Calculo Aplicado III - EE0112

Marcus Pantoja

9 de fevereiro de 2023
Conteúdo

Derivadas parciais de Funções Vetoriais de mais de uma

Variável

Marcus Pantoja Calculo Aplicado III - EE0112

Derivadas Parciais de Funções Vetoriais

Estudando funções vetoriais de uma variável foi possível perceber a

semelhança com funções escalares. Iremos estender a ideia para
funções vetoriais de mais de uma variável.
Definição
Considere uma função vetorial f : D ⊂ ℜn → ℜm . A derivada
∂f
parcial de f em relação a uma variável xi , denotada por ,é
∂xi
definida por:

∂f f (x1 , . . . , xi + ∆xi , · · · + xn ) − f (x1 , . . . , xi , · · · + xn )

= lim
∂xi ∆x →0 ∆xi
para todos os pontos xi ∈ D, tais que o limite exista.

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Derivadas Parciais de Funções Vetoriais

Pela definição de derivada parcial para funções vetorias de várias

variáveis, pela operação com vetores e as propriedades envolvendo
soma e limite de funções, temos que a derivada parcial de uma
função vetorial de várias variáveis é obtida pela derivada parcial de
cada uma das funções coordenadas de f em relação a variável
desejada.

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Derivadas Parciais de Funções Vetoriais
Para a função vetorial:

f (x , y , z) = f1 (x , y , z)i + f2 (x , y , z)j + f3 (x , y , z)k

temos que:

∂f (x , y , z) ∂f1 (x , y , z) ∂f2 (x , y , z) ∂f3 (x , y , z)

= i+ j+ k
∂x ∂x ∂x ∂x

∂f (x , y , z) ∂f1 (x , y , z) ∂f2 (x , y , z) ∂f3 (x , y , z)

= i+ j+ k
∂y ∂y ∂y ∂y

∂f (x , y , z) ∂f1 (x , y , z) ∂f2 (x , y , z) ∂f3 (x , y , z)

= i+ j+ k
∂z ∂z ∂z ∂z

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Exemplo

Dada a função vetorial

√
f (x , y , z) = x 3 + 4y 2 − 3z 2 , x + y + z, sen(xy 2 z) . Determine

suas derivadas parciais:

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Exemplo

∂f1 (x , y , z)
f1 (x , y , z) = x 3 + 4y 2 − 3z 2 → = 3x 2
∂x
√ ∂f2 (x , y , z) 1
f2 (x , y , z) = x +y +z → = √
∂x 2 x +y +z
∂f3 (x , y , z)
f3 (x , y , z) = sen(xy 2 z) → = y 2 zcos(xy 2 z)
∂x
Portanto:

∂f (x , y , z) 1
= 3x 2 i + √ j + y 2 zcos(xy 2 z)k
∂x 2 x +y +z

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Exemplo

∂f1 (x , y , z)
f1 (x , y , z) = x 3 + 4y 2 − 3z 2 → = 8y
∂y
√ ∂f2 (x , y , z) 1
f2 (x , y , z) = x +y +z → = √
∂y 2 x +y +z
∂f3 (x , y , z)
f3 (x , y , z) = sen(xy 2 z) → = 2xyzcos(xy 2 z)
∂y
Portanto:

∂f (x , y , z) 1
= 8yi + √ j + 2xyzcos(xy 2 z)k
∂y 2 x +y +z

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Exemplo

∂f1 (x , y , z)
f1 (x , y , z) = x 3 + 4y 2 − 3z 2 → = −6z
∂z
√ ∂f2 (x , y , z) 1
f2 (x , y , z) = x +y +z → = √
∂z 2 x +y +z
∂f3 (x , y , z)
f3 (x , y , z) = sen(xy 2 z) → = xy 2 cos(xy 2 z)
∂z
Portanto:

∂f (x , y , z) 1
= −6zi + √ j + xy 2 cos(xy 2 z)k
∂z 2 x +y +z

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Exercícios

Calcule as derivadas parciais para as seguintes funções vetorias:

√
f (x , y , z) = x i + xyz 2 j + 4e yz k
f (u, v ) = ue v i + u 2 vj
f (u, v ) = ucos(v )i + usen(v )j + vk
f (x , y , t) = (xcos(t) − ysen(t))i + (xsen(t) + ycos(t))j

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Interpretação Geométrica da Derivada Parcial

Para visualizar uma aplicação de derivada parcial de funções

vetoriais de várias variáveis, considere uma função vetorial
f : D ⊂ ℜ3 → ℜ3 , digamos f (x , y , z), de forma que a função
vetorial seja contínua em todo elemento de D. Se mantivermos as
varáveis y = b e z = c constante, então, f passa a ser uma função
vetorial de uma variável (a variável x ) e, por isso, ela descreve uma
curva no espaço. Para esse caso a função vetorial f = f (x , y , z)
passa a ser representada pela curva g(x ) = f (x , b, c). Dessa
forma, a derivada parcial de f em relação a x no ponto
A = (a, b, c) equivale a derivada da função g(x ) = f (x , b, c) em
x = a. Portanto, se no ponto A temos que a derivada parcial é não
∂f
nula, ou seja, se ̸= 0, então esse vetor é vetor tangente a
∂x
curva dada pela curva g(x ) no ponto A

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Interpretação Geométrica da Derivada Parcial

Figura: Interpretação Geométrica da Derivada Parcial de uma função

vetorial

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Exemplo

Seja f a função vetorial dada por:

f (x , y , z) = y 2 i + zcos(x )j + zsen(x )k

1 Descreva a curva c obtida fazendo y = 0 e z = 3

∂f
2 Represente nesta curva a derivada parcial no ponto
π

∂x
A = 6 , 0, 3

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Exemplo

Solução:
1 Temos que c : f (x , 0, 3) = 3cos(x )j + 3sen(x )k. √
Ou seja, c é
uma circunferência centrada na origem com raio 3.
∂g ∂P
2 Como = = −3sen(x )j + 3cos(x )k, aplicando o ponto
∂x ∂x √ 
∂g π
∂f 
P = π6 , 0, 3 chegamos a 3 3 3


= (A) = 0, − , .
∂x 6 ∂x 2 2
Logo uma representação dessa curva e do vetor tangente pode
ser vista na figura

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Exemplo

Solução:

Figura:

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Exercício

O escoamento de um fuído é representado pela seguinte função

vetorial:
f (x , y , t) = x 2 ti − y 2 tj
∂f (x , y , t)
 
Determine o campo velocidade
∂t

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Bibliografia Básica

GONSALVES, M. B; FLEMMING, D. M. Cálculo. C. Makron

Books, 1991.
ANTON, H. Cálculo: um novo horizonte. Bookman, 2000.
GUIDORIZZI, H. L. Um curso de cálculo. v. 3. 5. ed. São
Paulo: LTC, 2002.

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Bibliografia Complementar

STEWART, J. Calculo II. 8. ed. Cengage Learning.

THOMAS, G. B; WEIR, M. D; HASS, J. Calculo II. 12. ed.
Pearson.
ADAMS, C; ROGAWSKI, J. Calculo II. 3. ed. Bookman.
SMITH, R. T.; MINTON, R. B. Calculus. 4. ed. Mc Graw
Hill Connect Learn Succeed.

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