1, −1) e raio 2, percorrida três vezes no sentido directo;
(d) o arco da circunferência de centro (0, 0) e raio 1, percorrido no sentido contrário ao dos
ponteiros do relógio, do ponto (1, 0) para o ponto (0, −1);
(e) o arco da circunferência de centro (0, 0) e raio 1, percorrido no sentido dos ponteiros do
relógio, do ponto (1, 0) para o ponto (0, −1);
(f) o arco da parábola x = 2 − 3y 2 do ponto (−1, −1) ao ponto (2, 0);
√ √
(g) x2 − 6x + y 2 = 7 do ponto (3, 4) ao ponto (3 − 2 2, −2 2) no sentido directo;
(h) a intersecção do cone z 2 = x2 + y 2 com o plano z = 4;
(i) a intersecção do cone z 2 = x2 + y 2 com o plano x = 1 e os semi-espaços z > 0 e z ≤ 2.
13. Identifique, e represente graficamente indicando o sentido em que são traçadas, as curvas traço
das seguintes trajectórias parametrizadas:
(a) r(t) = (7, t), −1 ≤ t ≤ 1;
(b) r(t) = (2 + 2 cos t, 1 + 2 sin t), 0 ≤ t ≤ π;
(c) r(t) = (t2 , 2t + 1), 0 ≤ t ≤ 2;
(d) r(t) = (et , e2t ), 0 ≤ t ≤ log 2;
t
 
(e) r(t) = t − 1, , 2 ≤ t ≤ 4;
t−1
(f) r(t) = (t3 , 3 log t), t ≥ 1;
5π 3π
(g) r(t) = (3 + 2 cos t, 7, −1 + 2 sin t), 4 ≤t≤ 2 ;
(h) r(t) = (4 cos(2t), 4 sin(2t), t), 0 ≤ t ≤ 2π.
14. (a) Do exercı́cio anterior indique, justificando, se há caminhos fechados e diga quais são.
(b) Também do exercı́cio anterior, determine o caminho inverso em (a), (b) e (d).
15. (a) Verifique que a curva {(cos t, sin t, cos t) : t ∈ R} é plana, mas {(cos t, sin t, cos 2t) : t ∈ R}
não é.
(b) Verifique que a origem e quaisquer outros três pontos distintos da curva {(t, t2 , t3 ) : t ∈ R}
não são complanares.
16. Verifique se as funções que se seguem são mudanças de parâmetro
t2
(a) α : ]0, +∞[→ ]0, 1[, α(t) = ;
1 + t2
π
 
(b) α : ] − 1, 1[→ R, α(t) = tan t .
2
17. (a) Seja γ : R → R3 dada por γ(t) = (t, sin t, et ). Mostre que ψ : R+ → R3 dada por ψ(t) =
(log t, sin(log t), t) é uma reparametrização de γ.

(b) Considere as trajectórias γ, ψ : [0, 1] → R2 , com γ(t) = (t, t) e ψ(t) = (t2 , t). Verifique que
os traços de γ e ψ coincidem. Mostre que ψ não é uma reparametrização de γ.
(c) Verifique se a linha parametrizada γ(t) = (t2 , log(t2 )), com t ∈ ]0, +∞[, é uma parame-
trização do gráfico da função y = log x, com x ∈ R+ .
(d) Verifique se a linha parametrizada γ(t) = (t2 , t8 ), com t ∈ R, é uma parametrização do
gráfico da função y = x4 , com x ∈ R.
AM II e CDI II Funções vectoriais de variável real

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18. Sejam c > 0 e ω ∈ ]0, π2 [. Um projéctil é lançado da posição (0, 0) e tem um traçado parabólico
descrito por
r(t) = ((cos ω)t, (sin ω)t − ct2 ), t ≥ 0.

(a) Verifique que o traço da linha é uma porção de parábola e que ω é o ângulo de lançamento
do projéctil com o solo.
(O ângulo de lançamento é o arco-tangente do declive da recta tangente à curva no ponto
em questão.)
(b) Qual o ângulo de lançamento que maximiza o alcance do projéctil?
1 π
(c) Para c = 2 eω= 4 determine uma equação da recta tangente à curva no instante t = 1.

19. Determine o vector velocidade e um vector tangente unitário para cada uma das linhas que se
seguem, em cada instante t

(a) (cos t, sin(2t), t2 ), t ∈ R;


(b) (cos(et ), sin(et ), sin t), t ∈ R.

20. Considere a linha definida por γ(t) = (t, et , e2t ), t ∈ R. Determine a intersecção da recta tangente
ao traço de γ no ponto γ(0) com o plano x + y + z = 6.

21. Considere a função r(t) = (cos t, sin t, 3t), para t ∈ R, e seja C o traço de r.

(a) Determine o ponto P da curva C que fica mais próximo da origem.


(b) Escreva uma equação da recta s, tangente a C no ponto P .
(c) Determine a intersecção da recta s com o plano x + 3y + z = 2.
(d) Determine os pontos de C tais que a recta tangente à hélice nesses pontos intersecta o eixo
Oy.

22. (a) Determine uma parametrização da elipse de centro no ponto (x0 , y0 ) ∈ R2 com semi-eixos
(x − x0 )2 (y − y0 )2
a, b > 0, cuja equação cartesiana é + = 1.
a2 b2
(b) Determine o ponto P da semi-elipse dada parametricamente por x = 2 + 3 cos θ,
y = 3 + 2 sin θ, θ ∈ [0, π], cuja recta tangente nesse ponto é paralela à recta de equação
3y = 2x.

23. Considere-se a trajectória r(t) = (t2 , 5t, t2 − 16t) definida para t ≥ 0. Qual é o valor mı́nimo da
velocidade escalar?

24. Um ponto move-se no espaço tridimensional de tal modo que a sua velocidade é dada em função
do tempo por v(t) = t~e1 + t2~e2 + cos t~e3 , t ≥ 0, onde {~e1 , ~e2 , ~e2 } é a base canónica de R3 . Sabendo
que posição do ponto no instante t = 0 é (0, 1, 0), determine a posição nos restantes instantes t.

25. Uma partı́cula inicia o seu movimento na posição inicial r(0) = (1, 0, 0) com velocidade inicial
v(0) = (1, −1, 1). A sua aceleração é dada por a(t) = (4t, 6t, 1), t ≥ 0. Determine a velocidade e
a posição da partı́cula no instante t. Determine ainda a sua velocidade escalar no instante t = 1.

26. Seja γ : R → R3 uma linha regular para a qual existe um ponto (a, b, c) ∈ R3 tal que, para cada
t ∈ R, γ(t) − (a, b, c) e γ 0 (t) são ortogonais. Mostre que a curva γ(R) é esférica, i.e, todos os
pontos da curva estão sobre a mesma superfı́cie esférica.

27. Dado r > 0, determine os vectores velocidade e aceleração do movimento circular do ponto (x, y),
no plano, dado pelas equações paramétricas x = r cos(7θ), y = r sin(7θ), com θ ≥ 0. Determine
ainda a velocidade escalar do movimento.

AM II e CDI II Funções vectoriais de variável real

10
28. Quais das linhas que se seguem são regulares?
(a) γ1 (t) = (cos2 t, sin2 t), t ∈ R;
(b) γ2 (t) = (sin2 t, cos2 t), t ∈]0, π2 [;
et + e−t
(c) γ3 (t) = (t, cosh t), t ∈ R. (Recorde que cosh t = .)
2
29. Considere a espiral logarı́tmica γ : R → R2 , γ(t) = (et cos t, et sin t).

(a) Mostre que o ângulo entre γ(t) e o vector tangente em γ(t) não depende de t, com t ∈ R.
(b) Determine a função comprimento de arco a partir do ponto (1, 0).
(c) Calcule L(γ|]−∞,1] ).

30. Calcule o comprimento do traço das linhas que se seguem.


2 3
 
(a) r(t) = 2 cos t, −2 sin t, t 2 , 0 ≤ t ≤ 5;
3
 √
1

(b) r(t) = t, 2 log t, , 1 ≤ t ≤ 5;
t
 √ 
(c) r(t) = 2 2t, log(t2 ), t2 , 1 ≤ t ≤ e;
 
(d) r(t) = et cos t, et sin t , 0 ≤ t ≤ 1;
(e) r(t) = (2, 3 cos t, 3 sin t), 0 ≤ t ≤ 10π.
31. Verifique se as linhas que se seguem estão parametrizadas pelo comprimento de arco.
1 1 t
 
(a) γ1 (t) = (1 + t)3/2 , (1 − t)3/2 , √ , t ∈ [0, 1/2];
3 3 2
4 3
 
(b) γ2 (t) = cos t, 1 − sin t, − cos t , t ∈ [0, +∞[.
5 5
32. Considere a linha γ(t) = (et cos t, et sin t, et ), com t ∈ R+
0.

(a) Reparametrize γ pelo comprimento de arco.


(b) Calcule o comprimento do arco de γ em [0, π].
33. Duas partı́culas começam no instante t = 0 a percorrer as trajectórias definidas por

r(t) = (−2t, 2 − 2t) e s(t) = (2 cos(πt), 2 sin(πt)), t ≥ 0.

(a) Esboce o traço das linhas parametrizadas anteriores.


(b) Determine, se existirem, os pontos onde os referidos traços se intersectam.
(c) Diga, justificando, se existe algum ponto onde se dê a colisão das partı́culas e, em caso
afirmativo, determine a distância percorrida por cada uma delas até ao instante da colisão.
34. Duas partı́culas deslocam-se no plano segundo as trajectórias γ1 (t) = (t, t2 ) e γ2 (t) = (2 + t, 8t),
com t ≥ 0. Diga, justificando, se as partı́culas colidem.

AM II e CDI II Funções vectoriais de variável real

11
Algumas Soluções da Ficha 1

1. a) ] − 1, 0[ ∪ ]0, +∞[; b) (1, 1/(2 7), 2).
2. a) (−2, −1, 4/5); b) (−1/2, sin 2 + cos 2 − cos 1, 2 arctan 2);
c) (1, cos(t + 1) − t sin(t + 1), −32t/(1 + 4t2 )2 ).
7. b) 8R; 3πR2 .
8. a) linha parametrizada; b) curva; c) linha parametrizada; d) curva.
9. b) e c).
10. a) (2/3, 1/3, 1/3); b) (1, 0, 0).
11. b) Pode ser escolhida qualquer função h contı́nua, cujo contradomı́nio seja R e considerar
γ1 ◦ h(t). Exemplos; h(t) = t + 2, t ∈ R, e h(t) = log t, t > 0, que conduzem às parametrizações
γ3 (t) = (t + 2, 3(t + 2)2 − 4), t ∈ R, e γ4 (t) = (log t, 3 log2 t − 4), t > 0, respectivamente.
12. a) (1 − 4t, 2 − 2t), t ∈ [0, +∞[; b) (1 − 2t, 2 − 2t, 3 + 4t), t ∈ [0, 1];
c) (1 + 2 cos t, −1 + 2 sin t), t ∈ [0, 6π]; d) (cos t, sin t), t ∈ [0, 3π/2]; e) (− sin t, − cos t), t ∈ [3π/2, 2π];
f) (2 − 3y 2 , y), y ∈ [−1, 0]; g) (3 + 4 cosp t, 4 sin t), t ∈ [π/2,
√ 5π/4];

2
h) (4 cos t, 4 sin t, 4), t ∈ [0, 2π]; i) (1, y, 1 + y ), y ∈ [− 3, 3].
13. a) Segmento de recta (vertical) com origem em (7, −1) e fim em (7, 1); b) Semi-circunferência
com centro em (2, 1), raio 2, origem em (4, 1), fim em (0, 1), percorrida no sentido directo; c) Arco da
parábola de equação 4x = (y − 1)2 , com origem em (0, 1) e fim (4, 5); d) Arco da parábola de equação
y = x2 , com origem em (1, 1) e fim em (2, 4); e) Arco da hipérbole de equação y = 1 + 1/x, com origem
em (1, 2) e fim em (3, 4/3); f) Porção do gráfico da função y = log x, com inı́cio em √ (1, 0); g) Arco
√ da
circunferência do plano y = 7, com centro em (3, 7, −1), raio 2, com origem em (3 − 2, 7, −1 − 2) e
fim em (3, 7, −3), percorrida no sentido directo; h) Dois passos de hélice circular com inı́cio em (4, 0, 0)
e fim em (4, 0, 2π).
14. a) Não há caminhos fechados.
b) (7, −t), t ∈ [−1, 1]; (2 − 2 cos t, 1 + 2 sin t), t ∈ [0, π]; (2e−t , 4e−2t ), t ∈ [0, log 2].
16. Sim para ambas.
17. c) Sim; d) Não. √
18. b) π4 ; c) y = (1 − 2)x + 12 .
q
19. a) v(t) = (− sin t, 2 cos(2t), 2t), T (t) = v(t)/ sin2 t + 4 cos2 (2t) + 4t2 ;

b) v(t) = (−et sin(et ), et cos(et ), cos t), T (t) = v(t)/ e2t + cos2 t.
20. (1, 2, 3).
21. a) (1, 0, 0); b) (x, y, z) = (1, 0, 0) + λ(0, 1, 3), λ ∈ R; c) (1, 1/6, 1/2); d) São os pontos r(t) tais que
t é solução da equação cos t + t sin t = 0 (infinitas soluções). √ √
22. √ a) (x0 + a cos t, y0 + b sin t), t ∈ [0, 2π]; b) γ(3π/4) = (2 − 3 2/2, 3 + 2).
23. 153.
24. (t2 /2, t3 /3 + 1, sin t). √
25. v(t) = (2t2 + 1, 3t2 − 1, t + 1), r(t) = (2/3t3 + t + 1, t3 − t, t2 /2 + t), kv(1)k = 17.
27. (−7r sin(7θ), 7r cos(7θ)); (−49r cos(7θ), −49r sin(7θ)); 7r.
28. a) Não; b)√Sim; c) Sim. √
29. b) s(t) = 2(et − 1), t ≥ 0; c) √2e.
30. a) 38/3; b) 24/5; c) e2 + 1; d) 2(e − 1); e) 6π.
31. a) Sim; √ b) Sim. √ √ √
32. a) (t/ 3 + 1)(cos(log(t/ 3 + 1)), sin(log(t/ 3√+ 1)), 1); b) 3(eπ − 1).
33. b) (0, 2) e (−2, 0); c) Sim, no ponto (−2, 0); 2 2 e 2π, respectivamente.
34. Não colidem.

AM II e CDI II Soluções da Ficha 1

12
Exercı́cios de Análise Matemática II e Cálculo Diferencial e Integral II
Ficha 2 - Cálculo Diferencial em Rn
1. Considere as funções g(x, y) = xy, definida em R2 , e f (x) = x2 + x, h(x) = x + 1, definidas em
R. Determine

(a) g(h(x), f (x)); (b) f (g(x, h(y))); (c) g(f (x), h(y)).

