Introdução

No nosso dia-a-dia observa-se vários fenómenos onde se verifica dependência de sua

ocorrência. Alguns desses fenómenos podem ser descritos através de modelos de funções
logarítmicas e trigonométricas, funções essas, que serão objecto de debate para o trabalho em
desenvolvimento. Por exemplo, os juros compostos, crescimento de bactérias, magnitude de
terremotos, entre outros fenómenos podem ser analisados através de funções logarítmicas. Por
outro lado, o estudo de fenómenos periódicos físicos e sociais tais como a variação da
temperatura numa determinada região da Terra, o fenómeno das marés, a frequência cardíaca
pode ser possível através de funções trigonométricas.

Este trabalho surge para descrever as funções logarítimicas e trigonométricas em termos de

suas características, operações e classificação e, para concretização desse objectivo geral,
optou-se em definir os seguintes objectivos específicos:

 Definir o conceito de funções logarítmicas e trigonométricas;

 Distinguir as funções logarítmicas das funções trigonométricas;
 Identificar as operações com funções.
 Classificar as funções.

A metodologia empregada na elaboração deste trabalho foi a pesquisa bibliográfica que

consistiu na leitura de obras em físico na biblioteca de Mecuburi-Sede; o estudo também
contou com obras electrónicas, e as informações patentes no trabalho foram seleccionadas
através da técnica de análise de conteúdo.

A pertinência deste trabalho surge na medida em que o mesmo permite compreender a

característica das funções logarítmicas e trigonométricas, suas operações e classificação.

Estruturalmente, o trabalho está organizado em capa, contracapa, índice, introdução,

desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.
1. FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Definição: A função logarítmica de base a ∈ R +¿¿ {1¿}¿ é definida em R pela expressão:

f ( x )=log a x.

Representação gráfica de função logarítmica

1. Se a> 1, a função logarítmica f ( x )=log a x é crescente. Graficamente temos:

01 x

Para qualquer função logarítmica f ( x )=log a x de base a> 1:

+¿¿
 Domínio: x ∈ R ou x ∈ ¿ 0 ;+∞ ¿;
 Contradomínio: y ∈ R ou y ∈¿−∞ ;+∞ ¿;
 Zero da função x=1;
 Monotonia ou variação da função: a função é sempre crescente em todo o seu
domínio;
 Variação do sinal: a função é negativa quando x ∈ ¿ 0 ; 1¿ e é posiva quando
x ∈ ¿ 1; +∞ ¿;
 Assimptota vertical: A . V : x =0.
2. Se 0< a<1, a função logarítmica f ( x )=log a x é decrescente. Graficamente temos:

01 x

Para qualquer função logarítmica f ( x )=log a x de base 0< a<1:

+¿¿
 Domínio: x ∈ R ou x ∈ ¿ 0 ;+∞ ¿;
 Contradomínio: y ∈ R ou y ∈¿−∞ ;+∞ ¿;
 Zero da função x=1;
  Monotonia ou variação da função: a função é sempre decrescente em todo o seu
domínio;
 Variação do sinal: a função é negativa quando x ∈ ¿ 1; +∞ ¿ e é posiva quando
x ∈ ¿ 0 ; 1¿ ;
 Assimptota vertical: A . V : x =0.

2. FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

Função seno y=a ∙ sen ( bx )

 Domínio: x ∈ IR;
 Contradomínio: y ∈ [ −a ; a ];
2π
 Período: T = ;
|b|
πk
 Zero da função: x=πk , k ∈ Z ou x= , k ∈ Z;
|b|
π
 Máximos da função: x=2 πk + , k ∈ Z ;
2
3π
 Mínimos da função: x=2 πk + , k ∈ Z;
2
 Monotonia ou variação da função:

A função é crescente nos intervalos: [ 2 πk−π 2 πk + π

2
;
2 ]
, k ∈ Z;

A função é decrescente nos intervalos: [ 2 πk +π 2 πk +3 π

2
;
2 ]
,k ∈Z

Exemplo: Faça o estudo completo da função y=sen ( x ).

Resolução:

y=sen (x)
Df : x ∈ R .
D f : y ∈ [ −1 ,1 ] .
'

Período: T =2 π

Paridade: A função é ímpar, pós sen (−x )=−sen ( x ) .

Zero da função: y=sen ( x )⟹ sen ( x )=0 ⟹ sen ( x )=sen ( 0 ) ⟹ x=0 ⟹ x=kπ .

x=kπ , k ∈ Z , k=0 → x=0 , k =1 → x=π , k=2→ x=2 π

Extremos da função:
π
Máximos: x= +2 πk , k ∈ Z .
2
π π 5π
k =0 → x = ,k =1 → x= +2 π .1= .
2 2 2

3π
Mínimos: x= +2 πk , k ∈ Z
2

3π 3π 7π
k =0 → x = , k =1→ x= +2 π .1= .
2 2 2

Gráfico: y

3π π π 3π
−2 π − −π − 0 π 2π x
2 2 2 2

−1

b ¿ y=−sen (x)

Gráfico: y

3π π π 3π
−2 π − −π − 0 π 2π x
2 2 2 2

−1

Estudo da função cosseno: y=a ∙cos ( bx )

  Domínio: x ∈ IR;
 Contradomínio: y ∈ [ −a ; a ];
2π
 Período: T = ;
|b|
π
+kπ
 Zero da função: x= 2 πk + π 2
, k ∈ Z ou x= , k ∈ Z;
2 |b|
 Máximos da função: x=2 πk , k ∈ Z ;
 Mínimos da função: x=π +2 πk , k ∈ Z ;
 Monotonia ou variação da função:

A função é crescente nos intervalos: [ 2 πk −π ; 2 πk ] , k ∈ Z ;

A função é decrescente nos intervalos: [ 2 πk ; π +2 πk ] , k ∈ Z

Exemplo: Faça o estudo completo da seguinte função y=cos ( x ).

