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Curso: Engenharia de Telecomunicações

Disciplina EB201C - Cálculo II 2S - 2021


Professor: José Carlos Magossi
=⇒ Lista de aprendizagem - 04 ⇐=

N
z }| {
Exercício 1 Provar que o campo de forças F (x, y, z) = (3x + 3y − 1, z 2 + 3x, 2yz + 1)
2
| {z } | {z }
M R
é um campo de forças conservativo. Determinar a função potencial φ(x, y, z) tal que
∇φ = F.

Resposta:
O campo de forças é conservativo pois as três condições seguintes são satisfeitas:

M y = 3 = Nx

Mz = 0 = R x
Nz = 2z = Ry
Como F é conservativo então existe φ tal que ∇φ = F. Ou seja,

 I : φx = 3x2 + 3y − 1 = M (x, y)
II : φy = z 2 + 3x = N (x, y)
III : φz = 2yz + 1 = R(x, y)

ˆ ˆ
φx dx = (3x2 + 3y − 1)dx

φ(x, y, z) = x3 + 3xy − x + h(y, z)


Derivar parcialmente em relação a y,

φy = 3y + hy (y, z)

e comparar com II. Segue-se que

hy (y, z) = z 2 .

Portanto, ˆ ˆ
hy (y, z)dy = z 2 dy =⇒ h(y, z) = yz 2 + k(z).

Completar a função φ.

φ(x, y, z) = x3 + 3xy − x + yz 2 + k(z).

Derivar parcialmente em relação a z,

φy = 2yz + k 0 (z)

e comparar com III. Segue-se que


k 0 (z) = 1.
Portanto, ˆ ˆ
k 0 (z)dz = 1dz =⇒ k(z) = z + c.

Completar a função φ.

φ(x, y, z) = x3 + 3xy − x + yz 2 + z + c.

Exercício 2 Verifique se o campo vetorial F (x, y, z) = (y cos(xy), x cos(xy)+2yz 3 , 3y 2 z 2 )


é conservativo. Se for conservativo, encontrar a função potencial, ϕ(x, y, z).
Solução:

 M (x, y, z) = y cos(xy)
N (x, y, z) = x cos(xy) + 2yz 3
R(x, y, z) = 3y 2 z 2

Para F ser conservativo,



 Mz = R x
M y = Nx
Nz = Ry

onde:
∂M (x, y, z)

 Mz =



 ∂z



∂R(x, y, z)


Rx =





 ∂x



∂N (x, y, z)


Nz =




 ∂z
 ∂R(x, y, z)
Ry =






 ∂y




 ∂M (x, y, z)
My =


∂y








 N x = ∂N (x, y, z)


∂x
Mz = 0 = Rx
My = cos(xy) + y.(− sen(xy)).x = cos(xy) − xy sen xy = Nx
Nx = cos(xy) + x.(− sen(xy).y) + 0 = cos(xy) − xy sen(xy) = My
Nz = 6yz 2 = Ry

∴ F é conservativo.

Existe uma função ϕ(x, y, z) chamada de função potencial tal que:

∇ϕ = F
1

Segue-se que:

∂ϕ(x, y, z)
I = M (x, y, z, ) = y cos(xy);
∂x
∂ϕ(x, y, z)
II = N (x, y, z, ) = x cos(xy) + 2yz 3 ;
∂y
∂ϕ(x, y, z)
III = R(x, y, z, ) = 3y 2 z 2 .
∂z

Integrando I em relação a x.
ˆ ˆ
∂ϕ(x, y, z) 2
dx = y cos(xy)dx =⇒ ϕ(x, y, z) = sen(xy) + u(y, z)
∂x
1O da função ϕ(x, y, z) é igual ao campo
gradiente   vetorial F.
∂ϕ(x, y, z) ∂ϕ(x, y, z) ∂ϕ(x, y, z)
∇ϕ(x, y, z) = , ,
∂x ∂y ∂z
= (M (x, y, z), N (x, y, z), R(x, y, z)) = F (x, y, z).
2 É necessário acrescentar a função u(y, z), pois ∂u(y, z) = 0.
∂x