2. Determine a função f : R2 → R que verifica f (x + y, x − y) = xy + y 2 .


3. Determine, e represente graficamente, o domı́nio natural de cada uma das seguintes funções:

log(x + y + 1) y−2
(a) f (x, y) = sin(xy) + √ ; (d) f (x, y) = ;
x log sin2 x
√ q
(b) f (x, y) = arccos(y − x) + −xy; (e) f (x, y) = y(1 − |x|);
  
(c) f (x, y) = log (xy − 1); (f) f (x, y) = log (1 − xy) , log x2 − y ;
arctan y
q q 
(g) f (x, y) = x2 + y 2 − 1, 9 − x2 − y 2 , ;
xy
q
(h) f (x, y) = ( 12 − x2 − 4x − y 2 , log(x2 + y 2 ));
(i) f (x, y, z) = arcsin x + arcsin y + arcsin z;
q
(j) f (x, y, z) = 1 − x2 − y 2 + e z ;
 √ 
(k) f (x, y, z) = log(x2 + y 2 + z 2 − 4), cos(xyz), z .

Identifique quais dos conjuntos anteriores são abertos, fechados ou limitados.


4. Para cada uma das seguintes funções, determine e represente graficamente as curvas de nı́vel
indicadas:
q
(a) f (x, y) = x2 + y 2 , para k = 0, 1, 2, 3;
(b) f (x, y) = x2 + y 2 , para k = 0, 1, 2, 3, e compare com a);
(c) f (x, y) = x2 + 2x + y 2 − 2y + 2, para k = 0, 1, 4;
(d) f (x, y) = y − 2x + 1, para k = 0, 1, 2;
(e) f (x, y) = exy , curvas de nı́vel que passam nos pontos (0, 0), (1, 1) e (−1, 1), respectivamente;
(p
x2 + y 2 , x ≥ 0
(f) f (x, y) = para k = 1, 2.
|y|, x < 0,
5. Obtenha uma representação gráfica de cada um dos campos vectoriais F que se seguem, repre-
sentando alguns vectores F (x, y) aplicados no ponto (x, y) correspondente.
3 2 1
   
(a) F (x, y) = , − , (x, y) ∈ R2 ; (c) F (x, y) = − , y − x , (x, y) ∈ R2 ;
10 5 2
(b) F (x, y) = (y, 1), (x, y) ∈ R2 ; (d) F (x, y) = (x, y), (x, y) ∈ R2 ;
!
y x
(e) F (x, y) = p , p , (x, y) ∈ R2 \ {(0, 0)}.
x2 + y 2 x2 + y 2
xyz
6. Considere a função f (x, y, z) = . Diga, justificando, se é verdadeira ou falsa a
x2 + y 2 + z 2
afirmação: “Existe a > 0 tal que, se 0 < x2 + y 2 + z 2 < a, então |f (x, y, z)| < 10−20 .”
AM II e CDI II Cálculo Diferencial em Rn

13
7. Determine, se existirem, os seguintes limites:

2x2 − y 2 xy
(a) lim ; (h) lim p ;
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
(x,y)→(0,0) x2+ y2
x2 + y 2 − 2 x2 + y 2
(b) lim ; (i) lim p ;
(x,y)→(−1,1) x+y (x,y)→(0,0) x2 + y 2 + 1 − 1
1
 
sin(xy) (j) lim log(1 + x2 ) cos 2 ;
(c) lim ; (x,y)→(0,0) y
(x,y)→(0,2) x 2 2
e−(x +y ) − 1
4xy 3 (k) lim ;
(d) lim ; (x,y)→(0,0) x2 + y 2
2x4 + y 4
(x,y)→(0,0)
2
xy − y e−x − 1
(e) lim ; (l) lim ;
(x,y)→(1,0) x + y 2 − 2x + 1
2 (x,y)→(0,0) x2 + y 2
!
5xy 2 − 4x2 y xy 2
(f) lim ; (m) lim , xy ;
(x,y)→(0,0) x2 + y 2 (x,y)→(0,0) x2 + 5y 4
!
x3 y 2x3 y 3 −xy
(g) lim ; (n) lim , 2 ;
(x,y)→(0,0) x6 + y 2 (x,y)→(0,0) x + y x + 3y 2
6 6

sin x − x arctg(2y) x+y 1


  
(o) lim , cos(xy), , e , sin(xy) cos ;
(x,y)→(0,0) x3 3y x2 + y 4
!
3x2 y
(p) lim , 2 − cos(x + y), log(1 + x2 + y 2 ) + 3 .
(x,y)→(0,0) x2 + y 2

8. (a) Determine o conjunto dos pontos de continuidade das funções


7x2

, (x, y) 6= (0, 0)

(i) f (x, y) = x2 + 3y 2
7, (x, y) = (0, 0);

x − 2x y + y 2
2 2 3

, (x, y) 6= (0, 0)

(ii) g(x, y) = x2 + y 2
0, (x, y) = (0, 0);

 2
x −y 2
, x 6= y

(iii) h(x, y) = x−y
0, x = y.

(b) Diga, justificando, se é possı́vel redefinir f (0, 0) ou g(0, 0) de forma a que a função resultante
seja contı́nua no ponto (0, 0).
y 2 exy − 1
9. Prolongue por continuidade a R2 as funções f (x, y) = sin x e g(x, y) = .
x2 y
!
1 x2 + 8x3 y 2 + y 2
 
10. Considere a função f (x, y) = xy sin , , (x, y) 6= (0, 0).
x2 + y 2 x2 + y 2

(a) Calcule lim f (x, y).


(x,y)→(1,0)

(b) Diga, justificando, se é possı́vel prolongar por continuidade a função f ao ponto (0, 0).

AM II e CDI II Cálculo Diferencial em Rn

14
11. Para cada uma das seguintes funções calcule as derivadas parciais indicadas:

(a) f (x, y) = x4 + 2x2 y 2 + 3xy 3 ; fx , fy , fxx , fxy , fyy ;


  √ √
(b) f (x, y) = x2 sin xy 2 ; ∂f ∂f
∂x (1, π), ∂y (1, π);
(c) f (x, y, z) = exy log(xyz); fx , fz , fzy , fzyx ;
(x − 2y + z)2 ∂f
(d) f (x, y, z) = ; ;
x2 + y 2 + z 2 ∂y
(e) f (x, y, z) = x arctan (yz); fx , fy , fyz ;
q
(f) f (x, y) = x2 (1 + cos y); fx , fy ;
Z x−2y
2
(g) f (x, y) = et dt; fx , fy , fxy ;
x
(h) f (x) = kxk2 , x ∈ Rn ; fxi , i ∈ {1, . . . , n}.
y
12. Mostre que a função u(x, y) = xy + xe x , x 6= 0, satisfaz a equação xux + yuy = xy + u.

13. Mostre que a função u(r, θ) = r2 cos(2θ) é solução da equação diferencial

∂ 2 u 1 ∂u 1 ∂2u
+ + = 0, (r 6= 0).
∂r2 r ∂r r2 ∂θ2
y
q  
14. Mostre que as funções f (x, y) = log x2 + y2, (x, y) 6= (0, 0), e f (x, y) = arctan , x 6= 0,
x
∂2f ∂2f
satisfazem a equação diferencial + = 0.
∂x2 ∂y 2
15. Determine a função f : R2 → R tal que fx = x + y 2 cos x, ∀(x, y) ∈ R2 , e f (0, y) = ey , ∀y ∈ R.

16. Seja F : D ⊂ R3 → R3 , F = (F1 , F2 , F3 ), uma função tal que existem todas as derivadas parciais
das suas componentes Fi . Define-se a divergência de F , denotada por div F , e o rotacional de
F , denotado por rot F , respectivamente, por
∂F1 ∂F2 ∂F3
div F = + + ,
∂x1 ∂x2 ∂x3
 ∂F ∂F2   ∂F ∂F3   ∂F ∂F1 
3 1 2
rot F = − e1 + − e2 + − e3 ,
∂x2 ∂x3 ∂x3 ∂x1 ∂x1 ∂x2
onde (e1 , e2 , e3 ) é a base canónica de R3 . Calcule a divergência e o rotacional de cada um dos
campos vectoriais que se seguem:

(a) F (x, y, z) = (x, 2y, 3z);


(b) F (x, y, z) = (xyz, xz, z);
(c) F (x, y, z) = (3x2 , −y 2 , 2yz − 6xz);
2 +y 2 +z 2
(d) F (x, y, z) = ex (1, 1, 1);
(e) F (x, y, z) = (2x + y + 2z, x + 4y − 3z, 2x − 3y − 6z).

17. (?) Sejam a < b, c < d números reais e f : D → R, onde D é o rectângulo de R2 dado por
D = ]a, b[×]c, d[, uma função com derivadas parciais finitas em todos os pontos de D.

(a) Supondo que as derivadas parciais de f são nulas em todos os pontos de D, mostre que f é
constante em D.
(b) Se fx (x, y) = 0, ∀(x, y) ∈ D, mostre que existe uma função diferenciável g : ]c, d[→ R tal
que f (x, y) = g(y), ∀(x, y) ∈ D. (Vale um resultado análogo se fy (x, y) = 0, ∀(x, y) ∈ D).

AM II e CDI II Cálculo Diferencial em Rn

15
18. Calcule a derivada da função definida em R3 por f (x, y, z) = xy + yz + xz no ponto (−1, 1, 1)
segundo a direcção e sentido que vai deste para o ponto (2, 1, 0).
19. Seja f (x, y, z) = |x + y + z|, (x, y, z) ∈ R3 . Determine os vectores u ∈ R3 segundo os quais existe
derivada de f no ponto (1, −1, 0).
20. Seja f : D ⊆ Rn → R tal que f admite derivada segundo o vector v num ponto a ∈ int D.
Mostre que, no ponto a, f admite derivada segundo o vector λv para qualquer λ ∈ R e que
0 (a) = λf 0 (a). Conclua que a derivada direccional de f no ponto a na direcção e sentido de
fλv v
um vector não nulo v é dada por fu0 (a) = kvk
1
fv0 (a) onde u = kvk
v
.

21. Dados x, u ∈ Rn , calcule fu0 (x) nos seguintes casos:


(a) f (x) = a · x, onde a ∈ Rn ;
(b) f (x) = x · T (x), onde T : Rn → Rn é uma aplicação linear.
22. Determine o vector ∇f (x), x ∈ Rn , em cada um dos seguintes casos:

(a) f (x) = kxk2 ; (b) f (x) = kxk, x 6= 0; (c) f (x) = a · x, onde a ∈ Rn .

23. Determine uma função f : R2 → R tal que:

(a) ∇f (x, y) = (2xy, 1 + x2 ); (b) ∇f (x, y) = (x + sin y, x cos y − 2y).

24. Seja g : D ⊂ R3 → R uma função de classe C 2 . Define-se o laplaciano de g, denotado por ∆g,
por
∂2g ∂2g ∂2g
∆g = + + .
∂x2 ∂y 2 ∂z 2
Sendo f : D ⊂ R3 → R3 um campo vectorial de classe C 2 , mostre que se pode escrever simboli-
∂ ∂ ∂
camente (i.e., efectuando cálculos como se ∇ = ( ∂x , ∂y , ∂z ) fosse um vector):

(a) div (∇g) = ∆g; (d) ∇ · (∇ × f ) = div(rot f ) = 0;


(b) div f = ∇ · f ; (e) ∇ · (gf ) = (∇g) · f + g(∇ · f );
(c) rot (∇g) = ∇ × (∇g) = 0; (f) ∇ × (gf ) = (∇g) × f + g(∇ × f ).

25. Seja
4xy 2

, (x, y) 6= (0, 0)

f (x, y) = 2 4
 x +y
0, (x, y) = (0, 0).
Mostre que f admite derivada direccional em (0, 0) em qualquer direcção mas que f não é contı́nua
em (0, 0).
26. (?) Seja f : D ⊆ R2 → R uma função cujas derivadas parciais de primeira ordem são limitadas
no aberto D. Mostre que f é contı́nua em D. (Sugestão: use o Teorema de Lagrange).
27. Considere a função dada por
 xy
 , (x, y) 6= (0, 0)
f (x, y) = |x| + |y|
 0, (x, y) = (0, 0).
(a) Mostre que f é contı́nua em (0, 0).
(b) Calcule ∇f (0, 0).
(c) Mostre que f não é diferenciável em (0, 0).

AM II e CDI II Cálculo Diferencial em Rn

16
28. Verifique que é diferenciável em (0, 0) a função dada por
 (x2 + y 2 ) sin p 1

, (x, y) 6= (0, 0)
f (x, y) = x2 + y 2
0, (x, y) = (0, 0).

29. Seja  3 3
 x y − xy
, (x, y) 6= (0, 0)
f (x, y) = x2 + y 2
0, (x, y) = (0, 0).

(a) Determine fx (x, y) e fy (x, y) para (x, y) 6= (0, 0).


(b) Calcule fx (0, 0), fy (0, 0).
(c) Diga, justificando, se f é diferenciável em (0, 0).
(d) Mostre que fxy (0, 0) = −1 e fyx (0, 0) = 1. Por que motivo isto não contradiz o Teorema de
Schwarz?
30. Considere a função dada por (
3x, se x = y
f (x, y) =
0, se x 6= y.
(a) Estude f quanto à continuidade.
0
(b) Calcule ∇f (0, 0) e f(1,1) (0, 0).
(c) Diga, justificando, se f é diferenciável em (0, 0).
31. Considere a função f (x, y, z) = ex sin(yz) + log(y 2 + z 2 ).
(a) Identifique o domı́nio natural D de f e determine ∇f (x, y, z) para (x, y, z) ∈ D.
(b) Calcule a derivada direccional de f no ponto (0, 1, 0) na direcção e sentido do vector
(1, −2, 1).
(c) Calcule o valor máximo da derivada direccional de f no ponto (0, 1, 0). Em que direcção e
sentido ocorre?
32. Seja f a função definida em R2 por f (x, y) = a cos x sin y + sin x cos y, onde a é uma constante
real. Determine o valor de a de modo a que o valor máximo da derivada direccional de f em
0
 fu (0, 0),
(0, 0),  quando u percorre o conjunto dos vectores unitários do plano, seja atingido em
1 2
u = √5 , √5 e, para esse valor de a, calcule aquele valor máximo.

33. (a) Sendo f uma função de classe C 1 em Rn , mostre que f decresce mais rapidamente num
ponto x ∈ Rn na direcção e sentido do vector −∇f (x).
(b) Determine a direcção e sentido em que
 a função f (x, y) = 4x3 y 2 − 2x2 y + y 2 , (x, y) ∈ R2 ,
decresce mais rapidamente no ponto 1, 21 .
 
(c) Sendo f a função da alı́nea anterior, calcule a derivada direccional de f no ponto 1, 12 na
direcção e sentido do vector (1, 3).
x 1
34. Considere as funções f (x, y) = , y 6= 0, e g(x, y) = x2 − 4y, (x, y) ∈ R2 . Para o ponto (2, −1)
y 2
determine a taxa de variação de f na direcção e sentido em que g aumenta mais rapidamente.
35. Seja f : R2 → R uma função de classe C 1 tal que, no ponto (1, 2), a sua derivada dirigida na
direcção e sentido do vector (2, 2) é igual a 2 e na direcção e sentido do vector (1, −1) é igual a
-2.
(a) Determine ∇f (1, 2).
(b) Calcule, no ponto (1, 2), a derivada direccional de f na direcção e sentido do vector (3, 4).

