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N
z }| {
Exercício 1 Provar que o campo de forças F (x, y, z) = (3x + 3y − 1, z 2 + 3x, 2yz + 1)
2
| {z } | {z }
M R
é um campo de forças conservativo. Determinar a função potencial φ(x, y, z) tal que
∇φ = F.
Resposta:
O campo de forças é conservativo pois as três condições seguintes são satisfeitas:
M y = 3 = Nx
Mz = 0 = R x
Nz = 2z = Ry
Como F é conservativo então existe φ tal que ∇φ = F. Ou seja,
I : φx = 3x2 + 3y − 1 = M (x, y)
II : φy = z 2 + 3x = N (x, y)
III : φz = 2yz + 1 = R(x, y)
ˆ ˆ
φx dx = (3x2 + 3y − 1)dx
φy = 3y + hy (y, z)
hy (y, z) = z 2 .
Portanto, ˆ ˆ
hy (y, z)dy = z 2 dy =⇒ h(y, z) = yz 2 + k(z).
Completar a função φ.
φy = 2yz + k 0 (z)
Completar a função φ.
φ(x, y, z) = x3 + 3xy − x + yz 2 + z + c.
onde:
∂M (x, y, z)
Mz =
∂z
∂R(x, y, z)
Rx =
∂x
∂N (x, y, z)
Nz =
∂z
∂R(x, y, z)
Ry =
∂y
∂M (x, y, z)
My =
∂y
N x = ∂N (x, y, z)
∂x
Mz = 0 = Rx
My = cos(xy) + y.(− sen(xy)).x = cos(xy) − xy sen xy = Nx
Nx = cos(xy) + x.(− sen(xy).y) + 0 = cos(xy) − xy sen(xy) = My
Nz = 6yz 2 = Ry
∴ F é conservativo.
∇ϕ = F
1
Segue-se que:
∂ϕ(x, y, z)
I = M (x, y, z, ) = y cos(xy);
∂x
∂ϕ(x, y, z)
II = N (x, y, z, ) = x cos(xy) + 2yz 3 ;
∂y
∂ϕ(x, y, z)
III = R(x, y, z, ) = 3y 2 z 2 .
∂z
Integrando I em relação a x.
ˆ ˆ
∂ϕ(x, y, z) 2
dx = y cos(xy)dx =⇒ ϕ(x, y, z) = sen(xy) + u(y, z)
∂x
1O da função ϕ(x, y, z) é igual ao campo
gradiente vetorial F.
∂ϕ(x, y, z) ∂ϕ(x, y, z) ∂ϕ(x, y, z)
∇ϕ(x, y, z) = , ,
∂x ∂y ∂z
= (M (x, y, z), N (x, y, z), R(x, y, z)) = F (x, y, z).
2 É necessário acrescentar a função u(y, z), pois ∂u(y, z) = 0.
∂x
2
Derivando parcialmente a última equação em relação a y se tem:
∂ϕ(x, y, z) ∂u(y, z)
= cos(xy).x +
∂y ∂y
Comparando com II
∂u(y, z) ∂u(y, z)
x. cos(x, y) + = x cos(xy) + 2yz 3 =⇒ = 2yz 3
∂y ∂y
2y 2 z 3 ∂k(z)
u(y, z) = + k(z) =⇒ u(y, z) = y 2 z 3 + k(z) pois =0
2 ∂y
∂ϕ(x, y, z) ∂k(z)
= 3y 2 z 3 +
∂z ∂z
Comparando com III
3y 2 z 3 = 3y 2 z 3 + k 0 (z) =⇒ k 0 (z) = 0
∴ k(z) = C (constante).
Exercício 3 Seja F (x, y) = (ex sen y, ex cos y). Prove que F é conservativo e encontre a
função potencial.
M (x, y) = ex sen y
N (x, y) = ex cos y
∂M (x, y)
= ex cos y
∂y
∂N (x, y) = ex cos y
∂x
∂M (x, y) ∂N (x, y)
Como = então F é um campo vetorial conservativo.
