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REPÚBLICA DE ANGOLA

GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA


COMPLEXO ESCOLAR Nº 11/M SÃO JOSÉ OPERARIO

TRABAL
HO EM TEMA: A
GRUPO SECA
Grupo nº: 3
Turma: 5 NO
Sala: 4
Classe: 2º Ano NAMIBE

O DOCENTE
__________________________
MOÇÂMEDES/2021

REPÚBLICA DE ANGOLA
GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA
COMPLEXO ESCOLAR Nº 11/M SÃO JOSÉ OPERARIO

ELEMENTOS DO GRUPO

Nº Nomes Nota Individual Nota colectiva


13 Madalena Da Conceição
15 Lurdes Alberto
17 Estefania Cavava
18 Armando
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................1

2 ENQUADRAMENTO TEORICO.................................................................................2

2.1 A Seca......................................................................................................................2

2.2 Tipos de secas..........................................................................................................2

2.3 Causas Das Secas.....................................................................................................4

2.4 A Seca No Namibe..................................................................................................4

2. 5 Consequências Da Seca na Agricultura Provincial.................................................6

3 CONCLUSÃO................................................................................................................8

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................9
1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa abordar acerca da seca e analisar como o mesmo factor tem
afectado a sociedade mundial em particular a angolana partindo desde a sua essencência
e entender como a mesma se processa através de suas causas e quas as consequências do
mesmo, e no final de tudo procurou-se dar uma vista de algumas possibilibidades que
poderão a ajudar principalmente a população da região sul a se precaverem das futuras
ameaças relacionadas a seca.

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2 ENQUADRAMENTO TEORICO

No âmbito da saúde pública, para que um evento ou situação se constitua como


um desastre é necessário primeiro, que um evento detonador conceituado como uma
ameaça que se relaciona à qualidade dos processos físicos que podem ser gerados pela
dinâmica da natureza, como os processos meteorológicos e climatológicos.

Esse evento deve resultar na exposição de populações humanas, gerando o


potencial de danos e agravos à saúde. E esses serão mais ou menos graves a depender
das condições de vulnerabilidade (processos sociais e mudanças ambientais), que
resultam tanto na propensão de uma comunidade ou sociedade de sofrer de modo
mais intenso e grave os efeitos dos desastres, como também nas limitações das
capacidades de redução de riscos e de resiliência frente a esses eventos, [ CITATION Fre09
\l 2070 ].

Diferente de outros tipos de desastres naturais, como inundações e deslizamentos, que


são desastres do tipo intensivo, pois ocorrem em pequeno espaço de tempo, a seca tem
seu início lento e silencioso, sem apresentar efeitos visíveis de modo imediato, sendo do
tipo extensivo. A seca tem como início um processo metereológico definido por limites
espaciais e temporais, e afeta grandes áreas do planeta, caracterizadas como semiáridas
ou que sofrem de desertificação.

2.1 A Seca

De forma ampla, a seca é conceituada como um desastre natural visto que corresponde a
situação de escassez de água que se prolonga ao longo do tempo, que abrange áreas
extensas e com repercussões negativas significaivas nas atividades socioeconômicas e
nos ecossistemas.

Podendo também ser definida como situação excepcional em que as


disponibilidades hídricas são insuficientes para satisfazer as necessidades de água de
determinada região, esta indisponibilidade de água atua tanto sobre os sistemas
ecológicos quanto nos econômicos, sociais e culturais causando danos e prejuízos
significativo às condições de vida das populações que com ela sofrem, causando a
deficiência no fornecimento de água para a população; prejuízos na agricultura e
pecuária; migrações populacionais.

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2.2 Tipos de secas
As secas podem ser geradas pelos mais diversos fenómenos climatológicos, em função
disto, criou-se uma tipologia da seca:
 Seca permanente: É caracterizada pelo clima desértico, onde a vegetação se
adaptou às condições de aridez, inexistindo cursos de água. Estes só aparecem
depois das chuvas que normalmente são fortíssimas tempestades. Este tipo de
seca impossibilita a agricultura sem irrigação permanente.

 Seca sazonal: A seca sazonal é uma particularidade de regiões onde o clima


é semiárido. Nestas a vegetação reproduz-se porque os vegetais adaptados
geram sementes e morrem em seguida, ou mantêm a vida em estado latente
durante a seca. Nestas regiões os rios só sobrevivem se a sua água for oriunda de
outras regiões onde o clima é úmido. Mas, este tipo de seca possibilita a
plantação em períodos de chuvas, ou por irrigação.