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17
36. Um plano perpendicular a z = 0 tem em comum com o parabolóide z = x2 + 4y 2 o ponto (2, 1, 8).
A intersecção do plano com o parabolóide é uma parábola que tem declive nulo no ponto (2, 1, 8).
Qual é o plano em questão?
(
x = r cos θ
37. Considere função F : R2 → R2 definida por
y = r sin θ.

∂(x, y)
(a) Calcule .
∂(r, θ)
π
(b) Determine, e represente graficamente, as imagens por meio de F das curvas r = 2 e θ = ,
4
r > 0.
38. Considere a função f : R2 → R2 dada por f (x, y) = x2 y 2 , 2xy .


(a) Determine a imagem por meio de f das rectas x = 0, y = 0 e x = y.


0
(b) Calcule fx (1, 1) e f(1,2) (0, 2).
(c) Calcule o jacobiano de f em qualquer ponto de R2 .
p q 
39. Seja f (x, y) = 1 − x2 + 4 − y 2 , log(xy), arctan y .

(a) Determine, e represente graficamente, o domı́nio natural de f .


(b) Calcule fx ( 21 , 1) e fy ( 21 , 1).
0
(c) Calcule Jf ( 21 , 1) e f(1,2) ( 12 , 1).

40. Considere a função f : R2 → R2 dada por f (x, y) = (x + y, x − y) .


(a) Determine a imagem por meio de f do triângulo T limitado pelas rectas y = 0, x + y = 6 e
x − y = 2.
(b) Verifique que
A(f (T ))
| det Jf (x, y)| = ,
A(T )
onde A(T ), A(f (T )) representam as áreas de T e de f (T ), respectivamente.
(
u=x+y
41. Considere a função f : R2 → R2 definida por
v = xy.

(a) Determine, e represente graficamente, as imagens por meio de f das rectas y = x e y = −x.
0
(b) Mostre que f(1,1) (x, y) é constante ao longo da recta de equação x + y = 1.
v
 
(c) Determine, e represente graficamente, o domı́nio natural da função g(x, y) = log , onde
u
u e v são as funções dadas.
42. Considere a função f : R2 → R3 definida por f (x, y) = (x2 , xy, y 2 ). Determine a derivada f 0 (1, 2)
e a derivada dirigida de f , no ponto (1, 2), na direcção e sentido do vector u = (3, 4).
43. Seja f : Rn → Rm uma aplicação linear e seja a ∈ Rn . Mostre que f é diferenciável em a e que
f 0 (a) = f .
44. Seja f : R → R uma função de classe C 1 . Mostre que a função u(x, y) = f (exy ), (x, y) ∈ R2 , é
solução da equação diferencial xux − yuy = 0.
√ t−4 dz
45. Seja z = f (x, y) onde f : R2 → R é de classe C 1 e x = t, y = , t > 0. Determine (4)
t+4 dt
sabendo que zx (2, 0) = zy (2, 0) = 8.

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18
46. Sejam f, g : R → R duas funções de classe C 2 . Mostre que a função definida em R2 por

u(x, y) = xf (x + y) + yg(x + y)

é solução da equação diferencial uxx − 2uxy + uyy = 0.

47. Seja w a função definida em R3 por w(x, y, z) = f (xz, yz), onde f : R2 → R é uma função de
classe C 1 . Mostre que se tem
∂w ∂w ∂w
x +y −z = 0.
∂x ∂y ∂z

48. Considere a função Φ definida em R2 por Φ(x, y) = f (x + g(y)), onde f, g : R → R são duas
funções de classe C 2 . Sabendo que g(2) = 3, f (4) = 5, g 0 (2) = f 0 (4) = 2, g 00 (2) = f 00 (4) = 3,
calcule as derivadas parciais de primeira e segunda ordem de Φ no ponto (1, 2).

49. Seja f : R2 → R uma função de classe C 2 e seja g(x, y) = f (x2 − y 2 , y 2 − x2 ), (x, y) ∈ R2 .


∂g ∂g
(a) Mostre que se tem y +x = 0.
∂x ∂y
∂2g
(b) Calcule .
∂x2
50. Seja f : R2 → R uma função de classe C 1 tal que ∇f (1, 1) = (2, −1) e considere a função
h(x, y) = f (xey , yex + 1), (x, y) ∈ R2 . Calcule ∇h(1, 0).
x+y
 
51. Seja f : R → R uma função de classe C 1 e seja u(x, y) = xyf , xy 6= 0. Mostre que
xy
∂u ∂u
x2 − y2 = g(x, y)u(x, y)
∂x ∂y

para uma certa função g(x, y) e determine-a.

52. Seja f : R2 → R uma função tal que

f (tx, ty) = tf (x, y), ∀(x, y) ∈ R2 , ∀t ∈ R. (1)

(a) Calcule f (0, 0).


(b) Mostre que ∇f (0, 0) = (f (1, 0), f (0, 1)).
(c) Mostre que se f é de classe C 1 então f é a aplicação linear dada por

f (x, y) = xf (1, 0) + yf (0, 1).

(Sugestão: derive a igualdade (1) em ordem a t).

53. Sejam f : R2 → R2 e g : R3 → R2 os campos vectoriais dados por

f (x, y) = (ex+2y , sin(y + 2x)) e g(u, v, w) = (u + 2v 2 + 3w3 , v − u2 ).

(a) Determine as matrizes jacobianas Jf (x, y) e Jg (u, v, w).


(b) Escreva a expressão analı́tica da função composta h(u, v, w) = f (g(u, v, w)).
(c) Calcule a matriz jacobiana Jh (1, 1, −1).

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19
54. Sejam z = f (x, y), onde f : R2 → R é de classe C 2 , e x = r cos θ, y = r sin θ, com r > 0 e θ ∈ R.
∂z ∂z ∂2z
(a) Determine , e .
∂r ∂θ ∂r∂θ
(b) Mostre que
2 2 2 2
∂z ∂z ∂z 1 ∂z
   
+ = + 2 .
∂x ∂y ∂r r ∂θ
∂2z ∂2z
(c) Sendo z = f (x, y), recorde que o laplaciano de z, denotado por ∆z, é a soma + .
∂x2 ∂y 2
Mostre que
∂2z 1 ∂ 2 z 1 ∂z
∆z = + + .
∂r2 r2 ∂θ2 r ∂r
p
55. Seja f (x, y) = g(r(x, y)), onde g : R → R é de classe C 2 , e r(x, y) = x2 + y 2 para (x, y) ∈ R2 .
Mostre que para r 6= 0 se tem
2 2
∂f ∂f
 
2
(a) (x, y) + (x, y) = g 0 (r) ;
∂x ∂y
∂2f ∂2f 1
(b) ∆f (x, y) = 2
(x, y) + 2
(x, y) = g 00 (r) + g 0 (r).
∂x ∂y r
56. (?) Seja f : R2 → R uma função de classe C 1 tal que f (1, 1) = 1, fx (1, 1) = a, fy (1, 1) = b, onde
a, b ∈ R. Sendo g(x) = f (x, f (x, f (x, x))), calcule g(1) e g 0 (1).
 
57. Determine um vector unitário normal à hipérbole xy = 1 no ponto 2, 12 .

58. Suponha que a temperatura num aberto Ω do plano é dada pela função

T (x, y) = 3yx2 − x3 + 60.

Determine, no ponto (1, −1) ∈ Ω, um vector unitário tangente à linha isotérmica que passa nesse
ponto.

59. Considere a função F (x, y) = f (u)+f (v), onde f : R → R é de classe C 2 e u = x+2y, v = 3x−2y
1
com (x, y) ∈ R2 . Supondo que f 0 (0) = f 00 (0) = ,
2
∂2F
(a) calcule ∇F (0, 0) e (0, 0);
∂x2
(b) escreva uma equação da recta tangente à curva de nı́vel da função F que passa em (0, 0);
(c) sabendo que a superfı́cie z = F (x, y) passa na origem do referencial, calcule f (0).

60. Em cada um dos seguintes casos justifique que o conjunto S dado é uma superfı́cie e determine
equações do plano tangente e da recta normal a S no ponto indicado:

(a) S = (x, y, z) ∈ R3 : z = 3x2 + 2xy + y 2 , (1, 1, 6);




(b) S = (x, y, z) ∈ R3 : 2y 2 > 1 ∧ z = x2 log(2y 2 − 1) + exy , (1, 1, e);




(c) S = (x, y, z) ∈ R3 : 2x2 − xz + y 2 − yz = −5 , (1, 3, 4).




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20
2y
61. Considere a função f (x, y) = ex + log(x + y) − log(x − y).

(a) Determine, e represente graficamente, o domı́nio natural D de f .


(b) Calcule a derivada direccional de f no ponto (1, 0) na direcção e sentido do vector (3, 4).
(c) Determine um vector normal à curva dada por f (x, y) = 1 no ponto (1, 0).
(d) Considere o conjunto S = (x, y, z) ∈ R3 : (x, y) ∈ D ∧ f (x, y) − ez = 0 . Justifique que S


é uma superfı́cie e escreva uma equação do plano tangente a S no ponto (1, 0, 0). Mostre
que esse plano é perpendicular ao plano x = 0.
(e) Sejam g : R → R uma função de classe C 1 e A = {t ∈ R : (t, g(t)) ∈ D}, e considere a função
definida em A por F (t) = f (t, g(t)). Sabendo que g(1) = 0 e g 0 (1) = 2, mostre que 1 ∈ A e
calcule F (1) e F 0 (1).
x
 
62. Considere a superfı́cie definida por z = xf , onde y = 6 0 e f : R → R é uma função de
y
classe C 1 . Mostre que em todos os pontos desta superfı́cie o plano tangente passa na origem do
referencial.

63. (a) Sejam a, b, c números reais não nulos e


( )
x2 y 2 z 2
3
S= (x, y, z) ∈ R : 2 + 2 + 2 = 1 .
a b c

Justifique que S é uma superfı́cie e mostre que o plano tangente a S no ponto (x0 , y0 , z0 )
de S, é dado por
xx0 yy0 zz0
+ 2 + 2 = 1.
a2 b c
(b) Determine em que pontos é que o referido plano tangente é paralelo ao plano yz.
(c) Calcule os pontos para os quais o referido plano tangente é perpendicular ao vector (1, 1, 1).
n o
64. Seja S = (x, y, z) ∈ R3 : z 2 = 3x2 + 2xy + y 2 − 32 . Justifique que S é uma superfı́cie e deter-
mine os pontos de S onde a recta normal é paralela ao vector (−2, 2, −2).
π
 
y
65. Considere a função g(x, y) = 5ye + 2 sin (x + y) + x − 3, com (x, y) ∈ R2 .
2
(a) Mostre que a equação g(x, y) = 0 define implicitamente y como função de x, y = ϕ(x),
numa vizinhança do ponto (x, y) = (1, 0).
(b) Calcule ϕ0 (1) e mostre que a recta tangente ao gráfico da função ϕ no ponto (x, y) = (1, 0)
passa no ponto (6, −1).

66. Mostre que a equação xy +x−exy = 0 define implicitamente x como função de y numa vizinhança
do ponto (1, 0) e calcule x0 (0) e x00 (0).

67. Considere a função f (x, y) = y 2 − x3 − xy 2 + 12x − 16, com (x, y) ∈ R2 .

(a) Mostre que o ponto (0, 4) pertence ao conjunto de nı́vel 0 de f .


(b) Mostre que o conjunto de nı́vel 0 de f contém o gráfico de uma função x = g(y), definida
numa vizinhança de y = 4, que satisfaz g(4) = 0.
(c) Calcule as derivadas g 0 (4) e g 00 (4).
(d) Justifique que existe ε > 0 tal que

4 − ε < y < 4 ⇒ g(y) < 0 e 4 < y < 4 + ε ⇒ g(y) > 0.

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21
68. Seja h(x, y, z) = x4 z − 2xy 3 + yz 3 + 2, com (x, y, z) ∈ R3 .

(a) Mostre que a equação h(x, y, z) = 0 define implicitamente uma função z = f (x, y) numa
vizinhança do ponto (x, y, z) = (1, 1, 0).
∂z ∂z ∂2z
(b) Calcule (1, 1), (1, 1) e (1, 1).
∂x ∂y ∂x∂y
(c) Escreva uma equação do plano tangente à superfı́cie h(x, y, z) = 0 no ponto (1, 1, 0).
(d) Justifique que, no ponto (1, 1), a função f cresce mais rapidamente na direcção e sentido do
vector (1, 3).

69. Mostre que a equação xy − z log y + exz = 1 define implicitamente uma função y = g(x, z) numa
∂2g
vizinhança do ponto (x, y, z) = (0, 1, 1). Calcule (0, 1).
∂z∂x
70. Seja f ∈ C 1 (R2 ) e suponha que, nas condições do teorema da função implı́cita, a equação
f (x, y) = c, c ∈ R, define x como função implı́cita de y e y como função implı́cita de x numa
vizinhança de um ponto (x0 , y0 ) solução da equação. Nestas condições, que relação há entre
dx dy
(y0 ) e (x0 )?
dy dx
71. Considere a função definida em R2 por f (x, y) = yexy . Determine o polinómio de Taylor de
segunda ordem de f em torno do ponto (0, 1).

72. Use a fórmula de Taylor para escrever a função polinomial f (x, y) = x2 +xy +y 2 , com (x, y) ∈ R2 ,
como soma de potências de x − 1 e de y − 2.

73. Seja f : R2 → R uma função de classe C 2 tal que


 
f (x, y) − 5 + 3(x − 1) − 4(y − 2) − 2(x − 1)2 − 16(x − 1)(y − 2) − 4(y − 2)2
lim = 0.
(x,y)→(1,2) (x − 1)2 + (y − 2)2

Determine as derivadas parciais de primeira e de segunda ordem de f no ponto (1, 2).

74. Em cada uma das alı́neas que se seguem, f : R2 → R é uma função de classe C 2 cujo desen-
volvimento de Taylor de ordem 2 em torno do ponto (−2, 4) é o indicado. Diga, justificando, se
(−2, 4) é ponto crı́tico de f e, em caso afirmativo, indique se se trata de um ponto de máximo
local, de um ponto de mı́nimo local, de um ponto de sela ou se não é possı́vel concluir qual a
natureza do ponto crı́tico.

(a) f (x, y) = 7 + 2(x + 2)2 − 3(x + 2)(y − 4) + (y − 4)2 + o k(x + 2, y − 4)k2 , (x, y) → (−2, 4) ;
 

(b) f (x, y) = 6(y − 4) − 2(x + 2)2 + 5(y − 4)2 + o k(x + 2, y − 4)k2 , (x, y) → (−2, 4) ;
 

(c) f (x, y) = 5 − (x + 2)2 + 4(x + 2)(y − 4) − 12(y − 4)2 + o k(x + 2, y − 4)k2 , (x, y) → (−2, 4) ;
 

(d) f (x, y) = 1 + 2(x + 2)2 + (x + 2)(y − 4) + (y − 4)2 + o k(x + 2, y − 4)k2 , (x, y) → (−2, 4) ;
 

(e) f (x, y) = −8−9(x+2)2 +6(x+2)(y −4)−(y −4)2 +o k(x + 2, y − 4)k2 , (x, y) → (−2, 4) .
 

