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Cap 3 – Cobertura e Análise de

Cap.
Enlace

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Revisão sobre Variáveis
Aleatórias: Probabilidade
• Seja uma experiência associada a um fenômeno em exame: cada
possível resultado da experiência é denominado ponto amostra
j
• Ao conjunto de todos os pontos
p amostra denominamos espaçop ç
amostral Ω (discreto ou contínuo)
• O experimento é repetido n vezes, anotando-se o número de vezes
n(A) em que ocorre o ponto amostra A
n( A)
• A probabilidade de ocorrência de A é dada por: p( A) = lim
n →∞ n
• Propriedades da Probabilidade:
0 ≤ P ( A) ≤ 1 , P( A ) = 1 − P( A) , P ( A ∪ B) = P ( A) + P ( B) − P( A ∩ B)
P( A ∩ B)
Probabilidade Condicional : P( B | A) =
P( A)
Eventos independentes : P( A1 ∩ A2 ... ∩ AN ) = ∏ P ( Ai )
i GTEL/UFC © F.R.P. Cavalcanti 2
Conceito de Variável Aleatória
• Uma variável aleatória (V.A.)
(V A ) é uma função real ou complexa cujo
domínio é um espaço amostral: a cada ponto amostra é associado um
número (real ou complexo).
• Uma VA é dita discreta ou contínua se seu domínio tem tal
característica.
• Exemplos:
E l
– A) Seja o experimento de jogar uma moeda. O espaço amostral é
o conjunto de possíveis resultados da experiência :
Ω={cara,coroa}. Pode-se definir uma v.a. X tal que x=0 se o
experimento resulta em cara; x=1 se o experimento resulta em
coroa (v.a.
( di
discreta))
– B) Seja o experimento de medir a tensão em um resistor. O
espaço amostral neste caso é todo o eixo real e uma v.a. v a pode ser
definida simplesmente como o valor de tensão observado (v.a.
contínua) GTEL/UFC © F.R.P. Cavalcanti 3
Conceito de Variável Aleatória
(cont.)

Fenômeno Físico Modelo Matemático

variávvel aleaatória
Experiência Espaço Amostral
(Ω)

Ponto Amostra
Resultado
ω
f(ω)

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Funções Distribuição e
Densidade de Probabilidade
• Função Distribuição de Probabilidade : FX ( x) = P( X ≤ x)
• Propriedades : FX (−∞) = 0 , FX (+∞) = 1 , 0 ≤ FX ( x) ≤ 1 , P( X ≥ x) = 1 − FX ( x)
FX ( x1 ) ≤ FX ( x2 ) se x1 ≤ x2 , P( x1 ≤ X ≤ x2 ) = FX ( x2 ) − FX ( x1 )
dFX ( x)
• Função
ç Densidade de Probabilidade : f X ( x) =
d
dx
+∞ x2
• Propriedades : f X ( x) ≥ 0 , ∫ f X ( x)dx = 1 , P( x1 ≤ X ≤ x2 ) = ∫ f X ( x)dx
−∞ x1

• Funções
ç Distribuiçção e Densidade Conjuntas
j X Y ( x , y ) = P ( X ≤ x, Y ≤ y )
: FX,Y
∂ 2 FX,Y ( x, y )
f X ,Y ( x, y ) = . V.A.' s X e Y são ditas independentes se :
∂x∂y
FX,Y ( x, y ) = FX ( x) FY ( y ) , f X ,Y ( x, y ) = f X ( x) f Y ( y )
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Operador Esperança
• Esperança da função g ( x) sobre a v.a. x :
+∞
E{g ( x)} = ∫ g ( x) f X ( x)dx
−∞
+∞
μ = E{x} = ∫ x. f X ( x)dx é chamada " média" da v.a. x
−∞

