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Objectivos
1.1.Objectivo Geral
Conhecer os efeitos das mudanças climáticas;
1.1.2.Objectivos Específicos
Definir o conceito de mudanças climáticas;
Descrever a dinâmica climática da província de Niassa;
Explicar as causas das mudanças climática.
1.1.3.Metodologias
Este trabalho é meramente bibliográfico onde trouxemos várias teorias de vários autores que
falam sobre o tema: Efeitos das mudanças climáticas na sua província. Para tal, foram
utilizados como fontes para realização desta pesquisa livros, revistas e artigos académicos que
abordam a temática pesquisada. E a partir da qual foi feita uma revisão da temática em
questão, usando recursos de abordagem qualitativa no tratamento do conteúdo pesquisado,
com o objectivo de conhecer os efeitos das mudanças climáticas. No dizer de Gil (1991), a
pesquisa bibliográfica é um trabalho de natureza exploratória, que propicia bases teóricas ao
pesquisador para auxiliar no exercício reflexivo e crítico sobre o tema em estudo. Em
primeiro momento é bastante útil para aguçar a curiosidade do pesquisador e despertar
inquietações sobre o tema a ser estudado
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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.Localização e caracterização da província de Niassa
A Província do Niassa é uma subdivisão de Moçambique, situada no extremo noroeste do
país. É a maior província do País com cerca de 129 mil km² e tem como Capital a Cidade de
Lichinga, possui 16 Distritos (Lago, Sanga, Chimbunila, Cidade de Lichinga, Ngaúma,
Mandimba, Mavago, Muembe, Mecula, Majune, Marrupa, Cuamba, Metarica, Maúa, Nipepe
e Mecanhelas), 39 Postos Administrativos, 79 Localidades e 5 Municípios (Lichinga,
Cuamba, Marrupa, Metangula e Mandimba). Em língua Nyanja, "Niassa" significa "Lago". A
Província do Niassa está localizada na região norte de Moçambique, e tem fronteira, a norte
com a Tanzânia, a sul com as províncias de Nampula e Zambézia, com a província de Cabo
Delgado a este e a oeste com o Malawi, com o qual também divide o Lago Niassa, um dos
Grandes Lagos Africanos.
2.1.Mudanças climáticas
Conceito
Mudanças climáticas são alterações provocadas no clima a partir de mudanças nas
temperaturas médias globais, nos regimes de chuva e na cobertura vegetal. Essas
transformações podem ser de ordem natural, como os fenómenos atmosféricos que ocorrem
no interior do planeta, ou por meio da acção antrópica (actividades humanas).
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Vulcanismo: as erupções vulcânicas emitem
partículas que reflectem a luz solar, impedindo que
Poluição atmosférica.
chegue à superfície. Dessa forma, ocorre o
resfriamento do sistema climático da Terra.
3.Mudanças climáticas na província de Niassa
Alteração dos níveis de temperatura e precipitação
Mesmo que a Província de Niassa estrategicamente se localize no interior do país, num espaço
geográfico de relevo relativamente alto, onde se encontra o planalto de Lichinga (com altitude
mais saliente do país - 1374 m), as mudanças climáticas afectam significativamente a
temperatura e a precipitação. Os níveis de precipitação tendem a diminuir na última década,
comparando com as décadas anteriores e a temperatura aumenta progressivamente. Essa
manifestação climática enquadra-se no contexto das mudanças climáticas globais que
preocupa os habitantes de todo o planeta.
Os níveis de precipitação na Província de Niassa são irregulares em termos de médias da
queda pluviométrica por ano desde 1980 a 2019, registando baixa pluviosidade em certos
anos, principalmente em 1987, 1992, 1998, 2007 e 2016. A precipitação teve o seu pico em
2002, tendo atingido 1809 mm. Aliado às mudanças climáticas e consequente aumento da
temperatura, desde 2002 até 2019, as quedas pluviométricas tendem a diminuir gradualmente.