∂y ∂x
Segue-se que:
∂ϕ(x, y)
I = M (x, y) = ex sen y
∂x
∂ϕ(x, y)
II = N (x, y) = ex cos y
∂y
3
Integrando I em relação a x:
ˆ ˆ
ϕ(x, y)
dx = ex sen y dx
∂x
∂k(y)
ϕ(x, y) = ex sen y + k(y) pois =0
∂x
Derivando parcialmente em relação a y se tem que:
∂ϕ(x, y)
= ex cos y + k 0 (y)
∂y
Comparando com II
Finalmente,
ˆ
2 2
Exercício 4 Seja F (x, y) = (x , xy ). Calcular F.dC, onde C é a parábola x = y 2
c
entre (−1, 1) e (1, 1).
Solução:
Seja y = t. Então x = t2 e −1 ≤ t ≤ 1.
C(t) = (t2 , t)
C 0 (t) = (2t, 1)
ˆ ˆ 1 ˆ 1
F.dC = F (C(t)).C 0 (t)dt =⇒ (t4 , t4 ) · (2t, 1)dt =⇒
C −1 −1
ˆ 1 1
2t6 t5
2 1 2 1 2
(2t5 + t4 )dt =⇒ + =⇒ + − + =⇒
−1 6 5 −1 6 5 6 5 5
ˆ
2
∴ F.dC =
C 5
Exercício 5 Seja F (x, y, z) = (zex + ey , xey − ez , −yez + ex ).C é uma curva qualquer
que liga A(1, 0, 2) até B(0, 2, 1).
4
Solução:
M (x, y, z) = zex + ey
N (x, y, z) = xey − ez
R(x, y, z) = −yez + ex
∂M ∂R
= ex =
∂z ∂x
∂M ∂N
= ey =
∂y ∂x
∂N ∂R
= −ez =
∂z ∂y
∂ϕ(x, y, z)
= zex + ey . Integrando em relação a x.
∂x
ˆ
∂u(y, z)
ϕ(x, y, z) = (zex + ey ) dx =⇒ ϕ(x, y, z) = zex + xey + u(x, z) pois = 0.
∂x
∂ϕ(x, y, z)
= 0 + xey + uy (y, z).
∂y
∂ϕ(x, y, z)
= N (x, y, z)
∂y
Integrando em relação a y :
ˆ
∂k(z)
u(y, z) = − ez dy =⇒ u(y, z) = −yez + k(z) pois =0
∂z
∂ϕ(x, y, z)
= ex − yez + k 0 (z)
∂z
5
Comparando com III.
Finalmente,
ˆ ˆ B
c F.dC = F (C(t)).C 0 (t)dt = ϕ(B) − ϕ(A) onde A = (1, 0, 2) e B = (0, 2, 1).
C A
ϕ(B) = ϕ(0, 2, 1)
ϕ(A) = ϕ(1, 0, 2)
ϕ(x, y, z) = zex + xey − yez + C
d A(1, 0, 2)
B(0, 2, 1)
Caminho I
Caminho II
Caminho III
Caminho IV
Caminho V
6
A(1, 0, 2) até B(0, 2, 1) : C1V
ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ n ˆ
X
Como = + + + ... + = desde que C seja uma curva
C C1 C2 C3 Cn i=1 Ci
seccionalmente suave e satisfaça as condições da definição da integral de linha, então
para cada caso I), II), III), IV) e V) a integral de linha de A até B deve se a soma da
integral ao longo de cada caminho.
ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ
Em I) = + + +
C C1I C2I C3I C4I
ˆ ˆ ˆ ˆ
Em II) = + +
C C1II C2II C3II
ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ
Em III) = + + +
C C1III C2III C3III C4III
ˆ ˆ ˆ
Em IV) = +
C C1IV C2IV
ˆ ˆ
Em V) =
C C1V
Serão resolvidos pelo caminho V e pelo caminho I, além é claro, pelo teorema funda-
mental para integrais de linha.
ˆ
• Solução de F.dC através do caminho V.
C
x−1 y z−2
−−→ = =
Seja AB = (−1, 2, −1) um vetor direção. Então −1 2 −1 , são equações
−−→
simétricas da reta que passa por A e B e tem a direção do vetor AB.
Se x = 1 =⇒ 1 = 1 − t =⇒ t = 0
Se x = 0 =⇒ 0 = 1 − t =⇒ t = 1
∴0 ≤ t ≤ 1
Se y = 0 =⇒ 0 = 0 + 2t =⇒ t = 0
Se y = 2 =⇒ 2 = 0 + 2t =⇒ t = 1
∴0 ≤ t ≤ 1
7
Se z = 2 =⇒ 2 = 2 − t =⇒ t = 0
Se z = 1 =⇒ 1 = 2 − t =⇒ t = 1
∴0 ≤ t ≤ 1
x=1−t
Em y = 0 + 2t se tem que 0 ≤ t ≤ 1.
z =2−t
ˆ 1 ˆ 1 ˆ 1
1−t 2t
e (t − 3) dt + e (1 − 2t) dt + e2−t (2t − 2) dt.