2
Derivando parcialmente a última equação em relação a y se tem:

∂ϕ(x, y, z) ∂u(y, z)
= cos(xy).x +
∂y ∂y

Comparando com II

∂u(y, z) ∂u(y, z)
x. cos(x, y) + = x cos(xy) + 2yz 3 =⇒ = 2yz 3
∂y ∂y

Integrando com relação a y:

2y 2 z 3 ∂k(z)
u(y, z) = + k(z) =⇒ u(y, z) = y 2 z 3 + k(z) pois =0
2 ∂y

Completando a função ϕ(x, y, z)

ϕ(x, y, z) = sen(xy) + y 2 z 3 + k(z)

Resta agora encontrar a função k(z).Derivando parcialmente a última equação em


relação a z se tem:

∂ϕ(x, y, z) ∂k(z)
= 3y 2 z 3 +
∂z ∂z
Comparando com III

3y 2 z 3 = 3y 2 z 3 + k 0 (z) =⇒ k 0 (z) = 0

∴ k(z) = C (constante).

Finalmente, ϕ(x, y, z) = sen(xy) + y 2 z 3 + C é a função potencial tal que ∇ϕ =


F.(Conferir!)

Exercício 3 Seja F (x, y) = (ex sen y, ex cos y). Prove que F é conservativo e encontre a
função potencial.

M (x, y) = ex sen y


N (x, y) = ex cos y

∂M (x, y)


 = ex cos y
∂y

 ∂N (x, y) = ex cos y



∂x
∂M (x, y) ∂N (x, y)
Como = então F é um campo vetorial conservativo.
∂y ∂x

Existe ϕ(x, y) tal que ∇ϕ = F , ou seja:


 
∂ϕ(x, y) ∂ϕ(x, y)
∇ϕ(x, y) = , = (M (x, y), N (x, y)) = F (x, y)
∂x ∂y

Segue-se que:

∂ϕ(x, y)
I = M (x, y) = ex sen y
∂x
∂ϕ(x, y)
II = N (x, y) = ex cos y
∂y

3
Integrando I em relação a x:
ˆ ˆ
ϕ(x, y)
dx = ex sen y dx
∂x

∂k(y)
ϕ(x, y) = ex sen y + k(y) pois =0
∂x
Derivando parcialmente em relação a y se tem que:

∂ϕ(x, y)
= ex cos y + k 0 (y)
∂y

Comparando com II

ex cos y = ex cos y + k 0 (y) =⇒ k 0 (y) = 0. Logo, k(y) = C (constante).

Finalmente,

ϕ(x, y) = ex sen y + C é a função potencial tal que ∇ϕ = F (Conferir!)

ˆ
2 2
Exercício 4 Seja F (x, y) = (x , xy ). Calcular F.dC, onde C é a parábola x = y 2
c
entre (−1, 1) e (1, 1).

Solução:
Seja y = t. Então x = t2 e −1 ≤ t ≤ 1.

C(t) = (t2 , t)

F (C(t)) = F (t2 , t) = (t4 , t4 )

C 0 (t) = (2t, 1)
ˆ ˆ 1 ˆ 1
F.dC = F (C(t)).C 0 (t)dt =⇒ (t4 , t4 ) · (2t, 1)dt =⇒
C −1 −1

ˆ 1 1
2t6 t5
  
2 1 2 1 2
(2t5 + t4 )dt =⇒ + =⇒ + − + =⇒
−1 6 5 −1 6 5 6 5 5

ˆ
2
∴ F.dC =
C 5

Exercício 5 Seja F (x, y, z) = (zex + ey , xey − ez , −yez + ex ).C é uma curva qualquer
que liga A(1, 0, 2) até B(0, 2, 1).

a Verificar se F é um campo conservativo;


b Encontrar a função potencial ϕ;
ˆ
c Calcular F.dC através do teorema fundamental para integrais de linha;
C
ˆ
d Calcular F.dC através de qualquer curva que liga A e B.
C

4
Solução:

a F (x, y, z) = (zex + ey , xey − ez , −yez + ex )


 M (x, y, z) = zex + ey
N (x, y, z) = xey − ez
R(x, y, z) = −yez + ex


∂M ∂R

 = ex =
∂z ∂x







 ∂M ∂N
= ey =

 ∂y ∂x



∂N ∂R


= −ez =



∂z ∂y

∴Como Mz = Rx e My = Nx e Nz = Ry então F é um campo vetorial conservativo.

