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Componente Curricular:

Metrologia e Controle Dimensional


Prof: Narciso Abel De Col
narcisoabel@hotmail.com
Fone: (047) 9905 9156 Tim
ACABAMENTO
SUPERFICIAL
RUGOSIDADE
ERROS MICROGEOMÉTRICOS
Conceito Técnico:
Acabamento Superficial - Rugosidade:
É um conjunto de irregularidades, isto é, pequenas
saliências e reentrâncias que caracterizam uma
superfície. A rugosidade desempenha um papel
importante no comportamento dos componentes
mecânicos.
Conceito Técnico:
O que é um Rugosímetro:
Conceito Técnico:
Erros Microgeométricos:
São os desvios superficiais microscópicos como
rugosidade e aspereza.:

Perfil da peça: Rugosidade + Ondulações


Influência da análise microgeométrica:
• Qualidade de deslizamento;
• Resistência ao desgaste;
• Possibilidade de ajuste do acoplamento forçado;
• Resistência oferecida pela superfície ao escoamento
de fluidos e lubrificantes;
• Qualidade de aderência que a estrutura oferece as
camadas protetoras;
• Resistência a corrosão e a fadiga;
• Vedação;
• Aparência.
Exemplos de superfícies com análise
microgeométricas:
Superfícies: Geométrica (ideal), real (com desvios de
acabamento) e efetiva (avaliada pela técnica da
medição).
Composição de Superfície:
Obtido a partir do perfil efetivo, por um instrumento de
avaliação após filtragem.
Composição de Superfície:
A) Rugosidade ou textura primária: é o conjunto das irregularidades causadas
pelo processo de produção, que são as impressões deixadas pela ferramenta
(fresa, pastilha, rolo laminador etc.).

B) Ondulação ou textura secundária é o conjunto das irregularidades causadas


por vibrações ou deflexões do sistema de produção ou do tratamento
térmico.

C) Orientação das irregularidades é a direção geral dos componentes da


textura, e são classificados como:
- orientação ou perfil periódico - quando os sulcos têm direções definidas;
- orientação ou perfil aperiódico - quando os sulcos não têm direções
definidas.

D) Passo das irregularidades é a média das distâncias entre as saliências.


D1: passo das irregularidades da textura primária;
D2: passo das irregularidades da textura secundária.
O passo pode ser designado pela freqüência das irregularidades.

E) Altura das irregularidades ou amplitude das irregularidades.


Comprimento de amostragem (Cut off):
Toma-se o perfil efetivo de uma superfície num comprimento lm,
comprimento total de avaliação. Chama-se o comprimento le
de comprimento de amostragem (NBR 6405/1988).
O comprimento de amostragem nos aparelhos eletrônicos, chamado
de cut-off (le), não deve ser confundido com a distância total (lt)
percorrida pelo apalpador sobre a superfície.
É recomendado pela norma ISO que os rugosímetros devam medir
5 comprimentos de amostragem e devem indicar o valor médio.
Comprimento de amostragem (Cut off):
Comprimento de amostragem (Cut off):
• A rugosidade H1 é menor, pois, como o comprimento
“le” 1 é menor, ele filtra a ondulação.
• A rugosidade H2 é maior, pois “le” 2 incorpora
ondulação.
Sistema de Medição da Rugosidade Sup.:
Parâmetros de Rugosidade:
Parâmetros de Amplitude:
Rugosidade média (Ra):
É a média aritmética dos valores absolutos das ordenadas de
afastamento (yi), dos pontos do perfil de rugosidade em relação à
linha média, dentro do percurso de medição (lm). Essa grandeza
pode corresponder à altura de um retângulo, cuja área é igual à
soma absoluta das áreas delimitadas pelo perfil de rugosidade e
pela linha média, tendo por comprimento o percurso de medição
(lm).

Ra é também chamado de AA e CLA.