 Seca irregular e variável: A seca irregular pode ocorrer em qualquer região


onde o clima seja úmido ou sub-úmido e é caracterizado por apresentar
uma variabilidade climática do ponto de vista estatístico. Estas, são secas cujo
período de retorno é breve e incerto. Normalmente são limitadas em áreas, e não
em grandes regiões, não ocorrem numa estação definida e a sua ocorrência é
imprevisível, isto é, não há um ciclo bem definido.

Trata-se de um fenômeno estatístico (ou estocástico), cuja estrutura de eventos pode ser
descrita por uma teoria mais geral que o cálculo de médias e desvios, por exemplo pela
teoria da Cadeia de Markov, aplicando ordem superior e um grupo de quantis:
extremamente seco, muito seco, seco, normal, úmido, muito úmido, extremamente
úmido, separando classes de mesma probabilidade de ocorrência.

 Seca invisível: De todos, este tipo de seca é o pior, pois a precipitação não é
interrompida, porém, o índice de evapotranspiração é maior que o índice
pluviométrico, causando um desequilíbrio da humidade regional. Este
desequilíbrio gera uma redução da humidade do ar que por sua vez aumenta o

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índice de evapotranspiração, que resulta na perda de humidade subterrânea para
a atmosfera, que devolve esta em forma de chuva, porém não é suficiente para
aumentar a humidade do solo.
Geralmente, a precipitação está relacionada com a sua quantidade e ponto de orvalho
determinada pela temperatura do ar de vapor de água transportado pela atmosfera
regional e com a força ascendente da massa de ar que contém vapor de água. Se estes
fatores combinados não suportam volumes de precipitação suficientes para atingir a
superfície, o resultado é uma seca.
2.3 Causas Das Secas
A atividade humana pode desencadear acontecimentos graves, como sobre a agricultura,
irrigação excessiva, o desmatamento e erosão afetam negativamente a capacidade da
terra para capturar e reter a água.

Enquanto estes tendem a ser relativamente isolados em seu âmbito, estas atividades
resultam numa mudança climática global. Por um lado, podemos encontrar causas
físicas relacionadas com a precipitação, o nível de reflexão da luz solar, os ciclos
climáticos ou a persistência de ventos de sistemas de alta pressão. Mas também existem
causas importantes relacionadas à atividade humana estas que são:
 Ausência ou escassez de chuvas: períodos irregulares de chuvas.
 Exploração excessiva de terras agrícolas: que pode causar erosão do solo e
afetar a capacidade de retenção de água,  do solo.
 A incidência do aquecimento global: que se traduz num aumento da
intensidade da chuva , o que causa erosão do solo e favorece inundações em
algumas áreas geográficas. Paralelamente, este problema ambiental intensifica a
seca e o aquecimento em outros lugares.
 O uso de produtos tóxicos na agricultura também aumenta o risco de
desertificação.
2.4 A Seca No Namibe
Mais de um milhão e 300 mil pessoas nas provincias angolanas do Cunene, Huila e
Namibe fazem face à fome devido à pior seca na região dos últimos 40 anos, revela um
estudo da rede de alertas à fome, a FEWS NET, nas siglas em inglês.

A mesma fonte cita a chefe do Programa Alimentar Mundial em Angola, Michele


Mussoni, quem disse que se assiste actualmente à migração de famílias para outras
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províncias e para a vizinha Namíbia à procura de água alimentos e pastagem para o
gado.

Estimativas indicam que a seca afecta 114 mil crianças com menos de cinco anos de
idade, que estão a sofrer ou irão sofrer de má nutrição aguda. Por outro lado, a subida de
preços e uma praga da gafanhotos agudizam ainda mais os efeitos da seca sobre as
populações mais pobres. Entretanto há outras consequências dessa crise humanitária,
como por exemplo, o aumento de casos de fuga à paternidade.

Entre Janeiro e Setembro, as autoridades receberam perto de 450 denúncias de casos de


fuga à paternidade vindas do meio rural e dos principais centros urbanos aqui agravada
pelo alto custo de vida que afecta a maioria das famílias.

O trabalho feito junto das comunidades para mitigar o fenómeno está a esbarrar na
extrema pobreza no município de Caconda, segundo a directora local da Acção Social e
Igualdade do Género.

O que tem acontecido é que nem o próprio pai tem emprego e conforme nós sabemos a
seca que afectou a produção das populações está muito difícil acautelar essa situação.
Por outro lado, na circunscrição da Cacula a poligamia alimenta a fuga à paternidade,
por que segundo Afonso, alguns não assistem os filhos por terem mais uma outra
relação ou mesmo terceira e não conseguem suportar a assistência a duas ou três casas.