Existe então a função potencial ϕ(x, y, z).

b Como existe ϕ tal que ∇ϕ = F então:


∂ϕ(x, y, z)
I = M (x, y, z)
∂x
∂ϕ(x, y, z)
II = N (x, y, z)
∂y
∂ϕ(x, y, z)
III = R(x, y, z)
∂z

∂ϕ(x, y, z)
= zex + ey . Integrando em relação a x.
∂x
ˆ
∂u(y, z)
ϕ(x, y, z) = (zex + ey ) dx =⇒ ϕ(x, y, z) = zex + xey + u(x, z) pois = 0.
∂x

Derivando parcialmente em relação a y :

∂ϕ(x, y, z)
= 0 + xey + uy (y, z).
∂y

Comparando com II:

∂ϕ(x, y, z)
= N (x, y, z)
∂y

N (x, y, z) = xey + uy (y, z) =⇒ xey − ez = xey + uy (y, z) =⇒ uy (y, z) = −ez

Integrando em relação a y :
ˆ
∂k(z)
u(y, z) = − ez dy =⇒ u(y, z) = −yez + k(z) pois =0
∂z

Completando ϕ(x, y, z) = zex + xey − yez + k(z)

Derivando parcialmente em relação a z:

∂ϕ(x, y, z)
= ex − yez + k 0 (z)
∂z

5
Comparando com III.

R(x, y, z) = ex − yez + k 0 (z) =⇒


−yez + ex = ex − yez + k 0 (z)

k(z) = 0 =⇒ k(z) = C (constante).

Finalmente,

ϕ(x, y, z) = zex + xey − yez + C é a função potencial tal que ∇ϕ = F.(Conferir!).

ˆ ˆ B
c F.dC = F (C(t)).C 0 (t)dt = ϕ(B) − ϕ(A) onde A = (1, 0, 2) e B = (0, 2, 1).
C A

ϕ(B) = ϕ(0, 2, 1)
ϕ(A) = ϕ(1, 0, 2)
ϕ(x, y, z) = zex + xey − yez + C

ϕ(0, 2, 1) = 1.e0 + 0.e2 − 2.e1 + C = 1 − 2e + C


ϕ(1, 0, 2) = 2.e1 + 1.e0 − 0.e2 + C = 2e + 1 + C
ˆ
F.dC = ϕ(0, 2, 1) − (1, 0, 2) = 1 − 2e + C − (2e + 1 + C) =⇒ 1 − 2e + C − 2e − 1 −
C
C = −4e

d A(1, 0, 2)

B(0, 2, 1)

Alguns caminhos possíveis entre A e B: (É importante desenhar um cubo com os


pontos A e B para poder visualizar melhor as alternativas de caminho)

Caminho I

A(1, 0, 2) até A1 (1, 0, 0) : C1I


A1 (1, 0, 0) até A2 (0, 0, 0) : C2I
A2 (0, 0, 0) até A3 (0, 2, 0) : C3I
A3 (0, 2, 0) até B(0, 2, 1) : C4I

Caminho II

A(1, 0, 2) até A1 (0, 0, 2) : C1II


A1 (0, 0, 2) até A2 (0, 0, 1) : C2II
A2 (0, 0, 1) até B(0, 2, 1) : C3II

Caminho III

A(1, 0, 2) até A1 (0, 0, 1) : C1III


A1 (0, 0, 1) até A2 (0, 0, 0) : C2III
A2 (0, 0, 0) até A3 (0, 2, 0) : C3III
A3 (0, 2, 0) até B(0, 2, 1) : C4III

