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24/03/2020

Aula 1
Parte 1

O TRAÇADO DE UMA ESTRADA


Introdução

Introdução
• Quais são os elementos geométricos básicos que compõem uma
rodovia?
 Curvas
 Curvas horizontais (em planta)

 Curvas verticais (em perfil)

 Retas
 Tangentes (em planta)

 Rampas (em perfil)

Breve histórico
• Início do século 20
 Que veículos utilizavam as rodovias?
 Veículos de tração animal

 Velocidades baixas (raramente superiores a 13 km/h)

 Velocidade não era um fator importante


 Curvas eram concordâncias bruscas ou fechadas entre longas tangentes

 Traçado evitava aclives longos e íngremes de forma a reduzir a resistência


ao movimento e tirar melhor proveito da capacidade de tração animal

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Breve histórico
• Com advento e popularização dos veículos automotores houve
necessidade de adaptação das vias para uso destes veículos
 Maior capacidade de carga
 Maiores velocidades
• Evolução dos princípios e critérios de projeto geométrico a partir
de 1930
 Curvas circulares, curvas de transição, alinhamento vertical,
superelevação, seção transversal e drenagem
 Elementos que constituíram a base para os manuais de projeto geométrico de diversos
países
 Conceito de velocidade de projeto
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Manuais de projeto geométrico


• AASHO (American Association of State Highway Officials)
 Primeiro manual em 1940

 Atualizado e completado em 1954, 1965 e 1971, 1984, 1990, 1994, 2004 e 2018

 Muitos critérios são baseados em leis da física e hipóteses e premissas


conservadoras assumidas para o motorista, o veículo e a via

 Maior parte dos modelos básicos considerados continua igual à da versão de


1940

• AASHTO (American Association of State Highway Transportation


Officials) 5

Manuais de projeto geométrico


• No Brasil
 Os primeiros textos técnicos e instruções de projeto geométrico de
rodovias surgiram nos anos 40 e 50
 Baseados em traduções de publicações estrangeiras
 Primeiros manuais de abrangência nacional surgiram nos anos 70
 1974 – Manual de Projeto de Engenharia Rodoviária
 1979 – Instruções para o Projeto Geométrico de Rodovias Rurais
 Versão mais recente (DNER, 1999)
 Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais
 DER/SP (2006)
 Notas Técnicas de Projeto Geométrico
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O traçado de uma rodovia


• O problema surge da necessidade ou da conveniência da ligação entre dois
locais

Local A

Local B

• O melhor traçado é o menor caminho, ou seja a linha reta que une esses
locais? 7

O traçado de uma
rodovia

• O melhor traçado é o
menor caminho, ou seja a
linha reta que une esses
locais?

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Aclive máximo = 26,8% Cota máxima = 858 m

Declive máximo = -31,2% Cota mínima = 450 m

Aclive médio = 4,0%

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Aula 1
Parte 2

O TRAÇADO DE UMA ESTRADA


Condicionantes

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O traçado de uma rodovia

Linha reta é o melhor traçado?

Raramente o caminho mais


curto poderá ser tomado como
eixo da ligação

Condicionantes entre os
locais a serem ligados

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Considerações gerais
• Os condicionantes são importantes porque é preciso atender aos
interesses da comunidade com o menor custo possível, e não
apenas a ligação simplesmente

• Relação de custo x benefício


 Custo total da obra
 Projeto
 Construção
 Desapropriação
 Manutenção

 Benefícios diretos e indiretos 13

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Importância da análise de alternativas de projeto

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Considerações gerais
•A rodovia é um ente tridimensional que deve se ajustar de forma
harmônica à topografia da região
 Alteração da topografia
 Se possível, sem agressão
• Um bom projeto deve
 Atender às necessidades do tráfego
 Respeitar as características técnicas de um bom traçado e de um bom
perfil
 Harmonizar com a região atravessada
 Na medida do possível, apresentar baixo custo

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Características básicas
• Devem ser analisadas previamente para determinação de
necessidades, benefícios e custos
 Capacidade de Tráfego
 número de pistas e faixas
 Tráfego Presente e Futuro
 Características dos Veículos: evolução da tecnologia rodoviária
 Velocidade de Projeto
 Etc.