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No município da Matala, os militares lideram a lista da fuga à paternidade para a
inquietação da responsável da secção local de Acção Social e Igualdade do Género. Eles
têm um número de família elevado com muitos filhos e não têm como suprir. A maioria
dos funcionários foge das suas responsabilidades, mas os casos mais graves são os dos
militares.

Para o professor Francisco Calumbi, que defende medidas públicas estruturadas


acompanhadas de campanhas de sensibilização, a crise económica e social traduzida no
alto custo de vida deixa as famílias em situação vulnerável.

Este é o momento em que as famílias se devem manter unidas e juntar forças no sentido
de apoiarem uns aos outros para poderem num momento como este de crise amortecer
este efeito. O chefe de departamento do gabinete provincial de Acção Social e Igualdade
do Género, Estêvão Chamuene, revela que existem outras preocupações que estão a
abalar as famílias.

A violência psicológica com 29 casos fuga à paternidade, 13 casos violência física, 10


casos de violência patrimonial e sete casos e dois casos de abandono familiar, a fuga à
paternidade é manifestada no global pela falta de prestação de alimentos.

2. 5 Consequências Da Seca na Agricultura Provincial

A água é essencial para a vida no nosso planeta, para a manutenção de habitats e para a
nossa agricultura. Por um lado, podemos encontrar consequências ambientais, como a
degradação da fauna e flora, a deterioração da qualidade da água potável, a perda de
vida selvagem e o aumento dos incêndios florestais.

Por outro lado, encontramos algumas consequências sociais e económicas para o ser


humano , como a deterioração da segurança alimentar, o aumento de conflitos e
doenças, a diminuição da qualidade de vida, o impedimento do desenvolvimento
económico, o aumento dos preços dos alimentos, a perda de navegabilidade em alguns
rios e canais e a deterioração do turismo.

Seguidamente, vamos listar algumas consequências fundamentais para a atividade


agrícola:

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 A seca provoca falta de água para o gado beber, o que dificulta a sua
sobrevivência;
 Além disso, impede o desenvolvimento de pastagens para alimentação de
gado, o que força os agricultores a alimentarem os seus animais com ração, feno
ou forragem. Sendo também verdade que a seca também aumenta o preço dessas
forragens;
 A seca também é um grande inconveniente para o regadio;
 A falta de humidade,  por vezes, impossibilita a plantação, muitas culturas
perdem rendimento, como no caso de azeitona, girassol e amendoeira.

Recentemente o país anunciou o arranque de três projetos nas províncias do Cunene e


da Huíla.

Segundo o Ministério da Energia e Águas, estas soluções vêm reduzir de forma


significativa o impacto da seca em algumas das localidades mais afetadas.

Este projeto em si comporta uma estação elevatória, se quisermos uma estação de


bombagem, e uma tubagem pressurizada com uma extensão de cerca de dez
quilómetros. Depois temos um canal condutor geral de cerca de dez quilómetros e a
partir de um ponto onde existe uma bifurcação existe também um canal condutor oeste
que leva água para a população de Dombondola, com uma extensão aproximada de 55
km.

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3 CONCLUSÃO

Chegamos a conclusão de que a seca é um factor existente que tem causando muitos
danos não só a terra mas também a saúde humana e dos animais para tal, uma das
estratégias fundamentais para lidar com as secas é planear a rega e minimizar a
quantidade de água sem danificar as colheitas.

Para fazer isso, pode aumentar a frequência da rega com pequenas quantidades de água
para torná-la mais eficiente. Por outro lado, também é importante que se
aplique técnicas de bioestimulação da cultura.

Desta forma, economizará um gasto significativo de energia para a planta e otimizará a


absorção de água e nutrientes. Obviamente, também existe a opção de adaptar as suas
plantações a outras espécies que precisam do mínimo de água. É por isso que é tão
importante gerir adequadamente a água e saber como tratar as colheitas.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Freitas, N. (2009). A Seca. PORTUGAL: REDETEP.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Seca
https://pt.euronews.com/2021/07/23/angola-procura-solucoes-duradouras-para-
combater-a-seca
https://www.voaportugues.com/a/seca-no-sul-de-angola-deixa-milhares-%C3%A0-
fome-e-aumenta-fuga-%C3%A0-paternidade/6248488.html
https://cbh.es/pt/consequencias-da-seca-na-agricultura/
https://www.dw.com/pt-002/seca-em-angola-sem-autarquias-o-governo-n%C3%A3o-d
%C3%A1-conta-do-recado/a-57006168

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