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04/04/2016

Introdução

 Dinâmica
 Estuda o relacionamento entre os movimentos
Introdução à Robótica e as forças e torques que os causaram
Cinemática direta  No caso de manipuladores
Prof. Douglas G. Macharet
douglas.macharet@dcc.ufmg.br  Dado o movimento do manipulador, calcular o
vetor de torques nas juntas
 Dado o vetor de torques nas juntas, calcular o
movimento resultante do manipulador

Introdução à Robótica - Cinemática direta 2

Introdução Introdução
Cinemática direta vs. Cinemática inversa

 Cinemática  Cinemática direta


 Ciência que estuda os movimentos de um  Calcular a posição do órgão terminal do
corpo abstraindo das forças que os causaram manipulador em função das variáveis de junta
 São estudadas a posição, velocidade, aceleração  Cinemática inversa
e outras derivadas de mais alta ordem das  Calcular os valores das variáveis de junta que
variáveis de posição produzirão a posição e orientação desejadas
para o órgão terminal

Introdução à Robótica - Cinemática direta 3 Introdução à Robótica - Cinemática direta 4

Introdução Introdução
Cinemática direta vs. Cinemática inversa Cinemática direta

?
{Ferramenta}
Cinemática direta

Valor das variáveis Posição e orientação


de junta do órgão terminal
Cinemática inversa {Base}

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Definições básicas Definições básicas

 Par cinemático  Cadeia cinemática


 Formado por dois elos ligados por uma junta  Conjunto de corpos rígidos (elos) conectados
 Elemento de um par cinemático entre si por juntas
 Cada uma das superfícies do par cinemático  Cadeia aberta
 Conexão ou acoplamento  Uma junta conectando membros consecutivos
 Ligação de pares cinemáticos em série ou em  Cadeia fechada
paralelo  Mais juntas conectando membros consecutivos

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Definições básicas Definições básicas


Juntas de um par menor

 Pares cinemáticos
 Par menor: utilizado para descrever a conexão
entre um par de corpos, quando o movimento
Revolução

relativo é caracterizado por duas superfícies que


deslizam sobre si
 Linkage
 Mecanismo onde todas as juntas são pares
menores Parafuso

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Cinemática direta Definições básicas


Solução geométrica

 Manipuladores
YˆU  Sempre modelado por juntas com 1 DoF
L2 2
 Numeração dos elos
x  L1 cos 1  L2 cos(1   2 )
L1 y  L1 sin 1  L2 sin(1   2 )
 A partir da base (Elo 0), o primeiro corpo
1
móvel é denominado Elo 1, e assim
X̂ U sucessivamente até o fim do braço (Elo 𝑛)

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Definições básicas Definições básicas


Numeração dos elos

 Manipulador possui 𝑛 juntas e 𝑛 + 1 elos


 Variáveis de junta (𝑞𝑖 )

 se i for de revolução
qi   i
d i se i for prismática

*Membro  Elo

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Descrição dos elos Descrição dos elos

 Eixo de uma junta


 Definido por uma linha no espaço 3D, ou por Eixo 𝑖 − 1
Elo 𝑖 − 1
Eixo 𝑖
um vetor direcional
 O eixo da junta 𝑖 é o eixo no espaço em torno
do qual o elo 𝑖 gira em relação ao elo 𝑖 − 1

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Descrição dos elos Descrição dos elos

 Um elo pode ser descrito por dois valores  Comprimento do elo (𝑎𝑖−1 )
 Comprimento do elo (𝑎)  Medida do comprimento da reta perpendicular
 Torção do elo (𝛼) que liga os dois eixos
 Localização relativa de dois eixos no espaço  Essa perpendicular sempre existe e é única
 No caso de eixos paralelos, existirão infinitas
retas perpendiculares de mesmo comprimento

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Descrição dos elos Descrição dos elos

 Torção do elo (𝛼𝑖−1 ) Eixo 𝑖 − 1 Elo 𝑖 − 1 Eixo 𝑖

 Dado um plano normal à reta perpendicular, e


que contém o eixo 𝑖 − 1, projeta-se a imagem
do eixo 𝑖. O ângulo medido a partir de 𝑖 − 1
até a projeção de 𝑖 é torção 𝛼𝑖−1 .