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Fatores que influenciam a escolha do traçado


• Condicionantes

 Todos os fatores que possam influir no custo ou nas características do


projeto

 Devem ser avaliados e balanceados para que se possa conseguir um local


adequado à construção de uma rodovia com boas características técnicas
e de baixo custo

 Variedade grande de fatores tornando difícil maximizar condições técnicas


e minimizar custo
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Condicionantes do traçado
• Topografia
 Minimizar movimentos de terra
• Geotecnia
 Escavações, fundações, drenagem, obras adicionais para contenção de cortes e
aterros
• Hidrologia
 Dimensões das obras de drenagem (bueiros, galerias, pontes)
• Desapropriações
• Interferências no Ecossistema
• Pontos Obrigatórios de Passagem
 Cidades intermediárias, terrenos de baixo valor etc.
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Topografia
• Fator predominante para a escolha da localização da rodovia

•O movimento de terra representa parcela significativa do custo


total de construção de uma rodovia e depende da topografia do
local atravessado

• Uma região com topografia desfavorável pode levar a grandes


cortes e aterros, ou ainda a construção de túneis e viadutos

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Topografia

• Classificação do relevo

 Não existem definições precisas para enquadramento de uma região em uma

categoria específica, há um consenso resultante da experiência que permite

estabelecer linhas gerais para enquadramento (DNIT (1999). Manual de Projeto

Geométrico de Rodovias Rurais)

 Região Plana

 Região ondulada

 Região montanhosa 20

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Topografia
• Classificação do relevo em três grupos
 Pimenta, C. R. e Oliveira, M. P. (2004). Projeto Geométrico de Rodovias
 Terreno plano
 Topografia suave; projetos com boas condições de visibilidade; pequeno movimento
de terra; sem necessidade de obras caras
 Terreno ondulado
 Possui inclinações não muito fortes que exigem um movimento de terra médio
 Terreno montanhoso
 Mudanças significativas nas elevações do terreno, sendo necessários grandes
movimentos de terra, ou mesmo a construção de túneis e viadutos

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Topografia
• Classificação do relevo em três grupos
 AASHTO (1994). A Policy on Geometric Design of Highways and Streets
 Sugere a classificação do relevo do terreno, nos corredores por onde passa a rodovia,
segundo a influência que o relevo exerce sobre o traçado
 relevo plano
 É aquele que permite a implantação de rodovias com grandes distâncias de visibilidade,
sem dificuldades de construção e sem custos elevados
 relevo ondulado
 É aquele onde as inclinações naturais do terreno exigem frequentes cortes e aterros de
dimensões reduzidas para acomodação dos greides das rodovias, e que eventualmente
oferecem alguma restrição à implantação dos alinhamentos horizontal e vertical
 relevo montanhoso
 É aquele onde são abruptas as variações longitudinais e transversais da elevação do
terreno em relação à rodovia, e onde são frequentemente necessários aterros e cortes
laterais das encostas para se conseguir implantar alinhamentos horizontais e verticais
aceitáveis
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Topografia
• Classes de relevo
Região Inclinação (i%) do greide
(Média ponderada das rampas)
Plana 0% < |i| ≤ 2,0%
Ondulada 2,0% < |i| ≤ 4,5%
Montanhosa |i| > 4,5%
DAER – Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (1991). Normas de projetos rodoviários. V. 1. Porto Alegre

Região Inclinação (i%) do terreno


Plana |i| < 10,0%
Ondulada 10% < |i| ≤ 25%
Montanhosa |i| > 25%
DER – PR

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Condições geológicas e geotécnicas