⎧ ⎫
• Propriedade : E ⎨∑ xi ⎬ = ∑ E{xi }
⎩ i ⎭ i
+∞
• Esperança
E C j
Conjunta : E{g ( x, y )} = ∫ g ( x, y) f X .Y ( x. y)dxdy
d d
−∞
v.a.' s estatisticamente independentes vale : E{xy} = E{x}E{ y}
Para 2 v.a.
• Variância de uma v.a. x : σ 2 = E{( x − E{x}) 2 } = E{x 2 } − E 2 {x}
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Algumas FDP’s
FDP s úteis
1 a + b 2 (b − a ) 2
• Uniforme : f X ( x) = ∀ a ≤ x ≤ b , 0 c.c. ; μ = ;σ =
b−a 2 12
1 1
• Exponencial : f X ( x) = ae , ∀x ≥ 0 ; μ = , σ = 2
− ax 2

a a
∞ k
b
• Poisson : f X ( x) = e −b ∑ δ ( x − k ) , b > 0 , μ = σ 2 = b
k = 0 k!

1 ⎡ ( x − a) 2 ⎤
• Gaussiana ou Normal : f X ( x) = exp ⎢− ⎥ , b > 0 , μ = a , σ 2
=b
2πb ⎣ 2b ⎦
• Chi - quadrada com n graus de liberdade : é uma transformação sobre v.a.' s gaussianas.
v.a.' s gaussianas i.i.d. onde μi = 0 e σ i2 = σ 2
Seja X 1,...,X n um conjunto de v.a.
n n y − y /( 2σ 2 )
1 −1 − 2 e
Então : Y = ∑ i tem fY ( y) =
X 2

i =1 ( )
σ n 2n / 2 Γ n 2
y 2
e 2σ
. Para n = 1∴ fY ( y ) =
2πyσ

onde Γ ( x) é a função Gama. Γ ( x) = ∫ ξ x-1e −ξ dξ .
0 GTEL/UFC © F.R.P. Cavalcanti 7
FDP Gaussiana e
x
a Função “Q”
• FX ( x) =
−∞
∫f X (ξ )dξ = f.d.p. Gaussiana N(μ,σ)

1
x
⎡ (ξ − μ ) 2 ⎤
=
2π σ ∫−∞exp⎢⎣− 2σ 2 ⎥⎦dξ

• Define - se :
+∞
1 ⎡ y2 ⎤
Q( z ) =
2π ∫z exp⎢⎣− 2 ⎥⎦ dy
μ-σ μ μ+σ

• Pode - se mostrar que se x é N( μ , σ ) :


p
• Propriedade:
x−μ Q(-z)=1-Q(z)
P ( X ≥ x) = Q( z ) onde z =
σ GTEL/UFC © F.R.P. Cavalcanti 8
Algumas FDP’s
FDP s Úteis (2)
• Notação para v.a.' s gaussianas : N( μ , σ )
• Lognormal : trata - se de uma v.a. gaussiana onde x, μ e σ são dados em dB

• Rayleigh : Se X1 e X 2 são v.a.' s N(0, σ ) independentes então a v.a. R = X 12 + X 22


r2
r −
têm f R (r ) = e 2σ 2 , r≥0
2
σ

• Rice : nas mesmas condições anteriores mas onde μ1 , μ 2 ≠ 0 e com s = μ 12 + μ 22


r 2 +s2
r −
tem - se f R (r ) = e 2σ 2 I 0 (rs ) , r ≥ 0 , onde I 0 (•) é a função de Bessel modificada
2
σ
de 1o tipo e ordem zero.
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Teorema do Limite Central

• Seja um conjunto de v.a.’s independentes X1, ... , Xn com f.d.p.’s


arbitrárias,
bit á i onde
d para Xi a média l μi e variância
édi vale iâ i vale l σi2
• Seja uma nova v.a. Y definida como Y = X1 + X2 + ... + Xn , cuja
média é μY = μ1+ ... + μn e variância σY2 = σ12 + ... + σn2
• O Teorema do Limite Central atesta que se: n → ∞ , então
FY(y) se aproxima de uma F.D.P. Gaussiana. Se as v.a. ´s são
contínuas, o mesmo vale para a f.d.p. fY(y)
• Aplicação: em problemas onde a soma desconhecida de um conjunto
de v.a’s passa a ser modelada por uma v.a.normal.

