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Componente Curricular:

Metrologia e Controle Dimensional


Prof: Narciso Abel De Col
narcisoabel@hotmail.com
Fone: (047) 9905 9156 Tim
TOLERÂNCIA
GEOMÉTRICA
DE FORMA
ORIENTAÇÃO
E POSIÇÃO
Conceito Técnico:
Tolerância Geométrica:
São os limites dentro dos quais as dimensões e
formas geométricas podem variar sem que haja
comprometimento do
funcionamento e
intercambiabilidade
das peças.
A tolerância dimensional não é suficiente para definir a montagem da
peça.

No exemplo acima, a tolerância dimensional foi atendida, mas a


montagem não é possível
INTRODUÇÃO
Tolerâncias Geométricas:
São os limites dentro dos quais as dimensões
e formas geométricas podem variar sem que
haja comprometimento do funcionamento e
intercambiabilidade das peças.

Tais desvios podem ser:


macrogeométricos, sendo desvios
macroscópicos como retilineidade, planeza,
dimensões nominais;
microgeométricos, sendo desvios
superficiais microscópicos como rugosidade e
aspereza.
Quando aplicar a Tol. Geométrica
As tolerâncias associadas à geometria das peças devem
ser definidas quando:

• As tolerâncias dimensionais não foram suficientes


pelas necessidades e exigências do projeto;

• Houver processos de fabricação e disponibilidade de


equipamentos;

• Os custos de fabricação forem compatíveis aos


custos do produto.
Por exemplo: Para um eixo de Ø maior = 59,10 e Ø
menor = 58,80 tem-se as seguintes situações:

O 58,84
O 58,84

Assim, se a falta de linearidade causar um


problema na montagem, então deve ser indicado
uma tolerância geométrica de retilineidade.
• As tolerâncias geométricas podem ser
associadas aos desvios:

• Macrogeométricos:
Retilineidade,
Circularidade,
Cilindricidade,
Planeza

• Microgeométricos:
Acabamento Superficial: Rugosidade
Normas Aplicadas:
• As Tolerâncias Geométricas são definidas pela
norma ABNT NBR 6409 (Tolerâncias de
Forma e de Posição);

O Acabamento Superficial é definido pela


norma ABNT NBR 6405 (Rugosidade das
Superfícies);

Baseadas na Norma DIN 620 e 7184.


Classificação:
As Tolerâncias Geométricas são
classificadas como:

• Tolerâncias de Forma;
• Tolerâncias de Orientação;
• Tolerâncias de Posição.
Classes, Características e Símbolos
Aplicação em Desenho Técnico
• Seta aponta para o elemento ou para linha
de chamada no prolongamento deste.
Métodos de Representação
Método Direto Método Indireto

A seta aponta para o desenho A seta aponta diretamente


ou para o prolongamento para o eixo de centro
da linha de cota.
Identificação do Referencial
TOLERÂNCIAS DE FORMA
• As Tolerâncias Geométricas de Forma estão
associadas aos desvios admissíveis na geometria de
uma peça.
• Essas tolerâncias são representadas por:

SÍMBOLO DA VALOR DA
TOLERÂNCIA TOLERÂNCIA
Retilineidade: t

• Tolerância de um eixo ou contorno. Exemplos: eixos que devem trabalhar como


guias precisas

• A linha indicada deve situar-se entre duas retas paralelas distanciadas de 0,03 mm, medida no plano
indicado e simétricas à linha ideal

t 0,03

• A linha indicada deve situar-se dentro de um cilindro com diâmetro de 0,03 mm com linha de centro
coincidente com a linha ideal.
t O 0,03
Aplicação de Retilineidade
Zona de tolerância Plana Paralelepípedo Cilindrica
Planeza t
• Tolerância de planeza de uma superfície.

• Exemplo: Superfícies que devem garantir vedação.

• A superfície indicada deve situar-se entre dois planos paralelos


entre si distantes de 0,03 mm e simétricos à superfície ideal

r 0,03
Aplicação de Planicidade
Circularidade t
• Tolerância de circularidade de uma linha ou contorno.

• Exemplo: assento de mancal de rolamento.

• O contorno indicado deve situar-se dentro de uma coroa


circular de 0,03 mm de espessura com centro coincidente
com o do círculo ideal.

e 0,03
Aplicação de Circularidade
Cilindricidade t
• Tolerância de cilindricidade de uma superfície.

• Exemplo: coluna guia com ajuste deslizante.

• A superfície indicada deve situar-se entre dois cilindros


coaxiais distantes de 0,03 mm com eixos coincidentes com o
do cilindro ideal.
j 0,03
Aplicação de Cilindricidade
Perfil Qualquer t
• Tolerância de forma de um perfil qualquer.