Caminho IV

A(1, 0, 2) até A1 (0, 0, 0) : C1IV


A1 (0, 0, 0) até B(0, 2, 1) : C2IV

Caminho V

6
A(1, 0, 2) até B(0, 2, 1) : C1V
ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ n ˆ
X
Como = + + + ... + = desde que C seja uma curva
C C1 C2 C3 Cn i=1 Ci
seccionalmente suave e satisfaça as condições da definição da integral de linha, então
para cada caso I), II), III), IV) e V) a integral de linha de A até B deve se a soma da
integral ao longo de cada caminho.
ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ
Em I) = + + +
C C1I C2I C3I C4I

ˆ ˆ ˆ ˆ
Em II) = + +
C C1II C2II C3II

ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ
Em III) = + + +
C C1III C2III C3III C4III

ˆ ˆ ˆ
Em IV) = +
C C1IV C2IV

ˆ ˆ
Em V) =
C C1V

Serão resolvidos pelo caminho V e pelo caminho I, além é claro, pelo teorema funda-
mental para integrais de linha.

ˆ
• Solução de F.dC através do caminho V.
C

A(1, 0, 2) até B(0, 2, 1) :

x−1 y z−2
−−→ = =
Seja AB = (−1, 2, −1) um vetor direção. Então −1 2 −1 , são equações
−−→
simétricas da reta que passa por A e B e tem a direção do vetor AB.

Equações paramétricas da reta:



 x=1−t
y = 0 + 2t
z =2−t

• No caminho de A até B, x varia de 1 até 0 :


Se x = 1 =⇒ 1 = 1 − t =⇒ t = 0
Se x = 0 =⇒ 0 = 1 − t =⇒ t = 1

∴0 ≤ t ≤ 1

• No caminho de A até B, y varia de 0 até 2


Se y = 0 =⇒ 0 = 0 + 2t =⇒ t = 0
Se y = 2 =⇒ 2 = 0 + 2t =⇒ t = 1

∴0 ≤ t ≤ 1

• No caminho de A até B, z varia de 2 até 1

7

Se z = 2 =⇒ 2 = 2 − t =⇒ t = 0
Se z = 1 =⇒ 1 = 2 − t =⇒ t = 1

∴0 ≤ t ≤ 1

 x=1−t
Em y = 0 + 2t se tem que 0 ≤ t ≤ 1.
z =2−t

Isso representa a parametrização da curva que liga o ponto A ao ponto B. Após a


parametrização da ˆcurva de A até B, qual seja, C(t) = (1 − t, 2t, 2 − t),para 0 ≤ t ≤ 1,
faz-se o cálculo de F.dC, onde F (x, y, z) = (zex + ey , xey − ez , −yez + ex )
c
ˆ ˆ ˆ
F.dC = F (C (t)) .C 0 (t)dt = M dx + N dy + Rdz.
c c c
ˆ 1
F (1 − t, 2t, 2 − t) · (−1, 2, −1)dt
0

F (1 − t, 2t, 2 − t) = (2 − t) e1−t + e2t , (1 − t).e2t − e2−t , −2t.e2−t + e1−t =⇒

F(1 − t, 2t, 2 − t) · (−1, 2, −1) = (t − 2)e1−t − e2t + (2 − 2t)e2t − 2e2−t + 2te2−t −


1−t
e =⇒

F(1 − t, 2t, 2 − t) · (−1, 2, −1) = e1−t (t − 3) + e2t (1 − 2t) + e2−t (2t − 2)


ˆ 1
[e1−t (t − 3) +e2t (1 − 2t) + e2−t (2t − 2)] dt.
0

ˆ 1 ˆ 1 ˆ 1
1−t 2t
e (t − 3) dt + e (1 − 2t) dt + e2−t (2t − 2) dt.
0 0 0

Resolver cada integral separadamente:

ˆ 1 ˆ 1 ˆ 1 ˆ 1
−t −t −t
a e .e1
(t − 3) dt = t
(e.e t − 3e.e ) dt =⇒ e te dt − 3e e−t dt
0 0 0 0

ˆ
Obs: ueu du = eu (u − 1) + C

1 1
=⇒ e [e−t (−t − 1)]0 − 3e [−e−t ]0 =⇒ e e−1 (−1 − 1) − e0 (−1) − 3e(−e−1 + e0 ) =⇒
 

e −2e−1 + 1 − 3e(−e−1 + 1) =⇒ −2 + e + 3 − 3e =−2e + 1


 