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Base Física para os
Desvanecimentos

Edifí i
Edifício ERB
Célula circular, raio=d
Área de
S b
Sombra
Larga Escala Pequena
Escala

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Modelo para o Desvanecimento
de Larga Escala – Sombreamento
• Potência Recebida: pr(d)=[pt / pl(d)] . (l1 l 2 ... l M)
• Os fatores li de perdas/ganhos de propagação estão associadas a diversos fatores
p (p
não relacionados à distância transmissor-receptor (perdas ppor difração,
ç , atenuações
ç
diversas devido à reflexões e refrações em obstáculos, causando áreas de sombra)
• Potência recebida em dB: Pr(d)=Pt–PL(d) + (L1 + L2 + ... + LM)
• Utilizando-se o Teorema do Limite Central pode-se modelar o termo Xσ = (L1 + L2
+ ... + LM) como sendo uma v.a. Log-normal de média nula e desvio-padrão σdB a
determinar
• Campanhas de medidas práticas corroboram este modelo teórico e indicam que σdB
está, em geral, entre 6 e 12 dB.
• Xσ determina a média local da potência recebida
• A escala de variação espacial de Xσ é da ordem das dimensões dos obstáculos que
causam o sombreamento (montanhas, edifícios, etc.)

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Ilustração PDF Lognormal

•Potência
P ê i em dB é
aproximadamente uma
f d p normal
f.d.p.
• A potência linear é então
log-normal
• O desvio-padrão da
potência em dB varia
ti i
tipicamente
t entre
t 5-12
5 12 dB.
dB

Fonte figura: R.S. Saunders, Antennas and Propagation, Wiley GTEL/UFC © F.R.P. Cavalcanti 13
Modelo para o Desvanecimento
NLOS de Pequena Escala (Rayleigh)
• Portadora na frequência ωc = 2πf c (forma em quadratura) : s (t ) = ae( jωc t )
• Propagação por Multipercursos : x(t ) = ∑ ai exp[ j (ωc t + θ i )]
i


• Modelagem da Fase : θ i = di
λ
Como d i >> λ → θ i é uma v.a. uniforme em [0,2π )

⎛ ⎞ ⎛ ⎞
• x(t ) = e jωct ⎜ ∑ ai e jθi ⎟ = e jωct ⎜ ∑ ai cos(θ i ) + j ∑ ai sin(θ i ) ⎟ = e jωct ( X + jY )
⎝ i ⎠ ⎝ i i ⎠

• Teorema do Limite Central : X , Y → N (0, σ ) ∴ Portanto conclui - se que :


Envoltória : r = X 2 + Y 2 → r segue uma f.d.p. Rayleigh
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Ilustração PDF Rayleigh
1 ⎧ rx ⎫
pR2 ( xr) = exp ⎨− 2 ⎬
2σ 2
⎩ 2σ ⎭

{ 2}}=2σ2
E{r
Potência média :
Pr = E{| x(t ) | } = 2σ
2 2

Fonte figura: R.S. Saunders, Antennas and Propagation, Wiley GTEL/UFC © F.R.P. Cavalcanti 15
Diferença entre os casos com
e sem Linha de Visada Direta