Ra (roughness average)
significa rugosidade média;
CLA (center line average)
significa centro da linha média, e é adotado
Pela norma inglesa. A medida é expressa
em micro polegadas (min = microinch).
Rugosidade média (Ra) - Aplicações:
• O parâmetro Ra pode ser usado nos seguintes casos:

• Quando for necessário o controle contínuo da rugosidade nas


linhas de produção;
• Em superfícies em que o acabamento apresenta sulcos de
usinagem bem orientados (torneamento, fresagem etc.);
• Em superfícies de pouca responsabilidade, como no caso de
acabamentos com fins apenas estéticos.
Rugosidade média (Ra) - Vantagens :
• É o parâmetro de medição mais utilizado em todo o mundo.

• É aplicável à maioria dos processos de fabricação.

• Devido a sua grande utilização, quase todos os equipamentos


apresentam esse parâmetro (de forma analógica ou digital
eletrônica).

• Os riscos superficiais inerentes ao processo não alteram muito


seu valor.

• Para a maioria das superfícies, o valor da rugosidade nesse


parâmetro está de acordo com a curva de Gauss, que caracteriza
a distribuição de amplitude.
Rugosidade média (Ra) - Desvantagens :
• O valor de Ra em um comprimento de amostragem indica a
média da rugosidade.
Por isso, se um pico ou vale não típico aparecer na superfície, o
valor da média não sofrerá grande alteração, ocultando o defeito.

• O valor de Ra não define a forma das irregularidades do perfil.


Dessa forma, poderemos ter um valor de Ra para superfícies
originadas de processos diferentes de usinagem.

• Nenhuma distinção é feita entre picos e vales.

• Para alguns processos de fabricação com freqüência muito alta


de vales ou picos, como é o caso dos sinterizados, o parâmetro não
é adequado, já que a distorção provocada pelo filtro eleva o erro a
altos níveis.
Parâmetros de Amplitude:
Rugosidade máxima (Ry) – Aplicações:
Atual Rt
Rugosidade máxima (Ry) – Vantagens:
Atual Rt
Rugosidade máxima (Ry) – Vantagens:
Atual Rt
Simbologia e equivalência em processos de usinagem:
Representação da Rugosidade:
Símbolos para Direção das estrias:
EQUIPAMENTOS PARA A VERIFICAÇÃO
DO ACABAMENTO SUPERFICIAL:

Rugosímetro digital Rugosímetro – realizando calibração

Rugosímetro simples Rugosímetro com impressora integrada


Referências
Referências Bibliográficas para o Plano de Ensino

Básicas:

ALBERTAZZI, Armando; SOUSA, André Roberto de. Fundamentos de metrologia


científica e industrial. Barueri, SP : Manole, 2008. xiv, 407 p, il.

ALVES, Artur Soares. Metrologia geométrica. Lisboa : Fundação Calouste


Gulbenkian, 1996. 269 p, il. (Manuais universitários).

ASSOCIACAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NB-71: Terminologia de


tolerancias e ajustes: terminologia.In: ASSOCIACAO BRASILEIRA DE NORMAS
TECNICAS Normas para desenho tecnico, 1981 332 p. Porto Alegre, 1981. p.211-212.
Comite: CB-4. Substituida por: 6173.

CASILLAS, A. L. Tecnologia da medicao. Sao Paulo : Mestre Jou, 1967. 100p, il.

INMETRO; SENAI. Vocabulário internacional de termos fundamentais e gerais de


metrologia: portaria INMETRO n. 029 de 1995.5. ed. Rio de Janeiro : Ed. SENAI,
2007. 67 p.
Referências
Referências Bibliográficas para o Plano de Ensino

Complementares:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. TB-30: Dicionário multilíngue


de termos técnicos de tolerâncias, ajustes e calibradores: terminologia. Rio de Janeiro
: ABNT, 1972. 8 p.

PROVENZA, Francesco. Desenhista de máquinas. Sao Paulo : Pro-tec, 1978. 1v.


(várias paginações), il.