ˆ 1 ˆ 1
2t

b e (1 − 2t) dt = e2t − 2te2t dt =⇒
0 0

ˆ
1
Obs: ueau du = (au − 1) eau + C
a2
ˆ 1 ˆ 1  2t 1  1
2t 2t e 1 2t
e dt − 2 te dt =⇒ −2 (2t − 1) e =⇒
0 0 2 0 4 0

e2 e2
   2 
1 1 2 1 0 1 e 1
− − 2 e − (−1).e =⇒ − −2 + =⇒
2 2 4 4 2 2 4 4

e2 1 1 1
− − e2 − =−1
2 2 2 2

8
ˆ 1 ˆ 1 ˆ 1
c e2−t (2t − 2) dt = e2 .e−t (2t − 2)dt =⇒ e2 (2te−t dt − 2e−t )dt =⇒
0 0 0

ˆ 1 ˆ 1 ˆ 1 ˆ 1
−t −t −t
e 2
2te dt + e 2
− 2e dt =⇒ 2e 2
te dt − 2e 2
e−t dt =⇒
0 0 0 0

1 1
2e2 [e−t (−t − 1)]0 −2e2 [−e−t ]0 =⇒ 2e2 e−1 (−1 − 1) − e0 (−1) −2e2 −e−1 − (−e0 ) =⇒
   

−4e + 2e2 + 2e − 2e2 =−2e

Resposta:
ˆ 1 ˆ 1 ˆ 1
e1−t (t − 3) dt + e2t (1 − 2t) dt + e2−t (2t − 2) dt =⇒
0 0 0

(−2e + 1) + (−1) + (−2e) = −2e + 1 − 1 − 2e =−4e


ˆ
F.dC = −4e
∴ C pelo caminho V de A até B

ˆ
• Solução de F.dC através do caminho I.
C

A(1, 0, 2) até A1 (1, 0, 0) : C1I


A1 (1, 0, 0) até A2 (0, 0, 0) : C2I
A2 (0, 0, 0) até A3 (0, 2, 0) : C3I
A3 (0, 2, 0) até B(0, 2, 1) : C4I

C1I : A(1, 0, 2) até A1 (1, 0, 0)



 x=1
y=0
z=t

t = 2 até t = 0

C(t) = (1, 0, t) t = 2 até t = 0

C 0 (t) = (0, 0, 1)

F (x, y, z) = (zex + ey , xey − ez , −yez + ex ) =⇒

F (C(t)) = F (1, 0, t) = (t.e1 + e0 , 1e0 − et , −0.et + e1 ) =⇒

F (C(t)) = F (1, 0, t) = (e.t + 1, 1 − et , e) =⇒


ˆ 0 ˆ 0
t 0
(e.t + 1, 1 − e , e) · (0, 0, 1) dt =⇒ edt =⇒ [et]2 =−2e
2 2

C2I : A1 (1, 0, 0) até A2 (0, 0, 0)



 x=t
y=0
z=0

t = 1 até t = 0

C(t) = (t, 0, 0)

9
C 0 (t) = (1, 0, 0)

F (x, y, z) = (zex + ey , xey − ez , −yez + ex ) =⇒

F (C(t)) = F (t, 0, 0) = (1, t − 1, et ) =⇒

F (C(t)) · C 0 (t) = (1, t − 1, et ) · (1, 0, 0) = 1 =⇒


ˆ 0 ˆ 0
0
F (C(t)) · C 0 (t)dt =⇒ 1dt =⇒ [t]1 =−1
1 1

C3I
: A2 (0, 0, 0) até A3 (0, 2, 0) :

 x=0
y=t
z=0

0≤t≤2

C(t) = (0, t, 0)

C 0 (t) = (0, 1, 0)

F (C(t)) = F (0, t, 0) = (et , −1, −t + 1) =⇒


ˆ 2 ˆ 2
F (C(t)) · C 0 (t)dt =⇒ (et , −1, −t + 1) · (0, 1, 0) dt =⇒
0 0
ˆ 2
2
− dt = [−t]0 =−2
0