NLOS Æ

LOS Æ

Fonte figura: R.S. Saunders, Antennas and Propagation, Wiley GTEL/UFC © F.R.P. Cavalcanti 16
Modelo para o Desvanecimento
LOS de Pequena Escala (Rice)
• Portadora na frequência ω c = 2πf c (forma em quadratura) : s (t ) = ae( jω c t )
• Propagação por Multipercursos com Linha de Visada (LOS) :
x(t ) = ae( jω c t + θ ) + ∑ ai exp[ j (ω c t + θ i )]
i

jω c t ⎛ ⎞
x(t ) = e ⎜ ae


+ ∑ ai e jθ i
⎟=

⎝ i ⎠
⎡ ⎛ ⎞⎤
⎜ ⎟
= e jω c t ⎢a cos(θ ) + ∑ ai cos(θ i ) + j ⎜ a sin(θ ) + ∑ ai sin(θ i ) ⎟⎥ = e jω ct ( X + jY )
⎢1424 3
i ⎜1424 3
i ⎟ ⎥
⎢⎣ a R ⎝ aI ⎠⎥⎦

• Teorema do Limite Central : X → N (a R , σ ) , Y → N (a I , σ ) ∴


Envoltória : R = X 2 + Y 2 → R segue uma f.d.p. Rice com parâmetro a
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Ilustração da PDF Rice

a2

Fonte figura: R.S. Saunders, Antennas and Propagation, Wiley GTEL/UFC © F.R.P. Cavalcanti 18
PDF de Nakagami

2m m r 2 m −1 ⎡ − mr 2 ⎤ 1
p R ( r , m) = exp ⎢ 2 ⎥
,m≥
Γ ( m) 2 σ
m 2m
⎣ 2σ ⎦ 2

Distribuição mais geral que


Rayleigh e Rice, que podem
ser aproximadas através da
escolha adequada do
parâmetro
pa â et o m.

Ex.: m=1 corresponde


p a
distribuição de Rayleigh.
Fonte figura: G.L. Stuber, Principles of Mobile Communication, Kluwer GTEL/UFC © F.R.P. Cavalcanti 19
Variação da Envoltória com
Desvanecimento Rayleigh e Rice

Fonte figura: R.S. Saunders, Antennas and Propagation, Wiley GTEL/UFC © F.R.P. Cavalcanti 20
Conectando a Perda de Percurso,
Sombreamento e Desvanecimento

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Estimação de Cobertura de
Célula
• Modelo simplificado para potência recebida e perda de percurso sem
incluir desvanecimento de larga-escala:
⎛ d ⎞
Pr (d ) = Pr (d 0 ) − 10n log⎜⎜ ⎟ [dBm]

⎝ d0 ⎠
⎛ d ⎞
PL(d ) = PL(d 0 ) + 10n log⎜⎜ ⎟ [dB]

⎝ d0 ⎠
• C
Cobertura:
b t proporção
ã do
d espaço (borda
(b d ou área)
á ) de
d uma célulaél l na
qual a potência recebida encontra-se acima de um limiar especificado
• Vamos considerar a potência recebida como sendo uma v.a. va
Lognormal N(μ,σdB) (μ em dBm e σdB em dB)
• O valor de μ (em dBm) representa o valor médio de potência
recebida a uma distância d da ERB obtido através de algum método
de cálculo de perda de percurso GTEL/UFC © F.R.P. Cavalcanti 22
Problema da Estimação de
Cobertura

Cobertura de
Área
R P = P0

Cobertura
de Borda
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Cobertura de Borda
• Q
Quall a probabilidade
b bilid d de
d que um móvel
ó l a uma distância
di tâ i R da
d bbase
receba potência acima de um limiar P0 ?
⎛ P0 − Pr ( R) ⎞
μ ( R) = P( Pr (d = R) ≥ P0 ) = Q⎜⎜ ⎟⎟
⎝ σ dB ⎠
P0 − Pr ( R)
Limiar normalizado : l =
σ dB
• O critério de cobertura de borda para um certo raio R depende então
apenas do limiar normalizado l sendo denotado nesse caso por μ(l)
• Caso os móveis encontrem-se uniformemente distribuídos na borda
da célula (à distância R) então este valor também representa a
proporção de usuários na borda da célula que experimentam potência
acima do limiar P0. GTEL/UFC © F.R.P. Cavalcanti 24
Cobertura de Área
• Q
Quall a proporção
ã da
d área
á da d célula
él l circular
i l de d raio
i
R na qual a potência recebida encontra-se acima de
um dado limiar P0 ?