• Traduzem as características dos solos dos locais de passagem de
uma rodovia

• Fator também muito importante


 A dureza do material a ser escavado
 Técnicas especiais de escavação e conseqüente custos adicionais

 Problemas de estabilidade de taludes de corte


 Obras de contenção

 Aterros sobre solos moles

• Devem, sempre que possível, ser evitados 24

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Demolição de pedras com explosivo


Fonte: http://estanciapedras.com.br/ep/wp-content/uploads/2015/03/demolicao-remocao- Fonte: http://www.dnit.gov.br/ferrovias/contratos-e-convenios/contratos- Fonte: http://mw2.google.com/mw-panoramio/photos/medium/4259934.jpg
pedra-rocha-explosivo-09.jpg vigentes/sao-francisco-do-sul-sc/sao-fco.jpg/view

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Demolição de rochas com cunha pneumática


Remoção de pedras e rochas com escavadeira hidráulica (picão)

Fonte:
Fonte: http://estanciapedras.com.br/ep/wp-content/uploads/2015/03/demolicao- Fonte: http://estanciapedras.com.br/ep/wp-content/uploads/2015/03/demolicao-
http://www.maquinaco.com.br/sitegerente/fotos/medias2/18
remocao-rocha-pedra-cunha-05.jpg rocha-pedra-escavadeira-picao-martelete-04.jpg
_6_2010_10_16_11_312_.jpg

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Fonte: http://www.zanollin.com.br/estruturas-de-concreto/imagens/laudo-de- Fonte: http://www.zanollin.com.br/estruturas-de-concreto/imagens/laudo-de-
Fonte: https://www.escolaengenharia.com.br/gabiao/
estabilidade-de-talude.jpg estabilidade-de-talude.jpg

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Hidrologia
•O traçado escolhido deve reduzir ao mínimo travessias de rios e
córregos
 Minimizar o número de obras civis (pontes e galerias)

• Travessias inevitáveis
 Escolher locais e posições favoráveis
 Estreitamentos
 O mais perpendicular possível
 Reduzir o tamanho das obras civis
 Evitar retificação dos rios e córregos atravessados 34

34

Desapropriações
• Existência de benfeitorias aumenta os custos de
desapropriações
• Construções, loteamentos, etc., devem ser evitados sempre que
possível

Fonte Fonte

Fonte 35

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Aula 1
Parte 3

O TRAÇADO DE UMA ESTRADA


Etapas de estudo para implantação

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Etapas de estudo para implantação de uma rodovia

• Reconhecimento ou anteprojeto

• Exploração

• Projeto final ou definitivo

• Representação gráfica do projeto


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Anteprojeto
•É necessário o conhecimento adequado da região atravessada
pela rodovias
 Condicionantes
 Elementos que possam influir na localização do traçado

• Precedido pelo levantamento e pela análise dos dados da região


 Possíveis alternativas de traçado
 Plantas topográficas e levantamentos aerofotogramétricos para estudo da
topografia e hidrologia
 Escala 1:10.000
 Mapas geológicos e interpretação de fotografias aéreas permitem avaliar a
formação geológica e geotécnica
 Avaliação inicial permite evitar áreas potencialmente problemáticas
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Procedimento para escolha de um traçado


• Uma rodovia é feita para ligar dois pontos

• Mesmo que a topografia permita, uma linha reta ligando os dois


pontos nem sempre é recomendada

 SEGURANÇA

 Evitar longos trechos retos (3 km aproximadamente)

 Monotonia ao dirigir gera sonolência e desatenção dos motoristas

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40

Procedimento para escolha de um traçado


• Apenas como ponto de partida, podemos tomar a reta que une
os locais que se pretende ligar
 Reta diretriz
 Analisar os problemas
 Cortes e aterros de volume excessivo
 Travessias de rios
 Desapropriações caras
 Ocorrência de material rochoso
 Escolher pontos de passagem da rodovia
 Acomodar o traçado à topografia
 Alongar o mínimo possível a extensão total 41