C4I : A3 (0, 2, 0) até B(0, 2, 1) :



 x=0
y=2
z=t

0≤t≤1

C(t) = (0, 2, t)

C 0 (t) = (0, 0, 1)

F (C(t)) = F (0, 2, t) = (t + e2 , −et , −2et + 1) =⇒

F (C(t)) · C 0 (t) = (t + e2 , −et , 1 − 2et ) · (0, 0, 1) =1 − 2et


ˆ 1 ˆ 1
0
F (C(t)) · C (t)dt =⇒ (1 − 2et ) dt =⇒
0 0
ˆ 1 ˆ 1 ˆ 1
1 1
1dt + − 2et dt =⇒ [t]0 − 2 et dt =⇒ 1 − 2 [et ]0 =⇒
0 0 0
 
1 − 2 e − e0 =⇒ 1 − 2 [e − 1] =⇒ 1 − 2e + 2 =⇒3 − 2e

Resposta:
ˆ
F.dC ao longo do caminho I é:
C
ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ
F.dC = + + + =⇒
C C1I C2I C3I C4I
ˆ
ˆ F.dC = −4e
F.dC = −2e − 1 − 2 + 3 − 2e =⇒ C
C
O mesmo procedimento pode ser feito para os caminhos II, III e IV, bem como para
outros caminhos (suaves) entre A e B. O resultado será o mesmo: −4e.3
3 Pois F é conservativo.

10
Cuidado: Essa estratégia só pode ser feita porquê o campo vetorial F é conservativo,
permitindo que se possa utilizar o Teorema Fundamental para integral de linhas. Se o
campo vetorial F não fosse conservativo não se poderia garantir que a integral de linha
sob C é a mesma entre A e B independente do caminho que se escolhe (desde que C seja
seccionalmente suave e as hipóteses da definição de integrais de linha sejam satisfeitas).
É interessante calcular a integral de linha para os caminhos sugeridos (II, III, IV).

ˆ

− →
− →

Exercício 6 Seja F (x, y, z) = 2x i + yz j + 3z k . Calcular F.dR ao longo:
C

1. da parábola z = x2 , y = 2 do ponto A(0, 2, 0) ao ponto B(2, 2, 4);


2. da linha poligonal AOB, onde O é a origem.

Resolução:

− →
− →

F (x, y, z) = 2x i + yz j + 3z k

 M (x, y, z) = 2x
N (x, y, z) = yz
R(x, y, z) = 3z

ˆ
Calcular F.dR
C

1 Ao longo da parábola z = x2 , y = 2 do ponto A(0, 2, 0) ao ponto B(2, 2, 4).

Seja:

 x=t
y=2
z = t2

0≤t≤2

 dx = dt
dy = 0
dz = 2tdt

ˆ ˆ 2 ˆ 2
2xdx + yzdy + 3zdz =⇒ 2tdt + 2t2 .0 + 3t2 .2tdt =⇒ 2tdt + 6t3 dt =⇒
C 0 0

ˆ 2 4 2
2
2t2
  
 6t 3 4
2t + 6t3 dt =⇒ + 2
=⇒ t + t =⇒
0 2 4 0 2 0
 
3
4 + .16 − [0] = 4.24 = 28
2
2 Ao longo da linha poligonal AOB, onde O é a origem.

Seja C1 o caminho AO

 x=0
y=t
z=0

y = 2 até y = 0

 dx = 0
dy = dt
dz = 0

11
Como y = t =⇒ t = 2 até t = 0
ˆ 2 ˆ 2
2xdx + yzdy + 3zdz =⇒ 2.0.0 + 2.0.dt + 3.0.0 = 0
0 0

Seja C2 o caminho OB. A direção de OB é o vetor (2, 2, 4)



 x = 0 + 2t 0 ≤ x ≤ 2 =⇒ 0 ≤ t ≤ 1
∴ y = 0 + 2t 0 ≤ y ≤ 2 =⇒ 0 ≤ t ≤ 1
z = 0 + 4t 0 ≤ z ≤ 4 =⇒ 0 ≤ t ≤ 1