dA
R
μ(r)
()
r

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Elemento Diferencial de Área

dr
rdθ

dA

r dA = r dr dθ

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Cálculo da Cobertura de Área
R 2π R
1 1 2
β ( R) = ∫ μ (r )dA = 2
A( R) A( R ) πR ∫
0
∫0 μ (r ) r dr dθ = R 2 ∫0 μ (r ) r dr =
2
R
⎛ P0 − Pr(r) ⎞ 2
R
⎛ P0 − Pr ( R) + 10n log(r / R) ⎞
= 2 ∫ Q⎜⎜ ⎟⎟ r dr = 2 ∫ Q⎜⎜ ⎟⎟ r dr =
R 0 ⎝ σ dB ⎠ R 0 ⎝ σ dB ⎠
2
R
⎛ P0 − Pr ( R) 10n log(r / R ) ⎞ P0 − Pr ( R)
= 2 ∫ Q⎜⎜ + ⎟⎟ r dr ⇒ Limiar normalizado : l =
R 0 ⎝ σ dB σ dB ⎠ σ dB

Expressão
p após
p simplifica
p çção [[Goldsmith] :
⎛ 2 − 2lb ⎞ ⎛ 2 − lb ⎞
β (l, n, σ dB ) = Q(l) + exp⎜ 2 ⎟Q⎜ ⎟
⎝ b ⎠ ⎝ b ⎠
onde : b = 10n log(e) σ dB
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Curvas de Cobertura de Célula
(expoente de perda de percurso n=4)

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Curvas de Cobertura de Célula
(“Zoom”)

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Cobertura de Célula –
Exemplo 1
• S
Seja
j –100
100 dBm
dB a potência
tê i média
édi recebida
bid a uma distância
di tâ i
R quando n=4 e σdB=6 dB. Estimar a probabilidade que o
sinal
i l recebido
bid esteja
t j acima
i ded P0= – 106 dBdBm (a)
( ) na borda
b d
da célula em d=R (b) na área da célula delimitada por R.
• Solução: Limiar normalizado
P0 − Pr ((R
R) −106 − (−100)
= = −1
σ dB 6
• Consultando as curvas para os valores acima conclui-se que
μ=84% (b d ) e β=96%
84% (borda) β 96% (área).
(á )
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Cobertura de Célula –
Exemplo 2
• Mediu-se
Mediu se Pr(r(r=10
10 Km)
Km)= – 100 dBm em um ambiente onde vale n n=44 e σdB=66
dB. Estimar o raio R da célula tal que a cobertura (a) na borda da célula e (b)
na área da célula seja de 90%. O limiar mínimo aceitável para boa recepção
de sinal é de –110 dBm. Solução:
P0 − Pr ( R )
Da curva de cobertura de borda para μ = 0,90 : = −1,3
σ dB
⎛r⎞
Daí : Pr ( R ) = P0 + 1,3σ dB = −102,2 dBm, por outro lado : Pr (r ) = Pr ( R ) − 10n log⎜ ⎟
⎝R⎠
Para r = 10 Km ∴ − 100 = −102,2 − 10(4)[log(r = 10 Km) − log( R )]
Portanto : R = 11,35 Km
P0 − Pr ( R )
Para o caso da cobertura de área para β = 0,90 ∴ = −0,5.
σ dB
Seguindo o mesmo procedimento conclui - se que R = 14,96 Km
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Ruído Térmico
• Ruído térmico está presente em todos os componentes eletrônicos do receptor
• Ruído térmico é classicamente modelado como sendo concentrado no receptor e do
tipo aditivo ao sinal recebido
recebido, com característica de resposta plana em todas as
frequências (branco) e com f.d.p. Gaussiana.
p de ruído aditivo: impulsivo,
• Outros tipos p , atmosférico,, ggaláctico. Os
desvanecimentos são um tipo de ruído multiplicativo.
• A potência do ruído AWGN (Additive White Gaussian Noise) está relacionada com
iâ i σ2
sua variância
• Na ausência de sinal é possível medir a potência do piso de ruído do receptor o que
vai determinar sua sensibilidade