75. Determine e classifique os pontos crı́ticos das seguintes funções:

(a) f (x, y) = x2 + 2y 2 − x2 y, (x, y) ∈ R2 ; (e) f (x, y) = y 2 + x2 (x − 1)2 , (x, y) ∈ R2 ;


(b) f (x, y) = x2 y − ey , (x, y) ∈ R2 ; (f) f (x, y) = y log(x + y), x + y > 0;
(c) f (x, y) = x2 − y 3 , (x, y) ∈ R2 ; (g) f (x, y) = x2 − 2xy + y 2 − x4 − y 4 , (x, y) ∈ R2 ;
(d) f (x, y) = e 2x2 −4xy+y 4 , (x, y) ∈ R2 ; (h) f (x, y) = sin x sin y, 0 < x < 2π, 0 < y < 2π.

AM II e CDI II Cálculo Diferencial em Rn

22
76. Determine os valores máximo e mı́nimo absolutos das seguintes funções, definidas em R2 , nos
conjuntos indicados:
n o
(a) f (x, y) = x2 y + y 3 + 2y 2 em C = (x, y) ∈ R2 : x2 + y 2 = 4 ;
n o
(b) f (x, y) = x2 − 2xy + 2y em C = (x, y) ∈ R2 : 0 ≤ x ≤ 3, 0 ≤ y ≤ 2 ;
n o
(c) f (x, y) = 2x2 + y 2 − 4x − 2y + 2 em C = (x, y) ∈ R2 : 0 ≤ x ≤ 2, 0 ≤ y ≤ 2x ;
n o
(d) f (x, y) = x2 + 2y 2 − x em C = (x, y) ∈ R2 : x2 + y 2 ≤ 1 ;
n o
(e) f (x, y) = 2xy em C = (x, y) ∈ R2 : 4x2 + y 2 ≤ 8 .

77. Seja f (x, y) = x(x2 + y 2 − 3), com (x, y) ∈ R2 .

(a) Determine os extremos locais de f em R2 .


(b) Diga, justificando, se f tem extremos absolutos em R2 .
(c) Determine os extremos absolutos de f no cı́rculo x2 + y 2 ≤ 3.

78. Determine o máximo da função definida em R3 por f (x, y, z) = x − 2y + 2z na superfı́cie esférica


x2 + y 2 + z 2 = 9.

79. Determine números não negativos x, y, z tais que a sua soma seja 18 e o seu produto seja máximo.

80. Determine os pontos da superfı́cie esférica x2 + y 2 + z 2 = 1 para os quais o quadrado da distância


ao ponto (2, 1, 2) é, respectivamente, máximo e mı́nimo.

81. Sabendo que de entre todos os paralelepı́pedos rectangulares de área de superfı́cie S existe um
que tem maior volume, mostre que se trata de um cubo e determine a medida da respectiva
aresta.

82. Pretende-se construir um contentor em forma de paralelepı́pedo, aberto em cima, e com capaci-
dade de 32 litros. Determine as dimensões que deve ter o contentor de forma a usar o mı́nimo de
material possı́vel (sabendo que este mı́nimo existe).

83. (?) Seja a = (a1 , . . . , an ) ∈ Rn . Determine o máximo da função definida em Rn por


n
X
f (x1 , . . . , xn ) = ai xi ,
i=1

se x é um vector unitário de Rn , usando

(a) a desigualdade de Cauchy-Schwarz;


(b) o método dos multiplicadores de Lagrange.

84. (?) Determine o máximo da função definida em Rn por f (x1 , . . . , xn ) = (x1 x2 . . . xn )2 , se


x21 + . . . + x2n = 1. Use o resultado obtido para provar que, se a1 , . . . , an ≥ 0, então
1 a1 + . . . + an
(a1 a2 . . . an ) n ≤ .
n

AM II e CDI II Cálculo Diferencial em Rn

23
Algumas Soluções da Ficha 2

1. a) x(x + 1)2 ; b) x(y + 1)(xy + x + 1); c) x(x + 1)(y + 1).


x2 − xy
2. .
2
6. verdadeira
7. a) não existe; b) não existe; c) 2; d) não existe; e) não existe; f) 0; g) não existe; h) 0; i) 2, j) 0;
k) −1; l) não existe; m) não existe; n) não existe; o) (−1/6, 1, 2/3, 1, 0); p) (0, 1, 3).
8. a) i) contı́nua em R2 \ {(0, 0)}, descontı́nua em (0, 0); ii) contı́nua em R2 \ {(0, 0)}, descontı́nua em
(0, 0); iii) descontı́nua em todos os pontos da recta y = x à excepção de {(0, 0)}, contı́nua nos restantes
pontos de R2 ; b) g(0, 0) = 1, para f não é possı́vel.
9. y se x = 0 para f ; x se y = 0 para g.
10. a) (0, 1); b) sim sendo a imagem de (0, 0) dada por (0, 1).
11. a) 4x3 + 4xy 2 + 3y 3 , 4x2 y + 9xy 2 , 12x2 + 4y 2 , 8xy + 9y 2 , 4x2 + 18xy;

b) −π, −2 π;
exy exy xexy exy xyexy
c) yexy log(xyz) + , , , + ;
x z z z z
2
−2(x − 2y + z)(2x + 2z + xy + yz) 2
d) ;
(x2 + y 2 + z 2 )2
xz x − xy 2 z 2
e) arctan(yz), , ;
1 + y 2 z 2 (1 + y 2 z 2 )2
x√ −|x| sin y
f) 1 + cos y, √ ;
|x| 2 1 + cos y
2 2 2 2
g) e(x−2y) − ex , −2e(x−2y) , −4(x − 2y)e(x−2y) ; h) 2xi .
15. x2 /2 + y 2 sin x + ey .
16. a) 6, (0, 0, 0); b) yz + 1, (−x, xy, z − xz); c) 0, (2z, 6z, 0);
2 2 2 2 2 2
d) 2ex +y +z (x + y + z), 2ex +y +z (y − z, z − x, x − y); e) 0, (0, 0, 0).
18. 6.
19. u1 + u2 + u3 = 0.
21. a) a · u; b) x · T (u) + u · T (x).
x
22. a) 2x; b) ; c) a.
kxk
23. a) x2 y + y + C, C ∈ R; b) x sin y − y 2 + x2 /2 + C, C ∈ R.
27. b) (0, 0).
x4 y + 4x2 y 3 − y 5 x5 − 4x3 y 2 − xy 4
29. a) , ; b) 0, 0; c) sim; d) f não é de classe C 2 .
(x2 + y 2 )2 (x2 + y 2 )2
30. b) (0, 0), 3; c) não.
2y 2z
 
3 x
31. a) R \ {(x, 0, 0) : x ∈ R}, e sin(yz), ze cos(yz) + 2 x x
, ye cos(yz) + 2 ;
y + z2 y + z2
−3 √
b) √ ; c) 5, (0, 2, 1).
6√
32. 2, 5. √
33. b) √ (−1, −3); c) 10.
34. 3/ 5. √
√ 8 2
35. a) (0, 2 2); b) .
5
36. x + 2y = 4.
37. a) r.
38. b) (2, 2),√(0, 4); c) 0. √ √
39. b) (−1/ 3, 2, 0), (−1/ 3, 1, 1/2); c) (− 3, 4, 1).
42. (2x, 2x + y, 4y), (6/5, 2, 16/5).
45. 3.

AM II e CDI II Soluções da Ficha 2

24
48. Φx (1, 2) = 2, Φy (1, 2) = 4, Φxx (1, 2) = 3, Φxy!(1, 2) = 6, Φyy (1, 2) = 18.
∂f ∂f 2
∂ f 2
∂ f ∂ f2
49. b) 2 −2 + 4x2 + 2 −2 .
∂u ∂v ∂u2 ∂v ∂u∂v
50. (2, 2 − e).
51. g(x, y) = x − y.
52. a) 0. " # " #
ex+2y 2ex+2y 1 4v 9w2
53. a) Jf = , Jg = ;
2 cos(y + 2x) cos(y + 2x) −2u 1 0
" #
u+2v 2 +3w3 +2v−2u2 −3 6 9
b) (e , sin(v − u2 + 2u + 4v 2 + 6w3 )); c) .
0 9 18
∂z ∂z ∂z ∂z
54. a) cos θ + sin θ , −r sin θ + r cos θ ,
∂x ∂y ∂x ∂y
!
∂z ∂z ∂2z ∂2z 2
2 θ − sin2 θ) ∂ z .
− sin θ + cos θ + r cos θ sin θ − + r(cos
∂x ∂y ∂y 2 ∂x2 ∂x∂y
56. 1, a + ab + ab + b . 2 3
1 4
57. ±( √ , √ ).
17 17
1 3
58. ±( √ , √ ).
10 10
59. a) (2, 0), 5; b) x = 0; c) 0.
60. a) 8x + 4y − z = 6, (x, y, z) = (1, 1, 6) + t(8, 4, −1), t ∈ R; b) ex + (4 + e)y − z = 4 + e,
(x, y, z) = (1, 1, e) + t(e, 4 + e, −1), t ∈ R; c) y − 2z = −5, (x, y, z) = (1, 3, 4) + t(0, 2, −4), t ∈ R.
61. a) {(x, y) : y < x ∧ y > −x}; b) 12/5; c) (0, 3); d) 3y − z = 0; e) 1, 6.
1
63. b) (±a, 0, 0); c) ± √ (a2 , b2 , c2 ).
2 2
a +b +c 2
64. (−4, 8, 4), (4, −8, −4).
65. b) −1/5.
66. 0, 1.
67. c) 2, −15/2.
68. b) 2, 6, −18; c) 2x + 6y − z = 8.
69. −1.
dx dy
70. (y0 ) · (x0 ) = 1.
dy dx
71. −x + y + 21 x2 + 2xy.
72. 7 + 4(x − 1) + 5(y − 2) + (x − 1)2 + (x − 1)(y − 2) + (y − 2)2 .
73. fx (1, 2) = 3, fy (1, 2) = −4, fxx (1, 2) = −4, fxy (1, 2) = fyx (1, 2) = −16, fyy (1, 2) = −8.
74. a) ponto de sela; b) não é ponto crı́tico; c) ponto de máximo local; d) ponto de mı́nimo local;
e) nada se pode concluir.
75. a) (0, 0) ponto de mı́nimo local, (2, 1) e (−2, 1) pontos de sela; b) (1, 0) e (−1, 0) pontos de sela;
c) (0, 0) ponto de sela; d) (0, 0) ponto de sela, (1, 1) e (−1, −1) pontos de mı́nimo local; e) (0, 0) e
(1, 0) pontos de mı́nimo local, (1/2, 0) ponto de sela; f) (1, 0) ponto de sela; g) (0, 0) ponto de sela,
(−1, 1), (1, −1) pontos de máximo local; h) (π, π) ponto de sela, ( π2 , π2 ) e ( 3π 3π
2 , 2 ) pontos de máximo
local, ( π2 , 3π 3π π
2 ) e ( 2 , 2 ) pontos de mı́nimo local.
76. a) 16, −2; b) 9, 0; c) 10, −1; d) 9/4, −1/4; e) 4, −4.
77. a) 2, −2; b) não; c) 2, −2.
78. 9.
79. 6, 6, 6.
80. (−2/3,
q −1/3, −2/3), (2/3, 1/3, 2/3).
81. S6 .
82. 4, 4, altura 2.
83. kak. 84. n1n .

AM II e CDI II Soluções da Ficha 2

25
AM II e CDI II Lista de exercı́cios 2021-22

26
Exercı́cios de Análise Matemática II e Cálculo Diferencial e Integral II

Ficha 3 - Cálculo Integral em Rn (2021-22)

1. Determine a medida n-dimensional e a fronteira dos intervalos de Rn , em cada uma das alı́neas
que se seguem:

(a) n = 2, [1, 2] × [3, 4];


(b) n = 2, ]0, 5[×[1, 6];
(c) n = 3, [1, 2] × [3, 4] × [0, 1].

Verifique que a fronteira de cada um dos intervalos tem medida nula.

2. Prove que qualquer conjunto finito é desprezável.

3. Mostre que um conjunto limitado A ⊂ Rn , n ∈ N, é mensurável se, e só se, a função (chamada
função caracterı́stica de A) (
1, x ∈ A,
χA (x) :=
0, x ∈ / A,
é integrável em qualquer intervalo limitado I, tal que A ⊆ I.

4. Sejam Ω ⊂ Rn um conjunto mensurável, f : Ω → R uma função


Z contı́nua e não negativa (f ≥ 0),
tal que existe um x0 ∈ int Ω onde f (x0 ) > 0. Mostre que f > 0.

5. Calcule os seguintes integrais


Z 2Z 4 Z 1/2 Z y
2
(a) (x + y) dy dx; (h) √ dx dy;
0 0 0 0 1 − x2
Z 2Z 3 Z 1 Z 1−x2
(b) 5xy 2 dx dy; √
(i) (x − y) dy dx;
0 1 −1 0
Z 1Z 1 π Z sin y
v(u + v 2 )4 du dv;
Z
(c) (j)
2
ex cos y dx dy;
0 0
Z 2Z 1 √ 0 0
Z 1Z 2Z 4
(d) s + t ds dt; (k) xez dy dx dz;
0 0
0 1 3
Z π/2 Z 5 Z 1 Z 2x Z x2
(e) cos y dx dy; (l) ez dz dy dx;
π/6 −1
0 0 0
Z π Z x2
1 y
  Z π Z 1 Z √ 1−x2
2
(f) cos dy dx; (m) yx cos z dy dx dz;
π
2
0 x x 0 0 0
Z π Z cos x Z √π Z x Z x
2
(g) y sin x dy dx; (n) x cos(xz) dz dy dx.
0 0 0 0 0

6. Esboce uma região que

(a) seja do tipo I mas não seja do tipo II;


(b) seja do tipo II mas não seja do tipo I;
(c) seja do tipo I e do tipo II;
(d) não seja do tipo I nem do tipo II.

AM II e CDI II Cálculo Integral em Rn

27
7. Esboce a região Ω ⊂ R2 e calcule os integrais que se seguem
Z
(a) x2 + y 2 dx dy, onde Ω = [1, 2] × [1, 2];


Z
(b) xy dA, onde Ω = {(x, y) ∈ R2 : 0 ≤ y ≤ 1 ∧ y 2 ≤ x ≤ y};
ZΩ

(c) x + y dA, onde Ω = {(x, y) ∈ R2 : 2x3 ≤ y ≤ 2 x};
ZΩ
(d) 2 + y dA, onde Ω é a região do plano limitada pelas curvas x = y 2 − 1 e x = 1 − y 2 ;

Z
(e) x2 dx dy, onde Ω é definido pela conjunção das condições xy ≤ 16 e 0 ≤ y ≤ x ≤ 8;

Z
(f) y 3 dA, onde Ω é o triângulo de vértices (0, 2), (1, 1) e (3, 2);

Z
(g) x − 1 dA, onde Ω é a região do primeiro quadrante limitada pelas curvas x = 0, y = x2 e

y = 2 − x;
Z
(h) x − 1 dA, onde Ω é a região do primeiro quadrante limitada pelas curvas y = 0, y = x2 e

y = 2 − x.