• Exemplo: perfil de um came.

• O perfil indicado deve situar-se entre duas linhas


tangentes a círculos de 0,03 mm com centros sobre o
perfil ideal.
m 0,03
Aplicação de uma Forma de Linha
Superfície Qualquer t

• Tolerância de forma de uma superfície


qualquer.
• Exemplo: superfície do rotor do motor
wankel.
h 0,03
Aplicação de uma Forma de
Superfície
TOLERÂNCIAS DE POSICÃO
• As tolerâncias geométricas de posição estão
associadas aos desvios admissíveis:
Orientação, posição e batimento dos componentes geométricos de uma
peça.

• Essas tolerâncias devem ser indicadas sempre em relação a uma


referência da própria peça cotada

• Essas tolerâncias são representadas por:

SÍMBOLO DA VALOR DA
REFERÊNCIA
TOLERÂNCIA TOLERÂNCIA
Paralelismo t A

• Tolerância de paralelismo
• Exemplo: furos para assentos de dois rolamentos
• O eixo indicado deve situar-se dentro de um cilindro de
0,03 mm diâmetro, paralelo ao eixo inferior (referência
A)

i O 0 ,0 3 A

A
Aplicação de Paralelismo
Perpendicularidade t A

• Tolerância de perpendicularidade

• Exemplo: superfícies para apoios laterais de rolamentos

• A superfície indicada deve situar-se entre duas superfícies distantes


de 0,03 mm e perpendiculares ao eixo inferior (referência A)

n 0 ,0 3 A

A
Aplicação de Perpendicularidade
Aplicação de Perpendicularidade
Inclinação t A

• A superfície indicada deve situar-se entre duas


superfícies distantes de 0,03 mm paralelas
entre si e a um plano inclinado no ângulo
indicado, em relação ao eixo inferior (referência
A)
g 0,03 A


10
A
Aplicação de Inclinação
Aplicação de Inclinação
TOLERÂNCIAS DE LOCALIZAÇÃO
• Exemplo: posição de furos em φt A
montagem de carcaças.

• O eixo do furo deve situar-se 100


entre dentro de um cilindro de
A
diâmetro 0,03 mm cujo eixo
situa-se na posição geométrica

50
ideal indicada pelas cotas em
relação ao furo (referência a)
l O 0,03 A
Aplicação de Localização
Aplicação de Localização
Simetria t A

• Exemplo: rasgos de chavetas em eixos e engrenagens

• O plano médio do rasgo deve situar-se entre dois planos


distantes de 0,03 mm, paralelos entre si de forma
simétrica em relação ao plano médio da referência A

A
d 0,03 A
100
Aplicação de Simetria
Concentricidade t A

• Exemplo: assentos de dois rolamentos num mesmo eixo


• O eixo deve situar-se no interior de um cilindro de
diâmetro igual a 0,03 mm, cujo eixo coincide com o eixo
ideal da referência A

a 0,03 A
A
100
Aplicação de Concentricidade
Batimento t A

• AO GIRAR-SE O EIXO EM RELAÇÃO À REFERÊNCIA A, O


MOVIMENTO NA DIREÇÃO RADIAL DE QUALQUER REGIÃO DO
CILINDRO COTADO, NÃO DEVE ULTRAPASSAR 0,03 mm (LTI)
• AO GIRAR-SE O EIXO EM RELAÇÃO À REFERÊNCIA A, O
MOVIMENTO NA DIREÇÃO AXIAL DE QUALQUER REGIÃO DO
CILINDRO COTADO, NÃO DEVE ULTRAPASSAR 0,03 mm (LTI)

^ 0,03 A
100 A
Aplicação de Batimento Circular
Aplicação de Batimento Circular
Aplicação de Batimento Total
Referências
• Referências Bibliográficas para o Plano de Ensino

• Básicas:

• ALBERTAZZI, Armando; SOUSA, André Roberto de. Fundamentos de metrologia


científica e industrial. Barueri, SP : Manole, 2008. xiv, 407 p, il.

• ALVES, Artur Soares. Metrologia geométrica. Lisboa : Fundação Calouste


Gulbenkian, 1996. 269 p, il. (Manuais universitários).

• ASSOCIACAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NB-71: Terminologia de


tolerancias e ajustes: terminologia.In: ASSOCIACAO BRASILEIRA DE NORMAS
TECNICAS Normas para desenho tecnico, 1981 332 p. Porto Alegre, 1981. p.211-
212. Comite: CB-4. Substituida por: 6173.

• CASILLAS, A. L. Tecnologia da medicao. Sao Paulo : Mestre Jou, 1967. 100p, il.