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Pontos obrigados
• São pontos de passagem mais “favoráveis”

• Afastando-se destes pontos, em direção à reta diretriz, voltamos


a enfrentar os problemas

• Em sentido contrário, aumenta-se o percurso e, provavelmente,


o custo de construção e/ou operação

• Processo se repete
 Realizada a primeira alteração, novas retas surgem e novas análises
devem ser realizadas
 Até a obtenção de um traçado que seja técnica e economicamente
satisfatório 42

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Pontos obrigados

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Pontos obrigados

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Pontos obrigados

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Pontos obrigados

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Pontos obrigados

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Desenvolvimento de traçados

• Deve-se desenvolver o traçado quando a declividade de

uma região for íngreme de modo que não seja possível

lançar o eixo da rodovia com declividade inferior a

valores admissíveis

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Desenvolvimento de traçados

B
300

100 A

Estrada Trollstigen, na Noruega

http://ecoviagem.com.br/noticias/turismo/transporte-rodoviario/conheca-5-das-estradas-
mais-perigosas-do-mundo-veja-fotos-18214/centro-81340.jpg
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Desenvolvimento de traçados
• Quando o eixo da rodovia
acompanha as curvas de
nível há uma redução do
volume de material escavado.
 Ocorre porque, ao acompanhar
as curvas de nível, a plataforma
da rodovia cruzará menos com
as mesmas

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Traçado de espigão
• Redução dos custos de drenagem

• Terreno seco

• Declividade longitudinal favorável

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Traçado de vale
• Topografia muito favorável (rampas suaves)

• Drenagem onerosa
 Traçado muitas vezes acompanha rios ou córregos
 Águas que descem pelas encostas na direção do rio ou do córrego

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Traçado de espigão e de vale


• Geralmente apresentam condições técnicas e econômicas
melhores que aqueles desenvolvidos a meia encosta ou
transversalmente a vales e espigões

• Os traçados de meia encosta não apresentam as vantagens dos


outros dois
 Atravessam rios, córregos ou pelo menos talvegues
 Não apresentam bom perfil longitudinal
 Existem porque nem sempre espigão ou vale está na direção desejada

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Traçado de meia encosta


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Aula 1
Parte 4

O TRAÇADO DE UMA ESTRADA


Etapas de estudo para implantação – Exploração e projeto

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Exploração
• Consiste no estudo detalhado de uma ou mais faixas de terreno escolhidas
para a passagem da rodovia

• Restituições aerofotogramétricas
 Escala 1:2000 ou 1:1000

• Fotografias aéreas
 Escala 1:8000

 Condições hidrológica, geológicas e geotécnicas

• Levantamentos topográficos de maior precisão 56

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Projeto final
• Detalhamento e eventual alteração do Anteprojeto

• Escolhidos e calculados todos os elementos necessários para a


definição do traçado, do perfil longitudinal e das seções transversais

• Simultaneamente a outros projetos


 Terraplenagem, drenagem, pavimentos, obras de arte, paisagismo, sinalização

• É o conjunto de todos os projetos complementados por memórias de


cálculo, justificativa de solução e processos adotados, quantificação
de serviços, especificações de materiais, métodos de execução e
orçamento
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Projeto final

• Desenhos finais

• Tabelas de locação

• Projeto “As Built” (Projeto Executado)

• Documentação da obra executada, principalmente das

alterações no Projeto Executivo 58

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Representação gráfica do projeto


• Planta
 Representação, em escala conveniente, da projeção da rodovia sobre um
plano horizontal
• Perfil longitudinal
 Representação, em escala conveniente, da interseção da rodovia com a
superfície cilíndrica vertical que contém o eixo da rodovia
• Seções transversais
 Representações, em escala conveniente, de cortes da rodovia feitos por
planos verticais, perpendiculares à projeção horizontal do eixo da rodovia
 Normalmente localizadas nas estacas inteiras e em outros pontos
necessários