8. Esboce a região Ω ⊂ R3 e calcule os integrais que se seguem


Z
(a) (xy − z 3 ) dx dy dz, com Ω = [−1, 1] × [0, 1] × [0, 2];
ZΩ
(b) xz sin(y 5 ) dx dy dz, com Ω = {(x, y, z) ∈ R3 : 0 ≤ x ≤ y ≤ 1 ∧ y ≤ z ≤ 2y};

Z
(c) y dx dy dz, com Ω a região do primeiro octante limitada pelos planos x+y = 1 e y +z = 1;

Z
(d) z dx dy dz, com Ω a região do primeiro octante limitada pelo plano y = 3x e pela superfı́cie

cilı́ndrica y 2 + z 2 = 9.
Z 3 Z √9−x2 q

9. Sem calcular o integral duplo, justifique que 9 − x2 − y 2 dy dx = .
0 0 2
10. Seja f um campo escalar contı́nuo em R2 . Esboce as regiões de integração e exprima os integrais
que se seguem como integrais iterados pela ordem de integração diferente da dada:
Z 1Z x Z 1 Z 1−y
(a) f (x, y) dy dx; (e) dy √ f (x, y) dx;
0 0 0 − 1−y 2
Z π/2 Z sin x
(b) dx f (x, y) dy; Z 1 Z 3x
0 0
Z 2 Z log x (f) dx f (x, y) dy;
0 2x
(c) dx f (x, y) dy;
1
Z 9
0
Z √ Z a Z √a2 −x2
9−y
(d) dy f (x, y) dx; (g) dx a2 −x2
f (x, y) dy, com a > 0.
0 0 0 2a

11. Determine b ∈ R e a expressão designatória de uma função g, real de variável real, de modo a
que √ Z 2 Z 2 2x Z b
dx ey dy = ey g(y) dy.
0 x2 0

AM II e CDI II Cálculo Integral em Rn

28
12. Expresse A, B e C (as regiões a sombreado) como união de regiões do tipo I e/ou do tipo II e
calcule os integrais:
Z Z Z Z
x2 dx dy, xy dx dy, y dx dy, y dx dy.
A B B C

A B = B1 ∪ B2 ∪ B3 C

13. Considere f : R2 → R uma função contı́nua. Nas figuras que se seguem estão representadas, a
tracejado, duas regiões do plano: D1 e D2 .

D1 D2
Z
Então f (x, y) dA é dado por (escolha a opção correcta)
D1
Z 0 Z √ 4−x2 Z 0 Z √1−x2 Z 2 Z −√4−y2
A) f (x, y) dy dx + f (x, y) dy dx; C) √ f (x, y) dx dy;
−2 0 −1 0 0 − 1−y 2

Z −1 Z √4−x2 Z 0 Z √4−x2 Z 0 Z √4−x2


B) f (x, y) dy dx + √ f (x, y) dy dx; D) √ f (x, y) dy dx;
−2 0 −1 1−x2 −2 1−x2
Z
e f (x, y) dA é dado por (escolha a opção correcta)
D2
Z 0 Z x2 +1 Z −1 Z x2 +1 Z 0 Z x2 +1
E) f (x, y) dy dx; G) f (x, y) dy dx + f (x, y) dy dx;
−2 x+1 −2 0 −1 x+1
Z 5 Z y−1 Z 0 Z x2 +1 Z 0 Z x+1
F) √ f (x, y) dx dy; H) f (x, y) dy dx + f (x, y) dy dx.
0 − y−1 −2 0 −1 0

AM II e CDI II Cálculo Integral em Rn

29
14. Esboce a região de integração e calcule os integrais que se seguem
Z 1Z 1
(a) y sin(x2 ) dx dy;
0 y2
Z 1Z 1
3
(b) √ ey dy dx;
0 x
 sin x

Z 1Z π
, x 6= 0
(c) f (x) dx dy, com f (x) =
0 πy  1, x x = 0.

15. Seja f : R → R uma função de classe C 2 tal que f (1) = f (0).


Z 1Z 1
a) Mostre que f 00 (y) dy dx = f 0 (1).
0 x
b) Calcule o integral anterior usando a outra ordem de integração.

16. Seja f (x, y) = xy, com (x, y) ∈ R2 , e considere os conjuntos

A = [0, 1] × [0, 1] e B = {(x, y) ∈ R2 : x ≥ 0 ∧ y ≥ 0 ∧ x2 + y 2 ≤ 1}.

Onde é que a média de f é maior: em A ou em B?

17. Seja f um campo escalar contı́nuo em Ω = {(x, y) ∈ R2 : (x − 1)2 + (y − 5)2 ≤ 9} e tal que
ZZ
f (x, y) dx dy = 0,
R

em qualquer rectângulo R (intervalo de R2 ) contido em Ω. Mostre que f (1, 5) = 0.

18. Determine os valores pedidos em cada alı́nea, esboçando a região de integração,



(a) a área da região do plano limitada pelas curvas y = x2 e y = x;
(b) o volume da pirâmide cujos vértices são (0, 0, 0), (1, 0, 0), (1, 1, 0) e (0, 0, 1);
(c) a massa da placa que ocupa a região do plano limitada pela parábola x = y 2 e pela recta
y = x − 2 e que tem densidade constante e igual a 3;
(d) o volume da região tridimensional definida pela conjunção de x2 ≤ y ≤ 4 e 0 ≤ z ≤ x2 ;
(e) o volume do tetraedro definido pela conjunção de x ≥ 0, y ≥ 0, z ≥ 0 e x + y2 + z3 ≤ 1;

(f) a média de f (x, y) = ey x + ey no rectângulo R, que tem (0, 0), (4, 0) e (4, 1) como vértices,
com (x, y) ∈ R;
(g) a massa da placa triangular T de vértices (0, 0), (1, 0) e (0, 2) cuja densidade é dada pela
função µ(x, y) = ex+y , definida em T ;
(h) o volume do sólido, no primeiro octante, limitado pelo plano z = 1 − x − y e pelos três
planos coordenados;
(i) a área da região do plano limitada pelas curvas x = 0, y = 0, y = 3 − x e y = 1 + x2 ;
(j) o momento de inércia Iy relativo ao eixo dos yy de uma placa rectangular correspondente
ao intervalo R = [0, 6] × [0, 2], cuja densidade de massa é dada por µ(x, y) = 3(6 − x)2 , com
(x, y) ∈ R.

19. Seja Ω ⊂ Rn um conjunto compacto, mensurável e conexo por arcos. Sejam f, g : Ω → R duas
funções contı́nuas, com g ≥ 0. Mostre que existe x0 ∈ Ω tal que
Z Z
f g = f (x0 ) g.
Ω Ω

AM II e CDI II Cálculo Integral em Rn

30
Z
20. Para cada R ≥ 0, calcule o integral y dx dy, onde
ΩR

ΩR := {(x, y) ∈ R2 : 0 ≤ x ≤ 1 ∧ 0 ≤ y ≤ x ∧ R2 ≤ x2 + y 2 }.
Z 1Z 1
21. Calcule x sin |x2 − y| dx dy.
0 0

22. Calcule o integral triplo


1
Z
dx dy dz
M (x + y + z + 1)3
onde M é a região de R3 limitada pelos planos coordenados e pelo plano determinado pela equação
x + y + z = 1.

23. (∗) Sabendo que a área da região limitada por Z uma elipse de semi-eixos a e b é πab, e usando o
1
método de Cavalieri, calcule o integral triplo dx dy dz, onde Ω é a região de R3 definida
Ω 3 − z
pelas condições q
9z ≤ 1 + y 2 + 9x2 , 0 ≤ z ≤ 9 − (y 2 + 9x2 ).

Algumas soluções da Ficha 3 - do exercı́cio 1 ao 23

1. b) m(I) = 25, fr (I) = {0} × [1, 6] ∪ [0, 5] × {6} ∪ {5} × [1, 6] ∪ [0, 5] × {1};
c) m(I) = 1, fr (I) = {1} × [3, 4] × [0, 1] ∪ {2} × [3, 4] × [0, 1] ∪ [1, 2] × {3} × [0, 1] ∪ [1, 2] × {4} ×
[0, 1] ∪ [1, 2] × [3, 4] × {0} ∪ [1, 2] × [3, 4] × {1}.
4
√ √ √
5. a) 24; b) 160/3; c) 31/30; d) 15 (9 3−4 2−1); e) 3; f) 1; g) 1/6; h) π/6+ 3−2;
i) −π/4; j) e − 2; k) 32 (e − 1); l) e − 2; m) 1/8; n) 1.

6. a) b) c) d)

7. a) 14/3; b) 2/27; c) 39/35; d) 16/3; e) 448; f) 147/20; g) −3/4; h) 1/12.

7 c) 7 f)

AM II e CDI II Soluções da Ficha 3 (1 ao 7)

31
3
8. a) −8; b) 20 (1 − cos 1); c) 1/12; d) 27/8.

Z 1Z 1 Z 1 Z π/2 Z log 2 Z 2
10. a) f (x, y) dx dy; b) f (x, y) dx dy; c) f (x, y) dy dx;
0 y 0 arcsin y 0 ey
Z 3 Z 9−x2 Z 0 Z √1−x2 Z 1 Z 1−x
d) f (x, y) dy dx; e) f (x, y) dy dx + f (x, y) dy dx;
−1 0
Z 2 Z 0y/20 Z 3Z 1 0 0

f) f (x, y) dx dy + f (x, y) dx dy;


0 y/3 √ 2 y/3
Z a/2 Z a2 −y 2 Z a Z √ a2 −y 2
g) √ f (x, y) dx dy + f (x, y) dx dy.
0 a2 −2ay a/2 0

10 a) 10 b)


11. b = 4, g(y) = y − y 2 /8, por exemplo. 12. 1, 0, 4/5, −2/15. 13. B e G
14. a) 41 (1 − cos 1); b) 13 (e − 1); c) 2/π.

16. Em A.
1
18. a) 1/3; b) 1/6; c) 27/2; d) 128/15; e) 1; f) 15 ((4 + e)5/2 − 55/2 − e5/2 + 1);
g)
 √
(e − 1)2 ; h) 1/6; i) 10/3; j) 65 /5.
2−2 3 1
 √ 6 R + 6, 0 ≤ R < 1,


2 3 R 2 1
20. R − + , 1 ≤ R < 2,
 6 2 3 √
0, R ≥ 2.

1 5
21. 1 − sin 1. 22. 2 log 2 − 16 .
23π 26π 9
23. 6 + 3 log 13 .

AM II e CDI II Soluções da Ficha 3 (8 ao 23)

32
24. Sem usar mudança de variáveis, determine o volume do sólido
p
(a) limitado pela superfı́cie cónica z = x2 + y 2 e pelo plano z = 1;
(b) limitado pelos planos z = 0 e z = 3 e pelo parabolóide z = 4 − x2 − y 2 ;
p
(c) {(x, y, z) ∈ R3 : z ≥ 0 ∧ x2 + y 2 + z 2 ≤ 1 ∧ z ≤ x2 + y 2 };
(d) {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 ≤ 4 ∧ z 2 ≤ x2 + y 2 + 4}.
Z
25. Usando o método de Cavalieri, calcule o integral triplo y 2 dV , onde E é a região do primeiro
E
octante limitada pela superfı́cie esférica x2 + y 2 + z 2 = 1.
26. (Mudança de variáveis linear)
(a) Sejam f : R → R uma função contı́nua e D a região do plano definida pela condição
|x| + |y| ≤ 1. Escreva na forma de integral iterado,
Z ... Z ...
. . . du dv,
... ...
Z
o integral que resulta de f (x2 −y 2 ) dx dy por aplicação da mudança de variáveis u = x+y
D
e v = x − y.
x−y
Z  
(b) Calcule cos dx dy, onde D é a região do plano limitada pelas rectas x + y = 3,
D x+y
x + y = 1, x = 0 e y = 0.
y + 2x
Z
(c) Calcule √ dx dy, onde D é a região do plano limitada pelas rectas y − 2x = 2,
D y − 2x − 1
y + 2x = 2, y − 2x = 5 e y + 2x = 1.
27. Sejam Ω ⊂ R2 um conjunto mensurável e f : Ω → R uma função integrável.
I) Supondo que Ω é simétrico relativamente ao eixo dos yy, ou seja, se (x, y) ∈ Ω, então (−x, y) ∈
Ω, prove as asserções que se seguem.
(a) Se f é ı́mpar em x, i.e., se f (−x, y) = −f (x, y), ∀(x, y) ∈ Ω, então
ZZ
f (x, y) dx dy = 0.

(b) Se f é par em x, i.e., se f (−x, y) = f (x, y), ∀(x, y) ∈ Ω, então


ZZ ZZ ZZ
f (x, y) dx dy = 2 f (x, y) dx dy = 2 f (x, y) dx dy.
Ω Ω∩{x≥0} Ω∩{x≤0}

II) Supondo que Ω é simétrico relativamente ao eixo dos xx, ou seja, se (x, y) ∈ Ω, então
(x, −y) ∈ Ω, prove a validade das afirmações seguintes.
ZZ
(a) Se f é ı́mpar em y, i.e., se f (x, −y) = −f (x, y), ∀(x, y) ∈ Ω, então f (x, y) dx dy = 0.

(b) Se f é par em y, i.e., se f (x, −y) = f (x, y), ∀(x, y) ∈ Ω, então
ZZ ZZ ZZ
f (x, y) dx dy = 2 f (x, y) dx dy = 2 f (x, y) dx dy.
Ω Ω∩{y≥0} Ω∩{y≤0}

III) Supondo que Ω é simétrico em relação aos dois eixos, mostre que:
ZZ
(a) se f é ı́mpar, então f (x, y) dx dy = 0;

(b) se f é par, então
ZZ ZZ ZZ
f (x, y) dx dy = 2 f (x, y) dx dy + 2 f (x, y) dx dy.
Ω Ω∩{x≥0}∩{y≥0} Ω∩{x≥0}∩{y≤0}

AM II e CDI II Cálculo Integral em Rn

33
28. Calcule os integrais que se seguem fazendo uso das propriedades do exercı́cio anterior:
ZZ
(a) y − x2 dx dy, onde D é o interior do quadrado cuja fronteira é dada pela condição
D
|x| + |y| = 1;
ZZ
(b) x − y dx dy, onde D = {(x, y) ∈ R2 : y 2 ≤ x ≤ 4};
D
ZZ
(c) 3 + x2 sin y + y 2 sin x dx dy, onde D = {(x, y) ∈ R2 : x2 + y 2 ≤ 4};
D
ZZ
(d) x2 + y 2 dx dy, com D = {(x, y) ∈ R2 : |x| ≤ 2 ∧ |y| ≤ 2}.
D

29. Calcule o valor dos integrais que se seguem:


Z
(a) 4 + 7yz 2 log(x2 + 3) dV , onde C é o cilindro dado por x2 + y 2 ≤ 4 e −2 ≤ z ≤ 2;
C
Z
(b) z 5 + 3 + sin y dV , onde B é a esfera centrada na origem e de raio 1.
B

(Sugestão: Use interpretação geométrica, simetria e o conhecimento das fórmulas dos volumes
de sólidos elementares.)