0 0 0
ˆ 1 ˆ 1 ˆ 1 ˆ 1
−t −t −t
a e .e1
(t − 3) dt = t
(e.e t − 3e.e ) dt =⇒ e te dt − 3e e−t dt
0 0 0 0
ˆ
Obs: ueu du = eu (u − 1) + C
1 1
=⇒ e [e−t (−t − 1)]0 − 3e [−e−t ]0 =⇒ e e−1 (−1 − 1) − e0 (−1) − 3e(−e−1 + e0 ) =⇒
ˆ 1 ˆ 1
2t
b e (1 − 2t) dt = e2t − 2te2t dt =⇒
0 0
ˆ
1
Obs: ueau du = (au − 1) eau + C
a2
ˆ 1 ˆ 1 2t 1 1
2t 2t e 1 2t
e dt − 2 te dt =⇒ −2 (2t − 1) e =⇒
0 0 2 0 4 0
e2 e2
2
1 1 2 1 0 1 e 1
− − 2 e − (−1).e =⇒ − −2 + =⇒
2 2 4 4 2 2 4 4
e2 1 1 1
− − e2 − =−1
2 2 2 2
8
ˆ 1 ˆ 1 ˆ 1
c e2−t (2t − 2) dt = e2 .e−t (2t − 2)dt =⇒ e2 (2te−t dt − 2e−t )dt =⇒
0 0 0
ˆ 1 ˆ 1 ˆ 1 ˆ 1
−t −t −t
e 2
2te dt + e 2
− 2e dt =⇒ 2e 2
te dt − 2e 2
e−t dt =⇒
0 0 0 0
1 1
2e2 [e−t (−t − 1)]0 −2e2 [−e−t ]0 =⇒ 2e2 e−1 (−1 − 1) − e0 (−1) −2e2 −e−1 − (−e0 ) =⇒
Resposta:
ˆ 1 ˆ 1 ˆ 1
e1−t (t − 3) dt + e2t (1 − 2t) dt + e2−t (2t − 2) dt =⇒
0 0 0
ˆ
• Solução de F.dC através do caminho I.
C
t = 2 até t = 0
C 0 (t) = (0, 0, 1)
t = 1 até t = 0
C(t) = (t, 0, 0)
9
C 0 (t) = (1, 0, 0)
C3I
: A2 (0, 0, 0) até A3 (0, 2, 0) :
x=0
y=t
z=0
0≤t≤2
C(t) = (0, t, 0)
C 0 (t) = (0, 1, 0)
0≤t≤1
C(t) = (0, 2, t)
C 0 (t) = (0, 0, 1)
Resposta:
ˆ
F.dC ao longo do caminho I é:
C
ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ
F.dC = + + + =⇒
C C1I C2I C3I C4I
ˆ
ˆ F.dC = −4e
F.dC = −2e − 1 − 2 + 3 − 2e =⇒ C
C
O mesmo procedimento pode ser feito para os caminhos II, III e IV, bem como para
outros caminhos (suaves) entre A e B. O resultado será o mesmo: −4e.3
3 Pois F é conservativo.
10
Cuidado: Essa estratégia só pode ser feita porquê o campo vetorial F é conservativo,
permitindo que se possa utilizar o Teorema Fundamental para integral de linhas. Se o
campo vetorial F não fosse conservativo não se poderia garantir que a integral de linha
sob C é a mesma entre A e B independente do caminho que se escolhe (desde que C seja
seccionalmente suave e as hipóteses da definição de integrais de linha sejam satisfeitas).
É interessante calcular a integral de linha para os caminhos sugeridos (II, III, IV).