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Representação gráfica do projeto

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Planta
• Projeto Básico - 1:10.000

• Projeto Executivo - 1:2.000

• Interseções e Cruzamentos - 1:1.000


 Eixo estaqueado, com localização dos elementos (PC, PI, PT)
 Indicação dos bordos da plataforma e da faixa de domínio
 Topografia
 Hidrografia (linhas de drenagem: rios, córregos, lagos)
 Elementos diversos: vegetação, áreas cultivadas, geotecnia, obras de arte
previstas, benfeitorias, divisas de propriedades etc.
 Tudo o que puder influir significativamente no custo da rodovia
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Planta

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Perfil longitudinal
• Escala vertical 10 vezes maior que a da planta
• Perfil do terreno natural
• Perfil da rodovia (greide), com localização dos elementos (PCV, PIV, PTV
etc)
• Perfil geológico-geotécnico
• Indicação das obras de arte e das interferências
• Indicação do esquema da planta
R = 950 m
Alinhamento
Horizontal Ls = 60 m Ls = 60 m

Ls = 60 m Ls = 60 m

R = 1200 m 63

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Perfil longitudinal

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Seções transversais
• Desenho de várias seções tipo: corte pleno, aterro pleno, seções
mistas etc.
• Dimensões e inclinações das faixas de tráfego, plataforma,
acostamentos, separadores centrais
• Taludes: cortes e aterros
• Obras de arte, obras de proteção de taludes, dispositivos de
segurança
• Indicação e localização dos dispositivos de drenagem
• Faixa de domínio
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Seções transversais

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Seções transversais

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67

Representações complementares
• “Boa planta e bom perfil não garantem um bom desempenho
(segurança e conforto) tridimensional da estrada”

• Modelos físicos de cruzamentos


 maquetes

• Perspectiva da rodovia como vista pelo motorista


 programas computacionais: OpenRoads

• Considerações gerais
 Compatibilização entre planta (H) e perfil (V)
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Representações complementares

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Representações complementares

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Representações complementares

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Coordenação entre os alinhamentos horizontal e


vertical
• Deve ser um objetivo desde os estágios iniciais dos estudos de
traçado
• Aperfeiçoamentos em etapas posteriores do projeto

É difícil e caro corrigir as deficiências de


alinhamento depois que a rodovia está construída

Em contrapartida, nos projetos, em muitas


situações pode-se estabelecer as melhores
condições para os alinhamentos horizontal e
vertical, considerados isoladamente ou em
conjunto, quase sempre sem custos adicionais 72

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Coordenação entre os alinhamentos horizontal e


vertical
• Os estão entre os mais
importantes elementos de projeto permanentes da rodovia e
, pois que
podem ,a
ea em trechos da via, comprometendo
aspectos positivos isolados de cada alinhamento

73

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Coordenação entre os alinhamentos horizontal e


vertical
• Não é possível determinar um entre os
alinhamentos horizontal e vertical aplicável a todos os casos
 Rodovias apresentam características distintas, e são inseridas em regiões
que também podem diferir entre si

• Entretanto, é possível destacar e

• Manuais e instruções de projeto de diversos países apresentam


para se alcançar níveis de segurança
satisfatórios, mas também padrões de estética considerados
agradáveis para os motoristas
74

74

Recomendações gerais para a coordenação dos


alinhamentos horizontal e vertical da via
• Balanceamento adequado entre a sinuosidade do traçado em
planta e as declividades longitudinais
 Evitar alinhamento horizontal com longas tangentes ou com curvatura
muito suave à custa de longas e acentuadas rampas