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Descrição da conexão entre elos Descrição da conexão entre elos


Elos intermediários na cadeia cinemática Elos intermediários na cadeia cinemática

 Envolve vários aspectos  Offset do elo (𝑑𝑖 )


 Resistência, lubrificação, montagem, etc  Descreve a distância (com sinal), sobre o eixo
 Pode-se abstrair desses detalhes na cinemática 𝑖, entre as duas perpendiculares dos elos
 A interconexão é descrita por dois valores  Variável de junta para juntas prismáticas
 Offset do elo (𝑑)
 Ângulo de junta (𝜃)
 Elos vizinhos possuem um eixo em comum
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Descrição da conexão entre elos Descrição da conexão entre elos


Elos intermediários na cadeia cinemática Elos intermediários na cadeia cinemática

 Ângulo de junta (𝜃𝑖 ) Eixo 𝑖 − 1 Eixo 𝑖


Elo 𝑖 − 1
 Descreve a rotação relativa entre os elos
 Variável de junta para juntas de revolução Elo 𝑖

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Descrição da conexão entre elos Descrição da conexão entre elos


Primeiro e último elos na cadeia cinemática Primeiro e último elos na cadeia cinemática

 Comprimento (𝑎𝑖 ) e torção (𝛼𝑖 ), dependem  Offset do elo (𝑑𝑖 ) e ângulo de junta (𝜃𝑖 ), são
dos eixos 𝑖 e 𝑖 + 1. Logo [𝑎1 ,..., 𝑎𝑛−1 ] e bem definidos para 𝑖 = [2, … , 𝑛 − 1]
[𝛼1 ,..., 𝛼𝑛−1 ] são calculados como visto  Se as juntas 𝑖 = {1, 𝑛} forem de revolução
 No início e fim da cadeia, os valores são zero  𝑑𝑖 = 0 e 𝜃𝑖 é escolhido arbitrariamente
a0  a n  0  Se as juntas 𝑖 = {1, 𝑛} forem prismáticas
0  n  0  𝜃𝑖 = 0 e 𝑑𝑖 é escolhido arbitrariamente

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Notação de Denavit-Hartenberg Notação de Denavit-Hartenberg


Afixando referenciais aos elos

 Descrever um robô, cinematicamente,  Convenção


através desses quatro parâmetros  Os referenciais são denominados de acordo
 Dois descrevem os elos (𝑎𝑖 e 𝛼𝑖 ) com o número do elo que está fixado
 Dois descrevem às juntas (𝑑𝑖 e 𝜃𝑖 )  Logo, o referencial {𝑖} está afixado ao Elo 𝑖
 Parâmetros de Denavit-Hartenberg (DH)

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Notação de Denavit-Hartenberg Notação de Denavit-Hartenberg


Afixando referenciais aos elos Afixando referenciais aos elos

 Elos intermediários na cadeia Eixo 𝑖 − 1


Elo 𝑖 − 1
Eixo 𝑖

 O eixo 𝑍𝑖 é coincidente com o eixo 𝑖


 A origem de {𝑖} é fixada onde a perpendicular Elo 𝑖
comum (𝑎𝑖 ) entre os eixos intercepta o eixo 𝑖
 O eixo 𝑋𝑖 possui a direção de 𝑎𝑖 e aponta no
sentido da junta 𝑖 para a junta 𝑖 + 1
 O eixo 𝑌𝑖 é definido pela regra da mão direita

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Notação de Denavit-Hartenberg Notação de Denavit-Hartenberg