30. Esboce, em coordenadas cartesianas, as regiões de R2 , cujas áreas são dadas pelos integrais que
se seguem, expressos em coordenadas polares:
Z 7π/6 Z 3
(a) r dr dθ;
3π/4 2
Z 5π/4 Z −2 cos θ
(b) r dr dθ;
π/2 0
Z 2π Z 2
(c) r dr dθ.
5π/3 1/ cos θ

31. Nas figuras que se seguem estão representados subconjuntos de R2 (A, B, C, D e E) em coor-
denadas cartesianas (ignore o prolongamento das curvas fronteiras que estão para além da zona
pintada). Escreva-os em coordenadas polares.

A B C D E
Tenha em conta que em B, C e D a recta representada é a bissectriz dos quadrantes ı́mpares.

32. Esboce, em coordenadas


π π
cartesianas, o subconjunto D de R2 , limitado pelas curvas r = sin θ e
r = cos θ, com θ ∈ 4 , 2 , dadas em coordenadas polares. Determine a área de D.

33. Usando coordenadas polares, calcule:


ZZ
(a) 4 − x2 − y 2 dx dy, onde D é o cı́rculo de centro na origem e raio 2;
D
ZZ
cos(x2 + y 2 ) dx dy, onde D = (x, y) ∈ R2 : 1 ≤ x2 + y 2 ≤ 4 ∧ x ≤ 0 ∧ y ≤ 0 ;

(b)
D

AM II e CDI II Cálculo Integral em Rn

34
Z √2 Z √4−y2 !
1
(c) dx dy;
0 y 1 + x2 + y 2
ZZ q √
(d) x2 + y 2 dx dy, onde D é a região do plano limitada pelas curvas y = 0 e y = 2x − x2 ;
D
(e) a área da porção do cı́rculo x2 + y 2 ≤ 4 para x ≥ 1;
(f) o centro de massa da placa semi-circular, do semi-plano superior, centrada na origem, de
raio a (a > 0), cuja função densidade de massa é em cada ponto proporcional à distância
do ponto à origem.
34. Use coordenadas polares para escrever a soma dos três integrais iterados que se segue como um
único integral iterado
Z 1 Z x Z √2 Z x Z 2 Z √4−x2
√ √ xy dy dx + xy dy dx + √ xy dy dx
1/ 2 1−x2 1 0 2 0

e calcule o seu valor.


log(r(cos θ + sin θ))
Z
35. Calcule dr dθ, onde
D cos θ
π
D = {(r, θ) ∈ R2 : 0 ≤ θ ≤ ∧ 1 ≤ r cos θ ≤ 2}.
4
36. (Outras mudanças de variáveis) Esboce a região de integração e calcule os integrais que se
seguem usando a mudança de variáveis indicada:
1
Z
(a) dx dy, onde D é a região limitada pelas curvas y = x2 , y = 2x2 , x = y 2 , x = 3y 2 ;
D x2 y 2
mudança de variáveis u = y/x2 e v = x/y 2 ;
x5 y 5
Z
(b) 3 3
dx dy, onde D é a região do primeiro quadrante limitada pelas curvas y = x,
D x y +1
y = 3x, xy = 2 e xy = 6; mudança de variáveis u = xy e v = y/x.
37. Considere a função

F : [0, +∞[×[0, 2π[×R → R3 , F (r, θ, z) = (x(r, θ, z), y(r, θ, z), z),

com x = r cos θ e y = r sin θ.


∂(x, y, z)
(a) Mostre que = r.
∂(r, θ, z)
(b) Determine e represente graficamente as imagens, por meio de F , dos conjuntos
i. R+
0 × {0} × R;
ii. {0} × [0, 2π[×R.
A função F é injectiva?
(c) Mostre que
i. F ([0, +∞[×[0, 2π[×R) = R3 ;
ii. a restrição H de F a A =]0, +∞[×[0, 2π[×R é injectiva e que

H(A) = R3 \ {(0, 0, z) : z ∈ R};

iii. restrição T de F a B =]0, +∞[×]0, 2π[×R é injectiva e que

T (B) = R3 \ {(x, 0, z) : x ≥ 0 ∧ z ∈ R}.

(d) Determine a imagem por meio de T e por meio de F do conjunto r = 4.

AM II e CDI II Cálculo Integral em Rn

35
38. Escreva em coordenadas cilı́ndricas o sólido limitado
(a) pelas superfı́cies z = x2 + y 2 e z = 6 − x2 − y 2 ;
(b) pela superfı́cie cilı́ndrica x2 + y 2 = 4 e pelos planos z = −1, z = 3, y = 1 e y = 2.
39. Faça um esboço, em coordenadas cartesianas, dos conjuntos que em coordenadas cilı́ndricas são
dados pelas condições:
π π
(a) 0 ≤ r ≤ 3, − ≤ θ ≤ e −2 ≤ z ≤ 0;
2 2
(b) 0 ≤ r ≤ 5, 0 ≤ θ ≤ π e r ≤ z ≤ 5.
40. Use coordenadas cilı́ndricas para calcular:
Z
(a) x2 (sin z + 1) dV , onde C é o cilindro dado por x2 + y 2 ≤ 4 e −3 ≤ z ≤ 3;
C
Z 2 Z √4−x2 Z 2
(b) √ √ x2 + y 2 dz dy dx;
−2 − 4−x2 x2 +y 2
(c) o volume do sólido limitado pela superfı́cie cilı́ndrica x2 + y 2 = 4 e pelos planos z = 0 e
z + y = 3;
(d) o volume do sólido limitado pela superfı́cie esférica x2 +y 2 +z 2 = 9 e no interior da superfı́cie
cilı́ndrica x2 + y 2 = 1;
(e) o pedido nas alı́neas (a), (b) e (d) do exercı́cio 24.
41. Seja f : R3 → R, a função dada por f (x, y, z) = x2 z + y 2 z. Calcule a média de f no conjunto
limitado pelo parabolóide z = 1 − x2 − y 2 e pelo plano z = 0.
42. Considere a função
F : [0, +∞[×[0, 2π] × [0, π] → R3 , F (ρ, θ, φ) = (x(ρ, θ, φ), y(ρ, θ, φ), z(ρ, θ, φ)),
com x = ρ cos θ sin φ, y = ρ sin θ sin φ e z = ρ cos φ.
∂(x, y, z)
(a) Mostre que = −ρ2 sin φ.
∂(ρ, θ, φ)
(b) Determine e represente graficamente as imagens, por meio de F , dos conjuntos:
i. ρ = 7;
ii. θ = π4 ;
iii. [0, 5] × [0, 2π] × [0, π];
iv. ]0, +∞[×[0, 2π[×]0, π[.
(c) Seja C = [0, 3] × [0, 2π] × { π3 }. Determine a, b, c ∈ R+ de modo a que F (C) esteja contido
em ( )
3 x2 y 2 z 2
(x, y, z) ∈ R : 2 + 2 − 2 = 0 .
a b c
(d) Mostre que a restrição T de F ao conjunto B =]0, +∞[×]0, 2π[×]0, π[ é injectiva e que
T (B) = R3 \ {(x, 0, z) : x ≥ 0 ∧ z ∈ R}.

43. Escreva em coordenadas esféricas os conjuntos que se seguem:


(a) {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 + z 2 ≤ 4 ∧ z ≤ 0};
(b) {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 + z 2 ≤ 3 ∧ x ≥ 0};
(c) {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 + z 2 ≤ 3 ∧ y ≥ 0};
(d) {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 + z 2 ≤ 2y }.

AM II e CDI II Cálculo Integral em Rn

36
44. Identifique em coordenadas cartesianas os conjuntos que em coordenadas esféricas são dados por:

(a) ρ = 8;
(b) θ = π;
(c) φ = π6 ;
(d) sin φ = 1;
(e) ρ = 2 cos φ.

45. Determine o volume da porção da esfera ρ ≤ 5, que se encontra entre as superfı́cies cónicas de
equação φ = π6 e φ = π3 , sabendo que estas condições estão em coordenadas esféricas.

46. Use coordenadas esféricas para calcular:


ZZZ
(a) xz dV , onde E é o sólido do primeiro octante compreendido entre as superfı́cies
E
esféricas x2 + y 2 + z 2 = 1 e x2 + y 2 + z 2 = 4;
Z 1 Z √1−y2 Z √2−x2 −y2
(b) √ yz dz dx dy;
0 0 x2 +y 2
ZZZ q
(c) x2 + y 2 + z 2 dx dy dz, sendo D = {(x, y, z) : x2 + y 2 + z 2 ≤ x};
D
ZZZ
(d) dx dy dz, onde D é a região limitada pela superfı́cie cónica x2 +y 2 = z 2 , pela superfı́cie
D
esférica x2 + y 2 + z 2 = 2Rz e que contém o ponto (0, 0, R), com R > 0;
(e) o pedido na alı́nea (c) do exercı́cio 24.

47. Seja
 q 
3 2 2
Ω = (x, y, z) ∈ R : x + y ≤ 16 ∧ y − x ≤ 0 ∧ y ≥ 0 ∧ 0 ≤ z ≤ 16 − x2 − y2 .
Z
Escreva o integral triplo ezy log(x + y + 4) dx dy dz na forma de integral iterado usando:

(a) coordenadas cartesianas;


(b) coordenadas esféricas.

Nota: não calcule os integrais.


p
48. Calcule o volume do sólido que é limitado
p inferiormente pela superfı́cie cónica z = x2 + y 2 e
superiormente pelo hemisfério z = 2 − x2 − y 2 , usando:

(a) coordenadas cilı́ndricas;


(b) coordenadas esféricas;
(c) coordenadas cartesianas e o método de Cavalieri.

49. Sejam (a, b, c) ∈ R3 , r ∈ R+ , f : R3 → R uma função contı́nua e Br a esfera centrada em (a, b, c)


e de raio r.
Usando o Teorema da Média, mostre que
3
Z
lim f (x, y, z) dx dy dz = f (a, b, c).
r→0+ 4πr3 Br

AM II e CDI II Cálculo Integral em Rn

37
50. Calcule

(a) o volume
p do sólido limitado pelo parabolóide: z = x2 + y 2 e pela superfı́cie cónica
z = x + y2;
2
p
(b) o volume do sólido dado por {(x, y, z) ∈ R3 : z ≥ 0 ∧ x2 + y 2 ≤ 2y ∧ z ≤ x2 + y 2 };
Z
(c) xy dA, onde D é a região limitada pelas curvas y = x, x2 + y 2 = 1, x2 + y 2 = 4 e y = 0,
D
com xy ≥ 0;
Z
2
(d) ey dA, onde Ω é a região do primeiro quadrante limitada pelas rectas x = 0, y = 1 e

y = x;
Z
(e) y dV , onde T é o tetraedro limitado pelos planos x = 0, y = 0, z = 0 e 2x + y + z = 2;
ZT
(f) xyz dV , onde S é a região do primeiro octante limitada pela superfı́cie esférica
S

x2 + y 2 + z 2 = 1;
Z p
(g) 3x dx dy, onde D é a região do plano limitada pelas curvas x = 2y − y 2 e x = 0;
D
(h) o volume do sólido limitado pela superfı́cie esférica x2 + y 2 + z 2 = 4, e acima do plano z = 1;
(i) o volume do sólido limitado pelo plano x = 9 e pelo parabolóide elı́ptico 4y 2 + 9z 2 = 4x;
(j) o volume do sólido limitado pela superfı́cie cilı́ndrica x2 + y 2 = 1 e pelos planos z = 0 e
z = 2 + y;
Z q
(k) a2 − x2 − y 2 dxdy sendo D a região do semi-plano x ≥ 0 limitada pela lemniscata
D
(x2 + y 2 )2 = a2 (x2 − y 2 ), com a > 0;

Lemniscata com a = 2 !
1 x2 y 2 x2 y2
(l) o volume do sólido D definido por 0 ≤ z ≤ + e 2
+ 2 − 1 ≤ 0, com a e b
2 a b a b
números reais positivos;
x2 y 2 z 2
(m) o volume do sólido limitado pelo elipsóide 2 + 2 + 2 = 1, onde a, b, c > 0;
a b c
!4
√ x2 y 2 xy
ZZ
(n) xy dx dy, onde D é a região do primeiro quadrante definida por + ≤√ ;
D 2 3 6

Z 1 Z √1−z 2 Z 2−x2 −z 2
(o) √ (x2 + z 2 )3/2 dy dx dz.
−1 − 1−z 2 x2 +z 2

AM II e CDI II Cálculo Integral em Rn

38
Algumas soluções da Ficha 3 - do exercı́cio 24 ao 50
√ 32π

24. a) π/3; b) 15π/2; c) 2π/3; d) 3 (2 2 − 1);
25. π/30
Z 1 Z 1
f (uv)
26. a) du dv; b) 4 sin 1; c) 3/4.
−1 −1 2
28. a) −1/3; b) 128/5; c) 12π; d) 128/3;
29. a) 64π; b) 4π.
30.

a) b) c)


31. A = {(r, θ) ∈ R2 : 1 ≤ r ≤ 2 ∧ π ≤ θ ≤ 2 };
π 5π
B = {(r, θ) ∈ R2 : 2 ≤θ≤ 4 ∧ 0 ≤ r ≤ −2 cos θ};
π 5π
C = {(r, θ) ∈ R2 : r≥0 ∧ 2 ≤θ≤ 2 };
π 5π
D = {(r, θ) ∈ R2 : 0 ≤ r ≤ 1 ∧ 4 ≤θ≤ 4 };
π 5π 1
E = {(r, θ) ∈ R2 : 6 ≤θ≤ 6 ∧ sin θ ≤ r ≤ 2}.
32. 1/4.


π π 4π−3 3 3a
33. a) 8π; b) 4 (sin 4 − sin 1); c) 8 log 5; d) 16/9; e) 3 ; f) (0, 2π ).
34. 15/16.
35. 4 log 2 − 2.
1 √ 
9

36. a) 2/3; b) log 3 208 + log .
3 217

36 a) 36 b)

AM II e CDI II Soluções da Ficha 3 (24-36)

39
37. b) i) {(x, y, z) ∈ R3 : y = 0, x ≥ 0};
ii) eixo dos zz; não;
d) {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 = 16} \ {(x, y, z) ∈ R3 : x = 4 ∧ y = 0}; {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 = 16}.