 Evitar alinhamento horizontal excessivamente sinuoso com declividades


longitudinais suaves

• Superposição de curvas verticais com curvas horizontais resulta


em um traçado geralmente agradável
 Cuidado pelo efeito que pode acarretar nas condições de operação do
tráfego
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Recomendações gerais para a coordenação dos


alinhamentos horizontal e vertical da via
• Alterações sucessivas no projeto em perfil, e que não sejam coincidentes com alterações
no traçado em planta, podem resultar em uma série de “quebras” visíveis ao motorista ao
longo de certa extensão, representando uma condição indesejável

• Curvas horizontais acentuadas não devem iniciar no topo de curvas verticais convexas
pronunciadas
 O motorista pode ser surpreendido ao não perceber a variação do alinhamento horizontal, especialmente
à noite

• Curvas horizontais acentuadas não devem iniciar nos pontos baixos de rampas
descendentes íngremes ou nas proximidades do ponto baixo de curvas verticais côncavas
pronunciadas
 Prejuízo à percepção de continuidade (aparência distorcida)

 Veículos chegam ao final da rampa descendente com velocidade elevada

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Recomendações gerais para a coordenação dos


alinhamentos horizontal e vertical da via
• Em rodovias de pistas simples há necessidade de proporcionar
trechos de ultrapassagem a intervalos freqüentes, isso pode
ocasionalmente substituir a necessidade de atendimento a
algumas recomendações de coordenação dos alinhamentos
horizontal e vertical

• Os alinhamentos horizontal e vertical devem ser os mais suaves


possíveis em interseções nas quais é importante proporcionar
distância de visibilidade adequada

• Em rodovias e vias urbanas de pista dupla, pode ser


conveniente, em algumas situações, variar a largura do canteiro
central e estabelecer alinhamentos independentes em planta e
perfil para as duas pistas 77

77

Recomendações gerais para a coordenação dos


alinhamentos horizontal e vertical da via
• Devem ser evitadas as concavidades que impeçam a
percepção visual da continuidade da curva

• Pesquisas mostram que trechos de rodovias com


apresentam de iguais a no
mínimo o das verificadas em curvas com

•O é considerado como um
, pois para raios superiores a este valor o
ganho em segurança é relativamente pequeno

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Recomendações gerais para a coordenação dos


alinhamentos horizontal e vertical da via
• Recomenda-se que pontes e viadutos não sejam localizados em
trechos de curva vertical ou horizontal de transição

• Em áreas residenciais, o traçado da via deve ser projetado de


forma a causado no seu entorno

•O traçado, em planta e perfil, deve integrar-se ao meio ambiente,


harmonizando-se com a paisagem
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79

Exemplos de situações a evitar

Evitar projetar depressões


localizadas em greides longos e
uniformes

Não é desejável tanto pela


estética quanto pelas
dificuldades de drenagem e
conseqüentemente pelo aspecto
de segurança

Evitar que os vértices de um


alinhamento coincidam com as
inflexões de outro
Tangente muito curta entre as
curvas do alinhamento
horizontal e reversão ocorre sobre 80
a curva vertical convexa

80

Exemplos de situações a evitar

Ocorre quando o início de


uma curva horizontal do
alinhamento do
alinhamento é escondido
do motorista por um
vértice, e ao mesmo
tempo, a continuação da
curva é visível a uma
distância além deste
vértice

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Exemplos de situações recomendáveis


Há um aspecto visual
agradável quando as curvas
dos alinhamentos horizontal e
vertical coincidem

Caso clássico de coordenação


entre alinhamentos
Cria-se um efeito de curvas em
S tridimensional

82

82

Exemplos de situações recomendáveis

A combinação dos
alinhamentos permite ao
motorista uma visão clara do
traçado, evitando-se surpresa
ao condutor

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Exemplos de diferentes vistas em perspectiva e sua


aplicação nas análises de coordenação

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Exemplos de soluções precárias e boas

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Situações a evitar

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Maus exemplos

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Bons exemplos

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