Tal manifestação climática diminui o nível de humidade do solo, pelo facto de registar-se
maior evaporação, deixando a terra seca e relativamente quente em todos os períodos do ano.
De acordo com Queface (2007), apud zolho (2010), refere que a diminuição da precipitação e
o aumento da temperatura diurna e anual em Moçambique, poderá de certa forma, prolongar
as secas e abrir espaço para o surgimento de outros problemas associados às mudanças
climáticas, como por exemplo, as cheias e inundações.
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chuvosa, constituindo principais entraves para o desenvolvimento da agricultura e
consequente baixo rendimento neste sector económico (GPN, 2017).
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Varias teorias, em relação as quais não entraremos em detalhes, são usadas para explicar
oscilações.
De acordo com Salgado Labouriau (1994), os factores que podem iniciar ou terminar uma
glaciação são:
Mudanças no relevo topográfico;
Mudanças de radiação por efeito de meteoros;
Mudanças de radiação por efeito de vulcanismo;
O ciclo solar;
Teoria de Milankovitch;
Movimentação Tectónica
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profundas na atmosfera local, modificando também a temperatura e as chuvas da
região. O aumento do calor na cidade modifica a circulação dos ventos, a humidade e
até as chuvas;
d) Alteração do ciclo hidrológico e ocorrência de enchentes devido ao aumento do
escoamento superficial; redução do vapor de água na atmosfera sobre área
desflorestada, aumento da temperatura em cerca de 1º a 3º C, redução da
evapotranspiração e consequente da redução da precipitação caso não haja uma outra
fonte de suprimento de humidade para a área em questão;
e) Alteração ou destruição de ecossistemas;
f) Ocorrência de chuvas acidas: A emissão de poluentes na atmosfera, provenientes dos
automóveis e indústrias, principalmente os provenientes de óxidos de enxofre e óxidos
de nitrogénio, irão reagir com o vapor de água presente na atmosfera produzindo
ácidos nítricos e sulfúricos que irão precipitar juntamente com as gotículas de água de
chuva.
Degradação do ozono atmosférico. No último século, devido ao desenvolvimento industrial,
passaram a ser utilizados produtos que emitem os chamados clorofluorcarbonos (CFCs), um
gás, que passa praticamente ileso pela troposfera e chega até a estratosfera destruindo as
moléculas
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CAPITULO III:
5. CONCLUSÃO
Os resultados da pesquisa deram a perceber que as mudanças climáticas que se manifestam no
mundo e Moçambique no geral e na Província de Niassa em particular, contribuem
significativamente no aumento da temperatura e diminuição da precipitação, com destaque
para a última década (2000 - 2019). Os prejuízos repercutem-se no sector agrário, com
enfoque ao início tardio da sementeira e a degradação das culturas por não se adaptarem com
a estiagem, ameaçando de certa forma, o rendimento agrícola. O uso de culturas adaptativas e
resilientes às mudanças climáticas; as novas tecnologias; o sistema de multicultura; a
valorização e integração de iniciativas locais; disponibilização da informação; incorporação
da temática das mudanças climáticas nas políticas públicas, entre outras estratégias,
constituem alternativas para garantir o equilíbrio dos níveis de produção e assegurar a vida da
população directa ou indirectamente afectada pelos efeitos das mudanças climáticas.
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6.REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Governo da província do Niassa (2017). Plano Estratégico do Niassa 2018-2029. Lichinga
Haffer & Prance (2002). As mudanças climáticas na Província do Niassa. UP-Maputo
Micoa. (2005). Avaliação da vulnerabilidade as mudanças climáticas. Uem-Maputo
Queface (2007). Mudanças climáticas. Vol. 1. Brasil Rio de Janeiro.
Salgado Labouriau (1994). Meteorologia e Climatologia. Versão Digital 2, Brasil
Torres & Machado (2008). Introdução a Climatologia. 4ª Ed, atlas, Brasil,
Zolho, R. (2010). Mudanças Climáticas e as Florestas em Moçambique. Moçambique, CIP.
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