PROVENZA, Francesco. Projetista de máquinas.5. ed. Sao Paulo : Escola Pro-Tec,


1984. 1v. (várias paginações), il.
Referências
Outras Referências complementares para o plano de ensino

ABNT NBR ISO 4287:2002, Especificações geométricas do produto (GPS) – Rugosidade:


método do perfil – Termos, definições e parâmetros de rugosidade. ABNT, 2002

ABNT NBR 6409:1997, Tolerâncias geométricas - Tolerâncias de forma, orientação,


posição e batimento - Generalidades, símbolos, definições e indicações em desenho.
ABNT, 1997.

AGOSTINHO, Oswaldo Luiz; RODRIGUES, Antônio Carlos dos Santos; LIRANI, João.
Tolerâncias, ajustes, desvios e análise de dimensões. São Paulo (SP): Edgard
Blücher, c1995. 295 p.

BERNARDES, A. T. SANTOS, M. C. H. CARDOSO, C. A. SANTOS, L. A. S. A metrologia e


a avaliação da conformidade no ensino de engenharia: uma proposta do Inmetro. Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro. COBENGE, 2010.

CNI- Confederação Nacional da Indústria. Projeto Sensibilização e Capacitação da


Indústria em Normalização, Metrologia e Avaliação da Conformidade. 2ª edição, Brasília,
2002.

CONEJERO, A. S.. “A importância da metrologia”. Disponível em:


http://www2.desenvolvimento.gov.br/arquivo/publicacoes/sti/indBraOpoDesafios/coletanea/
Metrologia/Artigo3-AntonioConejero.pdf. Acesso em: 05 abr. 2009.
Referências
Continuação - Outras Referências complementares para o plano de ensino

DIAS, José Luciano de Mattos. Medida, normalização e qualidade; aspectos da história da


metrologia no Brasil. Rio de Janeiro: Ilustrações, 1998. 292 p.

ESTEVES, F. S. O ensino de metrologia no Instituto Federal do Rio de Janeiro ciência ou


ferramenta? V Congresso Brasileiro de Metrologia, 2009.

FROTA, M. Finkelstein, N. L. Educação em metrologia e instrumentação: demanda


qualificada no ensino das engenharias. Revista de Ensino de Engenharia, v. 25, n. 1, p.
4965, 2006 – ISSN 0101-5001.

International Organization for Standardization, International Electrotechnical Commission -


ISO/IEC GUIDE 99:2007(E/F) International vocabulary of metrology — Basic and general
concepts and associated terms (VIM). Genebra. 2007. 2. Instituto Português da Qualidade
- Vocabulário Internacional de Metrologia. Conceitos Básicos e Gerais e Termos
Associados. Caparica. 2008. ISBN 972-763-00-6.

INMETRO-Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.


Vocabulário internacional de termos fundamentais e gerais de metrologia VIM, 2008.

INMETRO-Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.


Metrologia. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/> Acesso em: 05 mai. 2006.
Referências
Continuação - Outras Referências complementares para o plano de ensino

INMETRO-Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Histórico


do Inmetro. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/inmetro/historico.asp> Acesso em:
20 fev. 2011.

PUC-RIO. Ensino de Metrologia no Brasil. Disponível em:


<http://www2.dbd.pucrio.br/pergamum/tesesabertas/0212163_05_cap_04.pdf> Acesso
em: 15 abr. 2011.

SCHMIDT, Walfredo. Metrologia aplicada. São Paulo (SP): EPSE, 2003. 66 + 46 p.


[anexos]

SENAI.SP. Tolerância Geométrica. Brasília, SENAI/DN, 2000.

TELECURSO 2000. Metrologia. Ed. Globo, 1995. Rio de Janeiro, RJ.

ZANETTINI, José Julio. Mecânica Geral; acabamento superficial. Porto Alegre, CPF
SENAI Artes Gráficas, 1994.

VIM – Vocabulário Internacional de Metrologia. 2008, INMETRO.

Catálogos e Tabelas Técnicas.

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