Afixando referenciais aos elos Afixando referenciais aos elos

 Primeiro elo  Último elo


 Um referencial é afixado à base do robô  Junta 𝑛 prismática
 Referencial {0} (Elo 0)  Direção de 𝑋𝑛 definida de forma que 𝜃𝑛 = 0
 Esse referencial não é móvel  Origem de {𝑁} definida na interseção de 𝑋𝑛−1 e a
junta 𝑛 quando 𝑑𝑛 = 0
 Considerado o referencial padrão
 Junta 𝑛 de revolução
 Para facilitar, posicionar 𝑍0 com mesma direção
 Direção de 𝑋𝑛 alinhada com 𝑋𝑛−1 quando 𝜃𝑛 = 0
de 𝑍1 , de forma que {0} e {1} são coincidentes
quando a variável da Junta 1 for zero  Origem de {𝑁} de forma que 𝑑𝑛 = 0

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Notação de Denavit-Hartenberg Notação de Denavit-Hartenberg


Afixando referenciais aos elos Afixando referenciais aos elos

 Resumo dos parâmetros de elos (DH)


 𝑎𝑖 : distância entre 𝑍𝑖 e 𝑍𝑖+1 , ao longo de 𝑋𝑖
Parâmetro Símbolo Junta de Revolução Junta Prismática
 𝛼𝑖 : ângulo entre 𝑍𝑖 e 𝑍𝑖+1 , em torno de 𝑋𝑖 Comprimento do elo 𝑎𝑖 (𝑙𝑖 ) Fixo Fixo
 𝑑𝑖 : distância entre 𝑋𝑖−1 e 𝑋𝑖 , ao longo de 𝑍𝑖 Torção do elo 𝛼𝑖 Fixo Fixo
Offset do elo 𝑑𝑖 Fixo Variável
 𝜃𝑖 : ângulo entre 𝑋𝑖−1 e 𝑋𝑖 , em torno de 𝑍𝑖 Ângulo da junta 𝜃𝑖 Variável Fixo

 Define-se 𝑎𝑖 > 0 (distância), e 𝛼𝑖 , 𝑑𝑖 e 𝜃𝑖 são * Verificar no RoboAnalyzer.

valores com sinal

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Notação de Denavit-Hartenberg Notação de Denavit-Hartenberg


Afixando referenciais aos elos – Procedimento (Resumo) Afixando referenciais aos elos – Procedimento (Resumo)

1. Identificar os eixos das juntas e imaginar retas infinitas 4. Assinalar o eixo 𝑿𝒊 colinear com a perpendicular
alinhadas com eles. Nos passos 2 a 5, considere duas comum, se os eixos se interceptarem, assinalar 𝑿𝒊 de
retas como estas passando pelos eixos 𝒊 e 𝒊 + 𝟏 forma a ser normal ao plano que contém os dois eixos
2. Identificar a perpendicular ou ponto de interseção 5. Assinalar o eixo 𝒀𝒊 de forma a completar o referencial
comum aos dois eixos. Afixe a origem do referencial do segundo a “regra da mão direita”
elo no ponto de intersecção dos eixos ou onde a 6. Assinalar {0} coincidente com {1} quando a variável da
perpendicular comum entre eles interceptar o eixo 𝒊 junta 0 for zero. Escolher para {𝑁} a localização de sua
3. Assinalar o eixo 𝒁𝒊 colinear com o eixo da junta 𝒊 origem e escolha 𝑿𝑵 livremente, mas de forma a fazer
com que a maioria dos parâmetros de elo sejam zero

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Notação de Denavit-Hartenberg Notação de Denavit-Hartenberg


Exemplo Exemplo

Elo

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Cinemática de manipuladores Cinemática de manipuladores


Modelo cinemático Derivando as transformações de elos

 Objetivo é derivar a forma geral da  Transformação que define o referencial {𝑖}


transformação que relaciona os referenciais em relação ao referencial {𝑖 − 1} ( 𝑖−1𝑖𝑇)
afixados em elos adjacentes  No caso geral essa transformação será
 Posteriormente, essas transformações função dos quatro parâmetros de elos
individuais serão concatenadas para calcular  Para qualquer robô, essa transformação
a posição e orientação do Elo 𝒏 em relação será função de apenas uma variável, sendo
que os outros parâmetros serão fixos e
ao Elo 𝟎
determinados pelo projeto mecânico
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Cinemática de manipuladores Cinemática de manipuladores


