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O Estudante Os Tutores
1.1. Introdução............................................................................................................................3
1.2. Objectivos............................................................................................................................4
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1. Gestão de Recursos Hídricos e Desastres Naturais
1.1. Introdução
A localização geográfica do bairro de Napipine em Nampula cidade, faz com que ele seja
vulnerável a eventos extremos de origem meteorológica tais como secas, cheias e ciclones
tropicais e de origem geológica como é o caso de erosões. Entre todas as diversas zonas do
bairro de Napipine, Nampula Cidade, as zonas de Naquipiche, 8 de Março e da Coca-cola são
as mais vulneráveis, devido à degradação da terra caracterizada por perda persistente de
produtividade de vegetação, solos e prática intensiva de agricultura e exacerbada pelo seu uso
inapropriado. O solo é produto da desintegração e decomposição de rochas pelo trabalho da
água, temperatura, ar, organismos. O solo como recurso natural gerador de energia, no qual os
seres vivos são dependentes para a manutenção da vida, vêm sofrendo impactos que resultam
em sua degradação. Essa degradação do solo ocorre por toda parte.
Devido à extrema importância que o solo representa para todos os seres viventes, em especial
para o Homem, é que achou-se pertinente analisar o impacto da degradação dos solos
relacionados com a gestão deficitária de recursos hídricos na cidade de Nampula em particular
do bairro de Napipine. Em Naquipiche, 8 de Março e Coca-Cola, a degradação do solo
aumenta em consequência do desenvolvimento e crescimento populacional. Para atender a
demanda de alimentos e materiais, o solo e a biodiversidade são destruídos. As actividades
realizadas, que necessitam de ocupação do solo são os principais factores contribuintes para a
degeneração do mesmo. A destruição do solo gera preocupações para quem está atento ao
futuro das zonas acima mencionadas, o solo é a base para qualquer actividade, por isso deve-
se utilizar de forma racional.
É neste olhar virado para o futuro das zonas acima e da cidade em geral que surge o presente
trabalho de Gestão de Recursos Hídricos que fala sobre: “Gestão de Recursos Hídricos e
Desastres Naturais– caso de Estudo da Cidade de Nampula, bairro de Napipine, 2022” traz
uma reflexão em torno de uma ameaça decorrente na cidade de Nampula, concretamente no
bairro de Napipine, zonas de Naquipiche, 8 de Março e Coca-Cola. Trata-se de processo de
erosão, um facto que tem-se desenvolvido nos últimos tempos devido ao processo acelerado
de urbanização e prática crescente da agricultura.
A pertinência deste trabalho surge na medida em que ao longo do mesmo vamos perceber as
influências do processo de degradação dos solos.
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1.2. Objectivos
Segundo Libaneo (1992 cit. em Lima, 2005), “objectivos são os pontos de partida, as
premissas gerais do processo pedagógico. Representam as exigências da sociedade em relação
a escola, ao mesmo tempo reflecte as opções político – pedagógicas dos agentes educativos
em face das condições sociais existentes na sociedade” (p.122). Foi com este olhar que houve
necessidade de formular um objectivo geral e três específicos.
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1.4. Gestão de Recursos Hídricos e Desastres Naturais– caso de Estudo da Cidade de
Nampula, bairro de Napipine, 2022
1.4.1. Caracterização física geográfica e socioeconómica do bairro de Napipine,
Nampula
A área de estudo, Zonas de Naquipiche, 8 de Março e Coca-Cola, situa-se na cidade de
Nampula. As zonas na sua generalidade têm uma forma rectangular alongada, com um
comprimento máximo de 18 km, segundo a direcção E-W e com largura máxima de 23 km N-
S (Ribeiro, 1949). Essas zonas estão interligadas, começando com a zona de 8 de Março,
seguindo a de Napipine e de Coca-Cola.
A cidade de Nampula tem um clima subtropical, com temperaturas amenas o ano inteiro
devido à sua localização, a sotavento dos ventos dominantes, que a torna das mais quentes de
todas as zonas.