38. a) {(r, θ, z) : 0 ≤ θ ≤ 2π ∧ 0 ≤ r ≤ 3 ∧ r2 ≤ z ≤ 6 − r2 };
b) {(r, θ, z) : π6 ≤ θ ≤ 5π 1
6 ∧ −1 ≤ z ≤ 3 ∧ sin θ ≤ r ≤ 2}.
√ √
40. a) 24π; b) 16π/5; c) 12π; d) 4π 27−16 3
2
; e) π/3, 15π/2 e 32π
3 (2 2 − 1).
41. 1/12
42. b) i) A superfı́cie esférica de equação x2 + y 2 + z 2 = 49;
ii) o semi-plano {(x, x, z) ∈ R3 : x ≥ 0 ∧ z ∈ R};
iii) a esfera dada pela condição x2 + y 2 + z 2 ≤ 25;
iv) R3 \ {(0, 0, z) : z ∈ R};

c) a = b = 3, c = 1.
43. a) {(ρ, θ, φ) : 0 ≤ ρ ≤ 2 ∧ 0 ≤ θ ≤ 2π ∧ π/2 ≤ φ ≤ π};

b) {(ρ, θ, φ) : 0 ≤ ρ ≤ 3 ∧ − π/2 ≤ θ ≤ π/2 ∧ 0 ≤ φ ≤ π};

c) {(ρ, θ, φ) : 0 ≤ ρ ≤ 3 ∧ 0 ≤ θ ≤ π ∧ 0 ≤ φ ≤ π};
d) {(ρ, θ, φ) : 0 ≤ φ ≤ π ∧ 0 ≤ θ ≤ π, 0 ≤ ρ ≤ 2 sin θ sin φ}.
44. a) A superfı́cie esférica com centro em (0, 0, 0) e de raio 8;
b) o semi-plano {(x, 0, z) : x ≤ 0 ∧ z ∈ R};
c) a superfı́cie cónica z 2 = 3x2 + 3y 2 e z ≥ 0;
d) o plano z = 0;
e) a superfı́cie esférica com centro em (0, 0, 1) e de raio 1.

125( 3−1)π
45. 3 .

46. a) 31/15; b) 2/15; c) π/10; d) πR3 ; e) 2π/3.
Z √
2 2 Z √ 16−y 2 Z √ 16−x2 −y 2
47. a) dy dx ezy log(x + y + 4) dz;
0 y 0
Z π/4 Z π/2 Z 4
2
b) dθ dφ eρ cos φ sin θ sin φ
log[ρ sin φ(cos θ + sin θ) + 4]ρ2 sin φ dρ.
0 0 0
√ 
2−1
48. 4π 3 .
50. a) π/6;
b) 32/9;
c) 15/8;
d) (e − 1)/2;
e) 1/3;
f) 1/48;
g) 2;
h) 5π/3;
i) 27π;
j) 2π;
 √ 
k) π6 + 10−89
2
a3 ;
l) (a+b)abπ
8 ;
m) 4πabc/3;
n) 6−1/4 ;
o) 8π/35.
AM II e CDI II Soluções da Ficha 3 (37-50)

40
Exercı́cios de Análise Matemática II e Cálculo Diferencial e Integral II

Ficha 4 - Análise Vectorial (2021-22)

1. Sejam γ : [a, b] → Rm uma linha parametrizada seccionalmente C 1 , f : D ⊂ Rm → R uma função


seccionalmente contı́nua (m ∈ N2 ), tais que γ([a, b]) ⊂ D, e r : [c, d] → Rm uma reparametrização
de γ. Mostre que
Z d Z b
0
f (r(t))kr (t)k dt = f (γ(t))kγ 0 (t)k dt.
c a

2. Demonstre as propriedades listadas na Proposição 4.3 dos Apontamentos Teóricos.

3. Seja C = [γ] uma linha orientada simples. Calcule os seguintes integrais de linha
x
Z
ds, sabendo que o traço de γ é (x, y) ∈ R2 : x2 + y 2 = 25, x ≤ 0 ;

(a)
C y+7
Z √ t2
(b) y ds, onde γ é dada por x = 2t, y = log t, z = para 1 ≤ t ≤ e;
C 2
Z
(c) y 2 dx, sabendo que o traço de γ é o arco da parábola x = y 2 , percorrido do ponto (1, 1)
C
ao ponto (4, 2);
Z
(d) z dx + x dy + y dz, sabendo que o traço de γ é o segmento de recta percorrido do ponto
C
(0, 1, 2) ao ponto (3, −1, 4).

(Soluções: a) −5 log 6; b) (e2 + 3)/4; c) 15/2; d) 6)

4. Calcule a massa da circunferência C, do plano, unitária, centrada na origem e com função den-
sidade (x, y) 7→ |x| + |y|, definida em C. (Solução: 8)

5. Pretende-se colocar uma rede assente numa curva do plano xOy, com parametrização
γ(t) = (30 cos3 t, 30 sin3 t), com 0 ≤ t ≤ π, e com altura z = 1 + y/3 (em metros).
Quantos metros quadrados terá a rede? (Solução: 450)

6. Sejam C = [γ] uma linha orientada e F um Zcampo vectorial


Z contı́nuo tal que C está contida no
seu domı́nio. Dadas γ1 , γ2 ∈ [γ] mostre que F · dr = F · dr.
γ1 γ2

7. Demonstre as propriedades listadas na Proposição 4.5 dos Apontamentos Teóricos.


Z
8. Seja F : Rn → Rn , com n = 2 ou n = 3. Calcule F · dr, onde
C

(a) F (x, y) = (x2 , xy) e C = [r], r(t) = (2 cos t, 2 sin t) com 0 ≤ t ≤ π;


(b) F (x, y) = (2y − x, 3x + y) e C tem por traço o arco da parábola x = y 2 com inı́cio no ponto
(0, 0) e final no ponto (1, 1);
(c) F (x, y) = (2y − x, 3x + y) e C tem por traço o segmento de recta com inı́cio no ponto (0, 0)
e final no ponto (1, 1);
(d) F (x, y, z) = (2xz + sin y, x cos y, x2 ) e C = [γ], com γ(t) = (cos t, sin t, t), t ∈ [0, 2π];
π
(e) F (x, y, z) = (y + ex , ey , −yz) e C = [r], r(t) = (t, cos t, sin t) com 0 ≤ t ≤ .
2
(Soluções: a) 0; b) 7/3; c) 5/2; d) 2π; e) 2/3 + eπ/2 − e)

AM II e CDI II Análise Vectorial

41
9. Sejam P, Q pontos de R3 e C a linha orientada cujo traço é o segmento de recta que parte do
ponto P e chega ao ponto Q.

(a) Se F : R3 → R3 é um campo de forças constante, use a noção de integral de linha para


confirmar que o trabalho realizado pela força F ao deslocar um objecto ao longo de C é
dado por F · (Q − P ).
Z
(b) Sendo P (1, 0, 0), Q(1, −1, 2) e F (x, y, z) = (y, −x2 , ez ), com (x, y, z) ∈ R3 , calcule F · dr.
C
(Solução: e2 )

10. Determine o trabalho realizado pelo campo de forças F (x, y, z) = (yz, xz, xy),(x, y, z) ∈ R3 ,
1
no deslocamento de uma partı́cula ao longo da linha orientada [r], com r(t) = t2 , t, , para
t
1 ≤ t ≤ 2. (Solução: 3)
GM m
11. Considere o campo gravı́tico definido em R3 \ {(0, 0, 0)}, F~ (~r) = − ~r para o vector de
k~rk3
posição ~r = (x, y, z) 6= (0, 0, 0), onde G é a constante gravitacional, M e m as massas dos dois
GM m
corpos envolvidos. Verifique que V (~r) = é um potencial para F~ .
k~rk
12. Determine o trabalho realizado pela força Φ(x, y) = (−y, x), com (x, y) ∈ R2 ,
x2 y 2
(a) ao longo da elipse + 2 = 1 percorrida n ∈ N vezes no sentido directo;
a2 b
(b) ao longo do gráfico da função y = |x − 1|, para −2 ≤ x ≤ 2, com inı́cio em (−2, 3).

(Soluções: a) 2πabn; b) −2)

13. Qual o trabalho realizado pela força F (x, y) = (3y 2 + 2, 6x), com (x, y) ∈ R2 , ao mover uma
partı́cula de (−1, 0) até (1, 0) ao longo da metade superior da elipse b2 x2 + y 2 = b2 ?
Qual a elipse, da famı́lia anterior, que torna o trabalho mı́nimo? (Solução: 3π/8)

14. Desprezando o atrito, qual o trabalho realizado pela acção da gravidade quando um corpo de
massa m cai duma altura de 2 metros sobre uma calha parabólica de equações z = x2 +y 2 , x = y?
(Solução: 2mg, onde g é a constante gravı́tica.)

15. Em cada um dos seguintes casos verifique se o campo vectorial dado, considerado no seu domı́nio
natural, é gradiente e, caso seja, determine um potencial ϕ tal que F = ∇ϕ

(a) F (x, y) = (x, y);


(b) F (x, y) = (3x2 + 2xy, x + y 2 );
(c) F (x, y) = (6xy − 4y 2 , 3x2 + 3y 2 − 8xy);
(d) F (x, y) = (y, xy − x);
(e) F (x, y) = (2xey + y cos x, sin x + x2 ey + 2);
(f) F (x, y, z) = (y 2 , 2xy, y + z);
(g) F (x, y, z) = (yz, xz + y, xy + 2);
(h) F (x, y, z) = (z 2 − y sin x, cos x − 2z, 2xz − 2y + z).

(Soluções:
(a) (x2 +y 2 )/2; (b) não; (c) 3x2 y −4y 2 x+y 3 ; (d) não; (e) x2 ey +y sin x+2y;
(f) não; 2
(g) xyz + y /2 + 2z; (h) xz + y cos x − 2yz + z 2 /2)
2

AM II e CDI II Análise Vectorial

42
16. Considere os seguintes campos vectoriais, tomados no seu domı́nio natural:

F1 (x, y) = (2x, 2y), F2 (x, y) = (2(x + y), 2(x + y)),


!
x y
q  q
F3 (x, y) = (2x + y, x) e F4 (x, y) = p cos 2 2
x +y ,p 2 cos 2
x +y 2 .
x2 + y 2 x + y2
Identifique a representação geométrica, em [−4, 4] × [−4, 4], de cada um dos campos anteriores
entre as figuras que se seguem

A B C D

17. Na figura que se segue estão representados o traço de uma linha orientada C (a azul), de classe
C 1 , o sentido em que é percorrida, assim como porções de algumas curvas de nı́vel (a rosa) do
campo escalar f : R2 → R, de classe C 1 , identificadas com o respectivo nı́vel.

Z
Indique, justificando, se é verdadeira ou falsa a afirmação “ ∇f · dr = 0”.
C
Z
18. Calcule ∇f · dr, onde
C

(a) f (x, y) = xy 2 − 21 e2y , (x, y) ∈ R2 , e C = [r], com r(t) = (1 − t, t), t ∈ [0, 1];
(b) f (x, y) = 20y cos(x + 3) − yx3 , (x, y) ∈ R2 , e C é a linha orientada cujo traço é a metade
(y − 1)2
do lado direito da elipse de equação (x + 3)2 + = 1, percorrida no sentido directo.
16
19. Diga, justificando, se os integrais que se seguem são independentes do caminho considerado
Z
(a) y dx − x dy;
ZC
(b) (x3 − 2xy) dx + (ey − x2 ) dy;
C
Z
(c) (x3 + yz) dx + (xz + y 3 ) dy + (xy + z 3 + 1) dz;
ZC
1
(d) (ex+2y − xz 2 ) dx + dy + (e2x+y + z) dz.
C x2 +2
(Soluções: 16. A - F4 , B - F2 , C - F1 , D - F3 ; 17. Falsa, o valor do integral é 40.
18. a) (1 − e2 )/2; b) 376. 19. a) e d) não; b) e c) sim.)

AM II e CDI II Análise Vectorial

43
20. Nas figuras A, B, C, D, E e F estão representados campos vectoriais G : R2 → R2 , assim como o
traço de linhas orientadas Γ, e o sentido em que foram descritas (em F , a linha Γ é a justaposição
dos dois segmentos de recta orientados
Z representados). Em cada um dos casos, diga, justificando,
se o valor do integral de linha G · dr é positivo, zero ou negativo.
Γ

A B C

D E F

(Soluções: A negativo; B positivo; C zero; D positivo; E negativo; F positivo.)

21. Mostre que o campo definido por


!
−2xy 1 + x2
F (x, y) = ,
(1 + x2 )2 + y 2 (1 + x2 )2 + y 2
Z
é gradiente no seu domı́nio natural, e determine um potencial para F . Qual é o valor de F · dr,
C
onde C é uma linha orientada C 1, com origem em (0, 0) e extremidade em (0, 1)?(Solução: π/4)
Z
22. (a) Calcule (y + z) dx + (x + 1) dy + (x + y) dz, onde o traço de C é a linha poligonal que liga
C
(0, 0, 0) a (1, 0, 1) e (1, 0, 1) a (0, 1, 2) na ordem descrita.
Z
(b) Calcule y 2 dx + x2 dy, onde o traço de C é o arco da circunferência x2 + y 2 = 4 que vai
C
do ponto (2, 0) ao ponto (0, 2), no sentido directo, seguido do segmento de recta que une
(0, 2) a (4, 3).
(Soluções: a) 3/2); b) 92/3.)

23. Determine o valor de k ∈ R de modo a que o integral de linha


Z  
2 sin x + y 2 dx + (kxy + ey ) dy
C

seja independente do caminho e, para o valor de k encontrado, calcule o valor do integral, sendo
C uma linha orientada de classe C 1 , com inı́cio no ponto (0, 1) e final no ponto (π, 2).
(Solução: 4(1 + π) + e2 − e)
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a) Mostre que o campo vectorial F (x, y) = y sin(x2 y 2 ), x sin(x2 y 2 ) é conservativo em R2 .

24.
Z
b) Calcule y sin(x2 y 2 ) dx + x sin(x2 y 2 ) dy, sabendo que o traço de C é o segmento de recta
C
com inı́cio em (0, 2) e final em (2, 0). (Solução: 0)

25. (a) (Derivação do integral paramétrico)


Sabe-se que se um campo escalar (x, y) 7→ f (x, y) é contı́nuo, num aberto de R2 que contém
∂f
R = [a, b] × [c, d], e se a derivada parcial (x, y) 7→ (x, y) (respectivamente, (x, y) 7→
∂x
∂f
(x, y)) existe e também é contı́nua, então, para todo o x (respectivamente, y) tal que
∂y
(x, y) ∈ R, tem-se
Z d ! Z d Z b ! Z b !
d ∂f d ∂f
f (x, y) dy = (x, y) dy respectivamente, f (x, y) dx = (x, y) dx .
dx c c ∂x dy a a ∂y

Usando os resultados anteriores, calcule:


Z 2
d

i. sin(3x5 y 2 ) dy ;
dx Z1
d x 
5 2
ii. sin(3x y ) dy ;
dx 1
Z 3 xy3 !
d e
iii. 2
dx ;
dy 1 x
Z y xy3 !
d e
iv. dx (y > 0).
dy 1 x2
(b) (Teorema de Poincaré em cı́rculos e rectângulos)
Se F1 e F2 são campos escalares de classe C 1 em D, sendo este conjunto um cı́rculo ou um
∂F1 ∂F2
intervalo de R2 , de centro (a, b), e = em D, mostre que a função definida, em D,
∂y ∂x
por Z Z x y
V (x, y) = F1 (s, b) ds + F2 (x, t) dt
a b
é um potencial de F = (F1 , F2 ), em D.
Z 2
(Soluções: a) i. 15x4 y 2 cos(3x5 y 2 ) dy;
Z x 1
ii. 15x y cos(3x5 y 2 ) dy + sin(3x7 );
4 2
1
Z 3 xy 3
2e
iii. 3y dx;
1 x
Z y xy 3 ey
4
2e
iv. 3y dx + 2 .)
1 x y
26. Seja C uma curva de Jordan, seccionalmente C 1 e orientada positivamente. Mostre que a área
do interior de C é dada por cada um dos seguintes integrais de linha
1
I I I
−y dx, x dy, −y dx + x dy.
C C 2 C

27. Usando o Teorema de Green, mostre que, dados a, b > 0, a área da região limitada pela elipse
x2 y 2
(o interior da curva) de equação 2 + 2 = 1 é dada por πab.
a b

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28. Use o Teorema de Green para calcular os seguintes integrais de linha, considerando os campos
vectoriais no seu domı́nio natural,
I
(a) F · dr, onde F (x, y) = (xy, x + y) e o traço de C é a fronteira do rectângulo de vértices
C
(0, 0), (2, 0), (2, 1), (0, 1) percorrido no sentido directo;
I    q 
2 3
(b) 2x − y dx + xy − 1 + y2 + ey7 −2y dy, sendo o traço de C a fronteira do triângulo
C
de vértices (0, 0), (2, 0) e (0, 1);
I
(c) xy dy, em que o traço de C consiste no segmento de recta do ponto (−a, 0) ao ponto
C
(a, 0) seguido da semi-circunferência x2 + y 2 = a2 com y ≥ 0, de (a, 0) a (−a, 0), (a > 0);
I
(d) (x + 2y) dx + (x − 2y) dy e o traço de C consiste no arco da parábola y = x2 do ponto
C
(0, 0) ao ponto (1, 1) seguido do segmento de recta do ponto (1, 1) ao ponto (0, 0);
I
(e) F · dr, sendo F (x, y) = (x2 + 2x − xy 2 , y 3 − 4y) e o traço de C consiste no arco da
C √ √
2 + y 2 = 16 de (4, 0) a (−2 2, 2 2) seguido dos segmentos de recta de
circunferência
√ √ x
(−2 2, 2 2) a (0, 0) e de (0, 0) a (4, 0), percorrido no sentido directo;
I
2 p
(f) F ·dr, onde F (x, y) = (3y−ex , 7x+ y 6 + 1) e o traço de C é a circunferência x2 +y 2 = 9,
C
percorrida no sentido retrógrado.