• INMETRO; SENAI. Vocabulário internacional de termos fundamentais e gerais


de metrologia: portaria INMETRO n. 029 de 1995.5. ed. Rio de Janeiro : Ed. SENAI,
2007. 67 p.
Referências
• Referências Bibliográficas para o Plano de Ensino

• Complementares:

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. TB-30: Dicionário multilíngue


de termos técnicos de tolerâncias, ajustes e calibradores: terminologia. Rio de
Janeiro : ABNT, 1972. 8 p.

• PROVENZA, Francesco. Desenhista de máquinas. Sao Paulo : Pro-tec, 1978. 1v.


(várias paginações), il.

• PROVENZA, Francesco. Projetista de máquinas.5. ed. Sao Paulo : Escola Pro-Tec,


1984. 1v. (várias paginações), il.
Referências
• Outras Referências complementares para o plano de ensino

• ABNT NBR ISO 4287:2002, Especificações geométricas do produto (GPS) – Rugosidade:


método do perfil – Termos, definições e parâmetros de rugosidade. ABNT, 2002

• ABNT NBR 6409:1997, Tolerâncias geométricas - Tolerâncias de forma, orientação, posição


e batimento - Generalidades, símbolos, definições e indicações em desenho. ABNT, 1997.

• AGOSTINHO, Oswaldo Luiz; RODRIGUES, Antônio Carlos dos Santos; LIRANI, João.
Tolerâncias, ajustes, desvios e análise de dimensões. São Paulo (SP): Edgard Blücher,
c1995. 295 p.

• BERNARDES, A. T. SANTOS, M. C. H. CARDOSO, C. A. SANTOS, L. A. S. A metrologia e a


avaliação da conformidade no ensino de engenharia: uma proposta do Inmetro. Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro. COBENGE, 2010.

• CNI- Confederação Nacional da Indústria. Projeto Sensibilização e Capacitação da Indústria


em Normalização, Metrologia e Avaliação da Conformidade. 2ª edição, Brasília, 2002.

• CONEJERO, A. S.. “A importância da metrologia”. Disponível em:


http://www2.desenvolvimento.gov.br/arquivo/publicacoes/sti/indBraOpoDesafios/coletanea/
Metrologia/Artigo3-AntonioConejero.pdf. Acesso em: 05 abr. 2009.
Referências
• Continuação - Outras Referências complementares para o plano de ensino

• DIAS, José Luciano de Mattos. Medida, normalização e qualidade; aspectos da história da


metrologia no Brasil. Rio de Janeiro: Ilustrações, 1998. 292 p.

• ESTEVES, F. S. O ensino de metrologia no Instituto Federal do Rio de Janeiro ciência ou


ferramenta? V Congresso Brasileiro de Metrologia, 2009.

• FROTA, M. Finkelstein, N. L. Educação em metrologia e instrumentação: demanda qualificada no


ensino das engenharias. Revista de Ensino de Engenharia, v. 25, n. 1, p. 4965, 2006 – ISSN 0101-
5001.

• International Organization for Standardization, International Electrotechnical Commission - ISO/IEC


GUIDE 99:2007(E/F) International vocabulary of metrology — Basic and general concepts and
associated terms (VIM). Genebra. 2007. 2. Instituto Português da Qualidade - Vocabulário
Internacional de Metrologia. Conceitos Básicos e Gerais e Termos Associados. Caparica. 2008.
ISBN 972-763-00-6.

• INMETRO-Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Vocabulário


internacional de termos fundamentais e gerais de metrologia VIM, 2008.

• INMETRO-Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Metrologia.


Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/> Acesso em: 05 mai. 2006.
Referências
• Continuação - Outras Referências complementares para o plano de ensino

• INMETRO-Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Histórico do


Inmetro. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/inmetro/historico.asp> Acesso em: 20 fev. 2011.

• PUC-RIO. Ensino de Metrologia no Brasil. Disponível em:


<http://www2.dbd.pucrio.br/pergamum/tesesabertas/0212163_05_cap_04.pdf> Acesso em: 15 abr.
2011.

• SCHMIDT, Walfredo. Metrologia aplicada. São Paulo (SP): EPSE, 2003. 66 + 46 p. [anexos]

• SENAI.SP. Tolerância Geométrica. Brasília, SENAI/DN, 2000.

• TELECURSO 2000. Metrologia. Ed. Globo, 1995. Rio de Janeiro, RJ.

• ZANETTINI, José Julio. Mecânica Geral; acabamento superficial. Porto Alegre, CPF SENAI Artes
Gráficas, 1994.

• VIM – Vocabulário Internacional de Metrologia. 2008, INMETRO.

• Catálogos e Tabelas Técnicas.

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