Derivando as transformações de elos Derivando as transformações de elos

 Referenciais intermediários: {𝑃}, {𝑄} e {𝑅} Eixo 𝑖 − 1 Eixo 𝑖


Elo 𝑖 − 1
 {𝑖} difere de {𝑃} de uma translação 𝑑𝑖
 {𝑃} difere de {𝑄} de uma rotação 𝜃𝑖 Elo 𝑖
 {𝑄} difere de {𝑅} de uma translação 𝑎𝑖−1
 {𝑅} difere de {𝑖 − 1} de uma rotação 𝛼𝑖−1

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Cinemática de manipuladores Cinemática de manipuladores


Derivando as transformações de elos Derivando as transformações de elos

 Para transformar a descrição de um vetor  A equação anterior pode ser reescrita como
no referencial {𝑖} para o referencial {𝑖 − 1} T  RX ( i 1 ) DX ( ai 1 ) RZ (i ) DZ ( d i )
i 1
i

 ou
i 1
P  i R1T Q
R Q P i
T PT iT P i 1
P  i 1iT iP T  Screw X (i 1 , ai 1 )Screw Z (i , d i )
i 1
i

 onde a notação Screw𝑄 (𝑟, 𝜙) significa uma


i 1
iT translação de um valor 𝑟, e uma rotação de
valor 𝜙, considerando um eixo 𝑄
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Cinemática de manipuladores Cinemática de manipuladores


Derivando as transformações de elos

 Multiplicando-se as transformações  Definidos os referenciais e os parâmetros de


elos, obter as equações cinemáticas é direto
 c i  si 0 ai 1   Transformação do referencial {𝑁} para o {0}
 s c ci c i 1  s i 1  s i 1d i 
0
T  01T 12T 23T ... N N1T
T   i i 1
i 1  N
 si s i 1 ci s i 1 c i 1 c i 1d i 
i

   A transformação 𝑁0𝑇 será uma função de


 0 0 0 1  todas as 𝑛 variáveis de juntas

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Cinemática de manipuladores Espaços de representação


Exemplo Atuador, juntas e cartesiano

 Posição dos elos de um manipulador com 𝑛


DoF é especificada por 𝑛 variáveis de junta
 Vetor de juntas (𝑛 × 1)
 Conjunto das variáveis de juntas
 Espaço de juntas
cos(1   2  3 )  sin(1   2  3 )
 sin(     ) cos(     )
0 L1 cos(1 )  L2 cos(1   2 )
 Espaço definido por todos os vetores de juntas
0 L1 sin(1 )  L2 sin(1   2 ) 
3T 
0  1 2 3 1 2 3 
 0 0 1 0 
 
 0 0 0 1 

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Espaços de representação Espaços de representação


Atuador, juntas e cartesiano Atuador, juntas e cartesiano

 Espaço cartesiano  Junta não é atuada diretamente


 Termo utilizado quando a posição é especificada  Vetor atuador
segundo os eixos ortogonais e a rotação é  Conjunto de variáveis de atuadores, utilizadas
especificada segundo as convenções vistas para descrever o vetor de juntas. Sensores de
 Orientado-a-tarefa ou Operacional posição geralmente localizados nos atuadores
 Espaço do atuador
 Espaço definido por todos vetores atuadores

Introdução à Robótica - Cinemática direta 49 Introdução à Robótica - Cinemática direta 50

Espaços de representação Cinemática direta


Atuador, juntas e cartesiano Considerações computacionais

Cinemática Inversa  Ponto fixo ou Ponto flutuante


 Ponto fixo é mais rápido, porém deve-se
atentar para problemas de precisão
Espaço do Espaço das Espaço  Ponto flutuante gasta mais ciclos, porém facilita
Atuador Juntas Cartesiano o desenvolvimento dos programas

Cinemática Direta

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Cinemática direta
Considerações computacionais

 Fatoração de equações
 Reduzir o número de multiplicações e adições
 Utilização de variáveis locais
 Métodos de fatoração automatizados
 Funções transcendentais (trigonométricas)
 Utilizar look-up tables

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