Resolução:

y=cos ( x )
Domínio: x ∈ R.
Contradomínio: y ∈ [ −1 ; 1 ].

Período: T =2 π .
2 πk + π
Zeros da função: x= ,k∈Z
2
−π π 3π
k =−1 ⟹ x= ; k=0 ⟹ x= ; k=1⟹ x= .
2 2 2
Máximos: x=2 πk , k ∈ Z
k =−1 ⟹ x=−2 π ; k =0 ⟹ x=0 ; k=1 ⟹ x=2 π .
Mínimos: x=π +2 πk , k ∈ Z .
k =−1 ⟹ x=−π ; k =0 ⟹ x=π .
Paridade: a função é uma função par, pós cos (−x ) =cos ( x ).
Gráfico: y

1
 3π π π 3π
−2 π − −π − 0 π 2π x
2 2 2 2

−1

Função tangente y=tg ( x )

Propriedades fundamentais da função tangente

π
1. Df : x ∈ R ¿ { + πk , k ∈ Z ¿ }
2
2. D' f : y ∈ R.
3. Tangente é uma função ímpar, pois tg (−x )=−tg ( x )
4. A função é periódica e o período mínimo é deT =π .
5. A função tangente é crescente em qualquer intervalo em que esteja definida.
6. A função tem zero para x=πk , k ∈ Z
π
7. Assimptota vertical: AV: x= + πk
2

Exemplo: represente graficamente a função y=tg ( x ) .

sen ( x )
Zeros: y=0⟹ tag ( x )=0 ⟹ =0 ⟹ sen ( x )=0 ⟹ x=πk ,
cos ( x )

k =−2 ⟹ x=−2 π ; k =−1⟹ x=−π ; k =0 → x=0 , k=1 ⟹ x =π , k =2 ⟹ x=2 π .

π π 3π 5π
Assimptota vertical: x= + πk , k =0 → x = ,k =1 → x= , k=2→ x=x=
2 2 2 2

Gráfico: y

3π π π 3π
−2 π − −π − 0 π 2π x
2 2 2 2
Função cotangente y=cotg ( x )

Propriedades fundamentais da função cotangente

1. Df : x ∈ R ¿ {πk , k ∈ Z ¿}
2. D' f : y ∈ R.
3. Cotangente é uma função ímpar, pois cotg (−x )=−cotg ( x )
4. A função é periódica e o período mínimo éT =π .
5. A função cotangente é sempre decrescente em todo o seu domínio.
π
6. A função tem zero para x= + πk , k ∈ Z
2
7. Assimptota vertical: AV: x=πk

Exemplo: Represente graficamente a função y=cotg ( x ).

cos ( x ) π
Zeros: y=0→ =0 → cos ( x )=0 → x= + πk ,
sen ( x ) 2

−3 π −π π 3π π
k =−2 ⟹ x= ; k =1 ⟹ x= ; k=0 ⟹ x= , k=1 ⟹ x= ; k=2 ⟹ x= .
2 2 2 2 2

Assimptota vertical: x=πk , k ∈ Z

k =−2 ⟹ x=−π ; k =−1 ⟹ x =−π ; k=0 ⟹ x=0 , k =1⟹ x=π , k=2 ⟹ x=2 π .

Graficamente temos: y

3π π π 3π
−2 π − −π − 0 π 2π x
2 2 2 2
Operações com funções

Classificação
Conclusão
Conclui-se que as funções logarítmicas e trigonométricas são funções que ajudam a
compreender certos problemas práticos do nosso quotidiano. Em todas as funções é preciso
descrever algumas informações que ajudar a caracterizar cada tipo de função, fazendo-se
deste modo o estudo completo da função dada.

Aprendeu-se que para traçar os gráficos de uma função trigonométrica, é necessário o

profundo domínio do círculo trigonométrico, e daí construímos uma tabela de valores ou
pontos notáveis e essenciais, marcando os pontos resultantes e ligando-os por uma curva
suave. No caso das logarítmicas, os pontos notáveis são obtidos através da função exponencial
mediante a aplicação da propriedade inversa que ambas gozam entre si.

As funções seno, cosseno e tangente são periódicas, isto é, suas formas se repetem a cada
período. As funções seno e cosseno se repetem a cada período de 2p, ao passo que as funções
tangente e co-tangente se repetem a cada período de p.
Referências bibliográficas
Araújo, Isabelle da Silva. (2013). Equações e Funções Trigonométricas. Brasil.

Neves, Maria Augusta Ferreira et al. (1990). Matemática -10º ano. Volume 2. Porto Editora.
Portugal.

Neves, Maria Augusta Ferreira. (2002). Matemática 10º ano. Funções 1- parte 2. Porto
editora. Porto.

Neves, Maria Augusta Ferreira. (2002). Matemática -12º ano-Parte-3: Trigonometria. Porto
Editora. Portugal.

Ribeiro, A. et all. (2003). Equações Trigonométricas. Portugal.

Schivani, Juliana. (2009). Trigonometria no ciclo-Inequações Trigonométricas.