ˆ

 dx = 2dt
2xdx + yzdy + 3zdz com dy = 2dt
C 
dz = 4dt
ˆ 1 ˆ 1
2.2t.2dt + 2t.4t.2dt + 3.4t.4dt =⇒ 8tdt + 16t2 dt + 48tdt =⇒
0 0

ˆ 1 1
56t2 16t3
 

2
 56 16 16 100
56t + 16t dt =⇒ + =⇒ + =⇒ 28 + =
0 2 3 0 2 3 3 3


− →
− 2→

ˆ F (x, y, z) = sin(x) i − 2yz j − y k é
Exercício 7 Mostrar que o campo vetorial
um campo conservativo em R3 . Calcular F.dR ao longo de qualquer caminho C de
C
A(0, 2, 0) até B(2, 2, 4).


− →
− →

F (x, y, z) = sin(x) i − 2yz j − y 2 k

A(0, 2, 0) até B(2, 2, 4)

M (x, y, z) = sen x
N (x, y, z) = −2yz
R(x, y, z) = −y 2


 Mz = 0
My = 0




Nz = −2y


 Nx = 0
Rx = 0




Ry = −2y


 My = Nx (Verdade)
F é conservativo se e somente se Mz = Rx (Verdade)
Nz = Ry (Verdade)

∴ F é conservativo. Logo, existe φ(x, y, z) tal que ∇φ = F.

Neste caso:

I φx (x, y, z) = sen x;
II φy (x, y, z) = −2yz;
III φz (x, y, z) = −y 2 .

12
Integrando I em relação a x :

φ(x, y, z) = − cos x + g(y, z). Derivando essa equação em relação a y (derivação par-
cial):

φy (x, y, z) == 0 + gy (y, z) comparando com II

=⇒ gy (y, z) = −2yz =⇒ Integrando em relação a y

−2y 2
g(y, z) = z + h(z) =⇒ g(y, z) = −y 2 + h(z)
2

Completando a função φ(x, y, z)

φ(x, y, z) = − cos x − y 2 z + h(z) derivando em relação a z (derivação parcial):

φz (x, y, z) = −y 2 + h0 (z)

Comparando com III:

h0 (z) = 0 =⇒ h(z) = k (constante)

∴ φ(x, y, z) = − cos x − y 2 z + k é a função potencial de F , pois ∇φ = F.

O cálculo de A(0, 2, 0) até B(2, 2, 4) pode ser feito através da aplicação do teorema
fundamental para integrais de linha (desde que F é conservativo).
ˆ
F.dR = φ(x2 , y2 , z2 ) − φ(x1 , y1 , z1 ) =⇒ φ(2, 2, 4) − φ(0, 2, 0) =⇒
C

[− cos 2 − 16] − [− cos 0 − 4.0] =⇒ − cos 2 − 16 + 1 =⇒ − cos 2 − 15

˛
(x + y)dx − (x − y)dy
Exercício 8 Calcular a integral , tomado ao longo da circun-
C x2 + y 2
ferência x2 + y 2 = a2 , a > 0, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.

˛
(x + y)dx − (x − y)dy
C x2 + y 2

C : x2 + y 2 = a2 .

Equações paramétricas da circunferência:

0 ≤ t ≤ 2π

x = a cos t
a = raio
y = a sen t
˛
x+y y−x
2 + y2
dx + 2 dy =⇒
C x x + y2

Como:

x = a cos t =⇒ dx = −a sen dt
y = a sen t =⇒ dy = a cos t dt

x2 + y 2 = a2

x+y a cos t + a sen t a(cos t + sen t) cos t + sen t


= = =
x2 + y 2 a2 a2 a

13
y−x a sen t − a cos t sen t − cos t
= =
x2 + y 2 a2 a
ˆ 2π  
(cos t + sen t) sen t − cos t
.(−a sen t)dt + a cos t dt =⇒
0 a a
ˆ 2π
(− sen t cos t − sen2 t)dt + (sen t cos t − cos2 t)dt =⇒
0

ˆ 2π 
− sen t cos t − sen2 t + sen t cos t − cos2 t dt =⇒
0

ˆ 2π 
− sen2 t + cos2 t dt
ˆ0 2π

− 1.dt =⇒ [−t]0 =⇒ −2π
0

14

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