razão sinal - ruído na entrada


• Figura de Ruído do Receptor : nf =
razão sinal - ruído na saída
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Cálculo de Potência de Ruído
Térmico
• Densidade Espectral de Potência:
– No = kT [W/Hz]
1 3803 10-23 J/oK (cte
– onde k = 1,3803.10 (cte. de Boltzmann)
Boltzmann), T : temperatura
ambiente (valor default : 17oC ou 290oK)
– Com o valor default
f de T tem-se No= –174 dBm/Hz
• Potência de Ruído na Entrada do Receptor em Sistema com faixa B
Hz
– pin=kTB
k c [W]
• Se considerarmos ainda a figura de ruído (em dB) e a temperatura
default tem-se:
default, tem se:
– Pn = – 174 + NF + 10log(Bc) [dBm]
• O valor de Pn acima representa a potência de ruído térmico no
receptor (piso de ruído)
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Cálculo de Sensibilidade -
Exemplo
• U
Um receptor
t dde ttelefonia
l f i móvel
ó l tem
t nf=44 e Bc=30
30 KHz.
KH O
cabo que conecta a antena ao receptor gera uma perda de 3
dB C
dB. Calcular
l l a sensibilidade
ibilid d deste
d t receptor.
t
• Observações:
– A NF de um componente passivo equivale à perda introduzida por
ele
– A NF de vários componentes em série é a soma (em dB) das NF’s
individuais
• Solução:
– NF cabo = 3 dB, NF Rx = 6 dB (4), NF total = 9 dB
– Pn = –174 + 9 +10log(3.104) = –120 dBm
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Itens da Análise de Enlace
• Potência de Transmissão por Canal de Tráfego,
Tráfego Pa [dBm]
• Perdas combinadas no transmissor, Lt [dB]
• Ganho da antena transmissora, Gt [dBi]
• Ganho da Antena Receptora, Gr [dBi]
• Perdas Combinadas no Receptor,
p , Lr [[dB]]
• Figura de Ruído do receptor, NF [dB]
• Densidade Espectral do Ruído Térmico, N0 [dBm/Hz]
• Largura de Banda, Bc [Hz]
• Razão C/I+N mínima, γ (ou C/N ou C/I) [dB]
• Margem contra Sombreamento (MS) [dB]
• Margem contra Interferência (MI) [dB]
• Ganho de Handoff (GHO) [dB]
• Outros Ganhos (GO) [dB]
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Ilustração do Cálculo da
Análise de Enlace
P (dBm)

P ê i EIRP
Potência

PLmax
Ní el Médio de Sinal Rx
Nível R
MS
Nível de Sinal Mínimo
SNR
Piso de Ruído
t(s) ou d(km)

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Efeito da Margem contra
Sombreamento
Pr (dBm)

Prmin
Evento de
MS interrupção que
deixa de existir

movimento

A adição de MS na potência de transmissão garante a cobertura de borda ou área desejada.