(Soluções: a) 0; b) ±1; c) 2a3 /3; d) −1/6; e) 32; f) −36π.)

29. Calcule
Z
(a) ey dx + 2xey dy, sendo o traço de Q a fronteira do quadrado de vértices (0, 0), (1, 0), (1, 1),
Q
(0, 1), percorrido na ordem dada;
Z
(b) xy 2 dy − x2 ydx, sendo o traço de C a semi-circunferência de centro (0, 0) e raio a > 0,
C
percorrida no sentido directo, do ponto (a, 0) ao ponto (−a, 0).

(Soluções: a) e − 1; b) a4 π/4.)

30. Seja φ : R2 → R um campo escalar de classe C 2 , solução da equação diferencial ∆φ = φxx +φyy =
0. Mostre que I
φy dx − φx dy = 0
C

para toda a linha orientada C seccionalmente de classe C 1 , simples e fechada.

31. Considere em Ω = R2 \ {(0, 0)} o campo vectorial


∂ ∂
 
(x, y) 7→ F (x, y) = log(k(x, y)k), − log(k(x, y)k) .
∂y ∂x

Seja C 1
I uma curva de Jordan seccionalmente C contida em Ω. Determine os valores possı́veis
para F · dr. (Solução: 0, ±2π)
C

32. Seja C uma curva de Jordan, em R2 , seccionalmente C 1 , tal que (0, 0) ∈ int C. Calcule

−y 3 xy 2
I
dx + dy.
C (x2 + y 2 )2 (x2 + y 2 )2

(Solução: ±π)
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33. (a) Entre as circunferências C de centro na origem orientadas positivamente, determine a que
maximiza o integral I
y 3 dx + (3x − x3 )dy. (2)
C

(b) Encontre a linha orientada que maximiza o integral de linha (2), entre todas as curvas C de
Jordan, seccionalmente C 1 e orientadas positivamente.
(Soluções: a) A de raio 1 (o valor máximo do integral é 3π/2); b) A circunferência centrada na
origem e de raio 1.)
34. (∗) Seja ϕ uma bijecção entre abertos de R2 , de classe C 2 , tal que det Jϕ 6= 0. Sejam C uma
curva de Jordan, seccionalmente C 1 , D = int C ∪ C, e assuma que Γ = ϕ(C), a fronteira de ϕ(D),
é uma curva de Jordan seccionalmente C 1 . Use o Teorema de Green para mostrar que
ZZ
A(ϕ(D)) = |det Jϕ (u, v)| du dv.
D

35. Em cada uma da alı́neas que se seguem, escreva as equações paramétricas e elimine os parâmetros
u e v para obter uma equação cartesiana dos traços das parametrizações dadas.
(a) r(u, v) = (2u cos v, 5u sin v, u2 ), u, v ∈ R.
(b) r(u, v) = (u, 2 sin v, 2 cos v), u, v ∈ R.
 √ 
1 1 3 √2 .
(c) r(u, v) = 2 v cos u, 2 v sin u, 2 v , 0 ≤ u ≤ 2π, 0 ≤ v ≤ 3
(d) r(u, v) = ((3 + 2 cos u) sin v, 2 sin u, (3 + 2 cos u) cos v), u, v ∈ R.

(Soluções: a) z = x2 /4 + y 2 /25; b) y 2 + z 2 = 4; c) z 2 = 3x2 + 3y 2 ; d) ( x2 + z 2 − 3)2 + y 2 = 4)
36. Em cada uma das alı́neas que se seguem, determine uma parametrização regular injectiva para
cada subconjunto S de R3 , começando por justificar que se trata de uma superfı́cie, e calcule a
respectiva área de superfı́cie
(a) S = {(x, y, z) ∈ R3 : 6x + 3y + 2z = 6 ∧ x > 0 ∧ y > 0 ∧ z > 0};

(b) S = {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 + z 2 = 4 ∧ z > 2};
(c) S = {(x, y, z) ∈ R3 : z = x2 + y 2 ∧ 0 < z < 4};
(d) S é a porção do plano x + y + z = a que é interior ao cilindro x2 + y 2 = a2 , com a > 0;
(e) S é porção da superfı́cie cónica x2 + y 2 = 3z 2 que fica acima do plano XOY e no interior
do cilindro x2 + (y − 2)2 = 1;
(f) S é a porção do parabolóide hiperbólico z = xy, que é interior ao cilindro x2 + y 2 = 3.
√ √ √ √
(Soluções: a) 27 , b) 4π(2 − 2), c) π6 (17 17 − 1), d) 3πa2 , e) 2 3π/3, f) 14π/3.)
37. Determine uma orientação para cada uma das superfı́cies do exercı́cio anterior.
38. Calcule os seguintes integrais de superfı́cie
Z
(a) x2 y + z 2 dσ, onde S é a porção da superfı́cie cilı́ndrica x2 + y 2 = 9 para 0 ≤ z ≤ 2;
S
Z p
(b) 16 − x4 dσ, com S = r(D),
S
 2
u
D = {(u, v) ∈ R2 : u ≥ 0 ∧ v ≥ 0 ∧ u2 + v 2 ≤ 4 ∧ + v 2 ≥ 1}
2

e r(u, v) = (u, v, 12 u2 + 3v), (u, v) ∈ D.
(Soluções: a) 16π; b) 26 /5)

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39. Parametrize a superfı́cie que resulta de rodar a curva C 1 , y = f (x), com x ∈ [a, b] (com
ab > 0), em torno do eixo dos yy, e mostre que a área dessa superfı́cie é dada por A =
Z bq
2π 1 + [f 0 (x)]2 |x| dx.
a

40. Considere a superfı́cie parametrizada S traço da parametrização admissı́vel r : [0, 2]×[0, 2] → R3 ,


dada por r(u, v) = (u + v, u − v, uv).

(a) Determine uma equação cartesiana de S.


(b) Escreva uma equação do plano tangente a S no ponto r(1, 1).

(Soluções: a) z = x2 /4 − y 2 /4; b) x − z = 1)

41. A Banda de Möbius é o traço da parametrização r : [0, 2π] × [−1, 1] → R3 , dada por

u u u
 
r(u, v) = (2 + v sin ) cos u, (2 + v sin ) sin u, v cos .
2 2 2

(a) Verifique que r(0, 1) = r(2π, −1) e que r(0, −1) = r(2π, 1). Interprete geometricamente.
(b) Determine a normal n(u) à Banda de Möbius sobre a linha central, ou seja, calcule
n(u) = ru × rv (u, 0), para u ∈ ]0, 2π[.
(c) Calcule limu→0+ n(u) e limu→2π− n(u) e interprete geometricamente.
(Solução:(2, 0, 0), (−2, 0, 0))

42. Calcule o fluxo de F (x, y, z) = (x, y, z), (x, y, z) ∈ R3 , através da superfı́cie cilı́ndrica S dada por
r(u, v) = (cos u, sin u, v), com 0 ≤ u ≤ 2π, 0 ≤ v ≤ 2, na direcção e sentido do vector normal
“exterior”. (Solução: 4π)

43. O campo de velocidades de um fluido é dado por V (x, y, z) = (0, y, 0) em metro/segundo,
com (x, y, z) ∈ R3 . Calcule, em cada segundo, quantos metros cúbicos de fluido atravessam a
superfı́cie x2 +z 2 = y, com 0 ≤ y ≤ 1, na direcção e sentido da normal com a segunda componente
negativa. (Solução: −2π/3)

44. Seja S = {(x, y, z) ∈ R3 : 2 ≤ z ≤ 4 ∧ y ≥ 0 ∧ 4x2 + 4y 2 = z 2 }.

(a) Parametrize e oriente S.


Z
(b) Calcule F · n dσ onde F (x, y, z) = (2y, −3x, 0), (x, y, z) ∈ R3 , e a normal unitária a S
S
n= (n1 , n2 , n3 ) é tal que n3 < 0. (Solução: 0)

45. Seja S a superfı́cie cujo bordo é o triângulo de vértices (1, 0, 0), (0, 1, 0) e (0, 0, 1), com orientação
tal que a terceira componente do vector normal unitário a S é positiva. Parametrize S e calcule
o fluxo através de S do campo de velocidades F (P ) = P, P ∈ R3 . (Solução: 1/2)

46. Considere o elipsóide E de equação x2 + y 2 + 4z 2 = 5 e a linha orientada simples L, com uma


das orientações possı́veis, cujo traço resulta da intersecção de E com o plano de equação z = 1.
Seja F : R3 → R3 o campo definido por F (x, y, z) = (−y, ez , x + z).
Z
(a) Calcule −y dx + ez dy + (x + z) dz. (Solução: ±π)
L
(b) Determine, parametrizando convenientemente,
Z uma porção
Z de superfı́cie orientada, não
plana, S, e um campo G : R3 → R3 tais que F · dr = G · n dσ.
L S

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47. Em cada uma das alı́neas que se seguem, use o Teorema de Stokes para mostrar que o integral
de linha é igual ao valor dado, para uma linha orientada simples C com orientação conveniente.
I √
(a) y dx + zdy + x dz = −2π 2, onde o traço de C é a intersecção da superfı́cie esférica
C
x2 + y 2 + z 2 = 2(x + y) com o plano x + y = 2.
!
x2
I
(b) (2xy) dx + [(1 − y)z + x + x] dy + 2
+ ez dz = π, onde o traço de C é a intersecção
C 2
da superfı́cie cilı́ndrica x2 + y 2 = 1, z ≥ 0 com a superfı́cie cónica z 2 = x2 + (y − 1)2 .

48. (a) Seja S1 a porção do plano z = 1/ 2 interior à superfı́cie cilı́ndrica x2 + y 2 = 1/4, orientada
pela normal cuja terceira componente é positiva. Sendo V (x, y, z) = (−3y, 3x, z 4 ), com
(x, y, z) ∈ R3 , mostre que

Z
rot V · n dσ = .
S1 2

(b) Sendo S2 a porção do elipsóide 2x2 + 2y 2 + z 2 = 1 acima do plano z =Z1/ 2, orientada pela

normal cuja terceira componente é positiva, use a) para concluir que rot V · n dσ = .
S2 2
49. Seja C a linha orientada cujo traço é a curva (elipse) que resulta de intersectar o plano de equação
z = ax + by + c (a, b, c ∈ R) com a superfı́cie cilı́ndrica de equação x2 + y 2 = 1.

(a) Construa uma superfı́cie orientada S tal que ∂S = C.


Z
(b) Mostre que −y 2 dx + x dy + z 2 dz não depende de (a, b, c).
C

50. Considere em R3 o elipsóide E de equação x2 + 2y 2 + 2z 2 = 1 e a superfı́cie cónica C de equação


z 2 = 2x2 + 4y 2 .

(a) Parametrize a curva fechada Γ definida pelo conjunto

{(x, y, z) ∈ E ∩ C : z > 0}
Z
e, com L = [Γ], calcule F · dr onde F é o campo vectorial definido em R3 por F (x, y, z) =
L
(xy 2 , yz, xz).
(b) Seja S = {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + 2y 2 + 2z 2 = 1 ∧ z 2 ≥ 2x2 + 4y 2 ∧ z ≥ 0}. Determine uma
parametrização
Z regular e injectiva, e uma orientação para S. Indique, justificando, o valor
de rotF · n dσ, sem calcular o integral.
S
(Soluções: a) 0; b) 0)

51. Usando o Teorema da Divergência, calcule o fluxo do campo F (x, y, z) = (x2 , y 2 , −z), definido em
R3 , que sai através do cubo no primeiro octante, com base definida pelos vértices (0, 0, 0), (1, 0, 0),
(0, 1, 0) e (0, 1, 1).
(Solução: 1)

52. Calcule o fluxo de F : R3 → R3 através da superfı́cie esférica x2 + y 2 + z 2 = 1 orientada pela


normal exterior, onde:

(a) F (x, y, z) = (x, y, 0);


(b) F (x, y, z) = (x3 , y 3 , z 3 ).
8π 12π
(Soluções: a) 3 ; b) 5 )

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53. Sejam S a superfı́cie cilı́ndrica {(x, y, z) ∈ R3 : y 2 + z 2 = 4 ∧ −2 ≤ x ≤ 3} e F o campo vectorial
dado por F (x, y, z) = (0, z + x5 , x − y), com (x, y, z) ∈ R3 . Justifique que é falsa a afirmação
seguinte: Z
F · n dσ = ±4π.
S
Z
54. Recorrendo ao Teorema da Divergência, calcule rot F · n dσ, onde S é a união da superfı́cie
S
cilı́ndrica x2
+ y2
= 1, 0 ≤ z ≤ 1 com a porção do plano z = 0, x2 + y 2 ≤ 1, orientada com a
normal exterior e F (x, y, z) = (zx + z 2 y + x, z 3 yx + y, z 4 x2 ), com (x, y, z) ∈ R3 . (Solução: π)

55. Para cada a > 0, seja S uma qualquer superfı́cie fechada contendo a esfera Sa centrada na origem
e de raio a, no seu interior. Usando o Teorema da Divergência, mostre que o fluxo do campo
F (x, y, z) = (x2 + y 2 + z 2 )−3/2 (x, y, z) que sai de S não depende de a. Mostre que o valor desse
fluxo é 4π.

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