Figura: aspecto físico de algumas zonas do bairro de Napipine – Nampula (uma erosão que vem se
desenvolvendo nos últimos tempos)
O principal motivo para a degradação dos solos é a utilização inadequada dos mesmos, que se
deve principalmente a três fenómenos: práticas agrícolas inadequadas; excesso de pastoreio e
desflorestação.
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Pela imagem acima pode-se notar que a travessia no rio Napipine está condicionada, havendo
dificuldades de mobilidade de bens e serviços bem como de pessoas. Esse fenómeno afecta a
economia do local, neste caso zonas de Naquipiche, 8 de Março e Coca-Cola. Para além dessa
economia comprometida que visivelmente se percebe, há a questão da dificuldade de unidade
social entre os moradores das zonas em causa.
Sobre o ponto de vista social, o poder público por meio dos municípios, defesa civil e demais
órgãos, precisam tomar decisões no sentido de recuperar, ou em caso extremos, como o aqui
exposto, tomar medidas urgentes, pois esse problema não é recente e tem causado sérios
danos não apenas aos recursos naturais tais como o solo, fauna, vegetação e nascentes, mas
também as famílias, principalmente as que moram nas margens e que precisam de tais
recursos para sua subsistência (Santos, 2009).
Para que a degradação do solo não ocorra, além do seu planejamento ocupacional, algumas
medidas preventivas são necessárias, visando sempre ao seu uso de forma sustentável e
racional. Tais medidas são adaptadas a cada tipo de solo, clima e vegetação local, conforme a
capacidade produtiva do solo. Tudo isso com o principal objectivo de diminuir os impactos
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provocados por actividades nele desenvolvidas. Inúmeras são as medidas de conservação do
solo para prevenir a sua depauperação, podendo apresentar carácter vegetativo, edáfico e
mecânico.
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disso, o governo, junto a algumas entidades, deve promover inúmeros trabalhos de
conscientização ambiental, enfatizando o quão importantes são os recursos naturais e a sua
preservação, tendo em vista a sustentabilidade.
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1.5. Conclusões e recomendações
Para terminar importa salientar que o solo da cidade de Nampula tem sofrido grandes
interferências promovidas pelo manejo incorrecto, essas interferências reduzem sua qualidade
e a produtividade, resultando na destruição da estrutura do solo. A acção do homem inicia o
processo de degradação (desmatamentos, queimadas, poluição) e o intemperismo de forma
natural amplia os impactos. O solo é naturalmente protegido por cobertura vegetal, nele
existem micro-organismos que activam o ciclo biológico, no momento em que o homem
promove a retirada da vegetação, o solo fica exposto à acção de ventos, chuvas, raios solares,
altas temperaturas, que destroem a estrutura do solo, boa parte dos micro-organismos morrem
deixando o solo improdutivo. Os seres vivos são dependentes dos benefícios gerados pelo
solo, o solo é um recurso natural essencial para a manutenção da vida, assim para amenizar os
impactos gerados pelas actividades desempenhadas no solo, é necessário criar práticas de
conservação que visam à manutenção das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.
O objectivo da implantação de técnicas de conservação é a protecção de solos em bom estado,
e recuperação de solos degradados. Assim, os solos em actividade podem ser utilizados por
mais tempo de forma sustentável, poupando os solos intactos, sem a necessidade de desbravar
novas terras ou destruir sua vegetação para a implantação de actividades económicas.
A degradação dos solos diminui a capacidade de suportar e manter a vida. Com a degradação
são alteradas negativamente as propriedades e o equilíbrio biológico do solo, retirando a
capacidade de produção do mesmo.
A melhor maneira de combater a degradação dos solos é o uso do mesmo de forma adequada
e sustentável, para que seja mantida sua produtividade e, portanto, a vida!
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1.6. Referências bibliográficas
Gonçalves, S. R. (2002). Gestão de Solos Degradados. Brasil. 57-58pp.
Oliveira, M. A. T. (2005). Processos erosivos e preservação de áreas de risco de erosão por
voçorocas. In: Guerra, A. J. T; Silva, A. S. & Botelho, R. G. M (orgs.). Erosão e
conservação dos solos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. p. 57-99.
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