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Margem contra Sombreamento
(Visão estatística)
1–μ

Outage
g
area
=μ MS

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Cálculo da Margem contra
Sombreamento
• Uma vez estabelecido um critério de cobertura (borda ou área)
obtém-se o limiar normalizado: P0 − Pr
l=
σ
• Daí: Pr = P0 – σl . Portanto a margem contra o sombreamento é de
MS= – σl
borda, l= Q-11(μ) donde MS= – Q-11(μ)σ
• No caso do critério de borda
• Exemplo 1: Para 90% de confiabilidade Æ Q-1(0.9)= –1,28. Se σ=8
dB então MS=10,3
dB, =10 3 dB
• Exemplo 2: Se queremos uma cobertura de área de 95% em um
ambiente
bi t onded σ = 6 dB então
tã l=
l – 0,9
0 9 e MS=5,4
5 4 dB.
dB

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Perda de Percurso e Alcance
Máximos
• PLmax = Pt+Gt– Lt+Gr– Lr – Pn –M
MI –M
MS –γ+G
+GHO+GO [dB]

onde Pn = No+NF+10log10(Bc) (potência de ruído térmico)

• Cálculo do Alcance Máximo: Assumindo o modelo simplificado para a perda


de percurso pode-se calcular o alcance máximo dmax:
⎛ PLmax − PL ( d 0 ) ⎞
⎛ d ⎞ ⎜ ⎟
PL(d ) = PL(d 0 ) + 10n log⎜⎜ ⎟ ∴ d max = d 0
⎟ .10 ⎝ 10 n ⎠

⎝ d0 ⎠
• Balanço do Enlace: o cálculo do alcance máximo deve ser feito para os
enlaces direto e reverso,
reverso sendo o menor valor adotado.
adotado Como a unidade
móvel tem limitação de potência de transmissão, normalmente o enlace
reverso é limitante. GTEL/UFC © F.R.P. Cavalcanti 40
Exemplo de Projeto de
Cobertura Celular
• Problema: cobrir adequadamente uma área de 100 km2 com
confiabilidade de 95%.
• Parâmetros do Sistema de Telefonia Móvel
– Razão C/N mínima é de γ =17 dB. Largura de Faixa: Bc = 30 KHz
– Neste caso assumiremos MI=0, caso em que o sistema é dito limitado por
íd . Também
ruído T bé consideramos
id GHO=00 e GO=0.
0
• Itens da Análise de Enlace:
– P
Para o E
Enlace
l Direto
Di t : Pt=40
40 dBm
dB (ou
( 10 W),
W) Gt=10
10 dBi
dBi, Lt=33 dB,
dB Gr=00 dBi,
dBi
Lr=0 dBi, NF=5 dB, No= –174 dBm/Hz
– Para o Enlace Reverso : Pt=30 dBm (ou 1W), Gt=0 dBi, Lt=0 dB, Gr=10 dBi,
Lr=3 dBi, NF=5 dB, No= –174 dBm/Hz Å Enlace Limitante
• Critério de Cobertura:
– Desvio-padrão
D i d ã do
d sombreamento:
b 8 dB
– Margem contra sombreamento: MS = 1,05σ = 8,4 dB (95% área)
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Exemplo de Projeto de
Cobertura Celular (cont.)
• Modelo de Perda de Percurso
– PL(d)=PL(d0)+10nlog10(d/d0) onde assumimos n=4
– PL(d0=1Km)=128
1Km) 128 dB de acordo com Okomura
Okomura-Hata,
Hata, para
ambiente de cidade grande com f=900 MHz, hb=20m e hm=1,8 m
• Potência de Ruído: Pn = No+NF+10log(Bc)= – 124 dBm
• Procedimento:
– Calcular PL Máx: PLmax = Pt+Gt– Lt+Gr– Lr – Pn –MS –γ = 135,6 dB
⎛ PLmax − PL ( d 0 ) ⎞
⎜ ⎟
– Cálculo do alcance do sinal: usar a fórmula Æ d = d 0 .10 ⎝ 10 n ⎠
max

• Cálculo do Número de Células: assumir células circulares com área


A = πR2
– Raio
R i de
d célula:
él l 1,54
1 54 Km
K
– Número mínimo de células: 14 (para cobrir a área requerida)
GTEL/UFC © F.R.P. Cavalcanti 42

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