ˆ
→
− →
− →
−
Exercício 6 Seja F (x, y, z) = 2x i + yz j + 3z k . Calcular F.dR ao longo:
C
Resolução:
→
− →
− →
−
F (x, y, z) = 2x i + yz j + 3z k
M (x, y, z) = 2x
N (x, y, z) = yz
R(x, y, z) = 3z
ˆ
Calcular F.dR
C
Seja:
x=t
y=2
z = t2
0≤t≤2
dx = dt
dy = 0
dz = 2tdt
ˆ ˆ 2 ˆ 2
2xdx + yzdy + 3zdz =⇒ 2tdt + 2t2 .0 + 3t2 .2tdt =⇒ 2tdt + 6t3 dt =⇒
C 0 0
ˆ 2 4 2
2
2t2
6t 3 4
2t + 6t3 dt =⇒ + 2
=⇒ t + t =⇒
0 2 4 0 2 0
3
4 + .16 − [0] = 4.24 = 28
2
2 Ao longo da linha poligonal AOB, onde O é a origem.
Seja C1 o caminho AO
x=0
y=t
z=0
y = 2 até y = 0
dx = 0
dy = dt
dz = 0
11
Como y = t =⇒ t = 2 até t = 0
ˆ 2 ˆ 2
2xdx + yzdy + 3zdz =⇒ 2.0.0 + 2.0.dt + 3.0.0 = 0
0 0
ˆ
dx = 2dt
2xdx + yzdy + 3zdz com dy = 2dt
C
dz = 4dt
ˆ 1 ˆ 1
2.2t.2dt + 2t.4t.2dt + 3.4t.4dt =⇒ 8tdt + 16t2 dt + 48tdt =⇒
0 0
ˆ 1 1
56t2 16t3
2
56 16 16 100
56t + 16t dt =⇒ + =⇒ + =⇒ 28 + =
0 2 3 0 2 3 3 3
→
− →
− 2→
−
ˆ F (x, y, z) = sin(x) i − 2yz j − y k é
Exercício 7 Mostrar que o campo vetorial
um campo conservativo em R3 . Calcular F.dR ao longo de qualquer caminho C de
C
A(0, 2, 0) até B(2, 2, 4).
→
− →
− →
−
F (x, y, z) = sin(x) i − 2yz j − y 2 k
M (x, y, z) = sen x
N (x, y, z) = −2yz
R(x, y, z) = −y 2
Mz = 0
My = 0
Nz = −2y
Nx = 0
Rx = 0
Ry = −2y
My = Nx (Verdade)
F é conservativo se e somente se Mz = Rx (Verdade)
Nz = Ry (Verdade)
Neste caso:
I φx (x, y, z) = sen x;
II φy (x, y, z) = −2yz;
III φz (x, y, z) = −y 2 .
12
Integrando I em relação a x :
φ(x, y, z) = − cos x + g(y, z). Derivando essa equação em relação a y (derivação par-
cial):
−2y 2
g(y, z) = z + h(z) =⇒ g(y, z) = −y 2 + h(z)
2
φz (x, y, z) = −y 2 + h0 (z)
O cálculo de A(0, 2, 0) até B(2, 2, 4) pode ser feito através da aplicação do teorema
fundamental para integrais de linha (desde que F é conservativo).
ˆ
F.dR = φ(x2 , y2 , z2 ) − φ(x1 , y1 , z1 ) =⇒ φ(2, 2, 4) − φ(0, 2, 0) =⇒
C
˛
(x + y)dx − (x − y)dy
Exercício 8 Calcular a integral , tomado ao longo da circun-
C x2 + y 2
ferência x2 + y 2 = a2 , a > 0, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.
˛
(x + y)dx − (x − y)dy
C x2 + y 2
C : x2 + y 2 = a2 .
0 ≤ t ≤ 2π
x = a cos t
a = raio
y = a sen t
˛
x+y y−x
2 + y2
dx + 2 dy =⇒
C x x + y2
Como:
x = a cos t =⇒ dx = −a sen dt
y = a sen t =⇒ dy = a cos t dt
x2 + y 2 = a2
13
y−x a sen t − a cos t sen t − cos t
= =
x2 + y 2 a2 a
ˆ 2π
(cos t + sen t) sen t − cos t
.(−a sen t)dt + a cos t dt =⇒
0 a a
ˆ 2π
(− sen t cos t − sen2 t)dt + (sen t cos t − cos2 t)dt =⇒
0
ˆ 2π
− sen t cos t − sen2 t + sen t cos t − cos2 t dt =⇒
0
ˆ 2π
− sen2 t + cos2 t dt
ˆ0 2π
2π
− 1.dt =⇒ [−t]0 =⇒ −2π
0
14